EM TEMPO - 30 de junho de 2014

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE Gisele Bündchen não entregará a Taça da Copa à seleção campeã, mas continua na torcida pelo Brasil PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVI – N.º 8.401 – SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ HOLANDA 8177-2096 DENÚNCIAS • FLAGRANTES IONE MORENO A Costa Rica saiu na frente com gol de Ruiz, mas aos 46 minutos a Grécia empatou com Sokratis Sob um calor de 30º C e umidade próxima dos 70% em Fortaleza, a Holanda venceu o México por 2 a 1, em um final de jogo emocionante. TORCIDA ESPECIAL DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Ligada na seleção A top brasileira Gisele Bündchen (foto) comemorou com a família o jogo da seleção bra- sileira contra a chilena. Ao contrário do que tem sido noticiado, La Bündchen não entregará a taça à seleção campeã da Copa do Mundo 2014. Pódio Jornal da Copa D11 30 O C DE EMO ÇÃO A Laranja Mecânica estava eliminada. Perdia o jogo por 1 a 0 – gol de Giovani. Aos 42, Sneijder empatou e, aos 48, Huntelaar converteu pênalti sofrido por Robben. Pódio Jornal da Copa D6 JOGO EMOCIONANTE A apuração para a definição do vencedor do 49º Festival Folclórico de Parintins acon- tecerá a partir das 14h no bumbódromo. Dia a dia A7 Fim de festa. Boi campeão sai hoje PARINTINS Por conta da forte chuva que caiu sobre Manaus, domingo, a tradicional procissão de são Pe- dro foi cancelada, pela primeira vez em 65 anos. Dia a dia A8 Procissão de são Pedro é cancelada MAU TEMPO Pódio Jornal da Copa D5 Thiago Silva justifica isolamento TRAGÉDIA GREGA Numa verdadeira “tragédia grega”, a Costa Rica venceu a Grécia nos pênaltis. A Costa Rica saiu na frente com um gol de Ruiz, mas nos acréscimos, aos 46 minutos, a Grécia empatou com Sokratis e foi para prorrogação. Pódio Jornal da Copa D6 Robben foi decisivo para os gols de Sneijder e Huntelaar, de pênalti, aos 48 do segundo tempo ELEIÇÕES 2014 Os pré-candidatos ao governo Eduardo Braga (PMDB), Francisco Castelo (PCB) e José Melo (Pros) deixaram para realizar suas conven- ções no último dia. Política A5 Convenções partidárias no último dia TENSÃO A Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance em direção ao mar do Japão, que caíram em águas interna- cionais. Mundo B4 Coreia lança mísseis contra mar do Japão DIVULGAÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

Gisele Bündchen não entregará a Taça da Copa à seleção campeã, mas continua na torcida pelo Brasil

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVI – N.º 8.401 – SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

HOLANDA8177-2096

DENÚNCIAS • FLAGRANTES

ION

E M

ORE

NO

A Costa Rica saiu na frente com gol de Ruiz, mas aos 46 minutos a Grécia empatou com Sokratis

Sob um calor de 30º C e umidade próxima dos 70% em Fortaleza, a Holanda venceu o México por 2 a 1, em um final de jogo emocionante.

TORCIDA ESPECIAL

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AÇÃO

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AÇÃO

Ligada na seleçãoA top brasileira Gisele Bündchen (foto) comemorou com a família o jogo da seleção bra-

sileira contra a chilena. Ao contrário do que tem sido noticiado, La Bündchen não entregará a taça à seleção campeã da Copa do Mundo 2014. Pódio Jornal da Copa D11

30O C DE EMOÇÃO A Laranja Mecânica estava eliminada.

Perdia o jogo por 1 a 0 – gol de Giovani. Aos 42, Sneijder empatou e, aos 48, Huntelaar converteu pênalti sofrido por Robben. Pódio Jornal da Copa D6

JOGO EMOCIONANTE

A apuração para a definição do vencedor do 49º Festival Folclórico de Parintins acon-tecerá a partir das 14h no bumbódromo. Dia a dia A7

Fim de festa. Boi campeão sai hoje

PARINTINS

Por conta da forte chuva que caiu sobre Manaus, domingo, a tradicional procissão de são Pe-dro foi cancelada, pela primeira vez em 65 anos. Dia a dia A8

Procissãode são Pedroé cancelada

MAU TEMPO

Pódio Jornal da Copa D5

Thiago Silva justifi ca isolamento

TRAGÉDIA GREGANuma verdadeira “tragédia grega”, a Costa Rica venceu a Grécia nos pênaltis. A Costa

Rica saiu na frente com um gol de Ruiz, mas nos acréscimos, aos 46 minutos, a Grécia empatou com Sokratis e foi para prorrogação. Pódio Jornal da Copa D6

Robben foi decisivo para os gols de Sneijder e Huntelaar, de pênalti, aos 48 do segundo tempo

ELEIÇÕES 2014

Os pré-candidatos ao governo Eduardo Braga (PMDB), Francisco Castelo (PCB) e José Melo (Pros) deixaram para realizar suas conven-ções no último dia. Política A5

Convençõespartidárias no último dia

TENSÃO

A Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance em direção ao mar do Japão, que caíram em águas interna-cionais. Mundo B4

Coreia lançamísseis contramar do Japão

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AÇÃO

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A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Homem é executado com cinco tiros na rua Pará

Um homem foi executado, na noite de ontem, com cinco tiros após perseguição de veículo modelo Gol prata, de placas não identifi cada, a um Celta, de placas HLJ - 5695, na rua Pará, bairro São Geral-do, Zona Centro Sul, próximo ao conjunto Vieiralves.

Segundo o soldado Leo-nam, da viatura 6318, tes-temunhas relataram que os elementos que estavam no gol alvejaram o Celta, que parou após colidir com um veículo modelo Montana que estava parado em frente ao comercial Casa Maia, próxi-mo ao restaurante Tabule.

Leonam relatou que, quan-do o celta colidiu, dois ho-mens que estavam sobre uma moto pararam em fren-te ao ocorrido e o garupa da mota desceu, abriu a porta do carro e disparou pelo me-nos cinco tiros. Conforme o soldado, quando ele chegou ao local, a vítima ainda apre-sentava sinais vitais. O Samu foi acionado, mas, quando a equipe apareceu, o homem

já estava morto.A delegada do 1º Distrito

Integrado de Polícia, Ales-sandra Braga, disse que pela forma como se deu o ocorri-do, a suspeita é de que seja acerto de contas.

AlvaráEm menos de 48 horas, o ir-

mão do narcotrafi cante João Pinto Carioca, o “João Bran-co”, Sebastião Pinto Carioca, o “Didi”, 32, teve o Alvará de Soltura expedido após ter sido preso na última sexta (27), com aproximadamente dois quilos de drogas, dentro de uma residência na rua São Gabriel, no bairro Santa Etelvina, Zona Norte. O al-vará foi assinado pela juíza plantonista da Vara Criminal, Eulinete Melo Silva Tribuzy, na tarde de ontem.

De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Huma-nos (Sejus), coronel Louis-mar Bonates, Sebastião foi liberado ainda na tarde de ontem, após a apresentação do documento.

CRIME

A suspeita da polícia é que a execução foi acerto de contas

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ASSALTO

Ladrão é morto ao fugir da PM Um bandido foi morto e

outro ferido durante troca de tiros com a Polícia Militar na tarde deste domingo (29), no cruzamento da avenida Constantino Nery com a rua Leonardo Malcher, no Centro de Manaus.

Conforme a polícia, os dois e outros três bandidos ti-nham roubado um carro mo-delo Honda Fit de cor preta, placa OAK-5534 na rua Natal, Adrianópolis, Zona Centro- Sul, e estavam tentando fu-gir quando foram apanhados, por volta de 16h30.

Durante a perseguição, a viatura de placa OAN-2136, do Ronda no Bairro - que vi-nha da rua Leonardo Malcher -, se chocou com o Honda Fit, que vinha da avenida Constantino Nery em direção à rua Epaminondas, sendo perseguido por outra viatura policial. “Quando os policiais viram que os bandidos não iam parar, resolveram jogar a viatura contra o carro em que estavam”, explicou o ma-

jor Wilton Marques, da 8ª Companhia Interativa Comu-nitária (Cicom).

Ainda segundo a polícia, todos os envolvidos seriam menor de idade, mas essa informação ainda será che-cada. Além do bandido morto,

identifi cado como Tiago Tor-res, dois adolescentes de 15 e 17 anos foram apreendidos, um terceiro levado para o pronto-socorro 28 de Agosto, baleado, e um quinto conse-guiu escapar ainda durante o início da perseguição, que

começou na avenida Brasil, Compensa, na Zona Oeste.

O carro roubado pertence ao administrador Rafael Ma-rinho, 34, que estava saindo da casa do pai, juntamen-te com esposa, quando foi abordado pelos bandidos, por volta das 14h30.

“Além do carro, eles leva-ram uma mochila e todos os demais pertences que estavam no interior do ve-ículo”, comentou o médico Francisco Marinho, 67, pai do proprietário do Honda.

A perseguição ao quinteto resultou ainda num acidente de trânsito, na avenida Bra-sil, envolvendo uma viatura do Ronda no Bairro, placa OAN-3679, e um táxi de cor branca, modelo Fiat Idea, pla-ca NOM-1392, tumultuando o trânsito no local. O caso foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Os adolescentes serão encami-nhados à Delegacia Especia-lizada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI).

Tiago Torres morreu quando tentava escapar da perseguição policial em um carro roubado

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BANDOSegundo a polícia, ao todo eram cinco os bandidos que rouba-ram o veículo modelo Honda Fit, na Zona Centro-Sul, sendo que um foi morto, três foram capturados e um conseguiu escapar

Amazonas recebe R$ 35 bi em recursos do PACEntre as obras que receberam investimentos do governo estão o aeroporto internacional Eduardo Gomes e portos do Estado

O Amazonas recebe-rá o total de R$ 35 bilhões de investi-mentos do governo

federal, por meio dos recur-sos do Programa de Acele-ração do Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa, Minha Vida. Somente neste ano, de acordo com o Minis-tério do Planejamento, Or-çamento e Gestão (MPOG), os recursos do PAC para Estado serão da ordem de R$ 14,5 bilhões.

Conforme a assessoria do MPOG, os principais proje-tos dados como concluídos no Estado são o de abas-tecimento de água, com a ampliação do sistema da capital, que resultou na criação do Programa Águas para Manaus (Proama), para o qual foram destinados R$ 342 milhões.

Embora com obras em andamento, o ministério apontou ainda como obras concluídas a ampliação do Terminal de Passageiros do aeroporto internacional Edu-ardo Gomes – R$ 445 milhões –, e o terminal Internacional de Passageiros do porto de Manaus, sobre o qual não divulgou valores. Inclusas no pacote do PAC, o MPOG apon-

tou a interligação Tucuruí-Macapá-Manaus (lotes A, B e C), como obras concluídas.

Como obras exclusivas de Manaus, o ministério citou os serviços de urbanização de assentamento precário como as obras do igarapé do Mindu – R$ 210 milhões –, do igarapé dos Franceses – R$ 78 milhões –, do iga-

rapé da bacia do Tarumã e da bacia do São Raimundo – R$ 33 milhões. Todas com obras em andamento.

HabitaçãoCom investimento de R$ 73

milhões em moradias, o Mi-nistério do Planejamento in-formou que estão em obras os conjuntos habitacionais Cidadão 8, Cidadão 9 e 10 e

Prédio Popular. Somente do programa Mi-

nha Casa, Minha Vida, o mi-nistério afi rmou que foram contratadas mais de 44 mil unidades e entregues 13,7 mil, o que benefi ciou quase 50 mil amazonenses.

Nacional O investimento tem sido

o principal impulso ao cres-cimento no Brasil. Apenas o investimento do setor públi-co, que inclui recursos dos PAC e do Minha Casa, Minha Vida, alcançou um total de R$ 227,5 bilhões investidos no ano passado.

Esse valor represen-ta 4,7% do Produto In-terno Bruto (PIB) bra-sileiro, que é de R$ 4,84 trilhões, segundo o Institu-to Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE).

Impulsionado pelo PAC e pelo Programa de Investi-mento em Logística (PIL), a elevação do investimento tem sido, em média, quase o dobro do crescimento do PIB. O PAC 2 atingiu exe-cução de R$ 871,4 bilhões até 30 de abril de 2014, o que representa 84,6% do orçamento previsto para o período 2011-2014.

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Somente do programa Minha Casa, Minha Vida, o governo contratou mais de 44 mil unidades

RESULTADOAs ações concluídas atingiram R$ 675,8 bilhões em obras nos seis eixos do PAC 2, 95,5% do total previs-to até o fi nal de 2014. Esse resultado é 15,9% superior em relação ao último balanço

Concurso n. 593 (28/06/2014)

Concurso n. 1074 (27/06/2014)

Extração nº 04879 (28/06/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 13.309 500.000,00

2º 64.858 34.200,00

3º 41.466 33.600,00

4º 70.042 32.800,00

5º 12.279 31.940,00

Concurso n. 1293 (27/06/2014)

09 14 17 24 37 46

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

05 16 20 27 41 49

Segundo sorteio

Concurso n. 1464 (28/06/2014)

LOTOMANIALOTOMANIA

02 03 04 05 09

16 17 35 36 38

40 51 55 56 59

60 78 82 83 85

Concurso n. 3521 (28/06/2014)

21 41 52 58 71

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

01 04 07 08 09

10 11 13 17 20

21 22 23 24 25

TIMEMANIATIMEMANIA

01 25 34 52 58 64 69

Time do coração

NACIONAL/AM

LOTERIAS

Concurso nº 1612 (28/06/2014)

06 13 17 36 42 51

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 A3Opinião

A culpa e o arrependimento são atributos da condição humana – culpa e arrependimento são história e cultura. Não se encontrará um jacaré culpado, muito menos arrependido de ter rasgado e engolido (jacarés não saboreiam, engolem, não comem) a perna do caboclo que pescava seu almoço, na hora em que o jacaré o despertou para almoçar.

A natureza não tem sentimentos; não se vinga, não queima arquivos, não tem responsabilidade; a natureza não tem sentido. Por isso, é inútil culpar a natureza pelos nossos transtornos e fracassos ambientais ou pessoais. Os rios enchem e vazam, porque os rios não são mais do que cheias e vazantes (se alguém morre afogado, a culpa não é do rio, que já estava lá, no seu lugar de rio, farto de águas). As chuvas alagam a cidade, não porque sejam más, mas por não terem para onde correr – depois que cai, a chuva não pode mais voltar para o céu. Chama-se de “fúria ou vingança da natureza” tudo aquilo que se pretende esconder sob o tapete: arrogância, ganância, desonestidade e uma saudade imensa do tempo da escravidão.

Sempre que ocorrem desastres ambientais, com certeza, existe uma presença humana desonesta, no lugar certo. Não são as chuvas que corroem o asfalto e enchem as ruas e avenidas de buracos, alguns muito conhecidos e íntimos da população; o asfalto é que é ruim, com certeza, programado para ser ruim e ceder à primeira chuva, num ciclo vicioso sem fi m.

A natureza não é má, nem transborda em bondade, ela não tem nada conosco, apesar de sermos também natureza e termos desenvolvido a nossa própria especifi cidade de animais humanos. É mais cômodo remeter à natureza a conta dos nossos fracassos, como se ela estivesse muito interessada. A natureza nunca foi candidata a nenhum cargo eletivo. Nem tem partido. Como pode ser culpada?

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para a nova tecnologia da Nokia UK e da Microsost UK, que criaram um jeans com bolso adaptado para recarregar smartphone, sem fi o. Basta colocar o aparelho no bolso.

Novidade da Nokia

APLAUSOS VAIAS

Festa em Manaus

Arthur disse que, em pos-sível tour do time de Feli-pão para comemorar o hexa, eles deveriam começar por Manaus.

— Aqui, que foi um lugar sem nenhuma confusão, que respeitou os turistas e se cre-denciou para sediar qualquer evento – reforçou.

Excesso de otimismo

Só não se sabe é de onde o prefeito tirou tanto otimismo.

Depois do sufoco de sába-do, contra o Chile, só mesmo o Arthur e o Felipão acre-ditam que a nossa seleção será a campeã.

Agonia na NET

Quem está assistindo aos jogos da Copa do Mundo pela TV a cabo, tem motivos de sobra para estar odiando a NET.

No jogo Brasil x Chile, sába-do, por oito vezes a televisão saiu do ar e entrou o letreiro “sinal não encontrado”.

Haja paciência

Quase sempre a interrup-ção da NET era feita nos momentos de extremo perigo para a seleção, como escan-teios e cobranças de falta.

Quando não, a transmissão saía do ar em pleno ataque do Brasil.

Plano de Amazonino

O ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT) é mesmo can-didato a deputado estadual na coligação do pré-candida-to Eduardo Braga (PMDB).

Seu objetivo é um só: ser o próximo presidente da As-sembleia Legislativa.

Haja pique

Não se sabe é se Amazonino ainda tem pique para dirigir sessões cansativas, aturar bate-boca com a oposição e jogo de cintura para agradar a gregos e troianos.

Tubarões

Os proprietários dos pos-tos de combustível foram convocados a dar explica-ções, nesta segunda-feira (30), às 8h30, na Comissão de Defesa do Consumidor, sobre o último aumento concedido no preço do li-tro da gasolina na capital amazonense.

Abusivo

De acordo com o presidente da Comdec-CMM, vereador Álvaro Campelo (PP), o re-ajuste no preço do litro da gasolina é abusivo.

Explica aí!

Campelo disse que convocou os empresários para que eles possam explicar o aumento de quase R$ 0,10, em média, no litro da gasolina.

Seu bolso

Os empresários elevaram, neste mês, o valor do com-bustível que passou a custar, em média, R$ 3,18.

Mas tem posto comerciali-zando a gasolina a R$ 3,19.

Jeans inteligente

A Nokia UK e a Micro-

soft UK, em colaboração com o designer inglês A. Sauvage, parecem ter re-alizado o sonho de todo “homem moderno:

Recarregar a bateria do seu smartphone, sem fi o, sim-plesmente colocando-o no bolso frontal da sua calça jeans e caminhando.

Grande sacada

Segundo a Microsost Mo-bile, Sauvage embutiu a placa de recarregamento wireless do DC-50 no teci-do da calça.

Dessa forma, ao colocar seu smartphone Lumia no bolso frontal do jeans, o feliz dono das “smart pants” faz com que os dispositivos se toquem e permite o recar-regamento da bateria.

Custa caro

Mas isso não vai custar barato.

Os jeans vão custar US$ 350 na Amazon, aceitando em breve pedidos de pré-ven-da, segundo a Microsost .

Racha no PP

Tribunal Superior Eleito-ral (TSE) negou o pedido da ala dissidente do Partido Progressista (PP) para can-celar a decisão da Executiva Nacional da sigla, que defi-niu apoio à reeleição da pre-sidente Dilma Rousseff.

Não desistem

Com a negativa do TSE, integrantes da ala dissiden-te do PP estudam tomar ou-tras medidas judiciais para tentar suspender a aliança nacional do PT.

Para a irresponsabilidade profi ssional da NET que, em plena Copa do Mundo, deixa seus usuários sem o serviço duran-te a transmissão dos jogos da seleção brasileira. Assistir aos jogos pela TV a cabo tem sido torturante.

NET sacrifi ca Copa

A seleção brasileira poderá vir jogar na Arena da Amazônia, em amistoso, depois da Copa. Pelo menos este é um compromisso pelo qual o prefeito Arthur Virgílio Neto pretende lutar.

— A seleção deve estar triste por não ter jogado aqui. Acho que eles poderiam jogar na arena depois da Copa. Seria uma justa homenagem à melhor cidade-sede deste Mundial.

Sonho meu, seleção na arena

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

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A natureza não pede voto

Meus amigos: vale a pena refl etir sobre as duras punições impostas pela Fifa, ao uruguaio Luís Suárez, que mordeu o zagueiro italiano Chiellini. Luisito Suárez provou, desde logo (mais uma vez), que dentro de todos os humanos existe um animal, que deve ser domesticado (Nietzsche). Há dois caminhos para se alcançar essa domesticação: educação e disciplina. A primeira, se fosse totalmente efeti-va, tornaria inócua a segunda. Desde a pré-história o humano acredita muito na disciplina, quando a prioridade deveria ser a educação. Que pena que a humanidade (que com muito custo chegou ao grande meio-dia) ainda não entendeu bem esse tema!

A disciplina, por meio do castigo, impõe limites ao animal que carrega-mos dentro de nós. A educação, por meio do conhecimento e da ética, elimina ou domestica o lado animal portado pelos humanos. Uma coisa é punir, outra educar. A punição se volta contra o animal (contra o desvio, contra o errado, contra o violador das regras). A educação se orienta ao humano. A punição castiga um ato passado. A educação mira o futuro. Se queremos humanos eticamente melhores, devemos educá-los. O cas-tigo, por si só, não educa. Porque sua natureza não é essa, sim, a de impor limites ao nosso lado animal. Se queremos disciplinar e educar, temos que pensar em punições educativas (ou seja: punição + educação, que são duas coisas distintas).

Querer arrancar exclusivamente da punição o efeito educativo é um erro. Muitas vezes, má-fé (porque em nome da educação pode-se punir muito mais que o necessário). A punição foi feita para fi car na memória do punido como advertência, como re-cordação. É por isso que ela segue a antiga psicologia da mnemotécnica: “Imprime-se algo por meio de fogo para que fi que na memória (na re-cordação) somente o que sempre dói;

a dor é o auxílio mais poderoso da mnemotécnica” (Nietzsche 2011: 60). Aquilo que gera dor pode nos impor limites, mas não educa. O que educa é a empatia, o conhecimento e a ética. Quando os humanos evoluírem, não mais imporão somente castigos punitivos (como hoje acontece). No futuro os castigos se transformarão em punições educativas (fazendo-se as duas coisas: punição + educação). Nas sociedades mais atrasadas em que o desejo de punição alcança níveis patológicos (de vingança), ela é usada como meio para deseducar ainda mais o condenado. Isso é o que é feito nos presídios brasileiros.

A Fifa puniu severamente Suárez. Reprovou um ato passado. Mas tam-bém o espetáculo fabuloso do futebol (tal como a convivência humana fora dos estádios) requer mais: requer a consciência de que devemos sempre desenvolver “a arte de viver bem humanamente”, que é a ética. Viver humanamente signifi ca respeitar to-dos os humanos (mesmo sabendo que todos têm dentro de si um animal), a natureza, os animais e o bom uso das tecnologias. A punição do “animalito” que existe dentro do Luisito Suárez (e de todos nós) deveria ser acom-panhada de uma série de exigências educativas (tratamento psicológico efetivo, curso de ética e de direitos humanos, colaboração com ativida-des comunitárias positivas, desenvol-vimento da empatia etc.).

A punição isolada, mesmo que seve-ra, não oferece certeza de que o ato errado nunca mais será repetido. O melhor antídoto contra a reincidência (e a violência) provém da educação, posto que ela é a única que pode nos introjetar a consciência da ética, ou seja, da arte de viver humanamente. Parafraseando Louis Bonald, a cultura forma sábios; a educação e a ética, os humanos.

professorLFG.com.br

Luiz Flávio Gomes [email protected]

Luiz Flávio Gomes

Jurista e coeditor do portal

“atualidades do direito.com.br”

Mordidaço de Suárez

[email protected]

A Fifa puniu severamente Suárez. Re-provou um ato passado. Mas também o espetácu-lo fabuloso do futebol (tal como a convivência humana fora dos está-dios) requer mais: requer a consciência de que deve-mos sempre desenvolver ‘a arte de viver bem humana-mente’, que é a ética!”

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Page 4: EM TEMPO - 30 de junho de 2014

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

FrasePainelBERNARDO MELLO FRANCO (INTERINO)

Aliados mais próximos de Eduardo Campos passaram a defender que ele assuma o protagonismo na chapa presidencial do PSB, que tem Marina Silva como vice. Para o grupo do ex-governador, a convenção deste sábado, que deu o mesmo peso aos dois, deve ser um divisor de águas. Agora, seria hora de ele tomar a frente para se tornar mais conhecido. Os “eduardistas” argumentam que a estratégia de se colar a Marina não deu o resultado esperado – a dupla tem 7% no Datafolha.

Ponta de lança Seu entorno defende que ele assuma tarefas como rebater e criticar Dilma Rousseff e apresentar as pro-postas da coligação.

Avisa lá Ao chegar à con-venção, uma parlamentar disse a um dirigente: “Você precisa urgentemente avisá-lo para assumir a campanha”.

Estática O discurso de Mari-na se alongou tanto que Cam-pos perdeu a oportunidade de aparecer ao vivo na TV Globo. A emissora mostraria o presi-denciável às 12h – logo antes da partida entre Brasil e Chile, quando a audiência estaria nas alturas.

Disciplina Apreensivo, o es-trategista Diego Brandy brin-cou: “Vou mandar seguranças tirar do palco quem falar de-mais”. Ao fi nal, sem sucesso, consolou Campos: “Ao menos a imagem das bandeiras no salão fi cou bonita...”

Déjà-vu Adotado pelo PSB, o slogan “Coragem para mudar” foi usado pelo PSOL nas dispu-tas municipais de Santos (SP) e Vitória, em 2012.

Faca no pescoço Segundos

antes de deixar a área VIP para subir ao palco, Campos foi puxado por Roberto Freire (PPS), que cobrava espaço em coligações estaduais.

Embate O governador de Mi-nas, Alberto Pinto Coelho, reage a colegas do PP que o criticam pelo apoio a Aécio Neves. “O partido está rachado. É triste ver integrantes assumindo a postura do PT, de esconder a realidade”, diz.

Pé do ouvido Na véspera do anúncio de seu vice, Aécio Neves passou a convenção do PSDB paulista ao lado do se-nador Aloysio Nunes. Os dois conversaram durante todo o encontro.

Equilibrista Ao discursar, o vice na chapa de Geraldo Alck-min, Márcio França (PSB), criticou “aventureiros”, em ataque a rivais do tucano no Estado. O termo já foi usado por adversários contra Campos, o concorrente de seu partido à Presidência.

Pode, Arnaldo? Com aliados de Alckmin decididos a ter can-didatos próprios ao Senado, o PSDB faz consultas a advogados para saber se as outras siglas da

coligação, que não apresentaram concorrentes, podem se unir para apoiar um mesmo candidato.

Apelo Tucanos acham que José Serra pode rever a deci-são de disputar a Câmara e se candidatar ao Senado, caso seja costurada aliança ampla com os remanescentes.

Esbanjando Candidatos do PSDB a deputado se incomo-daram com o volume de pro-paganda de Bruno Covas na convenção. Além de cartazes e boneco, o ex-secretário do Meio Ambiente montou até uma sala VIP própria, com ar-condiciona-do e sofás.

Ver para crer Após lançar chapa com o PSDB, o candidato do PMDB ao governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), diz que pedirá votos na campanha presi-dencial apenas para Dilma, que é apoiada por seu partido.

Preferências Integrantes da Torcida Jovem do Flamengo re-forçaram a convenção que lançou a candidatura de Anthony Garo-tinho (PR) ao governo do Rio. A organizada costuma empunhar bandeiras com imagens de Sa-dam Hussein e Bin Laden.

Esse cara sou eu

Contraponto

Ao fi nal de uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, Saulo de Castro, o secretário de Logística e Transporte de São Paulo, marcou uma reunião em uma sala da Secretaria do Planejamento, já que seu gabinete fi ca fora da sede do governo. Enquanto as pessoas o aguardavam, Julio Semeghini, “dono” do espaço, apareceu. Como, coincidentemente, tinha agendada uma conversa com o mesmo grupo, logo se desculpou:– Me perdoem, não vou conseguir recebê-los hoje!Avisado de que não era ele o esperado, brincou:– Digam ao Saulo que nunca mais empresto a sala!

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Manda quem pode

Tiroteio

DE EMIDIO DE SOUZA, presidente do PT paulista, sobre mote da convenção que lançou Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição, com o slogan “Aqui é São Paulo”.

Os tucanos precisaram de 20 anos para descobrir o nome do Estado que governam. Está explicado por que a gestão vai tão mal.

A questão dos transgênicos é recorrente. A cada suspiro do clima ou da economia o assunto volta à baila, toma conta da mídia, pulula no You-Tube. Já foi dito que é muito fácil desenhar uma espiga de milho com cara de demônio, mas é muito mais difícil expli-car, cientifi camente, porque a soja, milho, algodão e outros transgênicos são seguros. A explicação é mais técnica, lon-ga e não cabe em um cartaz. Vivemos a era do instantâneo. Vamos então olhar para um outro lado.

Do ponto de vista ambiental, evidências se acumulam mos-trando a enorme contribui-ção dos grãos transgênicos. Recentemente foi divulgado que a biotecnologia evitou o desmatamento, no mundo, de uma área equivalente à do Pará, deixou-se de aplicar, quase 500 milhões de tonela-das de defensivos e foi evitado o lançamento de quase 27 milhões de toneladas de CO2 à atmosfera, nos últimos 17 anos. Não é pouco.

O Brasil entrou atrasado neste clube, mas os benefí-cios são muito signifi cativos, e o crescimento foi rápido. De acordo com a consultoria Céleres, o total da área culti-vada com variedades geneti-camente modifi cadas chegou, na safra 2012/2013, a 37,1 milhões de hectares, o que representou um aumento de 14% em relação ao ano an-terior. Como a área cultivada estimada pelo IBGE é 67,7 milhões de hectares, os trans-gênicos responderam por qua-se 55 % da área cultivada no Brasil. Para esta safra está prevista extensão de lavouras

transgênicas a vários pontos do país, principalmente em função do combate à lagarta Helicoverpa armigera, com grande expansão, principal-mente, da área de algodão resistente a essa praga.

É certo que as áreas culti-vadas com soja e milho são muito maiores que a cultivada com algodão. É certo também que há poucas variedades de soja resistentes a pragas e a tecnologia tende a perder seu efeito na cultura do milho. Mas vale prestar atenção no exem-plo do algodão, na atual safra. A estimativa era que o algodão geneticamente modifi cado chegaria, na safra 2013/2014, a 710 mil hectares, ou 65% da área total destinada ao cultivo da pluma. Na safra anterior, foram 49,4% da área total. Razão invocada para a expansão: a tal da Helicoverpa. Em viagem pelos campos de algodão da Bahia e do Mato Grosso, pude constatar que o uso de cultivares de algodão transgênico resistente a He-licoverpa permitiu a redução das aplicações de inseticidas específi cos de 12 para cinco ou menos de dois, dependen-do da tecnologia empregada. Segundo os agricultores: sem transgênico não seria possí-vel cultivar algodão. Ambiente melhor com economia. Isso é igual a sustentabilidade.

No entanto, é fundamen-tal aprender a lição deixada pelo milho que vem perdendo tolerância. Só o uso correto da tecnologia, com refúgios e outras recomendações poderá trazer benefícios no longo pra-zo. É uma ferramenta preciosa demais para se perder por mau uso.

Ciro Antonio Rosolem [email protected]

Ciro Antonio Rosolem

Membro do Conselho Científi co para Agricul-

tura Sustentável

É certo que as áreas cul-tivadas com soja e milho são muito maiores que a cultivada com algodão. É certo também que há poucas variedades de soja resisten-tes a pragas e a tecnologia tende a per-der seu efeito na cultura do milho. Mas vale prestar atenção no exemplo do algodão, na atual safra”

Biotecnologia para quê?

Olho da [email protected]

Por essa ilharga da cidade não passou o trem da alegria da Copa do Mundo da Fifa. A pai-sagem é a mesma de antes, durante e depois que, há 7 anos, anunciaram que Manaus esta-va no roteiro das 12 maravilhas do mundo – e maravilhou mesmo o mundo. Esses cidadãos esperam que por ali passe o tal legado, que ninguém sabe o que é ou o que foi

DIEGO JANATÃ

A decisão da Fifa foi correta. Porque todas as reações que às vezes nós temos de revolta [dentro de campo] sempre foram ou uma cabeçada ou uma cotovelada, até uma jogada mais dura embaixo, disputando com pé a bola, mas realmente de mordida é a primeira vez

que acontece isso. Para todos nós que já estivemos dentro do campo realmente foi uma coisa inédita

Pelé, ex-jogador, aprovou a punição aplicada pela Fifa ao ata-cante uruguaio Luis Suárez – que o tirou do Mundial por causa

de uma mordida no ombro do zagueiro Chiellini, da Itália.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 5: EM TEMPO - 30 de junho de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 A5Política

Três candidatos ao governo serão oficializados hojeEduardo Braga, Francisco Castelo e José Melo realizam convenções partidárias para homologar seus nomes à disputa eleitoral

Os pré-candidatos ao governo Eduardo Braga (PMDB), Fran-cisco Castelo (PCB)

e José Melo (Pros) – que vai tentar a reeleição - deixaram para hoje, último dia do prazo, para realizar suas respectivas convenções partidárias em que deverão confirmar seus nomes para o cargo majoritário. Todas as convenções irão acontecer no mesmo horário: às 18h.

Com uma aliança composta por 16 partidos políticos, o Pros vai encabeçar a convenção da coligação com a presença de Melo, do ex-governador Omar Aziz (PSD) – pré-candidato ao Senado – do pré-candidato a vice em sua chapa, o deputa-do federal Henrique Oliveira (SDD), do prefeito Arthur Neto (PSDB) e de todos os pré-candi-datos proporcionais e dirigen-tes das demais siglas na casa de shows Charriot, na avenida Max Teixeira, Cidade Nova 1, Zona Norte de Manaus.

À ocasião, Melo vai revelar qual candidato presidencial a coligação vai apoiar, haja vista que na última semana, o blo-co recebeu a adesão de dois partidos que deverão apoiar a candidatura do senador Aécio

Neves (PSDB-MG) à Presidên-cia da República. Em nível na-cional, o Pros fechou aliança à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O “blocão” em torno da reeleição de Melo é composto pelas siglas Pros, PSD, PSDB, PSL, PSC, DEM, PTN, PRP, PHS, SDD, PV, PTdoB, PR, PTC, PRTB e PEN.

No mesmo horário e no mes-mo bairro, mas no espaço de eventos Manaus Show Club, o senador Eduardo Braga vai receber pré-candidatos e diri-gentes dos dez partidos que aderiram ao seu projeto de eleição. O pré-candidato res-saltou que a convenção será o dia inteiro, mas o ápice será no início da noite, quando será homologada a chapa majori-tária, composta ainda da pré-candidata a vice, a deputada federal Rebecca Garcia (PP) e do pré-candidato ao Senado, o deputado federal Francisco Praciano (PT).

O arco de aliança em tor-no de Braga conta com os apoios do PMDB, PP, PT, PPS, PCdoB, PTB, PSDC, PDT, PRB e PPL. A coligação vai confir-mar também as candidaturas proporcionais do vice-prefei-to de Manaus, Hissa Abrahão

(PPS), a deputado federal e ainda do deputado estadual Marcos Rotta, do ex-secre-tário estadual de Educação, Gedeão Amorim, e do ex-vice-prefeito de Parintins, Messias Cursino, todos do PMDB para deputado federal.

‘Puro-sangue’Hoje o PCB também fará a

sua convenção estadual para formalizar o nome do pro-fessor Francisco Castelo ao cargo majoritário. O encontro, marcado para iniciar às 18h, na Escola Normal Superior, na avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul, deverá formalizar uma chapa “puro-sangue”, con-forme informou à reportagem o presidente regional da legen-da, Luiz Navarro.

O dirigente, que vai tentar uma vaga na Assembleia Le-gislativa do Estado (Aleam) nesta eleição, lamenta que seu partido não tenha conseguido atrair as demais legendas de esquerda para formar um bloco partidário para enfrentar os adversários neste pleito. Sua esposa, a professora Selma Navarro deve ser a candi-data a vice-governadora na chapa majoritária.

LIA DE PAULA/AGÊNCIA SENADO ARQUIVO EM TEMPO ALEX PAZUELLO/AGECOM

O funcionário público Her-bert Amazonas teve a candi-datura ao governo homologa-da no último sábado, durante convenção de seu partido, o PSTU, no final da tarde, na sede do Sindicato dos Traba-lhadores da Justiça do Traba-lho, na Praça 14, Zona Sul.

A candidatura é “puro-san-gue” que tem como candi-dato a vice o professor da rede pública municipal e estadual de ensino Gilberto Vasconcelos. Herbert tam-bém lamenta que o PSTU não tenha coligado com os demais partidos pequenos,

como PCB e PSOL para lançar uma chapa forte.

Com a candidatura de Her-bert, a disputa ao governo já conta com três nomes ho-mologados: do ex-deputado estadual Abel Alves (Psol) e do deputado estadual Marcelo Ramos (PSB).

PSTU lança Herbert Amazonas

Presidente de honra do PSDB-AM, o prefeito Arthur Neto participará à noite da convenção do Pros e aliados, em que vai oficializar a can-didatura à reeleição de José Melo. Mas, nesta manhã, seu

partido vai oficializar a cha-pa proporcional – candida-tos a deputados estaduais e federais da legenda para estas eleições.

A convenção acontece das 7h às 12h, na sede do par-

tido, na rua Rio Javari, nº. 43, Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul. Nacionalmente, o PSDB tem como candidato à Presidência da República, o senador Aécio Neves.

PSDB homologa chapa proporcional

Senador Eduardo Braga quer governar o Amazonas pela 3ª vez Francisco Castelo vai se lançar na disputa como uma alternativa José Melo quer se reeleger governador do AM para mais 4 anos

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Page 6: EM TEMPO - 30 de junho de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Dilma mandou Kassab apoiar Skaf ao governo

Diante do crescimento pífi o de Alexandre Padilha (PT) nas pesquisas ao governo de SP, a presidente Dilma deixou claro ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que o preferia apoiando Paulo Skaf (PMDB), em lugar do governador tucano Geraldo Alckmin. Após naufrágio das costuras com PSDB, o ministro Guilherme Afi f informou ao vice Michel Temer que a sigla ainda tinha interesse em compor com PMDB.

Sinal verdeAssim que obteve sinal verde

de Guilherme Afi f, Michel Temer orientou Skaf a reforçar o convite para Kassab disputar mandato de senador.

Desvalorizou o passeKassab tanto negociou com PT,

PSDB e PMDB que saiu perden-do. Na negociação anterior com Skaf, teria levado a vaga de vice e do Senado.

Todos os cenáriosSerristas chegaram a defender

José Serra (PSDB) ao Senado com Gilberto Kassab (PSD) de primeiro suplente na chapa de Alckmin.

Jogam juntosDias atrás, Kassab disse a

dirigentes que, seja qual fosse caminho, não havia hipótese de contrariar ou se desentender com José Serra.

Dirceu deixa a cadeia pela 1ª vez na quarta-feira

Ex-ministro de Lula, o men-saleiro José Dirceu deve sair quarta-feira (2) da prisão pela primeira vez, desde que foi preso, em dezembro, para cumprir a autorização do Supremo Tribunal Federal de trabalhar durante o dia

no escritório do criminalista José Gerardo Grossi. Todos os dias, às 18h, ele retorna ao Centro de Pri-são Provisória (CPP), localizado no Setor de Indústria e Abaste-cimento (SIA), em Brasília.

Nada de reuniões?Dirceu trabalhará na biblioteca

do escritório de advocacia. Seu patrão já avisou que não permi-tirá reuniões políticas no local de trabalho.

Só haverá reuniõesÉ inútil a advertência de José

Gerardo Grossi sobre reuniões políticas: seu escritório vai atrair a peregrinação de petistas de todo país.

O melhor do piorO Índice de Confi ança do Co-

mércio caiu 6,4% no segundo trimestre, o pior desde dezembro de 2011. A boa notícia: melhor que PIB de 1,6%.

Skaf faturouDirigentes do PSDB paulista

agora desdenham, afi rmando que não queriam mesmo o apoio de Gilberto Kassab, que fechou acordo com o PSD. Paulo Skaf (PMDB) faturou o apoio e o tempo do PSD na TV.

Ingresso garantidoA Câmara já pagou aos de-

putados federais a primeira metade do 13º salário dos par-lamentares, na faixa dos R$ 13 mil. Dá até para comprar de cambistas um ingresso para a fi nal da Copa do Mundo.

SonolentosA turma do ex-jornalista

Franklin Martins responsabiliza o marqueteiro João Santana pe-los discursos xoxos de Dilma e do presidente do PT, Rui Falcão, nas convenções do partido, que não conseguem empolgar nem mesmo petistas religiosos, como

os que negam o mensalão.

Lavoura tecnológicaO Ministério da Agricultura

saiu a campo para modernizar seus computadores: comprou 3,2 mil PCs de mesa por R$ 11, 9 milhões. Com monitores, cada um custou cerca de R$ 3,6 mil. Pechincha...

Troco verdeRessentido com a dupla Edu-

ardo Campos e Marina Silva, que bateram martelo apoiando o petista Lindbergh Farias ao governo do Rio, Alfredo Sirkis (PSB) já fala em apoiar Eduardo Jorge (PV) a presidente.

Troca-troca Após decisão do Tribunal Supe-

rior Eleitoral, suplente Denilson Pereira (PV-MG) deve tomar pos-se na vaga do deputado Subte-nente Gonzaga, que trocou o PV pelo PDT e seu antigo partido reivindicou a vaga.

Em harmonia Para o líder da minoria, deputa-

do Domingos Sávio (PSDB-MG), “soou como música” o discurso do ex-governador José Serra pela unidade do partido em torno da candidatura do senador Aécio Neves a presidente.

Candidato azedoHeraldo Rocha, do DEM de

Salvador, disse que a candida-tura de Rui Costa (PT) para o governo baiano é como remédio azedo em boca de criança. “Só desce se tiver alguém mais forte pressionando para que não seja cuspido”, disse, referindo-se ao governador Jaques Wagner.

Batendo na madeira Anunciada no fi nal da Copa,

dia 13 de julho, Dilma estará desafi ando duas maldições no estádio: as vaias e o fatídico número 13 do PT.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Cuidado com ‘O Velho’

www.claudiohumberto.com.br

...os técnicos seriam os maiores líderes políticos do Brasil”

Ministro Aldo Rebelo (Esporte), desdenhando do impacto eleitoral da Copa do Mundo

Em campanha para governador da Paraíba, José Américo de Almeida, célebre autor de “A Bagaceira”, foi convidado a almoçar na casa do pai do escritor Maurílio de Almeida. Mas ninguém se arriscava a pronunciar o nome do visitante, apenas seu apelido, “O Velho”. Segundo a lenda, dava um azar danado falar seu nome. Na hora da refeição, “Tarcísio Aleijado”, que gostava de política, fi cou em frente a Zé Américo para puxar conversa. De repente, mal entabulara uma pergunta, Tarcísio se engasgou com um pedaço de carne maior do que a garganta poderia suportar. Começou a passar mal e foi fi cando roxo até alguém deu um forte um soco em suas costas. Mas, dessa vez, o azar foi compartilhado pelo “O Velho”: como uma peça de artilharia, o pedaço de carne saiu voando da boca de Tarcísio, e caiu bem no meio do prato de Zé Américo. E o almoço acabou.

Governador de São Paulo fez críticas aos seus adversários no pleito, afi rmando que o Estado não quer “esperteza”

Geraldo Alckmin ofi cializa candidatura à reeleição

Aécio Neves participou da convenção do PSDB-SP que homologou Alckmin (à dir.) à reeleição

GABRIELA BILÓ/FUTURA PRESS

Em um discurso carrega-do de críticas indiretas aos seus principais ad-versários, o governa-

dor Geraldo Alckmin afi rmou neste domingo que São Pau-lo não quer “esperteza” nem “arrogância”. De acordo com ele, muitos semeiam o “caos” e a “discórdia”, mas chega-ram ao governo estadual e “não chegarão”.

“São Paulo não quer saber de contabilidade criativa. São Paulo não quer esperteza ou ar-rogância, mas quer experiência e honestidade”, criticou.

O tucano, cuja candidatura à reeleição foi lançada neste domingo na convenção esta-dual do partido, ressaltou que “não existe atalho na vida pú-blica” e que não há “atalho ou jeitinho” para conseguir avanços em educação, saúde ou segurança.

A afi rmação foi feita devido ao fato de os principais adver-sários do governador, Alexan-

dre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB), nunca terem exercido um mandato público e eletivo. “Foi sem atalho que chegamos até aqui”, afi rmou.

“Pode-se enganar algumas pessoas, mas não se pode en-ganar todas as pessoas todo momento”, disse o governa-dor, reproduzindo citação do ex-presidente americano Abraham Lincoln (1809-1865), que governou os EUA de 1861 a 1865.

Em um discurso de tom ufa-nista, no qual ressaltou o “or-gulho” de ser paulista, o tucano resgatou o legado do partido nos últimos 20 anos em São Paulo, enumerou obras feitas pela sigla e citou três vezes o seu principal padrinho político, o ex-governador Mário Covas.

Em um aceno ao pré-can-didato do PSDB à sucessão presidencial, o senador mineiro Aécio Neves, que participou da convenção estadual, citou o ex-presidente Tancredo Neves

e declamou trecho de poe-ma do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. “Fácil é sonhar todas as noites, difícil é lutar por um sonho”, disse.

CríticasOs tucanos aproveitaram

a convenção do partido para subir o tom contra o PT e o governo Dilma. O candidato do PSDB à Presidência da Repúbli-ca, Aécio Neves, insinuou que o PT assumiu o governo federal para fazer seus dirigentes as-cenderem economicamente.

“Infelizmente, a vitória para eles não signifi cou apenas uma oportunidade de exercer um projeto de poder, mas a possibilidade de ascensão econômica”.

Antes, o ex-governador de São Paulo José Serra, também presente na convenção, acusou o PT de fazer uma “pregação terrorista” contra a oposição porque, segundo ele, não tem mais o que oferecer ao país.

Divergência é ‘coisa do passado’

DIZ CAMPOS

Um dia depois de ter seu nome ofi cializado na dispu-ta à Presidência da Repúbli-ca, Eduardo Campos (PSB) afi rmou, ontem, que é “coisa do passado” a divergência com a sua vice, Marina Silva, na montagem das candi-daturas nos Estados. Sem citar o nome da ex-sena-dora ou alguma situação específi ca, Campos afi rmou ser um erro reduzir as elei-ções às questões regionais. “Esse debate faz parte do passado, agora é discutir nossas ideias, nossas pro-postas. (...) O povo brasileiro que não tem fi liação parti-dária, que não vai disputar eleição, ele não quer saber se a coligação em tal Es-

tado é assim ou assado, ele quer saber se tem na política alguém disposto a fazer o debate que não é do mundo político só”, afi rmou durante congresso do PSB realizado no hotel Nacional, em Brasília.

O PSB de Campos e o grupo político de Marina divergiram publicamente sobre a montagem dos prin-cipais palanques estaduais, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro. Contrariando a defesa da ex-senadora por candidaturas próprias e que representassem o novo, no primeiro o PSB irá apoiar os tucanos, e, no segundo, o PT.

“Eleição não se ganha com

estrutura e dinheiro, eleição se ganha com história e posicionamento correto”, afi rmou ainda o candidato à Presidência. Apesar da fala, nos bastidores ele ainda articula a montagem fi nal de palanques em Estados como o Ceará e o Pará.

CongressoCampos voltou a atacar

Dilma Rousseff (PT), ontem, durante o congresso do PSB em Brasília, reafi rmando que ela foi a primeira pre-sidente da recente história a entregar um país pior do que recebeu, e o tu-cano Aécio Neves, dizendo que o povo está cansado do “suga-suga”.

Marina Silva e Eduardo Campos foram confi rmados, no sábado, candidatos à Presidência

WILSON DIAS/ABR

Crivella vai disputar governo do RioSem citar a presidente Dil-

ma Rousseff (PT) nenhuma vez em seu discurso, o sena-dor aliado e ex-ministro da Pesca Marcelo Crivella (PRB) foi ofi cializado candidato ao governo do Rio de Janeiro neste domingo, em conven-ção realizada em Olaria, Zona Norte da capital fl uminense.Crivella, em tese, aparece entre os quatro candidatos do Planalto no Rio, ao lado de Lindbergh Farias (PT), An-thony Garotinho (PR) e do governador e candidato à re-eleição Luiz Fernando Pezão (PMDB). Mas, no caso dele, até o momento a candidatura evita qualquer conexão com a disputa presidencial.

A convenção nacional do PRB está marcada para

esta segunda-feira, em São Paulo, e a tendência é de que o partido ofi cialize a adesão à coligação que sustenta Dilma.

Os líderes do partido no Rio, e até mesmo Crivella, porém, alegam que a candidatura do ex-ministro sofreu “ata-ques” nesta última semana, o que parece ter mudado o humor do PRB em relação ao Planalto.

Nos bastidores, o PRB do Rio reclama da infl uência do PT nacional ao bancar a ida do Pros para o palanque de Garotinho - que pôs lenha na fogueira neste domingo ao “convidar” publicamen-te Crivella para ingressar como vice em sua chapa a governador.

O ministro da Pesca, Eduar-do Lopes (PRB), que assumiu a vaga de Crivella na Esplana-da, preferiu deixar a decisão sobre o palanque nacional para a convenção de hoje.

“A princípio, somos aliados da presidente Dilma, aliados do governo federal. Amanhã (hoje) fi ca tudo decidido, se vamos caminhar com a Dil-ma, mas tudo indica que sim. Quanto ao palanque do Rio, vamos começar a discutir quando entrarmos na cam-panha”, afi rmou Lopes.

Crivella fez um discurso centrado em promessas para todas as regiões do Estado do Rio e priorizou a Baixada Fluminense, “esquecida pelos últimos governos” nas pala-vras dele.

EX-MINISTRO

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Page 7: EM TEMPO - 30 de junho de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Última noite do festival não passará por avaliaçãoCaprichoso e Garantido atrasaram apresentação por causa da chuva na noite de domingo. Apuração das notas dos 10 jurados começa às 14h de hoje

Uma forte chuva que caiu na noite de ontem em Parintins causou atraso de mais de uma

hora e meia na entrada do Boi Caprichoso para sua última apresentação no 49º Festival Folclórico. Prestes a abrir o es-petáculo, o bumbá teve que aguardar o tempo melhorar para entrar no bumbódromo, mesmo com uma alegoria dani-ficada. Aconteceu uma reunião entre o secretário de Cultura, Robério Braga, e os presidentes dos dois bumbás, que decidiram que a pontuação da última noite do festival não seria considera-da pelos jurados, de forma que não houvesse prejuízo para ne-nhuma das agremiações, mas, mesmo assim, o tempo de apre-sentação de cada boi foi reduzi-do para duas horas. O campeão será conhecido hoje. A apuração das notas dos 10 jurados inicia às 14h no bumbódromo. O júri veio dos Estados da Paraíba (três jurados), Espírito Santo (três) e Sergipe (quatro).

Na noite de sábado (28), os bois deram destaque ao poder de cura e proteção dos pajés e a fé do caboclo amazônico. O feiticeiro da tribo surgiu em lugares inusitados das alegorias imensas que tomaram a arena. A presença dos pajés em vários momentos do espetáculo, assim como a interação deles com ou-tros itens também foi explorada pelos bumbás. No Garantido, André Nascimento, calou a ba-teria e a galera ao proclamar um poema onde defendia a diversidade étnica e cultural e o respeito à Amazônia. Durante a apresentação do Caprichoso, o pajé Waldir Santana falou em dialeto indígena e ao fim ainda tirou a máscara.

Pontualmente, às 20h ini-ciou a apresentação da nação vermelha e branca. A cunhã-poranga Tatiane Barros foi o primeiro item feminino a entrar na arena, seguida dos tuxauas, o que já deu pistas sobre o foco da Garantido na noite. A morena surgiu de dentro da boca da cobra grande da primeira ale-goria “Fera de Fogo”, da equipe dos artistas Amarildo Teixeira e Roberto Reis. E, ao lado das tribos indígenas, apresentou-se ao público.

Perto do final do espetáculo, a cunhã arrancou aplausos da galera durante uma coreogra-fia eletrizante também com as tribos. Em movimento horário, ela chegou a ser lançada para o ar. “Houve muitos ensaios me preparei bastante com os meninos da tribo, cheguei um mês antes em Manaus e fiquei ensaiando e prestava atenção nos ensaios deles, nos movi-mentos que poderia aproveitar. Eles estão de parabéns”, expli-cou Tatiane Barros.

Em seguida, o pajé, André Nascimento, invadiu a arena e declamou um poema defenden-do o respeito aos indígenas e a Amazônia. Ele também citou um trecho da música “Índio” .

Outro momento emocionan-te da apresentação foi a força e incentivo da galera vermelha e branca durante o atraso no posicionamento das alegorias “Sou Parintins”, da equipe de Jonathan Marinho, durante a celebração folclórica. A galera chamou atenção cantando as toadas e fazendo coreogra-fias, e os itens e até mesmo o presidente Telo Pinto pararam para aplaudir e cantar junto à multidão.

Da alegoria surgiram a si-nhazinha da fazenda, Ana Luiza Faria, e a porta-estandarte Ve-rena Ferreira, que se aproxima-ram da galera suspensas por guindastes. A aparição do Boi Garantido e o passeio dele pelas arquibancadas do bumbódromo animaram a plateia.

Outro momento que arrancou suspiros do público e da equipe técnica do boi foi a coreografia das mulheres benzedeiras que simularam o parto e a doação da mulher em prol da família. Elas precederam a entrada da rainha do folclore Patrícia de Góes do carro “Benzedeiras”, de Ito Teixeira.

O amo do Garantido, Tony Medeiros, apresentou desafios ousados contra o amo do con-trário, brincando ainda com a transferência de Junior Paulain de apresentador para amo. Se-gundo Tony, Junior cansou de “apanhar na arena” do irmão, o apresentador do Garantido, Israel Paulain.

Na remoção do carro “Ben-zedeiras”, a estátua de um indígena perdeu a mão. A fantasia da rainha do folclo-re incomodou a artista.

COORDENADA

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

Tony Medeiros em sua apresentação na segunda noite: desafios ousados para o Caprichoso

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Durante o espetáculo, o Caprichoso fez refe-rencia à vitória do Bra-sil contra o Chile nos pênaltis, e executou da toada “Boi Brasileiro”, de Geovane Bastos e Adria-no Aguiar. Emocionada, a galera exibiu centenas de bandeiras do Brasil.

Com certeza, um dos momentos mais ani-mados da apresenta-ção foram os versos do amo. Após ouvir as provocações feitas pelo contrário na primeira noite, o amo do boi, Junior Paulain, respon-deu à altura deixando a galera de boca aber-ta e arrancando gritos apaixonados. Ele disse que mesmo respeitando a “melhor idade” - em referência à maturidade do amo Garantido - cha-mou de incompetente por não conseguir criar versos novos.

O apresentador do Ca-prichoso, Arlindo Júnior, ajudou a “apimentar” o espetáculo, citando que a galera do Caprichoso não precisa de microfone para ser ouvida, ou que os tuxauas do Caprichoso conseguem sustentar a fantasia de cerca de 30 a 60 quilos, sem ajuda.

Homenagem à seleção brasileira

A entrada da Sinhazi-nha Karyne Medeiros do teto da alegoria “Cordel Caboclo” de Teco Mendes encantou a torcida. Assim como o touro negro que chegou mugindo alto. O surgimento da rainha do folclore, Brenda Dianná, e a porta-estandarte Raís-sa Tupinambá contagiou ainda mais a galera.

Diferente do reper-tório da primeira noite, que continha a maioria das toadas lançadas este ano, o Caprichoso optou por fazer um resgate dos sucessos que compõem a história agremiação, o que contribuiu para uma apresentação com gran-de participação emocio-nada dos torcedores.

O Caprichoso deixou a arena em exatas duas horas, 29 minutos e 31 segundos. A lentidão de alguns componentes irri-tou os torcedores que gri-tavam para que eles agi-lizassem, evitando assim penalizações previstas no regulamento. Mesmo com alguns integrantes não demonstrando pres-sa em cruzar a arena, o boi conseguiu deixar a are-na faltando 30 segundos para o prazo do tempo de apresentação.

‘Touro negro’ resgata suas toadas

A “oca humana” do Caprichoso, uma das alegorias mais impressionantes no bumbódromo

Maria Azêdo, cunhã-poranga do Caprichoso: bumbá correu contra o tempo de apresentação

André Nascimento, pajé do Garantido, na evolução que marcou fim da segunda apresentação

O poder do pajé, repre-sentado por Waldir Santa-na, também foi narrado na segunda noite de apresen-tação do Boi Caprichoso.

Na primeira aparição, Waldir surgiu de uma ma-loca coberta por bailarinos vestidos de palha. A alego-ria “O artesão indígena” foi planejada pelo artista Ne-tinho Martins. Após curar duas crianças, ele surpreen-deu a galera, ao fazer saltar de suas costas, um réptil gigante, cuja presença não havia sido percebida.

Santana apareceu em ou-tros dois momentos duran-

te lenda amazônica, com o nascimento da cunhã-poranga Maria Azêdo. E fi-nalmente, a alegoria mais luxuosa da noite, “O último pajé” de Jucelino Ribeiro e Ander Souza.

O tamanho da alegoria causou certa dificuldade em posicioná-la, e para evitar atraso, o carro permaneceu na arena por cerca de cinco minutos. Faltando somente cinco minutos para o tér-mino do tempo, começou a ser retirado, assim como alguns integrantes da ma-rujada, durante a apresen-tação do pajé.

Caprichoso aposta na surpresa

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Mau tempo faz procissão de são Pedro ser canceladaRio agitado e ventos fortes por causa da chuva levaram a Arquidiocese a cancelar o cortejo fluvial pela primeira vez em 65 anos

Por conta da forte chuva que caiu sobre Manaus na manhã deste domin-go, pela primeira vez em

65 anos, a tradicional procissão de são Pedro não aconteceu. De acordo com o padre Amarildo Luciano e o arcebispo de Ma-naus, dom Sérgio Eduardo Cas-triani, a Capitania dos Portos decidiu não arriscar a vida dos fiéis por conta do mau tempo. A procissão foi cancelada, porém a festa para o padroeiro dos pescadores continuou com o restante da programação du-rante todo o dia.

Tradicionalmente, a procis-são de são Pedro acontece durante a tarde. Mas, com os jogos da Copa do Mundo, a coordenação decidiu fazer o cortejo pela manhã. Às 7h houve missa, e a procissão terrestre deveria sair às 9h. A chuva, no entanto, não deu trégua e muitos fiéis aguarda-vam a decisão da paróquia e da Capitania dos Portos.

Entre os fiéis que acompa-nham está a aposentada Maria de Lurdes da Silva, 76 anos. Ela, natural de Nhamundá, diz que acompanha a procissão desde que chegou a Manaus, quando

tinha 10 anos. “É tão bonito! Os barcos, todo mundo rezando, agradecendo e pedindo a são Pedro. É muito lindo de se ver. Mas, este ano, eles resolveram mudar da tarde para a manhã. Se acharem que está perigoso, é melhor evitar uma tragédia”, lamentou.

A procissão, que este ano trouxe o tema “São Pedro sobre as águas abençoa fiéis e romeiros e pede o fim do tráfico humano” deveria sair da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Educandos. De acordo com o padre Amarildo, seria impru-dência levar adiante a pro-cissão, visto que as águas do rio Negro estavam agitadas. “Aguardamos a autorização das autoridades, e infelizmen-te não aconteceu”, disse.

“Fizemos uma brincadeira que São Pedro não ficou feliz com a procissão pela manhã, mas ele está feliz porque a devoção a ele não se resume somente à procissão. Tivemos missas em todas as paróquias e procissões em outros lugares”, destacou dom Sérgio Eduardo Castriani.

“Para nós, que somos devotos de São Pedro e acreditamos em sua proteção, a primeira atitude é ter responsabilidade. Nada

é mais valioso do que nossas vidas, então não poderíamos de forma alguma colocar em risco a vida de uma pessoa sequer – quanto mais dessa multidão!”, disse.

O cancelamento da procis-são, ressaltou o arcebispo, também serve para reflexão. “Devemos respeitar a nature-za, em uma lição de ecologia. Temos que amar e respeitá-la, para que continue bonita e abundante”, declarou.

Sobre o tema, que é mote da campanha da fraternidade deste ano, o padre Amarildo Luciano informou que a igreja chama a atenção para um crime que precisa ser denun-ciado. “O tráfico humano é um crime cometido às escon-didas e que quase ninguém vê ou fica sabendo. A igreja chama a atenção para dizer que o crime existe e está perto de nós. É difícil de ser denunciado, mas é necessário que seja”, completou.

A festa em comemoração a são Pedro continuou com uma missa campal, às 19h, em frente à Igreja Nossa Senho-ra do Perpétuo Socorro. Após a missa, o arraial com bingo, comidas típicas e apresenta-ção do cantor Jorge Miranda animou os fiéis.

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Muitos fiéis ficaram decepcionados, mas aceitaram o cancelamento, feito em prol da segurança

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1042

Chuvas afetam 50 mil pessoasMais de 50 mil pessoas

tiveram que deixar suas ca-sas por causa das intensas chuvas que atingem Santa Catarina e o Rio Grande do Sul nos últimos cinco dias. Uma pessoa está desaparecida.

As precipitações que atin-gem o Sul nos últimos dias provocaram alagamentos, cheias de rios, interdições de estradas e interrupção no fornecimento de energia elé-trica. As áreas mais afetadas são as regiões de fronteira entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

Em Jacutinga, no norte do Rio Grande do Sul, um homem de 40 anos está desapareci-do. As equipes do Corpo de

Bombeiros continuavam as buscas ontem. José Lindomar da Silva foi levado pela cor-renteza quando atravessava uma ponte sobre o rio Jacu-tinga quando provavelmente escorregou e caiu nas águas, informou a Defesa Civil.

Ao menos oito rodovias catarinenses tiveram trechos interrompidos devido a des-lizamentos e quedas de bar-reiras. No RS, trechos de dez rodovias foram bloqueados.

A distribuição de água e de energia também fi cou prejudicada. Em Chapecó (a 550 quilômetros de Floria-nópolis), o abastecimento de energia foi interrompido em alguns bairros.

O número de desabrigados e desalojados aumentou em mais de cinco vezes entre sá-bado e domingo, conforme as Defesas Civis dos Estados.

Em Santa Catarina, passou de 1,6 mil para 40 mil. No Rio Grande do Sul, as vítimas passaram de 6,7 mil para 10,8 mil. Nos dois Estados, 93 municípios foram afetados pelas chuvas, e 27 estão em situação de emergência.

Segundo Centro de Infor-mações de Recursos Ambien-tais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram), apenas nos últimos dias cho-veu o volume esperado para até três meses. A intensidade das chuvas diminuiu e perde-

rá força nos próximos dias.

Calamidade Em Iraí, na divisa do Rio

Grande do Sul com Santa Catarina, a ponte que passa sobre o rio Uruguai foi inter-ditada e não há previsão para liberação. O município decre-tou situação de calamidade pública no último dia 27.

Iraí foi afetada pelas cheias dos rios Uruguai e do Mel, que obrigaram 1,4 mil pessoas a deixarem suas casas.

Segundo Edson Borges, co-ordenador da Defesa Civil do município, 400 pessoas estão abrigadas em alojamentos fornecidos pela prefeitura em três pontos da cidade. Rio Itajaí-Açu subiu e água invadiu várias cidades gaúchas

HOMERO BUZZI/ SDR RIO DO SUL

SUL DO PAÍS

Governo renunciou a R$ 42 bi com desoneraçõesDe acordo com a Receita Federal, esse montante deixou de ser recolhido somente nos cinco primeiros meses deste ano

Desde março do ano passado, produtos da cesta básica foram desonerados de pagar tributos federais como PIS, Cofi ns e IPI, possibilitando redução no preços dos itens dos alimentos essenciais

DIVULGAÇÃO

Uma das principais ar-mas do governo para estimular o consumo e manter o emprego,

as desonerações estão cus-tando cada vez mais ao con-tribuinte. Segundo a Receita Federal, o governo deixou de arrecadar R$ 42 bilhões nos cinco primeiros meses do ano com as reduções de tributos.

O montante é 46,9% supe-rior ao registrado no mesmo período do ano passado, quan-do a renúncia fi scal tinha che-gado a R$ 28,642 bilhões.

A maior responsável pelo crescimento é a desoneração da folha de pagamentos, que praticamente dobrou neste ano por causa da inclusão de 16 setores no novo regime, no qual as empresas pagam à Previdência Social 1% ou

2% sobre o faturamento em vez de 20% sobre a folha de salários.

Somente com essa deso-neração, o governo deixou de arrecadar R$ 7,962 bilhões de janeiro a maio, alta de 85,6% em relação ao obser-vado nos mesmos meses de 2013 (R$ 4,290 bilhões).

A isenção de tributos fe-derais sobre a cesta básica diminuiu o caixa do governo em R$ 3,888 bilhões neste ano, contra R$ 1,715 bilhão nos cinco primeiros meses de 2013.

Desde março do ano pas-sado, os produtos da cesta básica não pagam mais Pro-grama de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Segurida-de Social (Cofins) e Imposto

sobre Produtos Industriali-zados (IPI).

Zerada desde fevereiro de 2012, a Contribuição de In-tervenção no Domínio Econô-mico (Cide) também está pro-vocando perdas signifi cativas nos cofres federais. O governo abriu mão de R$ 5,299 bi-lhões de janeiro a maio com

o tributo, que era cobrado na gasolina e no diesel. A quan-tia é maior que os R$ 4,784 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A diferença deve-se ao fato de que o aumento no preço dos combustíveis faz a Receita Federal deixar de arrecadar mais em 2014.

CustosNovas reduções de tributos

que não vigoraram na maior parte de 2013 também estão aumentando os custos das desonerações. A retirada do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS e da Cofi ns das mercado-rias importadas fez o governo deixar de arrecadar R$ 1,517 bilhão neste ano.

De acordo com a Recei-ta Federal, o único tipo de desoneração cujo im-pacto diminuiu em 2014 foi a do Impostos sobre Produtos Industrializa-dos (IPI).

De janeiro a maio, o go-verno deixou de arrecadar R$ 4,706 bilhões com o imposto, o que represen-ta uma queda de 6,4% em relação aos cinco primei-ros meses de 2013, quan-do o governo deixou de arrecadar o montante de R$ 5,028 bilhões.

A recomposição gradu-

al das alíquotas do IPI dos veículos, dos móveis e da linha branca – fogão, ge-ladeira, máquina de lavar e tanquinho – é a principal responsável pelo cresci-mento da receita.

DesoneraçõesAs desonerações foram

uma das responsáveis pela queda real (descon-tada a inflação) de 5,95% na arrecadação de maio. Foi a primeira vez no ano em que a arrecadação fe-deral ficou menor que a do mesmo mês de 2013.

Impacto do IPI foi o menor PERDASAnunciada em dezem-bro do ano passado, a redução para zero das alíquotas do PIS e da Cofi ns na importação de álcool puro e nast a-lina acarretou a perda de R$ 1,480 bilhão para os cofres públicos

País B2

Redução no preço dos remédios

arrecadar R$ 42 bilhões nos cinco primeiros meses do ano

DIVULGAÇÃO

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Redução pode chegar a 11%, depois que governo publicou lista com medicamentos, que terão isenção de impostos

Preço de remédios de tarja preta e vermelha vai cair

O governo publicou, no último dia 27, a atualização da lista de substâncias usa-

das na produção de remédios de tarjas preta e vermelha, e que têm isenção de PIS/Cofins. Com a isenção, a in-dústria farmacêutica espera queda de até 11% nos preços desses medicamentos.

A última vez que o governo atualizou a lista, hoje com 1.643 itens, foi em 2007.

A estimativa de redução é da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). Entre os produ-tos, estão os remédios para tratamento de câncer, de uso crônico, como para hiperten-são, diabetes e asma.

Ao todo, a lista, publicada no Diário Oficial da União, traz 174 itens que terão a isenção. As substâncias fa-zem parte da composição de medicamentos de tarja preta, vermelha e de alguns produ-tos para hemodiálise e para alimentação por sonda.

Com a atualização, 75,4% dos medicamentos vendidos no país ficarão isentos de PIS/Cofins, segundo o Ministério da Saúde. Fernando Sam-paio, diretor da Interfarma, explica que a lei 10.147/00 prevê que todos os produtos com as tarjas podem ter a isenção, mas o incentivo fis-cal ocorre somente quando o remédio tem os princípios ativos listados em decreto.

“Hoje, mais de 65% do fa-turamento do setor farma-cêutico já estão isentos. São os produtos para as doenças mais graves, doenças crôni-cas, doenças contagiosas. Os que não estão são os sem prescrição, e os para doenças menos graves, por exemplo disfunção erétil, obesidade”, disse Sampaio.

Segundo o Ministério da Saúde, a seleção das substâncias isentas leva em consideração se o remédio é para patologias crônicas e degenerativas, se atende aos programas de saúde do governo instituídos por meio de políticas públicas e se o produto é essencial para a população.

Lista atualizada, publicada pelo governo, tem 174 itens novos que estarão livres de tributos

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ULG

AÇÃO

Prefeitura adotará quesito ‘cor’ nos registros médicos

A Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 quilômetros de São Paulo) vai adotar o quesito “cor” nos prontuários e registros de atendimento dos usuários da rede muni-cipal de saúde e de outros serviços públicos.

O critério será o mesmo usado pelo Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), mas também será respeitado os critérios de autodeclaração, conforme a lei publicada pela prefeita Dárcy Vera (PSD). O IBGE usa em suas pesquisas as nomenclaturas “pretos”,

“pardos”, “indígenas”, “ama-relos” e “brancos”. O grupo populacional negro pode ser composto pela soma de pre-tos e pardos.

Nos casos em que o pacien-te não puder informar sua cor no protocolo, um familiar poderá fazê-lo. Na falta de um familiar, o profissional responsável pelo atendi-mento será responsável por indicar a cor.

Conforme a lei, cada se-cretaria será responsável por capacitar os funcionários para o tipo de atendimento necessário aos cidadãos.

RIBEIRÃO PRETO

Ciclista é atropelado duas vezes

Um ciclista foi atrope-lado duas vezes e arras-tado por um automóvel na noite do último sába-do em Sapiranga, região metropolitana de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul.

A vítima foi atingi-da por um Honda Civic na altura do quilômetro 32 da rodovia ERS-239, caiu na pista e em se-guida foi atingida por um outro veículo, que o arrastou até parar em um posto de gasolina, no km 30. O acidente ocor-reu por volta das 19h45 do último sábado.

Segundo informações da Polícia Rodoviária de Sapiranga, a condutora do segundo veículo, um Citroën C3, afirmou que ouviu um barulho estra-nho e parou no posto para verificar a causa, quando se deparou com o corpo preso embaixo do carro.

Os nomes da vítima e das motoristas envolvi-das não foram divulga-dos pela polícia.

De acordo com infor-mações obtidas na de-legacia de Sapiranga, onde o caso foi registra-do, o ciclista não portava documentos e ainda não foi identificado.

MORTE

Jorge Aragão ‘comemora’ após ter alta do hospital

O sambista Jorge Aragão, que estava internado des-de o último dia 16 em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio, devido a problemas cardíacos, recebeu alta na tarde de domingo (29).

A saída foi comemorada pelo artista, que postou em sua página no Facebook uma foto de seu punho ainda com a pulseira de identificação do hospital.

“E lá vou eu, viver a terceira etapa da minha vida. Porque Deus assim quis! Recebendo minha alta nesse instante. Obrigado! Obrigado! Obriga-do!”, escreveu o cantor.

O sambista deu entrada no hospital no dia 16, após sentir dores no peito. Na dia seguinte, passou por uma cirurgia cardíaca.

Aragão já havia cancela-do compromissos marcados para as três semanas seguin-tes à sua entrada no hospital e havia adiado um outro com-promisso “por precaução”, segundo sua assessoria.

O cantor também teve pro-blemas cardíacos no passa-do. Em 2007, por exemplo, ele ficou internado uma noite em Volta Redonda (RJ), após sentir dores quando voltava de uma apresentação.

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Defesa iraquiana anuncia aquisição de aviões russosAeronaves de guerra Sukhoi 25 serão utilizadas pelo Iraque para combater jihadistas e insurgentes sunitas no país

REPRODUÇÃO

Exemplares dos aviões russos Sukhoi 25, similares aos adquiridos pelo Iraque: arma contra jihadistas e sunitas insurgentes

O Ministério da Defe-sa do Iraque anun-ciou ontem ter rece-bido cinco aviões de

guerra russos, do tipo Sukhoi 25, que respaldarão as Forças Armadas em seus combates contra os jihadistas e insur-gentes sunitas.

Segundo um comunicado, a primeira remessa dessas ae-ronaves já está em território iraquiano após um contrato fei-to com o Ministério da Defesa da Rússia.

“Esses aviões contribuirão para aumentar a capacidade bélica da Força Aérea iraquiana e das outras Forças Armadas para eliminar o terrorismo”, destaca a nota.

A televisão oficial “Al-Iraquiya” mostrou imagens dos aviões e entrevistou um alto oficial da Força Aérea, que explicou que em quatro dias as aeronaves entrarão em funcionamento.

O governo iraquiano havia pedido aos Estados Unidos res-paldo aéreo para bombardear os redutos insurgentes, mas por enquanto Washington só utiliza drones armados para sobrevoar Bagdá e proteger sua embai-xada e os assessores militares enviados ao país.

TikritA chegada dos Sukhoi 25

coincide com a ampla ofen-siva que as forças iraquianas iniciaram no último sábado (28) para recuperar a cidade de Ti-krit, antigo reduto de Saddam Hussein localizado a 160 qui-lômetros ao norte de Bagdá e que está, atualmente, nas mãos

dos combatentes sunitas e do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

Na campanha, participam tanques e blindados apoiados pela aviação iraquiana, que bombardeia lugares onde estão os extremistas, assim como seu armamento e seus veículos.

As operações também pros-seguem na província ocidental de Al-Anbar, reduto do EIIL, que controla a cidade de Faluja e outras localidades.

CriseO Iraque está imerso em uma

grave crise gerada pelo avanço de grupos insurgentes liderados pelo EIIL, que no último dia 10 assumiu o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país, e de lá progrediu por outras regiões do norte e do centro do território iraquiano.

Neste contexto, as agências internacionais lançaram um alerta sobre as consequências humanitárias do conflito, que levou 1,2 milhão de iraquianos a fugir de suas casas desde o início do ano.

AQUISIÇÃOSegundo comunica-do do Ministério da Defesa do Iraque, a primeira remessa das aeronaves de guerra russas já está em ter-ritório iraquiano após contrato com o minis-tério da Rússia

O papa Francisco fez um apelo aos líderes iraquia-nos para que tentem de tudo a fim de “preservar a unidade nacional e evitar a guerra”, durante o ângelus de ontem.

O pontífice apoiou um pedido feito pelos bispos do Iraque para a formação de um governo de unidade nacional, com o objetivo de evitar um êxodo contínuo de cristãos, enfraquecidos por uma inédita ofensiva dos rebeldes sunitas liderados pelo Estado Islâmico no Ira-que e no Levante (EIIL).

“As notícias recebidas do Iraque são, infelizmente, muito dolorosas”, lamentou o papa.

“Uno-me aos bispos do país em seu apelo aos gover-nantes para que, por meio do diálogo, preservem a unida-de nacional e evitem a guer-ra”, acrescentou, falando a uma multidão da janela do palácio Apostólico.

O papa expressou sua pro-ximidade com as “milhares de famílias, especialmente cristãs, que tiveram que abandonar suas casas e estão em grave perigo.”

“A violência gera violência, o diálogo é o único caminho para a paz”, acrescentou a milhares de fiéis.

Reunidos em sínodo em Erbil, capital do Curdistão ira-quiano, de 24 a 28 de junho, os bispos da Igreja Caldeia, rito majoritário entre os cris-tãos do país, desejou a rápida

formação de um governo de unidade nacional.

CorrupçãoEm entrevista ao jornal

italiano “Il Messaggero”, o papa denunciou neste do-mingo o flagelo da corrup-ção, um tema que, como a denúncia de sacerdotes “mundanos”, recebe uma particular atenção.

“É difícil manter-se ho-nesto na política. Às vezes, é como se algumas pessoas fossem fagocitadas por um fenômeno endêmico”.

“Hoje, o problema é que a política está desacreditada, devastada pela corrupção, o fenômeno dos subornos. In-felizmente, corrupção é um fenômeno global. Há até chefes de Estado que estão na prisão por isso”.

Segundo o papa, “vivemos em uma época de mudança”, que “alimenta a decadência moral, não só na política, mas também na esfera fi-nanceira ou social”.

PedofiliaO papa Francisco tam-

bém falou sobre o abuso sofrido por crianças, as usadas para o trabalho manual, porque têm mãos pequenas, e aquelas que são vítimas de abuso sexu-al: “isso me faz sofrer”.

Para ele, os homens “mais velhos” que abor-dam prostitutas menores de 15 anos não são nada além do que “pedófilos”.

‘Preocupado’, papa Francisco

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

O presidente da Bulgá-ria, Rosen Plevneliev, anunciou que vai dis-solver o parlamento

em 6 de agosto e convocar legislativas antecipadas para 5 de outubro, para superar meses de crise política que ameaçam a estabilidade fi-nanceira do país. O chefe de Estado anunciou a decisão aos jornalistas depois de consultas com as principais forças polí-ticas e com o governador do Banco Nacional da Bulgária, Ivan Iskrov.

“Com o atual parlamento, é impossível formar um novo go-verno”, disse Plevneliev, acres-centando que o executivo mi-noritário do primeiro-ministro Plamen Oresharski vai apre-sentar a demissão em breve para possibilitar a formação de um governo interino.

O governo minoritário de

Oresharski havia aceitado re-nunciar, no início deste mês, depois de o seu principal apoio, o Partido Socialista, ter sido derrotado pela oposição con-servadora nas eleições euro-peias de maio. No poder há mais de um ano e contestado na rua, o atual governo foi inca-paz de reativar o crescimento econômico no país mais pobre da UE, onde o salário mínimo equivale a 170 euros.

O novo Poder Executivo inte-rino vai dispor, de acordo com a Constituição, de dois meses para organizar as eleições de outubro. Analistas búlgaros esperaram que o governo inte-rino comece a trabalhar em 6 de agosto, data em que deverá ser dissolvido o parlamento. “Antes da designação do Exe-cutivo interino, o chefe de Estado vai consultar as forças parlamentares e os partidos

que elegeram representan-tes ao Parlamento Europeu”, disse Plevneliev.

As últimas sondagens in-dicam que o partido con-servador Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária, na oposição, do antigo primeiro-ministro Boiko Borisov, seja o mais votado nas próximas eleições. O governo de Borisov demitiu-se em fevereiro de 2013 na sequência de manifestações contra os elevados preços da eletricidade no país.

Além da instabilidade políti-ca, o Banco Nacional da Bul-gária foi obrigado a intervir, semana passada, na quarta entidade financeira do país, o Corpbank. A operação aumen-tou os receios sobre a situação econômica búlgara.

Depois da intervenção, fo-ram registradas enormes filas

nas dependências de outros bancos para levantamento de depósitos, especialmente no Fibank, devido aos rumores de bancarrota do setor financeiro. O Banco Nacional desmentiu os boatos e alertou para uma tentativa “organizada e coor-denada” de desestabilizar o país por meio da difusão de “declarações mal-intenciona-das” por telefones celulares e correio eletrônico.

O Ministério do Interior búl-garo confirmou também a exis-tência dessas mensagens, ten-do efetuado cinco detenções depois de uma investigação oficial. O presidente Plevne-liev pediu calma. “O dinheiro dos cidadãos e das empresas nos bancos está garantido e em lugar seguro”, disse. “O sistema bancário da Bulgária é estável, está bem regulado e bem capitalizado”.

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ORosen Plevneliev, presidente da Bulgária, anunciou ontem a decisão. Governo atual não conseguiu reativar a economia do país

Presidente búlgaro afirmou que irá dissolver o parlamento em 6 de agosto e convocar legislativas antecipadas para superar meses de crise política no país

Bulgária terá eleições em outubro, anuncia Rosen

Putin pede prorrogação de cessar-fogo a presidente

O presidente russo Vladi-mir Putin pediu ontem ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, a prorrogação do cessar-fogo que expira nesta segunda-feira (30) no leste da Ucrânia, em uma conversa telefônica — que durou mais de duas horas — na qual também participaram a chance-ler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande.

“Foi feito um pedido a Petro Poroshenko para que prorrogue o cessar-fogo durante um período mais longo”, afirma o Kremlin em um comunicado, divulgado após a conferência telefôni-ca dos quatro dirigentes.

Os governantes também conversaram sobre a “possi-bilidade de enviar observa-dores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce) aos pos-tos de controle da fronteira Rússia-Ucrânia”, completa o texto.

O presidente russo ressal-tou ainda a necessidade de dar uma ajuda à população do sudeste da Ucrânia, em

consequência do “agrava-mento da situação huma-nitária” na região.

A Ucrânia estendeu sua trégua em 72 horas, até segunda-feira, coincidindo com um prazo fixado por líderes da União Europeia, na sexta-feira (27), para que os rebeldes pró-Rússia aceitem os arranjos para a verificação do cessar-fogo, devolvam os postos de fron-teira às autoridades de Kiev, libertem os reféns e ini-ciem conversas sérias sobre como implementar o plano de paz de Poroshenko.

Os rebeldes separatistas no leste da Ucrânia libera-ram neste sábado (28) um segundo grupo de quatro monitores da Organização para a Segurança e Coo-peração na Europa (Osce), que haviam sido detidos em 29 de maio.

Mas o cessar-fogo ficou sob ameaça quando três membros das forças ar-madas da Ucrânia foram mortos em um ataque re-belde a um posto militar perto da cidade oriental de Slaviansk.

UCRÂNIA

Putin ressaltou a necessidade de ajuda à população do país

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Rebeldes são mortos e crucificadosO jihadista Estado Islâmico

do Iraque e do Levante (EIIL) executou e crucificou oito com-batentes de brigadas rebeldes rivais na província de Aleppo, no norte da Síria, informou ontem o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Em comunicado, a ONG ex-plica que as vítimas foram exe-cutadas no último sábado (28) na cidade de Deir Hafer, em

uma praça onde os corpos vão continuar crucificados durante três dias.

Na cidade de Al Bab, também a leste de Aleppo, o EIIL, conhe-cido ainda como Isis (na sigla em inglês), manteve atado a uma cruz outro homem durante vá-rias horas como castigo por ele ter dado “falso testemunho”.

A organização extremista aplicou o castigo da crucifica-

ção anteriormente em outras zonas do norte da Síria, onde tem seu bastião na província de Al Raqqah.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante também domina amplas zonas do Iraque, prin-cipalmente na região ocidental de Al-Anbar e na setentrional de Ninawa, com o objetivo de criar um emirado islâmico no Iraque e na Síria.

SÍRIA

Coreia do Norte lança mais mísseisA Coreia do Norte lançou

dois mísseis de curto alcance em direção ao Mar do Japão, de acordo com o Estado-Maior Conjunto sul-coreano. Os mísseis foram lançados das proximidades da cidade de Wonsan, na costa oriental do país, e caíram em águas internacionais.

Na última sexta-feira (27), o Exército norte-coreano dis-parou três projéteis de curto alcance também em direção ao mar do Japão. Foi o primeiro lançamento do tipo por parte do governo de Kim Jong-Un, em três meses. A Coreia do Sul considera os lançamentos um desafio à proibição imposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Assim como na última sex-ta-feira, os novos lançamen-tos não foram acompanha-dos de um aviso formal para as embarcações e os aviões civis, denunciou o Exérci-to sul-coreano. Por isso, o governo de Seul anunciou

ter aumentado a vigilân-cia para tentar prever os próximos lançamentos do país vizinho.

InvestigaçãoO Japão condenou ontem

o lançamento dos mísseis balísticos, mas prometeu manter as conversas com a Coreia do Norte previstas para esta semana.

O encontro pretende avaliar o progresso da investigação relativa ao destino dos cida-dãos japoneses sequestrados por agentes norte-coreanos durante a Guerra Fria.

O Japão e a Coreia do Norte não têm relações diplomáti-cas, e reuniões entre os dois países são raras.

MAR DO JAPÃO

TENSÃONa última sexta-feira, três projéteis de curto alcance também foram lançados em direção ao mar do Japão. Os de on-tem foram lançados das proximidades da cidade de Wonsan e caíram em águas internacionais

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Naná Vasconcelos encerra o Festival Amazonas JazzA 9ª edição do evento apresenta hoje um show do percussionista pernambucano, que vai dividir o palco com Lui Coimbra

O p e r c u s s i o n i s t a Naná Vasconcelos é a grande atração, hoje, da última noite

do 9º Festival Amazonas Jazz. O músico pernambucano esta-rá acompanhado pelo cantor e violoncelista Lui Coimbra. Antes, o público poderá con-ferir o trabalho do pianista sueco Bo Stenson, que iniciou a carreira artística em 1963. O evento inicia às 19h30, no Teatro Amazonas.

Aos 69 anos, o recifense Juvenal de Holanda Vascon-celos já foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista norte-americana “Down Beat” e conquistou também oito ve-zes o Prêmio Grammy.

Desde jovem, Naná Vas-concelos se envolveu com os tambores dos movimentos de maracatu locais. Ele começou a tocar aos 12 anos com seu pai numa banda marcial no Re-cife. Durante toda sua carreira sempre teve preferência por instrumentos de percussão e, nos anos 1960, se notabilizou por seu talento com o be-rimbau. Em 1967, mudou-se para o Rio de Janeiro onde gravou dois LPs com Milton Nascimento. No ano seguinte, com Geraldo Azevedo, viajou para São Paulo para partici-

TELEVISÃO

O capítulo de hoje de “Em Família” exibi-rá o beijo entre Clara e Marina

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Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) têm sido discretas em suas trocas de carícias, mas será hoje o dia em que elas apimen-tarão “Em Família” (Globo), com o esperado beijo na boca prometido pelo autor Manoel Carlos. A cena marca o noi-vado das personagens. Com planos de formar uma família, ainda, as duas deverão ado-tar uma criança. Mas, antes, sofrerão preconceito de um homem num bar.

A história cresce em sua reta fi nal – o último capítulo será no dia 18 de julho – e pode ser um trunfo do autor para recuperar audiência. Com 33 pontos de ibope (cada um equivale a 65.201 domicílios na Grande SP) em sua estreia, a produção já teve recorde negativo de 24 pontos. Hoje, a média é 29.

O pesquisador em assuntos de TV Claudino Mayer, porém, não vê apelo no beijo. “Ele está

no contexto das personagens. Inclusive, acho que Maneco perdeu o tempo certo de exibi-lo”, opina. Na cena, Marina sur-preenderá a namorada com um anel de noivado. Clara dirá sim à fotógrafa e, comovidas, as duas se beijarão.

“Acho ótimo sair esse beijo, pois o amor delas é profundo, estilo Romeu e Julieta. Difícil até de ser encontrado no mundo hétero”, diz Luciana Vendramini, que protagoni-zou um beijo gay com Giselle Tigre em “Amor e Revolução” (SBT, 2011).

Vale lembrar que, em “Mu-lheres Apaixonadas” (Globo, 2003), Maneco gerou polêmica com o selinho de Clara (Alinne Moraes) e Rafa (Paula Picarelli) durante uma peça de teatro.

PrecursorasA atriz Luciana Vendramini é

lembrada por ter dado o pri-meiro beijo gay entre mulheres na TV, mas ela faz questão de

esclarecer: “O primeiro beijo mesmo foi o selinho entre as atrizes Alda Alves e Geórgia Gomide (1937-2011), em ‘A Calúnia’ (1963), na TV Tupi. Lá, não havia uma história de amor. Elas foram acusadas

de ser amantes, e o beijo foi provocativo. Não rendeu tanta polêmica porque não há regis-tro nenhum disso, já que as novelas eram feitas ao vivo”.

No caso de “Amor e Revo-lução”, exibida pelo SBT em

2011, havia muito amor. “O diretor, na época, veio com essa proposta e quisemos nos entregar para demons-trar a paixão que elas sen-tiam. Fiz até questão de repetir a cena”, lembra Luciana. “A Gisele até costumava brincar que éramos o casal com a maior química da televisão”, revela.

A atriz, que teve de explicar ao sobrinho de 10 anos sobre o bei-jo de Mateus Solano e Thiago Fragoso em “Amor à Vida”, acha que o assunto ainda vai render polêmi-ca. “Falta um beijo bem apaixonado entre homens, como foi o nosso, na época”.

Por Isabela Ro-semback e Fabiana Schiavon

Beijo promete apimentar novela

Talento de Naná Vasconcelos é reconhecido internacionalmente

Lui Coimbra, que vai acompanhar Naná no pal-co do Teatro Amazonas, é cantor e violoncelista, instrumentista de todas as cordas, compositor e arranjador. O artista traduz em seu trabalho a busca por uma MPB étnica, que absorva infl uências bus-cando sua universalidade, mas que mantenha suas raízes aprofundadas no fértil solo brasileiro.

O músico é considerado pela crítica especializada como um dos responsáveis pela “camerização” da MPB junto com Marcos Suzano, a partir do disco “Sobre Todas

as Coisas”, de Zizi Possi.O Festival Amazonas Jazz

tem direção artística do ma-estro Rui Carvalho, regente da Amazonas Band. A edição deste ano teve início no últi-mo dia 26 e, de lá para cá, contou com as participa-ções do trompetista carioca Cláudio Roditi, do harpista colombiano Edmar Castañe-da, do grupo amazonense Cordão do Marambaia, do baterista cubano Dafnis Prieto, do pianista argenti-no Diego Schissi, do Débora & Dani Gurgel Quarteto, do saxofonista Leo Gandelman e do trombonista california-no Luis Bonilla.

Programação diversifi cada

O pianista sueco Bo Stenson vai abrir o festival hoje

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SERVIÇOFESTIVAL AMA-ZONAS JAZZ

QuandoOnde

Quanto

Hoje, às 19h30Teatro Amazonas (Centro)R$ 40 (plateia e frisas), R$ 30 (1º pavimento), R$ 20 (2º pavimento) e R$ 10 (3º pavi-mento), à venda no teatro

par do Quarteto Livre, que acompanhou Geraldo Vandré no 3º Festival Internacional da Canção.

Naná possui ainda uma ex-tensa carreira no exterior. A partir de 1967, ele passou a atuar como percussionista ao lado de diversos nomes de peso, entre eles Jon Hassel, Eg-berto Gismonti, Pat Metheny, Evelyn Glennie e Jan Garbarek. Formou entre os anos de 1978 e 1982, ao lado de Don Cherry e Collin Walcott, o grupo de jazz Codona, com o qual lançou três álbuns. O CD mais recente de Naná Vasconcelos chama-se “Sinfonia & Batuques” e foi lançado em 2010.

TRUNFOA cena do beijo entre as personagens de Gio-vanna Antonelli e Tainá Müller pode ser um trunfo para que o autor Manoel Carlos recupere a audiência da novela, que está com média de 29 pontos de ibope

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoSe está ruim... Há ainda quem reclame

da quantidade de jogos transmitidos no Mundial em curso, considerando que na televisão, aberta ou fechada, não se fala ou se mostra outra coisa. É bom lembrar que na sequência de tudo, logo vai chegar o horário político.

Aposta Manoel Carlos, bem den-

tro das suas característi-cas, já começa a apontar e apostar tudo no lado da maldade e no psicótico do Laerte, Gabriel Braga Nu-nes, na novela “Em Família”. O grande vilão, de com-portamento tão controver-so, irá se mostrar ainda muito pior nos últimos e decisivos capítulos.

A casa cai Na Bandeirantes está ha-

vendo muito cuidado para que não existam choques ou coincidências nos pro-gramas do Luiz Bacci e do Datena, que serão apresen-tados, um na sequência do outro, a partir de julho ou agosto. De um lado para evitar a incoerência e, por outro, porque o confl ito será inevitável.

Complicado Os diretores de núcleo

admitem que a escalação de novelas ou séries na Globo, acabou se trans-formando num autêntico quebra-cabeça. É o caso do Wolf Maya com “Lady Marizete”, na fi la das 19h, com estreia em abril de 2015. Até agora, pelo me-nos, ele não conseguiu avançar muito na escolha dos atores. Praticamente não tem ninguém, além da Tatá Werneck.

Complicado 2 E está complicado por-

que este setor da Globo também está passando por reformulações. O pe-ríodo é de transição. Como a ordem agora é reduzir o seu banco de elenco ao mínimo necessário e, ao mesmo tempo, priorizar o contrato por obra, as negociações invariavel-

mente não acontecem no tempo desejado.

Números Traduzindo para o que-

sito quantidade, a Globo hoje tem 800 artistas fi xos no seu banco de elenco, à disposição das novelas ou séries. Já de algum tempo este número vem diminuin-do com a não renovação de alguns contratos. Na Record são cerca de 180.

Festa da Fátima O “Encontro”, da Fáti-

ma Bernardes, completou 2 anos de exibição no últi-mo dia 25, mas sem festa, por causa da correria da Copa do Mundo. A equipe, porém, já está organizan-do um programa especial, para uma justa e necessá-ria comemoração, que irá ao ar dia 7 de julho.

Bate-rebate• Luciana Gimenez não foi

incluída na programação da Rede TV! em Campos do Jor-dão porque está em férias nos Estados Unidos...

• ... E se “instagrando” o tempo inteiro.

• Falam tanto dos canais fechados, alguns se perdem em elogios, mas esquecem das suas aberrações...

• ... Como se admitir que “Miami Vice” possa ser exibi-da ao mesmo tempo em dois canais...

• ... É isso o que acontece em relação ao FX e Space.

Redução de ‘Geração Brasil’

Toda e qualquer novela quando come-ça a pregar sustos e não render o que dela se espera, é só esperar que a qualquer momento a luz amarela se acende e faz despertar os conhecidos boatos de sempre. E está sendo exatamente assim com “Geração Brasil”. Praticamente às vésperas de entrar em seu terceiro mês de exibição, a audiência registrada ainda não é a esperada, muito por culpa da Copa do Mundo no meio, mas também por erros de avaliação cometidos.

Inverno 40° Já a partir desta quinta-

feira, 3, a Rede TV! vai dar início a sua programação especial, direto de Campos do Jordão. E com edições, ao vivo, do “Muito Show”, “TV Fama”, “Sábado Total”, “Encrenca”, “Ritmo Brasil”, “Sob Medida” (foto), “A Tar-de é Sua”, “Rede TV News” e “Leitura Dinâmica”.

WAYNE CAMARGO / REDE TV!)

Está quase pronto o projeto de uma nova série, baseada no romance “O Olho da Rua”, de Eromar Bomfi m, escrito por Thelma Guedes – mulher de Bomfi m – e Newton Cannito. O conteúdo desse trabalho será apresentado pelos au-tores nos próximos dias, para executivos da Globo e, como passo seguinte, a avaliação fi nal do entretenimento.

Então é isso. Mas amanhã

tem mais. Tchau!

C’est fi niLuciana Gimenez, da Rede TV!

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Na terça (24), o governador José Melo entregou 33 veículos tipo pick up, 7 ambulanchas e 2 am-bulâncias, além de 60 monito-res cardíacos 30 desfi briladores, 297 computadores, entre outros equipamentos, para ampliar o atendimento da área de saúde do interior do Estado. A entrega foi feita aos prefeitos e represen-tantes dos municípios no porto de

São Raimundo e benefi ciou, ao todo, 46 municípios. O evento foi prestigiado por diversas autoridades.

A ‘THE FIFA WEEKLY’ revista semanal da FIFA destaca Manaus, uma das 12 sedes da Copa do Mun-do de Futebol FIFA Brasil 2014™, como matéria de capa. Sob o titulo “The Magical Manaus” – A Magia de Manaus – a matéria, de 11 páginas, escrita pelo jornalista suíço Thomas Renggli, fala das diversas características e fatos de uma cidade situada no meio da fl oresta e que está muito além do que muitos esperavam. “Fomos bombardeados com notícias ruins e sem nexo de parte da mídia, mais provamos que

nada disso é verdade”, afi rmou o prefeito Arthur Neto, apontando que a publicação só re-força a potência internacional em que Manaus pode se transformada nos próximos anos.

A FIFA FAN FEST™ em Manaus registrou público de 47 mil pessoas, seu segundo maior público desde o início da Copa. Segundo a Manaus-Cult o número só não superou o do dia da abertura do mundial, quando 48 mil pessoas compareceram.

O prefeito Arthur Virgílio Neto, par-ticipou na quarta (25), do lançamento do projeto “Promo-ção de Saúde pelos Agentes Multiplica-dores Yanomami”. A proposta é uma parceria da Asso-ciação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami

(Secoya) com a embaixada da Suíça. O evento contou com a presença do em-baixador da Suíça no Brasil, André Regli e o coordenador geral da Secoya, Silvio Cavuscens. “Durante a Copa do Mundo as pessoas fi cam muito envolvidas com a festa do futebol, mais também pensamos em fazer algo que trouxesse ganho social para as pessoas menos favorecidas que vivem nas cidades onde a seleção da Suíça esteve jogando. Colaboramos em Brasília, Salvador e agora em Manaus”, afi rmou o embaixador da Suíça no Brasil.

GOVERNADOR DO AMAZONAS, José Melo recebeu na sexta (20), na sede do Governo, a visita da embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde, que demostrou interesse na Zona Franca de Manaus e afi rmou que empresários norte-americanos avaliam as perspectivas do modelo. Melo disse acreditar na prorrogação dos incentivos da ZFM por mais 50 anos, fortalecendo o PIM como uma opção segura de investimentos

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

ALEX PAZZUELO/AGECOM

Representantes das categorias dos Pe-ritos Oficiais e das Cooperativas do Ama-zonas, Jefferson Men-des, André Segundo, presidente da APOE-AM e Madson Nasci-mento estiveram com a deputada estadual Conceição Sampaio nos dias 24 e 26, na sede do Poder Legis-lativo, quando a par-lamentar reiterou seu apoio à diretoria da Associação dos Peri-

tos Oficiais do Estado do Amazonas (APOEAM), e Petrúcio Pereira de Magalhães Junior, dirigente da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas OCB/AM.

Rita Lins, movimentou sua resi-dência com um animado happy hour junino em comemoração ao seu aniversário ocorrido na quarta (18). Recebe os cumprimentos da coluna

PAULO LIMA

PREFEITO DE MANAUS, Arthur Virgílio Neto recebeu na sexta (20) a visita de cortêsia da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. Durante o encontro, a representante americana comentou sobre as parcerias de seu país com o Brasil e disse que veio a Manaus para estreitar ainda mais essas relações, conhecer o prefeito, além de prestigiar o jogo de seu país. A convite do prefeito, a embaixadora aceitou prestigiar ao lado da família a FIFA Fan Fest™

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Senador Fernando Collor reencon-trou o príncipe Harry. Conheceu, ele e o irmão Willian, ainda crianças, quando era Presidente da República e foi recebido no Palácio de Ken-sington pelo pais deles, príncipe Charles e princesa Diana

Fernando Collor e Caroline, com o presidente da CBF, José Maria Marin e Neuza, no Mané Garrincha em Brasília

A ex-primeira-dama Nejmi Aziz continua prestigiadíssi-ma em todas as suas ações sociais. São milhares, seus seguidores nas redes sociais

DIVULGAÇÃO

Governador José Melo vibrando com os gols do Brasil, na FIFA Fan Fest™, no Complexo Turístico da Ponta Negra

Prefeito Arthur Virgílio Neto recebendo em seu camarote na FIFA Fan Fest™ a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

ALEX PAZZUELO/AGECOM

TÁCIO MELO/SEMCOM

Embaixador hondurenho, Jaime Güell Bográn, veio a Manaus para assistir o jogo da seleção de seu país e esteve com o prefeito Arthur Virgílio Neto, retribuindo a visita do alcaide a dois meses na embai-xada em Brasília

MARINHO RAMOS/SEMCOM

Na semana passada ouvi com atenção o discurso da senadora Vanessa Grazziotin, não só enaltecendo a Arena da Amazônia, como também a organização da Copa do Mundo. Fez referência ao espetáculo maravilhoso que o mundo todo está assistindo, mostrando a beleza e a grandeza de tudo mais que o nos-so país pode realizar. No meio do discurso a senadora foi aparteada pelo colega Cristovam Buarque.

Que decepção...

O senador Cristovam usou a tribuna para fazer exatamente o inverso do que, brilhantemente, salientava a sua colega. Sem dúvida alguma o seu xará Cristovam Colombo deve ter se revirado no caixão, todos nós sabermos a luta do senador Cristovam Buarque a favor da educação neste país, que sempre aplaudir, e me espantei com suas palavras. Pena que ele não saiba que a Copa do Mundo um dos maiores acontecimentos intelectualizados do esporte. Pelo jeito Cristovam não teve infância.

... Cristovam

ALTEMAR ALCÂNTARA/SEMCOM

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ALEX PAZZUELO/AGECOM

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B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Programação de TV

5h – Jornal do SBT6h – Igreja Universal7h – Notícias da Manhã8h – Bom dia & Cia.

SBT

GLOBO4h25 – Telecurso Educação Básica – PROFTTS4h40 – Telecurso Profi ssionalizante: Telecurso Tec – Administração4h55 – Telecurso Ensino Médio – Português5h10 – Telecurso Ensino Fundamen-

6h30 – Record Kids – Local7h40 – Fala Brasil9h – Hoje em Dia11h – Apuração do Festival de Parintins – Ao Vivo13h30 – Programa da Tarde16h20 – Cidade Alerta18h55 – A Crítica na TV – Local Ao Vivo19h40 – Jornal da Record20h30 – Programa: Arena Show de Bola – Local Ao Vivo21h30 – Novela: Vitória – Cap. 02122h30 – Repórter Record Investigação23h30 – Roberto Justus +0h30 – Série: Heróis Contra o Fogo (1ª Temporada)1h15 – Programação IURD

RECORD

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Tendência a arrancar pela raiz as coisas que lhe incomodam, expulsando-as de sua vida. Em alguns casos pode ser perfeito fazer isso, em outros o alívio pode ser muito pequeno.

TOURO - 20/4 a 20/5 Sua mente capta percepções e sentimentos que não podem ser bem expressos, mas que precisam ser colocados - mesmo que rom-pendo as barreiras da convenção social.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Apartar-se do meio social e das pessoas queridas não resolve nada. Mesmo que sinta seus valores incompreendidos, não adianta negar-se a estar próximo às pessoas.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 O trabalho se impõe sobre sua liberdade pes-soal. O atrito decorrente leva você a querer se livrar do trabalho. Transforme construtivamen-te, mais do que jogue fora o trabalho.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Ideias utópicas levam você a se desviar do melhor caminho, podendo caminhar para be-cos sem saída. Outras vezes, você se sente oprimido e imagina acabar com tudo.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Há coisas que lhe incomodam profundamen-te, nas relações pessoais, e você precisa fazer algo com elas. Não vá jogar tudo fora, mas também não deixe tudo mal-arranjado.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Você se sente desafi ado pela força dos outros, e tende a reagir com rebeldia e anseio por ruptura. Forte indisposição com as pessoas que representem alguma autoridade.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Será necessário um grande esforço para con-ciliar a prática com os conceitos de vida. Os afazeres imediatos afastam você da melhor organização nos afazeres de rotina.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Os sentimentos amorosos tendem a trans-bordar por sobre as convenções das relações estabelecidas. Você não pode se sentir preso, ou precisará quebrar com muitas coisas.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Aprenda a partilhar o comando, no ambiente familiar e no casamento. Aceite que os outros também têm suas vontades, e que estas precisam ter seu espaço junto a você.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Esteja preparado para possíveis de-sencontros e trombadas em sua rotina, com imprevistos e situações inconve-nientes. Cuidado com palavras críticas e destrutivas.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Você não aceita os vínculos da relação amorosa, mas ao mesmo tempo deseja intensifi cá-las. Os ânimos estão exaltados no amor e na expressão dos sentimentos.

Cruzadinhas

Christina Rocha em mais uma edição do “Casos de Família” (SBT)

DIVULGAÇÃO BAND5h – Café com Jornal SP6h30 – Nosso Tempo7h – Café com Jornal8h – Dia Dia8h30 – Notícias de Agora8h40 – Exija Seus Direitos8h50 – Câmera 139h05 – Na Mira da Notícia9h10 – Cidade Urgente9h20 – Ação na TV9h30 – Jogo Aberto10h45 – Band na Copa11h30 – Copa do Mundo da Fifa 2014 – Ao Vivo12h – França x Nigéria – Oitavas de fi nal14h – Band na Copa15h30 – Copa do Mundo da Fifa 2014 – Ao Vivo16h – Alemanha x Argélia – Oita-vas de fi nal18h – Band na Copa18h20 – Jornal da Band19h25 – Band Cidade19h40 – Show da Fé20h10 – Band na Copa22h – CQC – Custe o Que Custar0h – Jornal da Noite0h50 – Que Fim Levou? – Boletim0h55 – Diário da Copa1h30 – Copa do Mundo da Fifa 2014 – Compacto2h – Igreja Universal

tal – Português5h30 – Globo Rural6h – Bom Dia Amazônia6h30 – Bom Dia Brasil7h30 – Mais Você9h – Bem-Estar9h35 – Encontro Com Fátima Bernardes10h20 – Amazonas TV10h50 – Globo Esporte11h15 – Jornal Hoje12h – Futebol 2014: Copa do Mundo - França x Nigéria14h – Vale a Pena Ver de Novo: Caras & Bocas16h – Futebol 2014: Copa do Mundo18h – Novela I: Meu Pedacinho de Chão18h30 – Jornal do Amazonas18h46 – Novela II: Geração Brasil19h30 – Jornal Nacional20h20 – Novela III: Em Família21h35 – Tela Quente. Filme: 72 Horas0h – Jornal da Globo0h40 – Under The Dome – Prisão Invisível: Capítulo Especial – Piloto e Fogo2h – Sessão Brasil. Filme: Caramuru – A Invenção do Brasil3h33 – Série Americana4h18 – Festival de Desenhos

10h – Waisser 10h50 – Programa Agora 12h25 – Programa Livre 13h15 – Casos de Família14h15 – Café com Aroma de Mulher 15h – Meu Pecado 16h – A Feia Mais Bela 17h30 – Chaves18h20 – Jornal EM TEMPO18h45 – SBT Brasil 19h30 – Chiquititas20h15 – Rebelde21h – Seriado22h – Programa do Ratinho23h – Máquina da Fama0h – The Noite com Danilo Gentili1h – Jornal do SBT1h45 – Okay Pessoal2h45 – Segurança Agora3h15 – Programa Big Bang4h – Igreja Universal

Cinema

Amazônia: BRA. Livre. Amazônia é uma aventura em 3D no interior da maior fl oresta tropical do planeta: a Floresta Amazônica. Castanha é um macaco-prego domesticado que sobrevive a um acidente de avião e se vê sozinho na mata fechada. O macaquinho precisa aprender a viver em liberdade, num novo mundo onde há animais de todos os tipos: onças, jacarés, cobras, antas, gaviões. Aos poucos, Castanha aprende a viver na fl oresta, fazendo novos amigos, em especial a macaquinha Gaia, sua companheira de espécie. Cinemark 4 – 13h (3D/exceto sábado), 17h20 (3D/diariamente), 15h10 (exceto sábado), 19h30 (exceto segunda-feira); Cinépolis Millennium 3 – 13h, 15h (3D/diariamente); Cinépolis Plaza 2 – 13h (3D/exceto sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira); Cinépolis Ponta Negra 6 – 14h45, 16h45, 19h (diariamente); Kinoplex 5 – 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30 (diariamente); Playarte 1 – 12h30, 18h50, 20h40 (3D/exceto sábado), 16h30, 18h30 (3D/somente sábado), 22h30 (3D/somente sexta-feira).

Violetta – O Show: ARG. Livre. O fi lme acompanha a turnê mundial liderada pela protagonista da série ‘Violetta’ e todo seu elenco, com cenas dos bastidores e entrevistas exclusivas. O início dos shows foi em Buenos Aires, seguindo para outros países da América Latina e Europa, contado com 200 apresentações no total. O registro do dia a dia das viagens faz um registro dos cenários, fi gurinos e coreografi a, reunindo todos as emoções ao vivo de uma turnê. Cinemark 3 – 11h10 (dub/somente domingo).

Transformers - A Era da Extinção: EUA. 12 anos. Alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, os gigantescos robôs alienígenas desapareceram. Eles são atualmente caçados pelos humanos, que não desejam passar por apuros novamente. Quando Cade encontra um caminhão abandonado, ele jamais poderia imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o líder dos Autobots. Muito menos que, ao ajudar a trazê-lo de volta à vida, Cade e sua fi lha Tessa entrariam na mira das autoridades americanas. Cinemark 4 – 21h40 (3D/dub/somente quarta-feira), Cinemark 6 – 22h15 (dub/somente quarta-feira); Cinépolis Millennium 1 – 18h, 21h20 (3D/leg/somente terça-feira), Cinépolis Millennium 3 – 19h, 22h20 (3D/dub/somente quarta-feira); Cinépolis Plaza 2 – 17h30, 21h (3D/dub/somente quarta-feira); Cinépolis Ponta Negra 1 – 21h10 (3D/leg/somente quarta-feira), Cinépolis Ponta Negra 4 – 18h, 21h30 (3D/leg/somente quarta-feira), Cinépolis Ponta Negra 5 – 18h45, 22h15 (3D/leg/somente quarta-feira).

PRÉ-ESTREIAS

CONTINUAÇÕESUm Plano Brilhante: EUA. 12 anos. Cinépolis Millennium 7 – 14h, 16h15, 18h50, 21h

(leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 16h10, 22h10 (leg/diariamente).Transcendence: EUA. 12 anos. Cinépolis Millennium 2 – 12h50, 18h30 (leg/diariamente);

Cinépolis Ponta Negra 2 – 19h10 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 22h30 (leg/diariamente); Playarte 8 – 13h40, 16h05, 18h30, 20h55 (dub/exceto sábado), 17h15, 19h40, 22h10 (dub/somente sábado), 23h20 (dub/somente sexta-feira).

Décimo Terceiro Distrito: EUA. 14 anos. Cinemark 5 – 19h, 21h30 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sábado); Cinépolis Ponta Negar 9 – 22h10 (leg/diariamente).

Vizinhos: EUA. 14 anos. Cinemark 2 – 18h40 (dub/diariamente), Cinemark 7 – 21h45 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 19h15 9dub/diariamente), 21h45 (leg/dia-riamente).

Como Treinar o Seu Dragão 2: EUA. Livre. Cinemark 1 – 12h20 (dub/exceto quinta-feira, sexta-feira e sábado), 15h (dub/exceto sábado), 17h40, 20h20 (dub/diariamente), 23h (dub/somente sábado), Cinemark 3 – 13h10 (dub/exceto sábado), 15h40 (dub/diariamente), Cinemark 7 – 11h40 (3D/dub/exceto quinta-feira, sexta-feira e sábado), 14h10 (3D/dub/exceto sábado), 16h45, 19h20 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Millennium 1 – 13h, 15h30 (3D/dub/exceto sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira), 18h, 20h30 (3D/dub/exceto sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira e quarta-feira); Cinépolis Millennium 3 – 17h15 (3D/dub/diariamente), 19h45 (3D/dub/exceto sexta-feira, sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira); Cinépolis Millennium 8 – 13h45, 16h30, 18h, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 13h15, 15h45, 18h10, 20h45 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 15h (3D/dub/exceto sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira), Cinépolis Plaza 4 – 14h, 17h, 19h30, 22h (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 15h10, 18h10 (3D/dub/diariamente), 21h10 (3D/dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Ponta Negra 2 – 13h10 (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h45, 16h15 (3D/dub/diariamente), 18h45, 21h15 (3D/dub/exceto quarta-feira), Cinépolis Ponta Negra 8 – 14h, 16h30 (dub/diariamente), Cinépolis

Ponta Negra 9 – 14h30, 17h, 19h30 (dub/diariamente); Kinoplex 3 – 14h, 16h20, 18h40, 21h (3D/dub/diariamente), 14h, 16h20, 18h30 (3D/dub/somente quarta-feira); Playarte 1 – 14h30, 16h40 (3D/dub/exceto sábado), 20h30, 22h40 (3D/dub/somente sábado), Playarte 3 – 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (dub/exceto sábado), 16h40, 18h50, 21h (dub/somente sábado), 22h40 (dub/somente sexta-feira); Playarte 7 – 13h30, 15h40, 17h50, 20h (dub/exceto sábado), 17h, 19h10, 21h25 (dub/somente sábado), 22h10 (dub/somente sexta-feira).

BBC Earth? Pequenos Gigantes: EUA. Livre. Cinemark 2 – 11h25 (dub/exceto quinta-feira, sexta-feira e sábado), 12h45 (dub/exceto sábado), 17h10 (dub/diariamente).

A Culpa é das Estrelas: EUA. 12 anos. Cinemark 6 – 12h30 (dub/somente segunda-feira), 13h20 (dub/somente quinta-feira, sexta-feira e quarta-feira), 16h10, 19h10 (dub/exceto segunda-feira), 22h15 (dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Millennium 4 – 14h15, 17h, 20h (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 5 – 13h15, 16h, 19h15, 22h (leg/diariamente); Cinépolis Plaza 3 – 13h10, 16h30, 19h15 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 8 – 14h30, 17h30, 20h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 14h10, 17h10, 20h10 (leg/dia-riamente); Cinépolis Ponta Negra 7 – 15h, 22h (dub/diariamente), 18h15 (leg/diariamente); Kinoplex 1 – 21h35 (diariamente), Kinoplex 2 – 13h10, 15h50, 18h30 (dub/diariametne), 21h10 (leg/somente sábado); Playarte 6 – 13h15, 15h50, 18h25, 21h (dub/exceto sábado), 16h55, 19h30, 22h05 (dub/somente sábado), 23h30 (dub/somente sexta-feira).

Malévola: EUA. 10 anos. Cinemark 8 – 11h20 (dub/exceto quinta-feira, sexta-feira e sábado), 13h40 (dub/exceto sábado), 16h, 18h30, 21h (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 22h20 (3D/leg/exceto sexta-feira, sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira); Cinépolis Plaza 3 – 17h30, 20h (3D/dub/exceto sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira); Cinépolis Ponta Negra 4 – 18h (3D/leg/exceto quarta-feira), 13h, 15h30 (3D/dub/exceto sexta-feira, sábado, domingo e segunda-feira); Kinoplex 4 – 14h10, 16h35, 18h50, 21h20 (dub/diaria-mente); Playarte 5 – 13h20, 15h20, 17h20, 19h20, 21h20 (dub/exceto sábado).

Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou: BRA. 14 anos. Cinemark 3 – 18h10, 20h40 (diariamente), 23h15 (somente sábado); Cinépolis Plaza 7 – 17h15 (dia-riamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 21h (diariamente); Playarte 2 – 12h45, 15h, 17h15 (exceto sábado), 17h, 19h10 (somente sábado).

No Limite do Amanhã: EUA. 12 anos. Playarte 2 – 19h25, 21h25 (leg/exceto sábado), 21h20 (leg/somente sábado), 23h25 (leg/somente sexta-feira), Playarte 4 – 13h50, 16h10, 18h30, 20h50 (dub/exceto sábado), 17h10, 19h30, 21g50 (dub/somente sábado), 23h05 (dub/somente sexta-feira).

X-Men – Dias de um Futuro Esquecido: EUA. 12 anos. Cinemark 4 – 22h (dub/exceto segunda-feira e quarta-feira); Cinépolis Millennium 2 – 15h45, 21h15 (leg/diariamente); Cinépolis Millennium 6 – 14h30, 17h30, 20h15 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 6 – 15h, 18h, 21h10 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 14h15, 19h45 (dub/diariamente); Cinépolis Pinta Negra 4 – 20h30 (3D/leg/exceto quarta-feira); Kinoplex 1 – 13h50 (dub/diariamente); Playarte 9 – 12h50, 15h20, 17h50, 20h20 (dub/exceto sábado), 16h45, 19h15, 21h45 (dub/somente sábado), 22h50 (dub/somente sexta-feira); Playarte 10 – 13h30, 16h, 18h30, 21h10 (leg/exceto sábado), 17h, 19h30, 22h (leg/somente sábado), 23h40 (leg/somente sexta-feira).

Os Muppets 2 – Procurados e Amados: EUA. Livre. Continuação de Os Muppets. Trará uma nova aventura de Caco, Miss Piggy, Gonzo, Animal e companhia. Gary e Mary não estarão presentes na nova história, que envolverá um pouco de mistério, brincando com fi lmes do gênero policial. Inspirado em “A Grande Farra dos Muppets”. James Bobin volta a cadeira de diretor e Nicholas Stoller assume o posto de roteirista. Cinemark 5 – 11h (dub/exceto quin-ta-feira, sexta-feira e sábado), 13h50 (dub/exceto sábado), 16h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h15, 17h15, 20h (dub/diariamente); Kinoplex 1 – 16h30, 19h (dub/diariamente).

ESTREIASDIVULGAÇÃO

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 (92) 3090-1045

Pais podemensinar valordo dinheiro

DIVULGAÇÃO

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Estabilidade da economiaalonga prazo de aplicaçõesInfl ação alta levava investidor a buscar proteção no curto prazo; ‘overnight’, com rendimento diário, era rotina há 20 anos

A estabilização da eco-nomia trazida pelo Plano Real provocou transformações na

forma de investir. O controle da infl ação permitiu que o ho-rizonte de investimento fi cas-se mais longo, as aplicações pagassem juros “menores” e o investidor tivesse mais op-ções para diversifi car, além de acesso a crédito.

E justamente a infl ação é apontada como a principal responsável pelas mudanças. Antes, o investidor buscava ba-sicamente proteger seu poder de compra, diante de uma infl a-ção que chegou a acumular, em junho de 1994, alta de 4.922% em 12 meses.

“Quem recebia o salário pro-curava colocar o dinheiro na poupança ou então consumir o quanto antes. Por isso se viam fi las enormes no supermerca-do. Caso contrário, o dinheiro derreteria na sua mão”, diz Jurandir Macedo, professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e consultor de fi nanças pessoais do Itaú.

Outra estratégia comum à época era guardar dólares em uma tentativa de manter o poder de compra.

“O dólar era e ainda é con-siderado um investimento se-guro, pois o risco de calote da principal economia do mundo [os EUA] é baixo”, afi rma Simão Silber, professor da FEA-USP.

‘Overnight’Para minimizar as perdas

provocadas pelo aumento de preços, os investidores deixa-vam o dinheiro em aplicações com correção diária, remune-radas pela taxa de juros ‘over-night’ – mesas de gerentes de banco tinham até listas com a

DANIELLE BRANTANDERSON FIGODE SÃO PAULO

conta e o valor a ser aplicado, de tão comum.

Investimentos atrelados às ORTN (Obrigações Re-ajustáveis do Tesouro Na-cional), que deram lugar às OTN (Obrigações do Tesouro Nacional) e aos BTN (Bônus do Tesouro Nacional), que tentavam corrigir a infl ação, também eram comuns. Além de investimentos, os índices indexavam contratos.

A estabilização econômica ampliou o horizonte de tempo para os investidores. “Antes do real sempre se privilegiou o curtíssimo prazo”, diz Silvio Paixão, professor de econo-mia da Fipecafi , fundação de pesquisa.

Com infl ação menor, o mer-cado passou a desenhar produ-tos com prazo mais estendido e remuneração mais condizente à nova realidade, principalmen-

te após a ofensiva do governo contra os spreads bancários, que forçou redução dos juros após sucessivos cortes da taxa básica da economia (Selic).

Juros mais baixosJuros nominais – sem des-

contar a infl ação – altíssimos deram lugar a uma remune-ração de dois dígitos, lembra Michael Viriato, professor do Insper, instituto de ensino. Isso

fez com que as pessoas tives-sem que procurar alternativas mais rentáveis, afi rma.

“O desenvolvimento do mercado fi nanceiro propor-cionou a entrada de uma sé-rie de recursos que naquela época não existiam. Houve uma educação fi nanceira da população de uma forma ge-neralizada”, diz.

Outro mercado que se de-senvolveu foi o de crédito, que

fi cou mais acessível e com linhas mais longas. Em um cenário de infl ação elevada não é possível trabalhar com taxas prefi xadas, como ocorre hoje. No mês seguinte os juros já estarão desatualizados e o credor pode ter perdas em relação à infl ação.

Uma coisa não mudou: hoje, como antes, a caderneta de poupança é a aplicação pre-ferida dos brasileiros.

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

*Analista responsável pelo setor

Descubra como é possívelganhar com queda na BolsaNem sempre quando a mídia anúncia que a Bolsa fecha em baixa signifi ca que todos perdem dinheiro. Alguns ganham

Quando o dia termi-na e os noticiários divulgam o resumo dos indicadores do

mercado, e citam que a Bolsa caiu x pontos percentuais, dão impressão de que o universo dos investidores em ações per-deu dinheiro naquele dia. Po-rém, certamente não foi o que ocorreu com todos eles.

No mercado de ações é pos-sível ganhar dinheiro mesmo na contramão do mercado. Veja como isto acontece.

1 - Imagine um investidor que acredita que as ações da companhia “XYZ”, que valem R$ 16, irão perder valor. Porém, este investidor não possui as ações desta companhia.

2. Para viabilizar seu negócio ele aluga de outro investidor (doador) – sempre sob a tutela dos órgãos reguladores e de custódia – 100 ações da com-panhia “XYZ”, ao custo de 1% ao ano e presta as respectivas garantias.

3. O investidor, já com a posse das ações, as vende no mercado à vista por R$ 1,6 mil (100 x R$ 16).

Depois da venda duas situa-ções podem confi rmar-se com o tempo: resultado positivo para o investidor se as ações da companhia “XYZ” caírem a R$ 12, o investidor vai recomprá-las por R$ 1,2 mil (100 x R$ 12) e embolsar a diferença (R$ 400 – custos); resultado negati-vo se as ações valorizarem-se, contrariando a expectativa do investidor, ele amargará pre-juízo, pois terá que recomprar mais caro do que vendeu para devolver ao doador.

DÊNNIS A. LOBO*

Cetip: revisão de estimativas

Atualizamos nossa esti-mativa para Cetip agregando ao modelo de avaliação os resultados do primeiro tri-mestre de 2014 e os dados operacionais mais recentes, referentes ao mês de maio, quando foi apresentado um desempenho misto. A unidade de TVM (Títulos e Valores Mo-biliários) mostrou dados mais fracos, com várias linhas de negócios desacelerando em relação ao mês anterior.

Na unidade de fi nanciamen-tos, apesar dos números mais fracos na linha de inclusão de gravames de fi nanciamentos de veículos, vimos mais um mês expressivo no segmento denominado Sircof “Light”.

As ações da Cetip registram desempenho muito favorável desde que fi zemos a recomen-dação de compra, em agosto de 2013 e, somente em 2014, até o dia de hoje, acumula valorização de 35%.

A conjugação da boa per-formance acumulada da ação com um quadro provavelmen-te mais ameno de resultados operacionais nos próximos meses nos leva a alterar a re-comendação de compra para manter para CTIP3.

Todos os fatores considera-

dos entendemos que o preço da ação encontre-se ajustado ao potencial de valorização es-timado, mesmo considerando a nossa elevação do preço-alvo de R$ 31,90 para R$ 33/ação para dez/2014.

A tabela ao lado apresenta as principais alterações nas estimativas dos resultados da empresa nos próximos exercícios. FONTE: BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

ALOISIO VILLETH LEMOS*

Com a revisão atual alteramos a recomendação de compra da Cetip para manter para CTIP3

Palestras para o mês de julho10/07 - Dê os primeiros passos para investir em ações

17/07 - Esteja preparado para todos os momentos do mercado

24/07 - Finanças Pessoais: aprenda a poupar e garanta seu futuro

29/07 - Investindo em Renda Fixa

No dia da palestra traga um amigo!

Palestrantes: Equipe D&L InvestimentosLocal: Rua Rio Jutaí, nº. 885, sala 4, Centro Comercial F. Monteiro, bairro Vieiralves – próximo ao bar TouchdownMais informações e inscrições: por meio dos núme-ros de telefones 4004-8282 e (92) 3321-3378 ou pelo e-mail: [email protected]ários das palestras: 19h

Limite de Vagas!

facebook.com/dlinvestimento

No mercado de ações é possível ganhar dinheiro mesmo na contramão do mercado. Saiba como isto acontece em três etapas

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*Dênnis A. Lobo é co-fundador e sócio do D&L Investimentos, es-critório Ágora-Brades-co em Manaus

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Empresas aguardam 2015ruim até com outro governoPara 51,4% dos pequenos e médios empresários, Dilma ou a oposição não conseguirão melhorar a economia atual

Mais da metade dos pequenos e médios empre-sários brasileiros

diz acreditar que a situa-ção econômica permanecerá ruim em 2015 independen-temente de quem ganhe a eleição presidencial.

É o que mostra uma pesqui-sa feita pelo Insper com 1.326 entrevistados em todo o país, que incluiu uma pergunta da Folha sobre expectativas para o próximo ano.

Para 51,4% dos empresá-rios ouvidos, nem a presi-dente Dilma Rousseff nem a oposição seriam capazes de reverter o quadro de ativida-de fraca em 2015.

Outros 32,9% dos entre-vistados dizem acreditar que um governo de oposição seria capaz de melhorar a situação econômica. Só 10,3% acham que Dilma tem maiores chan-ces de conseguir isso.

Para especialistas, as res-postas indicam grande insa-tisfação com as políticas ado-tadas pelo atual governo.

“Mais de 80% dos entre-vistados não veem chance de melhora da economia em

2015 com o mesmo governo”, afi rma José Luiz Rossi Junior, pesquisador do Insper.

Para Rafael Cortez, ana-lista político da consultoria Tendências, os resultados da pesquisa refl etem uma per-cepção de que será difícil reverter o processo de dete-rioração da economia.

“Acho que existe uma per-cepção entre os empresários de que a nova matriz eco-nômica deixa uma herança maldita”, afi rma Cortez.

O termo nova matriz eco-nômica foi usado pelo minis-tro Guido Mantega (Fazenda) para se referir à fl exibilização do tripé da política econômica que inclui regime de metas de infl ação, câmbio fl utuante e controle de gastos.

O governo atual afrouxou a política fi scal e aceitou uma taxa de infl ação perto do teto da meta do Banco Central.

CríticasEssas políticas têm sido

criticadas por empresários e investidores que atribuem a isso o resultado fraco da economia. As pesquisas de confi ança dos setores indus-trial e de serviços e de con-sumidores feitas pela FGV (Fundação Getulio Vargas)

indicam desalento crescente em relação ao futuro.

“Até o início do ano, havia um movimento de declínio suave das expectativas. Em abril e maio, essa tendência se aprofundou e se tornou mais difusa”, diz o economista Silvio Sales, da FGV.

O levantamento do Insper, realizado trimestralmente com apoio do Santander, aponta deterioração das ex-pectativas em relação à eco-nomia. Entre abril e junho, o Índice de Confi ança do Em-presário de Pequenos e Mé-dios Negócios (IC-PMN) em relação ao trimestre seguinte recuou pela quinta vez segui-da, atingindo 63,3 pontos.

Para Sales, o fato de mais da metade dos empresários estar pessimista em relação às chances de retomada em 2015 se deve à percepção de que o próximo governo terá de fazer ajustes que, em um primeiro momento, tendem a levar a uma desaceleração.

Ele diz acreditar que a trajetória de declínio da con-fiança pode ser atenuada se a Copa transcorrer bem e o humor de empresários e consumidores melhorar. Mas a chance de aumento é pequena.

ÉRICA FRAGADE SÃO PAULO

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Bolsa ‘forte’ com infl açãoEstabilização atraiu estrangeiros, que estimularam mercado nacional. Programa home broker popularizou aplicaçãono mercado de renda variável e mudou perfi l de investidor de Bolsa. Veja como está a Bolsa com infl ação controlada

A estabilização da economia brasileira após a adoção do Plano Real, em 1994,

foi um grande passo para que a renda variável finalmente começasse a se desenvolver no Brasil.

O processo deixou os inves-tidores internacionais mais seguros para trazer recursos para o país, estimulando a Bolsa nacional.

“Os estrangeiros, especial-mente os americanos, já ti-nham uma cultura de Bolsa muito mais desenvolvida que a nossa. A estabilização eco-nômica abriu uma chance para que eles entrassem num mercado com grande potencial de crescimento”, diz Simão Silber, professor de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universi-dade de São Paulo.

O desenvolvimento se deu aos poucos. No ano de 1991, o volume fi nanceiro movi-mentado na BM&FBovespa foi US$ 8,53 bilhões, segun-do dados da Bolsa. Já em 1994 a cifra saltou para ad-miráveis US$ 88,21 bilhões – cerca de 10% do valor total registrado no ano passado.

O Ibovespa, principal ín-dice da Bolsa de Valores brasileira, teve valorização de 221,11% nos 20 anos de Plano Real, segundo estudo da consultoria Economática – descontada a inflação ofi-cial no período.

Entretanto o grande salto da renda variável no Brasil aconteceu após 1999, com o advento do home broker – plataforma de negociação eletrônica, que aproximou o pequeno investidor do mer-cado de ações.

“Antes disso, a pessoa fí-sica dependia do telefone para dar ordens de compra e venda e se informar sobre os preços das ações, o que tornava o processo caro”, diz Jurandir Macedo, con-sultor de finanças pessoais do Itaú. Outras alternativas para se informar eram jornal ou rádio.

O home broker também acabou aos poucos com o pregão viva-voz, em que ope-radores gritavam as ordens durante a sessão, a qual ocor-ria presencialmente na sede da Bolsa, em São Paulo.

A negociação on-line ex-tinguiu ainda a ação física – o investidor recebia apenas um pedaço de papel que representava cada ação que ele comprava.

PopularidadeMesmo com a facilidade

de acesso, a Bolsa de Valo-res ainda não é tão popular entre os pequenos investi-dores brasileiros. “No Brasil, existe uma aversão natural a ações. No resto do mundo, as pessoas destinam uma parte do orçamento a esse tipo de aplicação, que captura o crescimento econômico do país”, afirma Silvio Paixão, professor da Fipecafi.

Em maio deste ano, de acordo com informações da BM&FBovespa, as pessoas fí-sicas representavam 15,2% do total de investidores no mercado de ações brasileiro. Os estrangeiros tinham uma fatia de 50,7%.

ANDERSON FIGODANIELLE BRANTDE SÃO PAULO

Atividade frenética de operadores da Bolsa de Valores de São Paulo durante pregão viva-voz em 2003, que acabou e deu lugar a transações eletrônicas

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Renda fi xa se diversifi cacom criação do Plano Real Controle da infl ação permitiu, de forma inédita, aplicações em fundos e títulos com rendimento prefi xado e de prazos maiores

Se hoje o investidor possui diversas op-ções de investimen-to para minimizar seu

risco, como títulos do Tesouro Direto e as Letras de Crédito Imobiliário, antes do Plano Real o cenário era bem mais limitado para a renda fi xa.

“Quando você não sabe qual a infl ação do período, como vai calcular o retorno de investimento?”, indaga Jorge Simino, diretor de in-vestimento e patrimônio da Fundação Cesp. “Hoje o custo desse produto é ‘x’, amanhã pode ser ‘2x’. Se não consegue calcular o custo, não há como saber qual o juro”.

Somente após o controle da infl ação, o segmento de fundos pode se consolidar. Em 1994, havia somente fundos de ações e de renda fi xa. Hoje, há sete categorias, de acordo com a atual classifi cação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O CDB (Certifi cado de De-pósito Bancário) é outra apli-cação lastreada em juros que se popularizou após a estabi-

lização promovida pelo Real. Antes, as opções de vencimen-to eram restritas, limitando-se basicamente a um ano. Agora é possível aplicar em um certifi cado com prazo de cinco anos, por exemplo.

A estabilização trouxe ainda possibilidade de haver juros prefi xados, que quase não existiam no país.

Mais recentemente, foram se popularizando aplicações como LCI (Letras de Crédito Imobiliário), isentas de IR e ligadas ao setor imobiliário.

E na última década, com o desenvolvimento do mer-cado de capitais, ganharam espaço as debêntures, títu-los emitidos por empresas. A remuneração geralmente se constitui de taxa de juros mais um índice infl acionário.

Mas foi a criação do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, que permitiu a compra direta de papéis da dívida do governo pelo público. Antes, eles eram acessíveis apenas a fundos.

O objetivo inicial era popu-larizar esse produto fi nancei-ro entre as pessoas físicas – o que ainda não acon-teceu totalmente. Segundo

os dados mais recentes do Tesouro, havia 402 mil in-vestidores cadastrados em maio – ante 568 mil regis-tradas na BM&FBovespa no mesmo mês.

Poupança mudaNem a criação de alternati-

vas de investimento com pra-zos, juros e riscos diferentes foi sufi ciente para fazer com que o brasileiro abrisse mão da poupança, mesmo em um cenário em que a aplicação perdia para a infl ação – como ocorreu em alguns meses an-tes e depois do Real.

“A caderneta de poupan-ça dava a ilusão de ganho, mas perdia para a inflação. Rendia 20%, 30% ao mês, mas enfrentava uma infla-ção que chegou a superar 40% ao mês”, afirma Ju-randir Macedo, professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e con-sultor de finanças pessoais do Itaú.

Antes do Real, investido-res enfrentaram mudanças de índices de correção da poupança nos planos econô-micos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). Essas alterações,

alegam ações que correm na Justiça hoje, teriam provoca-do perdas aos poupadores.

Em 1991, o cálculo do ren-dimento da poupança mudou, com o estabelecimento da TR (Taxa Referencial) como balizador. Antes, a correção da poupança era feita por títulos como ORTN (Obriga-ções Reajustáveis do Tesouro Nacional), OTN (Obrigações do Tesouro Nacional) e BTN (Bônus do Tesouro Nacional), que eram atualizados por ín-dice de infl ação.

O cálculo da TR incluía a fi gura de um redutor, que foi alterado com o tempo. Em 2000, foram defi nidos novos

parâmetros para a fórmula.

Poupança ‘nova’Com a recente queda da

taxa básica de juros (Selic) – atualmente, em 11% ao ano –, os investidores tiveram que se acostumar com juros me-nores na poupança. Em 2012, governo mudou a regra de re-muneração da caderneta, que passou a render mais do que os fundos de investimento.

Se os juros do BC fi cam abaixo de 8,5%, os novos de-pósitos são remunerados por 70% da taxa Selic mais a TR. Para os depósitos antigos, vi-gora a remuneração anterior, de 0,50% ao mês mais a TR.

A mudança não diminuiu o apetite pela poupança, cujos depósitos vêm batendo segui-damente os saques. A facili-dade na aplicação, a isenção de Imposto de Renda e o rendimento previsível são os atrativos do investimento.

Em maio, o saldo acumulado na aplicação era de R$ 620 bilhões. “As pessoas acham que a caderneta de poupança é o investimento mais segu-ro. Mas ela não preserva o patrimônio nem garante ren-tabilidade”, diz Silvio Paixão, professor de economia da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atu-ariais e Financeiras).

ANDERSON FIGODANIELLE BRANTDE SÃO PAULO

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Saiba como conversar com seus filhos sobre dinheiro

Marcia DessenFinanças Pessoais

De acordo com Joline Godfrey, autora de livros sobre educação fi nanceira para crianças e fa-mílias, não existe um segredo ou fórmula mágica para con-versarmos com nossos fi lhos, de qualquer idade, sobre dinheiro. Mas existem alguns princípios que podem ajudar os pais a conduzir essa conversa de for-ma efi ciente, visando orientá-los, principalmente os quase adultos, a lidar bem com o dinheiro.

Ter domínio em fi nanças pessoais, mesmo que em nível básico, pressupõe três etapas distintas:

1) entendimento do contexto: quem somos e quais são nossos valores em relação a riqueza;

2) desenvolver competência: habilidades específi cas para ad-ministrar dinheiro e patrimônio;

3) prática: a intenção de se aprimorar ao longo do tempo.

Mesmo que o objetivo não seja conhecer profundamente o tema, saiba que uma única conversa não será sufi ciente para introduzir o assun- to. As reco-mendações que seguem podem ser úteis para dar início a uma rica, desafi adora e gratifi cante experiência.

Não fale de riquezaFale sobre valores, propósito,

visão de família e objetivos. Sem-pre, mesmo quando eles viram os olhos e parecem ignorar você. Continue falando. Comece com os valores, e não com o dinheiro. Algumas famílias perdem o foco quando adotam a abordagem de

falar sobre o dinheiro em si, dei-xando de abordar o propósito do dinheiro, os valores que direcio-nam o dinheiro, o entendimento de que o dinheiro é um meio para realizar sonhos e objetivos, e não um fi m em si mesmo.

Seja transparenteSe você acredita que seus

fi lhos já estão alinhados com os valores e propósitos da família, introduza a realidade de forma prática: qual é o custo do atual estilo de vida deles? Não se trata de saber o valor do patrimônio da família ou quanto eles irão herdar. O que se pretende sa-ber é quanto custa viver a vida

que eles levam; que mudanças eles gostariam de fazer e como fariam essas mudanças.

Pais que provêm mesadas invi-síveis (pagar a fatura do cartão de crédito, subsidiar aluguel, arcar com despesas de viagens etc.) omitem informações necessárias para o aprendizado mais comple-xo que virá mais adiante. Revelar o custo das coisas que hoje são responsabilidades paternas não signifi ca julgar ou punir, mas sim permitir que os fi lhos tomem conhecimento da realidade.

Um exemplo de como isso pode ser feito, na prática, é delegar ao fi lho adolescente a responsabili-dade de agendar o pagamento

eletrônico de despesas e atua-lizar mensalmente a planilha de controle do orçamento familiar.

PraticarProporcione oportunidades

para que eles possam exercitar opinião, independência e desen-voltura. Revele as mesadas ocul-tas e inicie um projeto para que eles possam gerenciar sua inde-pendência. Forneça dados: quanto custa manter o carro; viver nesse apartamento; refeições fora de casa; fazer compras na loja XYZ etc. Agora entregue o dinheiro que vem sendo dado nos bastidores e deixe que eles gerenciem.

Eles terão a oportunidade

de reavaliar prioridades e pra-ticar a gestão fi nanceira de pequenos projetos antes de que tenham acesso a montantes maiores de dinheiro e decisões mais complexas.

ResponsabilidadesSeu fi lho está lidando bem com

as fi nanças pessoais? Convide-o a co-investir em um fundo, um projeto, qualquer coisa que possa ser entendido e usado para ensinar como avaliar a re-lação entre custo e benefício, demonstrativos fi nanceiros, ren-tabilidade, tarifas e impostos. Dessa forma ele terá a chance de aprender como as coisas fun-

cionam. Como quando aprendeu a andar de bicicleta, com o apoio dos pais e das rodinhas laterais que o ajudaram a manter o equilíbrio, quando pôde então, abrir mão de todo esse suporte e pedalar sozinho.

EmpreendedorismoNem todos os jovens terão

seu próprio negócio. Entretan-to, competências empresariais são, indiscutivelmente, uma vantagem competitiva do sé-culo 21. Mesmo que seu fi lho esteja planejando uma carreira no mundo das artes, em espor-tes ou ciências, será imperativo compreender como traçar seus objetivos de carreira e projetos de vida.

Entender e desenvolver um pla-no de negócios é fundamental para um jovem com recursos fi -nanceiros disponíveis para inves-tir na abertura de negócio ou se associar a negócio já existente.

Ouça os jovensEles conseguiram a fl uência

fi nanceira que você esperava? É hora de permitir que ajudem a defi nir nova visão. Revise as políticas de governança da família e assegure que há espaço para ouvir as vozes da nova geração. O curioso sobre todo esse processo é que a conversa não terá sido sobre dinheiro ou riqueza. Em vez disso, terão conversado sobre a vida, sobre propósitos, sonhos, esperanças, laços de família, coisas que importam, com real signifi cado em nossas vidas.

Carteira de participante sobe 154,2% com ações

Laercio Marinzek obteve va-lorização de 154,2% em sua carteira de ações e manteve, pela sexta semana seguida, a liderança do ranking 2014 do Folhainvest, simulador da Bolsa de Valores feito pela Folha em parceria coma BM&FBovespa.

A segunda colocação perten-ce a Elson Costa, com ganho de 107,1%. Em terceiro está Mauri Alves da Silva Junior, com 87,4%, seguido por Roger Thia-go Alves Rodrigues, com 79%. A relação dos cinco primeiros lugares se encerra com Leandro Monte Negro Pinto, com 69,9% de valorização.

Rodrigues mantém a lide-rança do ranking universitário. Michelle Szuecs lidera o ranking feminino, com 55,3%.

Por regiões, Mauri Alves da Sil-

va Junior é o primeiro colocado no Norte. No Nordeste aparece Rogerio Maia, com 40,7%. Líder geral, Marinzek é da região Su-deste. No Sul, Angelo Siewerdt está no topo, com 68,0%. E Leandro Monte Negro Pinto é o primeiro no Centro-Oeste.

Os interessados em partici-par podem se inscrever gratui-tamente no site do simulador (www.folhainvest.com.br).

O ranking para a premiação do ano começa a ser computado no momento da inscrição.

A premiação em 2014 con-templa cursos sobre investi-mentos, acesso a banco de dados de cotações e iPads, mas pode haver substituição desses itens por outros produ-tos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar

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CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para coluna [email protected]

Rodrigo Oliveira,chef de cozinha

Indicadores Econômicos

Invisto principal-mente no meu pró-prio negócio. Todo nosso recurso é reinvestido nos res-taurantes, incluindo a compra de pon-tos comerciais

‘Come-cotas’ tira rentabilidade de fundos de investimentoPara quem investe em fun-

dos de renda fi xa e DI, os meses de maio e novembro não costumam ser os mais animados do ano. Apesar da proximidade das férias e, especialmente em 2014, do início das festividades para a Copa, os meses são marcados pelo “come-cotas”.

O “come-cotas” é uma co-brança antecipada do Impos-to de Renda sobre os rendi-mentos de investimentos de fundos muito disseminados, como renda fi xa e DI. O des-conto é semestral e ocorre no último dia dos meses de maio e novembro.

Dados os diferentes níveis de cobrança utilizados pelo governo para cada período de aplicação, o “come-cotas”

funciona como um controle mínimo sobre a alíquota a ser paga por ganhos. O per-centual cobrado é o mínimo para cada prazo: 15% para fundos de longo prazo (com vencimento superior a 365 dias) e 20% para os de curto prazo (com vencimento infe-rior a 365 dias).

Alguns investidores tentam escapar da cobrança resga-tando os rendimentos antes da chegada de maio e no-vembro. Mas o governo efetua a cobrança do IR devido no momento da retirada, sempre considerando o prazo como determinante da alíquota des-contada.

Vale destacar que a alíquota é regressiva, sendo de 22,5% para aplicações de até 180

dias, 20% para aquelas en-tre 181 e 360 dias, 17,5% para investimentos de 361 a 720 dias e 15% para períodos maiores que 720 dias.

Nos casos em que o resgate ocorre após o pagamento do “come-cotas”, será cobrada a diferença entre o imposto devido determinado pelos parâmetros acima e o per-centual pago ao fi nal de maio ou novembro.

As exceções ao “come-co-tas” são os fundos defi nidos como de ações, sobre os quais não há essa cobrança.

Para analisar os efeitos fi s-cais do imposto “come-cotas”, foi feita simulação conside-rando um valor investido de R$ 100 mil e rentabilidade de 10% ao ano tanto em um

fundo como no CDB.Em cinco anos, o montante

do CDB fi ca 1,16% acima dos fundos. Para dez anos, essa diferença sobe para 4,44% e chega a 30,71% em 30 anos (veja quadro).

Como o desconto do imposto antecipado reduz o montante total do investimento, os rendi-mentos ocorrem para um valor menor no fundo do que no CDB, que não tem “come-co-tas”. Desta maneira, verifi ca-se que a incidência de impostos em diferentes momentos pro-voca efeitos perversos para as aplicações em fundos.

SAMY DANA é professor de economia da FGV. Twit-ter: @samydana. Facebook: facebook.com/carodinheiro

Como escolho o prazo de papéis do Tesouro?

RESPOSTA DO ESPECIA-LISTA EM FINANÇAS PES-SOAIS MAURO CALIL - Na pergunta completa, você diz que tem aplicado mensalmen-te em papéis com vencimento para 2035 e questiona se há diferença caso optar por papéis com prazo menor e depois rein-vestir em títulos para alcançar esse vencimento, para comple-mentar a aposentadoria.

Neste momento o Tesouro Nacional oferta para negocia-ção a NTN-B principal para ven-cimento em agosto de 2024. Nesse prazo, você terá retorno de 6,12% mais IPCA, contra 6,16% mais IPCA da NTN-B principal com vencimento em maio de 2035. Portanto, o título de sua escolha até então rende 0,04 ponto percentual a mais.

A renda fi xa, apesar do nome, sofre o fenômeno de “marcação a mercado” ou seja, devido à alta ou à baixa nas taxas de juros no Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia, onde são negociados os títulos do governo federal como as NTN-B –, os títulos poderão apresentar rentabilidade negativa, espe-cialmente aqueles recém-com-prados e em espaços curtos de

tempo a partir de sua compra. A rentabilidade contratada é mantida se o prazo fi nal de resgate for respeitado.

Portanto, fazendo as contas para 11 anos de investimen-to, a diferença de 0,04 ponto percentual irá representar uma diferença de R$ 44,09 para cada R$ 10 mil investidos. Isso mesmo, menos de R$ 50,00 em 11 anos de investimento. Sendo que tal diferença será negativa, ou seja, você perderia esse pequeno valor.

As perdas podem não se resumir a isso. Existirá tam-bém o custo da mudança que pode, ainda, elevar-se por você ter que pagar novas taxas na nova aplicação. Sendo assim, a mudança pretendida pode ser justifi cada somente pelo fato de você querer, ou precisar ter, liquidez em um espaço menor de tempo.

Como dica fi nal, fi que de olho na taxa do CDI (certifi cado de depósito interbancário) e o te-nha como parâmetro a ser su-perado, ou seja, sua meta deve ser mais de 100% do CDI. Tal meta é importante pois dará a certeza de que está caminhan-do a passos mais largos que os da média de juros.

L. E. M., DE SÃO PAULO (SP)

Eu invisto em...

Samy Dana

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