EM TEMPO - 6 de maio de 2012

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ANO XXIV – N.º 7.644 – MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO – PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 Barrado na capital, PT quer ganhar o interior O Partido dos Trabalhadores (PT) – que abriu mão de lançar candidato próprio à Prefeitura Municipal de Manaus, para apoiar o candidato da situação – deverá disputar o cargo majoritário em pelo menos 15 municípios do Amazonas. Política A8 GIOVANNA CONSENTINI Depois de vencer dificuldades, eles conseguiram não só reintegrar-se na sociedade como conquistar espaço no mercado de trabalho. Dia a dia C3 Ex-moradores de rua dão a volta por cima SUPERAÇÃO SHANA REIS 39,1 mil vagas de trabalho BALANÇO Último dia da bienal do livro Plateia D4 Nutriente chamado colina – precur- sor da neurotransmissora acetilcolina – ajuda a melhorar capacidade do cérebro. Saúde & Bem-estar 2 Gema do ovo deixa memória mais apurada ALIMENTAÇÃO Motoristas temem tráfego de contêineres pela cidade RISCO Dia a dia C2 Fluminense e Botafogo no primeiro confronto da final CAMPEONATO CARIOCA Lance! 4 e 5 GIOVANNA CONSENTINI DIVULGAÇÃO/STCK FÁBIO MOTTA/AE LIVIA VILLAS BOAS/AGIF/AE

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO www.emtempo.com.br

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ANO XXIV – N.º 7.644 – MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO – PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

Barrado na capital, PT quer ganhar o interior

O Partido dos Trabalhadores (PT) – que abriu mão de lançar candidato próprio à Prefeitura Municipal de Manaus, para apoiar o candidato da situação – deverá disputar o cargo majoritário em pelo menos 15 municípios do Amazonas. Política A8

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Depois de vencer difi culdades, eles conseguiram não só reintegrar-se na sociedade como conquistar espaço no mercado de trabalho. Dia a dia C3

Ex-moradores de rua dão a volta por cima

SUPERAÇÃO

SHAN

A RE

IS

39,1 milvagas de trabalho

BALANÇO

Último dia da bienal do livro

Plateia D4

Nutriente chamado colina – precur-sor da neurotransmissora acetilcolina – ajuda a melhorar capacidade do cérebro. Saúde & Bem-estar 2

Gema do ovo deixa memória mais apurada

ALIMENTAÇÃO

Motoristas temem tráfego de contêineres pela cidade

RISCO

Dia a dia C2

Fluminense e Botafogo no primeiro confronto da fi nal

CAMPEONATO CARIOCA

Lance! 4 e 5

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A2 Opinião/Última Hora MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

O Ministério Público do Estado (MPE) faz mais uma obra na sua atual sede, na Ponta Negra, que será repassada ao governo do Estado posteriormente. Agora, o órgão está em fase de fi nalização da obra de reforma e ampliação do es-tacionamento.

Vale lembrar que o MPE adquiriu um terreno de 10 mil me-tros quadrados, no bairro Aleixo, onde instalará a nova sede. O projeto básico está orçado em R$ 2,5 milhões. As obras devem custar cerca de R$ 50 milhões, que serão retirados do orçamento da Secretaria de Estado de Governo (Segov).

Segundo o site do MPE, as obras do estacionamento come-çaram em janeiro deste ano e fi caram a cargo da empresa Personal Construções. A obra possui estrutura metálica de 6 metros de altura para a sustenção da nova cobertura. A cobertura é feita de chapa de policarbonato Alveolar, um material translúcido.

APLAUSOS

MPE reforma estacionamento de sede que não será usada

SEM LISTAO deputado federal Fran-

cisco Praciano (PT) comemo-ra decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que aprovou proposta que muda a forma de escolha do pro-curador-geral nos Estados, trocando a lista tríplice por eleição entre os integrantes de carreira. Ele defende a in-dependência dos Ministérios Públicos.

ANULAÇÃOA Prefeitura de Manaus

anunciou a anulação de quatro questões e troca de gabarito de outras duas do concurso público da Semmas. Também foram anuladas nove ques-tões e troca de gabarito de outras três do concurso da Fundação Doutor Thomas.

JUSTIFICATIVAA justifi cativa para a anu-

lação das questões vai de omissão de informação no enunciado e erro formal até por conter mais de uma alter-nativa que poderia ser consi-derada correta.

ARTICULAÇÕESQuem foi ao encontro do

PPS, na manhã deste sábado (4), garantiu que a sigla tenta convencer o PSDB a indicar um vice para o pré-candidato e vereador Hissa Abrahão (PPS). A legenda tenta construir um plano de governo em conjunto com os tucanos e articula que o vice da chapa seja o deputa-do estadual Arthur Bisneto.

ACOMPANHOUA senadora Vanessa Gra-

zziotin (PCdoB) chegou no fi m da visita do governador Omar Aziz (PSD) ao bairro Glória, ala-gado em função da cheia dos rios, na última sexta-feira (4). Mas postou nas redes sociais que acompanhou a visita.

ALIADOSComo era o segundo dia de

visitação do governador às fa-mílias atingidas pela enchente, incrivelmente diminuiu o número de aliados políticos que o acom-panhava. O deputado Sabino Castelo Branco (PTB) aprovei-tou o momento para tirar fotos com crianças. Josué Neto (PSD) acompanhou, desta vez.

Para o fi m da greve dos vigilantes, em Manaus. Agora, as agências bancárias poderão fun-cionar normalmente.

Fim da greve

VAIAS

A operação “Maré Vermelha”, da Receita Federal, tem afetado o comércio, ao reter mer-cadorias importadas.

Receita Federal

PUNIÇÃO NA OABA Ordem dos Advogados do Brasil seccional Amazonas

(OAB-AM) divulgou portaria em que proíbe que os funcionários da Escola Superior de Advocacia recebam valores em espécie ou cheque de qualquer pagamento, sob pena de dispensa por justa causa.

CHEQUES NOMINAISNa portaria, o presidente da entidade, Antonio Fábio Barros

de Mendonça, não deixa claro a motivação da determinação. Mas ele quer, ainda, que os cheques sejam nominais aos funcionários, para que eles sejam responsabilizados.

PPS se reúne para defi nirpré-candidato

O PPS reuniu lideranças do interior do Estado para definir as pré-candidaturas aos Executivos municipais. De acordo com o presiden-te estadual da sigla, Guto Rodrigues, o encontro ser-viu para chancelar a can-didatura do vereador Hissa Abrahão para a Prefeitura de Manaus e definir a estra-tégia política adotada pelo grupo oposicionista. “O PPS é único partido que não é da base governista e consegue eleger lideranças em todo Estados. Vamos aproveitar esse momento para eleger-mos o prefeito de Manaus”, garantiu.

Além de Manaus, a legenda deve “apostar” nas prefeitu-ras de Amaturá, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro, Ipixuna, Manacapuru e Coari.

ColigaçãoGuto Rodrigues informou

que o PPS tem conversado informalmente com o pre-sidente de honra do PSDB, ex-senador Arthur Virgílio, para que as siglas caminhem juntas pela PMM. “Se eles (tucanos) não tiverem candi-dato, pediremos o apoio sim, mas sem descartar a pré-candidatura do Hissa. Vamos juntar forças”, revelou.

Hissa disse se sentir hon-rado com o apoio do ex-se-nador, mas também garantiu que não abrirá mão da can-didatura em troca de apoio. “Nós (PPS) viemos trazer a renovação para a política de Manaus e não posso simples-mente deixar isso de lado por conta de outro candidato”, argumentou. (CC)

POLÍTICA

Amazonas tem novos bacharéis

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Ama-zonas (OAB/AM), informa que foram aprovados, no Amazonas, 234 bacharéis dos 1.459 candidatos ins-critos no 6º Exame de Or-dem Unifi cado. O índice de aprovação fi cou em 16% no Estado, o melhor re-sultado dos últimos quatro exames, conforme destaca o presidente da OAB/AM, Fábio de Mendonça.

Na avaliação de Men-donça, o resultado ainda está abaixo das expecta-tivas, que vem propondo melhorias no Ensino Jurí-dico. “ Nossa expectativa, entretanto, é que o de-sempenho dos candidatos seja ainda melhor, já que nas provas são cobrados apenas conhecimentos técnicos que todo bacha-rel deve dominar, ao fi nal do curso”, frisou.

O exame é realizado em duas etapas – uma prova objetiva e outra prática. A aprovação no Exame é obrigatória, para que o bacharel de Direito possa se inscrever nos quadros da OAB como advogado e exercer a profi ssão.

Novo Exame As inscrições para o 7º

Exame de Ordem serão encerradas neste domin-go (6). O candidato deve-rá preencher o formulário com seus dados pessoais, exclusivamente via inter-net, no site da Fundação Getúlio Vargas (http://oab.fgv.br) ou do Conselho Fe-deral da Ordem dos Advo-gados do Brasil.

OAB

Somente no primeiro dia de vacinação contra a gripe cerca de 400 pessoas já haviam procurado atendimento. Serviço será disponibilizado até 25 de maio

Dia ‘D’ contra gripe tem grande adesão popular

Ap r o x i m a d a m e n t e 400 idosos foram vacinados contra infl uenza (gripe) na

manhã de ontem durante as primeiras horas do dia “D” contra a gripe. A Prefeitura de Manaus montou uma estrutu-ra especial de 935 postos de atendimento.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Francis-co Deodato, a mobilização foi realizada ontem para dar o “pontapé” inicial na campa-nha, que continua até o dia 25 deste mês. “Esperamos que a vacinação nesse dia “D” faça toda a diferença no restante da campanha. Normalmente é hoje (ontem) que consegui-mos atingir o maior número de pessoas”, disse.

O secretário informou que a meta é vacinar 180 mil pes-soas — idosos acima de 60 anos, crianças de seis meses a menor de dois anos, grávidas, indígenas e trabalhadores da saúde — que podem procurar atendimento diário nas Unida-des Básicas de Saúde (UBS), Policlínicas da rede munici-pal de saúde, nos Centros de Atenção Integrada à Criança (CAIC´s) e da Melhor Idade (CAIMI´s) da rede estadual.

Expectativa é que 180 mil pessoas sejam imunizadas nesta primeira atapa da campanha

Equipes de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estão elabo-rando uma agenda de vaci-nação dos idosos acamados. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, o agendamento pode ser so-

licitado pelas famílias por meio da Central de Aten-dimento (0800-280-8280), fornecendo os dados pes-soais do idoso e o endereço da sua residência.

Na zona rural, a prefei-tura também antecipou o

calendário de vacinação — que vem sendo feita desde a última quinta-feira (3) — por conta da cheia dos rios da região. A vacinação também será realizada até o dia 25 deste mês, assim como em Manaus.

Vacina em domicílio para idosos

Família é feita refém no bairro de Adrianópolis

Seis pessoas foram man-tidas sob cárcere privado, incluindo duas crianças, sendo uma de apenas três meses e outra de sete anos, durante a madrugada de ontem em uma residência, localizada na rua Fortaleza, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul. Tudo começou por volta das 23h30, quando Alessandro Ramos da Sil-va, 25, e seu comparsa de apenas 17 anos tentaram assaltar o celular de uma estudante, que estava em

um ponto de ônibus na ave-nida Carvalho Leal, Cachoei-rinha, Zona Sul. Os bandidos foram surpreendidos por um grupo de taxistas, começan-do então a fuga, seguida de tiroteio, que só terminou após invadirem a casa da família em Adrianópolis.

Após uma hora de nego-ciação com policiais da 16º Companhia Interatica Co-munitária (Cicom), os ban-didos se entregaram, sem que ninguém fosse ferido. A família está abalada.

VIOLÊNCIA

Casa foi invadida por assaltantes durante a madrugada

CAMILA CARVALHOEquipe EM TEMPO

GIOVANNA CONSENTINI

GIOVANNA CONSENTINI

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 A3Opinião

Editorial

O senador Demóstenes Torres, que neste momento está sem partido e sem plateia, durante ao menos três anos foi um exemplo de virtude que nenhum (ou muito poucos) político brasileiro gostaria de imitar, porque essa é o tipo de atitude que não dá resultados nem lucros (nem prejuízos ao bolso dos brasileiros).

Era na verdade um holograma. Sua fi gura real, que antes era evitada pela qualidade virtual, hoje, é rene-gada por ser a verdade política de um país que está à beira da anarquia e talvez desça a ladeira, se o Supre-mo Tribunal Federal não punir a tempo os acusados do mensalão (lá se vão mais de seis anos). Demóstenes já irritara o então presidente Lula, que se esforçou por derrotá-lo nas eleições (como fez com Arthur Neto, no Amazonas) – o senador era do DEM, partido naquele e neste momento, quem diria, de oposição, o que quer que seja isso, hoje, no Brasil (frequentemente, a turma que não está no poder, mas fuça na periferia, em busca de uma “boquinha”, para manter-se quieta).

A descoberta de que a virtude proclamada tinha e tem um lado podre, no entanto, começa a ter um viés que, também, não facilita em nada a “ordem e progresso” do país. O “crime” de Demóstenes está sendo conduzido como se fora apenas dele e por ele cometido. A construtora Delta estendeu tentáculos por todo o país e de maneira muito diversifi cada: não só construía palácios de justiça (como no Rio de Janeiro) como se travestia de “locadora” de veículos para governos municipais e estaduais.

Todos os movimentos são feitos no sentido de iso-lar Demóstenes Torres, como o único culpado dessa relação promíscua com um bicheiro, este, também, de múltiplas atividades e infl uências. Já se houve o deses-perado “não cairei sozinho” – tão desesperado quanto inútil. Demóstenes pode, sim, cair sozinho, para não comprometer as implicações nacionais de Cachoeira S/A. Quem se vendeu na glória, por que recusaria um preço na derrota? Demóstenes é uma demonstração de que se deve desconfi ar de qualquer esmola, grande ou pequena. Felizes os que duvidam.

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[email protected]

Charge

Olho da [email protected]

Fala [email protected]

O Impostômetro apontou, no início de maio, que a arrecadação em 2012 já ultrapassou R$ 500 bilhões (governos federal, estadual e municipal), sendo supe-rior à registrada em igual período do ano passado. Cada benefício fiscal con-cedido no âmbito de planos de estímulo, como o Brasil Maior, é utilizado como me-dida paliativa e não como

está muito aquém de nos-sa realidade, a começar por uma distribuição de renda irregular. É só observar o Índice de Desenvolvimento Humano e o défi cit contínuo da assistência social.

Reginaldo Gonçalves,por e-mail

www.emtempo.com.br

Uma verdadeira liquidação é anunciada na rua Timbiras, Cidade Nova 2: vende-se tudo de tudo e vai acabar sobrando para esse resto de área verde, que sempre consta da planta de quem vende e some da vista de quem compra.

Demóstenes condenadoa cair só, na cachoeira

Da redução dos juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica até a adoção de uma atitude belicosa em relação aos bancos privados, a presidente Dilma Rousseff organi-zou de maneira notável a estraté-gia de redução de possíveis danos políticos decorrentes da alteração na remuneração da caderneta de poupança. Roteiro irretocável: agiu primeiro, aumentou o tom do dis-curso do combate aos juros altos, “cresceu” para cima dos bancos escolhendo seus lucros exorbitan-tes como o inimigo maior a ser combatido – ou seja, elegeu um adversário já devidamente detes-tado – e depois deu o que em tese seria a má notícia.

Essa mesma competência apli-cada à inepta articulação da base congressual, livraria o Planalto de muitos dissabores e faria de Dilma uma governante mais completa, para não dizer uma pessoa de noção democrática mais acurada. Se do ponto de vista da economia Dilma agiu corretamente do to-cante às consequências, é tema para análise de quem entende do riscado. Nossa questão diz respei-to a efeitos político-eleitorais e ao eventual prejuízo aos altos índices de aceitação popular da presiden-te. Há o perigo do desgaste? Sem dúvida, mas governar é também correr riscos.

O tema é sensível e não por outro motivo seus antecessores evitaram transitar por esse ter-reno a despeito da necessidade de mexer na poupança para pros-seguir no caminho da redução dos juros. O então presidente Luiz Inácio da Silva passou per-to, mas recuou diante da grita geral de associação de quaisquer mudanças no mais seguro e po-pular investimento do país com o confi sco Collor-Zélia de 1990. Lá se vão mais de 20 anos, mas

o fantasma ainda assombra e muito. Descontada a opção pela desonestidade explícita – que, diga-se, provavelmente o PT não teria pejo em adotar se não fosse governo – a oposi-ção não pode ligar uma coisa à outra por ausência completa de sustentação nos fatos.

A presidente fi cou nesse episódio com uma boa margem de manobra para enfrentar o debate no campo da política. Enquanto a economia estiver bem, realmente é bem pouco provável que o governo colecio-ne perdas junto à opinião pública justamente pela combinação da ação impopular com o discurso de viés claramente populista, com o objetivo de marcar a imagem da Dilma heroína. E como não há oposição cuja identifi cação com a sociedade seja minimamente signi-fi cativa, ela pode atuar livremente ao mesmo tempo no ataque e na defesa. No caso da poupança, foi o que aconteceu.

Contas abertas – Aprovada em 25 de outubro de 2011 e sanciona-da pela Presidência da República em 18 de novembro (junto com a lei que criou a Comissão de Verda-de) para entrar em vigor no prazo de seis meses, a Lei de Acesso à Informação pode ser usada por qualquer cidadão interessado em saber dados ofi ciais. Portanto, é de se supor que sirva de base legal a quem quiser pedir ao governo do Rio de Janeiro esclarecimentos sobre datas das viagens do go-vernador Sérgio Cabral Filho ao exterior, assim como o destino, a fi nalidade e os detalhes sobre despesas. Há, além desse, outro instrumento: o pedido de certidão sobre o fato – ao contrário da nova lei, já regulamentado – a ser encaminhado à Casa Civil do governo do Estado. O prazo para resposta é de 15 dias.

Dora [email protected]

Dora Kramer Jornalista, escreve

simultaneamente no jornal “O Estado de

S.Paulo”

Essa mesma competên-cia aplicada à inepta articulação da base congressu-al, livraria o Planalto de dissabores e faria de Dilma uma governante mais com-pleta, uma pessoa de noção demo-crática mais acurada”

Risco calculado

curativa! Investe-se mal. Ademais, as indústrias na-cionais, cada vez mais as-sistem aos seus resultados minguarem. Premidos pelo “Custo Brasil”, o câmbio so-brevalorizado, transportes e logística precários não têm conseguido fazer frente à concorrência externa.

Existem diversas situa-ções a serem corrigidas e que até hoje são posterga-

das, como a mudança na remuneração do FGTS, a distribuição dos seus ga-nhos aos trabalhadores e os processos de expropriação dos planos Verão, Bresser e Collor, que prejudicaram pou-padores humildes e que estão pendentes na Justiça. Agora, por oportunismo, muda-se a remuneração da poupança.

Comparar o Brasil às na-ções do primeiro mundo

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GIOVANNA CONSENTINI

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A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

A notícia do velho ladrão de Manaus me alertou. Se ele é idoso em seus 60 anos, ima-gine só a minha situ-ação com os 75 que completei nesta sema-na”

Mas também tiranos e ditadores vão se tornando raros, num mundo em que o co-nhecimento é cada vez mais globali-zado e grita aos nossos ouvidos que não há san-gue azul”.

João Bosco

Araújo

Há dias li nos jornais da terra que um idoso foi preso ao ser flagrado em roubo de não sei o que. Curioso, fui examinar a notícia para saber quantos anos tinha o ladrão idoso. Sabem quan-tos? Ele completou 60 anos. Existem pessoas que viveram bom tempo, mas não aprenderam a viver. Na Bíblia (Dn 13) se conta a história de dois velhos juízes que exploravam a ingenuidade do povo usando a força do cargo. Tentaram a bela Suzana e, ao serem repelidos, a caluniaram e conseguiram condená-la à morte. Deus veio ao encontro da ino-cente através do jovem profeta Daniel. Os dois velhos safados se deram mal. A idade avançada nem sempre é sinal de sabedoria. Mas, a notícia do velho ladrão de Manaus me alertou. Se ele é idoso em seus 60 anos, imagine só a minha situação com os 75 que completei nesta semana!

Recentemente, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) lançou uma campanha que deve ser apoiada por toda a sociedade. “Envelhecer eu vou. Com qualidade eu posso!” é o lema para o tema “Envelhecendo em Manaus”. Na cartilha de esclarecimento, lemos que “hoje em Manaus, são 152.467 idosos e em 2032 seremos mais de 600 mil”. Como aconteceu em países desenvolvi-dos, a população envelhece devido ao avanço da medicina e da ciência em geral. O Salmo 90 diz que “nossos anos são setenta anos, oitenta para os mais robustos, mas pela maior parte são fa-diga e aborrecimento, passam depressa e nós voamos.”

Hoje parece que esse limite de oitenta anos foi esticado e estamos mais perto da realização da profecia de Isaias que afirma que nos tempos messiânicos “não haverá ali crianças que só vivam alguns dias, nem adultos que não completem os seus dias, pois será ainda jovem quem morrer com cem anos. Não alcançar os cem anos será maldição” Is 65,20. Os jovens e adultos precisam ter hábitos saudáveis para viver longos anos com qualidade. Viver é ótimo, mas viver bem é um tesouro incalculável. Se ajudar, estou em boas condições graças a isso.

Mas, a história do idoso de 60 anos me deixou encucado. Por que 60 anos para ser considerado membro da turma da terceira idade? Aí me lembrei que existem datas que tomaram o lugar dos antigos ritos de iniciação. Na classe média, o adolescente, ao chegar aos 15 anos, tem festa de apresentação à sociedade como alguém que chegou à juventude. Os 60 anos são a data con-vencional para o início da velhice. Tudo muito artificial porque existem jovens que envelheceram e há velhos que con-servam o espírito de jovem.

Vou esquecer essa história do ladrão idoso e pensar em administrar bem os dias que Deus me dará. Confesso que me sinto feliz em ter vivido 75 anos. Com o tempo passado, as forças físicas não têm o mesmo vigor, mas aprendi a viver, a ter serenidade, a integrar minha vida em minha fé, a dar aos acontecimentos o peso devido, nem maior nem menor. É bom chegar à minha idade e dizer que a vida é bela.

PainelRENATA LO PRETE

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, en-caminhou à Polícia Federal um pedido de providências complementares a partir de informações não conclusi-vas do inquérito da Operação Monte Carlo. Ele quer que a PF faça a degravação do que chama de “conversas fortuitas’’ colhidas no período em que membros do grupo de Carlinhos Cachoeira foram grampeados.

A documentação, segundo relatos de parlamentares da CPI, envolve diversas autoridades protegidas por foro privilegiado. Nas palavras de um senador, o material que foi devolvido para a PF, ao qual a comissão não teve acesso, “vai pegar de A a Z”.

Mosaico O diretor de pla-nejamento da Eletronorte, Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro Antonio Palocci, é mais um dos citados no in-quérito que chegou à CPI.

Mosaico 2 A partir de um diálogo de Raimundo Ferreira, o Ferreirinha, fun-cionário da Infraero, a PF diz que “a grana que Claudio (Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste) perdeu está na mão de Adhemar Palocci’’. É uma das con-versas “fortuitas”, sobre as quais não há detalhes.

Digitais A Comissão de Relações Exteriores da Câmara foi interditada na sexta-feira para uma var-redura nos telefones. Arras-tado para o Cachoeiragate, o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) foi presi-dente da comissão no perí-odo das investigações.

Troco Aliados de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) articu-lam para levar o depu-tado Anthony Garotinho (PR-RJ) – responsável por divulgar as fotos e vídeos que mostram a intimidade do governador com Fer-nando Cavendish, da Del-ta – para o olho do furacão da CPI do Cachoeira.

Rede Os peemedebis-tas vão apontar ligação de Garotinho com Cachoeira, que contratou Waldomiro Diniz para presidir a Loterj, em 2001. Em 2004, Wal-domiro, então assessor de José Dirceu na Casa Civil, foi fl agrado recebendo propina do empresário de jogos no primeiro escân-

dalo do governo Lula.

Tripartite O acordo para blindar Cabral, Marconi Pe-rillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF) na CPI envolveu as cú-pulas de PMDB, PSDB e PT, com aval do presidente do Senado, José Sarney (AP).

Gregos e troianos De um senador petista sobre a solução dada por Dil-ma Rousseff de arbitrar a disputa por diretorias da Codevasf e da Sudene con-templando o PT da Bahia e o PSB do Piauí, respec-tivamente: “É uma daque-las operações em que todo mundo fi ca insatisfeito”.

Órbita O diagnóstico do PT de São Paulo é que aumentaram nas últimas semanas as chances de o PC do B apoiar Fernando Haddad na capital. O pre-sidente estadual da sigla, Edinho Silva, teve uma con-versa considerada exitosa com o ex-ministro comu-nista Orlando Silva.

Ecumênico O PTB, que é cortejado pelo PSDB de José Serra e o PMDB de Gabriel Chalita para alianças na capital, deve fechar alianças com o PT em pelo menos 80 cidades do interior paulista.

Eu sozinho Campos Ma-chado vai voltar a conversar com Serra no fi m do mês. Mas num ponto o PTB bate o pé: deve fi car de fora do “chapão” para a Câmara paulistana. Sozinho, o par-tido espera aumentar a bancada dos atuais 3 ve-readores para até 6.

Tiroteio

Em CPI, quem tem medo de pauta resolve atacar a imprensa para virar notícia. E há quem tenha medo tam-bém de notícias, porque a partir delas pode virar réu”

Contraponto

Em conversa grampeada pela Polícia Federal, Carlinhos Cachoeira faz galanteios à sua mulher, Andressa: — Sabe qual é seu nome que aparece aqui no meu rádio? — Amor da minha vida?, arrisca ela. — Corpo celeste, responde o acusado de contravenção. — Por que você não coloca ‘amore’?, sugere Andressa. — Pode ser. Mas corpo celeste mata a pau, né?

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

DO DEPUTADO MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ), sobre a defesa feita por alguns parlamentares da CPI de que setores da imprensa sejam alvo de investiga-ção e que haja controle para evitar vazamento de informações para jornalistas.Presidente, eu vou

quebrar o protocolo por um instante

só, para fazer um pedido: veta, Dilma!

Pronto, quebrei

A Bíblia fala em ídolos de pés de barro, entidades que o povo construía para depois adorar como deuses, sem obser-var que sua sustentação era uma frágil base que a qualquer momento poderia desfazer-se e levar à inexorável queda daquele que ali fora colocado como todo-poderoso, capaz de assegurar proteção e amparo àqueles que se prostravam à sua frente para adorá-lo.

O fenômeno não ocorria apenas com o povo de Israel, mas, ao contrário, não houve tribo ou reino que não tenha cons-truído seus ícones e seus deuses. Sobre os outros povos, os judeus, neste aspecto, se sobrepunham porque tinham construído e adotado uma religião espiritualizada e monoteísta que, enquanto seguida com fi delidade, dispensava e afastava qualquer possibilidade de idolatria.

Os tempos passaram e trouxeram suas impositivas mudanças. Ídolos de matéria inerte, seja ela qual for, pouco a pouco se deixaram extinguir, mas, em seu lu-gar, homens se ergueram e se postaram diante dos seus semelhantes, a ofertar a própria imagem como paradigma de beleza, de moralidade, de sapiência, de efi ciência. No passado foram faraós, reis, imperadores, cujos resíduos ainda persistem no nosso tempo nas fi guras anacrônicas de uns poucos tiranetes e ditadores, que insistem em se considerar donos e superiores de quantos tenham a infelicidade de viver à sua proximidade.

Mas também tiranos e ditadores vão se tornando raros, num mundo em que o conhecimento é cada vez mais globali-zado e grita aos nossos ouvidos que não há sangue azul, nem linhagem superior e predestinada, mas que, ao contrário, a ciência e o saber em geral estão aí para que não esqueçamos que, com as mesmas oportunidades de crescimento pessoal, todos podemos chegar lá, respeitadas apenas as diferenças individuais com que a genética nos marca.

Posto que todos temos, e sabemos ter, um mesmo denominador comum, a natureza humana, os que pretendem elevar-se acima da massa, acenam para nós com a roupagem do altruísmo, do interesse desinteressado pelo bem co-mum, da vocação inata para o sacrifício próprio pela construção de uma socie-dade justa e feliz para todos, quando na verdade estão a buscar o poder, a riqueza e a satisfação de uma vaidade pessoal exacerbada.

Dos Demóstenes Torres e congêneres, os Renans, Idelis, Josés, Dirceus, Luízes, Barbalhos e tantos mais, já estamos far-tos e saturados e vimos cada um deles se erguer e tombar quando seus pés de barro se esfarinharam diante de nós.

Há poucos dias o senador Pedro Simon dizia numa entrevista que, enquanto per-demos o Doutor Ulisses, o Mário Covas, o Franco Montoro, o Teotônio Vilela, o Tancredo e outros, seus lugares foram usurpados pelo que temos hoje de pior. Se fosse possível reverter a roda da história e trocar uns pelos outros, tudo seria diferente no quartel do Abrantes.

Pelo menos nos ficou o franciscano Pedro Simon, que ainda nos serve para fazer lembrar que existem homens e políticos diferentes.

Quem propõe paradigmasé o primeiro a descumprir

Envelhecer com qualidade:tudo passa muito depressa

‘De A a Z’

Escrito nas estrelas

FrasesDe maneira geral, o Brasil tem um marco regulatório consolidado e assegura maior

respeito aos contratos, dando guaridaaos investimentos

Ernesto Lozardo, professor de economia da FGV, avalia que as nacionalizações de empresas

espanholas na Argentina e na Bolívia podem empurrar investimentos realizados pelo país europeu, na América Latina, para o Brasil.

Ele representava uma coisa autêntica. Não tinha nada a ver com esse sertanejo pop, esse bolerão

de cais de porto que invade a mídia. Ele fazia uma música bonita, simples, de qualidade étnica, que expressava um estado de espírito genuíno.

Júlio Medaglia, maestro, enaltece a carreira do cantor José Perez, mais conhecido como

Tinoco, da dupla sertaneja Tonico e Tinoco, que morreu na madrugada de sexta-feira, aos 91

anos, em São Paulo.

Camila Pitanga, atriz, apro-veita momento de mestre de cerimônias em um evento no Rio, e se dirige à presidente

Dilma Rousseff , referindo-se ao novo Código Florestal aprovado pelo Congresso e que aguarda

sanção presidencial.

Diretor-executivo do Amazonas EM

TEMPO

Dom LuizSoares Vieira

Arcebispo de Manaus

A04 - OPINIÃO.indd 4 5/5/2012 10:42:33

MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 A5Política

AM possui 10,32% dos eleitores filiados a siglasLevantamento do TSE mostra que, dos 2,1 milhões de pessoas aptas a votar, 216,7 mil estão ligadas a algum partido político

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o Amazonas possui

10,32% de eleitores filiados a partidos políticos. Dos 2,1 milhões de eleitores aptos a votar no Estado, 216,7 mil são filiados a legendas po-lítico-partidárias, o que re-presentam ainda 6,35% da população amazonense.

Desse universo de filiados, somente as 14 siglas que compõem o bloco aliado ao governador do Estado, Omar Aziz (PSD), e ao líder do governo Federal no Sena-do, senador Eduardo Braga (PMDB), somam 137,7 mil apoiadores, o que lhes po-dem garantir o poder de eleger o próximo prefeito de Manaus, por exemplo.

As legendas PT, PCdoB, PMDB, PSD, PTB, PP, PSC, PSL, PMN, PTC, PSDC, PRP, PTdoB, e PRB, podem chegar a angariar no mínimo 413 mil votos entre os correligio-nários, levando-se em conta a média de, pelo menos três pessoas por família de cada filiado, a votar com a indica-ção do partido. Nessa ótica, essas siglas, inclusive, podem até abocanhar os Executivos municipais dos principais colé-gios eleitorais do Amazonas.

O atual prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT), por exemplo, foi eleito em 2008 no segundo turno com pouco mais de 495 mil votos. Apesar da “força”, os dirigentes das siglas informaram que ainda não estão pensando nas es-tratégias para aglutinar votos por meio dos filiados. A inten-ção, neste momento, é chegar a um nome para a disputa.

Na avaliação do cientista político Gilson Gil, os par-tidos podem aproveitar os filiados como maneira de angariar mais votos para o pré-candidato da coligação. Mas, avalia, o nome deve partir de um consenso.

“Os filiados podem garan-

tir bons resultados em uma eleição, mas só isso não basta. É preciso o afina-mento interno do projeto de governo para que todos con-fiem e apostem na proposta, servindo como difundidores dessa campanha”, explicou.

Força subaproveitadaNo Amazonas, a maior le-

genda em número de filiados é o Partido dos Trabalhadores (PT) com 19,7 mil integran-tes. A legenda já decidiu que não lançará pré-candidato próprio para disputa pelo Executivo de Manaus e deve apoiar um candidato do grupo governista. No entanto, há um desentendimento muito grande internamente: entre apoiar um candidato indicado pelo governador Omar Aziz

(PSD) ou um indicado pelo prefeito de Manaus, Amazo-nino Mendes (PDT), ou ainda marchar de forma indepen-dente contrário a qualquer candidatura extemporânea.

Para o líder do PSD, gover-nador Omar Aziz, ficar sem o apoio da sigla já é esperado. Segundo ele, mesmo com o partido não o apoiando ofi-cialmente nas eleições de 2010, sua candidatura rece-beu o aval da militância da legenda. “Coligar com o PT é uma questão à parte. Eles são divididos em vários subgrupos que querem coisas distintas internamente. Nacionalmente o PT segue um rumo e aqui eles caminham para outro lado. Recebo o apoio da militância, que é o que realmente impor-ta”, disse Aziz.

CAMILA CARVALHOEquipe EM TEMPO

COADJUVANTEDos 216,7 mil filiados, 19,7 mil estão no PT, o que revela a força do partido no Amazonas. Apesar disso, a legen-da não consegue avan-çar numa candidatura própria quando chega o período eleitoral

Herbert afirma que nanicos desejam alcançar dez mil votos

Em segundo lugar entre os que mais possuem fi-liados vem o PCdoB, que soma 18,5 mil no Estado, seguido pelo PMDB com 16,1 mil apoiadores.

As duas siglas, afinadas politicamente nas eleições de 2010, estão prestes a enveredar por caminhos opostos. Mesmo garantin-do que irá marchar com o PMDB e PSD, comandado por Aziz, a legenda se ar-ticula internamente para

apresentar o nome da se-nadora Vanessa Grazziotin à cadeira ocupada hoje por Amazonino Mendes.

A senadora confirmou o interesse em disputar, mas negou que a candidatura seja “um sonho” do par-tido. Ela adiantou que as definições serão dadas em conjunto com os líderes políticos do arco de aliança que integra.

O mesmo acontece com o PTB, liderado pelo deputa-

do federal cassado Sabino Castelo Branco e o PP, da deputada federal Rebecca Garcia. Com quase 15 mil filiados cada, ambos já “lan-çaram” nomes à disputa.

Enquanto Sabino garante que, mesmo cassado, é pré-candidato, Rebecca é mais ponderada e disse que vai esperar a definição do seu grupo. “O PP cresceu e pode deixar de ser coadjuvante nas eleições, mas vou espe-rarei uma definição”, disse.

Aliados poderão se ‘separar’

Os partidos que fazem oposição ao governo do Estado: PR, PSDB, DEM, PDT, PPS, PSB e PV pode-riam ter “nas mãos” 237 mil votos para tentar forçar a disputa, a ir para um se-gundo turno, levando em consideração que o bloco aglutina 79 mil filiados e uma média de, pelo menos três pessoas por família de cada filiado, a votar com a

indicação do partido.Ao invés de unirem forças,

as siglas estão marchando em rumos opostos e lançan-do pré-candidatos por conta própria. É o caso do PR, que aposta no deputado federal Henrique Oliveira; do DEM, com deputado federal Pau-derney Avelino como pré-candidato; do PPS que será representado pelo vereador Hissa Abrahão; e o PSB, que

irá disputar com uma chapa “puro sangue”, formada pelo ex-prefeito Serafim Corrêa e pelo deputado estadual Marcelo Ramos.

Questionados a respeito de uma possível aglutinação de forças, os líderes dos par-tidos de oposição informa-ram que podem até compor com outras legendas, mas não abririam mão de ser “cabeças de chapa”.

Oposição unida seria mais forte

Os nanicos PSOL, PSTU e PCB não pen-saram duas vezes e já uniram forças em torno de um nome para dispu-tar a Prefeitura de Ma-naus. Com pouco mais de dois mil filiados, os três partidos almejam chegar a pelo menos dez mil votos nas próxi-mas eleições. “Isolados não temos peso, mas sozinho podemos até ajudar a levar a disputa para um segundo tur-no. Se isso acontecer, nós não coligaremos por conta de cargos e sairemos do pleito com a cabeça erguida”, garantiu o presidente estadual do PSTU, Her-bert Amazonas.

De acordo com o TSE, 15 milhões de eleitores no Brasil são filiados aos 29 partidos regis-trados. O PMDB possui o maior número de filia-dos, com 2,3 milhões.

Nanicos estão juntos na disputa

Os partidos políticos ainda não se atentaram, mas os seus filiados poderão ser o ‘pulo do gato’ nestas eleições municipais

ABR

UOL

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

PSD de Kassab possui fun-dadores de fachada

Além de ter apresentado as-sinaturas repetidas e até de pessoas que já morreram para obter registro no Tribunal Supe-rior Eleitoral, o PSD do prefeito Gilberto Kassab também possui fundadores de fachada. Ex-inte-grantes do PRTB, o deputado estadual Vinicius Azevedo Gur-gel (AP) e José Antonio Vitti (GO) assinaram ata de fundação do PSD, mas são fi liados a partidos diferentes. Gurgel integra o PR e Vitti, o DEM.

Conta de multiplicarOs membros do PSD desafi am

até a matemática. Apesar da lista de 500 mil fi liados, o Tri-bunal Superior Eleitoral registra apenas 173.855.

Desgraça alheiaPara Esperidião Amin (PP-SC),

a CPI do Cachoeira deveria se chamar “CPI Schadenfreude”. Em alemão, “alegrar-se com a desgraça alheia”.

Dormindo com o inimigoHumilhante o fim de Osama

Bin Laden, traído por uma bomba caseira: sua primeira mulher o entregou aos ame-ricanos, diz o Paquistão.

Pergunta no vestibularA entrega no atacado de

títulos honoris causa a Lula explica por que só uma univer-sidade brasileira está entre as melhores do mundo?

Dilma pode participar de operação contra drogas

A presidente Dilma Rousseff avalia com o ministro do Gabi-nete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, a possi-bilidade de participar da Opera-ção Ágata IV, que combaterá o tráfi co de drogas nas fronteiras

com o Suriname, Guiana, Vene-zuela e Colômbia. A operação está marcada para os dias 14 e 15 de maio nos municípios de Tiriós (PA), Boa Vista e Surucucu (RR) e Manaus (AM).

Polo de Manaus, 45O Congresso homenageia

amanhã (7) os 45 anos do polo de Manaus. A proposta é da senadora Vanessa Grazziolin (PCdoB-AM).

Sonho meu Empresários chineses que-

rem instalar indústrias semi-manufatureiras na periferia do DF. Eles dizem que Brasília é marca forte na China.

Boi na linhaA Rússia ameaça embargo

total da carne brasileira, após “negativar” vários frigorífi cos. Alega prazos descumpridos e falta de relatórios.

Raspa do tachoUma semana antes de a Con-

troladoria Geral da União abrir processo para investigar a Del-ta, a empreiteira ganhou aditivo de R$1,7 milhão em contrato com o DNIT no Rio. A obra vai a R$8,3 milhões.

Governo intrigadoO Planalto ganhou uma pulga

atrás da orelha com a nomea-ção do ministro Garibaldi Al-ves (Previdência) e do líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN), para o Conselho Político da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), com a missão de tutelar seu governo em todos os atos.

DobradinhaO PMDB assumiu o comando

político do Rio Grande do Norte em dobradinha com o DEM do senador José Agripino (RN), ini-migo a ferro e fogo do lulismo

e da presidente Dilma.

Ordem na casaO ex-ministro Luiz Paulo Bar-

reto, secretário de Planejamen-to do governo do DF, convidou a advogada Mariana Delgado para assumir a Subsecretaria de Licitações e Compras. Quer pôr ordem na casa.

Investigação preservadaA senadora Kátia Abreu (PSD-

TO) e o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) propuseram que sejam secretas as reuniões da CPI mista de Cachoeira com delegados e procuradores, como única maneira de ouvi-los pre-servando-se a investigação e o segredo de justiça.

InspiraçãoA Polícia Civil do DF chamou

de Saint-Michel o desdobra-mento da “Monte Carlo”, de Ca-choeira, porque é “bairro fran-cês”. É um boulevard famoso em Paris, que não tem cassino nem construtora Delta.

Gasparzinho mineiroO Ministério Público Federal em

Montes Claros instaurou inquéri-to civil contra o deputado Márcio Reinaldo (PP-MG). Ele é acusado de manter um funcionário fan-tasma, Ailton Neres. Em con-versa com a coluna, o deputado inicialmente não se recordava do assessor. Depois lembrou.

Tempo de vacas obesasMarco Aurélio Marrafon, as-

sessor de Pedro Taques (PDF-MT) no Senado, e o advogado Pablo Malheiros estão com duas dezenas de processos envolvendo cartórios no Su-premo Tribunal Federal.

Pensando bem......a causa honoris de Lula é pro-

var que o mensalão não existiu.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Reprodutor de votos

www.claudiohumberto.com.br

Preferi pecar por excesso a errar por omissão”

SENADOR HUMBERTO COSTA (PT-PE) e seu relatório contra o senador Demóstenes Torres

Candidato em 1968 à prefeitura de Barretos (SP), capital da agropecuária paulista, Cristiano de Car-valho era chamado de “velho” pelos adversários. Certo dia, num comício, alguém provocou: “fala mais alto, bagaço!”. Ele respondeu na bucha:

- Eu quero lembrar que sou candidato a prefeito, e não a reprodutor. Se a cidade quer um bom repro-dutor, vocês devem votar no outro. Mas se deseja um bom prefeito, votem em mim. Ganhou a eleição.

Durante a campanha eleitoral, as metas dos candidatos para a cidade são bastante debatidas entre os adversários

Siglas elaboram plano de governo para as eleições

A pouco mais de dois meses para o iní-cio das convenções partidárias, alguns

partidos políticos já se or-ganizam internamente na elaboração de programas de governo, para nortear as candidaturas num debate po-lítico. É o caso do PSDB.

A sigla tucana ainda não defi niu se vai lançar uma cha-pa própria para disputar a sucessão municipal ou se vai apoiar alguma candidatura. Por via das dúvidas, a cúpula do partido está na fase fi nal da elaboração do programa “Amor a Manaus”, que consiste em diretrizes, desenvolvidas por uma gama de profi ssionais que vai desde cientistas polí-ticos, urbanistas, arquitetos, economistas e profi ssionais de toda área do conhecimento, oriundos das Universidades do Estado do Amazonas (UEA) e Federal do Amazonas (Ufam), revelou o ex-senador e pre-sidente de honra do PSDB, Arthur Neto.

“Se o PSDB tiver que ir com pessoas ou grupos, vai. Mas, se tiver que ir sozinho, tam-bém vai. A preferência é que tenhamos candidato próprio. Se for de coligação, desde

que adotem nosso progra-ma ‘Amor a Manaus’”, disse por telefone o diplomata, que está em Lisboa.

Arthur, que deve desembar-car na capital na próxima quin-ta-feira, afi rmou que o partido vai participar ativa e qualita-tivamente nessas eleições e que, fi car de fora do processo seria uma “omissão e um crime

à cidade”. Ele afi rmou que a legenda possui bons quadros competitivos que podem vir a ser lançados, inclusive, em último caso, frisou, pode até ser o seu nome. “Não deixa de ser um revival”, disse. Arthur Neto já foi prefeito de Manaus no período de 1989 a 1992.

Enquanto o PSDB ainda está ‘madurando’ um nome inter-namente, o PSB, comandado pelo ex-prefeito Serafi m Cor-rêa, já tem chapa majoritária formada para estas eleições

municipais e, agora trabalha na formatação de um modelo de gestão, tendo como base os desenvolvidos por outras capitais brasileiras que de-ram certo. “Estamos em fase de construção do estudo e pretendemos apresentá-lo um pouco antes das convenções partidárias”, esclareceu.

Serafi m revelou que o es-tudo tem como linha-mestra ações voltadas para o trânsito, mobilidade urbana, saúde e demais temas de interesse da sociedade. “Faremos uma campanha de propostas, apre-sentaremos modelos que po-dem ser usados para melhorar questões mais urgentes da cidade”, destacou.

Projeto está prontoO PPS regional, que aposta

na pré-candidatura do verea-dor Hissa Abrahão à prefeito de Manaus, já fi nalizou seu projeto de governo, baseado em instruções da direção na-cional da sigla, mas embasado nas demandas da cidade.

O presidente regional do partido, Guto Rodrigues, con-fi rmou que o plano já está pronto, mas que somente poderão divulgar durante a convenção do partido, de for-ma a atender a legislação eleitoral, a fi m de não correr o risco de ser entendida como campanha antecipada.

METASO secretário-geral do PSD, Paulo Radin, disse que os candidatos precisam estar fi rmes e deixar claro como pretendem alcançar as metas estabelecidas para as melhorias da cidade de Manaus

O ex-senador Arthur Neto revelou que o PSDB está em vias de terminar o seu plano de governo

AGÊNCIA SENADO

Assassinato cerceia atividadeO presidente do Supre-

mo Tribunal Federal Car-los Ayres Britto disse que o assassinato de quatro jornalistas no país desde o início de 2012 repre-sentaram um “atentado à liberdade de expressão”.

Britto participou, na últi-ma sexta-feira, do encerra-mento do Seminário Inter-nacional de Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (ICSS).

Indagado sobre essas

mortes, o presidente do STF afi rmou que o fato “signifi ca intolerância e um modo sel-vagem de conceber a vida”. “É um atentado violento à liberdade de expressão, tão consagrada pela nossa Constituição. Lamento pro-fundamente”, afi rmou.

Em sua palestra no se-minário, Britto disse que “a imprensa tira a Constituição do papel e vitaliza os conte-údos da democracia”.

O evento também teve um debate com especialis-

tas em direito de imprensa sobre as condições para apresentação de pedidos de direito de resposta a veículos de comunicação e ao Judiciário.

Outro painel teve uma dis-cussão sobre a liberdade de expressão na internet. Ad-vogados especializados em temas da rede de compu-tadores debateram sobre as situações em que pro-vedores de internet podem retirar conteúdos ilegais ou inadequados do ar.

AYRES BRITO

MOARA CABRALVALÉRIA COSTAEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 A7Com a palavra

“Essa situa-ção é mui-to difícil e precisamos entender o lado social e humano. Sabemos que essas famílias não constroem casas na-quelas áreas subhuma-nas porque querem”

Na semana em que a população do Ama-zonas acompanha de perto a subida

das águas e a previsão de uma possível cheia histórica no Estado, o secretário do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), coronel Roberto Rocha, re-cebeu a equipe do EM TEM-PO, onde explicou sobre os programas e investimentos que estão sendo aplicados pelo governo do Estado para solucionar o problema.

Em um desabafo, Rocha, que comanda o órgão desde a sua criação, em 2008, revela que no começo a situação era pior e que os problemas só se tornam mais complexos porque algumas prefeituras do interior não têm colabo-rado no trabalho de parceria com a Defesa Civil.

Acompanhando de perto a situação da cheia na capi-tal e nos 37 municípios já afetados, o coronel conta que atua nesse segmento desde 2005, quando foi cria-da uma coordenadoria da Defesa Civil dentro do Corpo de Bombeiros do Amazonas. Aos 43 anos, o secretário confessa que realiza um trabalho intenso, mas que lhe traz um retorno muito satisfatório e complementa. “Se não houver uma união de forças não iremos superar essa situação”.

EM TEMPO – Fechamos a semana passada com 38 municípios, incluindo Ma-naus, em situação de emer-gência. A Defesa Civil es-tava preparada para isso? Como está sendo feito esse trabalho de atendimento?

Roberto Rocha – Desde janeiro deste ano já coloca-mos em pauta essa situação, principalmente para os muni-cípios mais longes, como os da calha do Juruá, Purus e Alto Solimões. Enviamos nossa equipe de assistência para fazer o levantamento das famílias que possivelmente seriam afetadas. Algumas regiões, como Lábrea, Canu-tama, Boca do Acre, Guajará, Benjamin Constant, Ipixuna, Eirunepé nos programamos para dar um suporte finan-ceiro. Vamos trabalhar com linha de crédito para co-merciantes e produtores que

perderam todo o seu material e também enviamos cestas básicas, kits de higiene pes-soal, limpeza e medicamen-tos. Atualmente, 25 regiões já receberam ajuda humani-tária, além de 12 mil famílias que foram beneficiadas com o cartão “Amazonas Solidá-rio”. Hoje, grande parte da zona rural dos municípios do Amazonas está afetada. Em Parintins, Manacapuru, Caapiranga, Anamã e Beruri a situação está complicada. O problema é que algumas prefeituras municipais não se prepararam para essa situação, apesar de todo o aporte que repassamos em casos anteriores. A Defe-sa Civil não é uma casa de caridade, mas sim uma secretaria de preparação e prevenção a desastres técni-cos. Já na capital, a atuação é diferente, por conta de maio-res alternativas de suporte que temos. Até o momento, identificamos somente na orla de Manaus, 11 pontos diretamente afetados.

EM TEMPO – A cheia é um processo natural que acontece todos os anos e afeta milhares de famílias em todo o Amazonas. Por que até hoje não foi cria-do um trabalho preventivo para se evitar ou amenizar essa situação?

RR – Fazemos um trabalho constante de prevenção e orientação à população e às coordenadorias municipais. E mantemos um acompa-nhamento rígido dos casos. O problema é que esse trabalho de prevenção não é priori-dade em algumas prefeitu-ras dos municípios. Alguns gestores acreditam que a Defesa Civil só precisa ser acionada quando acontece alguma catástrofe. Por uma falta de dinâmica e conheci-mento de causa, um trabalho desses não está em uma escala de prioridades. O problema é que em alguns casos a prefeitura deixa a situação acontecer para de-pois solicitar ajuda. Mas isso tudo poderia ser evitado. No Alto Solimões os municípios estão bem estruturados nas bases de Defesa Civil. Parin-tins, Novo Airão e Barreirinha são exemplos de localida-des que montaram equipes constantes de trabalho e a situação nessas áreas está sendo acompanhada de per-

to. Porém, infelizmente esse procedimento não acontece em todo o Amazonas. Fal-tam pessoas comprometidas com a causa.

EM TEMPO – Várias ma-nifestações populares ex-plodiram na semana pas-sada em todas as zonas de Manaus. Moradores de áreas afetadas pela cheia reclamam da falta de es-trutura oferecida para en-frentar a situação. Como a secretária está atuando nesses casos?

RR - Não podemos espe-rar muito pela prefeitura (de Manaus). Uma vez decretada a situação de emergência, o órgão municipal teria que apresentar seu plano de desenvolvimento. Porém, o governo do Estado decidiu iniciar ainda na semana passada uma ação pesada para essa situação. Estamos realizando visitas nos pon-tos afetados, não somente da capital, mas também de todo o Amazonas. Vamos estender a mão a essas fa-mílias que precisam dessa solidariedade. Sabemos que aquelas famílias não estão naquela situação por opção. Estamos fazendo o trabalho emergencial, mas em longo prazo teremos nesses locais a chegada do Programa So-cial e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).

EM TEMPO – Quais as ex-pectativas da Defesa Civil para a cheia deste ano em todo o Amazonas?

RR – O rio deverá continuar subindo até o início do mês de julho. No Alto Solimões, no município Tabatinga, a cota do rio já ultrapassou 51 cen-tímetros do mesmo período de 2009. Hoje, na capital a nossa medição apresenta um crescimento de 50 centíme-tros a mais que no mesmo período de 2009. Com isso, projetamos que essa cheia possa ser igual ou maior que a de 2009. O rio está subindo cinco centímetros por dia, e esse quadro pode mudar por-que nesses últimos dias tive-mos chuvas fortes. E ainda poderemos ter mais 60 dias de cheia. Na região do cen-tro da cidade, em Manaus, um dos pontos turísticos da cidade, a Alfândega está no limite. Não descartamos que a água atinja até a área do Relógio municipal, localizado

na praça da Matriz daqui há cerca de dez dias.

EM TEMPO – Muitos casos de famílias afeta-das se dão por conta do desordenamento urbano que afeta a cidade e faz as pessoas se instalarem às margens dos rios. Não poderíamos evitar essa situação?

RR – Essa situação é muito difícil e precisamos entender o lado social e humano. Sabe-mos que essas famílias não constroem casas naquelas áreas porque querem. Isso é por falta de opção. Essa situação está sendo comba-tida com a implantação dos programas sociais. Não só pelo Prosamim, mas também pela prefeitura e pela Supe-rintendência de Habitação do Amazonas (Suhab).

EM TEMPO – Feirantes que atuam na área da Manaus Moderna poderão deixar o local porque a água está avançando e pre-judicando as atividades no local. Está previsto algum trabalho naquela região?

RR – Em 2009 vivemos situação semelhante. Vamos sim prestar assistência para aquela área. Temos previsão de construir marombas para que possa ocorrer uma me-lhor locomoção, assim como fazer aplicações constante de cal na água para evitar doenças e mau cheiro. Tam-bém já planejamos instalar três bombas de alta potência e duas de média potência para sugar toda a água suja do local e fazer um rodízio dessa água, evitando assim problemas de contaminação, já que se trabalha com venda de alimentos naquele local.

EM TEMPO - Como a po-pulação pode se prevenir dessas situações e evitar ser vítima das cheias?

RR - O grande trabalho que temos feito no interior e na capital é constante. A população pode colabo-rar atendendo aos nossos pedidos, quando solicitamos que as famílias deixem as áreas de risco, que evitem construir em áreas impró-prias, não ingerir essa água contaminada, evitar que as crianças fiquem próximas das marombas. Somente um trabalho de parceria poderá resolver a situação.

Roberto ROCHA

‘Defesa Civil não é CASA de CARIDADE’

O problema é que esse trabalho de prevenção não é prioridade em algumas prefeituras dos municípios. Alguns gestores acreditam que a Defesa Civil só preci-sa ser acionada quan-do acontece alguma catástrofe. Por falta de dinâmica e conhe-cimento de causa, um trabalho desses não está em uma escala de prioridades. O problema é que em alguns casos a prefeitura deixa a si-tuação acontecer para depois solicitar ajuda. Mas isso tudo poderia ser evitado”

FOTOS: IONE MORENO

Algumas prefeituras municipais não se prepararam para essa situação, apesar de todo o aporte que repassamos em casos anteriores. A Defesa Civil não é uma casa de caridade”

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Confuso na capital, PT se refugia no interior do AMNestas eleições, muitos partidos que não conseguem emplacar candidaturas em Manaus cobiçam diversos municípios

Enquanto na capital amazonense, a de-cisão por disputar cargos majoritários

passa por uma extensa ne-gociação entre partidos para compor alianças, no interior, em pelo menos 32 dos 61 municípios do Estado, os oito maiores partidos que devem protagonizar as elei-ções de 2012, já mapearam onde irão lançar candidatura própria a prefeito.

Desse total de municípios, o de Urucurituba, Apuí e Au-tazes são os mais cobiça-dos entre as legendas PSD, PPS, PSB, PMDB, DEM, PSDB, PCdoB e PT para a disputa majoritária.

Em Urucurituba, por exem-plo, três partidos já declara-ram que vão lançar candidato próprio: PSB, PSDB e PT. Da mesma maneira, em Apuí, as legendas PSB, DEM, PCdoB também almejam chegar ao Executivo municipal e, em Au-tazes, a disputa deverá ser entre os representantes do PSB, DEM e PT; seguidos de Boa Vista do Ramos (PSB, PT), Carauari (DEM, PT), Co-

ari (PPS, PT), Eirunepé (DEM, PSDB), Itacoatiara (PSB, PT), Japurá (DEM, PSDB), Parintins (PSB, PT) e São Gabriel da Cachoeira (PSB, PT).

CuriosoNesse contexto, o mais

curioso é que o PT, que decidiu no último final de semana abrir mão de lançar um candidato à

Prefeitura de Manaus, deverá disputar o cargo majoritário em, pelo menos, 15 municí-pios, segundo informações do dirigente da Executiva estadu-al, João Freires.

O petista disse ainda que as alianças seguirão a re-comendação do Diretório Nacional, cujas coligações serão, prioritariamente, com

os aliados que formam a base do governo federal.

Ele exemplificou, porém, que o contexto político das localidades será avaliado de forma a possibilitar o ingres-so de partidos fora desse arco de aliança, como em Nova Olinda do Norte, onde há manifestações de apoio do PSDB, DEM e do PPS, à candidatura petista.

Além do PT, o DEM, também ensaia candidatura própria em cerca de dez municípios do interior, diferente de Manaus, onde a sigla não encontra eco entre os demais para lançar o nome do deputado federal Pauderney Avelino, que não es-conde seu desejo de se lançar no pleito deste ano.

No PCdoB, o presidente em exercício, Antonio Levino, afirmou que as articulações de ampliação dos comu-nistas no Estado estão em andamento avançado, com pretensos candidatos, tanto para prefeito como para vice-prefeito. Levino destacou que as alianças no interior prezarão pelo direcionamen-to nacional de se coligarem com os mesmos partidos de sustentação do governo da presidente Dilma Rousseff.

MEG ROCHAEquipe EM TEMPO

IDEOLOGIANo PSDB, o secretário estadual Mário Barros disse que os tucanos sempre fazem alian-ças, observando as pecualiaridades locais. Mas, a sigla vai primar pelas legendas com similaridade ideológica

A prefeitura do município de Urucurituba deverá ser bem disputada por partidos políticos

O secretário-geral do PSD, Paulo Radin, informou que a legenda - vista como a “noi-va” deste pleito -, está anali-sando a realidade política do interior e recolhendo dados, que deverão ser apresenta-dos amanhã ao presidente

da sigla, o governador Omar Aziz, a fim de que se posi-cione a respeito do assunto no decorrer deste mês.

De acordo com as de-mandas, disse Radin, o PSD tem condições de concorrer com vantagem em vários

municípios do interior.No PMDB, o secretário,

Miguel Capobiango, adian-tou que, em 12 municípios, prefeitos da legenda irão disputar a reeleição, e no restante, somente em junho, nas convenções.

PSD analisa contexto das cidades

DIVULGAÇÃO

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 (92) 3090-1045

Casamentos em alta no mês de maio

Economia B3

Copa do Mundo ‘mexe’ com a infraestrutura do portoOrdem de serviço para melhorias no porto privatizado deve ser assinada em uma semana. Investimentos chegam a R$ 50 mi

A pouco mais de dois anos e meio da realização da Copa do Mundo, as 12 cidades-sedes brasilei-

ras, entre elas Manaus, come-çam a assinar com o Ministério dos Transportes a ordem de serviços para que a vencedora da licitação – empresa de enge-nharia consultiva, Sistema PRI - inicie o estudo necessário para as reformas na infraestrutura do porto Privatizado de Manaus. A ordem de serviço deve ser assinada em uma semana.

De acordo com o coordena-dor-geral de Hidrovias e Portos Interiores do órgão ministerial, comandante Wilson Isidório Cruz esta é a “largada” para a realização do projeto básico e executivo do porto. Conforme Cruz, o projeto não trata ape-nas dos preparativos para o evento futebolístico, mas para o atendimento público do porto privatizado daqui há mais de dez anos. “É uma concessão daquilo que nós queremos que o porto de Manaus se transforme para 2025”, detalha, salientando que o levantamento deve ter uma duração de seis meses.

Segundo informações da as-sessoria de comunicação do Porto Privatizado de Manaus, os investimentos nos primeiros quatro meses do ano foram de, aproximadamente, R$ 8 milhões. A expectativa é que até a Copa do Mundo sejam investidos em torno de R$ 50 milhões em obras de melhoria da infraestrutura do porto.

Conforme o diretor do porto privatizado, Alessandro Bron-ze, após o processo as obras devem ser iniciadas com apor-te total de recursos privados. O representante da empresa destaca que esse levantamen-to trata de todos os detalhes históricos e arquitetônicos do porto, para dar cumprimento ao

projeto de infraestrutura das es-tações hidroviárias e de outros armazéns envolvidos, além da questão logística para mobili-dade dos passageiros. “A ideia é iniciar as obras no segundo semestre deste ano. Estamos apenas aguardando o estudo”, afi rma Cruz.

Mesmo tendo como prazo ini-cial para as obras o segundo semestre, Bronze diz que algu-mas obras já estão sendo feitas nas edifi cações do porto para melhor comportar os turistas que devem passar pela capital amazonense. Alguns desses in-vestimentos, em parceria com empresas arrendatárias (em-presas que possuem concessão

da administração do porto) e o Ministério da Cultura, são refor-mas na Casa do Tesouro e no Armazém 15 de Novembro, que deve se transformar na Casa de Leitura Thiago de Mello. O empreendimento deve ser con-cluído no próximo semestre.

Nesse processo de revitali-zação, o fl utuante das Torres, conforme Bronze, também está recebendo manutenção preventiva. Segundo ele, em-bora o porto receba navios normalmente, há necessidade de reforçar o fl utuante. “O na-vio de turismo tem uma força diferente da embarcação de carga. Ele é muito mais leve, mas por ser mais alto, quando bate o vento, puxa o fl utuante junto”, exemplifi ca. As obras de infraestrutura do porto devem ser iniciadas na próxima semana, no entanto, alguns trabalhos já foram iniciados

LUANA GOMESEspecial EM TEMPO

ESTUDOSEstão sendo realizados estudos, tanto no que tange à infraestrutura do porto privatizado quanto dos elementos arquitetônicos que fa-zem parte do complexo de embarque e desem-barque de passageiros

ARQUIVO EM TEMPO

Dentre as prioridades de investimento, o diretor do porto privatizado, Alessan-dro Bronze, argumenta que os principais investimentos têm sido quanto à questão de segurança, sobretudo, de-vido ao aumento no número de passageiros que anual-mente aportam em Manaus. Conforme dados do porto de Manaus, de 28 de outubro de 2010 a 29 de abril de 2011, 19 navios atracaram nos fl utuantes, totalizando 15,55 mil passageiros.

Enquanto isso, de 22 de outubro de 2011 a 28 de abril deste ano, o número aumen-tou para 27 navios, resultan-do no desembarque de 22,46 mil passageiros. Apenas para o período da Copa, a ex-pectativa é que cinco navios

atraquem simultaneamente no porto privatizado.

Após a Comissão Nacio-nal de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos) ter notifi cado a empresa arren-datária, em ou-tubro

de 2011, para instalar mais câmeras de monitoramen-to, atualmente o Porto Privatizado de Manaus conta com mais de cem dispositivos de vigilância. De acordo com Bron-ze, desde o início de ano foram co-locadas mais 20 câmeras de mo-nitoramento, além de uma rede de fi bra ótica com mais de 15 quilômetros em todo o porto.

Aumento no número de turistas

MÁRIO OLIVEIRA

AUMENTOVem sendo gradual o crescimento no número de turistas que visitam o Amazo-nas por via portuária. Comparativamente houve aumento de quase sete mil turis-tas de 2010 a 2011

Os investimentos fi zeram com que no mês passado o por-to privatizado rece-besse a declaração de cumprimento para Certifi cação do Códi-go de Procedimentos de Segurança Inter-nacional, nominado como ISPS CODE (In-ternational Ship and Port Facílity Security Code). A declaração foi emitida a partir do parecer da Comissão Estadual de Seguran-ça Pública nos Portos, Terminais e Vias Na-vegáveis (Cesportos).

Ampliação na quantidade de câmeras

SHANA REIS

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Varejo com mais uma facilidade no crediárioO fi nancimento já está disponível em 15 lojas de Manaus e promete dinamizar a vida do consumidor e do lojista

Enquanto o país aguarda em suspense a decisão presiden-cial de vetar ou não partes ou inteiro teor do novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados, em abril últi-mo, o debate entre ruralistas e ambientalistas, ironicamente, tem ajudado a empobrecer a discussão maior, holística e inte-gral, do modelo de crescimento econômico e desenvolvimento social em vigor. E se essa opo-sição de valores e interesses não explicita, por exemplo, os parâmetros da distribuição dos benefícios da relação homem e natureza, o dogmatismo adota-do desdenha da prioridade dos critérios e valores em pauta no debate ambiental. Acostuma-dos ao raciocínio do imedia-tismo cartesiano, mecânico e bipolar – que nos fecha a mente e o discernimento - corremos o risco de privilegiar o acessório da acumulação apressada de riqueza – para ilustrar com o argumento do agronegócio - em detrimento do valor essencial, que promove o fator humano a

um patamar além e acima do mero elo vital do consumo que faz girar a roda da economia.

Tomemos as exportações brasileiras do agronegócio em 2011. Um recorde que alcan-çou US$ 87 bilhões. A quantia supera a meta prevista de US$ 85 bilhões, segundo a Balan-ça Comercial de Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O acumulado no ano é 24,4%, em relação a 2010. Tem a ver, é óbvio, com a elevação do preço médio de exportação dos produtos brasileiros e com a queda do dólar. Nesse contex-to de euforia fi nanceira, cabe perguntar pela qualidade dos produtos, principalmente dos que aqui são deixados para o consumo. Da pauta, nos 18 ali-mentos avaliados em 2010, no programa de análise de resíduos de agrotóxicos de alimentos da a Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa), em 146 amostras, 134 (91,8%) chegam a apresentar agrotóxicos acima do limite lícito e substâncias não

autorizadas para a agricultura. Pimentões, morango, pepino, al-face e cenoura se destacaram mais pelos riscos que pelos be-nefícios. Isso signifi ca, no longo prazo de exposição elevação da possibilidade de ocorrência de câncer, danos neurológicos, distúrbios hormonais, entre ou-tras sequelas. De acordo com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) há três anos, além de “bombar” no ranking mundial do agronegócio, o país reina soberano no topo do con-sumo mundial de agrotóxicos, mais que Estados Unidos e Eu-ropa juntos, acredite se puder. Que vantagem Maria - digo, a população brasileira e mundial - leva com esse paradigma eco-nomicamente fornido de negó-cios, que envenena mais de 30% dos itens da dieta cotidiana dos brasileiros, segundo o alerta da entidade divulgado nesta sema-na no World Nutrition, Rio, 2012, o primeiro congresso mundial de nutrição que precede a con-ferência da ONU, Rio + 20, que acontecerá em junho?

Portanto, além do Códi-go Florestal, nesse contexto eminentemente instrumental, e das virtudes ou embaraços que ele possa propiciar ao agronegócio ou ao meio am-biente, é preciso perguntar por que o Brasil liberou o aumento de 190% no crescimento do mercado e utilização do agro-tóxico, nos últimos 10 anos, enquanto a média mundial se restringiu a 93%, numa esca-la de demografi a e consumo proporcional? O agronegócio do Brasil consome 20% da produção mundial de herbici-das, pesticidas e fungicidas, boa parte deles vetados pe-remptoriamente nos países desenvolvidos. Mais uma vez, o desenvolvimento econômico virou as costas para o conhe-cimento científi co e princípios éticos e de saúde da popula-ção. Um liberalismo rasteiro, perverso e de visão embaçada, posto que expõe e compromete a integridade do consumidor, a perenidade do giro que cida-dãos saudáveis asseguram na

fl uidez da produção, consumo e consolidação da prosperidade. Pouco familiarizados a olhar a paisagem do mundo real com as lentes da totalidade e da interdisciplinaridade, demora-mos a relacionar a exposição média ambiental de 4,5 litros de agrotóxico por habitante segundo o IBGE, com os índices alarmantes de linfomas, mal-formação congênita, distúr-bios endócrinos, neurológicos e mentais. Uma contaminação deletéria que já alcança o leite materno, alimento desejável e recomendado como exclusivo nos seis primeiros meses de uma vida radicalmente vulne-rável à contaminação. Mais do que (agro) fl orestal, o debate deveria passar pelo código social, sanitário, existencial, no sentido de uma política nacional e emergencial da agroecologia e antropologia dos negócios agrícolas, hí-dricos, bióticos, e bioéticos, na perspectiva de uma nova economia, salutar, alimentar, integral e universal.

Alfredo MR Lopes [email protected]

Alfredo MR Lopes

Filósofo e consultor ambiental

Mais do que (agro) fl orestal, o debate de-veria passar pelo códi-go social, sanitário, existencial e emergencial”

Agronegócios, a economia da bioética

Uma nova modalida-de de fi nanciamento está disponível no comércio local. Desta

vez, a Cielo, em parceria com o Bradesco e Banco do Brasil (BB), “facilita” a aquisição de bens de consumo em até 48 vezes, onde o cliente pode op-tar pela forma de pagamento diretamente nos terminais da empresa disponíveis em 15 lojas manauenses.

Segundo o presidente da em-presa, Rômulo Dias, a nova so-lução é uma possibilidade de o lojista oferecer, com a máquina da Cielo, uma nova forma de pagamento aos clientes, que já sabem na hora da aquisição quanto vão pagar pelo produto

fi nanciado. “Além disso, no ato da compra, a máquina Cielo oferece a facilidade de acesso ao crédito sem a burocracia do carnê e os consumidores terão entre 30 e 59 dias, a partir da data da compra, para pagar a primeira parcela do fi nancia-mento”, explica.

O dirigente acrescenta ainda

que a nova modalidade oferece vantagens não só para o consu-midor, que poderá garantir cré-dito em prazo estendido, mas também ao lojista. “O crediário na máquina une em uma única funcionalidade as duas pontas do nosso comprometimento com os clientes. A modalidade ocasionará em mais vendas e irá melhorar o fl uxo de caixa dos estabelecimentos comerciais, uma vez que o valor integral da venda é disponibilizado em suas contas no dia seguinte após a venda”, ressalta.

Sobre quem vai poder parce-lar as compras na modalidade da Cielo, Dias destaca que os portadores de cartões Brades-co e BB, que tenham linhas de crédito aprovadas junto aos bancos, já podem adquirir bens utilizando a modalidade

de crediário. Já no que diz respeito às lojas que poderão ofertar a forma de pagamento prolongada, ele afi rma que qualquer cliente da Cielo, que tenha a máquina no ponto de venda, pode oferecer os servi-ços aos consumidores.

Com relação às taxas de juros cobradas pelas compras pagas a prazos estendidos, o executivo informa que os percentuais de-pendem do Bradesco e do BB. “A aprovação de crédito e as taxas de juros são todas negociadas diretamente com os bancos. A Cielo, como provedora de soluções em meios eletrôni-cos de pagamento ao varejo, disponibiliza a tecnologia para facilitar a distribuição e fazer o dinheiro ofertado pelas institui-ções fi nanceiras chegar à ponta do comércio”, observa.

RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO

O início da oferta do cre-diário nas máquinas Cielo iniciou no mês de janeiro, quando a empresa reali-zou um projeto-piloto. Os testes duraram todo o primeiro trimestre deste ano e envolveram várias cidades brasileiras, incluin-do a capital amazonense. “Atualmente o Amazonas já possui 15 lojas, de todos os portes, transacionando com a nova modalidade de crediário disponível no mer-cado”, ressalta o presidente da Cielo.

Conforme Rômulo Dias, a Cielo é uma empresa que tem toda a cadeia de valor voltada aos lojistas. “Enten-demos que o nosso papel na indústria de meios eletrôni-

cos de pagamento é inovar continuamente para levar conveniência, segurança e agilidade para o comércio, favorecendo os consumido-res que são os clientes dos nossos clientes. Também queremos fi rmar no país a cultura do crediário como funcionalidade embutida no cartão”, argumenta.

A Cielo adaptou o par-que de máquinas para a função crediário para toda sua base de clientes, que atualmente é de 1,2 milhão de empresas credenciadas. As condições comerciais necessárias para ofertar a modalidade são as mesmas que o lojista já tem com a Cielo para as transações de crédito parcelado.

Projeto-piloto durou três mesesEntidades ligadas ao se-

tor comercial amazonense viram a iniciativa da Cielo como benéfi ca para o setor. Para a Associação Comer-cial do Amazonas (ACA), o crediário é mais uma faci-lidade a ser ofertada para o consumidor, uma vez que no ato da venda já é possí-vel fazer uma simulação de quanto pode ser disponibi-lizado ao cliente, sem que para isso seja preciso muito tempo de espera.

“Essa forma de pagamen-to favorecerá as vendas, mas é fundamental que a em-presa dê o suporte neces-sário aos lojistas e clientes para que não haja falha na realização das transações”, aponta o presidente da ACA,

Gaetano Antonaccio. O assessor econômico da

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomercio), José Fernando Pereira, asse-vera o discurso do represen-tante da ACA e reforça que o parcelamento é uma forma segura para o empresariado. “O lojista tem a garantia de receber o dinheiro da compra já no dia seguinte após a aprovação, sem con-tar que é mais uma forma de incentivar e facilitar as vendas nos estabelecimen-tos locais”, diz.

Os representantes de ambas as entidades, no entanto, alertam para a necessidade de atenção às taxas de juros cobradas.

Financiamento positivo

CRÉDITOOs portadores de car-tões dos bancos Bra-desco e Banco do Bra-sil, que tenham linhas de crédito aprovadas, já podem adquirir bens utilizando a nova mo-dalidade implementada no mercado

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Os casamentos estão em alta no Brasil e quando chega o mês de maio, tido como

o mês das noivas, a “indús-tria” do casamento fi ca ainda mais aquecida. Em Manaus, as empresas especializadas em aluguel e venda de vestidos de noiva, confecção de bo-los, decoração de ambientes, ornamentação com fl ores e outros serviços aproveitam para aumentar os lucros. Neste período, o movimento das em-presas, em alguns casos, chega a crescer até 40%.

Conforme a empresária Ma-ria do Carmo Nogueira Lopes, as vendas na loja Du Carmo Noi-vas, Compensa 2, Zona Oeste, tendem a alavancar em maio. “Nossa expectativa é de que este mês o movimento seja melhor.Prevemos crescimento de 40% em relação ao mês passado”, afi rma, ao ressaltar que chega a alugar, em média, cinco vestidos de noivas por fi nal de semana.

Segundo a empresária, os pacotes oferecidos variam entre R$ 400 a R$ 1,3 mil. Já os vestidos de festa fi cam

em torno de R$ 70 e R$ 150. “Nossos preços são acessíveis e voltados, principalmente, para as pessoas de baixo poder aqui-sitivo”, salienta.

Mesmo os vestidos para as noivas mais “endinheiradas” têm uma boa saída neste mês. Com pouco tempo de atuação no mercado, a Scarlett Sposa, onde o pacote de noiva não sai por menos de R$ 3,9 mil e pode chegar a R$ 8 mil a apos-ta é que haverá crescimento das vendas com a chegada de maio. “Nosso foco maior será na produção das noivas, apesar de termos também vestidos de festas para as outras mulheres da família”, afi rma a gerente da loja, Silvia de Castro.

Mercado aquecidoProva do bom momen-

to experimentado pelo setor foi a exposição que as em-presas que trabalham com artigos de casamento partici-param, no último mês de mar-ço, quando movimentaram R$ 300 mil em vendas durante os três dias do evento. Conforme dados da Expo Noivas, a maior feira de casamentos do país, o mercado movimentou R$ 11 bilhões em 2011.

ANWAR ASSIEquipe EM TEMPO

Expectativa das empresas especializadas é que haja crescimento de até 40%. As contratações também devem aumentar

Mercado do casamento em alta no mês de maio

FOTO

S: SHAN

A REIS

A chegada de maio au-mentou a expectativa de vendas de quem trabalha com a confecção de bolos de casamento. Atuando há mais de 30 anos no ramo, a doceira Zilá Silva, da Zilá e Cláudia Bolos, situada no Japiim 1, Zona Sul, espera alavancar em 10% as ven-das deste mês. “O pessoal tem casado o tempo todo em Manaus. Tenho que me desdobrar para dar conta dos quatro bolos que preci-so fazer toda semana. Para atender a demanda vou con-tratar mais duas funcioná-rias temporárias”, enfatiza, ao ressaltar que os preços das encomendas variam entre R$ 550 a R$ 2 mil (bolo de seis andares).

A doceira Cilene Maria Lopes Martins garante que a tradição de casar em maio ainda é manti-da, apesar de o “brilho” da ocasião ter diminuído em relação há outros anos. “Antigamente era mais

frequente as noivas deixa-rem para casar em maio. Hoje essa realidade mudou um pouco em relação ao pas-sado. Mesmo assim espero ampliar em 30% a vendas de bolos este mês”, destaca.

Decoração Maio vai ser literalmente

de fl ores para a Flora Cen-ter, Centro, que espera ele-var em 20% as vendas neste mês em relação a abril. Por conta do bom movimento, a empresa quer contratar temporariamente mais cin-co pessoas para trabalhar durante o período. Segundo a empresária Eliete Oli-veira da Silva, os serviços de fl oricultura custam em média R$ 1,8 mil e podem chegar a R$ 5 mil, caso o cliente deseje uma decora-ção mais sofi sticada.

“Este mês começou muito bem e a tendência é o movi-mento crescer nos próximos dias”, anima-se a proprietá-ria do estabelecimento.

Vendas de bolos crescem 10%A chegada de maio au-

mentou a expectativa de vendas de quem trabalha com a confecção de bolos de casamento. Atuando há mais de 30 anos no ramo, a doceira Zilá Silva, da Zilá e Cláudia Bolos, situada no Japiim 1, Zona Sul, espera alavancar em 10% as ven-das deste mês. “O pessoal tem casado o tempo todo em Manaus. Tenho que me desdobrar para dar conta dos quatro bolos que preci-so fazer toda semana. Para atender a demanda vou con-tratar mais duas funcioná-rias temporárias”, enfatiza, ao ressaltar que os preços das encomendas variam entre R$ 550 a R$ 2 mil (bolo de seis andares).

to experimentado pelo setor foi a exposição que as em-presas que trabalham com artigos de casamento partici-

em torno de R$ 70 e R$ 150. “Nossos preços são acessíveis e voltados, principalmente, para as pessoas de baixo poder aqui-

Mesmo os vestidos para as noivas mais “endinheiradas” têm uma boa saída neste mês. Com pouco tempo de atuação no mercado, a Scarlett Sposa, onde o pacote de noiva não sai por menos de R$ 3,9 mil e pode chegar a R$ 8 mil a apos-ta é que haverá crescimento das vendas com a chegada de maio. “Nosso foco maior será na produção das noivas, apesar de termos também vestidos de festas para as outras mulheres da família”, afi rma a gerente da loja,

to experimentado pelo setor

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S: SHAN

A REIS

Todos os serviços de casamento apresentam expansão em maio

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Qualifi cados sem trabalhoMesmo com grande oferta de empregos no Estado, alguns profi ssionais ainda enfrentam problemas para ingressar no mercado de trabalho e acabam migrando para outras vagas profi ssionais ou mesmo buscando novas qualifi cações

Cinco dias após uma data que deveria ser comemorada por mi-lhares de pessoas, o

Dia do Trabalhador, cente-nas de amazonenses ainda enfrentam difi culdades para ingressar no mercado de tra-balho. Embora qualifi cados, esses profi ssionais sempre esbarram em empecilhos, como a falta de oportunidades na área em que escolheram atuar, o que impede que con-sigam alcançar voos maiores na carreira.

Entre os que se enquadram entre os qualifi cados sem es-paço no mercado de trabalho local está a tecnóloga em pe-tróleo e gás, Aldenise Martins, 36. Formada há dois anos,

ela enfrenta problemas para ingressar na área em que in-vestiu mais de R$ 30 mil e três anos de estudo. “Tenho o conhecimento didático na área, mas enfrento várias bar-reiras para ocupar o cargo para o qual estou apta. Grande parte das empresas para as quais já enviei currículos alega que precisam de profi ssionais que desenvolvam atividades voltadas para a área opera-cional, o que não é o meu caso”, lamenta.

“Sem vagas”Conforme Aldenise, ela está

preparada para desenvolver trabalhos voltados para a área de logística, perfuração e geologia do petróleo, mas como não consegue emprego está disposta até mesmo a fazer outro curso para atuar

na área de petróleo e gás. “Estou pensando em cursar engenharia ambiental e obter ainda mais conhecimento no setor para ver se consigo atuar na área pretendida”, observa Aldenise, que teve uma única experiência como tecnóloga enquanto ainda estudava.

Na mesma situação está a assistente social formada

também em 2010, Luciene Moraes, 42. “Sou formada e tenho vários cursos na área, porém tudo parece insufi cien-te para trabalhar na área que eu escolhi me graduar”, recla-ma Luciene, ao ressaltar que é conhecida em praticamente todas as empresas de recursos humanos (RHs) da cidade.

Segundo Luciene, todas as vezes que procurou emprego as respostas negativas se re-petiram. “Eles falam que vão analisar o meu currículo e que me telefonarão futuramente, mas nunca houve esse con-tato. No momento estou até mesmo procurando emprego em outra função para dar uma força no orçamento domésti-co”, se entristece a assistente social, que acredita que a ida-de também tem interferido na sua busca por emprego.

RICHARD RODRIGUESEquipe EM TEMPO CONTROVÉRSIA

Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Elaine Jinkings, a disponibilidade de empregos no Estado é grande. Rever a qualifi -cação é outra sugestão da presidente

Formado em 2009 no curso de Organização de Serviços Jurídicos (OSJ), Roney Câmara atual-mente ocupa o cargo de representante comercial em uma empresa por não conseguir uma vaga na função em que se formou. “Posso atuar na função de técnico jurídico, mas a maioria dos escritórios jurídicos prefere contra-tar os alunos do curso de direito para desem-penharem o papel que poderia ser desenvolvido por profi ssionais da área de OSJ”, destaca.

Câmara destacou ain-da que nem todos os conhecimentos, como cursos voltados para a área de direito penal e direito de família deram uma “ajudinha” na hora de conquistar uma vaga em um escritório de ad-vocacia. “Como tenho que me manter e sustentar a minha família tive que recorrer à outra profi s-são. Caso contrário, es-taria desempregado no momento”, pontua o pro-fi ssional, ao acrescentar que não vai desistir de atuar na área de direito.

Nova profi ssão é alternativa

SHANA REIS

Economia

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B5EconomiaMANAUS, DOMINGO, 15 DE ABRIL DE 2012

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Jornalistas desprotegidos contra violência no paísSDH vai acompanhar investigação de atentados no Brasil, que ocupa a 11ª colocação entre países com crimes impunes

A Secretaria Nacional de Direitos Huma-nos (SDH) criará um observatório para

acompanhar investigações de atentados cometidos contra jornalistas. A decisão foi anun-ciada hoje pela ministra Maria do Rosário, após encontro com representantes do setor que estiveram em Brasília para pedir a federalização dos cri-mes contra profissionais da imprensa. Também deve ser aberto um canal de comuni-cação direta com o governo para denunciar ameaças à liberdade de expressão.

O grupo formado por re-presentantes da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Im-prensa (ABI), Federação Na-cional de Jornalistas (Fenaj) e Altercom, que representa comunicadores de blogs, acu-sou as policias estaduais de estimularem a impunidade.

“São raríssimos os casos de identificação de violência con-tra jornalistas e responsabili-zação de seus autores porque as autoridades policiais no âmbito de cada unidade da federação não têm empenho em apurar estes episódios. A impunidade na investigação e na responsabilização tem estimulado a multiplicação de casos de violência contra profissionais da comunicação — afirmou o presidente da ABI, Maurício Azêdo.

O observatório, de acordo com a ministra, deve moni-

torar o progresso das inves-tigações comandadas pelas polícias estaduais nos crimes contra jornalistas.

Assim, o governo terá in-formações precisas sobre o número de inquéritos em andamento e sobre denún-cias e condenações no Po-der Judiciário.

A ministra, entretanto, pon-derou que a federalização dos crimes depende de projeto de

lei. E sugeriu que tentativas de execução ou tortura de jor-nalistas sejam enquadrados como violações aos direitos humanos, o que abre caminho para que a Polícia Federal lidere a investigação.

Rosário explicou que vem pedindo aos governadores atenção especial quando se trata de crimes de extermí-nio. Participaram do encontro, além do presidente da ABI, o diretor executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, o presidente da Fenaj, Celso Schröder, e Renato Rovai, da Altercom.

DENÚNCIAUm grupo de repre-sentantes da ANJ, ABI, Fenaj e Altercom, que representa comunica-dores de blogs, acusou as polícias dos Estados de não se esforçarem nas investigações, esti-mulando a impunidade

O Brasil ocupa a 11ª co-locação no ranking de paí-ses em que os assassinatos de jornalistas mais ficaram impunes, segundo a orga-nização não governamental (ONG) Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ).

Os piores na América La-tina são Brasil (11º lugar), México (8°) e Colômbia (5°).

No mundo, os líderes em violência contra jornalistas são Iraque (1°), Somália (2°) e Filipinas (3°), segundo o índice de Impunidade criado pelo CPJ.

Para os analistas do CPJ, crimes recentes que leva-ram à morte de pelo menos dois jornalistas brasileiros – Edinaldo Filgueira e Valé-

rio Nascimento, ambos as-sassinados em 2011 - ge-raram um “retrocesso” nos esforços das autoridades para combater a impunida-de. De acordo com a ONG, nos últimos anos, a Justiça sentenciou pelo menos cin-co pessoas responsáveis por assassinatos de jornalistas. Há ainda cinco assassina-

tos que permanecem sem solução na última década. A organização destaca que os jornalistas foram vítimas de represálias por suas ações. Em carta à presidente Dilma Rousseff em abril, o diretor executivo do CPJ, Joel Simon, alertou sobre a situação bra-sileira. No ranking passado, o Brasil ficou em 12º lugar.

O 11º no ranking da impunidade mundial

O mural nos EUA em homenagem a jornalistas mortos em atividade, seja em matérias no cotidiano ou em países em guerra

DIVULGAÇÃO

Empresas não acreditam em práticas sustentáveis

Embora pratiquem no dia a dia ações de sustenta-bilidade ambiental, como a coleta seletiva de lixo e o controle do consumo de papel, de água e de energia, somente 46% das micro e pequenas empresas brasi-leiras acreditam que a ques-tão do meio ambiente pode gerar ganhos financeiros a seus negócios.

Isso é o que revela uma pesquisa divulgada sobre o perfil da sustentabilidade em empresas, pelo presi-dente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae), Luiz Barretto.

Do total de 3.912 empre-sários entrevistados pelo Sebrae no início deste ano, 80,6% disseram controlar o consumo de água, 81,7%, o consumo de energia, 70,2% fazem a coleta seletiva de lixo e 72,4% controlam o consumo de papel.

Apesar dessas ações pon-tuais, 51,7% informaram não ter o hábito de usar materiais recicláveis no pro-cesso produtivo, 83,4% não fazem captação da água da chuva ou reutilização de água e 50,9% não reciclam lixo eletrônico ou pneus.

Por outro lado, a maioria das empresas consultadas (mais de 80%) entende que a sustentabilidade engloba os eixos ambiental, econô-mico e social. Luiz Barret-to informou que 79% dos

empresários entrevistados estão conscientes de que empresas que têm ações sustentáveis podem atrair mais clientes e que 69% acreditam que essas ações passam uma boa imagem da empresa para os consu-midores. “Significa aumen-to de mercado e de valor agregado ao produto, ganho de eficiência e oportunidade de fidelização dos clientes”, disse o presidente.

O diretor técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos, citou o caso da lavan-deria Prillav, de Rondonópolis (MT), considerada referência nacional em sustentabilida-de no segmento. A empresa investiu R$ 152 mil em mo-dernização tecnológica, teve aumento de 8,8% na receita mensal e redução de custos de 2,8%. O consumo de água foi reduzido 32%, enquanto o consumo de combustíveis caiu 36% e os gastos com manutenção de equipamen-tos diminuíram 42%.

A cachaçaria Extrema, no Rio Grande do Norte, que fabrica aguardente tradicio-nal, investiu R$ 231 mil para a adoção de práticas sus-tentáveis. A receita média mensal da empresa aumen-tou 38,2% e a lucratividade cresceu 44%. O consumo de água caiu 46% e o de energia, 76%. A folha de pagamento aumentou 50%, enquanto o consumo de combustíveis declinou 100%.

MICRO E PEQUENAS

Brasil investe pouco

Os investimentos no exterior de empresas multinacionais latino-americanas, as cha-madas translatinas, caíram cerca de 50% e chegaram ao total de US$ 22,6 bilhões, em 2011 – em 2010, o registro foi US$ 44,9 bilhões. Segundo o rela-tório da Comissão Eco-nômica para a América Latina e o Caribe (Ce-pal), divulgado esta se-mana, essa redução foi consequência da forte queda dos fluxos do Bra-sil para o exterior. Em 2011, o Brasil registrou um saldo negativo de US$ 9,2 bilhões nas cor-rentes de investimento, enquanto, no ano ante-rior, havia apresentado balanço positivo de US$ 11,5 bilhões.

O relatório da comis-são mostra que em 2011 cresceram os emprés-timos líquidos de filiais no exterior para as matrizes no Brasil, ao mesmo tempo em que caiu o envio de capital. De acordo com a Cepal, as empresas brasileiras estão priorizando o pró-prio país, que é a refe-rência da América Lati-na em investimento.

EXTERIOR

Prematuros somam 15 milhões Um estudo divulgado pela

Organização Mundial da Saú-de (OMS) mostrou que 15 milhões de bebês nascem antes do tempo, por ano, no mundo. Mais de 1 milhão deles morrem dias após o parto. A prematuridade é a segunda causa de morte de crianças com menos de 5 anos de idade, ficando atrás somente da pneumonia. De acordo com o estudo, 75% poderiam ser salvos com a adoção de me-

didas simples, como aplicação de antisséptico e antibióticos para evitar infecções.

O Brasil e os EUA estão entre os dez países com os maiores números de partos prematu-ros. O Brasil aparece em déci-mo lugar, com 279 mil partos prematuros por ano (antes de 37 semanas de gestação). A taxa brasileira é de 9,2% dos bebês prematuros, igual à da Alemanha e inferior à dos Estados Unidos, que chega a 12%. O relatório apontou que a incidência dos partos prematuros é maior nos países pobres, cerca de 12%.

NASCIMENTO

O Ministério da Saúde brasileiro disse que uma das metas do programa “Rede Cegonha”, lançado no governo de Dilma Rous-seff, é reduzir o índice de prematuros, com acom-panhamento pré-natal.

Municípios em todo o país podem solicitar aces-so ao sistema que permi-te cadastrar e monitorar

gestantes que vão receber o auxílio-deslocamento. O benefício, de até R$ 50, serve para pagar o des-locamento, tanto para a realização de consultas pré-natal quanto para o parto. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, 23 Estados e 1.685 municípios iniciaram o processo de adesão.

‘Rede Cegonha’ em ação

COMPARAÇÃOO Brasil aparece em décimo lugar, com 279 mil partos prematuros por ano (antes de 37 semanas de gestação). A taxa brasileira é de 9,2% dos bebês prema-turos, igual à da Ale-manha

A morte de bebês pode ser evitada com medidas simples

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B7PaísMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Mestrado e doutorado vão ter reajustadas de 10%

Os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram o valor do reajuste das bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pelas duas agências. O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, informou que o aumento será dado em duas parcelas. O primeiro reajuste será de 10% a ser pago a partir de julho. Os benefícios estavam congelados desde 2008.

Atualmente, o valor da bolsa de mestrado é R$ 1,3 mil e a de doutorado, R$ 1,8 mil.

EUA e União Europeia questionam Brasil na OMC

Os Estados Unidos e a União Europeia apresentaram na última sexta-feira perguntas ao Brasil no Comitê do Acordo para Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio (Trims, na sigla em inglês) da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o leilão para faixas de frequência para a tecnologia 4G, previsto para o dia 12 de junho. Segundo o Itamaraty, as perguntas serão “devidamente respondidas naquele foro”.

O Itamaraty também esclareceu que não se trata de um contencioso, mas apenas perguntas normais nos procedimentos da OMC.

Inicia amanhã inscrição do programa ‘Bolsa Atleta’

Começa na segunda-feira o período de inscrições no programa “Bolsa Atleta”, do Ministério do Esporte. A portaria foi publicada na última sexta-feira no Diário Oficial da União. É a segunda etapa do processo de inscrição do programa, referente ao exercício de 2011, e é específica para os esportistas das modalidades que não compõem o programa dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Os atletas terão até o dia 5 de junho para efetivar a inscrição no site do Ministério do Esporte, pelo endereço http://www.esporte.gov.br/snear/bolsaAtleta/.

Apesar dos êxitos obtidos, será muito difícil ao Brasil superar a pobreza extrema sem que sejam aprovadas reformas, entre elas a tributária e a agrária

Pobreza extrema só será superada com reformas

A redução da pobreza e da desigualdade so-cial no país vem sendo sustentada pelo êxi-

to de sua economia, disse o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Ele lembrou que a chave des-se sucesso decorreu da im-plementação de políticas de transferência de renda.

Ao participar de seminá-rio Desenvolvimento Sus-tentável, preparatório para a Rio+20, no Palácio da Ci-dade, ele disse que, apesar dos êxitos obtidos, será mui-to difícil ao Brasil superar a pobreza extrema sem que sejam aprovadas no Con-gresso Nacional as reformas necessárias à manutenção do desenvolvimento, entre elas a tributária e a agrária.

O economista lembrou que existem ainda hoje, no país, cerca de 16,2 milhões de pes-soas que vivem em situação de extrema pobreza – o que significa que elas vivem com apenas R$ 72 por mês, ou o equivalente a R$ 2 por dia.

“A estrutura fundiária do Brasil é hoje pior do que em 1920. Atualmente, 40 mil pro-prietários rurais concentram 50% das áreas agricultáveis do país. Também é preciso acabar com essa lógica per-

versa que impera no país, em que os mais pobres são exa-tamente os que pagam mais impostos”, denunciou.

O economista do Ipea lem-bra que o governo tem no “Bra-sil sem Miséria” um importan-te aliado para obter êxito na redução da miséria extrema. “O programa é dividido em três pilares importantes: transfe-rência de renda, adoção de programas de educação e a

universalização dos serviços do estado (acesso à energia elétrica, água encanada, habi-tação e uma série de serviços que são fundamentais princi-palmente para a parcela mais pobre da população), disse.

Os países em desenvolvi-mento aproveitam o encontro para anunciar a criação de um fundo ou instituição nos mol-des do Banco Mundial (Bird).

O combate à pobreza será uma das grandes prio-ridades da cooperação en-tre os países que integram o Brics (grupo de países emergentes formado pelo Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul), a ser levada à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvol-vimento Sustentável – a Rio+20, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho, segundo a professora do Instituto de Relações Internacionais

da PUC/RJ e coordenadora-geral do Centro de Estudos e Pesquisa Brics (Brics Po-licy Center), Adriana Ab-denur, ao participar, nesta capital, do Seminário sobre o Desenvolvimento Susten-tável e a Agenda Social dos Brics.

Para Adriana, debater conjuntamente o desen-volvimento econômico, o social e também o am-biental é o que interessa diretamente aos países em desenvolvimento.

Prioridade para debates

No país, cerca de 16,2 milhões de pessoas vivem na pobrezaGASTOSO economista lembrou que existem pessoas em estado de extrema pobreza no Brasil e que vivem com ganho de apenas R$ 72 por mês, o equivalente a R$ 2 para gastos diários

VLADIMIR PLATONOW ABR

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Em contraste com a pobreza extrema, o país lançou seu próprio míssil, investiu US$ 40 bilhões em armamento por causa de disputas internas e da fronteira

Índia investe em aviões e se prepara para guerra

A indústria armamen-tista só cresce: os gas-tos na Defesa somam um montante de US$

40 bilhões, que equivalem a 2% do PIB e 13% a mais do que no ano passado, para dar conta de disputas internas e da fronteira instável com o Paquistão. Há duas semanas, a Índia lançou com sucesso, da Ilha Wheeler, o Agni-V, míssil de longo alcance capaz de atingir as principais cidades da China. Numa outra fren-te, também com objetivo de modernizar a indústria domés-tica, a Hindustan Aeronautics Limited (HAL) já tem tudo preparado para receber, em dois meses, os Rafale — caças franceses de última geração — que vão substituir os Mi-rage produzidos no país há 40 anos.

A compra de 126 jatos da francesa Dassault significa, para o país, um investimento de US$ 12 bilhões. Os pri-meiros 18 serão construídos na França. Os 108 restantes começam a ser fabricados nos hangares da HAL. Na visita da presidente Dilma Rousseff a Nova Délhi, no início do mês, para a reunião de cúpula dos Brics, a Índia propôs uma par-ceria tecnológica com o Brasil para a transferência de infor-mações sobre os Rafale.

DIVULGAÇÃO

O país em breve vai receber os caça Rafale, de fabricação francesa para substituir os Mirage

Na estrada de 40 qui-lômetros entre o centro de Bangalore e Harita na margem direita, estão se-des de empresas em prédios espelhados e futuristas, na esquerda, barracos e cons-truções precárias improvi-

sam pequenos comércios, o lixo forma montanhas e dão testemunho de muita pobreza.

A Índia abriga 1,3 bilhão de habitantes, há 22 línguas oficiais, entre 400 dialetos, e 4.200 diferentes castas.

Em 2009, o governo impôs como obrigação colocar as 500 milhões de crianças de 6 a 14 anos na escola. E distribuir a cada uma, em dez anos, tablets da marca Aakash — produzidos no país por US$ 49.

Dois mundos em um só lugar

Hugo Chávez pode estar com sequelas emocionais

O tratamento do presiden-te Hugo Chávez em Cuba contra um câncer na região da pélvis teria deixado se-quelas mais graves do que as informações divulgadas pelo governo, afirma o jor-nalista venezuelano Nelson Bocaranda. Em sua coluna RunRun.es, o blogueiro afir-ma que a radioterapia cau-sou uma fratura em parte do fêmur e que, em razão das fortes dores, o presidente não poderá mais ser subme-tido a esse tratamento.

“Mais do que a enfermida-de, que se espalha, o que mais o afeta é afundar em uma depressão acompanhada de dores provocadas por lesões orgânicas e especialmente nos ossos do quadril”, es-creveu o jornalista. Segundo Bocaranda, Chávez passará a receber tratamento psi-cológico para enfrentar a situação, caso não obtenha “o milagre”, como se referiu em uma oração pública a uma cura para a doença.

Para o oncologista Daniel Herchenhorn, chefe da On-cologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer, é pos-sível haver fratura de ossos longos, como no fêmur e na bacia, em pacientes com cân-cer em órgãos como pulmão, próstata, pâncreas ou intes-tino. Herchenhorn pondera, no entanto, que são poucas as chances de que a fratu-ra tenha sido causada pelo tratamento radioterápico. É mais comum, nestes casos, uma metástase óssea, que constitui um espalhamento da doença para o fêmur.

De acordo com Bocaranda, o governo tenta encobrir a imagem de um presidente diminuído fisicamente, que precisa de ajuda para subir ou descer escadas. De acor-do com o jornalista, a foto da chegada em Havana, ao lado do presidente Raúl Castro, no aeroporto, teria sido cuida-dosamente planejada para evitar que sua fragilidade transparecesse.

CÂNCER

DIVULGAÇÃO

Hugo Chávez em Cuba sendo recebido pelos irmãos Castro

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Casais fogem à regra e se unem longe das igrejasFacilidade de apenas ‘juntar os trapos’ tem feito casais deixarem a cerimônia na igreja para depois ou a excluirem dos planos

Casar na igreja ou ter o relacionamento re-gistrado ofi cialmente no cartório civil dei-

xou de ser prioridade para os brasileiros nos últimos dez anos. Pelo menos é o que reve-la o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geogra-fi a e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, em um período de dez anos no Amazonas, houve aumento considerado da união con-sensual, ou seja, de pessoas que viviam em companhia de cônjuge com quem não contraíram casamento civil nem religioso.

Em 2000, esses casais re-presentavam 48,1% das uni-ões. Em 2010, esse percentual passou para 54,6%, compre-endendo aproximadamente 669.782 casais. O casamento civil caiu de 17,2% para 14,6%. Já o casamento religioso, no Estado, caiu de 12,1% para 7,8%. Dessa forma, a união consensual no Amazonas na-quele ano era 9,2% maior que a soma de todas as outras naturezas da união.

Há quatro meses, a funcio-nária pública Hellen Santana, 29, mora com o namorado Itamar Amaral, 22. Ela revela que foi opção do casal morar junto antes de qualquer tipo de registro ofi cial. “Nos co-nhecemos e decidimos logo morar junto”, comenta.

Segundo Hellen, a ideia do casamento no civil e religio-so não foi descartada e é planejado para os próximos anos, mas por enquanto, o relacionamento do casal foi

registrado no cartório apenas como uma união estável. “É muito mais simples que um casamento. É um documento que comprova que você tem uma vida com uma pessoa. Que afi rma isso. É mais prático e fácil”, comenta.

A supervisora de vendas An-dreza Torres, 33, disse que o compromisso do casamento sempre foi planejado, mas que todos os anos tem sido adiado por ela e o companheiro com quem tem um relacionamento há 17 anos. “Não diria que nos-sa união consensual foi uma escolha, mas aconteceu. Ao

longo dos anos fomos levan-do e levando, mas claro que ainda existe o planejamento. Dos 17 anos de relacionamen-to, há 14 estamos morando juntos”, afi rmou.

Para Andreza, a única difi -culdade enfrentada pelo casal por conta do tipo de união é o compartilhamento de alguns benefícios, como o plano de saúde. “Em alguns momentos foi difícil, mas com a declara-ção da união estável fi ca bem mais fácil. Sempre falamos que vamos casar no ano que vem e esse ano que vem nunca chega”, brinca.

Dia a diaa diaaCade

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[email protected], DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 (92) 3090-1041

MÔNICA FIGUEIREDOEquipe EM TEMPO

MUDANÇAContratos que compro-vam união estável têm bastado para muitos casais do Estado. Mui-tos deixam o sonho de casar na igreja para depois, já que desfru-tam dos mesmos direi-tos sem a cerimônia

Página C3

Traumas que auxiliam outras vidas

GIOVANNA CONSENTINNI

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ULG

AÇÃO

O advogado Alberto D’Almeida explica que os casais que vivem em união consensual têm os mesmos direitos que os que vivem casamento legal perante a Justiça. Ele ressalta, no entanto, que nesses casos é importante que os ca-sais tenham testemunhas e registros de sua rotina, de sua vida a dois em um ambiente familiar, pois são esses fatores que, em uma possível separação, contribuem para a divisão dos bens. “Não estou que-rendo dizer que todos os casais se separam. Mas é importante que durante esse relacionamento se-jam guardadas fotos dos namoros, dos jantares, para mostrarem, quando necessário, que estiveram juntos e possuíam uma união estável”.

D’Almeida frisou que a partir do momento em que o casal passa a morar junto, os bens adquiridos passam a ser considerados como “nossos”. “Não pertencem apenas a um ou a outro. Passam a ser dos dois. Tudo é divido ao meio quando se vive junto”.

Sobre os casamentos na igreja e no civil, ele afi rma que atualmente a maioria dos casais que opta em casar no religioso já as-sume o compromisso com efeitos civis.

“O casamento na igreja

é muito mais detalhista. Mas não tem diminuído, só tem aumentado tan-to que, por exemplo, tem uma igreja católica aqui em Manaus que já tem casamento agendado até para 2014”.

O advogado disse que os casais que preferem não passar por esses procedi-mentos, o processo de se-paração é mais fácil. “Com os documentos, as pessoas podem se sentir mais segu-ras. Mas isso é justifi cado há milhares de anos quan-do a igreja acredita que os casamentos eram eternos por conta de cerimônias feitas apenas na igreja. Quando eles passaram a perceber os divórcios ocor-ridos, passaram a registrar no civil também”, explicou ressaltando que o casa-mento nada mais é que uma forma de contrato.

Sobre as modalidades de casamento, hoje eles podem ser por divisão par-cial de bens e universal. Na primeira modalidade tudo que foi adquirido durante o relacionamen-to do casal terá que ser divido entre os dois.

No segundo, todos os bens que foram adquiri-dos durante a vida dos cônjuges terão que ser divididos. “Só não entra nessa modalidade os bens adquiridos por he-rança e presentes”.

É preciso ter ‘provas’ da união

Para o padre Sebastião Sant’Ana, mesmo anos após vivendo juntos, o ca-sal pode decidir fi rmar sua união na igreja. “Insistimos muito nas boas-novas do casamento. O casal que faz isso é referência para outros. Hoje, na paróquia, é frequente realizarmos casamentos desse tipo. Há casos de pessoas em que casam pais e fi lhos no mesmo dia”.

O padre destaca pesqui-sa realizada nos Estados Unidos há algumas déca-das. Nela foi destacada

a seguinte proporção: ca-sais que só eram casados no civil correspondiam a um divórcio a cada dois casamentos; casais casa-dos no civil e religioso que não rezavam era um di-vórcio para cada três casamentos; casais que frequentavam a igreja o resultado foi para um di-vórcio a cada 50 casamen-tos; casais religiosos que oravam juntos era um di-vórcio para 1.429 casamen-tos. “Para os casais que não se casam e não tem vínculos, 83% se separaram”.

Cerimônia é incentivada

Helen e Itamar tem quatro meses de relação e moram juntos

ARQUIVO PESSOAL

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012C2 Dia a diaa diaa MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Contêineres deixam motoristas em alertaRisco de tombamento traz à tona questionamentos sobre o uso de travas obrigatórias

O acidente que re-sultou na morte do motorista Se-ráfi co Nóbrega, 49,

na manhã da última quinta-feira, quando um contêiner do grupo Chibatão tombou sobre o veículo que ele diri-gia, um Fiesta cor prata, de placa JXT 8698, traz de volta à discussão o questionamen-to de até que ponto esses veículos garantem seguran-ça ao trânsito. Embora não exista estatísticas referen-tes a esse tipo de ocorrências em Manaus, eventualmente é registrado o tombamento desses equipamentos na ci-dade, o que causa desconfor-to entre os motoristas.

No entanto, o Departamen-to Estadual de Trânsito no Amazonas (Detran-AM) afi r-ma que o caso de Seráfi co foi “isolado” e que somente a perícia poderá informar se a causa do acidente foi a falta das travas de segurança.

Para o autônomo Rodrigues dos Santos, 45, trafegar ao lado de um veículo transpor-

tando um contêiner é para ele sinônimo de perigo. Ele confessa, na primeira oportu-nidade, o ultrapassar ou man-ter distância dele, temendo o tombamento em curvas ou ultrapassagens.

“Quando vejo um contêi-ner perto do meu carro, tento logo sair de perto. Nunca fi co ao lado dele. Morro de medo daquele “ferro” pesado virar, ainda mais que conheço casos em que os motoristas não utilizam a trava de segurança para prendê-lo”, denuncia.

De acordo com um moto-rista de caminhão entrevista-do pelo EM TEMPO, que não quis se identifi car, é comum veículos que realizam trans-portes de produtos para o Distrito Industrial utilizarem contêineres sem as travas obrigatórias. Ele disse que os “patrões” não se atentam para a gravidade do problema. “Eu mesmo já cansei de transpor-tar contêiner sem a trava de segurança ou apenas com um pino na lateral. Nesse caso, redobro a atenção e trafego em baixa velocidade, princi-palmente, nas vias onde há curvas fechadas”, confessa.

AURIANE CARVALHOEquipe EM TEMPO

A diretora-presidente do Departamento Estadual de Trânsito no Amazonas (Detran-AM), Mônica Melo, informa que regularmente é realizada fi scalização em veículos que transportam contêineres em Manaus. Segundo ela, há inclusive, unidades apreendidas no parqueamento do órgão. “Desconheço informações de veículos que trafegam contêiner sem as travas de segurança. A fi scalização é feita com frequência, onde checamos também pneus, entre outros equipamentos obrigatórios”, afi rma.

Sobre o caso que envol-veu o motorista Seráfi co Nóbrega, somente a pe-rícia da Polícia Civil vai apontar se a falta de tra-vas de segurança foi o que ocasionou o tombamento do contêiner. Ela não sou-be informar, na ocasião, se havia algum processo se-

melhante tramitando no órgão, mas garantiu que o tombamento de contêiner não ocorre com frequência na cidade.

“Pedimos, inclusive, aos motoristas que denunciem quando forem submetidos a dirigirem veículos sem os equipamentos de seguran-ça obrigatórios. Eles podem fazer denúncias anônimas acessando o site e denun-ciar por meio de nossa ouvidoria ou mesmo pelo 3236-6044”, diz.

A resolução nº 213 de 13 de novembro de 2006 fi xa requisitos para a circulação de veículos transportado-res de contêineres no país. Conforme a determinação, é possível fazer o transpor-te com as empresas que tiverem a Autorização Es-pecial de Trânsito (AET), no qual responsabiliza o pro-prietário pelos danos que o veículo venha a causar.

Detran fi scaliza regularmente

Acidente, ocorrido na última semana, matou Seráfi co Nóbrega

GIOVANNA CONSENTINI

Outro motorista, que também não quis se iden-tificar, disse que as gran-des empresas que fazem transportes de cargas, se preocupam com a uti-lização do equipamento de segurança, mas que há casos em que não se investem em equipamen-tos obrigatórios.

“Onde eu trabalho utiliza-mos todos os equipamen-tos exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas já trabalhei em em-presas precárias onde só podíamos trafegar à noite para evitar a fi scalização. Assim como há empresas que se preocupam com isso, há outras que não”.

Poucos mantêm cuidados

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Ex-moradores de rua se tornam exemplos de vida Traumas superados, elas voltam ao lugar que as ajudou a reconstruir vidas e auxiliam internos com mesmos problemas

Ajuda dos dois lados

FOTOS: GIOVANNA CONSENTINI

Ajuda dos dois lados

Maria Edinelza (foto acima) e Ma-ria Suelem comemoram traumas superados de uma vida nas ruas

Em Manaus, pesso-as que viveram mo-mentos de completo abandono, morando

nas ruas, em contato com drogas, alcoolismo e prosti-tuição, dão uma lição de vida. Após superarem as difi culda-des, hoje elas ajudam outras em situações semelhantes, transmitindo a experiência e o conhecimento de quem já se julgou “sem saída”.

“Eu passei por várias coisas ruins na minha vida, mas tudo serviu para eu me tornar uma pessoa melhor e ajudar aos que estão na mesma situação que eu estava há alguns anos, quando eu estava perdida”. A afi rmação é de Maria Edinelza Alves, 23, que ainda com 10 anos de idade perdeu a mãe e, por se recusar a morar com o padrasto, foi viver nas ruas da capital amazonense.

Hoje, ela trabalha na Casa Mamãe Margarida prestando apoio a jovens em situação de risco social e lembra do período que passou nas ruas e de seu retorno para casa. “De-pois da morte da minha mãe, passei cerca de um ano sem lar e com más companhias. Depois de um tempo, acabei indo morar na casa de meu padrasto”, recorda Maria.

Apesar da aparente melho-ra, ela afi rma que a tranqui-lidade durou pouco. Segundo a ex-moradora de rua, sua casa foi invadida e ela foi vio-lentada, motivo considerado sufi ciente para que ela fugis-se mais uma vez. “Invadiram meu quarto e me violentaram. Depois disso, eu fi quei trans-tornada e mais uma vez me perdi”, explica.

Segundo Maria, após mais de seis meses longe da con-vivência social adequada para uma criança, como ela era na época, algumas pessoas a encaminharam para o centro onde ela trabalha hoje. No local, ela permaneceu por dez anos como interna, e recebeu cuidados pedagógicos, educa-cionais e psicológicos.

“Após conhecer realidades iguais ou piores que a mi-nha, percebi que podia mudar. Mais do que isso, percebi que podia ajudar outros como eu. Não podemos viver só do que aconteceu no passado”, afi r-ma Maria, que hoje divide seu tempo para ajudar na institui-ção de apoio e ser mãe. “Hoje sou casada e tenho um bebê lindo”, diz orgulhosa.

Prostituição Suelem Gomes, 28, traz

história semelhante à de Maria em sua memória. Ela que chegou a se prostituir, também trabalha na Casa Mamãe Margarida, onde foi acolhida anos atrás e diz não ter vergonha de compartilhar experiências com os mais jo-vens. “É um orgulho para mim poder aconselhar e indicar o caminho certo para quem está passando pelo problema que já foi meu”, ressalta.

Segundo ela, com apenas 10 anos foi expulsa de casa pelos pais, sem motivo aparente. “Depois disso, “caí na vida”. Com 16 anos, comecei a usar drogas e até cheguei a me prostituir. Foi quando aceitei

WILLIAM GASPAREspecial EM TEMPO

ajuda e fi quei sob os cuidados da casa por cerca de 9 anos”, revela Suelem.

Hoje, dando aulas de cos-tura e conselhos para outros, ela se diz feliz e satisfeita. “Adoro passar o pouco que aprendi para quem precisa. Sou muito grata aos que me ajudaram e é justo que mais pessoas tenham a chance de mudar, assim como aconte-ceu comigo”.

As ruasO auxiliar de serviços ge-

rais de uma empresa de ele-trônicos, Antônio Celestino, 32, foi morador de rua em Manaus. Corria, diariamente, atrás de lixo para se alimen-tar e sofria discriminação por ser usuário de drogas. Che-gou a se internar algumas

vezes, mas sem melhorias. Algum tempo depois, voltou

a se tratar e tentar se libertar dos vícios. Após tratamento, semanalmente ele trabalha como voluntário em clínicas de reabilitação.

“Hoje ganhei a confi ança dos colegas de trabalho. Pro-curo passar minhas experiên-cias para todos aqueles que vivem situações como as que vivi”.

Antônio se emocio-na ao lembrar de um Natal quando não tinha nada para se alimentar. “Ti-nha apenas um pedaço de pão para comer na noite de Natal. Consegui supe-rar tudo isso, e hoje estou aqui para dizer que, apesar de ser difícil, é possí-vel mu-darmos e s s a s i t u a -ç ã o ” , conclui.

MÉTODOMoradores de rua dizem que é possível superar trauma ajudando outras pessoas que passam por situação já vivenciada por elas no passado

O psicanalista, psiquiatra e terapeuta de grupo, Ivo Ribeiro, afi rma que a vida de pes-

soas em situações como as de Maria Suelem, Antônio e Maria Edinelza é pautada pela solidão.

Para ele, o morador de rua pensa que não tem para aonde ir e, consequentemente, está sem destino.

“Na cabeça de alguém assim, não existe mais saída”, explica o especialista.

O profi ssional afi rma que a necessidade de transmitir as experiências vividas por quem teve esses tipos de trauma é fundamental para a recuperação de outros. “Com um exemplo, fi ca mais fácil se espelhar e ter um objetivo. É louvável que essas pessoas corajosas dividam suas vidas abertamente com quem necessita”.

Sobre as atitudes para resgatar esse tipo de público, Ivo afi rma que não bas-

tam apenas o resgate e internação. “Pegar o morador de rua e o

levar para um abrigo não vai resolver a questão, pois ele tem vínculo com a rua e com as pessoas que estão junto com ele, precisamos trabalhar a reintegração so-cial”, conclui.

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Marmita malconservada pode trazer danos à saudeNecessário utensílio dos trabalhadores durante a semana pode ser fonte de doenças, caso não seja bem organizado

A falta de tempo, di-nheiro e até mesmo o costume, colaboram para que a população

manauense continue a levar a famosa marmita para o trabalho. Não se sabe de onde ao certo surgiu esse costume, utilizado desde o camelô até a classe executiva das em-presas. Para quem mantém o hábito, o cuidado é funda-mental, tanto no manuseio desses alimentos quanto no armazenamento feito antes dele ser consumido.

“Quando chego à noite, pre-paro o almoço do próximo dia e o guardo na geladeira. No dia seguinte, ponho no vasi-lhame próprio e o esquento no micro-ondas. Em seguida, o embrulho no papel alumínio e o coloco dentro da bolsa. Depois disso é só esperar a hora do almoço para comê-lo. Claro que não é a mesma coisa de ter uma comida quentinha na mesa, mas o corre-corre do dia a dia leva a isso, pois saio da faculdade pela manhã e vou direto para o trabalho. Lá não temos como esquentar a marmita”, justifica a secre-tária administrativa Regiane Ribeiro da Silva, 34, enquanto preparava a comida para a se-mana de trabalho e estudo.

Para a proprietária do res-taurante da Naza, na rua Co-mendador Clementino, Cen-tro, Nazaré Costa Marques, a marmita de isopor, além de ser adotada por todos os restau-rantes, colabora na distribui-ção do alimento, evitando que o mesmo sofra qualquer tipo de contaminação. “A marmita feita de isopor térmico colabo-rou tanto na conservação do alimento quanto na forma de transporte”, explica.

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

Na avenida Eduardo Ribei-ro, no centro da cidade, no horário de almoço, o famoso “Carro da Morena” estaciona e inicia a venda de pratos com preços que variam de R$ 4 e R$ 5.

O “camelô” Márcio Cabral,

34, que trabalha próximo ao local onde fica o “Carro da Morena”, revela que prefere pedir comida de um res-taurante próximo do que comprar do carro por pre-ocupação com conservação do alimento.

“Conheço vários compa-nheiros de trabalho que já passaram mal com a ali-mentação dos carrinhos de lanche dessa área central. Isso me preocupa, por isso resolvi encomendar todos os dias a refeição de um

restaurante. Isso porque, ao menos subtende-se que, nesses estabelecimentos a comida seja algo mais conservado e saudável que a vendida nesses carrinhos estacionados pelas ruas da capital amazonense”, diz.

Carrinhos de comida exigem mais atenção

O preço acessível e aparentemente vanta-joso para a população, segundo a nutricionista Viviane Moreno, 25, é prejudicial à saúde. “A exposição desse ali-mento é preocupante, pois além de não estar sendo conservado de forma correta, está ex-posto tanto à poeira da rua quanto à diversos tipos de contaminação. Até mesmo o manuseio desse alimento pode es-tragá-lo”, diz.

De acordo com ela, a forma de conservação do alimento nesse tipo de marmita é inadequa-da. “A comida fica por muito tempo exposta a uma temperatura inade-quada à conservação do alimento, que pode ser contaminado por micro-organismos nesse meio-tempo”, explica.

Segundo Viviane, as conhecidas “marmitex” são totalmente prejudi-ciais à saúde. “O cer-to é as empresas que trabalham com refeição usarem como embala-gem para transportar o alimento, as conhecidas isotérmicas, pois o ma-terial de alumínio faz mal à saúde por liberar mo-léculas que o integram ou, simplesmente, por soltarem pedaços dele mesmo”, sugere.

Preço acessível que custa caro

Carrinhos que vendem comida podem apresentar riscos à população por não conservarem adequadamente os alimentos

DIVULGAÇÃO

IONE MORENO

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Mensagem ‘premiada’ no celular ainda faz vítimas Mesmo sendo antigo, o golpe via celular engana pessoas com falsas recompensas. Poucas são as que escapam e denunciam

Carros, casas e cami-nhões de prêmios. Esse é o conteúdo das mensagens cons-

tantemente enviadas para o celular de muitas pessoas em Manausna capital amazonen-se. O método, praticado a al-gum tempo, de imediato ainda chama a atenção de muitas pessoas e requer cuidado. Isso porque, segundo autorida-des de segurança, pode estar atrelado a possíveis golpes de sequestro e saques em contas bancárias. Apesar de o assunto não ser novidade, algumas pessoas ainda caem no golpe e retornam para o número que enviou a men-sagem. Em determinadas si-tuações, os “estelionatários” simulam uma conversa se-melhante às de operadoras de cartões de crédito.

Caso semelhante ocorreu com a universitária Priscila Lima, 23, que mesmo saben-do do assunto, comentado diversas vezes por amigos, ligou para saber do que se tratava. “Recebi uma men-sagem dizendo que tinha ganhado uma casa. Quando liguei, ficaram passando de

uma pessoa para outra, como se fosse de um setor para o outro. Dava para perceber que era farsa”, revela.

A jovem disse ter gravado a chamada com prefixo de outro Estado, e disse acreditar que ela tenha sido feita de um presídio. “Não sei como fazem, mas acredito nisso. Gravei a conversa como precaução mesmo, mas não caí no gol-

pe que pedia para eu colocar certa quantia em dinheiro em créditos para o celular indica-do no visor”, lembra.

Assim como a universitária, o motorista Paulo Brandão, 25, também passou pelo tro-te. Ele diz ter recebido uma mensagem há cerca de três meses, dizendo que tinha ga-nhado no caminhão do Faus-

tão. “Eu liguei e disseram que eu tinha que mandar R$ 200 em créditos para ganhar a promoção. Desconfiei na hora que era trote e disse que iria comprar os créditos, mas não fiz isso”.

Ao perceber que ele não tinha feito o que tinha sido pedido durante a ligação, a pessoa que tentou aplicar o golpe ainda o ligou vezes seguidas. “Ligaram um monte de vezes, mas eu nem atendi. Ignorei as ligações e pararam de perturbar. Minha, mãe, dia desses, também recebeu uma mensagem dessas e quase caiu na conversa”, diz.

Como medida de precaução, autoridades de segurança do Estado alertam a população quanto a esse tipo de situa-ção, que em parte dos casos nem chega a ser registrada na polícia, conforme ressalta o titular da Delegacia Espe-cializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), Or-lando Amaral.

De acordo com ele, esse tipo de ocorrência pode ser registrada em qualquer Distri-to Integrado de Polícia (DIP) da cidade próximo à casa da vítima. “É um tipo de crime registrado mais em distritos policiais”, ressalta.

IZABEL GUEDES Equipe EM TEMPO

Para o delegado Or-lando Amaral. a melhor coisa a ser feita por pessoas que recebem a ligação, é ignorar a men-sagem e não ligar para o número que aparece no visor do celular. “Isso é muito fácil de prevenir. É só não ligar, mas se a pessoa tiver alguma informação sobre o te-lefone que originou a ligação é bom procurar a delegacia”.

O alerta é feito para as pessoas que retornam e se deparam com liga-ções supostamente pro-venientes de presídios da cidade e se envol-vem em situações mais graves. “A pessoa pode cair em algum golpe pior, como transações bancárias e sequestros-relâmpagos”.

Fique atento e não retorne a ligação

Mensagens anunciando prêmios enganam usuários de celular

IONE MORENO

O GOLPEGeralmente, os estelionatários simu-lam que estão ligando de uma operadora de cartões de crédito e transferem a ligação para fingir que tratam-se de setores diferen-ciados de uma empresa

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Superdotados ‘barrados’ são queixas de pais no AMCom idade inferior a seis anos, crianças são impedidas de entrar no ensino fundamental, segundo resolução do MEC

Em resolução aprovada em 2010, o Conselho Nacional de Educa-ção (CNE) estabelece

que crianças que completam 6 anos de idade até 31 de março do ano em curso podem ser matriculadas no 1° ano do ensino do ensino fundamen-tal. Os alunos que comple-tam a idade mínima exigida pelo conselho a partir de abril devem ser matriculados na pré-escola. Para impedir que as crianças sejam prejudica-das muitos pais, no entanto, têm recorrido às escolas par-ticulares. Algumas oferecem, inclusive, um tipo de ensino diferenciado para essa classe com o Quociente de Inteligên-cia (QI) elevado.

O jornalista André Morei-ra, 35, foi um dos pais que enfrentou problemas com a regulamentação. Segundo ele, com 4 anos, sua filha Ana Beatriz Lopes já sabia ler e escrever, mas não podia ser matriculada no ensino funda-mental devido norma imposta pelo MEC. Ele recorreu então, a uma escola particular, onde conseguiu matriculá-la. Hoje ela está com 5 anos e cursa a primeira série.

“Segundo a diretora da es-cola onde tentei matriculá-la, existe uma regulamentação do CNE que impede que crian-ças com menos de seis anos de idade sejam matriculadas na primeira série. Então eu deixei ela estudar o pré-3, que é uma série antes da primeira. No início deste ano, fui a uma escola particular e expliquei a situação à diretora. Ela suge-riu que minha filha fizesse um teste de conhecimento para saber se ela estava apta a cursar a primeira série. Ela passou na prova”, destaca.

Para André, a regulamenta-ção deveria ser revisada pelo MEC. “Essa norma é uma re-

gressão para esse tipo de aluno. Deveriam trabalhar a maturidade e o conhecimento deles, pois assim elas pro-grediriam intelectualmente. As escolas públicas deveriam ter um teste de conhecimento para testar a capacidade dos alunos a fim de essas crianças fossem inseridas em uma sé-rie adequada”, sugere.

A pedagoga do Centro de Educação Integrada Saint-Exupéry, Ana Maria Macedo, explica que as crianças que estudam na escola abaixo da idade permitida passaram por acompanhamento na escola e provaram que são capa-zes de ser inseridos. “Quando notamos que a criança tem inteligência acima da média,

nós montamos um cronogra-ma para que a criança possa se adaptar aos assuntos rela-tivos à série. Muitas vezes a criança tem inteligência, mas falta a maturidade, então as crianças devem receber uma carga de estudos que seja compatível com a inteligência sem prejudicá-la”, explica.

Segundo a psicopedagoga Rita Mara Garcia, seis anos de idade é o período em que a criança alcança a maturidade e preparo, mas há exceções que devem ser acompanha-das. “Antes o ingresso no ensi-no fundamental era com sete anos. O governo federal fez revisão na resolução e alterou a idade para seis anos. Essa idade é ideal”, conclui.

LUCAS PRATAEquipe EM TEMPO

Segundo a Agência de Comunicação do governo federal, o objetivo da re-solução do CNE era orga-nizar o ingresso dos alunos no ensino fundamental, já que, até então, cada rede de ensino fixava regra pró-pria. O colegiado defendia, na época, que a criança poderia ser prejudicada ao ingressar precocemente no ensino fundamental sem o desenvolvimento intelectual e social necessário à etapa.

As decisões do CNE não têm força de lei, mas servem de orientação geral para os sistemas públicos e privados de ensino.

Ainda de acordo com a agência, em novembro do ano passado a Justiça fe-deral em Pernambuco de-terminou a suspensão da resolução do CNE que impe-de a matrícula de crianças menores de 6 anos ao ensino fundamental. O pedido, em caráter liminar, foi feito pelo

MPF e a decisão foi estendi-da nesta semana às redes de ensino de todo o país.

Em abril deste ano, o Mi-nistério da Educação (MEC) decidiu que vai recorrer, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), da decisão da Justiça federal em Pernam-buco, que permitiu a ma-trícula dessas crianças. A sentença determina que a União deverá informar às se-cretarias de Educação sobre a mudança no prazo de 30

dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. No caso do descumprimento da decisão, a multa diária sobe para R$ 100 mil e, ainda, há previsão de multa de R$ 30 mil caso seja expedido “qualquer ato normativo contrário à de-terminação judicial”. Para o MPF, as regras do conselho ferem o princípio constitu-cional da isonomia porque não consideram as peculia-ridades de cada criança, que devem ser analisadas.

Quem contrariar determinação será multado

Ana Beatriz, com cinco anos, já cursa a primeira série em uma escola particular. Com quatro anos, ela sabia ler e escrever

FOTOS: SHANA REIS

ALTERNATIVAPais de crianças, com QI superior ao comum na sua faixa etária, têm recorrido a testes de conhecimento de escolas particulares. Assim, eles podem matricular crianças no ensino fundamental

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012 [email protected] (92) 3090-1042

Treinamento é o segredoTreinamento é o segredo

Homem-Aranha

JOEL ROSA

Homem-AranhaHomem-Aranha

“Tosca” estreia hoje no festival

Plateia D3

50 anos de

Joe Bennett, ex-desenhista do super-heroi “mais humano” dos quadrinhos fala ao EM TEMPO sobre o aniversário de meio século de vida da personagem

Há 50 anos (comple-tos em agosto deste ano), nascia nas pági-nas da revista norte-

americana “Amazing Fantasy” (fantasia espetacular, em inglês) um dos super-heróis mais idolatrados do mundo dos quadrinhos, o Homem-Aranha. Em cinco décadas de existência, a personagem criada pelo mestre Stan Lee se consolidou como um ícone da cultura “pop”. A opinião é do ilustrador Joe Bennett, ex-desenhista do herói.

Além da construção dessa identidade sólida, Bennett acredita que todos os atores sociais envolvidos na histó-ria do Homem-Aranha têm motivos diferenciados para comemorar esse aniversário. “Enquanto os fãs celebram a criação de um grande herói, a editora Marvel comemora 50 anos de muita grana no bolso e o Stan Lee também, embora ele não dê os devidos créditos ao Steve Ditko, co-criador e de-senhista do Aranha”, critica.

Por cinco anos consecutivos seguindo os traços do Homem-Aranha como desenhista da Marvel, de 1995 a 2000, Joe Bennett confessa que o herói não é o seu favorito. “Em-bora eu tenha curtido muito desenhá-lo, prefi ro o Batman. Contudo, reconheço que não existe algo que mudaria nos traços dele. Aquilo é perfeito, é clássico. Não se toca. Na minha opinião, a imperfeição ao lidar com a vida, é a me-lhor das suas características”, comenta o ilustrador.

Esse lado do Homem-Ara-nha mais parecido com uma pessoa comum também é mo-

tivo de refl e-xão para o jorna-lista, cineasta e, claro, fã de quadrinhos, Emerson Medina. “A “humanidade” das perso-nagens é uma condição não só do Aranha, mas de todo o panteão da Marvel, mas talvez ele seja o mais “loser” de to-dos. Afi nal o Capitão América é respeitado como soldado, o Tony Stark (Homem de Ferro)

é milionário e o Reed Richards (Quarteto Fantástico) é um gênio reconhecido no meio acadêmico. O Aranha, mes-mo sendo um gênio quase ao nível do Stark e do Bruce Banner (Hulk), não consegue nada melhor que ser “freela” do Clarim Diário (jornal para o qual Peter Parker vende suas fotos)”, diz.

AdaptaçõesSobre as adaptações do Ho-

mem-Aranha para a TV e para o cinema, Medina analisa que estão a contento. “A minha geração viu cada tosqueira. O

p r i m e i r o fi lme do Aranha que

vi no cinema era um piloto da série de TV que fez su-

cesso no Brasil nos anos 80. Acho que a nossa geração mais antiga curte melhor os fi lmes, mas gostei dos dois pri-meiros longas-metragens do Sam Raimi. Foram mais fi eis aos quadrinhos”, comenta. A mudança, na concepção de Joe Bennett, pode não agradar a todos, mas faz parte do “show business”. “O Aranha mudou na década de 1980, quando assumiu o uniforme preto, por exemplo. Mas as mudanças são bem-vindas. Isso é uma indústria que vive de dinhei-ro e tem que ser dinâmica e sempre inovar”, declara.

Atualmente, Joe Bennett é desenhista da concorrente da Marvel, DC Comics. As-sim como os super-heróis dos quadrinhos, Joe Bennett é a identidade artística do paraense Benedito José Nas-cimento, cujo nome se mistura ao time dos poucos brasilei-ros que atingiram o mercado “heroico” norte-americano, ao lado de outros como Luke Ross e Adriana Melo, por exemplo. “Eu trabalho nos quadrinhos desde 1992. Após passar por algumas editoras de menor porte eu entrei na Marvel em 1994 e em 1995 comecei a desenhar o Aranha. Estou na DC há 8 anos”, resume Bennett. O primeiro brasileiro a entrar nesse circuito, desenhando o Homem-Aranha, foi Wilson Vieira, em 1979.

GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO

A “humanidade” das personagens é uma condição não só do

Aranha, mas de todo o panteão da Mar-vel, mas talvez ele seja o mais “loser”

Emerson Medina, jornalista e cineasta

Atualmente, Joe Bennett trabalha para a empresa DC Comics concorrente da Marvel

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EM TEMPO - Como fun-ciona a dinâmica de tra-balho para as editoras de quadrinhos Marvel e DC Comics?

Joe Bennett - Todos os gibis, incluindo o do Ara-nha, são feitos nos Es-tados Unidos, depois são importados pelas editoras daqui e traduzidos. Aqui do Brasil, a gente desenha e manda para eles, via email.

Antigamente, esse trâmite era feito pelos Correios mesmo, via Sedex. Eu nun-ca saí daqui (do Pará). Viajo de vez em quando para os EUA, mas sempre morei e morarei aqui.

E.T. - Especificamente sobre o Aranha, o que é mais difícil ou chato de desenhar?

J.B. - Difícil nada. Chato

só as teias do uniforme.E.T. - Que orientação

você dá aos ilustradores iniciantes ou que dese-jam atingir um nível como este de desenhar para grandes empresas?

J.B. - Treinem muito. E quando acharem que já estão no ponto, treinem mais ainda. A coisa não é para quem não se dedica 200 por cento.

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

. O 16º Festival Amazonas de Ópera (FAO) surge com inovação e modernidade.

. Durante a apresentação de hoje, a partir das 19h, no palco do Teatro Amazonas, a ópera ‘Tosca’, de Puccini, será mostrada em adaptação amazo-nense, com direção musical e regência do maestro Marcelo de Jesus e a inovação da primeira vez com cenário virtual, com ilustrações que irão auxiliar o entendimento da trama. Projetadas durante o espetáculo, as telas foram criadas especialmente para a montagem de “Tosca” no FAO pelo artista plástico Jair Jacqmont.

. Um dos grandes clássicos do compositor ita-

liano Giácomo Puccini, a ópera “Tosca”, retrata a trágica história de amor, poder e traição envolven-do a cantora lírica Tosca e o pintor Cavaradossi. Não dá para perder.

>> Cenário virtual

>> Gisela Bandeira de Melo Lins de Albuquerque fi cará noiva de Matheus Alecrim Alexandre, durante jantar no casarão de seus pais, Júlia e George Lins de Alburque, no dia 26. Ela é uma das it-girls mais bonitas da cidade.

>> Daniele e Lino Chíxaro comemoram os aniversários dos fi lhos gêmeos, Lino Ga-briel e Lino Felipe, no dia 11 no edifício Maison Vivaldi.

>> Com muito sucesso, aconteceu ontem a VIII Jor-nada de Saúde - Hospital da Aeronautica de Manaus no Auditório da Escola de Ciências da Saúde da UEA.

>> A elegante Aparecida Pinheiro está aniversariando neste domingo. Cumprimen-tos especiais da coluna.

>> A Rede de Rádio e Televisão Tiradentes, do querido Ronaldo Tiradentes, inaugurou na sexta-feira, a TV Tiradentes, canal 20, com festa na sede da empresa, na Morada do Sol.

>> Na próxima quarta-fei-ra, Chá do Dia das Mães, pilotado a quatro mãos por Julio Ventilari e Denise Coe-lho, que reunirá doações para a Casa Mamãe Margarida e Casa Vhida.

>> No dia 9, abertura do novo restaurante Porto de Lenha, com o chef Rogério Caliri e música de Breno Marx, na rua Rio Purus, no Vieiralves.

>> Vitrine

Tânia Castro e Ane Cristine Cavalcanti em tarde cheia de charme no high society

. Para quem gosta de qualidade e beleza:

. Sandália com tendência folk com salto ‘anabela’ do chi-quérrimo sapateiro italiano Sérgio Rossi. Para fa-zer bonito em qualquer evento descolado.

>> Objeto de desejo

. A região boêmia do Vieiralves está completa.

. Com a chegada do bar Touch Down o local está fervidíssimo e passa a fazer parte da principal zona notívaga da cidade. O ‘Touch’ é comandado pela charmosa dupla que atende pelo nome de Ma-ria Helena Gesta de Melo e Yuri Czovini, que viram uma página na história dos bares descolados da noi-te de Manaus. Com estilo americano, está superbem montado. Vale conferir.

>> New point

. As homenagens para o jubileu de diamante da Rainha Elizabeth II não param de pipocar pelo mundo.

. Agora é a vez da Harrod’s, em Londres, prestar sua reverência à majestade e preparar um evento – bem chique, obviamente. A partir do dia 15 de maio, a loja irá apresen-tar a exposição “Ballgowns: British Glamour since 1950”, com vestidos de gala de nomes importantes do mundo da moda, como Carolina Herrera, Roberto Cavalli, Valentino e Nina Ricci.

. Além disso, na vitrine, também vão fi car expostas coroas feitas por 32 marcas - como Tiff any & Co., Prada, Mulberry e Lanvin - todas inspiradas na coroa St. Edward, a tradicional peça usada nos eventos ofi ciais de coroação da Inglaterra. Chic, chic.

>> Queen

Fernanda Mendonça forever chic

. Na próxima terça-feira, as luluzinhas chiques da cidade se esbarram no casarão da ele-gante Cris Topdjian, em noite de moda e preciosidades.

. Cris mostra suas roupas para a ala feminina e a chic joalheira Jéssica Sabbá apresenta sua novíssima coleção de joias para o Dia das Mães. Dispensável acrescentar que meia Manaus estará presente no evento.

>> Champagne

Glória Carratte e Regina Stein enchendo de alto astral even-to cinco estrelas na cidade

Célio Said e a fi lha Veridiana, em sua festa de aniversário. Ela segue amanhã para pós-gradua-ção em São Paulo, no Instituto Europeu de Design

DIVULGAÇÃO

FOTOS: MAURO SMITH

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

‘Tosca’ estreia no teatroObra de Giacomo Puccini é a terceira montagem completa apresentada nesta edição do Festival Amazonas de Ópera, hoje, a partir das 19h. Os ingressos para assistir ao espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do local ou por site

Daniel Peixoto faz apresentaçãoApós ser conhecido inter-

nacionalmente pela sua per-sonalidade artística singular, Daniel Peixoto, ex-vocalista

da banda Montage, aterris-sa em território baré no próximo sábado, dia 12, no

bar Estação Arte & Fato, para show repleto de ele-tropoppunk, funk, forró e tecnobrega, em apre-sentação única e inédi-ta. Após o encerramento das atividades do grupo, em 2009, o cantor deu início à carreira solo, que lhe rendeu um fruto in-titulado “Mastigando Humanos”. Ao falar da proposta de relança-mento do CD com a

i nc l usão de novas faixas

e arranjos, o cantor relata momentos da carreira solo, a forma como é visto pelo público e da expectativa para o show em Manaus.

“O tempo em que Mon-

tage esteve nos palcos foi um momento essencial para o conhecimento do trabalho do grupo. Como já tínhamos conquistado um grupo de fãs após o encerramento das ati-vidades não foi difícil ganhar espaço com a minha música”, disse Peixoto, ao afi rmar que o projeto, como ele mesmo denomina, não acabou por ini-mizade, mas por motivos pes-soais. Ele também declarou que existem possibilidades do retorno do grupo, sendo necessário apenas iniciativa e contato. “Não brigamos. A banda acabou porque toma-mos rumos diferentes e a saída do empresário nos dei-xou meio dispersos. Podemos pensar na possibilidade de gravar um trabalho e, quem sabe, fazer uma turnê”. A banda foi criada em 2005 e durou quatro anos.

A primeira atuação do cantor, sem os companhei-

ros, aconteceu na abertura da turnê brasileira da banda inglesa de hits eletrônicos, The Prodigy. Para Peixoto, a experiência foi ímpar e ines-quecível, ao dar início à tem-porada de shows dos ídolos. “Foi maravilhoso porque ao começar a trabalhar com mú-sica eletrônica, tinha a infl u-ência desse grupo que, para mim, é maior no segmento”. Ele lembra, ainda, que rece-

beu uma ligação de um dos integrantes do Prodigy, que o parabenizou, afi rmando que tinha talento e que mesmo ao para a banda, não deveria deixar de cantar. “Esse incen-tivo foi fundamental para a minha carreira. Eles souberam do meu trabalho e me procu-raram para fazer a abertura de uma temporada. Isso é um privilégio”, exclamou.

Mas o primeiro show foi somente a abertura de uma carreira que viria se tornar mundialmente conhecida. Ao passar pelos países euro-peus e pelos Estados Uni-dos, além, claro, do Brasil, agora, o cantor quer levar sua música para o continente asiático. “O CD ganhou novo nome na Europa e agora será relançado com algumas músicas do primeiro disco e outras extras, com arranjos diferenciados. Os países da Ásia ainda não conhecem meu trabalho, por isso, quero expandir minha música”.

ExcentricidadeAo ser questionado sobre

o seu visual, considerado por muitos, excêntrico, Peixoto afi rma que a nomenclatura cabe, mas apenas quando está nos palcos, por utilizar as vestimentas, penteados e maquiagens exuberantes. Ele afi rma que quando se trata

da vida pessoal, ele é uma pessoa comum, caseira e pre-ocupada com a família. “Só me considero excêntrico quando estou nos shows, artistica-mente, mas no dia a dia, não. Sou uma pessoa tranquila e simples. Gosto de estar com a minha família, cuidando do meu fi lho, que é primordial”, disse, ao enfatizar que é “cal-mo demais para cantar mú-sica eletrônica e que precisa investir na indumentária” para subir ao palco.

ExpectativaDe acordo com Peixoto, que

virá à capital pela primeira vez, a expectativa é gran-de para a apresentação. Ele afi rma que no repertório só estão presentes as músicas que tirem o público do chão, deixando de lado o estilo es-treet hop, que sugere algo mais lento. “O público poderá se divertir ao som de mais ou menos dez músicas. Prometo fazer todos pularem e dança-rem. Será uma bagunça boa”. Ele também afi rmou que é uma alegria poder estar na capital amazonense. “Estou louco para conhecer a cida-de e as pessoas, que têm me recepcionado muito bem pelo Facebook, comemoran-do a minha ida a Manaus. Será uma festa bonita. Podem aguardar”, concluiu. (PC)

ALTERNATIVO

Daniel começou a carreira como vocalista da Montage

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AÇÃO

Após a estreia de Lulu e de I Puritani, a 16ª edição do Festival Amazonas de Ópera

(FAO) se prepara para rece-ber a ópera “Tosca”, composta pelo italiano Giacomo Puccini, hoje, no Teatro Amazonas, a partir das 19h. Diferente dos outros espetáculos, a apre-sentação deve acontecer em forma de concerto, dispensan-do a utilização de cenários e fi gurinos. Outro fator que tam-bém pode ser considerado um diferencial é a participação da cantora lírica carioca Eliane Coelho, como “Tosca”.

De acordo com a diretora de produção do FAO, Flávia Furtado, a ópera é apresenta-da na capital amazonense pela segunda vez, sendo elaborada com a junção de projeções visu-ais, que devem ser transmitidas durante o recital. Ela afi rma que a ausência de cenários e ves-timentas específi cas facilita a organização da noite. “O último ensaio aconteceu na sexta-fei-ra. Estamos preparando tudo de forma que a população assista a um espetáculo de qualidade. As projeções facilitarão muito para alcançar este resultado”, explicou, ao citar a participa-ção da solista Eliane Coelho como uma grande contribui-ção para o evento. “Eliane é uma das melhores cantoras nacionais. Foi ainda jovem para a Europa, onde se de-dicou aos estudos e chegou a cantar com Plácido Domin-gos, o que não é para qualquer um”, diz. Flávia afi rma, ainda, que durante a exibição das imagens o público terá acesso a legendas, facilitando a com-preensão da mensagem.

DivisãoA ópera é dividida em três

atos e é baseada na peça ho-mônima de Victorien Sardou. As vozes principais dividirão o palco com o Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, o Coral do Amazonas e a Orquestra Ama-zonas Filarmônica. Flávia lem-bra que em trechos da ópera, um pianista infantil, aluno do Liceu, também dará sua con-tribuição. “A ópera é muito linda e o conjunto de vozes, ins-trumentos e o elenco devem proporcionar bons momentos à população manauense, que nem sempre pode ter acesso a esses eventos”, ressalta.

Para o maestro Marcelo de Jesus, regente da orquestra, a expectativa para a estreia de “Tosca” é grande porque é o momento de desenvolver todas as técnicas treinadas no período de preparação. Amigo de Eliane, Marcelo conta que chegou a conver-sar com ela, em tom de brin-cadeira, que um dia regeria esta peça com ela cantando, há anos. “É uma honra po-der reger essa ópera. Poucas casas brasileiras tiveram a oportunidade de ter eventos com Eliane. É um privilégio para todos nós”, diz.

Segundo Marcelo de Jesus, as imagens a serem projeta-das em telões já estão prontas e foram criadas pelo diretor de arte e ilustração, Jair Ja-cqmont. As ilustrações têm o objetivo de unir as artes plásticas à peça. “As imagens, que mostram trechos da ópe-ra, foram encomendadas ao diretor e já estão prontas. Meu intuito é mostrar novos conceitos ao público, transmi-tindo novas sensações para quem assiste”, comenta. A solista Eliane Coelho é uma das personagens principais na montagem que será apresentada hoje, no Teatro Amazonas

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

SERVIÇOTOSCA (ÓPERA EM CONCERTO)

Quando:Onde:

Quanto:Informações:

hoje, às 19hTeatro Amazonasde R$5 a R$80(92) 3232- 1768 ou www.bestseat.com.br

JOEL ROSA

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Bienal chega aos 150 milO evento, que encerra hoje, contará com uma vasta programação tendo início com lançamento de livros, passando por leitura infantil com a participação da atriz Mel Lisboa e uma mesa-redonda que tratará do assunto esoterismo

Na noite de quinta-feira, dia 3, 150 mil pessoas já haviam visitado a 1ª Bienal

do Livro Amazonas, como in-formam os organizadores. A expectativa é de que 200 mil visitantes, entre jovens, adultos e crianças, visitem a bienal até hoje. E os números não param por aí. Em sete dias, 80 livros foram lançados pelas editoras e livrarias Lira, Valer, Reggo, Tupinambá e Secretaria de Estado de Cultura. Até a noite da última sexta-feira, dia 4, a feira registrou a realização de 71 sessões, com 63 convida-dos, entre autores, mediadores, curadores e atores que mar-caram presença em um dos quatro espaços de atividades do evento: Tacacá Literário, Floresta de Livros, Território Livre e Livro Encenado.

A bienal encerra hoje com muitas atrações para públicos de todas as idades. A começar pelo espaço Livro Encenado, com a leitura de trechos da obra “Relato de um Certo Oriente”, pela atriz Mel Lisboa, às 18h. Na mesa do Tacacá Literário, às 15h, “Um traço, uma histó-ria” – de que maneira as HQs são uma importante porta de entrada para a leitura”, com par-ticipação de Rafael Coutinho e Romanhs. Às 17h, os convi-dados Alberto Mussa e Flávio Carneiro discutirão a temática “Quando o Crime Compensa”,

uma abordagem da literatura policial brasileira.

A infl uência da cultura indí-gena no Brasil contemporâneo é tema de encontro dos pales-trantes Ely Macuxi e Fidelis Baniwa, às 14h, no Território Livre. Já na mesa de discussão de Waldemar Falcão e Leiloca “Escrito nas Estrelas: Horósco-po” e outras leituras do futuro, às 16h. E durante todo o dia, a garotada poderá assistir às últimas apresentações dos contos: “O Sapo e a Prince-sinha”, “A Casa do Coelho”, Ananse e o Baú de Histórias” e “Juca e a Serpente do Rio”. As encenações acontecem na Floresta de Livro, às 11h; 12h30; 14h e 16h. O horário de funcionamento da Bienal do Livro Amazonas é das 10h às 22h. As entradas custam R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia-entrada para estudantes e idosos).

A 1ª Bienal do Livro Amazonas integra o programa “Mania de Ler” do governo do Estado do Amazonas, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC), da Visita-ção Escolar da Eletrobras, apoio cultural da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Se-duc), apoio institucional do Sin-dicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e realização da Fagga | GL exhi-bitions.

de funcionamento da Bienal do Livro Amazonas é das 10h às 22h. As entradas custam R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia-entrada para estudantes e idosos).

A 1ª Bienal do Livro Amazonas integra o programa “Mania de Ler” do governo do Estado do Amazonas, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC), da Visita-ção Escolar da Eletrobras, apoio cultural da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Se-duc), apoio institucional do Sin-dicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e realização da Fagga | GL exhi-bitions.

A atriz Mel Lisboa estará hoje participando da bienal do livro

Célia Moreno é atração amanhã

DIVERSÃO

Uma seleção de obras da Música Popular Bra-sileira foi preparada pela cantora Célia Moreno para o show que ela vai apre-sentar amanhã. A artista será a atração das 18h30 às 20h30, na praça de alimentação do Manaus Plaza Shopping (avenida Djalma Batista, Chapada). O evento é gratuito.

“Vou apresentar um show tranquilo de MPB, como de costume, cantando bossa nova, romantismo e mú-sicas atuais”, adianta a cantora. Ela promete in-terpretar sucessos de Cás-sia Eller, Alcione, Cileno, Lucinha Cabral, Chico da Silva, Paula Fernandes, en-

tre outros nomes.A apresentação de Célia

Moreno será em forma-to acústico, acompanha-da apenas de violão e percussão. Durante seus shows na praça de ali-mentação do Plaza, ela

costuma atender a alguns pedidos do público.

Célia Moreno tem mais de 20 anos de carreira e é reconhecida pela facilidade em dominar repertórios que transitam entre o clássico e o contemporâneo, fazendo desse trabalho sua marca pessoal. Composições de artistas locais como Gon-zaga Blantez e Lucevilson de Souza e do carioca Ivan Mendonça fazem parte do álbum que a artista gravou. Célia já se apresentou em São Paulo, Bolívia e Vene-zuela, além de ter realizado show de abertura para a cantora Alcione, durante o Festival da Canção de Ita-coatiara, em 2010.

A cantora amazonense é conhecida pelo repertório romântico e de música popular

REPRODUÇÃO

FOTOS: DIVULGAÇÃO

SHOWO evento de amanhã, no Manaus Plaza Shopping, contará com a presença da cantora Célia Mo-reno em show que reúne clássicos da Música Popular Bra-sileira (MPB)

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Livro retrata ribeirinhosFotógrafa paulista, Rosa de Luca lança obra com imagens amazônicas e de populações de Estados do Centro-Oeste do país, buscando olhares diferentes e inusitados dando vida à obra “Brasil Arte Vida”, que será lançado no próximo domingo

Em busca de olhares di-ferentes e inusitados sobre as belezas exis-tentes na Região Norte,

a fotógrafa Rosa de Luca reúne as suas principais imagens que mostram os trabalhos, muitas vezes escondidos, desenvolvi-dos pelos ribeirinhos, habitan-tes do Alto Rio Negro. As fotos fazem parte do livro de sua autoria “Brasil Arte Vida”, que será lançado no próximo do-mingo (13), em São Paulo, pela editora Alles Trade.

As fotografias feitas nas comunidades amazonenses juntam-se a de outros Estados por onde Rosa passou, incluin-do Acre e Pará, no Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste do país. “O objetivo é dar gran-deza a fatos simples. Sempre procuro trabalhar detalhes nas fotos, que transmitirão conteúdo aos leitores, que te-rão acesso às atividades rea-lizadas em lugares longínquos da região”, explicou Rosa.

De acordo com a fotógrafa, a escolha pelos Estados visita-dos aconteceu por ainda não ter registrado os trabalhos dos índios e dos ribeirinhos, além da vontade de clicar as belezas na-turais desses ambientes. “Brasil Arte Vida” é o quinto livro a ser lançado pela autora, que come-

çou a ser produzido no início de 2010, sendo concluído em 2011. “Esse livro mostra paisagens do Alto Xingu, da floresta, é voltado totalmente ao meio ambiente. O que mais me chama a atenção é a pureza dos povos interioranos. Eles não são contaminados por maldades e são extremamente gentis e amáveis”, diz. Rosa explicou que, para obter um bom resultado, visitou os lo-

cais várias vezes ao ano, para estudar as estações e as melho-res condições para fotografar. “Durante essas viagens, fiquei deslumbrada com a quantidade de projetos sociais desenvol-vidos por voluntários que se preocupam com o próximo. Mui-tos deles não são conhecidos e necessitam de ajuda para divul-gação desse trabalho”, lembra, ao dizer que as fotos também têm cunho social ao mostrar as

ações de ONGs e outros grupos que se organizam para atuar em defesa do meio ambiente e no auxílio ao próximo.

Ao ser questionada sobre a inspiração para os registros, Rosa explica que é algo que sur-ge naturalmente. Ela imagina o local que deve ser fotografado e viaja para conhecer o terri-tório. Ao visitar as comunida-des e iniciar o contato com os moradores, o projeto toma novas proporções, que só são finalizadas após o último ins-tante no local. “Procuro sempre conversar com a população e a cada informação surgem novas ideias e propostas porque eles me orientam aos personagens. Logo após, inicio o processo de escolha das fotos, que tam-bém é algo demorado devido as prioridades”, afirma. “Brasil Arte Vida” tem 240 páginas e mais de 200 fotografias.

ProjetosRosa de Luca já está em fase

de criação da próxima obra, que deve mostrar aspectos dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Rosa afirma que al-gumas fotos mostram muitas crianças, o que pode significar uma publicação voltada para os trabalhos desenvolvidos pelas ONGs que cuidam dos menores. “O livro está come-çando a tomar forma e deve ter um rumo conforme as coisas forem acontecendo”, adianta.

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

O objetivo é dar grandeza a fatos

simples. Sempre pro-curo trabalhar deta-lhes nas fotos, que

transmitirão conteú-do aos leitores

Rosa de Luca, fotógrafa

A parte da seleção das imagens é mais complicada pela prioridade de situações e causos

ROSA DE LUCA/DIVULGAÇÃO

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D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Sua prosperidade material depende agora

de prodigalizar seus recursos para cuidar das pessoas com quem está ligado. O que é seu deve agradar àqueles a sua volta.

TOURO - 20/4 a 20/5 Use seus recursos de acordo com sua von-

tade, introduza em sua rotina atividades de seu agrado, atividades que satisfaçam suas motivações mais pessoais e legítimas.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Não deixe seu corpo parado, faça alguma

atividade legal e boa com ele. Leve seu corpo para usufruir alguma condição física e sensorial que seja do total agrado dele.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Circular socialmente, estar com os amigos

com a liberdade de sentir e falar o que se passa entre vocês é agora a maneira de você se situar da melhor maneira possível.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Utilize a posição profi ssional para prodi-

galizar o melhor crescimento para tudo ao redor. O papel de um rei é reinar em favor do reino, o que inclui fazer o reino e o rei crescerem.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 É tempo de perceber a orientação que dá ao

conjunto da vida. Não adianta ter bons valores e escondê-los como se guarda uma comida especial para uma ocasião especial.

LIBRA - 23/9 a 22/10 É preciso um certo desapego em relação

às boas conquistas junto às outras pessoas, inclusive para usufruir plenamente dessas conquistas. Usufrua bem daquilo que par-tilha.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Ao gostar de alguém quando se relaciona,

você tende a querer tirar a pessoa de circu-lação, em muitos sentidos. Deixe-a solta e viva bem assim ao lado dela.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Toda sua capacidade de ação e execução

pode produzir pouco, se você não aceitar co-locar essa energia toda na situação imediata que está vivendo nestes dias.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Não adianta carregar muito amor em

seu peito, se esse amor não se derrama sobre as pessoas. Ao derramar, você pode achar que o perde, mas, na verdade, você o vive.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Abrir sua casa para que muitos dela par-

ticipem e possam se benefi ciar das coisas boas que há nela é a maneira agora de sua prosperidade ser realmente pujante.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Não se comunicar é sair de circulação, é

se entrincheirar em suas defesas. Coloque para fora, troque com os outros, tudo aquilo que lhe é de valor.

CruzadinhasCinemaESTREIA

Os Vingadores – 12 anos. Cinemas Amazonas 4 – 15h, 18h, 21h (dub/diariamente); Cinemas Amazonas 6 – 14h30, 17h30 e 20h30 (dub/diariamente); Cine-mais Plaza 1 - 13h40, 16h20, 19h, 21h40 (3D/dub/diariamen-te); Cinemais Plaza 2 - 13h, 15h40, 18h20, 21h (dub/dia-riamente); Cinemais Plaza 3 - 13h20, 16h, 18h40, 21h20 (leg/

diariamente); Cinemais Plaza 7 - 14h, 16h40, 19h20, 22h (dub/diariamente); Cinemais Millen-nium 1 - 14h, 16h40, 19h20, 22h (3D/leg/diariamente); Cine-mais Millennium 3 - 13h20, 16h, 18h40, 21h20 (3D/dub/diaria-mente); Cinemais Millennium 4 - 13h40, 16h20, 19h, 21h40 (leg/diariamente). Cinemais Millen-nium 8 - 13h, 15h40, 18h20, 21h

(dub/diariamente); Cinemark 1 - 12h30, 15h40, 18h40, 21h40 (dub/diariamente); Cinemark 6 - 11h, 14h, 17h10, 20h10 (3D/dub/diariamente); Cinemark 7 - 13h, 16h10, 19h10, 22h10 (3D/leg/diariamente); Cinema-rk 8 - 11h50, 14h50, 17h50, 20h50 (dub/diariamente) e 23h50 (dub/somente sexta-fei-ra e sábado).

American Pie – O Retorno – 16 anos: Cinemais Plaza 5 – 14h30, 16h50, 19h15, 21h35 (dub/diariamente); Cinemais Millennium 2 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (leg/diariamente); Cinemark 5 - 15h, 17h30, 20h, 22h30 (dub/diariamente).

Espelho, Espelho Meu – Li-vre: Cinemark 5 – 12h20 (dub/diariamente).

CONTINUAÇÕES

REPRODUÇÃO

Um Homem de Sorte – EUA. 12 anos. O sargento da Marinha dos EUA Logan Thibault (Efron) retorna de seu terceiro turno de serviço no Iraque, com o que acredita que salvou sua vida: uma fotogra-fi a que encontrou de uma mulher que ele nem conhece. Descobrindo seu nome – Beth (Schilling) – e seu endereço, o sargento aparece em sua porta e acaba por aceitar um emprego em seu canil familiar. Apesar da desconfi ança inicial de Beth e das complicações em sua vida, um romance acontece entre eles, dando a Logan a esperança de que ela pode ser muito mais do que o seu amuleto da sorte. Cinemais Plaza 4 – 14h20, 16h30, 18h50, 21h10 (dub/diariamente); Cinemais Millennium 7 – 14h50, 17h, 19h15, 21h35 (leg/diariamente); Cinemark 2 - 11h20, 13h40, 16h, 18h20, 20h40 (leg/diariamente) e 23h (leg/somen-te sexta-feira e sábado).

Paraísos Artifi ciais – Brasil. 16 anos. Erika (Nathalia Dill) é uma DJ de relativo sucesso e muito amiga de Lara (Lívia de Bueno). Juntas, durante um festival onde Erika tra-balhava, elas conheceram Nando (Luca Bianchi) e, juntos, vivem um momento intenso. Entretanto, logo em seguida o trio se separa. Anos de-pois Erika e Nando se reencontram em Amsterdã, onde se apaixonam.

Só que apenas Erika se lembra do verdadeiro motivo pelo qual eles se afastaram pouco após se conhece-rem, anos antes. Cinemais Plaza 6 – 15h20, 17h30, 19h30, 21h50 (dia-riamente); Cinemais Millennium 6 – 15h, 17h10, 19h10, 21h30 (diaria-mente); Cinemark 3 - 11h40, 14h10, 16h30, 19h, 21h30 (diariamente) e 0h (leg/somente sexta-feira e sába-do); Cinemas Amazonas 5 - 14h40, 16h50, 19h, 21h10 (diariamente).

Anjos da Lei – EUA. 12 anos. Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) estudaram juntos, mas jamais foram amigos. A situação muda quando se reencontram na academia de policiais, onde passam a ajudar um ao outro. Já formados, se envolvem em uma confusão ao ten-tar realizar a prisão de um trafi cante de drogas, que atuava no parque onde trabalhavam. Remanejados para uma divisão comandada pelo capitão Walters (Ice Cube), onde jo-vens policiais trabalham infi ltrados, eles recebem a missão de desvendar quem é o fornecedor de uma nova e perigosa droga. Cinemais Plaza 8 – 14h50, 17h, 19h10, 21h30 (dub/diariamente); Cinemais Millennium 5 – 15h10, 17h20, 19h30, 21h50 (leg/diariamente); Cinemark 4 - 12h, 14h20, 16h40, 19h20, 21h50 (dub/diariamente) e 0h10 (leg/somente sexta-feira e sábado.

Programação de TV

05h00 – Aventura Selvagem – reprise

06h00 – Pesca Alternativa

07h00 – A Grande Ideia

07h30 – VRUM

08h00 – PGM Manazinha – local

08h30 – Chaves

09h00 – Sorteio Amazonas dá Sorte

(local)

10h00 – Domingo Legal

14h00 – Eliana

18h00 – Roda a Roda Jequiti

18h55 – Sorteio da Telesena

19h00 – Programa Sílvio Santos

23h00 – De Frente com Gabi

00h00 – Série: O Mentalista/ The

Mentalist

01h00 – Série: O Alvo / Human

Target

02h00 – Série: Agentes Secretos /

Undercovers

03h00 – Encerramento da Progra-

mação

SBT GLOBO

REDE TV

04h48 – Santa Missa em Seu Lar

05h38 – Sagrado: Compacto – Musica,

Cânticos e Danças

05h50 – Amazônia Rural

06h27 – Pequenas Empresas – Grandes

Negócios

07h05 – Globo Rural

08h00 – Auto Esporte

08h35 – Esporte Espetacular

11h40 – As Aventuras de Didi

12h15 – Os Caras de Pau

13h05 – Temperatura Máxima. Filme: Como

Viajar com o Mala do Meu Tio

15h00 – Futebol 2012: Campeonato Carioca:

Fluminense x Botafogo

17h00 – Domingão do Faustão

19h45 – Fantástico

22h10 – Programete UFC

22h15 – Reality UFC: Em Busca de Campeões

23h10 – Domingo Maior. Filme: Sou Espião

00h45 – Hino Obrigado Senhor

00h50 – Hino Nacional

00h55 – Encerramento da Programação

(Manutenção Mensal)

05h30 – Desenhos Bíblicos

07h20 – Record Kids – Pica-Pau

09h00 – Amazonas dá Sorte – Bingo

- local

10h00 – Record Kids – Pica-pau

11h30 – Tudo é Possível – PGM 351

15h30 – Programa do Gugu – PGM

140

19h30 – Domingo Espetacular – PGM

419

22h15 – Repórter Record

23h30 – Série: Casais Perfeitos (1ª

Temporada – inédita)

00h00 – Programação IURD

06h30 – Igreja Internacional da Graça – local07h30 – Igreja Internacional da Graça – local08h40 – Programa: TV Comunidade – local – estreia09h15 – Programa: Viva Amazônia

TV CULTURA05h55 – Abertura da Estação/ Hino Nacional06h00 – Via Legal06h30 – Brasil Eleitor07h00 – Palavras de Vida08h00 – Santa Missa09h00 – Viola, Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Janela Janelinha10h00 – Viola Minha Viola09h15 – Curta Criança09h30 – Nova Amazônia – local

– reprise

10h00 – Escola Pra Cachorro

10h15 – Meu Amigãozão

10h30 – Turma do Pererê

11h00 – ABZ do Ziraldo

11h30 – Anima TV Tromba Trem

11h45 – Anima TV Carrapatos e

Catapultas

12h00 – Turma do Pererê

13h00 – Dango Balango

13h30 – TV Piá

14h00 – Stadium

15h00 – Os Protetores do Planeta

16h00 – Ver TV

17h00 – De Lá Pra Cá

17h30 – Cara e Coroa

18h00 – Papo de Mãe

18h30 – Entrelivros Bienal Brasília

2012

19h00 – Conexão Roberto D’Ávila

20h00 – Esportvisão

21h30 – MPTV – Reprise – local

22h00 – Roda Viva Amazônia – local

ao vivo

23h00 – Doc. Especial

00h00 – Hino Nacional / Encerramen-

to da Emissora

RECORD

05h00 – Igreja Mundial06h00 – Sol Brilhante06h30 – Santa Missa no Seu Lar

07h30 – Fé na Verdade

08h30 – Conexão Cargas

09h00 – Esporte Total

11h00 – Auto +

11h30 – Band Clássicos

12h00 – Fórmula Truck

13h30 – Band Esporte Clube

14h30 – Futebol 2012

16h50 – Terceiro Tempo

19h00 – Um Tio da Pesada

20h00 – Perdidos na Tribo

21h00 – Pânico na TV

23h30 – Canal Livre

00h00 – Show Business – reap.

01h45 – Bonés

03h10 – Igreja Mundial

– local09h45 – Break Obrigatório10h00 – Campeonato Italiano12h00 – Programa: Fique Ligado – local13h00 – Programa: Esporte Performan-ce – local14h00 – Programa: Semeando Bênçãos – local14h30 – Programa: Amigos do Volante – local15h00 – Sabores & Ideias – local15h30 – Programa: Fé e Milagres – local16h00 – Programa: Despertar – local16h30 – Break Obrigatório16h50 – Ritmo Brasil17h20 – O Encantador de Cães18h10 – O Último Passageiro19h40 – Mega Senha21h00 – Sessão Especial22h30 – Programa: Amazon Trip – local23h00 – Dr. Hollywood Brasil00h00 – É Notícia01h00 – Bola na Rede – 2º Tempo01h30 – Igreja Internacional da Graça – local

BAND

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D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 6 DE MAIO DE 2012

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Observando o preço dos in-gressos para noites recheadas de atrações internacionais no país, é possível chegar a uma gritante conclusão: algumas empresas de eventos em Ma-naus estão delirando nos valo-res cobrados ao público. Assim, não tem cristão que aguente a infl ação do mercado local. Se é que vocês me entendem...

::::: Exageros

O chef Anilton Silva está trocando de idade hoje. Vai ter festim só para os mais chegados no Barbacoa.

Será no próximo dia 9, na Rio Purus, no Vieiralves, o jantar de inauguração do restaurante Porto de Lenha. Quem convida é o chef Rogé-rio Caliri com direito a música ao vivo assinada por Breno Marx, às 19h.

Está agendada para o próximo dia 11, no salão de festas do Maison Vivald, a sessão parabéns dupla dos gêmeos Linos Gabriel e Felipe Teodoro Chíxaro.

O bistrô Mon Plasir estará oferecendo almoço especial para comemorar o Dia das Mães. O cardápio será de responsabilidade do expert chef João Almeida. Além dis-so, haverá música ao vivo com a cantora Liah Oliveira. As mesas são limitadas e as reservas somente pelos 8176-8422 e 8807-8222.

A partir deste domingo, às 20h, o Crocodilos Clu-be contará com um Novo Line Up. Os novos DJs da domingueira mais tra-dicional da cidade serão Neto Brelaz, Luís Fernan-do e Ewerton S.

A joalheria Jaqueline Cha-gas orquestrará – com muito charme e requinte musical – uma sessão homenagem às mães no seu dia com direito a desfi le de suas preciosidades. O tenor Humberto Vieira mais

a soprano Kivia Ramos e o ma-estro Sandino Hoagen serão os responsáveis pelo espetá-culo assinado pela diretora do Centro Cultural Reunidos, Lilia Barros, no próximo dia 8.

Fabiolla Sampaio pilo-tará mais uma edição do seu Bazar Liquida Mixer, nos próximos dias 8, 9 e 10, das 10h às 22h, no Contemporane. Serão 60 lojas com até 70% de desconto. Que tal? Uma parte da renda do even-to servirá para as obras assistências do Abrigo Moacyr Alves e Apae.

Raidi Rebello e F. Cavalcan-te prometem agitar a cena dançante, no próximo dia 19, no salão dos espelhos do Atlético Rio Negro Clube. No menu: fl ash disco especial.

Karla pilotou coquetel

de lançamento das novi-dades da loja Cavalera no Manauara Shopping.

Com direito a coquetel concorrido, acontece no próximo dia 11, às 19h30, a inauguração da TV Tiraden-tes, na Morada do Sol.

A Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversi-dade e Recursos Hídricos, em parceria com a Agência Nacional de Águas mais a Organização Metereo-lógica Mundial realizam, a partir de amanhã até o dia 11, no Tropical Hotel, o Workshop Internacional sobre Hidrometria.

::::: Sala de Espera

O governador Omar Aziz com a primeira-dama Nejmi acompanhando de perto as necessi-dades e dando o necessário apoio às famílias atingidas pelo fenômeno da grande enchen-te como no bairro da Glória. Juntos, o casal ofi cial oferece além da indispensável solida-riedade, soluções imediatas para minimizar o sofrimento dos manauenses. Aplausos!

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer realiza, no próximo dia 19, a 13ª edição da Tradi-cional Feijoada Benefi cente. O evento tem o objetivo angariar fundos para a manutenção da Casa de Apoio, pagamentos de salários, compra de medi-camentos, alimentos e término a obra da nova sede, que está sendo construída para melhor atender aquelas crianças. Atu-almente o GACC acolhe 338 crianças e adolescentes da ca-pital, interior e de outros Esta-dos. Os ingressos da Feijoada do GACC 2012 estão à venda na sede da João Valério, 102, Vieiralves. Colabore, viu?

::::: Feijoadíssima

A empresária Rosinha Pereira, da multimarcas Artetupiniquim, e as representantes da marca Meu Closet, Eliseth e Waleska Sales, desembarcam no Rio de Janeiro, no fi nal desse mês, para conferir as novidades do Rio-à-Porter, que acontece entre os dias 22 e 25 de maio. O salão que integra a plata-forma de negócios do Fashion Rio será realizado na Casa Firjan da Indústria Criativa, palacete que pertenceu à família Guinle de Paula Machado. As empresárias vão conferir as novidades das coleções de Verão de marcas do line up do Fashion Rio, grifes escolhidas pela curadoria do salão e marcas de pólos criativos. Uma chiqueria tremenda.

::::: Prata da casa

A partir do segundo semes-tre deste ano, os passageiros de taxi em Manaus poderão acessar a internet, por meio de um tablet, e assim conhecer os pontos turísticos da cidade, pro-gramação cultural local e ainda pagar a corrida com cartão de crédito, por meio do projeto e-TAXI. A Vivo é uma das operado-ras que estará disponibilizando esse serviço para os taxistas, que visa a Copa de 2014.

::::: Vivo participa

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Hoje, o 16º Festival Amazonas de Ópera apresenta, a partir das 19h, no palco do Teatro Amazonas, um dos grandes clássicos do compo-sitor italiano Giácomo Puccini, a ópera “Tosca”, que retrata a trágica história de amor, poder e traição envolvendo a cantora lírica Tosca e o pintor Cavaradossi. O Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro, o Coral do Amazonas e a Amazonas Filarmônica também integram o espetáculo.

::::: Imperdível

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