EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

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PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.554 – SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 8177-2096 ‘VIVER MELHOR’ SOB AMEAÇA DE INVASORES MORADORES DO CONJUNTO VIVER MELHOR 4, NA ZONA NORTE, DENUNCIAM O RISCO IMINENTE DE INVASÃO DOS APARTAMENTOS POR PAR- TE DOS OCUPANTES DE UM TERRENO VIZINHO. ELES RELATAM QUE TÊM RECEBIDO ATÉ AMEAÇAS DOS INVASORES. ÚLTIMA HORA A2 Tributo ao ídolo de várias gerações Antenas do Chapolin, gorros do Chaves e bonecos dos personagens criados pelo mexicano Roberto Goméz Bolaños marcaram a despedida do ator, ro- teirista e produtor de TV, ontem, no estádio Azteca, na Cidade do México. O SBT/TV EM TEMPO fez a transmissão ao vivo do funeral. Plateia B5 Caixão com corpo do ator Roberto Bolaños chegou ao estádio Azteca, no México, cercado de fãs de Chaves e Chapolin Pódio D3 Combates eletrizantes na ‘selva’ Dessa vez, a Arena da Amazô- nia deu sorte para o time ca- rioca, que aplicou uma goleada de 4 a 0 sobre o ameaçado Vitória. Pódio D5 Arena assiste à goleada do Flamengo TRISTEZA ALVINEGRA O Fogo apagou. O domingo foi triste para a torcida alvinegra depois que o Botafogo perdeu para o Santos, por 2 a 0, e teve seu rebaixamento para a Série B confirmado. Pódio D7 Jefferson: “O Botafogo não merecia passar por isso” DIEGO JANATÃ DIVULGAÇÃO EM DEFESA DA FAUNA Um protesto contra o susposto envenenamento de pelo menos 200 periquitos em frente ao con- domínio Ephigênio Salles, na Zona Centro-Sul, reuniu 300 pessoas, no sábado. Dia a dia A7 Manifestantes levaram cartazes pedindo justiça e pediram a retirada das telas de proteção das palmeiras O papa Francisco (foto) e o patriarca Bartolomeu 1º, líder da Igreja Ortodoxa, declararam a intenção de caminhar rumo à reunificação das duas instituições, separadas desde 1054. Mundo B3 Papa defende reunificação com ortodoxos POLÊMICA PELÉ APRESENTA MELHORA E HEMODIÁLISE É SUSPENSA O hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que Pelé teve o tratamento temporário de suporte renal (hemodiálise) suspenso até esta segunda, quando passará por nova avaliação médica. Pódio D2 Dia a dia A7 NOVA TECNOLOGIA PARA O TRANSPORTE COLETIVO FOTOS: DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIEGO JANATÃ DIEGO JANATÃ ‘HASTA SIEMPRE, CHAVO!’

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

PREÇO DESTA EDIÇÃO

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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 34 MÍN.: 24

TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.554 – SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

8177-2096

‘VIVER MELHOR’ SOB AMEAÇA DE INVASORES

MORADORES DO CONJUNTO VIVER MELHOR 4, NA ZONA NORTE, DENUNCIAM O RISCO IMINENTE DE INVASÃO DOS APARTAMENTOS POR PAR-TE DOS OCUPANTES DE UM TERRENO VIZINHO. ELES RELATAM QUE TÊM RECEBIDO ATÉ AMEAÇAS DOS INVASORES. ÚLTIMA HORA A2

Tributo ao ídolo de várias gerações Antenas do Chapolin, gorros do Chaves e bonecos

dos personagens criados pelo mexicano Roberto Goméz Bolaños marcaram a despedida do ator, ro-teirista e produtor de TV, ontem, no estádio Azteca, na Cidade do México. O SBT/TV EM TEMPO fez a transmissão ao vivo do funeral. Plateia B5

Caixão com corpo do ator Roberto Bolaños chegou ao estádio Azteca, no México, cercado de fãs de Chaves e Chapolin

Pódio D3

Combates eletrizantes na ‘selva’

Dessa vez, a Arena da Amazô-nia deu sorte para o time ca-rioca, que aplicou uma goleada de 4 a 0 sobre o ameaçado Vitória. Pódio D5

Arena assiste à goleada do Flamengo

TRISTEZA ALVINEGRAO Fogo apagou. O domingo foi triste para a torcida alvinegra

depois que o Botafogo perdeu para o Santos, por 2 a 0, e teve seu rebaixamento para a Série B confi rmado. Pódio D7

Jefferson: “O Botafogo não merecia passar por isso”

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EM DEFESA DA FAUNAUm protesto contra o susposto envenenamento de pelo menos 200 periquitos em frente ao con-

domínio Ephigênio Salles, na Zona Centro-Sul, reuniu 300 pessoas, no sábado. Dia a dia A7

Manifestantes levaram cartazes pedindo justiça e pediram a retirada das telas de proteção das palmeiras

O papa Francisco (foto) e o patriarca Bartolomeu 1º, líder da Igreja Ortodoxa, declararam a intenção de caminhar rumo à reunifi cação das duas instituições, separadas desde 1054. Mundo B3

Papa defende reunifi cação com ortodoxos

POLÊMICA

PELÉ APRESENTA MELHORA E HEMODIÁLISE É SUSPENSA

O hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que Pelé teve o tratamento temporário de suporte renal (hemodiálise) suspenso até esta segunda, quando passará por nova avaliação médica. Pódio D2

Dia a dia A7

NOVA TECNOLOGIA PARA O TRANSPORTE COLETIVO

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A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Concurso n. 658 (29/11/2014)

Extração nº 04923 (29/11/2014)

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 51.775 500.000,00

2º 42.765 35.200,00

3º 61.762 34.000,00

4º 86.357 33.080,00

5º 22.140 32.000,00

Concurso n. 1337 (28/11/2014)

04 17 20 21 29 48

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

15 22 33 38 43 49

Segundo sorteio

Concurso n. 1508 (29/11/2014)

LOTOMANIALOTOMANIA

01 05 23 28 39

41 47 58 63 66

69 72 74 80 87

88 89 93 95 99

Concurso n. 3652 (29/11/2014)

10 13 20 32 50

QUINAQUINA

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

TIMEMANIATIMEMANIA

19 20 25 40 58 64 65

Time do coração

AMÉRICA/RJ

LOTERIAS

Concurso nº 1657 29/11/2014)

MEGA-SENAMEGA-SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

07 10 14 37 45 54

01 02 03 05 06

07 10 11 13 15

16 18 20 21 22

Concurso n. 1138 (28/11/2014)

Tabaré Vázquez é o novo presidente do Uruguai

O candidato governista Tabaré Vázquez, 74, ven-ceu o segundo turno das eleições uruguaias por 53% contra 41% de seu oponente, Luis Lacalle Pou, segundo pesquisa de boca de urna. Vázquez, de centro-esquerda, anunciou ontem, ao votar no clube Arbolito, no bairro de La Teja, que lan-çará um pacote de medidas logo depois de assumir, em março do ano que vem.

O foco estará na am-pliação de planos sociais e medidas de segurança (o aumento da violência é apontado como principal problema do país, para os uruguaios). Ele, que foi pre-sidente entre 2005 e 2010, declarou que anunciará seu gabinete na próxima sema-na e que chamará pessoas ligadas à oposição para ocupar cargos, em gesto que chamou de “grande

encontro nacional”.Alguns nomes da primei-

ra administração de Váz-quez devem voltar à nova gestão. Além do atual vice-presidente, Danilo Astori, que ocupará o Ministério da Economia, outro ex-ocupante da mesma pas-ta, Álvaro García, deve ser indicado como secretário de Planejamento.

As ex-ministras da Saúde, María Julia Muñoz, e de Desenvolvimento Social, Marina Arismendi, seriam recolocadas em outros pos-tos. O atual presidente, José “Pepe” Mujica, que desta vez não foi votar a bordo de seu Fusca 1987, ocupará uma vaga no Senado.

Na última quinta-feira, pesquisa Factum divulgou que Mujica pode deixar o cargo com 65% de aprova-ção. Em 2010, Tabaré saiu do posto com 70%.

ELEIÇÕES

Vázquez já foi presidente do Uruguai entre 2005 e 2010

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AÇÃO

Casas da invasão irregular estão no limite do conjunto residencial construído pelo governo federal

Moradores do con-junto Viver Melhor 4, no bairro Colônia Campos Sales, Zona

Norte, denunciaram ameaças de invasões dos apartamentos por parte dos ocupantes de um terreno particular situado ao lado, perto do centro de treinamento do Departamento Estadual de Trânsito do Ama-zonas (Detran-AM).

Na última reunião de con-domínio de um dos blocos próximos ao terreno invadido, a pauta dos moradores era a preocupação com a invasão dos blocos e das ameaças aos mora-dores. “Eles passam pelas ruas a procura de pedaços de madeira, papelão, rasgam sacolas de lixo e deixam tudo bagunçado. Se al-guém reclamar, eles ameaçam a pessoa”, relatou a dona de casa Amanda Ribeiro, 27.

O frentista Pedro da Silva, 46, disse que depois da ocupação a insegurança tomou conta do lugar. Segundo ele, os mora-dores instalaram grades nas portas de entrada dos blocos e das janelas do segundo ao quarto andar, onde o Corpo de Bombeiros proibiu a instalação de grades. “Nossa preocupação dobrou porque eles não respei-tam os moradores”, disse.

Briga de casal gera tumulto em shopping

Uma briga de casal causou tumulto, ontem, na praça de alimentação no Manauara Shopping, na Zona Centro-Sul, por volta das 20h15. A polícia foi acionada por conta da suspeita de que um rapaz, que fl agrou sua namorada com outro homem, na Ca-chaçaria do Dedé, havia sacado arma e disparado um tiro no lugar.

Segundo a assessoria de imprensa da PM, po-liciais da Ronda Candido Mariano (Rocam) chega-ram ao local para conter um possível arrastão den-tro do centro de compras. A PM informou que não foi encontrada nenhuma arma com o homem que iniciou a confusão. Con-forme a PM, na hora do ocorrido, alguns objetos

caíram no chão e geram som semelhante ao de dis-paro de arma de fogo.

Por conta do tumulto, consumidores que esta-vam no centro de com-pras, - muitos deles atrás das superpromoções (Bla-ck Friday) -, foram retidos nas lojas por precaução.

Providências Por sua vez, o Manaua-

ra Shopping, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, reconheceu o fato. Se-gundo a administração, houve um desentendi-mento entre clientes da Cachaçaria do Dedé e as autoridades foram acio-nadas imediatamente. O shopping informou que logo depois as operações foram mantidas. (EQ)

NO MANAUARA

Clientes preferiram sair do shopping após correria

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Moradores do Viver Melhor 4, na Zona Norte, relatam que invasores de terreno vizinho tomado ilegalmente planejam ocupar os apartamentos vazios do local

Conjunto habitacional sob ameaça de invasão

Além da preocupação com a invasão dos apartamentos, os moradores denunciaram os furtos que começaram depois da ocupação irregu-lar do terreno vizinho.

Pedro disse que os mora-dores dos primeiros andares são as maiores vítimas de crianças e adolescentes que sobem do terreno invadido.

“Quando não alcançam com o braço, eles usam varas ou até pulam para dentro do apartamento que está com a janela aberta”, contou.

MuroCom a ausência da polícia

na região, a estudante Fa-biane Maciel, 28, disse que os moradores planejaram a

construção de um muro no fi nal do terreno do Viver Melhor 4, para evitar a pas-sagem dos invasores.

“Mas o pessoal da constru-tora disse que não poderia construir muro nenhum”, co-mentou. “Nós cansamos de chamar a polícia, mas os po-liciais só vieram duas vezes no máximo”, completou.

Aumenta o número de furtos

EMERSON QUARESMA Equipe EM TEMPO

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Page 3: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 A3Opinião

Está fora de cogitação que um surto localizado de chikungunya ou de ebola tenha dizimado 200 ou mais periquitos na recepção do conjunto residencial Ephigênio Salles, na avenida do mesmo nome, Centro-Sul de Manaus. Pode-se cogitar que tenha havido um suicídio em massa: não é difícil enlouque-cer na terra ou no céu de Manaus – sem terra, sem teto, sem tolerância com seu hábitos de animais silvestres (no interior do Estado eles são animais domésticos, apesar do Ibama e do Instituto Chico Mendes) os pequenos pássaros desistiram de pedir abrigo. Desistiram até de mudar-se para Iranduba, se é que não vieram de lá, onde as terras estão sendo devastadas.

São muitas as suposições sobre esse morticídio. Não falta quem culpe um eventual espírito maligno que habite aquele pedaço da cidade, que já isolou com redes as palmeiras-imperiais da sua vizinhança para despejar os periquitos, mas é viciado em ouvir buzina de automóvel, cheirar fumaça do escapamento do automóvel e ama espreguiçar-se nos engarrafamentos que são fartos ali, onde ele mora.

O mais provável é que os periquitos tenham sido mortos, porque “fazem algazarra” de 6h às 7h e das 18h às 19h, em que qualquer mortal prefere estar enterrado em um engarrafamento do que ouvir o grito de um periquito. Sim, tem gente que não gosta nem de ouvir falar em periquito. Deve ser por serem barulhentas que as crianças também estão sendo mortas. Na mesma semana em que morreram os periquitos, uma criança foi afogada por irritar com sua alegria um padrasto muito sensível. Não foi a primeira.

No entanto, a cidade de Manaus continua a disputar o pódio de a mais barulhenta do Brasil, possivelmente do mundo, e ninguém lembrou de “matar” Manaus ou fazê-la calar esse barulho. Tem alguma coisa errada na cidade. Não é chikungunya.

Contexto3090-1017/98115-1149 [email protected]

Para o ator Roberto Gómez Bolaños, cria-dor e intérprete dos personagens “Chaves” e “Chapolin”, que, com seu humor simples e inteligente, por muitos anos levou alegria aos lares da América Latina. Era querido por crianças de 7 a 70 anos.

Roberto Gómez Bolaños

APLAUSOS VAIAS

Rodovia fantasma

Todo mundo já havia de-nunciado o estado em que se encontra a BR-319.

Inclusive uma série de ma-térias especiais foram fei-tas por dois profi ssionais do EM TEMPO, em 2013, Mário Adolfo (textos) e o Ricardo Oliveira (fotos), que fi zeram o percurso da estrada de carro e publicaram um caderno sobre a “rodovia fantasma”.

Descobriu

O deputado Marcos Rotta (PMDB) é um dos que acaba de descobrir que a BR-319 virou rodovia fantasma.

Decidiu percorrer a BR-319 para conhecer os principais problemas da rodovia, de Ma-naus a Porto Velho.

— Vou percorrer os 800 quilômetros que ligam Ma-naus à cidade de Porto Ve-lho, no Estado de Rondônia, para que eu possa não ape-nas conhecer de perto os problemas enfrentados por essa rodovia federal, mas principalmente para ouvir aqueles que ali habitam — prometeu o deputado.

10 anos depois O Conselho Nacional de

Combate à Pirataria e Deli-tos Contra a Propriedade In-telectual (CNCP) comemora seus 10 anos de atuação na próxima quarta-feira (3) com um evento no auditório Tan-

credo Neves, do Ministério da Justiça, às 14h30.

Ministro

O encontro terá a parti-cipação do ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, e apresentará painéis sobre esforços realizados pelo po-der público e pelas entida-des civis organizadas durante uma década, além de expor os desafi os futuros e as ações de combate à pirataria que devem ser estimuladas.

Nasceu na CPI

O conselho foi criado no dia 14 de outubro de 2004, na estrutura do Ministério da Jus-tiça, resultante da instaura-ção da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pirataria (CPI da Pirataria), pelo Congresso Nacional.

Plano nacional

Em seu relatório fi nal, a CPI da Pirataria sugeriu a criação de um órgão público de inteligência para a arti-culação e a implantação de políticas públicas de comba-te à pirataria, e que fosse responsável pela formula-ção de um Plano Nacional de Combate à Pirataria.

Rebecca prefeita

A deputada Rebecca Garcia (PP) perguntou, sexta-feira, de uma repórter deste jornal, “quem foi que disse que ela é candidata à prefeita”.

Vamos avivar a memória. A matéria saiu na revista “Épo-ca” e dizia que “derrotados

na corrida pelo governo do Amazonas, o senador Edu-ardo Braga (PMDB) e a sua candidata à vice, deputada Rebecca Garcia (PP), não desfi zeram a parceria”.

Cargo federal

Continua a nota da “Épo-ca”:

“Braga disse para Rebecca que vai apoiá-la na campanha à Prefeitura de Manaus em 2016. Líder de Dilma Rousseff no Senado, Braga já trabalha para que a presidente nomeie Rebecca para um cargo no governo federal”.

Não inventamos

Como já dissemos em outas ocasiões, a CONTEXTO não inventa fatos.

Pode até comentar e cri-ticar. Mas inventar, não in-venta.

Te quero verde

Nesta quarta-feira, o gover-no anunciou uma redução de 18% nas taxas de desmata-mento na chamada Amazônia Legal entre agosto de 2013 e julho deste ano.

A Amazônia Legal é uma área que engloba nove Esta-dos brasileiros pertencentes à Bacia Amazônica.

Redução

O índice é o segundo menor desde 1988, quando começou a ser realizado o levanta-mento com dados do sistema Prodes (Projeto de Monitora-mento do Desmatamento na Amazônia Legal).

Para a falta de informação da polí-cia no caso da morte dos periquitos no condomínio Ephigênio Salles. Afi nal, os pássaros foram envenenados ou mortos por um choque de carreta contra uma das palmeiras. Quem fala a verdade?

Morte de periquitos

Depois de anos de isolamento, os políticos, fi nalmente, descobriram a BR-319, a única estrada que liga Manaus a Porto Velho, em Rondônia.

A estrada está abandonada há mais de uma década, mas parece que só agora descobriram que é preciso fazer alguma coisa.

Agora todo mundo quer asfaltar

DIVULGAÇÃO DIEGO JANATÃ

[email protected]

Depois do periquitos, as crianças

A função de síndico representa um grande desafi o para aquele que assume o cargo e uma enorme expectativa para os moradores do condomínio. Mas, a missão se torna ainda mais difícil quando se trata de um prédio que acaba de ser entregue. O momento da entrega do condomínio é marcado por altas expectativas, tanto pelo lado da construtora, que deseja ver o seu empreendimento dar certo, quanto para os moradores que, na maioria das vezes, estão ali realizando um sonho, após es-perar ansiosamente e por anos a construção do mesmo.

Em um condomínio novo, o síndico precisa gerir de forma a atender os anseios de sua comunidade e, ao mesmo tempo, tentar manter um bom relacio-namento com a construtora, bem como com a administradora es-colhida por ela para o início da vida condominial.

Vale ressaltar que o artigo 1.347 do Código Civil (CC) rege que, para assumir a função de síndico em um condomínio, a pessoa deverá ser eleita, não apenas indica-da. Por essa razão, nada impede que, no momento da entrega do condomínio, a construtora indi-que alguém para tal função, mas essa escolha deverá ser ratifi ca-da pelos condôminos presentes em assembleia. Esses poderão concordar com a escolha ou dis-cordar e eleger outro represente dentre os presentes. (art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se).

O mesmo vale para a nomeação da administradora, que é prerro-gativa do síndico e deverá ser aprovada em assembleia (artigo 1.348 do CC). Porém, quando se

trata de condomínio a ser entre-gue, o processo de escolha da administradora tem fi cado a cargo da construtora, caso contrário o prédio seria instalado sem uma administradora, o que tornaria inviável a gestão do patrimônio.

É importante lembrar que o contrato assinado pela constru-tora tem valor até a instalação do prédio. Da instalação para frente o condomínio passa a tomar as decisões gerenciais do prédio. A escolha da administra-dora deverá ser ratifi cada pelos presentes na própria assembleia de instalação e deverá ter con-trato com previsão de rescisão de 30 dias. O ideal é que após a assembleia seja fi rmada nova avença com a administradora em nome do condomínio.

Indicados pela construtora e ratifi cados pelos condôminos ou eleitos em assembleia, o funda-mental é que administradora e síndico defendam os interesses do condomínio. Se a opção for pelo formato sugerido pela cons-trutora, o corpo diretivo condomi-nial exercerá importante papel na fi scalização e sugestão de novo formato, quando necessário. A construtora não deve oferecer re-sistência para a troca do formato de gestão inicialmente imposto, se esta for a vontade da maioria dos condôminos.

Caso a opção seja por um síndico profi ssional, é salutar que esteja claro na convocação enviada a todos os condôminos sobre essa alternativa. Assim, os condôminos também poderão indicar profi ssio-nais para serem entrevistados e selecionados em assembleia. O contrato desse profi ssional pode-rá ser defi nido pela própria assem-bleia e a lei estabelece prazo de até dois anos para cumprimento do mandato.

Rodrigo [email protected]

Rodrigo Karpat

Rodrigo KarpatSócio do escritório Karpat Sociedade

de Advogados

A difícil tarefa do síndico

[email protected]

Regi

Vale ressaltar que o arti-go 1.347 do Código Civil (CC) rege que, para assumir a função de síndico em um condomí-nio, a pessoa deverá ser eleita, não apenas in-dicada. Por essa razão, nada impe-de que, no momento da entrega do condomínio, a constru-tora indique alguém para tal função”

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A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O PT decidiu sair das cordas no debate sobre a alteração da meta fi scal, cuja votação vem sendo adiada graças à atuação da oposição. Até aqui, a estratégia dos aliados de Dilma Rousseff foi apenas tentar acelerar a tramitação do projeto, sem discutir o mérito da medida. Agora, o governo está muni-ciando parlamentares petistas com números que mostram que, se a meta de superavit primário de R$ 80 bilhões tivesse sido cumprida, a queda do PIB teria sido de 1,5% em 2014.

Equação “Cumprir o supe-ravit teria equivalido a mergu-lhar o país na recessão, com desemprego e suas consequ-ências”, diz o senador Lindber-gh Farias (PT-RJ).

Classista Diante da escolha de Kátia Abreu, da CNA, para o Ministério da Agricultura e Ar-mando Monteiro, ex-CNI, para o Desenvolvimento, a CUT quer no-mear alguém dos seus quadros para o Ministério do Trabalho.

Piquete A central alega que o PDT, que comanda a pasta, perdeu inserção no movimento sindical. O nome defendido pelos cutistas é José Lopez Feijóo, assessor de Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência.

Indigesto Petistas reunidos em Fortaleza nos últimos dias não engoliram a indicação de Kátia. Em encontros reser-vados, lembravam posições controversas da senadora em temas como a demarcação de terras indígenas.

Front O nome de Aldo Rebelo (Esportes) passou a circular entre lulistas como aposta para o Ministério da Defesa. Ele

chegou a ser convidado para o posto em 2007, por ter sido presidente da Comissão de Defesa da Câmara.

Causa própria Em Barce-lona, Moreira Franco (Aviação Civil) garantiu que o programa de aviação regional sairá do papel em 2015: “Afi nal, é nas cidades desses aeroportos que o meu Botafogo, quase rebai-xado, deve jogar no ano que vem...”, brincou.

Como está... O PT do Se-nado deve reconduzir Hum-berto Costa (PE) à liderança da sigla. Com a chegada de oposicionistas de peso à casa, a avaliação é que será neces-sário um líder experiente.

... fi ca Os demais candida-tos ao posto, Gleisi Hoff mann, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, vêm de derrotas nas eleições para o governo de seus Estados.

Nem pensar O PSDB vai aguardar o lançamento ofi cial de Renan Calheiros à presidên-cia do Senado para defi nir sua estratégia. O partido só decidiu que não apoiará a recondução do peemedebista, nem que seja pre-

ciso lançar um candidato próprio só para marcar posição.

Chave... Peemedebistas pas-saram a dizer que a indicação de Henrique Alves (PMDB-RN) para o ministério de Dilma pode atrapalhar os planos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa pela presidência da Câmara.

... da porta Se Alves for nomeado em janeiro, o vice Arlindo Chinaglia (PT-SP) as-sume o comando da Casa. O petista, possível adversário de Cunha, controlaria o processo eleitoral e a máquina da Câ-mara até a escolha do novo presidente, em fevereiro.

A postos Aécio Neves (PSDB) desencoraja a diáspora do pri-meiro escalão do governo de Minas para gestões de tucanos e aliados. O ex-presidenciável quer a equipe mobilizada para fazer oposição ao petista Fer-nando Pimentel e ajudá-lo no contraponto a Dilma.

Freelance O mais provável é que Renata Vilhena (Planejamen-to), Ana Lúcia Gazzola (Educação) e outros secretários atuem como consultores, montando progra-mas para governos aliados.

Sem maquiagem

Contraponto

Em seu discurso no encontro do diretório nacional do PT em Fortaleza, na última sexta-feira, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, se dirigia para Dilma Rousseff ora usando “você”, ora chamando-a de “senhora”.Ao se dar conta das variações de tratamento, o petista interrompeu sua fala e tentou se explicar.– Chamo de “você” quando me refiro à companheira e digo “senhora” para me re-ferir à presidente.Bem-humorada, Dilma brincou, fora do microfone:– Não, não, não! Decida-se! – disse, provocando gargalhadas entre os petistas.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Explica, mas não complica

Tiroteio

DO LÍDER DO DEM, MENDONÇA FILHO (PE), sobre as críticas feitas pelos petistas à ‘instrumentalização’ da Polícia Federal na Operação Lava Jato.

O PT aplaude suspeitos e ataca o trabalho da polícia. O combate ‘sem tréguas’ de Dilma à corrupção se perdeu na campanha eleitoral.

“Os incompetentes não supor-tam o suspense”. Ao ouvir esta frase de John Dewey citada por um amigo, tive que pedir licença para usá-la neste artigo. Para mim, ela é a tradução perfeita do nosso próximo ano.

Terminamos 2014 com o gosto amargo de um resultado indese-jável para a maioria dos setores da economia. Em contato com executivos de inúmeros segmen-tos não vi qualquer um comemo-rar um bom resultado. Foi um ano de muito trabalho e resultado inversamente proporcional. Ao fi nal, o que nos restou de saldo é economia, política e moral abalados. Se formos bastante realistas, que acredito ser o que nos cabe, não podemos esperar um 2015 esplendoroso.

Certamente teremos mais um ano cheio de incertezas, como o mundo hoje é. Todos serão mais cautelosos e terão que diminuir o risco de seus investimentos, inclu-sive de comunicação. Enfrentare-mos um período de aprendizagem, pois o crescimento forjado traz como efeito colateral um período de ressaca, que exige tempo e medidas sérias para que tudo se acomode e todos consigam se adaptar para agir no novo cenário que se forma.

Num momento como este, há várias maneiras de reagirmos: fi carmos estagnados, esperando que algo nos salve, agir como vítima da situação e perder tempo se lamentando ou simplesmente manter o foco e agir, mesmo que de maneira mais cautelosa, afi -nal, nesses momentos aparecem grandes oportunidades.

Eu prefi ro focar as possibilida-des, mas com um viés dos olhos de um profi ssional de planeja-mento que considera que esse serve a criatividade: pare, ana-

lise a situação, preveja cenários, planeje, inspire-se, crie, tome as decisões necessárias, calcule os riscos e aja. Ficar parado levará a morte. Mesmo que seja para dar um passo para trás e depois seguir em frente. Em momentos de crise, sobrevive quem souber se adequar melhor, for mais fl exível, mais ágil e mais criativo.

Para o mercado de comunica-ção, especifi camente o de live marketing, os clientes terão que contar mais com a capacidade estratégica de suas agências. Só para ilustrar, cito alguns exem-plos: os consumidores estarão mais críticos e resistentes, por isso talvez aquele tradicional e único evento anual deva se tor-nar dois menores, promovendo maior recall da sua marca. Já a promoção, pode ser alinhada a uma campanha de incentivo em praças com maior potencial de crescimento, isso evitará disper-são de verba, dará maior sinergia entre as ações e trará otimização de investimentos, alavancando realmente os resultados deseja-dos. Ativação? Um dos caminhos é realizar ativação já criando oportunidades reais de venda do produto. Mas, para ter esta visão e a certeza da melhor estratégia, o melhor é clientes e agências trabalharem alinhados, afi nal as dores de um serão a do outro e o sucesso idem.

Mas, não podemos esquecer que em ambientes hostis, apenas os melhores se adaptam e isso signifi ca ser realmente compe-tente no que faz. Aí fi ca fácil colocar a análise e planejamento para sustentar a criatividade e vislumbrar novos caminhos.

Bem-vindos a 2015, um ano de suspense, no qual só os com-petentes sobreviverão e, se tudo der certo, crescerão.

Marta [email protected]

Marta Fujii

Marta Fujii Publicitária,

sócia da Fit Live Marketing

Eu prefi ro focar as possibilida-des, mas com um viés dos olhos de um profi ssional de planeja-mento que considera que esse serve à criatividade: pare, analise a situação, preveja cená-rios, planeje, inspire-se, crie, tome as decisões ne-cessárias, cal-cule os riscos e aja. Ficar parado levará a morte”

O ano da seleção natural

Olho da [email protected]

O que não se faz para conseguir audiência e atrair clientes... Para não obstruir a mobi-lidade urbana nas calçadas, que estão sendo devolvidas aos pedestres por uma inédita reintegração de posse, e para não fi car escondido dentro das lojas, o comércio está tentando a sorte no meio da rua. Anúncios como esse ainda vão dar muito o que falar

A possibilidade de condenados em prisão domiciliar viajarem livre ou regularmente – mesmo que com

autorização judicial – é incompatível com a fi nalida-de da pena. (...) Não parece aceitável que o conde-nado possa viajar regularmente para trabalhar em

empresa com sede em unidade da Federação diversa daquela em que se encontra em prisão domiciliar

Luís Roberto Barroso, ministro do STF, autorizou José Dirceu a viajar para Minas Gerais no Natal e no Ano-Novo para visitar a mãe, mas no mesmo despacho manteve a proibição de o condenado do mensalão deixar o domicílio

em Brasília para trabalhar em seu escritório em São Paulo.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Page 5: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 A5Política

ARUANÃ

Sem mandatos, parlamentares começam a ‘arrumar as malas’Parlamentares que perderam as eleições no último pleito, a partir de hoje, fazem contagem regressiva para deixar a pasta

As eleições de 2014 no Amazonas fizeram com que políticos for-tes - que estavam há

quase 20 anos no poder - re-tomassem suas antigas pro-fissões e focassem nos próxi-mos pleitos. Este é o caso de figuras como os irmãos Fausto e Carlos Souza (PSD), que es-tavam no poder há 18 anos e não conseguiram manter suas cadeiras na Assembleia Legis-lativa do Amazonas (Aleam) e na Câmara dos Deputados, respectivamente.

O ex-deputado federal Carlos Souza (PSD), que estava no po-der desde 2003, não conseguiu avançar para o seu quarto man-dato. Argumentando desilusão, em outrubro renunciou o cargo na Câmara Federal. “Vou tocar minha vida e continuar vivendo. Não vou dizer que dessa água não beberei, mas confesso que estou desencantado com a po-

lítica”, disse ao EM TEMPO. Já o irmão, deputado estadual Fausto Souza (PSD), também não conseguiu seguir para o seu terceiro mandato e deverá seguir o mesmo rumo atuando na área empresarial.

A candidata derrotada Re-becca Garcia (PP), que esta-va em seu segundo mandato como deputada federal, deixa a Câmara sem nenhum status parlamentar, visto que não ob-teve êxito em sua candidatu-ra como vice-governadora na chapa do também derrotado Eduardo Braga (PMDB). “Con-tinuo como empresária, mas acima de tudo, como política militante. Não precisa se ter mandato para fazer política. Volto também para fazer o trabalho na Organização Não Governamental (ONG) Maria Bonita, defendendo a questão de gênero no Amazonas. Meu partido, em nível nacional, tem alguns projetos, mas preciso avaliar. Não gostaria de ficar em Brasília no momento”.

Questionada se voltaria a morar nos Estados Unidos, Rebecca disse que quer es-tudar mais o Amazonas, Ma-naus, seus gargalos e possíveis soluções. “Hoje, tenho muita responsabilidade com o nosso Estado. Morar fora só se fosse para me aperfeiçoar em algo que pudesse ajudar o nosso povo”. Ao falar sobre a possí-vel disputa para a Prefeitura de Manaus em 2016, Rebecca disse que está preparada para concorrer ao cargo. “A cada dia me vejo mais preparada para enfrentar esse desafio, con-tudo, penso que é muito cedo para definirmos qualquer tipo de candidatura. Esses nomes precisam ser selecionados pela própria população”.

O deputado estadual Marce-lo Ramos (PSB), que ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo do Amazonas, tam-bém está sem mandato para os próximos anos. “O político não tem de fazer o que é mais fácil para ele. Ele tem de fazer

o que o momento histórico exige dele”, afirmou Ramos, que iniciou sua atuação mili-tante ainda como estudante secundarista. O parlamentar é advogado trabalhista e preten-de continuar atuando na área

de direito. “O político deveria ficar, de vez em quando, sem mandato para viver sem esses encantos do parlamento que é a vida pública. Estou certo de que fiz o que deveria ser feito e que tenho um longo caminho para trilhar na política”.

Já o deputado Chico Preto (PMN), assim como Ramos, também esteve no ranking da disputa pelo governo nas elei-ções 2014 e sai da atuação polí-tica sem mandato. Empresário e formado em direito, ele vai seguir nesse seguimento, mas se prepara para concorrer ao pleito de 2016.

“Em política, não se está acabado por enfrentar a der-rota. Está acabado quando se desiste. Independentemente da eleição tenho a convicção de continuar contribuindo com o Estado e com Manaus. Estou estruturando caminhos para uma comunicação constante e ostensiva com os cidadãos”.

O deputado Tony Medeiros (PSL), que já foi secretário municipal de Cultura, também ficará sem mandato em 2015 e disse que é importante a renovação no processo de-mocrático. “Eu sempre fui um militante da área cultural e sou artista de fato de direi-to. Sou professor concursado

da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Também sou Amo do Boi Garantido e pretendo continuar desenvol-vendo trabalhos lá”, disse.

“Eu não fiz da política a única coisa da minha vida e nem minha profissão. Eu acho que é uma contribuição que qualquer pessoa da socieda-de pode dar. Eu coloquei meu nome sob avaliação da popu-lação e fiquei como primeiro suplente”, concluiu.

Outro parlamentar consa-grado do meio, Eron Bezerra (PCdoB), eleito por cinco vezes consecutivas como deputado estadual (1991 a 2010), não conseguiu garantir vaga no pleito de 2014. Eron, que é engenheiro, declarou que é um homem político, independente-mente de mandato. “A votação não foi o que nós queríamos, mas isso não é uma questão de vida ou morte. Para mim, não existe batalha final. Temos que respeitar o direito que o povo tem de escolher”, amenizou.

PROJETOS Grande parte dos candidatos que não se reelegeram na última eleição deverão con-ciliar o trabalho em outra área com pro-jetos voltados para a área de política e assistência social

LUANA DÁVILAEquipe EM TEMPO ON LINE

Reforma política em discussão A coalização de entidades

formada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, pelo Fórum de Combate à Corrupção, pela Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, Movimentos dos Sem-Tetos, entre outras cem entidades da socieda-de civil de todo país, irão reunir na próxima quinta-feira 4, às 10h, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas - na rua Silva

Ramos, 15, Centro, para de-bater e organizar atividades de coleta de assinaturas em defesa do projeto de Re-forma Política de Iniciativa Popular, que altera o Código Eleitoral e estabelece novas regras para financiamento de campanha, eleição pro-porcional e representação política de gênero e raça, entre outros. A matéria re-cebeu assinatura de apoio de mais de 100 deputados, mas precisa de mobilização da sociedade para tramitar

no Congresso Nacional. Na última quarta-feira

(26), a OAB/AM criou uma Comissão de Mobilização da Reforma Política, com o pro-pósito de discutir com os di-versos setores da sociedade o projeto de lei 6316/2013 de reforma política, apre-sentado no ano passado à Câmara dos Deputados. A comissão é presidida pelo advogado Carlos Santiago e tem como membros Paulo Figueiredo, José Seráfico, e Júlio Antônio Lopes.

MUDANÇAS

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Page 6: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Dilma não recebeu 11 ministros durante 2014

A presidente Dilma não teve sequer um único des-pacho com 11 de seus 39 ministros, em 2014, e ou-tros seis ministros foram recebidos uma única vez, cada. Ministros de áreas fundamentais, como Pre-vidência e Trabalho, foram solenemente ignorados por Dilma, cuja agenda não es-conde o preferido: Aloizio Mercadante teve três reuni-ões à frente da Educação e outras 15 já como ministro-chefe da Casa Civil.

RecordistaHoje sob o aviso prévio,

o quase ex-ministro Gui-do Mantega (Fazenda) foi recebido 17 vezes, duran-te o ano, certamente para ouvir broncas.

Só uma vezTer apenas um encontro

com Dilma durante o ano contribuiu para a senadora Marta Suplicy (PT-SP) jo-gar a toalha no Ministério da Cultura.

Empreiteiro podeCom mais prestígio que

quase todos os ministros, Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira favorita do PT, foi recebido 2 vezes no Alvorada.

DescarteMarco Aurélio Top-Top

Garcia, aspone para assun-tos internacionais aleató-rios, deve ter papel hono-rário no círculo bolivariano do governo.

Alves, que manda no Dnocs, quer a Integração

O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (RN), articula com o vice Michel Temer e o líder do PMDB, Eduardo Cunha, para assumir o comando Minis-tério Integração. Alves, que

perdeu a disputa pelo go-verno potiguar, é “dono” de feudo no Departamento de Obras contra Seca (Dnocs), onde indicou os três últimos diretores. Um deles, Elias Fernandes, foi acusado de desvios de R$ 192 milhões, em 2012.

Recordar é viverQuando surgiram denún-

cias, Henrique Alves desafi ou Dilma a “contrariar o maior partido do Brasil”. Resultado: ela demitiu Elias.

2+2Geraldo Alckmin está

sendo pressionado a no-mear dois deputados no governo e abrir vaga aos suplentes Mendes Thame e Lobbe Neto.

Overdose de caféO Senado vai gastar R$

272,7 mil em café de primei-ra, até novembro de 2015. A preço de boteco, R$ 3 cada, dá para quase cem mil cafezinhos.

Ginástica suecaO rolo com o gasoduto

Urucum-Manaus, parceria da sueca Skanska com a empreiteira Camargo Cor-rêa, será um dos temas do depoimento na CPMI da Petrobras do ex-diretor Ildo Sauer. Assinado em 2006, custou € 170 milhões, equivalentes a R$ 545,7 milhões.

Empreiteiras generosasMais de 37% das doações

à campanha da ex-minis-tra Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do Paraná foi de empreiteiras, incluindo enroladas na Lava Jato, UTC e Queiroz Galvão: foram R$ 7,8 milhões, no total.

Galinha mortaCom o mercado nacio-

nal congelando, a empresa de congelados BRF Foods

(Sadia, Perdigão, Batavo e Quality), a sétima maior do mundo em valor de merca-do, vai criar 1,4 mil empre-gos nos Emirados Árabes.

Já fomos!No embalo da mudança

de cargos, quatro ministros saíram em viagens oficiais: Pesca, Desenvolvimento, Trabalho, e Ciência e Tec-nologia. Este vai à China para lançamento de satélite que costuma dar xabu.

Tomou DorilEm meio à reforma minis-

terial, sumiram os interlo-cutores do governo Dilma para articular votações no Congresso. Cotado para Co-municação, o ministro ar-ticulador Ricardo Berzoini não dá as caras.

Esplanada, nãoNome especulado para

ocupar o Ministério da In-tegração, o governador do Ceará, Cid Gomes, está mais empenhado em garantir bo-quinha, em dólar, no Banco Interamericano de Desen-volvimento em Nova York.

Gomes Inc.Se o plano plurianual da

família Gomes der certo, Cid vai para o BID e Lúcio assume o ministério da Integração ano que vem, enquanto Ivo e Ciro se acertam para le-var prefeituras de Sobral e Maracanaú em 2016.

ObstáculoSem mandato pela pri-

meira vez em vinte anos, o vice-governador do DF, Ta-deu Filippelli (PMDB), tenta um lugar ao sol no governo. O maior obstáculo é o go-vernador Agnelo Queiroz, de quem Dilma não gosta.

Pergunta com máscaraA Petrobras é uma empre-

sa de petróleo ou de limpeza de fossas?

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Nunca fi z nada de errado”

TESOUREIRO DO PT, João Vaccari, quase arrancando gargalhadas da plateia, em reunião no Ceará

PODER SEM PUDOR

Quem tem votosDinarte Mariz contou aos jornalistas

Carlos Castello Branco e Murilo Melo Filho, certa vez, que havia vetado a can-didatura de Aluízio Alves ao governo do Rio Grande do Norte, quando ouviu do marechal Castelo Branco, no Planalto, a advertência: “Lá no seu Estado, segundo estou informado, quem tem votos é o doutor Aluízio”.

Dinarte devolveu, impertinente:- Não seja por isto, presidente. Se fosse só por ter voto, quem devia estar sentado aí

era Juscelino (Kubitscheck), que tem muitos votos, e não o senhor, que não os tem.

Informação foi dada pelo vereador Francisco da Jornada, que pertence ao mesmo partido do ex-governador do Amazonas

Amazonino pode voltar ao cenário político em 2016

Uma das últimas aparições de Amazonino Mendes foi durante convenção do PMDB em julho

Um dos principais gu-rus e responsáveis pelo cenário político atual no Amazonas

pode retornar a carreira polí-tica em 2016. O ex-governa-dor do Estado e ex-prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, que encontrava-se no “anoni-mato”, pode estar planejando um retorno político para os próximos anos.

A informação foi dada pelo vereador Francisco da Jorna-da (PDT), que é autor de uma homenagem a Amazonino Mendes, na Câmara Munici-pal de Manaus (CMM).

Segundo ele, o ex-prefeito “respira” política e as possibi-lidades de um possível retor-no aos campos políticos nun-ca deixará de ser cogitada. “O Amazonino é uma personali-dade política de extrema im-portância para o Amazonas, trouxe diversos benefícios à população manauense, e isso não há como ser esqueci-do. Os feitos históricos são as principais características dessa grande fi gura política”,

disse o vereador.Ainda de acordo com o par-

lamentar municipal, em con-versas com o ex-prefeito, o mesmo afi rma um possível re-torno em 2016, porém nada é ofi cial, apenas uma vontade. Eleito prefeito de Manaus por três mandatos (1983-1986; 1993-1994; 2009-2012), go-

vernador do Amazonas por dois mandatos (1987-1990; 1995-1998) e senador do Amazonas por um mandato (1991-1992), o candidato parece ter se apo-sentado forçadamente.

Neste ano, Amazonino apa-receu poucas vezes e não por te sido lembrado pelos eleitores e sim por seus já conhecidos

parceiros. Sua última aparição ocorreu durante a campanha eleitoral deste ano, quando o candidato veio a público de-clarar apoio ao candidato a governador do Estado Eduardo Braga (PMDB), como mais uma forma de tentar retornar ao po-der com a velha política, usada por ele há tantos anos.

Após declaração, feita em julho, o Negão, sumiu do ce-nário e não colaborou para a campanha do peemdebista.

Homenagem conturbada Em meio a um longo de-

bate, e após ter recebido um pedido de vistas feito pelo vereador Massami Miki (PSL), o projeto de decreto legislativo nº 009/2014, de autoria do vereador Francisco da Jornada (PDT), que concede o Diploma de Cidadão Benemérito ao ex-prefeito de Manaus, ex-gover-nador e ex-senador do Amazo-nas, Amazonino Mendes (PDT), foi aprovado e promulgado nesta terça-feira (11), no ple-nário da Câmara Municipal de Manaus. O projeto teve dois votos contrários, dados pelos vereadores Waldemir José e Professor Bibiano (PT).

ARTICULAÇÃO Ainda de acordo com o vereador Francisco da Jornada, em con-versas com o ex-pre-feito, o mesmo afi rma um possível retorno em 2016 no cenário político local como candidato a prefeito

Disputa para presidência acirrada

A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados vai se acirrar a partir desta semana, com o lançamen-to ofi cial amanhã da can-didatura do líder do PMDB na casa, deputado Eduardo Cunha (RJ). Embora ainda faltem dois meses para a eleição, prevista para 1º de fevereiro, a articulação en-tre os parlamentares segue intensa e até quatro nomes poderão concorrer.

Segundo o deputado Lu-cio Vieira Lima (PMDB-BA), próximo a Cunha, o líder peemedebista já promoveu oito jantares, que reuniram deputados de diferentes le-gendas, com o objetivo de angariar apoios em torno do seu nome e, até o fi nal do ano, serão mais oito.

O PT já anunciou que pre-tende ter candidato próprio, e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) conseguiu respal-

do de seu partido para tentar viabilizar a candidatura.

O líder do PDT, Félix Men-donça Júnior (BA), também articula com Pros e PCdoB a formação de um bloco para concorrer à vaga. As con-versas deverão ser intensi-fi cadas nesta semana para chegar a um consenso até o dia 10 de dezembro. Entre os nomes cogitados estão os de André Figueiredo (PDT-CE) e Mário Heringer (PDT-MG).

CÂMARA FEDERAL

Amanhã, o PMDB lança ofi cialmente seu candidato, mas outros partidos também se articulam

EM 2018

PSB considera apoiar Marina O governador eleito de

Pernambuco e um dos líderes emergentes do PSB, Paulo Câmara, 42 anos, afi rma que seu partido tem “muitas convergências” com Marina Silva e que é possível reeditar a aliança com a ex-senadora na eleição presidencial daqui a 4 anos. “Em 2018 é muito provável que nós estejamos juntos de alguma forma. Ou ela [Marina] nos apoiando, ou nós apoiando ela”, diz.

Paulo Câmara diz que o PSB tentará construir algu-ma candidatura presidencial para 2018 em contraposi-ção ao PT. Nesse projeto, Marina Silva é uma das possibilidades reais, mes-mo que ela saia da legenda para fundar ofi cialmente sua própria agremiação a Rede Sustentabilidade.

Assumiu o postoDepois da morte de

Eduardo Campos, em 13/8/2014, Marina assu-miu o posto de candidata à presidente pelo PSB neste ano. Uma parte da cúpula do partido não ficou satis-feita, como Carlos Siquei-ra, que deixou o comando da campanha. Siqueira é agora o presidente na-cional do PSB e na 5ª feira (27/11/2014) voltou a fazer declarações rudes a respeito de Marina.

DIEGO JANATÃ

FÁBIO RODRIGUES/ABR

KARINE PANTOJA Equipe DO AGORA

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Page 7: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Candidatos disputam 2,5 mil vagas no PSC da UfamConcurso seriado de acesso ao ensino superior ocorreu em todos os municípios amazonenses. Inscritos passaram dos 65 mil

Com 65.529 inscritos, a Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam) aplicou as

provas do Processo Seletivo Contínuo (PSC) na capital e no interior do Estado, entre 8h e 12h de ontem. Alunos das três séries do ensino médio fize-ram as provas, cujo objetivo é preencher 2.585 vagas, das quais 1.910 vagas são desti-nadas para Manaus, e as ou-tras 675 serão para os campi em Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parin-tins. O número de candidatos ausentes, segundo a assesso-ria de imprensa da Ufam, só será divulgado hoje.

De acordo com a universi-dade, o certame aconteceu de forma simultânea nos 62 municípios do Estado, em 92 escolas da capital e 108 do interior. Os gabaritos foram liberados às 17h de ontem, junto com os formulários de recursos, como informou a presidente da Comissão Permanente de Concur-sos (Comvest), professora Ana Galotta.

“Os aprovados poderão es-colher entre 115 cursos ofe-

recidos pela Ufam, incluindo a nova graduação letras libras. A manhã foi tranquila, sem imprevistos”, acrescentou. Por volta de 8,5 mil pessoas trabalharam durante a apli-cação dos exames.

A professora aproveitou para reforçar que o edital para o Processo Seletivo Ex-traMacro da Ufam, que coloca 1.420 vagas ociosas à dis-posição da população, será lançado ainda esta semana, e as provas devem acontecer em fevereiro de 2015.

‘Mais ou menos’Na escola estadual Fueth

Paulo Mourão, localizada no bairro São Jorge, Zona Oeste, 320 dos 360 alunos de 1º ano inscritos prestaram o exame, gerando uma abstenção de 12%, conforme a coordena-ção da Comissão Permanente de Concursos (Comvest) pre-sente na escola.

A prova para o 1º ano tinha 54 questões. Para os estudantes do Colégio Ama-zonense Dom Pedro 2º, Luiz Henrique Silva, 17, e Eliana Lima, 15, que prestavam exames desse tipo pela pri-meira vez, o certame estava complicado. “Achei difíceis as questões de matemáti-

ca. Estudei um pouco, mas a maioria do que estudei não constou”, lamentou Luiz Henrique, que quer cursar engenharia. Para Eliana, que pretende cursar medicina, a prova de química também não estava nada fácil. “Es-tudei, mas achei complicado. É a primeira vez que faço prova assim, mas estou me preparando para as próxi-mas”, disse.

O estudante David Cam-pos, 16, do Cemetro, afirmou que achou a prova “mais ou menos” difícil. “Algumas estavam bem fáceis, outras arrancaram meu couro”, riu, informando que quer estu-dar design gráfico. O mesmo achou Felipe Santos, 16, que estuda no Colégio da Polícia Militar, e pretende cursar Engenharia da Computação. “Uma parte estava bem di-fícil, e a outra ‘bem de boa’, mas vamos ver no que vai dar”, declarou.

O PSC é uma avaliação se-riada e contínua nas três sé-ries do ensino médio. A Ufam reserva 40% das vagas dos seus cursos para este tipo de seleção, que serão preenchi-das por candidatos que ingres-sarão na universidade sem necessidade de vestibular. Os mais de 65 mil inscritos no PSC da Ufam disputam 2.585 vagas na modalidade de acesso

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Blitzapreende veículos

Vinte e sete motocicle-tas e cinco carros foram apreendidos durante a blitz da Lei Seca reali-zada pelo Departamen-to Estadual de Trânsito (Detran-AM), em parceria com a Polícia Militar, na noite de sábado (29), e nas primeiras horas de ontem. As ações foram executadas estrategi-camente em postos de combustíveis, entrada de bairros da Zona Leste, Norte e Oeste, estrada do Turismo, estrada do São Jorge e nas saídas de casa de show situadas no bairro Tarumã.

A operação envolveu 12 policiais militares, oito agentes do Detran-AM, quatro viaturas do órgão e duas plataformas de guincho. A blitz que iniciou às 23h e termi-nou às 5h30 registrou na produtividade final 44 autos de infração; 23 Certificados de Registro e Licenciamento dos Veí-culos (CRLV) apreendidos; sete Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) apreendidas; 10 casos de alcoolemia; cinco carros e 27 motos apreendidas, 49 testes do bafômetro realizados e 305 pessoas abordadas na operação.

Segundo o diretor do Detran-AM, Leonel Feitoza, entre janeiro e a primeira semana de novembro, mais de 1,5 mil motoristas foram autuados por embria-guez no volante.

LEI SECAPrefeito estuda novo modal para transporte coletivo

O prefeito Arthur Virgílio Neto afirmou que, a partir do ano que vem, um novo mo-dal do sistema de transporte coletivo deverá ser definido para Manaus. A informação foi divulgada sábado (29), durante o jogo, pelo Campe-onato Brasileiro, entre Fla-mengo e Vitória, na Arena da Amazônia, Zona Centro-Oeste da capital. Segundo o prefeito, uma nova tecno-logia deverá ser implantada em parceria com o governo do Estado, mas espera que haja liberação de recursos federais para que o projeto possa ser viabilizado.

“Nos próximos dias devo ter uma reunião técnica com o governador para definir-mos um novo modal do trans-porte coletivo para cidade.O que queremos é simplificar e escolher uma tecnologia de transporte de massa que ofereça aquilo que a cidade precisa”, defendeu Arthur.

O prefeito disse ainda que a mobilidade urbana é um problema nacional e que uma

resposta definitiva à questão só poderá ser dada se o governo federal assumir o papel que lhe cabe. “Vamos lutar muito para que ocor-ra a desoneração da cadeia produtiva dos ônibus e para que a Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – passe para os municípios. São soluções que não cabem só à prefeitura, mas que têm que ser de quem presida o país”, destacou.

Amanhã, o prefeito viaja para o Rio de Janeiro (RJ), onde será homenageado como sócio benemérito do Clube de Regatas do Flamen-go. Na capital carioca, ele pretende visitar as estações do Bus Rapid Transit (BRT), que funcionam integrada-mente aos demais modais de transporte coletivo existen-tes na cidade, como metrô, trem e terminais de ônibus. “A ideia é estudar se o mesmo pode ser feito em Manaus, atendendo a população de maneira satisfatória”, expli-cou Arthur Neto.

TRANSPORTE

Visita ao Rio de Janeiro vai trazer ideias para o sistema

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MEIO AMBIENTE

Massacre de aves revolta cidade

Um protesto contra a ma-tança em série de pássaros da espécie brotogeres versicolu-rus (periquitos) foi realizado por volta das 15h do último sábado (29) em frente ao condomínio de luxo Ephigênio Salles, na avenida de mesmo nome, bairro Aleixo, Zona Cen-tro-Sul de Manaus.

O ato público reuniu 300 pessoas, conforme estima-tivas da Polícia Militar, e ocorreu depois que mais de 200 periquitos foram encon-trados mortos na última quin-ta-feira (27) em via pública, na frente do condomínio.

No momento da manifesta-ção, o público que participava presenciou diversos pássaros mortos caindo das árvores. Também foram encontradas aves presas nas telas de prote-ção que cobrem as copas.

A manifestação foi organiza-da por diversas organizações não governamentais (ONGs)

de proteção ambiental e ani-mal, com o apoio da Polícia Militar, Instituto Municipal de Fiscalização e Engenharia de Trânsito (Manaustrans) e Cor-po de Bombeiros, que garanti-ram a tranquilidade do ato.

Os bombeiros foram acio-nados pelos manifestantes para retirar as telas de pro-teção, colocada pela admi-nistração do condomínio.

De acordo com o capitão responsável pela operação, que não quis se identificar, os bombeiros não tinham respon-sabilidade para tirar as telas, mas puderam abri-las, uma vez que elas estavam amarradas com aves presas sob risco de morrerem sufocadas.

A administração do condo-mínio Ephigênio Salles, não quis se pronunciar e disse que vai enviar uma nota à imprensa sobre o fato.

Em 2012, moradores do condomínio instalaram telas de proteção nas copas das palmeiras imperiais para im-pedir a presença das aves,

que usavam o local para des-cansar e se proteger, mas acabavam “destruindo” as plantas. Na ocasião, o con-domínio tinha permissão dos órgãos estadual e municipal, mas o documento nunca foi mostrado ao público.

Segundo a organizadora do protesto, a professora Talita Coelho, o objetivo da mani-festação não é ficar contra os moradores do condomínio. “A gente só vai lá mostrar para o poder público que não somos idiotas, que queremos uma solução para isso e que não vai parar por aqui. Isso é apenas o inicio de uma grande batalha pela vida dos pássaros silvestres”, adiantou Talita.

Para o delegado de policia Geraldo Magela, que parti-cipou do protesto, tanto os moradores, quanto a popula-ção e os políticos do Estado deviam se integrar a esse movimento. “As pessoas que fizeram isso têm que respei-tar o perfil da nossa região e os animais”, declarou.

No ato de sábado, mais aves mortas foram descobertas nas telas de proteção das árvores

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MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

MAIRKON CASTROEM TEMPO ONLINE

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Projeto de retomada da Santa Casa fica para 2015Construção do hospital de oncologia infantojuvenil depende de indenização do Estado, que deve ser liberada em 2015

O projeto para a cons-trução de um hospital de oncologia infanto-juvenil no prédio da

Santa Casa de Misericórdia, no Centro, só terá continuidade no próximo ano, pois falta o governo do Estado pagar a in-denização pela desapropriação, de aproximadamente R$ 8 mi-lhões, dinheiro esse destinado à quitação das dívidas, inclusive trabalhistas. Como o ano fiscal já encerrou, a previsão é que o pagamento saia em 2015.

Por enquanto, o prédio conti-nua em posse dos interventores da Santa Casa, fechado por tapumes e com a presença 24 horas de guardas municipais. Segundo o interventor Tiago Queiroz, depois do repasse da indenização, a responsabilidade do prédio será do Estado para o início dos procedimentos para a implantação do hospital.

No entanto, quem passa em frente ao prédio da Santa Casa de Misericórdia é surpreendido com uma placa indicando em-bargo da obra. Segundo um dos interventores, identificado apenas como Claudovan, como a prefeitura municipal tinha pra-zo para colocar os tapumes,

retirou-os de outra obra para o prédio. O Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan), responsável pelo aviso de embargo, informou por meio de sua superintendente Eloíza Araújo que o embargo se refere à colocação dos ta-pumes ao redor do conjunto da Santa Casa, cuja instalação iniciou-se sem a anuência do

Iphan. “Ainda existe projeto de intervenção arquitetônica para o imóvel”, disse.

Diante de denúncias e re-clamações que chegaram mais uma vez ao gabinete do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Samuel, sobre a condição precária da Santa Casa, o parlamentar

cobrou na tribuna uma res-posta dos gestores sobre o processo de desapropriação do terreno na manhã da úl-tima quarta-feira (26).

O vereador destacou que desde quando a nova comis-são, nomeada em maio deste ano, assumiu a entidade, o local tem passado por depre-dações mais aceleradas. “A Santa Casa não tem admi-nistração de fato. Eles ainda nem começaram o processo para realização de eleição, que é uma das coisas que deveriam fazer. Nos últimos quatro meses, o hospital en-trou num processo horrível de depredação. Precisamos de respostas”, enfatizou.

Justiça A implantação dos tapumes

foi feita por decisão judicial para evitar que o prédio con-tinuasse depredado por mo-radores de rua e usuários de droga. Além dos tapumes, a decisão detalha a presença de guardas municipais para evitar invasão do imóvel.

Os interventores da Santa Casa informaram que a Prefei-tura de Manaus estuda a possi-bilidade de contratar uma em-presa de segurança para suprir a necessidade da vigilância.

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Tapumes colocados na área da Santa Casa de Misericórdia, no Centro: novo hospital, só em 2015

ISABELLE VALOISEquipe EM TEMPO

ESPERAO montante da indeni-zação pela desapropria-ção do terreno da Santa Casa a ser paga pelo governo estadual chega perto dos R$ 8 milhões. A partir disso, começa o processo de implanta-ção do novo hospital

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 (92) 3090-1042

ARQUIVO EM TEMPO

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Proposta vai fortalecer os Procons

Homens ampliam direitos para a adoção de criançasMesmo com conquistas, em especial as jurídicas, especialistas defendem avanços na adoção por parte do sexo masculino

Várias leis sofreram alterações favoráveis aos homens que desejam adotar crianças, incluindo as áreas previdenciárias e trabalhistas, permitindo salário-paternidade e licença do emprego

Brasília - Com cultura e legislação que pri-vilegiam a mãe como cuidadora de crianças,

o Brasil avançou na concessão de direitos aos homens no caso de adoção. Mas especialistas destacam a necessidade de ampliar as conquistas legais relativas à família, igualando homens e mulheres pais de fi lhos biológicos ou adotivos. Além disso, ressaltam as di-fi culdades de transportar as mudanças na letra da lei para o dia a dia da sociedade.

Em outubro do ano passado, a lei n° 12.873 trouxe alterações favoráveis ao homem adotan-te, modifi cando as legislações previdenciária e trabalhista. Pelas novas regras, homens passaram a ter direito a sa-lário-maternidade, até então pago por quatro meses às se-guradas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que adotassem. Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os quatro meses para cuidar da criança também passaram a ser requisitados pelo homem ou mulher adotante.

Este ano, foi a vez de servido-res públicos federais ganharem o direito de se licenciar para cuidar de fi lhos adotivos. No início de outubro, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicou duas notas técnicas com a interpretação de que a licença-adotante, pre-vista na lei do funcionalismo público federal só para servido-ras, independe do gênero.

A decisão foi uma resposta ao caso concreto de Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, professor do curso de enfer-magem da Universidade de Brasília (UnB). A partir da pu-blicação, passou a ser válida para todos os servidores.

O reconhecimento do direito foi demorado. Carlos Eduardo, que em dezembro de 2013 tornou-se pai dos irmãos Feli-pe, 8 anos, Fagner, 6, e Vitor,

4, está aproveitando só agora a licença de 45 dias, prazo no caso de crianças maiores de 1 ano. Ele e o companheiro Osmir Messora, 53, servidor aposentado da Prefeitura de São Paulo, tiveram de esperar dez meses para Carlos receber resposta à sua consulta.

No intervalo, saiu a guarda de Vinícius, 2 anos, também irmão dos garotos, mas que na época da adoção deles ainda não tinha a papelada necessária.

“Fizemos consulta ao [de-partamento] jurídico da uni-versidade, que deu parecer favorável. De lá, subiu para o Ministério da Educação, que também foi favorável. Por fi m, foi para o Ministério do Pla-nejamento”, relembra Carlos Eduardo. Para ele, a decisão

abrangendo todos os servi-dores surpreendeu. “A gente não tinha ideia. Além disso, o ineditismo foi não precisar entrar na Justiça”.

Se as crianças tivessem me-nos de 1 ano, Carlos Eduardo poderia pleitear uma licença maior: 90 dias, prorrogáveis por 45. “A legislação acha que há necessidade de mais atenção para crianças com menos de 1 ano. Na minha opinião, a neces-sidade é igual [independente da idade]. O período de licença é primordial para criar vínculos. É um tempo fundamental para se dedicar às crianças, ter con-vívio, acompanhar as horas de alimentação e higiene”, diz.

APOIOGoverno brasileiro tem “visto com bons olhos” mudanças nas leis que favorecem a adoção de crianças por parte dos homens, inclusive homossexuais, de acor-do com Ministério do Planejamento

Homens podem se ausentar do trabalho para cuidar de fi lhos

Ana Lúcia Amorim Bri-to, secretária de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, afi rma que a extensão da licença a servidores do sexo mas-culino levou em conta a Constituição Federal, que considera a família base da sociedade. “A família tem direito à proteção do Estado e consideramos que ela está ligada por vínculos de afetividade”, comenta.

As notas do Planejamen-to preveem que, nos casos de adoção homoafetiva em que os dois sejam servido-res, a licença só poderá ser pleiteada por um.

O outro terá direito à licença-paternidade, de cinco dias, originalmente prevista na Constituição Federal para que o ho-mem pudesse acompanhar a mulher no pós-parto e registrar a criança.

Na adoção por casais heterossexuais, a licença adotante será concedida preferencialmente à ser-vidora pública.

O advogado Conrado Paulino da Rosa, especia-lizado em direito de família, cita a licença-paternidade como prova de que há di-ferença entre os direitos e deveres de pais e mães.

“Houve avanços na ado-ção, mas, em se tratan-do de fi lhos biológicos, o tratamento é desigual. A mulher pode se licenciar por meses e o homem, por cinco dias. Só a mulher é responsável pelo fi lho. Isso acaba trazendo um fardo maior para ela e faz parecer que a fi gura do homem é secundária. A gente precisa mudar não só a legisla-ção, mas também a cultura sobre o papel igualmente importante dos dois”.

Benefício é constitucional

A psicóloga Carmem Ca-valcante, da Rhaiz Consul-toria em RH, afirma que o ambiente empresarial também é resistente a avanços como o da licen-ça ao homem adotante, ou um eventual aumento da licença-paternidade. Segundo ela, isso ocorre mormente por motiva-ções econômicas.

“Geralmente as empre-sas só agem após serem formalmente obrigadas por mudança nas leis, e mesmo assim há difi culda-des. A gente ainda vê muita negociação, pessoas que abrem mão do seu direito para não perder o emprego. As empresas, muitas vezes, têm intenção de cumprir a lei, mas isso inviabilizaria o próprio negócio. Imagi-ne uma empresa pequena, com três empregados, duas

mulheres e um homem. Elas fi cam grávidas e ele adota uma criança. Além de substituí-los durante a licença, a empresa teria que continuar pagando seus salários”, comenta.

DebateCarmem é a favor de de-

bate entre o poder público e empresários, e de com-pensações no caso de pe-quenas e médias empresas. “Acho o pleito justíssimo. A criança e o bebê têm direito ao cuidado e ao carinho. A origem do problema está no sistema. Ao mesmo tem-po que se precisa evoluir do direito da fi gura ma-terna ou paterna, tem que ser olhado o outro lado, o da aplicabilidade. [As em-presas] precisam de ajuda do governo, algum tipo de benefício”, acredita.

Empresários resistem à ideia

Empresas aceitam mudanças trabalhistas por economia

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Caso proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional, órgãos de defesa do consumidor passarão a ter poderes semelhantes aos dos juizados especiais

Projeto que fortalece os procons avança no Brasil

A proposta de forta-lecer os órgãos de defesa do consumi-dor venceu uma nova

etapa no Congresso Nacional. O Projeto de Lei (PL 5.196/13) que dá aos procons poderes semelhantes aos dos juizados especiais foi aprovado na últi-ma semana pelos deputados da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.

Pelo texto, os procons que hoje já realizam as audiências de conciliação em busca de acordos para que as empre-sas ressarçam pessoas lesa-das em seus direitos passarão a definir as medidas correti-vas como obrigações.

Para assegurar que a de-terminação seja cumprida, os procons podem, por exemplo, fixar multa diária, com valor de até três vezes o do bem ou do serviço reclamado.

“Hoje se o Procon deter-mina isso não é suficien-te para resolver. Agora vai poder exigir substituição e devolução do produto. [O projeto] é muito bom para o consumidor”, avaliou Cláu-dia Almeida, advogada do Instituto Brasileiro de Defe-sa do Consumidor (Idec).

A proposta segue agora para análise de deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Atualmente, Procon não possui amplos poderes para resolver problemas dos consumidores

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Pelas regras atuais, o Pro-con é uma alternativa que o consumidor pode ou não uti-lizar. Caso a mudança avance efetivamente, o órgão passa a ser uma instância mais rápida de soluções e quase uma obrigação. “O Procon acaba recebendo a multa e [esta] fica revertida para um fundo, mas para o consumi-

dor fica a tentativa frustada”, explicou a advogada.

Na prática, hoje, o Procon só pode aplicar a multa que é paga ao próprio órgão, mas se a empresa não aceita ressarcir o consumidor ele precisa ir a um juizado espe-cial e começar a ação desde o início. “Se você compra um ferro ou outro produto,

dependendo do valor, você é desestimulado, desmoti-vado a entrar na Justiça”, disse Cláudia ao mencionar a burocracia e demora na solu-ção desses impasses. “Seria um avanço [a aprovação do PL] porque essas ações não envolvem grandes valores e a mudança tornaria o processo mais célere”, completou.

Nova regra agiliza as soluções

País é líder do mercado de games na América Latina

Estimativa de fatura-mento dos 100 maiores mercados de games em 2014, no qual o Brasil aparece em 11º lugar, pu-blicado pelo site NewZoo, mostra que a projeção do país é a de fechar o ano com receita de R$ 2,8 bilhões, posicionando-se como lí-der da América Latina.

Os dados resultam da combinação de fatores econômicos como pesqui-sas junto ao consumidor e resultados financeiros das empresas do setor.

Nesse ritmo de evolu-ção, algumas empresas apostam no lançamento de novos produtos. A Avell, fabricante brasileira de no-tebook de alto desempe-nho, por exemplo, investe em tecnologia e inovação para levar o melhor produto até o profissional gamer.

No Brasil, a empresa in-veste em pesquisas e de-senvolvimento de novas tecnologias. A expectati-va é alcançar um fatura-mento de R$ 40 milhões até o final do ano.

TECNOLOGIA

Inclinar a cabeça para olhar o celular pode afetar coluna

O ato de abaixar a cabeça para verificar o smartphone durante longos períodos cau-sa tamanha pressão sobre a coluna cervical que pode causar danos irreversíveis, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos. Depen-dendo do grau de inclinação da cabeça, uma pessoa pode exercer sobre sua cervical 27,2 quilos de peso, o que, segun-do a pesquisa de Kenneth K. Hansraj, de um instituto mé-dico de cirurgia e reabilitação da coluna de Nova York.

“O peso verificado pela colu-na dramaticamente aumenta

ao que o pescoço é flexionado em seus diversos ângulos”, diz Hansraj no estudo, que mediu a pressão em angulações de 0º a 60º. Por causa do peso da cabeça, de 6 quilos na média para adultos, quanto maior a inclinação, maior a pressão. Em postura ereta, a pressão sobre a coluna cervical é de entre 4,5 quilos e 5,5 quilos.

“Perda da curvatura natural da cervical leva a pressão gradualmente superior, e isso pode levar a desgaste, ruptura, atrofia precoces e possivel-mente cirurgia”, escreve na conclusão o pesquisador.

PESQUISA

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Reunificação de católicos e ortodoxos pode ocorrerEm visita à Turquia, papa Francisco e patriarca Bartolomeu confirmaram intenção de reaproximação das duas igrejas

O papa Francisco e o patriarca Bartolo-meu, líder da Igreja Ortodoxa, firmaram

uma declaração conjunta que confirma a intenção dos dois de caminhar rumo à reunifi-cação das duas instituições, separadas há mil anos.

A declaração foi dada du-rante o último dia da visita do pontífice à Turquia. Em Istambul, Francisco partici-pou da festividade de santo André, patrono dos ortodoxos e que personifica o vínculo com a igreja de Roma, pois era irmão de são Pedro, con-siderado o primeiro papa.

O papa assegurou que a Igreja Católica “não pretende impor nenhuma exigência, ex-ceto a profissão de fé comum” e que os ritos e tradições dos ortodoxos seriam mantidos. “Não se trata de submissão nem de absorção, mas sim da aceitação de todos os dons que Deus tem dado a cada um”.

O princípio do respeito mú-tuo também foi destacado por Bartolomeu, que desejou pros-seguir com o diálogo “para retirar os obstáculos acumu-lados durante um milênio.”

O porta-voz do Vaticano, Fe-derico Lombardi, explicou no sábado (29) que a questão da

soberania do papado não seria abordada nesse encontro e que o tema será analisado por uma comissão teológica formada pelas duas igrejas.

A ideia de subordinação ao papa é questionada pe-los ortodoxos e foi o prin-cipal motivo da separação, ocorrida em 1054. A Igreja Ortodoxa, cuja sede fica em Istambul, tem hoje cerca de 300 milhões de fiéis, contra 1 bilhão de católicos.

Oriente MédioOs dois líderes pediram que

a comunidade internacional dê uma resposta apropriada aos ataques contra cristãos no Oriente Médio. “Não podemos nos resignar a um Oriente Médio sem cristãos, que pro-fessam o nome de Jesus ali durante dois mil anos. Muitos de nossos irmãos e irmãs es-tão sendo perseguidos e ex-pulsos com violência de onde vivem. Parece que se perdeu o valor da vida humana”, diz a declaração conjunta.

O papa também condenou o ataque a uma mesquita na Nigéria, realizado na sexta (28) e que deixou mais de cem mortos. Ele qualificou o ato como “um pecado extrema-mente grave contra Deus.” Ao lado do líder da Igreja Ortodoxa, papa Francisco reafirmou intenção de reunificar as duas igrejas, separadas há mil anos

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Matador de negro é afastado

O agente policial Darren Wilson, que um júri decidiu não acusar pela morte do jovem negro Michael Brown, em Ferguson, no centro dos Estados Unidos, anunciou ontem, por meio de uma carta, a sua renúncia ao cargo. No texto, divulgado por um dos seus advoga-dos, Wilson justifica a demissão, com efeitos imediatos, por razões de segurança.

A decisão do júri de não avançar com acu-sação contra Darren Wilson, de 28 anos, que matou Michael Brown, de 18 anos, no dia 9 de agosto, desencadeou uma onda de protes-tos em Ferguson, no estado do Missouri, que se estendeu para todo o país.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma dupla investigação in-dependente no sentido de apurar se houve vio-lação de direitos civis no caso e se a polícia local mantém práticas discriminatórias.

No último sábado (29), ativistas de di-reitos civis iniciaram uma marcha de sete dias, de 192 quilôme-tros, intitulada Jornada pela Justiça, que par-tiu do subúrbio de St. Louis rumo à capital do Estado do Missouri, Jefferson City.

EUAFarc libertam mais três reféns no oeste do país

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colôm-bia) libertaram ontem o general Rubén Darío Alza-te, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urre-go, sequestrados no último dia 16 no noroeste do país, confirmou o presidente, Juan Manuel Santos.

Em mensagem em sua conta no Twitter, Santos indicou que todos se encon-tram “em perfeitas condi-ções” e que espera que as condições meteorológicas permitam que se reúnam com seus familiares.

Alzate é o militar de mais alta patente já sequestrado pelas Farc, que o consideram um “prisioneiro de guerra”.

O sequestro fez com que Santos suspendesse os di-álogos de paz mantidos há dois anos com as Farc em Havana, que devem ser reto-mados nos próximos dias.

Por enquanto, o Comitê Internacional da Cruz Ver-

melha (CICV), que dirige a operação humanitária de entrega dos sequestrados, não se pronunciou sobre os detalhes da operação.

O órgão só fala quando as missões são concluídas com a entrega dos libertados ao Exército, o que faz pensar que Alzate e seus acompa-nhantes ainda se deslocam rumo à alguma base militar, possivelmente no departa-mento de Chocó.

AvaliaçãoApós chegar nas instala-

ções militares, eles devem ser transferidos para Bogo-tá, onde passarão por uma avaliação médica mais com-pleta do que a realizada pelo CICV na zona de libertação.

Sua libertação acontece exatamente duas semanas após o sequestro no ca-sario Las Mercedes, uma remota área de selva do departamento de Chocó, no noroeste do país.

COLÔMBIA

Alzate foi o militar de mais alta patente já sequestrado

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Mujica quer combater corrupção

Em uma década de go-vernos da Frente Ampla, a economia uruguaia cresceu em média 5% ao ano, o de-semprego caiu, e o índice de pobreza foi reduzido de 39% para 11%. Quem ajudou a colocar o pequeno país no mapa foi o atual presidente José Pepe Mujica, cujo suces-sor seria eleito ontem.

Desde que assumiu a pre-sidência, em 2010, Mujica – de 79 anos – fez fama por ser diferente. Vive na mesma chácara e dirige o mesmo fusca velho. Um xeque árabe quis comprar o carro por um US$ 1 milhão, mas ele se re-cusou a vendê-lo. Doa 90% de seu salário presidencial para projetos sociais. No seu go-verno, três medidas polêmi-cas foram aprovadas: aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo e livre produção e venda de maconha.

Em entrevista à Agência Brasil, José Pepe Mujica dis-se que – depois de entregar a presidência a seu suces-

sor, em março – vai por em prática muitos planos. Já começou a construir uma es-cola de ofícios agrícolas em um canto da chácara e vai continuar fazendo política, como senador – cargo para o qual foi eleito nas eleições legislativas, em outubro passado, quando também ocorreu o primeiro turno das eleições presidenciais.

Os uruguaios foram às ur-nas para renovar a totalidade do Congresso: a Frente Ampla obteve maioria em ambas as casas. Mas nenhum candida-to a presidente obteve sufi-cientes votos para ser eleito no primeiro turno. Por isso, ontem, o candidato governis-ta Tabaré Vázquez disputou o segundo turno com Luis Lacalle Pou, do tradicional Partido Nacional ou Blanco.

Pepe Mujica disse estar certo da vitória de Tabaré Vázquez. Ele disse que, no Con-gresso, vai defender reforma constitucional e adoção de regras claras para combater

a corrupção – principalmente na política. “Precisamos as-segurar regras que ajudem a combater alguns desvios que estão aparecendo na América Latina, como a corrupção”, dis-se Mujica. “Não porque tenha-mos corrupção, mas quando você vê as barbas do vizinho ardendo, melhor colocar as suas de molho”, disse.

ReceitaE como fazer isso? Fiel

ao seu estilo de dizer o que pensa, sem rodeios, Pepe Mujica respondeu: “Ah! Ten-do as ideias claras, sabendo que não estamos aqui pelo dinheiro e que temos que botar para correr da política a todos aqueles que gostam muito de dinheiro. Essa é a primeira medida”. Segundo ele, é preciso “ser sóbrio na política e viver como vive a maioria do nosso povo e não como vive a minoria”. O povo, disse Mujica, “não vê apenas o discurso, vê tudo o que rodeia os políticos”.

Como senador em seu país, Pepe Mujica pretende defender a reforma política uruguaia

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Adolescente britânico é resgatado pelo pai do EIFaçanha foi realizada em julho passado, mas apenas ontem a imprensa britânica divulgou o sucesso de Karim Mohammadi

O pai de um ado-lescente britânico suspeito de ter se unido ao grupo ra-

dical Estado Islâmico (EI) viajou para a Síria e recu-perou seu filho do grupo terrorista em julho passado, revelou ontem o jornal “Sun-day Times”.

Karim Mohammadi, da cidade galesa de Cardiff, viajou primeiro à Turquia, onde aldeões o ajudaram a atravessar a fronteira até a Síria, pois o Reino Unido não tem representa- ção diplomática.

Apesar de outros pais te-rem tentado fazer o mes-mo com seus filhos que se juntaram ao EI, acredita-se que Mohammadi é o primeiro britânico que conseguiu res-gatar seu filho, Ahmed.

O jovem de 19 anos é amigo de Reyaad Khan, de 21 anos, e de Naseer Mu-thana, de 20, dois jihadistas de Cardiff que apareceram em junho em um vídeo do EI pedindo que jovens muçul-manos britânicos se unissem ao grupo armado.

Para conseguir seu objeti-vo, o pai de Ahmed, de origem curda, pediu primeiro ajuda a sua comunidade em Cardiff,

que facilitou vários contatos na Turquia e na Síria que podiam cooperar na locali-zação de seu filho.

Coragem“O que Mohammadi fez de-

monstra coragem familiar e sentido de honra”, disse ao jornal uma fonte próxima ao caso.

“Os pais sabem que o go-verno britânico não pode fazer nada para ajudar a trazer a seus filhos de volta. O governo não tem represen-tação na Síria e se recusa a negociar com militantes ou grupos terroristas”, acres-centou a fonte.

Ao retornar em julho ao Reino Unido, o jovem foi detido pela polícia, mas li-

berado sem acusações no dia seguinte e remetido a um programa do governo conhecido como “Channel”, para ajudá-lo a abandonar seus ideais extremistas.

O “Sunday Times” assina-lou que o adolescente, que estuda engenharia civil, é um dos mais de 300 jovens britânicos que retornaram ao Reino Unido da Síria e do Iraque.

PrecauçõesO governo apresentou há

poucos dias no parlamento um projeto de lei sobre segu-rança, que pretende obrigar universidades e escolas a to-marem medidas para evitar a radicalização de jovens.

Além disso, a nova lei concederá mais poderes à polícia e aos serviços secre-tos para cancelar os passa-portes durante pelo menos 30 dias de indivíduos sus-peitos de quererem viajar ao exterior para lutar com milícias extremistas.

As autoridades britânicas aumentaram nos últimos meses o nível de ameaça terrorista contra o Reino Uni-do de “considerável” para “grave” após os casos de jovens como Ahmed.

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A adesão de jovens muçulmanos ao Estado Islâmico tem preocupado autoridades do Reino Unido

AVENTURAKarim Mohammadi via-jou de Cardiff à Tur-quia, onde aldeões o ajudaram a atravessar a fronteira até a Síria, tudo com ajuda dos contatos da comuldade muçulmana de Cardiff, sua cidade

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Fãs lotam estádio para o adeus a Roberto BolañosO corpo do criador de Chaves e Chapolin chegou ao estádio Azteca, na Cidade do México, em meio a gritos de guerra

Cidade do México – Às 13h20 deste domin-go (17h20 no horário de Brasília), o corpo

de Roberto Bolaños, criador dos personagens Chaves e Chapolin, chegou ao estádio Azteca, na Cidade do México, para a missa realizada em sua homenagem. Aos gritos de “Chesperito! Chesperito!”, o carro vermelho que levava o corpo do ator trazia flores e duas estátuas de ferro simbo-lizando Chaves e Chapolin.

Sob aplausos, o veículo deu uma volta pelo estádio, sempre próximo ao público, que alter-nava gritos de “Bravo!” com o canto “Se vê/Se sente/Chaves está presente”. Sua mulher, Florinda Meza, chegou minutos antes, acompanhada de seu filho e chorando muito.

O estádio Azteca, com capacidade para cem mil pessoas, estava com todas as suas arquibancadas in-feriores lotadas. A polícia local acredita que o público que acompanhou a cerimônia chegou aos 20 mil ao todo.

Bandeiras do Brasil, da Cos-ta Rica e de outros países latinos foram mostradas o tempo todo em meio às ar-quibancadas. Em um determi-nado momento, o sinal do SBT

foi transmitido no telão do estádio, com a apresentadora Eliana mostrando imagens do cortejo do corpo até o local. A homenagem foi organizada pela emissora Televisa, onde Bolaños trabalhava.

O criador das séries “Cha-ves” e “Chapolin”, fenômenos na TV na América Latina,

em especial no Brasil – o programa é exibido há 30 anos no SBT –, passava por problemas respiratórios ha-via muitos anos. Em 2012, ele foi internado em um hospital da Cidade do México devido à uma insuficiência respira-tória. Segundo a Televisa, Bolaños morreu de causas naturais na sexta-feira (28).

Por Daigo Oliva

A missa em homenagem ao ator Roberto Bolaños reuniu 20 mil pessoas, segundo informações da polícia mexicana

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CIDADE DO MÉXICO – Em meio ao mar vermelho de Chapolins e outros tantos vestidos de Chaves, a brasi-leira Aline Medeiros, de 27 anos, se destaca em frente ao estádio Azteca trajada como

Chiquinha. A estudante de jor-nalismo, de Campo Grande (MT), chegou na manhã deste domingo (30) à Cidade do Mé-xico junto ao seu namorado, o advogado Thiago Trindade, 33, que vestia apenas uma ca-

miseta da seleção brasileira.Ela diz ter viajado o tempo

inteiro trajada como a perso-nagem: vestido verde, sardi-nhas de mentira e óculos de aro grosso sem lentes. O casal calcula que gastará cerca de

R$ 13 mil com a viagem. Eles ainda pretendem conhecer Acapulco, cenário de um dos capítulos mais marcantes de “Chaves”, e Cancún, onde Ro-berto Bolaños viveu os últimos anos de sua vida e morreu.

Brasileiros gastam R$ 13 mil com viagem

SUCESSOAs séries “Chaves” e “Chapolin” são exibidas pelo canal SBT há 30 anos. O ator Roberto Bolaños morreu na sex-ta-feira (28), de causas naturais, conforme a Televisa, emissora onde ele trabalhava

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

GLOBO

Programação de TV SBT

6h15 Balanço Geral7h45 Fala Brasil9h Hoje Em Dia11h Magazine12h Alô Amazonas13h30 Programa da Tarde16h20 Cidade Alerta17h55 A Crítica na TV18h40 Jornal da Record19h30 Peladão a Bordo – O Reality20h30 Todo Mundo Odeia o Chris21h30 Novela Vitória22h30 A Fazenda23h30 Conselho Tutelar – Estreia0h30 Roberto Justus +1h15 Programação IURD

BAND4h Café com Jornal SP5h30 Nosso Tempo6h Café com Jornal7h Dia Dia8h10 Band Kids9h05 Jogo Aberto11h05 Exija Seus Direitos11h55 Câmera 1312h45 Cidade Urgente13h15 Ação na TV14h Sabe ou Não Sabe14h30 Tá na Tela da Band com Luiz Bacci

5h Notícias da Manhã 6h Igreja Universal 7h Notícias da Manhã 8h Bom Dia & Cia 10h Waisser 10h50 Programa Agora 12h25 Programa Livre 13h15 Casos de Família 14h15 Esmeralda 15h15 Sortilégio 16h A Feia Mais Bela 17h20 Jornal EM TEMPO 17h45 SBT Brasil 18h30 Chiquititas 19h15 Rebelde 20h15 Seriado 21h Programa do Ratinho 22h Esse Artista Sou Eu23h The Noite com Danilo Gentili0h Jornal Do SBT0h45 Okay Pessoal1h45 Segurança Agora2h15 Programa Big Bang4h Igreja Universal

RECORD

DIVULGAÇÃO

6h Globo Rural6h30 Bom Dia Brasil7h40 Bom Dia Amazônia8h40 Mais Você10h05 Bem-Estar10h50 Encontro com Fátima Bernardes

CruzadinhasCinema

Jogos Vorazes – A Esperança (Parte 1): EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 16h20 (dub/diariamente), 21h20 (dub/somente sá-bado), 22h (dub/exceto sábado), Cinemark 4 – 12h30, 15h20, 18h10 (dub/diariamen-te), 23h50 (dub/somente sábado), Cinemark 7 – 12h, 14h50, 17h40, 20h30 (dub/dia-riamente), 23h20 (dub/somente sábado), Cinemark 8 – 13h, 15h50, 18h40, 21h30 (dub/diariamente), 0h20 (dub/somente sába-do); Cinépolis Millennium 1 – 13h30, 16h30, 19h30, 22h20 (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 4 – 14h, 17h, 19h50 (leg/dia-riamente), Cinépolis Millennium 6 – 15h30, 18h30, 21h30 (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 17h40, 20h30 (leg/diariamen-te); Cinépolis Plaza 1 – 13h30, 16h30, 19h30, 22h30 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 4 – 12h30, 15h30, 18h30, 21h30 (dub/diria-mente), Cinépolis Plaza 5 – 12h30, 15h30, 18h30, 21h30 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 15h, 18h, 21h (leg/diaria-mente), Cinépolis Ponta Negra 4 – 15h30,

18h30, 21h30 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 5 – 13h30, 19h30 (dub/dia-riamente), 16h30, 22h30 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 – 14h30, 17h30, 20h30 (dub/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 10 – 19h, 22h (dub/diariamente); Kinoplex 2 – 15h, 17h40, 20h20 (dub/dia-riamente), Kinoplex 3 – 13h20, 16h, 18h40 (dub/diariamente), 21h20 (leg/diariamente); Playarte 1 – 18h, 20h30 (leg/diariamente), 23h (leg/somente sexta-feira e sábado), 13h, 15h30 (dub/diariamente), Playarte 5 – 13h40, 16h10, 18h40, 21h10 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 6 – 13h20, 15h50, 18h20, 20h50 (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sex-ta-feira e sábado), Playarte 7 – 18h21, 20h51 (dub/diariamente), Playarte 10 – 14h, 16h30, 19h, 21h30 (leg/diariamente).

Debi e Loide: EUA. 12 anos. Cinemark 1 – 13h15, 15h45, 18h15, 20h45 (dub/dia-riamente), Cinemark 5 – 11h40 (dub/so-mente sábado e domingo), 14h10, 16h30,

19h20, 21h45 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 2 – 14h50, 17h20, 20h, 22h30 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 3 – 12h40, 15h10, 17h55, 20h25 (dub/diaria-mente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 15h20, 20h45 (dub/diariamente), 18h05 (leg/dia-riamente); Kinoplex 5 – 14h05, 16h35, 19h, 21h25 (dub/diariamente); Playarte 3 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h15 (dub/dia-riamente), 23h35 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 4 – 13h10, 15h30, 17h50, 20h10 (dub/diariamente), 22h30 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Irmã Dulce: BRA. 10 anos. Cinépolis Ponta Negra 2 – 16h (diariamente).

Made In China: BRA. 12 anos. Cinépolis Millennium 7 – 13h, 15h20 (diariamente); Cinépolis Plaza 8 – 14h45, 17h, 19h10, 21h20 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h, 16h15 (diariamente).

Interestelar: EUA. 12 anos. Cinépolis Plaza 6 – 16h45 (dub/diariamente); Playarte 2 – 12h30, 18h05 (dub/diariamente).

Tim Maia: BRA. 16 anos. Cinépolis Plaza 7 – 12h55, 15h55, 18h55, 21h55 (diariamente); Playarte 7 – 12h50, 15h35 (diariamente).

Drácula – A História Nunca Contada: EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 19h10 (dub/exceto quarta-feira); Cinépolis Plaza 6 – 14h15, 20h10, 22h20 (dub/diariamente); Kinoplex 4 – 16h40 (dub/diariamente); Playarte 6 – 13h20, 15h20, 17h20, 19h20, 21h20 (dub/diariamente), 23h20 (dub/somente sexta-feira e sábado).

Festa No Céu: EUA. 10 anos. Cinemark 3 – 14h (dub/exceto domingo).

Carros 2: EUA. Livre. Cinemark 8 – 11h (dub/somente sábado e domingo).

November Man – Um Espião Nunca Morre: EUA. 14 anos. Playarte 2 – 15h45, 21h20 (dub/diariamente), 23h45 (dub/somente sex-ta-feira e sábado).

O Apocalipse: EUA. 12 anos. Playarte 8 – 13h20, 15h40, 18h, 20h20 (dub/dia-riamente), 22h40 (dub/somente sexta-feira e sábado).

PRÉ-ESTREIA

CONTINUAÇÕES

Quero Matar Meu Chefe 2: EUA. 12 anos. Cansados de dar satisfações aos seus chefes, Nick (Bateman), Dale (Day) e Kurt (Sudeikis) decidem virar seus próprios chefes abrindo seu próprio negócio em “Quero Matar Meu Chefe 2”. Mas um investidor trapaceiro puxa o tapete deles. Passados para trás, desesperados e sem recursos legais, os três aspirantes a empreendedores traçam um arriscado plano para sequestrar o fi lho adulto do investidor e usá-lo como moeda de troca para recuperar o controle de sua empresa. Cinemark 1 – 23h40 (dub/somente sábado); Cinépolis Ponta Negra 3 – 19h10, 22h20 (leg/somente quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo); Kinoplex 4 – 21h (dub/somente de quinta-feira a domingo).

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 A desorganização nas ações e a mudança de direção e de planos complica os afaze-res profi ssionais e de rotina. Seria melhor fi rmar uma direção antes de sair fazendo as coisas.

TOURO - 20/4 a 20/5 Momento de tensão na vida amorosa. De-sejos íntimos podem ser contrariados pela pessoa amada. Você não gosta desse tipo de situação, e tende a reagir mal.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Os confl itos e desafi os deságuam no lar e no trabalho. Resolva com agilidade questões difíceis, evitando aumentar a tensão. Não aguarde os problemas, atue antes.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Um dia em que o cotidiano traz situações de tensão e pressão, exigindo desdobrar-se em movimentação. Ao forçar as situações irá complicá-las mais ainda, causando pre-juízos.

LEÃO - 23/7 a 22/8 O temerário Marte afl ige seu regente, o luminoso Sol, tornando os sentimentos amo-rosos exaltados e descabidos. Toda paixão parece urgente, tudo lhe parece motivo de paixão.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Você não quer ninguém se intrometendo em seus assuntos pessoais, mas não por isso invada o território alheio ou espante as pessoas. Por isso, possível confl ito com familiares.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Se há contratempos que hoje se impõem sobre sua ordem de vida, procure acomodá-los o melhor que puder, tentando não perder totalmente seu espaço pessoal.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 O aspecto tenso afasta a possibilidade dos amigos ajudarem nos negócios fi nanceiros, e vice-versa. Os desafi os podem lhe atrair, mas talvez não seja o dia de lhe fazerem bem.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Você quer que sua vontade prevaleça, o que talvez não seja possível neste dia, ainda mais diante de autoridades. A habilidade pode ajudá-lo a contornar o pior do confronto.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Você reage com violência a qualquer situa-ção, pois todas lhe soarão desafi adoras. A ordem dos acontecimentos parece ir contra seus desejos e sua vontade pessoal.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Momento em que tendem a ocorrer confl itos entre negócios e amigos. É aconselhável manter distância entre estes assuntos, ape-sar de poder curtir cada um deles.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Um dia oportuno para agir criativamente nas relações pessoais. Se o convívio desandar ou se a desarmonia se instalar, modifi que logo o que irá melhorar o astral entre vocês.

O fi lme de catástrofe “Impacto Profundo” será exibido pela Rede Globo, na “Sessão da Tarde”

ESTREIA

Boa Sorte: BRA. 16 anos. Após uma série de problemas comportamentais, o adolescente João (João Pedro Zappa) é internado pela família em uma clínica psiquiátrica. No local ele conhece Judite (Deborah Secco), também paciente, por quem logo se apaixona. Ela não tem muito tempo de vida e ambos sabem disto, o que não impede que iniciem um intenso romance. Cinemark 2 – 12h20, 14h30, 16h45, 19h, 21h15 (diariamente), 23h30 (somente sábado); Cinépolis Ponta Negra 3 – 14h, 17h05 (diariamente), 19h40, 22h20 (exceto quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo), Cinépolis Ponta Negra 6 – 15h05, 17h15, 19h45, 21h55 (diariamente); Kinoplex 4 – 14h30, 18h50 (diariamente), 21h (somente segunda-feira, terça-feira e quarta-feira).

DIVULGAÇÃO

De Volta Ao Jogo: EUA-CHI-CAN. 18 anos. Keanu Reeves é John Wick, homem solitário que perdeu tudo na vida. Um assassino de aluguel aposentado, Wick é forçado a voltar ao jogo e enfrentar a máfi a. Willem Dafoe e John Leguizamo se destacam no elenco. Cinépolis Millennium 3 – 14h30, 19h15 (dub/diariamente), 16h50, 21h50 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 18h50, 21h35 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 9 – 14h45, 20h15 (dub/diariamente), 17h45 (leg/diariamente); Kinoplex 1 – 13h50, 16h10, 18h30 (dub/diariamente), 20h50 (leg/diariamente).

16h Brasil Urgente – Edição Regional17h Brasil Urgente – Edição Nacional17h50 Band Cidade18h20 Jornal da Band19h25 Show da Fé20h20 Violetta21h20 Zoo21h25 Como Eu Conheci Sua Mãe21h50 Os Simpsons22h25 CQC – Custe o Que Custar0h25 Jornal da Noite1h15 Que Fim Levou? – Boletim1h20 The Walking Dead2h10 Igreja Universal

12h Amazonas TV12h47 Globo Esporte13h20 Jornal Hoje13h59 Vídeo Show14h43 Sessão da Tarde – Impacto Pro-fundo16h45 Cobras & Lagartos17h40 Malhação 18h20 Boogie Oogie19h10 Jornal do Amazonas19h30 Jornal Nacional20h09 Alto Astral21h04 Império 22h25 Tela Quente – Fogo Contra Fogo23h55 Jornal da Globo0h27 Programa do Jô 1h35 Corujão – Amor Sem Fronteiras

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O senador eleito pelo Ama-zonas, Omar Aziz, e o pre-feito, Arthur Virgílio Neto, se reuniram, na terça (25), para tratar do fortalecimento da relação institucional do mu-nicípio com o governo fede-ral. O encontro aconteceu no Centro Cultural Palácio Rio Branco. No encontro, o prefeito afi rmou que a partir de agora se sente repre-sentado no Senado e mais seguro de que contará com um parlamentar atuante na

defesa dos interesses do povo manauense, para ajudar na liberação de recursos emperrados junto ao Tesouro Nacional. Além de agradecer pelo apoio recebido em sua candidatura, o senador Omar Aziz também desta-cou as ações da prefeitura na requalifi cação da cidade de Manaus. Ainda segundo Omar Aziz, o governo federal precisa ser mais imparcial e célere na ajuda aos municípios que representam projetos fundamentais para o desenvolvimento de suas regiões.

“O próprio prefeito Arthur Neto tem três empréstimos em discussão no Senado, um importantíssimo que trata da construção de escolas de tempo integral em Manaus e não vejo porque demora a aprovação de projetos dessa natureza. Ninguém precisar ter que pedir favor para a Presidência ou quaisquer senadores para esse tipo de proposta. Então, estarei em Brasília para debater temas que não devem ser somente problema do prefeito”, completou.

Para celebrar os 20 anos do pro-grama “Promoter” e da coluna Sér-gio Frota, realizaremos no dia 16 de dezembro, na Casa das Artes, um jantar em grande estilo. Na ocasião, estaremos realizando a entrega do “Troféu Programa Promoter Melhores do Amazonas”, na sua 17ª edição. Na produção do evento, o chef, coreógrafo e decorador, Jamil Junior. Assinam o cardápio musical Felicio Show e o DJ Sidney Almada, com participação especial da cantora Marcia Novo.

Serão homenageados com o troféu: governador José Melo, prefeito Arthur Virgílio Neto, senador eleito Omar Aziz, deputada federal eleita Conceição Sampaio, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, deputado Josué Neto, deputado Ad-juto Afonso, secretário estadual da Fazenda, Afonso Lobo, secretário mu-nicipal de Finanças, Ulisses Tapajós, Banco Bradesco S/A, empresário de comunicação Otávio Raman Neves, presidente do Grupo Raman Neves de Comunicação, Nejmi Aziz, “A Mu-lher do Ano”, Grupo Magi, professora Nelly Falcão de Souza, receberá o prêmio como “Educadora do Ano” e o ortodontista Mauricio Ferreira.

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Sérgio [email protected]

Instagram: @sergiopromoter

GOVERNADOR JOSÉ MELO e o prefeito Arthur Virgílio Neto participaram, na quinta (27), da cerimônia de inauguração do Sumaúma Park Shopping, na Cidade Nova. O Sumaúma Park Shopping é uma iniciativa do grupo DB e possui três andares, com mais de 200 lojas e 2,3 mil vagas para estacionamento coberto. Segundo o presidente do Grupo DB, Sidney Pedrosa, já está em estudo a expansão do espaço, criando mais 150 lojas e um hotel. O novo centro de compras da Zona Norte já está de portas abertas e tem capacidade de atender até 50 mil pessoas por dia.

PREFEITO ARTHUR VIRGÍLIO NETO participou, na quinta (27), da abertura da 84ª Reunião do Fórum Nacional de Secretários e Diri-gentes Públicos de Transportes Urbanos e Trânsito. Arthur cobrou maior envolvimento do governo federal com o problema da mobilidade urbana. Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasiliense Pires, os problemas são refl exos de falhas das administrações ocorridas nos últimos 50 anos, mais que podem ser corrigidas com bons projetos discutidos por técnicos e políticos.

ARLESON SICSÚ/SEMCOMALEX PAZZUELO/SEMCOM

Programa Promoter 20 anos

DEPUTADA CONCEIÇÃO SAMPAIO e Gustavo Igrejas, superintendente em exercício da Suframa, durante sessão de tempo no plenário da Aleam, promovida pela parlamentar, que recebeu os servidores e líderes da autarquia, do Sindframa, para apresentarem ao Poder Legislativo e para a sociedade amazonense suas reivindicações de reestruturação salarial e melhoria da infraestrutura necessária à prestação dos seus serviços. A manifestação resultou em uma Moção de Apelo dirigida à bancada federal amazonense no Congresso Nacional, Casa Civil da Presidência da República e ministérios do Planejamento e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, defendendo as reinvindicações dos servidores da Suframa.

SENADOR ELEITO OMAR AZIZ recebeu, na quarta (19), em Brasília, a outorga denominada Medalha Deferência Polícia Federal, em razão de sua notória postura nas ações e prestação de serviços em prol da Polícia Federal no Brasil. O evento foi promovido pela Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal, no clube Espaço da Corte, e fez parte dos atos comemorati-vos ao Dia do Policial Federal. Também congratulado com a medalha, o secretário estadual da Fazenda no Amazonas, Afonso Lobo.

ERICK PEREIRA

Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto recebeu, na quarta (26), a Medalha Mérito Legislativo 2014. A solenidade foi realizada na Câmara dos Deputados e premiou autoridades, personalidades, instituições, campanhas, programas e movimentos que tenham prestados serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil. Muito emocionado por receber a reverência e com o Salão Negro lotado, o prefeito disse que ser reconhecido pelo trabalho o motiva ainda mais para continuar transformando Manaus.

Responsável por indicar Arthur Neto para receber a honraria, o de-putado federal Átila Lins disse que a escolha aconteceu pelos grandes serviços prestados não apenas ao Amazonas, mais também ao país. “Arthur é um nome reverenciado nacionalmente. Já foi deputado federal, ministro e senador, participou de grandes discursões em benefício do Brasil. Nada mais justo que reconhecer isso. A honraria também é uma forma de homenagear o Amazonas”, disse Atila.

ALEX PAZZUELO/SEMCOM

Deputada Con-ceição Sam-

paio parabeniza Jacob Moisés

Cohen, médico ost almologista,

nascido em Parintins, com

40 anos de profi ssão dedi-

cado ao interior do Amazonas, que foi home-nageado com

a Medalha Ruy Araújo, concedi-da pela Aleam,

na terça (25)

ALBERTO CESAR ARAÚJO/ALEAM ALBERTO CESAR ARAÚJO/ALEAM

Deputado estadual Adjuto Afonso, com o amigo e empre-sário Homero de Oliveira, na solenidade da entrega da Medalha Amigo da Marinha, ocorrida na segunda (24), no 9º Distrito Naval

EDMAR PERRONE

Deputado Átila Lins, que aniversariou sábado (22), entre a esposa Rita e a fi lha Paula. Recebe os cumprimentos da coluna

PAULO LIMA

Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, reuniu na terça (25), com os representantes dos guardas municipais, para discutir uma série de pontos apresentados pela categoria. Segundo Arthur, as solicitações serão analisadas uma a uma e farão parte de um processo de restruturação da categoria a ser implantado até o fi nal da gestão, em dezembro de 2016. Também participaram da reunião o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Farias, o procurador-geral do município, Marcos Cavalcante, e o secretário municipal de Governo, Marcio Noronha.

MARIO OLIVEIRA/SEMCOM

Amanhã, o presidente internacional do grupo DeVry, Steve Riech, e o presidente nacional, Carlos Alberto Degas, estarão em Manaus visitando a mais nova participante do grupo, a Faculdade Martha Falcão. Na ocasião ambos estarão à disposição da imprensa para entre-vistas ou declarações sobre a fusão FMF/De-Vry e as novidades que o grupo trará para a Região Norte.

Visita

Hoje, na sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília, o ex-ministro Bernardo Cabral recebe o “Prêmio Sobral Pinto”, como forma de homenagear Cabral pela sua trajetória em defesa da liberdade democrática. Bernardo Cabral é membro honorário vitalício da OAB nacional.

Prêmio

O mestre Osvaldo Alves de Albuquerque, iniciador do jiu-jítsu no Amazonas, vai receber o Título de Cidadão do Amazonas, no próximo dia 3, no plenário Ruy Araújo da Aleam. A ho-menagem é de autoria do deputado estadual Arthur Virgílio Bisneto.

Homenagem

TÁCIO MELO/SEMCOM

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Page 16: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoNa esperaFlávia Alessandra aca-

ba de voltar de Miami, onde gravou o programa “Além da conta”, da In-grid Guimarães, no GNT. Ainda de férias na Globo, ela tem aproveitado esse tempo longe da televisão para investir no seu lado empresária e também em produções do cinema.

Muito trabalhoO Boninho terá um ja-

neiro puxado, com a es-treia do “BBB” e o “Vídeo Show”, novo, de novo! “Ví-deo Show” que deverá ter à frente, na sua direção, Kizzy Magalhães, que já faz parte da equipe.

É só mais umaA anunciada “morte” nos

últimos episódios da série “Tapas & Beijos” vai mes-mo acontecer. Mas será uma morte de mentirinha do Tavares, personagem do Kiko Mascarenhas, para tentar botar a mão numa herança.

Próxima etapaA ordem na Bandeiran-

tes, já para o princípio do próximo ano, será atacar os canais a cabo. Dar uma nova cara a todos eles. O que aconteceu no Arte 1, por meio de um muito

bom trabalho desenvolvido pelo Caio Carvalho, é o que deve servir de modelo.

Circuito livreAliás, o Caio consegue ser

unanimidade na Band como fi gura do bem, o que não é surpresa em se tratando dele. Faz parte do seu histórico. Já é de algum tempo ele é um dos homens de confi ança de Johnny Saad.

Como pode?O pessoal da “Fazenda” es-

queceu a civilidade do lado de fora. Lá, o tão necessá-rio racionamento de água

simplesmente não existe, porque a gastança, dentro e fora da casa, supera todos os excessos.

Como pode? 2Um daqueles participan-

tes, o cantor Léo Rodriguez, só num dia ao escovar os dentes, deixou a torneira aberta por vários minutos. Escovava, ao mesmo tem-po falava, e a tão precisosa água caindo. E isto em Itu, onde de muito tempo a população está penando com a seca. Não custava nada alguém da produção dar um toque.

Bate-rebate• No sistema aberto, a

Bandeirantes vai transmitir, sozinha, o jogo Barcelona e Paris Saint-Germain, dia 10, a partir de 17h45.

• Depois das cinco rodadas, falta apenas mais uma para fechar a fase de grupos e depois vem as oitavas...

• ... A Band já tem o melhor resultado da “Liga” de todos os tempos com o compara-tivo desta fase.

• Ratinho grava nesses pró-ximos dias o seu especial de fi m de ano, com direção do Ricardo Mantoanelli...

• ... Toda a trama vai acon-tecer dentro de uma pousa-da, onde ele, Ratinho, é o feliz proprietário...

• ... Mas que está prestes a falir...

• ... Praticamente todos os contratados do SBT, em partici-pação especial, farão diferentes personagens no programa.

• Não será necessariamen-te uma mulher que irá ocupar o lugar da Dani Calabresa no “CQC”.

Nova bancadaEstá desenhada a nova bancada

do “CQC”. Diante das saídas do Marcelo Tas e Dani Calabresa, já anunciadas como ofi ciais, Dan Stulbach e Rafi nha Bastos passa-rão a ocupar os seus lugares. E o Marco Luque, contrato renovado, será mantido. Na verdade, o Dan como novidade e o Rafi nha, que só falta acertar alguns pequenos detalhes, para a cadeira que já foi dele. Sem mais.

GLO

BO

Marcelo Mansfi eld está gra-vando pilotos no Arte 1 de um programa sobre os bastidores do teatro, para estrear no ano que vem. Isto na paralela e sem qualquer interferência no seu trabalho do “Agora é Tarde”.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

RelançamentoO conjunto KLB,

Kiko, Leandro e Bruno, está voltan-do, com um DVD já gravado, com o tí-tulo de “Um novo tempo”. Seis músi-cas novas e seis do repertório. Foi todo feito no Stúdio SA, do Helio Silleman, com produção e di-reção dele.

Hoje, às 5h, acontece a estreia do “Hora Um da Notí-cia”, na Globo, com Monalisa Perrone

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Cade

rno

C

[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014 (92) 3090-1045

Contrato de casamentosimplifi cado

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

Página C6

Mineroduto da discórdiaMaior duto de minério de ferro do mundo começa a funcionar em meio a queixas de poluição da água e rachaduras em casas.Peixes do local morreram de hemorragia com água contaminada com amônia, depois de soda cáustica ser despejada no rio

Na manhã de 23 de agosto, a lavradora Maria da Consola-ção da Silva, 63,

encontrou dezenas de peixes mortos no córrego atrás de casa. Eram traíras e piabas boiando de barriga para cima no meio de uma água cheia de espuma.

“Não sei até hoje o que matou os peixes”, conta dona Maria. “Só sei que não sobrou nem um lambarizinho nessa água”, diz ela, que mora há 20 anos na área e usava o córrego para pescar, lavar roupa e dar água aos animais.

Segundo o laudo do centro tecnológico Cetec, os peixes morreram de hemorragia por causa da água contaminada com amônia. O governo acre-dita que soda cáustica tenha sido despejada na água.

A casa de dona Maria da Consolação fi ca a três quilô-metros da barragem de rejei-tos da mineradora Anglo Ame-rican. É lá que são represados resíduos químicos resultantes do benefi ciamento do mi-nério de ferro que a Anglo extrai da região.

A empresa afi rma estar in-vestigando o caso e diz que o laudo não é conclusivo.

A mortandade de peixes é só o mais novo capítulo da his-tória atribulada do maior mi-neroduto do mundo, o Minas Rio, projeto que o ex-bilionário Eike Batista vendeu à Anglo American em 2008.

Com cinco anos de atraso e custo US$ 10 bilhões acima do estimado, um dos maio-res estouros de orçamento da história da mineração, o

mineroduto começou a fun-cionar no fi m de outubro.

Trata-se de um duto de 529 quilômetros que sai da mina e da planta de benefi ciamento de minério, em Conceição do Mato Dentro (MG), passa por 32 cidades e chega ao porto do Açu (RJ), levando minério mis-turado com água. O primeiro navio, com 80 mil toneladas de minério de ferro, zarpou rumo à China.

Acúmulo de problemasNa esteira do projeto Minas

Rio, que inclui mina, minero-duto e porto, problemas se acumulam: casas próximas ao mineroduto tremem e trincam, moradores se queixam da po-luição dos rios e eliminação de nascentes, técnicos disseram terem sido achacados para li-berar licenças ambientais, mui-tos contestam a venda de suas propriedades à empresa.

Para completar, em meio a uma das piores secas que Mi-nas Gerais já viveu, a mina e o mineroduto consomem 2.500 metros cúbicos de água por hora, quantidade sufi ciente para abastecer uma cidade de 220 mil habitantes.

“Há uma seca e não temos controles sufi cientes, essas outorgas para uso da água precisam ser revistas”, diz Mar-celo Mata Machado, promotor

público de Conceição.O mineroduto passa a cem

metros do terreno de Rosemei-re Teixeira, 50, na comunidade do Turco. Quando ligam as bombas, tudo na casa vibra. “Parece terremoto: a gente senta na cama e fi ca tudo tremendo, os pratos batem uns nos outros. Olha esta rachadu-ra aqui”, mostra.

No estudo de impacto am-biental (EIA-Rima), a minera-

dora dizia que ‘a localização relativa das estações de bom-beamento, combinada com o nível de ruído das bombas, não trará incômodos às comunida-des’. Os moradores do Turco não são considerados atingi-dos pela obra e não têm direito a indenização. A Anglo admite que foi detectada vibração no mineroduto, que diz ser “fato incomum”, e que “tomará as medidas cabíveis”.

PATRÍCIA CAMPOS MELLOENVIADA ESPECIAL A Conceição do Mato Dentro (MG)

FABIO BRAGA/FOLHAPRESS

Dutos passam por pro-priedade em Morro do Pilar (MG); licenças am-bientais da obra também são motivo de polêmica

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

DÊNNIS A. LOBO*

*Analista responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do disposto no Art. 16 da Instrução CVM 483/10

Comece 2015 alinhadocom seus investimentosNada de previsões mirabolantes típicas de dezembro. Veja quatro passos simples para um novo ano fi nanceiro feliz

Chega ao fi nal o ano de 2014 repleto de diversos eventos no Brasil, como a

Copa do Mundo de Fute-bol, eleições gerais e a cri-se acentuada da Petrobras. Ano de grande volatilidade nos mercados e mais um período difícil para a Bolsa de Valores brasileira. Apesar do afrouxamento monetário pelo mundo essa liquidez não chegou à nossa bolsa como se imaginava.

O investidor estrangei-ro, importante player da BM&FBovespa, ainda man-tém-se a distância segura. Os juros saltaram e a moeda bra-sileira desvalorizou-se, prin-cipalmente frente ao dólar norte-americano.

Nesse cenário a renda fi xa indexada às taxas DI ganhou espaço no portfólio dos in-vestidores, o que se mostrou bastante interessante, como uma alternativa para buscar-se ganho real frente à maior pressão infl acionária.

Para 2015 há uma infini-dade de possibilidades. Esta incerteza assusta alguns, mas significa oportunidades para outros.

Veja quatro passos sim-ples para começar bem o ano de 2015 no mundo dos investimentos:

1 - Cuidado com as di-cas. Não importa de onde venham ou onde estejam, cuidado com frases chama-tivas fi nanceiramente, como “conheça as dez ações mais promissoras para o ano” e “saiba quais os melhores in-vestimentos”. Elas são muito

comuns nessa época do ano, mas podem guardar várias armadilhas. Muitas pessoas tomam este tipo de “informa-ção” como verdade absoluta de modo fácil. A verdade é que não há como prever o futuro. O que existem são estimativas que serão con-fi rmadas ou não. Além disto, não se pode ignorar que no Brasil, já faz algum tempo, somos pegos de surpresa com algumas mudanças de percurso e de marcos regu-latórios, o que torna ainda mais movediço o terreno.

2 - Defi nir o objetivo é o mais importante. Saiba o que você quer realizar ao fazer um investimento. Ele pode servir apenas para manter o poder de compra do seu ca-pital, mas também pode ter como objetivo a realização de um sonho material, como uma viagem, um curso ou aquisição de um veículo.

A defi nição do objetivo está muito relacionada com a modalidade de investi-mento a ser escolhida. Tem que haver compatibilidade entre ambos.

3 - Revisão contínua. Es-tabeleça um período para revisar o seu investimento. Como já foi dito os cenários alteram-se e o mundo não é tão estável quanto às vezes parece. Portanto é sempre bom conferir se o investi-mento continua atrativo e condizente com realidade e objetivos traçados.

4 - Cerque-se de bons pro-fi ssionais. Escolha uma insti-tuição fi nanceira e profi ssio-nais de investimentos que vão além do “feijão com arroz” e, principalmente, afaste-se

dos “profi ssionais de metas”, ou seja: quem infelizmente na ganância de bater metas acabam, por vezes, dando pouco caso às reais neces-sidades do cliente/investi-dor. Procure instituições e profi ssionais especializados

em investimentos. Para começar o ano de

2015 com o pé direito com os investimentos a melhor dica é deixar as conversas fi adas de lado e focar o que real-mente importa. Os quatro passos aqui apresentados já

são um bom começo.Para mais informações so-

bre o assunto envie uma men-sagem de e-mail para [email protected].

*Co-fundador e sócio do D&L Investimentos, escri-

tório Ágora-Bradesco em Manaus, no Amazonas

Randon: revisão de estimativas

Atualizamos nosso modelo de avaliação para a Randon e reiteramos nossa recomen-dação de compra. No entan-to estamos alterando nosso preço-alvo para o fi nal de 2015 de R$ 12/ação para R$ 9,80/ação. Incorporamos ao nosso modelo os resultados do 3T14 da companhia, bem como as premissas atualiza-das da nossa equipe macro-econômica sobre a econo-mia brasileira e ajustamos nossas estimativas para os próximos anos.

Temos com uma visão mais conservadora em relação as nossas estimativas para Randon. Isto se deve, prin-cipalmente, aos resultados mais fracos do que o espe-rado apresentados nos últi-mos trimestres e do cenário econômico ainda desafi ador no curto prazo.

Além disso, considerando a grande safra nos Estados Unidos e seus efeitos sobre os preços das matérias-pri-mas, esperamos um cenário mais negativo para a agri-cultura brasileira nos próxi-mos anos. Vemos também algum impacto negativo so-bre as vendas da Randon, uma vez que seus produtos têm uma alta exposição a

este segmento.Reduzimos nossas estima-

tivas para o Ebitda em 6,9% para 2015 e em 11,5% para 2016. Esta redução é de-corrente da diminuição das nossas estimativas para a receita, em 4,9% para 2015 e em 5,8% para 2016. Tam-bém reduzimos as nossas estimativas para as mar-gens operacionais da em-presa, as quais esperamos que permaneçam estáveis nos próximos anos.

Analisando a diminuição das estimativas nas vendas e no Ebitda (geração opera-cional de caixa), e assumindo maiores despesas fi nancei-ras devido à incorporação de taxas de juros mais elevadas nos próximos meses no Bra-sil, reduzimos nossas estima-tivas para o lucro líquido da Randon para 9,5% em 2015 e para 14,6% em 2016.

É importante ressaltar que a Randon ainda é uma das nossas empresas favoritas no setor industrial. No entan-to, mesmo considerando que há espaço para valorização, o desempenho econômico mais desafi ador esperado no Brasil para os próximos anos provavelmente vai adiar uma possível recuperação sus-tentável de suas ações no curto prazo.

JOSÉ CATALDO*

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Escolha uma instituição fi nanceira e profi ssio-nais de investimentos que vão além do básico

FONTE: BROADCAST; BRADESCO CORRETORA E ÁGORA CORRETORA

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Tributos para importado ecosmético podem aumentarEntre as medidas em estudo para reequilibrar contas públicas, também estão corte no abono salarial e volta da Cide

Além da volta da Cide (contribuição que re-gula preço dos com-bustíveis), a nova

equipe econômica avalia ou-tras propostas de aumento de tributos para reequilibrar as contas públicas em 2015.

Entre elas, elevar a alíquota de PIS/Cofi ns sobre produtos importados e o aumento da tributação sobre cosméticos. As duas medidas podem ren-der, em 2105, R$ 5 bilhões.

O governo vai mudar tam-bém a concessão do abono salarial e do seguro-desem-prego. No abono, a ideia é transformar em propor-cional o pagamento do be-nefício, o que pode gerar economia de até R$ 8 bilhões para a União.

As propostas fazem par-te do pacote elaborado pela equipe de Guido Mantega, entregue a Dilma Rousseff na semana passada e repassado aos futuros ministros Joa-quim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

Os dois nossos auxiliares da presidente avaliam as medidas e devem fi nalizar

o formato do pacote fi scal ainda neste ano. Eles já anun-ciaram que farão um ajuste sufi ciente para gerar um su-peravit primário (economia de gastos a fi m de reduzir a dívida pública) de 1,2% do PIB em 2015.

Segundo a Folha apurou, a nova equipe vai optar por aumento de tributos para fechar as contas públicas, que até outubro registravam defi cit de R$ 11,5 bilhões no ano, a fi m de preservar áreas como educação e saúde.

Levy e Barbosa prepa-ram, porém, um corte “sig-nifi cativo” de despesas no Orçamento de 2015, ainda não aprovado pelo Con-gresso, para “encorpar” o pacote elaborado pela equipe de Mantega.

A alta da alíquota de PIS/Cofi ns sobre importados e o aumento da tributação sobre cosméticos foram analisados no início do ano, mas foram descarta-dos porque Dilma não que-ria elevar a carga tributária em ano eleitoral.

Diante da necessidade de reequilibrar as contas, as medidas voltaram a ser in-cluídas no pacote elaborado

pelo time de Mantega.Na época, a indústria de

cosméticos reuniu-se com a equipe do ministro e ques-tionou as mudanças em es-tudo, em que se passaria a cobrar IPI não só de fa-bricantes, mas também de distribuidores. Recebeu a promessa de que a indústria seria ouvida quando o tema

voltasse à discussão.

Tratamento igualNo caso do aumento de PIS/

Cofi ns sobre importados, a medida, além de gerar caixa, visa dar tratamento tributá-rio igual ao produto nacio-nal, que tem uma tributação maior. Isso porque o STF (Supremo Tribunal Federal)

considerou inconstitucional incluir ICMS na base de cál-culo de importados.

Atualmente, a alíquota do PIS é de 1,65%, e a da Cofi ns, de 7,6%.

A volta da cobrança da Cide também está em estudo. A contribuição, que foi reduzida ao longo dos últimos anos e zerada em 2012 para segurar

os preços dos combustíveis, pode gerar R$ 14 bilhões de receita por ano se cobrada em seu maior valor.

A proposta, contudo, era fazer uma recompo-sição parcial do valor. No caso da gasolina, o gover-no usava como valor de referência a cobrança de R$ 0,28 por litro.

VALDO CRUZDE BRASÍLIA

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C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Dilma busca reatar commercado em conferênciaPresidente participa nesta terça-feira de encontro com investidores organizado pelo banco americano JPMorgan

A presidente do Brasil Dilma Rousseff decidiu participar nesta terça-feira (2) da abertura de

uma conferência com investi-dores organizada pelo banco americano de investimentos JPMorgan, em São Paulo. A iniciativa faz parte da estraté-gia da presidente para acalmar o mercado fi nanceiro.

O encontro de Dilma com os investidores ocorre depois de ela ofi cializar sua nova equipe eco-nômica, formada pelo trio Joa-quim Levy (Ministério da Fazen-da), Nelson Barbosa (Ministério do Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central).

A indicação de Levy, que passou pelo Bradesco e é con-siderado de perfi l austero na condução dos gastos públicos, foi particularmente bem rece-bida pelo mercado. Quando a informação foi vazada na sexta-feira (21), a Bolsa chegou a ter alta de 5% no Ibovespa, prin-cipal termômetro dos negócios com ações. Já o dólar recuou 2% e voltou para R$ 2,52.

De saídaDiante da escassez de re-

cursos federais, num momen-

to em que as contas públi-cas podem fechar o ano no vermelho, a presidente defi niu como prioridade estimular in-vestimentos nacionais e es-trangeiros no setor produtivo para retomar o crescimento da economia brasileira.

Nesta semana, Dilma pode até dar posse aos novos minis-tros da Fazenda e do Planeja-mento caso o Congresso aprove nesta terça-feira a manobra fi scal que permite descumprir a meta de superavit primário (economia de gastos para pa-gar a dívida pública) neste ano, de 1,9 % do PIB.

Dilma ainda vai avaliar com sua equipe mais próxima a conveniência de dar pos-se aos dois ministros ainda neste ano. Guido Mantega, o ministro da Fazenda que está de saída, já manifestou à presidente o desejo de deixar o posto imediatamente.

Levy e Barbosa devem tam-bém acelerar a montagem de suas equipes nesta semana. Um dos nomes mais aguardados é o do futuro secretário do Tesouro Nacional, hoje comandado por Arno Augustin.

Ex-secretário do órgão, Tar-cisio Godoy, que também tra-balha no Bradesco, é um dos nomes mais cotados.

VALDO CRUZDE BRASÍLIA

Alexandre Tombini, do Banco Central, e os futuros ministros de Dilma: Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda)

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Rigidez é obstáculo paraatender cliente baixa rendaControle de custos é essencial para oferecer serviço a preço compatível. Volume de negócios é outra complexidade da área

Da chegada de um paciente a uma das clínicas da rede Dr. Consulta

à conversa com a enfer-meira para recomendações fi nais, gastam-se em mé-dia 58 minutos. O tempo é monitorado diariamente.

Segundo Thomaz Srougi, 38, sócio-fundador da com-panhia, que faz atendimentos a preços populares (uma con-sulta com cardiologista custa R$ 80), o modelo de negócios só funciona devido a con-troles rígidos de processos e custos como esse.

“Além de trabalharmos com saúde, somos uma empresa de engenharia de processos e de tecnologia. Não usa-mos papel, todos os siste-mas são informatizados para termos mais dados”.

Essa busca por um contro-le gerencial rígido, que per-mita oferecer um serviço de

qualidade mantendo um bom preço, é o maior desafi o das empresas que buscam oportu-nidades oferecendo produtos e serviços para as classes C, D e E, diz Renato Kiyama, diretor da aceleradora de ne-gócios Artemisia (que auxilia empresas que atuam com o público de baixa renda).

“Para tornar o negócio vi-ável, o empresário terá de conseguir atender milhares de pessoas, com um produto que seja padronizado sem perder a qualidade. É preciso saber exatamente quanto R$ 1 in-vestido vai dar de retorno”.

O mercado a ser explorado é grande: As classes C, D e E consomem R$ 1,3 trilhão por ano, segundo o Data Popular, instituto de pesquisas espe-cializado na baixa renda.

Em 2012, havia 97 milhões de pessoas com renda fa-miliar per capita entre R$ 292 e R$ 1.200, de acordo com a Pnad, do IBGE.

Para descobrir onde as opor-tunidades estão, o ideal é olhar

para onde a população dessas classes é mal atendida ou depende de ‘gambiarras’ (ser-viços informais ou feitos por conta própria), diz Kiyama.

Banco dos sem-bancoA PagPop, que fornece má-

quinas para leitura de cartões de crédito em celulares, e a Acesso, de cartões pré-pagos, uniram-se para aproveitar uma carência dessas.

Marcio Campos, 39, sócio da PagPop, diz que 30% dos empreendedores que usam seus equipamentos não têm conta bancária própria, por estarem na informalidade ou inadimplentes.

Como alternativa, as em-presas criaram um cartão pré-pago que armazena os pagamentos recebidos nas maquininhas. “A ideia é criar uma espécie de ‘banco dos não bancarizados”, diz Bernardo Faria, 43, diretor da Acesso.

“Outra complexidade de atu-ar no segmento da baixa renda é conquistar credibilidade dos

clientes e dar volume para os negócios da empresa, muitas vezes em bairros periféricos”, aponta Luciana Aguiar, direto-ra da consultoria Plano CDE.

ViagemA empresa mineira Encon-

tre Sua Viagem, de compra de viagens pela web, apostou no modelo de microfranquias para vencer essas barreiras.

A rede tem 450 empreen-dedores que pagam de R$ 3.000 a R$ 20 mil para poder vender os pacotes oferecidos pela companhia, diz o sócio Henrique Mol, 29.

“O franqueado divulga as viagens em seu círcu-lo de amizade. Com essa rede, conseguimos uma capilaridade muito maior”.

A empresa permite parcela-mento em até 12 vezes. Mol diz que a inadimplência é de cerca de 3%.

SmartphonesA percepção do potencial

de crescimento do acesso

das classes C e D à internet via smartphones fez surgir a ideia da Fábrica de Aplicati-vos, em 2011.

A empresa permite que pessoas sem conhecimentos avançados de informática criem sozinhas aplicativos em poucos minutos, a partir de opções pré-formatadas.

Cerca de 180 mil aplicativos foram desenvolvidos usando a plataforma, a maior parte criada por pessoas da classe D, diz Guilherme Santa Rosa, 33, fundador da empresa. Desses, 5% usam o plano pago da companhia, de R$ 18 ao mês, que dá acesso a mais ferramentas e não inclui propaganda da plataforma.

“Descobrimos que muitas pessoas têm o seu primeiro acesso à internet pelo celular. Usam Facebook, Google, mas não têm nenhuma profi ciência com o mouse”.

A Emprego Ligado, empre-sa que faz recrutamento para funções operacionais (como vendas ou telemarketing),

usa o torpedo como ferra-menta de comunicação com os candidatos.

A empresa, que tem como principal característica ten-tar levar candidatos para empresas próximas a suas casas, enviou no ano passa-do 5 milhões de notifi cações de vagas disponíveis. Quase nenhuma delas enviadas a partir do aplicativo da em-presa, afi rma o norte-ameri-cano Jacob Rosenbloom, 33, fundador da companhia.

“A população das classes C, D e E já está comprando smartphone, mas eles nem sempre têm planos de dados disponível. Então o SMS conti-nua sendo o carro-chefe”.

Hoje, cerca de 20% da clas-se C tem um celular inteligen-te, de acordo com a pesqui- sa TIC Domicílios divulga- da pelo CETIC.br (Centro Re-gional de Estudos para o Desenvolvimento da Socie-dade da Informação), órgão ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.

FILIPE OLIVEIRADE SÃO PAULO

Bernardo Faria, da empresa de cartões pré-pagos Acesso, que criou

sistema para empreende-dores que não têm banco

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Page 22: EM TEMPO - 1º de dezembro de 2014

C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

Casamento, contrato e os bens: dele, dela e deles

Marcia DessenFinanças Pessoais

Renato e Mariana estão de casamento marcado. A famí-lia, de ambas as partes, não perde a chance de falar de um assunto que o casal tem evitado: como serão tratados os bens que cada um detém antes do casamento e também os bens adquiridos durante a união, considerando a signifi -cativa diferença da capacidade fi nanceira entre eles.

Até dezembro de 1977, a lei civil previa apenas o re-gime da comunhão total ou separação total de bens. Com a chegada da lei 6.515, que introduziu o divórcio no Brasil, o legislador permitiu a hipó-tese da comunhão parcial de bens, que passou a ser o regime padrão de casamento.

Nesse regime – o de comu-nhão parcial de bens –, os bens adquiridos antes do casamento não se comunicam entre os cônjuges, mas os adquiridos durante a união passam a ser patrimônio comum do casal. Quem quiser estabelecer con-dições diferentes pode e deve fazer um pacto antenupcial.

Pacto AntenupcialÉ o documento feito em Car-

tório de Notas no qual o casal es-tabelece as regras patrimoniais do futuro casamento. Assim, pode ser feito por casais em união estável, desde que pre-tendam se casar. Isso porque, para ter validade, ao pacto deve seguir o casamento, condição de validade do pacto, que não

servirá para nada sem este.O casal que não faz pacto

obrigatoriamente casa sob o regime da comunhão parcial de bens, que é o regime legal, ou pela separação obrigatória, quando a idade é superior a 70 anos ou inferior a 18 anos, por exemplo. Para que um casal possa adotar outros regimes, tais como a comunhão universal ou a separação de bens, ele deverá fazer o pacto.

O pacto permite ao casal estipular quais os bens cada um possuía ao se casar, ou seja, listar seus bens particulares,

que não serão comunicados com o outro cônjuge, ainda que adotando o regime da comu-nhão parcial.

O casal pode ainda estipular, por exemplo, o regime da se-paração de bens (ou qualquer outro) para o casamento e, com relação ao imóvel de residência do casal, o regime da comunhão universal, já que o Código Civil permite mesclar os regimes.

Para elaborar e registrar o pacto, não é necessária a pre-sença de advogado, e o valor, tabelado em São Paulo, é de R$ 309,22 para o ano de 2014. Cus-

to adicional de R$20,14 para o registro que deve ser feito no Registro de Imóveis do domi-cílio do casal.

Por que fazerDe acordo com o Colégio

Notarial do Brasil, seção São Paulo, existem ao menos dez motivos para fazer um pacto antenupcial:

1) Liberdade: o casal pode escolher livremente que tipo de regime de bens deseja para a sua relação, podendo inclusive combinar as regras dos regi-mes existentes;

2) Confi ança: o casal terá a assessoria imparcial com re-lação ao regime de bens que melhor se ajusta às suas ne-cessidades – comunhão parcial, comunhão universal, separação de bens ou participação fi nal nos aquestos;

3) Precaução: o casal pode especifi car quais bens cada um tinha antes de casar, evitando confusão patrimonial;

4) Segurança: a questão da propriedade e da administra-ção dos bens fi ca resolvida antes do casamento, evitando brigas e problemas futuros so-

bre a relação patrimonial;5) Tranquilidade: os interes-

sados podem estabelecer re-gras não patrimoniais como divisão de tarefas domésticas, direito de visita aos animais de estimação em caso de eventual divórcio etc;

6) Igualdade: casais do mes-mo sexo podem fazer o pacto antenupcial para assegurar seus direitos;

7) Fé pública: o documen-to elaborado pelo tabelião de notas garante autentici-dade, efi cácia e segurança jurídica ao ato;

8) Economia: o pacto an-tenupcial tem custo baixo e preço tabelado por lei estadual, independentemente do valor do patrimônio do casal.

9) Agilidade: o casal deve comparecer ao cartório de no-tas com os seus documentos pessoais e o pacto será feito com rapidez e sem burocracia;

10) Independência: é livre a escolha do tabelião de notas independentemente do domi-cílio das partes ou do local de realização do casamento.

Você está só namorando e não pretende se casar? O pacto antenupcial não se apli-ca ao seu caso, já que ele só tem validade quando seguido de núpcias.

Na próxima semana, fala-remos sobre a escritura de união estável para aqueles que não pretendem avançar para o próximo estágio e continuar apenas namorando.

Rentabilidade de líder da disputa ultrapassa 300%

A valorização da carteira de ações de Laercio Marin-zek atingiu 317,3% na sema-na passada, o que ampliou sua vantagem na liderança do ranking geral do Folhain-vest, simulador da Bolsa feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa. Marinzek completa assim 28 semanas seguidas no topo da lista.

Em segundo lugar no ranking segue Elson Costa, com 195,7% de ganho. A no-vidade desta semana é Cleide Barboss na terceira posição, com valorização de 127,7% na carteira.

Marcelo Pavan, que não estava entre os 20 primei-ros na semana passada, vem na quarta colocação, com 125,3% de ganho. Mauri A. S. Junior aparece em quinto, com 122,2%.

Cleide Barboss lidera en-

tre as mulheres e também o ranking universitário.

Por regiões, Marinzek lide-ra no Sudeste, e Mauri A. S. Junior, no Norte. Jaco Batista Oliari segue em primeiro no Sul, com 104,4%. No Nordes-te, Andrezza Gabriel Mederios Costa lidera, com 85,3% de alta. Eduardo Ferreira Freitas está à frente no Centro-Oeste, com 97,4% de ganho.

Os interessados em partici-par podem se inscrever gratui-tamente no site do simulador (www.folhainvest.com.br). O ranking para a premiação do ano começa a ser computado no momento da inscrição.

A premiação em 2014 inclui cursos sobre investimentos, acesso a banco de dados de co-tações e iPads, mas pode ha-ver substituição desses itens por produtos equivalentes ou com valor fi nanceiro similar.

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C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

CARO DINHEIRO Mande sua pergunta para a coluna [email protected]

Mateus, da duplaJorge e Mateus

Indicadores Econômicos

Ultimamente tenho investido em um complexo em Goi-ânia para a práti-ca de wakeboard [esporte aquático], que é uma das mi-nhas paixões

Como reduzir gasto com moeda em caso de mudança de país?

Os valores de taxa de câmbio variam consideravelmente para os diferentes tipos de moeda adquiridos, o que deve ser uma preocupação na hora da com-pra, além do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pago.

A compra de dinheiro em espécie, por exemplo, pode acabar saindo mais caro por causa da cotação adotada, mas existe a certeza em rela-ção à taxa de câmbio paga, o que não ocorre com cartões de crédito, por exemplo, para os quais são adotadas taxas futu-ras que podem acabar saindo mais baratas ou mais caras do que no caso de papel-moeda – é impossível prever.

Em relação ao IOF, pode-se

realizar transferências banca-rias para instituições interna-cionais e pagar 0,38% de taxa, valor igual ao pago no caso da compra de papel-moeda, sendo essa uma opção mais barata e mais segura do que o transporte de milhares em papel.

A transferência não incorre em cobranças de Impos- to de Renda, o que a torna ain-da mais vantajosa, mas conta com custos relativos a tarifas bancárias que devem ser verifi -cados na institui- ção de origem previamente e negociados sempre que possível.

Nos cartões de crédito, o IOF cobrado é de 6,38%, um nível consideravelmente elevado, e há ainda a dúvida em relação

R. W. C. (AMERICANA, SP) ao câmbio a ser praticado no vencimento da fatura. Por ha-ver grande risco cambial e as tarifas cobradas serem bas-tante altas, é melhor manter-se afastado dessa forma de pagamento e utilizá-la apenas em casos de emergência.

Para cartões pré-pagos, a taxa adotada é a mesma do cartão de crédito, 6,38%, mas há certeza em relação ao câmbio pago, uma vez que este é defi nido na data de carregamento do cartão.

Ainda assim, essa pode não ser uma opção tão interessante no caso de mudança defi nitiva para outro país em razão do IOF pratica- do, que encarece muito as transações.

O papel-moeda seria uma opção bastante vantajosa por

causa do IOF baixo, de 0,38%, não houvesse o risco de loco-moção, que torna a operação bem menos segura.

Além disso, há também o li-mite de R$ 10 mil para saída do país que impede o porte de quantias elevadas.

A alternativa mais interes-sante acaba sendo, realmente, a realização de uma transfe-rência bancária interna- cio-nal, na qual se pagam taxas administrativas ao banco, mas adota-se a taxa de câmbio da data de envio e desconta-se apenas 0,38% de IOF.

SAMY DANA é economista com PhD em business e pro-fessor da EAESP-FGV. Twit-ter: @samydana. Facebook: facebook.com/carodinheiro

Como obter R$ 4.000 por mês no longo prazo?

RESPOSTA DO PROFES-SOR DA FGV-SP WILLIAM EID - Retirar R$ 4.000 por mês de uma aplicação, ou R$ 48mil por ano, signifi ca obter uma remu-neração igual a 6,86% ao ano de forma contínua. Parece fácil em um ambiente de Selic (juro básico) por volta de 11%, mas não é tão fácil por três motivos: tributação, infl ação e a incerteza quanto ao futuro.

Considerando um investimen-to de longo prazo e em renda fi xa (já que o leitor diz em sua pergunta completa que não quer ações), a tributação será de 15% sobre o rendimento. O que já leva a Selic de 11,25% para algo em torno de 9,56%.

Temos ainda a infl ação, na casa de 6,5%. E, descontada essa infl ação, chegamos a um rendi-mento real de apenas 2,88% ao ano. Ou R$ 1.560 por mês, bem longe dos R$ 4.000 desejados.

Poderíamos pensar em pôr o dinheiro em títulos do Tesouro protegidos contra a infl ação. A NTN-B (Nota do Tesouro Na-cional Série B) com vencimento em 2020 paga perto de 5,5% ao ano, mais a variação do IPCA (índice de infl ação). O problema é que, feitas as contas com in-

fl ação e tributação, o resultado será similar.

Além disso, o futuro da eco-nomia é incerto.

Então, o que fazer para obter os R$ 4.000 mensais? Até aqui, consideramos que o investidor quer manter o valor aplica-do, seja como garantia, seja para deixar uma herança para os fi lhos. E se ele consumir o principal? Aqui temos que fazer algumas suposições.

A primeira é sobre a rentabi-lidade nominal anual dos inves-timentos, já livres do Imposto de Renda. Vamos supor que essa rentabilidade nos próxi-mos anos seja de 6%. E que a infl ação fi que em torno de 4% ao ano. Corrigindo pela infl ação o saque anual, o dinheiro do investidor vai durar aproxima-damente 18 anos.

Claro que, se a infl ação do período for menor, o dinheiro durará mais. Assim como se a remuneração for menor, ele vai durar bem menos.

O problema é o que fazer depois que o dinheiro acabar. Então, a sugestão mais ade-quada é nesse momento buscar reduzir os gastos e, portanto, as retiradas necessárias. Só assim o dinheiro vai durar mais.

E. Q., (SALVADOR, BA)

Samy Dana

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C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2014

PF tem a menor fatia em 16 anos na Bolsa de SPParticipação da Pessoa Física cai de 30,5% em 2009 para 12,3% neste ano, infl uenciada pela volatilidade do Ibovespa

O sobe e desce da Bolsa neste ano le-vou à maior fuga de pessoas físicas do

mercado de ações dos últimos 16 anos. Até 25 de novembro, a parcela dos pequenos inves-tidores na BM&FBovespa era de 13,9% – se terminar 2014 dessa forma, será o menor ní-vel anual desde 1998, quando foi de 12,3%.

Mesmo no auge da crise global, em 2008, a proporção de pessoas físicas na Bolsa era o dobro da atual: 26,7%. Foi a 30,5% em 2009, mas, desde então, tem caído a cada ano. Em 2013, chegou a 15,2%.

A alta volatilidade é o que mais afugenta esse investi-dor, segundo analistas. Neste ano, isso foi intensifi cado pelo pessimismo econômico e pelo aumento dos juros.

Com isso, o Ibovespa che-gou a acumular, em 2014, queda de 12,7% em março (mínimo de 44.965 pontos no índice) e alta de 20,2%, no início de setembro – quando bateu seu maior nível no ano, de 61.895 pontos.

A diferença entre a pontu-ação mínima e a máxima do Ibovespa desde janeiro até agora é de 16.930 pontos.

“Quando perde, o investidor

tende a fi car mais apreensivo. Todo o noticiário o assusta. Quem entra no mercado e se depara com um problema como esse da Petrobras, por exemplo, na primeira perda já fi ca traumatizado”, diz Elad Revi, analista-chefe da Spi-nelli Corretora.

A deterioração das ações da Petrobras teve papel impor-tante na saída das pessoas físicas do mercado, segundo André Perfeito, economista-chefe da Gradual. Com con-trole estatal, a Petrobras é a maior empresa do país e suas ações são as mais negociadas. As ações preferenciais (sem direito a voto) da petroleira chegaram a custar R$ 12,57 cada em meados de mar-ço, com queda acumulada de 26,4% em 2014.

Desde então, tiveram uma ligeira recuperação, mas de-pois caíram em 18 de no-vembro ao menor nível desde 2005, a R$ 12,45. O preço atual de R$ 12,80 é bem menor que o de 2008, quando passou de R$ 50.

“Essa deterioração foi pro-vocada por motivos internos [escândalos de corrupção] e externos [queda no preço do petróleo]. Além disso, houve grande esforço da estatal para

fazer investimento, o que au-mentou a dívida, contribuindo para que o carro-chefe da Bolsa perdesse valor”.

A reboqueUma característica do pe-

queno investidor é o ‘timing de operação’, que, normal-mente, está atrasado. “A pes-soa física, em geral, é levada a reboque. Ela entra quando está subindo e sai quando está caindo. A demora para tomar as decisões é da natureza desse perfi l”, diz Perfeito.

Isso porque a pessoa física geralmente tem menos tem-po para monitorar o mercado com frequência, o que difi culta identifi car a hora certa para comprar e vender as ações.

“Os pequenos investidores só vão voltar para a Bolsa depois que o mercado já tiver subido. Eles não vêm antes, não fazem a Bolsa subir, mas potencializam sua alta”.

Para que isso ocorra, se-gundo Luciano Rostagno, es-trategista do Banco Mizuho, é preciso resgatar a confi ança no país. “Também precisamos dpassar mais segurança. Falta melhor regulação: precisa fa-cilitar a abertura de capital e melhorar a exigência na gover-nança das empresas”, disse.

Enquanto o percentual de pessoas físicas na Bolsa cai, a parcela de estrangeiros se mantém em constante cres-cimento. Esse tipo de inves-tidor, representado por gran-des fundos, já atinge mais da metade dos aplicadores na BM&FBovespa.

Em 2014, até 25 de no-vembro, a parcela de es-

trangeiros era de 51,1%. Se terminar o ano assim, será o maior percentual pelo menos desde o início do Plano Real, em 1994. Nestes 20 anos, é a primeira vez que a fatia anual de estrangeiros fi ca acima dos 50%. Em 2013, eram 43,7%. Segundo An-dré Perfeito, economista da Gradual, o movimento não

refl ete necessariamente o fato de que os investidores de fora estejam enxergando oportunidades nas empre-sas do Brasil, mas sim uma forma de ganhar retorno com a taxa de juros.

Uma forma de obter esse ganho, mesmo que a Bolsa caia, é comprar ações no mercado à vista.

Estrangeiros avançam na Bolsa

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