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Julho/2013 - Nº 7 A Emater-Rio e a Prefeitura de Trajano de Moraes promoveram, dia 10 de julho, na localidade de Gravatá (microba- cia Alto Macabu), o quarto encontro técnico do caqui. Por ser a região Serrana a maior pro- dutora de caqui do Estado do Rio, a iniciativa visa capacitar os produtores, promovendo o aces- so a técnicas de cultivo agroeco- lógicas, que geram alta produti- vidade e garantem a qualidade dos frutos. A primeira palestra da programação contou com a par- ticipação dos consultores do pro- grama Rio Rural, Eiser Felippe e Ana Paula Pegorer. Os técnicos falaram sobre práticas agroecológicas e como essas experiências podem contribuir para uma agricul- tura sustentável. Na sequência, o engenheiro agrôno- mo e supervisor da Emater-Rio na região Serrana, Alexandre Jacintho Teixeira, explicou os métodos de controle alternativo da antracnose, conhecida popu- larmente como pinta do caqui. Segundo Alexandre, uma das formas de combate à doença é a poda de redu- ção ou de encurtamento. Os cortes na estrutura da planta têm o propósito de criar um espaçamento maior entre os pés, abrindo espaço para pulverização com defensivos agrícolas alternativos (calda bordalesa e calda sulfocálcica) que controlam a presença de fun- gos. A valorização do produto e o acesso aos merca- dos institucionais também foram debatidos no encon- tro. Extensionista rural da Emater-Rio em Nova Friburgo, Ocimar Teixeira apresentou a experiência da localidade Janela das Andorinhas (microbacia Riograndina), que comercializa o caqui em embalagens padronizadas. “A embalagem facilita o acesso a novos mercados e comprova a qualidade do produto”, afir- mou Ocimar. Osupervisor da Emater-Rio em Sumidouro, Ricardo Belo, explicou o funcionamento da compra e venda de produtos da agricultura familiar através do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e do PAA (Pro- grama de Aquisição de Alimentos), ambos do governo federal. “Os agricultores de Sumidouro fornecem, atualmente, para a merenda escolar de Maricá e para sete ban- cos de alimentos em todo o Estado. O caqui de Trajano também tem esse potencial”, pontu- ou Ricardo. Na parte prática, os par- ticipantes acompanharam demonstrações de poda do caquizeiro - retirada cuidadosa de partes inúteis ou dispensáveis da planta. A propriedade visitada foi a do produtor Varley Ouverney, que vive há 30 anos na região com a família e adota práticas de manejo que visam o aumento de produtividade na lavoura. “A poda, feita com eficiência, garante o sucesso da cultura do caqui. Como hoje o mercado prioriza a qualidade, essa prática torna-se cada vez mais importante”, expli- cou Alexandre Teixeira, autor de várias publicações sobre a cultura do caqui. Emater-Rio mostra técnicas agroecológicas no cultivo do caqui em Trajano de Moraes O técnico Eiser falou sobre técnica agroecológicas apoiadas pelo Programa Rio Rural. O extensionista Alexandre Teixeira ensinou a realizar a poda do caqui.

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Julho/2013 - Nº 7

A E m a t e r - R i o e aPrefeitura de Trajano de Moraespromoveram, dia 10 de julho, nalocalidade de Gravatá (microba-cia Alto Macabu), o quartoencontro técnico do caqui. Porser a região Serrana a maior pro-dutora de caqui do Estado doRio, a iniciativa visa capacitar osprodutores, promovendo o aces-so a técnicas de cultivo agroeco-lógicas, que geram alta produti-vidade e garantem a qualidadedos frutos.

A primeira palestra daprogramação contou com a par-ticipação dos consultores do pro-grama Rio Rural, Eiser Felippe e Ana Paula Pegorer. Ostécnicos falaram sobre práticas agroecológicas e comoessas experiências podem contribuir para uma agricul-tura sustentável. Na sequência, o engenheiro agrôno-mo e supervisor da Emater-Rio na região Serrana,Alexandre Jacintho Teixeira, explicou os métodos decontrole alternativo da antracnose, conhecida popu-larmente como pinta do caqui. Segundo Alexandre,uma das formas de combate à doença é a poda de redu-ção ou de encurtamento. Os cortes na estrutura daplanta têm o propósito de criar um espaçamento maiorentre os pés, abrindo espaço para pulverização comdefensivos agrícolas alternativos (calda bordalesa ecalda sulfocálcica) que controlam a presença de fun-gos.

A valorização do produto e o acesso aos merca-dos institucionais também foram debatidos no encon-tro. Extensionista rural da Emater-Rio em NovaFriburgo, Ocimar Teixeira apresentou a experiência dalocalidade Janela das Andorinhas (microbaciaRiograndina), que comercializa o caqui em embalagenspadronizadas. “A embalagem facilita o acesso a novosmercados e comprova a qualidade do produto”, afir-mou Ocimar. Osupervisor da Emater-Rio emSumidouro, Ricardo Belo, explicou o funcionamentoda compra e venda de produtos da agricultura familiaratravés do PNAE (Programa Nacional de Alimentação

Escolar) e do PAA (Pro-grama de Aquisição deAlimentos), ambos dogoverno federal. “Osa g r i c u l t o r e s d eSumidouro fornecem,atualmente, para amerenda escolar deMaricá e para sete ban-cos de alimentos emtodo o Estado. O caquide Trajano também temesse potencial”, pontu-ou Ricardo.

Na parte prática, os par-ticipantes acompanharamdemonstrações de poda

do caquizeiro - retirada cuidadosa de partes inúteis oudispensáveis da planta. A propriedade visitada foi a doprodutor Varley Ouverney, que vive há 30 anos naregião com a família e adota práticas de manejo quevisam o aumento de produtividade na lavoura. “Apoda, feita com eficiência, garante o sucesso da culturado caqui. Como hoje o mercado prioriza a qualidade,essa prática torna-se cada vez mais importante”, expli-cou Alexandre Teixeira, autor de várias publicaçõessobre a cultura do caqui.

Emater-Rio mostra técnicas agroecológicas

no cultivo do caqui em Trajano de Moraes

O técnico Eiser falou sobre técnica agroecológicasapoiadas pelo Programa Rio Rural.

O extensionista Alexandre Teixeira ensinoua realizar a poda do caqui.

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Cerca de 100 pessoas, entre produtores

rurais e técnicos, participaram, no último dia 4, do dia de

campo sobre o cultivo comercial de feijão, em Rio das

Flores.

O evento teve como objetivo principal

estimular a rotação com a cultura do feijão nas áreas de

produção de silagem de milho. Como rotina entre os

produtores, as áreas destinadas à produção de silagem

são ocupadas pela cultura do milho nos meses de

outubro a fevereiro e, no restante do ano, essas mesmas

áreas são utilizada como pastagens, princípio básico da

ILP (Integração Lavoura Pecuária). No entanto, neste caso

não promove a verdadeira rotação, pois se trata do

cultivo de uma gramínea após o outra, embora traga

benefícios significativos no seqüestro de carbono e

formação de cobertura vegetal nas áreas de cultivo.

O dia de campo mostrou aos participantes que a

cultura do feijão no período de março a julho, além de

uma alternativa de renda, pode minimizar o custo da

produção de silagem, trazendo benefícios significativos

ao sistema de produção, além de promover a rotação do

milho com uma leguminosa.

Para comprovar as teorias desenvolvidas no dia

de campo, foi implantada uma unidade demonstrativa de

três hectares com variedades de feijão desenvolvidas

pela Pesagro-Rio (BR-1 Xodó, BRS-Xamego e BRS-

Esplendor este último rico em ferro e zinco destinado à

merenda escolar e o Carioquinha Porto Real), além de

duas variedades locais, sendo um preto de nome Caeté e

outro vermelho.

Durante o evento, o veículo multimídia foi

utilizado como apoio na organização das atividades

realizadas.

Dia de campo estimula cultivo comercial do feijão

Durante o dia de campo, agricultores, jovens e

mulheres rurais, ouviram atentamente as explicações

dos técnicos sobre as vantagens do plantio da cultura

do feijão nos meses de março a julho em rotação com

a cultura do milho entre outubro e fevereiro. O veículo

multimídia foi utilizado como suporte para as

atividades realizadas no dia de campo.