EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 37 MÍN.: 26 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. DOUTOR MOREIRA Um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio comercial no centro da cidade no início da manhã de ontem. Estrutura do edífi cio pode estar comprometida. Defesa Civil avaliará. Última hora A2 Incêndio atinge prédio na área central da cidade O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.909 DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO Desafios da BR-319 Foco das empresas está, em sua maioria, no turista estrangeiro que visita o Estado Amazonense paga caro para fazer turismo de natureza Grande parte dos hotéis e das empresas que operam o turismo regional não dispõe de preços diferenciados para o turista local. Economia B1 Manaus pelos olhos do poeta subversivo Imortal pela Academia Amazonense de Letras (AAL), Aldisio Filgueiras é taxativo ao dizer que Manaus não pode ser tratada como a “Paris dos trópicos”. Manaus precisa ser tratada como Manaus. Plateia D1 Jornalista por acidente, Aldisio Filgueiras fala com saudade de sua Manaus de outros tempos IONE MORENO RUDY TRINDADE DIEGO JANATÃ MÁRCIO MELO BRASILEIRÃO Fla mira G4 e Vasco quer sair do Z4 Focado no G4, o Flamengo encara o Internacional neste do- mingo, no Maracanã. Enquanto o Vasco pega o São Paulo sonhan- do deixar o Z4. Pódio E7 e E8 DIEGO JANATÃ PERSONALIDADE ESPECIAL PARA GRINGO A retomada da rota terrestre Manaus/ Humaitá e Manaus/Porto Velho pela ro- dovia federal que passou décadas no esquecimento reacendeu as discussões sobre o isolamento do Amazonas, bem como o confronto entre a preservação ambiental e o desenvolvimento. O re- pórter Emerson Quaresma e o repórter- fotográfico Diego Janatã percorreram a estrada e registraram as suas atuais condições. ESPECIAL BR-319 emtempo.com.br

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

MÁX.: 37 MÍN.: 26TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

DOUTOR MOREIRA

Um incêndio de grandes proporções atingiu um prédio comercial no centro da cidade no início da manhã de ontem. Estrutura do edífi cio pode estar comprometida. Defesa Civil avaliará. Última hora A2

Incêndio atinge prédio na área central da cidade

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.909 � DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

Desafi os da BR-319

Foco das empresas está, em sua maioria, no turista estrangeiro que visita o Estado

Amazonense paga caro para fazer turismo de natureza

Grande parte dos hotéis e das empresas que operam o turismo regional não dispõe de preços diferenciados para o turista local. Economia B1

Manaus pelos olhos do poeta subversivo

Imortal pela Academia Amazonense de Letras (AAL), Aldisio Filgueiras é taxativo ao dizer que Manaus não pode ser tratada como a “Paris dos trópicos”. Manaus precisa ser tratada como Manaus. Plateia D1

Jornalista por acidente, Aldisio Filgueiras fala com saudade de sua Manaus de outros tempos

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BRASILEIRÃO

Fla mira G4 e Vasco quer sair do Z4

Focado no G4, o Flamengo encara o Internacional neste do-mingo, no Maracanã. Enquanto o Vasco pega o São Paulo sonhan-do deixar o Z4. Pódio E7 e E8

DIE

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ATÃ PERSONALIDADE

ESPECIAL

PARA GRINGO

A retomada da rota terrestre Manaus/Humaitá e Manaus/Porto Velho pela ro-dovia federal que passou décadas no esquecimento reacendeu as discussões sobre o isolamento do Amazonas, bem como o confronto entre a preservação ambiental e o desenvolvimento. O re-pórter Emerson Quaresma e o repórter-fotográfi co Diego Janatã percorreram a estrada e registraram as suas atuais condições. ESPECIAL BR-319

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A2 Ultima horaUltima hora

MISSA

Carro capota na avenida Ephigênio Sales

Um homem identifica-do como Marcos Henrique Martins, 30, ficou preso nas ferragens do carro que conduzia na madrugada de ontem, após bater no meio-fio da avenida Ephi-gênio Sales, bairro Par-que 10, Zona Centro-Sul de Manaus.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CB-M-AM), a vítima dirigia um veículo de modelo HB-20, cor branca e placa PVX 1059 em alta velocidade, quando ao realizar uma curva na via, acabou per-dendo o controle capotan-do em seguida. Marcos é morador de um condomí-nio situado nas proximida-des do acidente.

Preso nas ferragensO homem ficou preso nas

ferragens do veículo e pre-cisou ser removido pelo CBM-AM, que foi acio-nado por volta de 4h09. Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros socorros à vítima e o encaminhou ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, mas não há informações sobre seu estado clínico. Não havia outros ocupantes no veículo.

O automóvel, que fi cou totalmente destruído pelo impacto da colisão e por conta da abertura feita pe-los bombeiros, foi guincha-do pelo Instituto Municipal de Engenharia e Fiscaliza-ção do Trânsito de Manaus (Manaustrans). (CS)

VELOCIDADEINVESTIGAÇÃO

Denarc prende suspeitos de tráfi coAgentes do Departamento

de Investigação sobre Narcó-ticos (Denarc) da Polícia Civil prenderam anteontem quatro homens suspeitos de tráfi co de drogas, fruto de uma investi-gação que durou sete meses. Bruno Henrique Paulino Neto, o “Netinho”, 24, Geraldo Oliveira do Nascimento, 23, Israel Pi-nheiro Ferreira, o “Curuba”, 22, e Luís Ricardo Araújo Lira, o “Cavalinho”, 21, foram presos em dois pontos, com várias porções de drogas. Além dos entorpecentes, dois veículos foram apreendidos.

Os suspeitos foram presos em duplas, uma no bairro Nova Esperança, Zona Centro-Oeste e no bairro Parque 10, Zona Centro-Sul. De acordo com os investigadores do De-narc, suspeitos abasteciam várias zonas da cidade.

O quarteto foi levado na manhã de ontem ao Institu-to Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e levados, em seguida, à cadeia pública Desembargador Rai-mundo Vidal Pessoa.

CrimesDegolado e com os pés

e as mãos amarrados para trás, o corpo de Ricardo Silva Barbosa, 28, foi encontrado jogado no ramal do Areal, bairro Tarumã, Zona Oeste, por volta das 6h30 de ontem. De acordo com investigado-res, a vítima tinha marcas de pauladas na cabeça e há suspeitas que possuía envolvi-mento com roubos na capital.

Peritos da Polícia Técnico-Científi ca da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM) estiveram no lo-cal e informaram que, além das marcas de agressão na região da cabeça, Ricardo tinha uma cicatriz na testa. O corpo foi levado ao Insti-tuto Médico Legal (IML) para identifi cação dos familiares.

Outro assassinato foi regis-trado na noite da última sex-ta-feira, em que o auxiliar de serviços gerais Paulo Henrique Rocha, 25, foi morto com duas facadas na frente da esposa e dos fi lhos. O crime aconteceu na rua Xiborema, São José 1, Zona Leste, às 20h30. Ainda não se sabe o motivo do crime.

Um incêndio de grandes proporções destruiu na manhã de ontem um depósito de plástico de

um centro comercial localizado na rua Dr. Moreira, no centro de Manaus. O fogo iniciou por volta das 9h. O prédio estava vazio e ninguém fi cou ferido devido, pois ainda não havia iniciado o expediente comercial. Houve danos na estrutura do prédio e no telhado do imóvel vizinho.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiro Militar do Amazonas (CBM-AM), Jander-son Lopes, uma equipe com 15 homens estava trabalhando na contenção das chamas e utili-zaram mais de 10 mil litros de água durante a primeira hora de combate às labaredas, incluindo os conteúdos de duas viaturas do tipo caminhão-pipa. Os bom-beiros tiveram difi culdades para manipular o braço mecânico de uma das viaturas, o que atrasou os trabalhos de contenção.

“O incêndio foi confi rmado alguns moradores chegaram a dizer que o fogo estava pas-sando para o outro lado, mas constatamos que não tinha nada. A única difi culdade que tivemos foi o acesso. Tivemos que quebrar a parede do outro

prédio para fazer o combate, já que não poderíamos ter acesso pelo interior do prédio atingido por conta de algum possível comprometimento”, explicou o bombeiro. Segundo Lopes, os homens tiveram de usar duas viaturas e dois caminhões-pipa, além do acesso direto de um hidrante localizado nas proximi-dades do centro comercial, que foi evacuado e isolado.

A proprietária de um lanche localizado no primeiro andar, Carla Assunção, 30, contou que estava se preparando com os ajudantes para abrir o comércio quando foi avisada por tran-seuntes que o depósito estava incendiando. “Quando saímos correndo, alguns pedaços da parede quase caíram em cima da gente. Os bombeiros le-varam quase meia-hora para chegar”, disse a comerciante.

Após o rescaldo, a Defesa Civil vai realizar inspeções no prédio para verifi car se há risco de desabamento. Entretanto, lojas dos andares inferiores serão liberadas conforme os danos na alvenaria do último andar. A 24ª Cicom foi acionada para manter a população longe do local. Uma equipe do Manaus-trans isolou as principais vias de acesso para carros populares para facilitar o trabalho.

Incêndio destrói depósito de plástico no CentroDezoito dias depois de um sinistro que destruiu vários estabelecimentos no centro histórico, outro volta a atingir a cidade

MÁR

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CECÍLIA SIQUEIRA

THAÍS GAMA

Incêndio de grandes proporções atingiu o terceiro andar de um prédio na rua Dr. Moreira, no Centro. Bombeiros chegaram seis minutos depois

Quatro homens foram presos pelo Denarc anteontem, suspeitos de tráfi co de drogas e levados à cadeia pública

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

Manaus e mais 11 cidades, a maioria da região metropolitana, foram consideradas em situação e emergência pelo governo do Estado. O motivo: mais de dez mil focos de queimadas (11.104, ofi cialmente) que transtornaram, principalmente, a vida dos habitantes da capital amazonense, que têm jornais, emissoras de rádio e televisão para repercutir seu desconforto e descontentamento. Manaus, no coração da Amazônia brasileira, é uma ilha e caem sobre ela os excessos do seu entorno. Mas a capital do Estado também cultiva excessos.

Apesar de nos últimos três dias ter chovido na cidade, a previsão sobre a estiagem não é das mais animadoras. Segundo o Serviço de Meteorologia do Sistema de Vigi-lância da Amazônia (Sivam/Sipam), por mais três meses a região sofrerá a infl uência do fenômeno El Niño que atravessa o período da seca e deve se estender também na estação chuvosa. Não é só de fumaça, no entanto, que sofre Manaus, que detém a maior frota de veículos motorizados do Norte do país. Tudo aqui tende ser maior.

Segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran), somente nos dois primeiros meses do ano 10 mil veículos entraram no sistema do órgão, foram cinco mil carros, motos e caminhões novos por mês que trafegam pelas ruas da cidade e transformam o trânsito numa briga diária por espaço. A frota de Manaus concentra 685 mil veículos. São máquinas produzindo calor. Ao mesmo tempo a expansão do mercado imobiliário, um dos que mais (outro “mais” da cidade) cresceram no país, providenciou um considerável desma-tamento (apoiado por invasões nas áreas mais nobres), contribuindo para o aquecimento da região de pouca ventilação. Cada vez mais a capital do Amazonas tem criadas condições para a concentração de calor e de fumaça. A cidade vive sob fortes impactos ambientais.

Trecho do meio

A senadora Vanessa Graz-ziotin (PCdoB), que propôs a reunião, quer que o Ibama e o Dnit entre em acordo para retomar as obras de manuten-ção da estrada no chamado “trecho do meio” (entre os quilômetros 250 e 655,7).

“Política da fome”

Protetora de atletas desam-parados, a deputada Alessan-dra Campêlo (PCdoB) colocou a boca no trombone.

Denunciou que o governo do Estado está implantando a “po-lítica da fome” na Vila Olímpica de Manaus, que a partir da próxima segunda-feira, 19 de outubro, não vai mais oferecer a alimentação aos atletas e paratletas de alto rendimento. A parlamentar disse que não podia fi car calada diante de várias denúncias sobre o corte da comida dos atletas nesta sexta-feira, 16.

Pá de cal

Para Alessandra, que é inte-grante da Comissão de Espor-te da Assembleia Legislativa, o corte na alimentação dos atletas signifi ca duro golpe na juventude amazonense e praticamente joga uma pá de cal no sonho do Estado de ter representantes nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Vergonha

— É uma vergonha mundial, pois Manaus vai ganhar mi-lhões para ser sede do futebol da Olímpiada, no entanto, deixa seus atletas e paratletas na miséria, sem o básico –, dis-parou La Campêlo.

Dois governos

Além de emissários dos dois órgãos, estarão pre-

sentes representantes das federações e dos governos do Amazonas e Rondônia.

O nosso Chico

Em sua passagem por Ma-naus, o músico e compositor Roberto Menescal – um dos criadores da Bossa Nova -, fez uma revelação que até então poucos sabiam.

Na primeira vez que veio a Manaus, descobriu nada menos que Chico da Silva.

— Eu lancei um artista há muito tempo. Esse cara é um talento: o Chico da Silva.

Memória

Menescal – que era diretor da Polygram – lembra que Chico era um guardador de carros, quando o ouviu cantando.

— Um grande talento que escreve músicas fantásticas –, declarou ao G1.

Câmaras reunidas

Incentivador de primeira hora da autonomia das Câ-maras Municipais do Amazo-nas, o presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado Josué Neto (PSD), agendou o primeiro encontro com re-presentantes do Poder Legis-lativo municipal.

A mobilização deve trazer a Manaus vereadores dos 62 mu-nicípios amazonenses.

Te quero verde Na pauta, um amplo debate

sobre a gestão ambiental, cui-dados com o meio-ambiente, a recuperação, proteção e o uso sustentável dos recursos naturais da região.

Meio ambiente

O encontro, que deve aconte-cer no dia 4 de novembro, está sendo organizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Ad-ministração Municipal (Ibam).

Bom conselho

Por orientação de Josué Neto (PSD), a Aleam está recomen-dando aos vereadores a cria-ção de uma Comissão do Meio Ambiente no Poder Legislativo de cada município.

Planeta vida

A ideia é que cada Câ-mara Municipal entenda a importância de preservar e defender a região e, conse-quentemente, o planeta.

Apertem o cinto

O ministro Eduardo Braga (PMDB) alertou que os recentes aumentos de 6% da gasolina e 4% do diesel podem não ser os últimos neste ano.

— A manutenção dos preços dos combustíveis dependerá do mercado – avisou o ministro.

Até do dólar Em nenhum momento

Braga explicou os critérios de reajustes.

Para ele, a os preços depen-derão de uma série de fatores, inclusive, a cotação do dólar.

Aí depende!

Confira o raciocínio do ministro:

— Tudo dependerá do mer-cado. Não há tabelamento de preços. É preço livre na área de combustíveis, de-pende das circunstâncias de câmbio e de custo do barril de petróleo. São questões de mercado que defi nem os preços dos combustíveis.

A Comissão de Infraestrutura do Senado marcou para a próxima quarta (21) a audiência pública para debater a recuperação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO).

BR-319, agora vai!

Arquipélagos de [email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para grupos ligados e bancados por políticos fisiologistas que se infiltram nos movimentos populares e agem, em nome das categorias, como se fisessem parte dela.

Políticos infi ltradosDIVULGAÇÃO

Para a noiva que trabalha como paramé-dica e abandonou a cerimônia de seu ca-samento para ajudar no resgate. Sarah Ray deixou o casamento para ajudar as vítimas, que eram suas convidadas. A mãe de Sarah foi quem postou a foto no Facebook. O caso ocorreu em Clarksville, no Tennessee, EUA.

Paramédica abandona casamento DIVULGAÇÃO

[email protected]

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOO papa Francisco, além da erudição, qualidade natural e peculiar à ordem dos jesuítas, de onde é originário, tem evidenciado possuir também o dom da sabedoria, o que nem sempre vem agregado ao bom preparo intelectual. Ser sábio é um dom, um talento como o excepcional desempenho de um ginasta ou o brilho de um jogador de futebol, ou a expressividade do pintor genial, ou do escritor excepcional. Não é muito raro encontrar alguém que, mesmo portador de um grau de instrução precário, demonstra pelas suas ações, decisões e julgamentos, carregar consigo razoável farnel des-sa valiosa carga a que chamamos sabedoria.

O apego à simplicidade, a postura indisfarçável de quem carrega consigo a certeza de que qualquer honraria posta sobre seus ombros, mesmo ao se tratar da suprema tarefa de assumir o sumo pontifi cado da mais importante e mais bem estruturada fi losofi camente das religiões, tudo é apenas eventual e precário e, como tal, não chegará a se integrar ao eu, pois um dia passará, porque nada será além de um encargo a ser passado adiante.

Esta é a impressão que Francisco leva ao seu rebanho, quando insis-te em deixar absolutamente clara a necessidade de persistir na distinção entre a sua pessoa, sempre humilde e cultivadora da simplicidade, e a importância do encargo que lhe foi confi ado.

Às questões da Fé e da Doutrina, Francisco se curva e submete, porque sabe que lhe compete a responsabi-lidade da condução da Igreja que lhe foi confi ada já no segundo milênio de existência, aquela que congrega e traz em si a herança constitutiva do que designamos como Cristianismo.

Mas, quando são as questões e os problemas humanos a afl orar, prin-cipalmente aqueles em que se veem

envolvidos o sofrimento, a fragilidade e a angústia das pessoas, aí então a humanidade de Francisco assume a ação e prevalece o esforço para con-duzir o rebanho ao aprisco e dar-lhe o alívio de que precisa.

Se o dogma estabelece, por exem-plo, a indissolubilidade do matrimônio, e diz que a ninguém se permitirá se-parar àqueles que se uniram diante de Deus, Francisco nem por isso deixará de trazer o conforto e a compreensão de quem sabe que humanamente nem sempre é possível manter junto um casal, ainda que o laço matrimonial não se desfaça. Dessa atitude, natu-ralmente decorrerá a ação de acolher no seio da Igreja essas pessoas e confortá-las como irmãos, na certeza de que o Cristo também procederia assim.

Foi precisamente este o espírito que transbordou generosamente da última carta que Francisco dirigiu aos bispos de todo o mundo.

Prementes e atualíssimas são tam-bém as questões que envolvem os homossexuais e que têm levado pra-ticamente todas as nações do planeta a defi nir uma posição em seus corpos de leis que, sobretudo, expresse uma atitude moral diante dessa específi ca realidade. Aí também o papa Francisco, sem emitir uma sentença de estímulo ou de condenação, concentrou-se no espírito da caridade e da solidariedade entre irmãos e declarou que não se sente com o direito de hostilizar e de banir do seu rebanho pessoas que preservem o espírito cristão.

Em resumo, esse é um papa que se curva à realidade, que não cultiva a hipocrisia, que abre os braços a todos os homens, pois bem sabe que todos são pecadores e a si mesmo se coloca entre eles. Por isso não lhes atira nenhuma pedra.

*Diretor Executivo do Amazonas EM TEMPO.

A força da realidade [email protected]

João Bosco Araújo

O apego à simplicidade, a postura indisfarçável de quem car-rega consigo a certeza de que qual-quer honraria posta sobre seus ombros, mesmo ao se tratar da su-prema tarefa de assumir o pontifi ca-do da mais importante e mais bem es-truturada fi -losofi camente das religiões, tudo é ape-nas eventual e precário e, como tal, não chegará a se integrar ao eu, pois um dia passará, porque nada será além de um encargo a ser passado adiante

Editorial [email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani Arcebispo Me-tropolitano de

Manaus A Igreja sempre cumpriu a ordem de Jesus de ir até os confi ns da terra e fazer discípulos. Prova-velmente há pouquíssimos luga-res no mundo onde o Evangelho ainda não foi anunciado, e Cristo não seja conhecido. Nos últimos vinte séculos homens e mulheres das mais diferentes culturas e na-ções cruzaram mares e oceanos, enfrentaram difi culdades de toda ordem, chegando muitas vezes ao martírio para levar a fé em Jesus de Nazaré, constituído por Deus, Senhor e Cristo. Na maioria das vezes o sangue dos mártires foi semente de novos cristãos e em muitos povos a perseguição trans-formou-se em conversão e triunfo da fé. Houve casos em que nações inteiras acompanharam o batismo de seus reis e rainhas e em massa foram acolhidos na Igreja.

Jesus e sua verdade, o Evange-lho e seus símbolos, a Igreja e os sacramentos penetraram nas cul-turas e transformaram a História. O anúncio explicito de Jesus e de sua obra redentora sempre será o objetivo último da missão. Hoje entendemos que este anúncio deve sempre respeitar a liberdade de consciência que é também liberda-de religiosa. Se no passado, muitas vezes se impôs a verdade, hoje isto é inadmissível. Missão supõem diálogo, respeito e a convicção de que Deus está presente em todas as culturas e o missionário autêntico está sempre a procura deste Deus que o transcende.

Jesus é o missionário do Pai e, portanto, o modelo de ação mis-sionária. É importante então ver como Ele defi ne a sua missão. E dos ditos de Jesus o que faz uma síntese é aquele em que afi rma: Eu vim para servir. Se missão é anún-

cio de uma verdade ela sempre será em primeiro lugar serviço. O ícone do missionário é a cena do lava-pés. O serviço fraterno será sempre o testemunho da nova vida em Cristo. Missionários e missio-nárias cristãos sempre primaram pelo serviço aos povos aos quais foram enviados. Visitar as missões ao redor do mundo é visitar esco-las, hospitais, dispensários, enfer-marias, centros de reabilitação e de formação profi ssional. Hoje os missionários estão nos campos de refugiados e nos países assolados pela guerra. Muitas vezes são os únicos que permanecem ao lado das populações de regiões que são palco da insanidade humana.

A missão é o que constitui a Igreja a ponto dos missiólogos afi rmarem que não é a Igreja que tem uma missão, mas é a missão que tem uma Igreja. Missão aqui entendida como a própria ação de Deus no mudo, criado e redimido por Ele. A missão é a consequ-ência do mandamento do amor. Não é o missionário que decide o seu próximo, mas se faz próximo de todos gastando seu tempo e energia em favor daqueles que estão à beira do caminho. Parte para países distantes não para expandir a cristandade mas para que o amor se manifeste em todos os recantos da terra. Nestes dias em que a Igreja volta seus olhos para família refl etindo sobre sua vocação e missão fi ca claro que a família é o lugar onde nascem as vocações missionárias, pois aí se faz a experiência do amor incondi-cional e do serviço desinteressado. Mesmo no fracasso a vida fami-liar nos faz sentir a necessidade do amor como único caminho de realização humana.

Missão é [email protected]

DOM SÉRGIO CASTRIANI

Na maioria das vezes, o sangue dos mártires foi semente de novos cristãos e em muitos povos a perse-guição trans-formou-se em conversão e triunfo da fé. Houve casos em que nações inteiras acom-panharam o batismo de seus reis e rainhas e em massa foram acolhidos na Igreja.

Frase

IONE MORENO

Krysztof Charamsa, sacerdote polonês, causou alvoroço dentro e fora do Vaticano após se decla-rar homossexual e apresentar seu companheiro, o catalão Eduard Planas, em Roma, dia 3, véspera do início do Sínodo de Bispos, reunião de líderes

da Igreja Católica.

OLHO DA [email protected]

Não há nada o que curar na homossexualida-de, não é delito ser homossexual. Não se pode

viver toda a vida no armário, numa quase esquizofrenia de não aceitação de si mesmo.

Você não pode imaginar o sentimento de culpa de um gay crente! A mentalidade cristã fundiu em nós que ser homossexual é pecami-

noso e diabólico

Quem sobe ou desce o bairro São Raimundo (no Rio de Janeiro, se diria “o morro de) sente-se como se estivesse percorrendo um edifício garagem (não aquele do Manoel Ribeiro, no centro da cidade). Até aí, tudo bem, tudo normal. Mas um carteiro, se precisar descobrir onde fica o que, vai ter dificuldade em encontrar o CEP do destinatário. Vai sim

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Polí[email protected]

A5

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

EM TEMPO - O senhor já foi procurador-chefe em 2009, atuou também como pro-curador regional eleitoral. Como essas experiências podem contribuir, agora, em sua nova gestão no Mi-nistério Público Federal no Amazonas (MPF-AM)?

Edmilson Barreiros - As ex-periências servem não só para demonstrar um conhecimento da instituição Ministério Públi-co, mas do trato da instituição com a sociedade. Servem para podermos aprimorar os novos rumos da gestão para os novos tempos que são diferentes da-quela época. A administração do Ministério Público, desde o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, passou a ser bem mais profi ssional e científi ca, buscando técnicas modernas da administração.

EM TEMPO - Diante do atual cenário econômico e político, qual o principal desafi o a ser vencido pelo MPF no Amazonas, onde as distâncias geográfi cas são continentais e onde há a maior população indígena do país?

EB - Temos desafi os a médio e longo prazo. Os desafi os a médio prazo seriam o apri-moramento do nosso conta-to com a população. Existem projetos em andamento que dizem muito bem quais são os desejos do MPF para o Amazonas, para o futuro. O mais representativo é o “MPF na Comunidade”. Nós somos o órgão federal com menor capi-laridade no interior do Estado e, nesse projeto, organizamos idas aos municípios para ações

de cidadania. Os projetos a médio prazo envolvem, portan-to, o fortalecimento da nossa estrutura de trabalho, seja na construção de sedes novas, da reforma da atual sede, em Ta-batinga, seja no planejamento do MPF para a próxima década. A longo prazo, nós temos a expectativa da implantação do Tribunal Federal do Amazonas. Estamos nos planejando para o momento em que esse tri-bunal virar realidade. Esse pla-nejamento envolve, inclusive, a nossa expansão para o interior, nas diversas microrregiões do Estado.

EM TEMPO – Então a meta da sua gestão é conseguir expandir o MPF para o in-terior do Amazonas?

EB - Isso não ocorre em 2 anos. Minha meta é preparar esse caminho. Isso é um plano que será paulatinamente exe-cutado. Planejaremos e exe-cutaremos o que der e assim farão as próximas gestões de modo a capilarizar o órgão no interior do Estado.

EM TEMPO - Qual estru-tura que o MPF tem hoje no Amazonas?

EB - Temos um prédio, que é nossa sede onde fi cam os procuradores e um anexo, onde fi ca a administração, auditó-rio, atendimento ao cidadão e há espaço para procuradores, ambos em Manaus. Temos, ainda, duas procuradorias em Tefé, que atende as cidades do Médio Solimões, e Tabatinga, que atende aos municípios do Alto Solimões.

EM TEMPO - Essa estrutu-ra é sufi ciente para as ações do MPF no Amazonas?

EB - Não. O Estado, além de ser muito grande, é muito diversifi cado. As calhas de rios têm problemas diferenciados. O ribeirinho tem necessida-des diferentes que decorrem, inclusive, da não expansão de todos os órgãos para o interior. Então, o MPF planeja estar mais perto do cidadão para conhecer as necessidades que decorrem, primordialmente, da nossa histórica não inserção dos órgãos no interior. Mas, isso é um plano de médio e longo prazo.

EM TEMPO - Como o MPF atuará com relação ao com-bate à exploração de traba-lho e sexual de indígenas no Amazonas?

EB - A maior parte das atri-buições do MPF tem se de-senvolvido no aprimoramento do atendimento ao cidadão. O cidadão tem demandas não apenas de ser defendidas na esfera criminal, mas na área de proteção aos direitos hu-manos, saúde e nós estamos atuando sempre com vistas a melhorar esse ciclo de serviços e de atendimento. Hoje, nosso foco é o combate à corrupção e o segundo elo é a cidadania, sempre aprimoraremos nossas ações em defesa das pessoas.

EM TEMPO - Qual a sua avaliação da reforma polí-tica aprovada no Congresso Nacional?

EB - A reforma política não melhora em quase nada e con-segue piorar os pontos prin-cipais, como o fi nanciamento eleitoral, e não mudou pontos críticos como o sistema elei-toral. Então, diria que os dois principais focos a serem estu-dados, debatidos e questiona-

dos ou não mudaram nada ou mudaram para pior. Diria que foi uma reforma que precisa ser reformada e logo. A legis-lação eleitoral necessitava de uma reforma que debatesse e aprofundasse o tipo de sistema eleitoral que fosse representa-tivo de nossa democracia e as formas de fi nanciamento que fossem mais compatíveis com nossa forma de desenvolvi-mento cultural. Não avançamos nada. O Congresso se ressentiu quando o Supremo declarou a inconstitucionalidade dos fi -nanciamentos privados e agiu com uma contrarreforma. Os poderes não estão harmônicos e estão duelando. Avançamos pouco e, em alguns pontos es-pecífi cos, retrocedemos muito.

EM TEMPO - O país vive uma crise política e econô-mica, muito em decorrência da corrupção. Como o MPF atuará para combater a cor-rupção no Amazonas?

EB - Estamos dando o apoio às medidas, como o ranking de transparência dos municípios e as Dez Medidas de Combate à Corrupção, que é uma campa-nha nacional de recolhimento de assinaturas da população em apoio a dez projetos de leis que estão no Congres-so Nacional. Sempre que o povo encampa esses projetos, o Congresso tem se mostrado sensível. São medidas muito importantes para combater a corrupção no país. Nesse ponto, o país ainda tem muito a me-lhorar e há muita defi ciência no aparato legislativo.

EM TEMPO - A cada dia vemos mais denúncias de corrupção, desvios de re-cursos públicos, punições a gestores. Afi nal, aumentou a fi scalização ou a corrupção?

EB - Não há um estudo sociológico expressivo sobre isso. Mas, temos estudos de entidades internacionais que mostram que a percepção de corrupção no país é muito su-perior a países com graus ci-vilizatórios maiores, são países em que a tolerância à corrup-ção é menor. Mesmo com a ausência de dados, é possível afi rmar, categoricamente, que o nosso problema é legal, legis-lativo. Mas a alta tolerância do brasileiro à corrupção decorre também da baixa percepção de que aquilo atrapalha a vida dele mais do que os pequenos furtos ou crimes do dia a dia. A corrupção sangra o dinheiro da saúde, das políticas públicas que benefi ciariam diretamente o cidadão. Isso precisa, de uma vez por todas, entrar no ima-ginário das pessoas.

Prestes a completar 10 anos de carreira no Ministério Público Federal (MPF), o recém-empossado procurador-chefe do órgão no Amazonas (MPF-AM), Edmilson Barreiros Júnior, tem um currículo de combate à corrupção e defesa das minorias. Ele foi nomeado para o cargo em 1º de agosto deste ano e assumiu, ofi cialmente, na última semana. Barreiros, que já esteve à frente do órgão em 2009 e já foi procurador regional eleitoral com assento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) Estado, defende uma maior aproximação da instituição com a sociedade e a quebra de paradigmas culturais para combater a corrupção. Em entrevista ao EM TEMPO, o procurador criticou, veementemente, a reforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional que, para ele, conseguiu piorar a legislação eleitoral e apresentou os planos do MPF a médio e longo prazo no Amazonas.

Edmilson BARREIROS

‘A corrupção sangraO DINHEIRO da Saúde’

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Temos estu-dos de enti-dades inter-nacionais que mostram que a percepção de corrupção no país é muito superior a países com graus civiliza-tórios maiores, são países em que a tolerân-cia à corrup-ção é menor. Mesmo com a ausência de dados, é possível afi rmar, cate-goricamente, que o nosso problema é legal. Mas, a alta tolerância do brasileiro à corrupção decorre tam-bém da baixa percepção de que aquilo atrapalha a vida”

A reforma política não melhora em qua-se nada e consegue piorar os pontos prin-cipais, como o fi nan-ciamento eleitoral, e não mudou pontos críticos como o sis-tema eleitoral. Diria que os dois principais focos a serem estu-dados, debatidos e questionados ou não mudaram nada ou mudaram para pior”

MODERNIZAÇÃO

TRT-AM à frente de seu tempo

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CAMILA CARVALHO

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A6 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

Patrícia Abravanel, fi lha de Silvio Santos, para se fi liar ao partido e se cacifar como candidata a vice-prefeita de São Paulo, em 2016.

Giles quem?O aprendiz de feiticeiro Gi-

les Azevedo, que nunca teve mandato, não tem sido levado muito a sério pelos principais personagens da cena política no Congresso, apesar da sua ligação a Dilma.

Quase líderA deputada Eliziane Gama

(MA) se apresentava como futura líder do partido Rede, na Câmara. Mas acabou des-bancada pelo ex-petista Ales-sandro Molon (RJ), que está em seu segundo mandato.

Bilionário presoCom habeas corpus nega-

do semana passada pelo Su-perior Tribunal de Justiça, a prisão de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira pre-ferida dos governos petistas, completa hoje quatro meses.

Ligações amistosasAs boas relações políticas,

no passado, entre Jaques Wagner (Defesa) e Eduardo Cunha são sempre lembra-das por assessores dos dois. Mas nenhum afi rma que elas sejam garantia para qualquer tipo de acordo.

Sinal dos temposNuma palestra em Porto

Alegre, o general Antônio Mourão disse ver três op-ções para crise política: Dilma fi ca, sangrando; sai na boa e assume o vice ou não sai e vem o caos. Faltou a opção Teori Zavascki.

Pensando bem......com tanta “blindagem” no

Palácio do Planalto e no Con-gresso Nacional, as autorida-des em Brasília se preparam mesmo para tiroteio.

PODER SEM PUDOR

Recorde: governo já arrecadou R$ 2,2 trilhões

Recorde na criseSe mantiver o ritmo, e o

mandato, até o final do ano, o governo Dilma vai chegar a R$ 2,8 trilhões embolsados do contribuinte.

ImpostosO Ministério da Fazenda,

com a Receita Federal, conti-nua sendo o que mais contribui para encher o cofre do gover-no: R$ 1,8 trilhão este ano

Seu dinheirinhoO governo Dilma se tornou

uma máquina de arrecadar desde a posse da presidente, em 2011. Em cinco anos su-perou R$ 10 trilhões.

Impostos + sonegaçãoNem a soma do Impostô-

metro (R$ 1,58 trilhão) e o Sonegômetro (R$ 410 bilhões) supera o que o governo já conseguiu arrecadar em 2015.

Dobradinha tirou Manoel Jr. da pasta da Saúde

O deputado Manoel Jr (PM-DB-PB) foi o futuro ministro da Saúde até os 45 do segundo tempo. Perdeu para Marcelo Castro após atuação de Ciro Gomes (PDT) e do governador paraibano, Ricardo Coutinho (PSB). A pedido de Coutinho, Gomes falou mal de Manoel à presidente Dilma, lembran-do que ele havia pedido sua renúncia. Está em jogo a pre-feitura de João Pessoa, a ser disputada por PMDB, PSB e PT.

Deu ruimPMDB e PSB se aliaram na

eleição de Coutinho. Com a disposição do PSB em lançar candidato próprio para à pre-feitura, a chapa rachou.

Na brigaO líder do PMDB, Leonardo

Picciani, jura que Manoel Ju-nior estava na lista de indica-dos a ministro da Saúde, mas a escolha foi de Dilma.

DesinformaçãoAlém de falar mal de Manoel

Junior com Dilma, Ciro até o chamou de “semianalfabeto”. Ele é médico com curso de pós-graduação.

Pau que dá em Chico“Se Eduardo Cunha sobre-

viver até o fi m do ano, ele será favorecido”, diz Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Se-gundo ele, é preciso “derrubar o presidente da Câmara” antes do recesso parlamentar, em dezembro.

Ei, você aí...A liberação de emendas e

a livre nomeação de aspones pelos novos ministros travam a relação do governo com aliados. “Melhorou, mas há pleitos a serem atendidos”, diz o deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

Em famíliaO deputado Fábio Faria (PS-

D-RN) pode lançar a mulher,

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Ele orientou a bancada a ‘não levar gato ensacado para casa”

SIBÁ MACHADO PT�AC�, relata as ordens do ‘chefe’ Lula sobre o impeachment de Dilma

O jeito afável de ACMACM apoiou com mão-de-ferro a ditadura, na Bahia. Governador, proibiu uma passeata em solidariedade

à greve no ABC paulista, liderada por Lula, o metalúrgico. O valente deputado Elquisson Soares, presidente do PMDB, telefonou a ACM fazendo-lhe um último apelo. Ele negou e ainda provocou:

- O que vocês acham da invasão russa no Afeganistão?- Somos contra. Mas também somos contra à repressão no Brasil.- O quêêê?! – gritou ACM, do outro lado da linha – Me respeite!- Me respeite você! – devolveu o deputado.- &*%$#@*&! – gritou ACM um palavrão impublicável.- &*%$#@*&! – respondeu Elquisson no mesmo tom, desligando.A passeata, claro, foi dissolvida pela pancadaria da polícia de ACM.

Ao contrário do que alardeia a presidente Dilma, o total das receitas realizadas pelo governo federal este ano já supera o recorde histórico de R$ 2,2 trilhões, estabelecido em 2014. O valor equivale a tudo que o governo Dilma conseguiu embolsar desde janeiro com impostos, taxas, ações na justiça, multas etc e é ainda mais expressivo por ser 50% maior que os R$ 1,4 trilhão arrecadados em 2010, último ano de Lula.

Eleitor auditará eleição em 2016Os eleitores poderão au-

ditar o resultado do pleito municipal de 2016 por meio do Código QR – um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfi ca.

A ferramenta permitirá que qualquer cidadão acesse de forma rápida, segura e sim-plifi cada as informações con-tidas nos Boletins de Urna (BU), que são impressos após o encerramento da votação e afi xados em quadros de aviso nas seções eleitorais.

O BU já é disponibilizado na internet após o resultado da eleição, o que permite a qualquer pessoa conferir se a informação fornecida pela seção eleitoral é a mesma consolidada na totalização do resultado pelo TSE. Mas, a partir das Eleições Munici-pais de 2016, com o recurso do Código QR, o eleitor po-derá usar seu smartphone ou tablet para fazer a leitura do código que estará estampado no relatório disponível nas seções eleitorais.

O desenvolvimento do apli-

cativo foi autorizado pelo pre-sidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toff oli, e não terá qualquer custo para a Justiça Eleitoral, já que o uso do Código QR é livre de qualquer licença. A ferramenta será disponi-bilizada para os sistemas operacionais iOS e Android.

Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, a utili-zação do Código QR permitirá que o eleitor faça sua própria auditoria após o encerramen-to da votação.

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De janeiro a agosto, o setor público acumulou um défi cit primário de R$ 1,1 bilhão do PIB

Equipe econômica do governo encaminhará, nesta semana, ofício ao Congresso solicitando abatimento da meta fi scal

Governo pedirá para ter défi cit maior em 2015

FISCALIZAÇÃO

A equipe econômica do governo federal deve encaminhar ao Con-gresso, na próxima

semana, um ofício solicitando um aumento do abatimento da meta fi scal de 2015. Esse valor foi fi xado em R$ 26,4 bilhões pelo governo, mas, diante do péssimo desempenho da arre-cadação até agora, não será sufi ciente para cobrir o rombo nas contas públicas deste ano.

Entre janeiro e agosto deste ano, o setor público acumulou um défi cit primário de R$ 1,1 bilhão, ou 0,03% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resul-tado é uma combinação de um

défi cit de R$ 14,8 bilhões do governo central (Banco Cen-tral, Tesouro e Previdência) com um superávit de R$ 15,9 bilhões de estados e municí-pios. Já em um período de 12 meses, o resultado do setor público é défi cit de R$ 43,8 bilhões, ou 0,76% do PIB.

Com isso, na prática, o go-verno poderia fechar as contas do ano com um défi cit superior aos R$ 17,7 bilhões já previs-tos na proposta enviada ao Congresso, em julho deste ano.

A proposta encaminhada ao Legislativo de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentá-rias (LDO) de 2015 foi para

reduzir a meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões, ou 1,19% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país), para R$ 8,7 bilhões, ou 0,15% do PIB. E, preventivamente, foi incluída no texto uma cláusula de abatimento da meta em caso de frustração de algumas receitas específi cas.

Assim, caso elas não se confi rmem, seria possível abater do esforço um total de R$ 26,4 bilhões. Isso deu margem para que o resultado do setor público de 2015 che-gasse a um défi cit primário de R$ 17,7 bilhões.

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

As principais lideranças políticas do Amazonas controlam as legendas em que são fi liadas há mais de duas décadas

Fidelidade partidária oucaciquismo político?

Os principais “caciques” políticos no Amazonas lideram seus partidos há mais de 25 anos no

Estado. Ao longo deste período, eles consolidaram suas carrei-ras políticas, já passaram por cargos nos Legislativos e nos Executivos municipal e estadual e têm imprimido as suas mar-cas nos embates eleitorais da última década.

Ora aliados, ora adversários nas eleições, Vanessa Grazziotin (PCdoB), Eron Bezerra (PCdoB), Serafi m Corrêa (PSB), Arthur Virgílio Neto (PSDB) e Eduardo Braga (PMDB) são os fi liados mais “fi éis” dos partidos que comandam no Estado.

A permanência por tanto tempo nas legendas é jus-tifi cada pela ligação com o programa partidário e a identifi cação com a ideologia defendida pelas siglas. Para antropólogos e cientistas polí-ticos, o tempo de permanência nas siglas demonstra a for-mação de oligarquias dentro dos partidos brasileiros. Para a população, o tempo de fi liação demonstra a fi delidade dos parlamentares ao partido.

De acordo com dados dis-ponibilizados pelo Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), o casal Eron Bezerra e Vanessa Graz-ziotin estão fi liados ao PCdoB desde 1980 e 1985, respecti-vamente, ou seja, há mais de 30 anos. Atualmente, eles não presidem o partido político, mas detém o comando da sigla e são as fi guras mais expoentes dentre a legenda comunista no Amazonas.

Eron Bezerra foi deputado

estadual por cinco mandatos consecutivos, secretário de Es-tado de Produção Rural por três períodos, foi deputado federal por alguns dias e, atualmen-te, é secretário de Ciência e Tecnologia para inclusão so-cial do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Quando era deputado estadual, Eron divulgava pelos corredo-res da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) o programa partidário do PCdoB.

Ele é casado com a senadora Vanessa Grazziotin, outra força política dentro do PCdoB. Ela é fi liada à sigla desde 1985, quando ainda comandava o movimento estudantil no Ama-zonas. Desde então, Grazziotin disputou vagas no Legislativo e a Prefeitura de Manaus. Ontem, Vanessa e Eron estavam entre os nomes cotados pelo PCdoB para disputar o Executivo mu-nicipal nas eleições, em 2016.

O ex-prefeito de Manaus e deputado estadual Serafi m Corrêa é tido no PSB como a principal liderança política do partido. Filiado desde 1988, segundo dados do TSE, atual-mente, Serafi m é presidente de honra da sigla no Amazonas, comandada hoje pelo fi lho, o vereador Marcelo Serafi m.

Em quarto no ranking de fi de-lidade partidária está o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB). Ele é fi liado à legenda tu-cana no Amazonas desde 1988 e é, inclusive, umas das principais lideranças nacionais do partido. No PSDB, Arthur Neto já esteve no governo e na oposição, sendo líder da oposição no Senado.

Pela segunda vez prefeito de Manaus, além de três mandatos como deputado federal e um de senador, sendo eleito como

o mais infl uente por pesquisas internas do Congresso Nacio-nal, Arthur, candidato natural à reeleição, diz que não é o mo-mento para se falar no processo eleitoral, mas, segundo inter-locutores, tem aconselhado li-deranças políticas de partidos políticos aliados e orquestrado a estratégia do grupo político que comanda no Amazonas. Ele é o presidente de honra do PSDB, comandado no Amazo-nas pelo seu fi lho, o deputado federal Arthur Bisneto.

O ministro de Minas e Ener-gia Eduardo Braga (PMDB)

e o deputado federal Alfredo Nascimento (PR), com repre-sentatividade nacional, tam-bém entram no rol dos fi éis à legenda partidária. Braga, que já foi governador do Estado por duas vezes e senador licenciado, chegou ao Ministério de Minas e Energia a partir de uma arti-culação político-partidária, em Brasília. Ele é fi liado ao PMDB desde 2003 e comanda o par-tido no Amazonas.

O mesmo aconteceu com Al-fredo Nascimento. Eleito prefei-to de Manaus, senador e agora deputado federal, foi alçado, por duas vezes, para assumir

o Ministério dos Transportes. Ele é o presidente nacional do PR e, após enfrentar denúncias de corrupção e romper com o governo da presidente da Re-pública, Dilma Rousseff (PT), foi eleito deputado federal e articula a participação do PR na disputa pela Prefeitura de Manaus, em 2016.

CriminalizaçãoPara o antropólogo da Uni-

versidade Federal do Amazo-nas (Ufam), Ademir Ramos, atualmente, as siglas em todo o país são uma estrutura polí-tica “nociva, ruim, com a cria-ção de estruturas oligárquicas dentro da democracia”.

“Fala-se em democratizar a democracia, mas estamos cen-trados em partidos políticos que não são democráticos. Eles são oligárquicos, formam uma es-trutura familiar e até mesmo militar, onde ninguém mais tem voz. Os partidos, constitucio-nalmente, são organizações de direito privado que tem uma função pública e que, inclusive, recebem recursos públicos para se manterem”, criticou Ramos.

Segundo ele, é preciso oxige-nar os partidos, dar vez e voz para as jovens lideranças, para que sejam desfeitos os vícios que impedem que a democracia seja plena no país. “De 1988 para cá, os partidos criaram as alas da juventude, mas de que adianta se quem toma as decisões é a direção das si-glas composta, sempre, pelas mesmas pessoas? Há pouca discussão sobre o conteúdo pro-gramático, sobre a postura e a ideologia dos partidos políticos no Brasil”, afi rmou.

Ademir Ramos faz parte de um grupo de antropólogos e

cientistas políticos que defen-dem a criminalização dos parti-dos políticos por entender que a punição por irregularidades não deve fi car restrita à pessoa física, ou seja, aos candidatos, parlamentares e/ou gestores. “Os agentes são punidos, mas a pessoa jurídica não é puni-da. O político é condenado, execrado publicamente, mas o partido político continua e a corrupção também. O mandato é dos partidos e os candidatos são escolhidos pelos partidos, logo, se o gestor ou parlamen-tar comete atos puníveis, a responsabilidade também tem de ser do partido político”, ar-gumentou o antropólogo.

Segundo o ex-senador da República já falecido, Lauro Campos, os chamados líderes partidários não se sintonizam perfeitamente com o povo. “Eles tentam governar de costas para o povo e suas necessidades”, defendia em suas obras críticas sobre o parlamento brasileiro.

Para a industriária Rosângela da Silva, 32 anos, o tempo de fi liação aos partidos demonstra que os políticos são fi éis às legendas. “É melhor estar a mil anos em um mesmo lugar (partido) do que fi car igual esses que em cada ano estão em um partido. Muda tanto que a gente nem decora”, disse.

Para o motorista Adnamar Santos, 29 anos, a crise política e econômica está instaurada no país por conta dos partidos. “Esse tempo todo no poder é ruim para a população, porque eles não deixam que os jovens disputem as eleições e fi cam se revezando. Por isso o Brasil está assim, nessa crise até de identidade”, disse.

CAMILA CARVALHO

COMANDO

As lideranças políticas do Estado comandam seus partidos como se fossem a extensão de suas casas e famílias. Em alguns casos, por exemplo, o comando é passado de pai para fi lho, como se fosse uma herança

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015A8 PolíticaPolíticaTRT-AM, um tribunal à frente do seu tempoA Justiça trabalhista no Brasil vem se destacando ao longo dos anos e o Amazonas tem acompanhado essa evolução

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Maria das Graças Alecrim ressalta a criação do “Pauta Digital”, aplicativo para advogados trabalhistas

Os Tribunais do Tra-balho no Brasil têm demonstrado uma característica em

comum ao longo das últimas décadas: iniciativas inovado-ras. Foi assim com os mutirões de conciliação, com o processo digital eletrônico e agora com um aplicativo que promete fa-cilitar a vida dos advogados trabalhistas do Amazonas. Este último, batizado de “Pauta Digital”, é menina dos olhos da presidente do Tribunal Regio-nal do Trabalho da 11ª Região (TRT11 AM-RR), desembarga-dora Maria das Graças Alecrim.

Durante visita ao EM TEMPO na última semana, a magistra-da explicou que o aplicativo serve para consulta e acom-panhamento, em tempo real, da pauta de audiências e de sessões de julgamento das unidades judiciárias do TRT-11 AM/RR. A ferramenta foi desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal e traz a relação de todas as audiências agen-dadas nas Varas do Trabalho de Manaus, Boa Vista e dos municípios do interior do Ama-zonas, e também no âmbito da 2ª instância do tribunal.

Além de disponibilizar a con-sulta da pauta de audiências por data e por unidade judici-ária, o “Pauta Digital” também oferece um acesso exclusivo para advogados cadastrados, que poderão acompanhar o andamento das audiências marcadas. O sistema identi-fi ca o advogado pelo CPF e

relaciona suas audiências na aba “agenda”. Um aviso sonoro também alerta para a proximi-dade do horário da audiência. O aplicativo já está disponível para download em dispositi-vos móveis (smartphones e tablets) que utilizam os siste-mas Android e iOS.

À frente do TRT há mais de dez meses, a magistrada fez um balanço da gestão. “O Tribunal do Trabalho está

em franco desenvolvimento já há muitos anos e cada presidente que chega faz a sua parte. Encontrei o tribunal com muitas obras começan-do. Hoje estamos concluindo algumas que vão nos permi-tir ampliar nossos serviços”, afi rmou. Faltando ainda mais de um ano de administração, Maria das Graças Alecrim ga-rante estender o projeto de Justiça Itinerante para mais municípios no interior, além de concluir o processo de digitalização dos processos.

ConciliaçãoSegundo a desembarga-

dora Alecrim, a Justiça do Trabalho também foi pioneira ao adotar a conciliação como forma de negociar impasses e na digitalização de proces-sos. “O restante do Judiciário torceu o nariz, mas insistimos. Quando o Conselho Nacional de Justiça viu o resultado, não teve dúvidas e o incorporou ao seu cotidiano”, orgulha-se. Sobre a digitalização dos pro-cessos, a magistrada garan-tiu total segurança aos dados: “Temos um backup dos dados aqui, em Brasília e em mais outra sede mantida em sigilo. Os dados estão totalmente seguros”, assegurou.

GESTÃO

Com dez meses de gestão, a presidente do TRT-AM-RR, de-sembargadora Maria das Graças Alecrim, comemora as con-quistas da Justiça do Trabalho e fala de novos desafi os à frente da instituição

FRED SANTANA

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[email protected], DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

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Hotéis de selva, como o Ariaú, oferecem pacotes especiais para atrair clientes que residem no Amazonas Trilhas entre os rios amazônicos são uma das opções de lazer que o Estado oferece para os turistas

Cachoeiras, praias, rios, hotéis de selva e paisa-gens exóticas. Opções de lazer não faltam

para o amazonense usufruir dentro do próprio Estado.

Porém, a diversão esbar-ra em um problema que as autoridades do setor turís-tico do Amazonas nunca se preocuparam em solucionar: os preços absurdos cobrados para explorar aqueles que que-rem somente um local para descansar com a família.

Acostumado a viajar pelo Estado, o funcionário público Ruy Elias lista uma série de fatores preponderantes que fazem o amazonense preferir outros lugares do Brasil do que os municípios dentro do próprio Estado. Segundo ele, o valor do transporte para se chegar nesses locais, aliado à falta de estrutura das insta-lações hoteleiras em algumas cidades, acaba afastando os residentes do interior.

“É caro o turismo no Amazo-nas. É difícil incentivar pelos altos valores cobrados. Algu-mas empresas cobram caro, as passagens são elevadas, como vamos incentivar se os valores cobrados são altíssi-mos? Fica difícil estimular o turismo interno quando é mais caro ir para o interior do que para o Nordeste”, aponta Elias.

O professor de língua in-glesa, Cícero Júnior, destaca que há cidades no Amazo-nas, como Barcelos, Maués e São Gabriel da Cachoeira, que são donas de belezas naturais exuberantes, contudo, os po-tenciais turísticos delas são pouco aproveitados.

“Visitar esses lugares, seja de barco ou de avião, sai realmente além daquilo que o orçamento permite. Em de-terminadas cidades do Ama-zonas, por exemplo, viajar de avião sai mais caro do que em outras partes do Brasil. Essa é uma das razões pelas quais eu acredito que o turismo não é bem aproveitado no nosso Estado”, opina Júnior.

Hotéis de selvaMais próximo da capital e

com preços razoáveis para residentes que desejam es-tar em contato direto com a natureza, o manauense tem a opção de conhecer e aprovei-tar os hotéis de selva. O Ariaú oferece planos para atrair os residentes. “Para quem é de fora, o pacote mais simples custa R$ 740. Para os resi-dentes, o valor desse pacote cai para R$ 495”, explica o gerente de marketing do Edu-ardo Penha.

Segundo ele, apenas 20% dos turistas que visitam o mais conhecido hotel de selva do Amazonas são de Manaus. Apesar do valor fi xo estabele-cido nos pacotes, Penha ga-rante que os preços cobrados para residentes são fl exíveis.

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Polo naval sofre para se desenvolverEconomia B2

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Apesar de privilegiada com as belezas naturais da região, população precisa pagar um preço alto para usufruir do potencial turístico e de lazer do Estado

Turismo regional é apenas para ‘gringo ver’

AVALIAÇÃO

Para o professor Cíce-ro Júnior, vale a pena visitar e se hospedar nos hotéis de selva. “Alguns oferecem vá-rias facilidades para os clientes. É bom in-vestir um pouco mais por conta da diversi-dade”, diz

Segundo o presidente da Associação Brasileira da In-dústria de Hotéis do Amazo-nas (Abih-AM), Roberto Bul-bol, grande parte dos hotéis de selva não trabalha com a questão da tarifa diferen-ciada para residentes pelo simples fato do custo para o hoteleiro ser o mesmo, tanto para manauense como para turista estrangeiro ou de outro lugar do país.

“Tem alguns que fazem promoções, varia de empre-sa para empresa, depende do tipo de serviço que é prestado. Nós, dos hotéis ur-banos, não temos condições

de fazer promoções. Temos alguns hotéis que são longe e tem um custo levar o turista até lá. O tempo e o custo para levar o amazonense e o europeu é o mesmo”, conta.

MauésConhecida como a “terra

do guaraná”, Maués é uma das cidades com mais po-tencial para o turismo no Amazonas. Dona de belas praias, o município sofre pela falta de estrutura em receber os visitantes.

Conforme o secretário mu-nicipal de Cultura e Turis-mo (Setur), Benedito Jesus,

somente agora que hotéis e restaurantes começam a se preparar para oferecer serviços de qualidade para quem deseja visitar o local.

“Temos um trabalho que começou há pouco tempo. Estamos recomeçando toda uma cultura. Ainda não te-mos uma grande rede de hotelaria e de restaurantes em Maués, mas a expectativa é grande. Existe um movi-mento turístico que obriga as pessoas a melhorarem a qualidade dos serviços, mas há muito trabalho para se fazer em Maués”, assume o secretário de Turismo.

Outro problema encontra-do por quem deseja visitar Maués é com o transporte. Segundo o titular da Setur, o aeroporto está fechado e só se chega na cidade de barco, numa viagem que dura quase 18 horas da capital amazo-nense até a “terra do gua-raná”. “Hoje, quase 70% dos turistas que recebemos são do nosso Estado. Queremos atrair ainda mais pessoas para a nossa cidade”, fi naliza.

A Empresa Estadual de Tu-rismo do Amazonas (Amazo-nastur) foi procurada pelo EM TEMPO, mas não quis falar sobre o assunto.

Residentes ignorados pelos hotéis

Além de paisagens exóticas, o Amazonas abriga variedade de espécies de animais que atrai admiradores de todo o mundo e da própria região

POR ANDRÉ TOBIAS

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Page 10: EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015B2 EconomiaNovo polo naval do AM ‘naufraga’ na burocraciaVisto como uma alternativa à ZFM, instalação do modelo econômico está travada no aguardo de uma decisão judicial

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Idealizado para ser uma al-ternativa à Zona Franca de Manaus (ZFM), o novo polo naval ainda está longe de

sair do papel e deslanchar no Estado. Por decisão da Justiça Federal no Amazonas, a insta-lação está suspensa a pedido do Ministério Público Fede-ral (MPF-AM) devido a um impasse socioambiental que travou o projeto.

Conforme ação civil pú-blica do MPF, o decreto nº 32.875/2012, do governo do Estado, que desapropriava terrenos para a implantação do empreendimento, afeta famílias de 19 comunidades tradicionais ribeirinhas do Lago do Puraquequara, na Zona Leste de Manaus, e da margem esquerda do rio Amazonas. Também, segundo o MPF-AM, não houve consul-tas públicas às comunidades o que, segundo o órgão, con-traria a convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O governo recorreu, mas o embargo foi mantido e, agora, depende de uma decisão da Justiça.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Naval do Amazonas (Sind-naval), Matheus de Olivei-ra Araújo, admitiu que as consultas não foram feitas, mas desconhece que projeto irá afetar negativamente os moradores da região. “O MPF embargou por conta de três audiências públicas com as comunidades tradicionais e com a sociedade que não foram feitas. Iniciamos o pro-jeto sem saber as linhas de defi nições. Foi baseado nos erros e acertos que fomos conhecendo e o que as leis proíbem e permitem. Não sabíamos que tinha que fazer as consultas as comunida-des”, afi rma.

Área A área escolhida para reunir

os estaleiros tem 3.236,99 hectares, o equivalente a aproximadamente 3 mil cam-pos de futebol.

Matheus Oliveira admitiu que dentro da área moram 17 famílias. “A maioria é de posseiros, mas algumas pos-suem títulos defi nitivos. As

Márcio Vieira

Bacharel em Co-municação Social

Especialista em Marketing

Professor do Departamento de Comunicação da

Uni Nilton LinsConsultor e pales-

trante nas áreas de marketing,

atendimento e vendas.

[email protected]

Técnicas e conhecimento combatem crise II

A abordagem No domingo passado, aqui

nesta coluna, pedimos aos lei-tores que refl etissem sobre as etapas de venda, observando e meditando sobre cada uma delas e, neste primeiro exer-cício, identifi car de que forma elas podem, individualmente ou combinadas entre si, ser aper-feiçoadas. São elas: abordagem, sondagem, apresentação ou de-monstração, objeções, fecha-mento e acompanhamento.

Bom, para hoje, a nossa pri-meira dica, que está relaciona-da à etapa da abordagem, é a seguinte: não venda, entregue; vender custa caro. A recomen-dação conclusiva desta asser-

tiva é a seguinte: quanto mais você conhecer seu cliente, quanto mais você estiver capacitado a antecipar-se às necessidades ou desejos dele e, quanto mais você conhecer e reconhecer os bene-fícios de seu serviço ou produto que estão alinhados às expec-tativas dos clientes, menor será seu esforço de venda e menor será seu investimento pessoal, ou propriamente do negócio, para conquistar a simpatia e a confi ança do cliente.

Pense nisso. Entregar é mais barato e mais efi ciente do que fazer malabarismo verbal para vender. Além disso, entregar agrega maior satisfação para

o cliente e reduz consideravel-mente as objeções que ele possa interpor contra sua oferta.

E a técnica de hoje é a seguinte: estabeleça um processo, ou uma frase de abertura padrão na eta-pa de abordagem. Isso faz toda a diferença e evita que você torne sua venda um acidente, ou um jogo de erros e acertos. É comum você chegar a uma loja e alguém lhe abordar da seguinte maneira:

- Diga, pois não?- Olá, meu patrão, o que o

senhor deseja?- Pode falar, minha patroa,

fi quei à vontade!- O senhor deseja algo?Em geral, tais frases vêm

acompanhadas de um leve toque no ombro ou no braço do cliente, um tipo de abordagem que nem todos irão apreciar, eu garanto. Há também casos em que o vendedor fi ca apenas olhando de perto, e o cliente, meio sem saber o que fazer, decide ir embora e nenhuma palavra foi trocada. Sem comunicação, não há venda.

Troque tudo isso por um cordial ‘muito bom dia’, ou um ‘muito boa tarde’, ou um ‘muito boa noite’ – a depender do horário da abordagem – e em seguida fale seu nome e, sem perder a assertividade, anuncie o nome do estabelecimento. Pronto. Você

fez uma abordagem padrão, cer-tamente vai surpreender o clien-te, e melhor: você posicionou o seu nome e o nome da empresa, ao menos por alguns minutos, na mente do cliente, lugar onde as marcas disputam, à tapa, um posto de destaque. Faça o mesmo com todos que abordar, inde-pendentemente da faixa etária, gênero ou estilo, e observe os resultados. Caso queira compar-tilhar sua experiência, fale com a gente e conte-nos como tem sido seu desempenho. Teremos prazer em divulgar nesta coluna.

Um forte abraço e até o pró-ximo domingo.

Sucesso, sempre!

Para Matheus, a cons-trução de embarcações é uma atividade econômica tão forte quanto a ZFM. “O governo tem interesse no polo naval porque sabe que a indústria naval, em qualquer lugar do mundo, alavanca muitos empregos e dinheiro. Por exemplo, a Petrobras contrata estalei-ros para a manutenção e reparo das plataformas e queremos fazer parte deste nicho de mercado”, disse.

Em termos de potencial de navegação na Amazô-nia, a região tem 26 mil quilômetros de rios nave-gáveis. “O principal meio de transporte da região é a embarcação e em todo o lugar há comunidade para onde precisa transportar suprimentos e combustí-veis. Esta é uma indústria extremamente importan-te”, comenta.

ProjetosPara o próximo ano está

prevista a realização da primeira “Feira da Indústria Naval do Amazonas”.

A ideia é trazer repre-sentantes de empresas e estaleiros nacionais e in-ternacionais e fornecedo-res de peças.

“Estamos cuidando para conseguir o centro de for-mação profi ssional para profi ssionais da indústria naval. Firmamos parcerias com empresas do Rio de Janeiro e do Senai. Acre-ditamos que na ocasião da implantação do Polo Naval, o mercado já tenha absor-ção de técnicos formados em Manaus. Sem contar que a Universidade do Esta-do do Amazonas (UEA) está com o curso de engenharia naval para suprir demanda de engenheiros no Estado”, lembra Matheus.

O MPF-AM esclareceu que as exigências neces-sárias à instalação de qualquer empreendimento com potenciais impactos ao meio ambiente, às co-munidades tradicionais, quilombolas e povos indí-genas, em todo o território nacional, estão previstas em leis e em convenções internacionais ratifi cadas pelo Brasil, cabendo a este órgão ministerial zelar pelo cumprimento das mes-mas, dentro de sua esferade competência.

A atuação do MPF-AM referente à implantação do Complexo Naval, Mineral e Logístico (Polo Naval) se deu em função do desres-peito, por parte dos res-ponsáveis pelo projeto, da exigência de realização de consulta prévia, livre e in-formada das 19 comunida-des ribeirinhas que vivem

na região onde se pretende instalar o complexo, nos termos da convenção nº 169 da Organização Inter-nacional do Trabalho (OIT).

ConsultaA consulta é um proce-

dimento de participação exclusivo dos povos indí-genas e comunidades tra-dicionais, cuja realização é de responsabilidade dos governos, cobrindo todas as despesas do proces-so. Todas as medidas que afetem comunidades tra-dicionais devem ser sub-metidas à consulta prévia, que precisa ser realizada desde as primeiras etapas de planejamento, antes da tomada das decisões.

Segundo o MPF-AM, com relação à implantação do polo naval, o Estado do Amazonas não observou as etapas necessárias.

Potencial de desenvolvimento Etapas foram descumpridascomunidades mais próximas são a do Jatuarana e a das Novas Tribos do Brasil, que é uma missão norte-ameri-cana, que está há anos no local. A outra comunidade fi ca a 3 quilômetros, que é a Mainá. Nos fundos, o limite é com uma área de treina-mento do exército”, explica o empresário.

Segundo Matheus, o novo polo naval não irá trazer nenhum impacto ambiental ou social nesta área. “Pelo contrário, o impacto será positivo, de inclusão das comunidades e geração de emprego. As comunidades do Lago do Jatuarana aceitam o polo. Por decisões políticas de conselhos contrários ao desenvolvimento do Estado, colocam empecilho”, afi rma.

FaturamentoApós a implantação, o polo

naval deve gerar 25 mil em-pregos. O faturamento pre-visto é de R$ 15 bilhões por ano. “A infraestrutura começa com o acesso”, diz o presiden-te do Sindnaval.

Após a implantação no Estado, o novo polo naval do Amazonas deverá gerar 25 mil empregos e faturar R$ 15 bilhões por ano, de acordo com estimativa do Sindnaval

POR IVE RYLO

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015B3Economia

Mercado de vinhos celebra investimentos em ManausAumento da produção nacional e aquecimento das vendas estimulam a abertura de novas lojas na capital amazonense

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Empresários têm investido na abertura de novos empreendimentos voltados para os amantes dos vinhos

Com o mercado nacio-nal aquecido, lojas e adegas especializadas em vinhos têm se ex-

pandido para o Norte do país, onde Manaus está no centro dos novos investimentos.

Puxado por esse aumento de consumo - segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a produção de vinho no país superou os 9 milhões de litros -, uma das franquias mais importantes do ramo se estabeleceu em Manaus, na semana passada, com a pro-messa de manter uma forte presença no mercado.

Segundo a empresária Fer-nanda Chami, que trouxe a franquia da Gran Cru, Manaus é a segunda cidade da Região Norte a trabalhar com a carta de vinhos da marca.

“Éramos clientes da Gran Cru e então soubemos da von-tade da diretoria da empresa em abrir uma franquia na cidade. Eu já conhecia o mer-cado local e percebi a carência grande de rótulos porque são poucas as importadoras que chegam até Manaus. Agora, trazemos uma variedade para os consumidores locais”, afi r-ma a empresária.

A dona do empreendimen-to destaca que a empresa atenderá tanto a venda para consumidores e apreciadores da bebida, como venderá para o atacado, ou seja, para em-preendimentos como os su-permercados com a cartela de vinhos da empresa.

O gerente de franquias da

empresa, Clayton Henrique, conta que a meta da empre-sa será atingir quase 70% do mercado em Manaus nos próximos 5 anos.

“Estudamos a cidade de Ma-naus e fi zemos uma análise de perfi l do público, restaurantes, atendimentos e o que tinha de melhor para se oferecer, foi então que identifi camos uma oportunidade para esse mercado”, confi rma Clayton.

Para o sommelier da Gran, Massimo Leoncine, em Ma-naus há espaço tanto para o consumo de cervejas como de vinhos, seja o branco ou o tinto.

“A empresa trabalha com um catálogo com mais de 1,5 mil rótulos, sendo mais da metade de marcas exclusivas. Entre as estrelas do catálogo estão o espanhol Vega Secília, Ornellaia, que é um mítico supertoscano, Cobos da Ar-gentina e o Altair, do Chile”, aponta o sommelier.

Segundo o apreciador de vinhos Ricardo Mansur, ele tem percebido a variedade dos espaços especializados em vi-nhos na cidade, e o consumo tem crescido para todos os gostos e bolsos. O empresário afi rma que, apesar de o clima quente da cidade ser favorável ao consumo do vinho branco, ele prefere os vinhos tintos.

CrescimentoO consumo de vinho no Bra-

sil cresceu 4,6% apenas no primeiro semestre de 2015 em comparação ao passado.

Segundo o Ibravin, a pro-dução de vinho superou os 9 milhões de litros e se destacou no grupo formado também por sucos, espumantes e outros produtos derivados da uva.

CONSUMO

De acordo com dados do Ibravin, o mercado espera movimentar mais de R$ 1,2 bilhão somente com os rótu-los nacionais em 2015 e, até 2016, o consu-mo dessa bebida no país deverá registrar aumento de 30%

POR STÊNIO URBANO

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ELEIÇÃO

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AÇÃO

Mensalão é pequeno se comparado ao petrolãoCom a nova crise política, país esqueceu os escânlados anteriores. Gilmar Mendes destacou que mensalão perdeu status

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AÇÃO

Ministro destacou que só a quantia devolvida pelo ex-gerente da Petrobras “é quase o valor do mensalão”

Pessoas que doaram valores baixos a campanhas políticas em 2014, como R$ 30 ou R$ 60, estão sendo processadas pelo Ministério Público por supostamente terem contribu-ído ilegalmente com partidos políticos. Os relatos divulgados envolvem doadores no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Durante um evento de combate e controle da corrupção no Brasil, no fi m de semana, em

Cuiabá, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes comparou os números da operação Lava Jato e do Mensalão e disse que o es-cândalo de 2005, que atingiu a cúpula do PT, deveria ir para o tribunal de pequenas causas.

“Hoje, pelos números do es-cândalo da Petrobras, o men-salão teria que ser julgado em juizado de pequenas causas”, declarou o magistrado. Gilmar Mendes lembrou ainda que a quantia devolvida pelo ex-ge-rente de Engenharia da Dire-toria de Serviços da estatal Pedro Barusco “é quase o valor do mensalão”. Em novembro do ano passado, Barusco fechou acordo de delação premiada e aceitou devolver US$ 100 milhões, quantia que confessou ter recebido em propinas.

Apesar de o balanço da Pe-trobras indicar o desvio de R$ 6,2 bilhões, a operação Lava Jato aponta que os desvios

na estatal chegam a quase R$ 20 bilhões.

“No caso do mensalão, falá-vamos que estávamos julgando o maior caso de corrupção in-vestigado e identifi cado. Agora, a Ação Penal 470 teria que ser julgada em juizado de pequenas causas pelo volume que está

sendo revelado nesta questão”, afi rmou o magistrado. Mendes fez coro à avaliação de inves-tigadores de que os valores desviados no Petrolão podem ser muito maiores do que os previstos inicialmente. Um dos indicativos são os recursos que

delatores, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yous-sef e o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barus-co, aceitaram devolver aoscofres públicos.

“Quando a gente vê o caso, uma fi gura secundária, que se propõe a devolver 100 milhões de dólares, já estamos em um outro universo, em outra galá-xia”, disse Gilmar Mendes, em referência a Pedro Barusco, apontado como braço-direito do ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque.

Segundo o ministro, os altos valores do esquema do petro-lão enfraquecem o argumento de que a movimentação fi nan-ceira do grupo criminoso seria utilizada essencialmente para abastecer campanhas políti-cas. “Há um certo argumento ou álibi de que isso tudo tem a ver com campanha eleitoral, mas estamos vendo que não. Esse dinheiro [do petrolão] está sendo patrimonializado. Passa a comprar lanchas, ca-sas, coisas do tipo”, declarou.

‘CASO BRUNO’

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) acatou parcialmente recurso do Ministério Público do Rio de Janeiro e aumentou a pena aplicada ao ex-goleiro Bruno Fernandes pelo seques-tro, lesão corporal e constran-gimento ilegal de Eliza Samu-dio, sua ex-amante.

O seu ex-braço-direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, havia sido con-denado apenas pelo cárcere privado. Os crimes, segundo

a denúncia do MP, ocorreram no Rio de Janeiro, em 2009, antes de a ex-modelo ser morta, já em Minas Gerais, no ano seguinte.

O STJ passou o regime dos dois para o semiaberto e ma-jorou a condenação de Bruno para dois anos e três meses. Já Macarrão viu sua sentença aumentar em mais dois me-ses. Conforme a assessoria do órgão, a decisão não será somada à condenação que o

goleiro e Macarrão cumprem pelo homicídio de Eliza (22 anos de prisão e 15 anos, respectiva-mente), imposta pela Justiça de Minas Gerais, por se tratarem de processos distintos.

No entanto, a determinação do STJ acresce o tempo de duração da prisão em regime fechado dos dois e, conse-quentemente, na possibilida-de de progressão de pena deles, caso não haja decisão da Justiça em contrário.

STJ aumenta pena de ex-goleiro

O STJ majorou a condenação do ex-goleiro Bruno Fernandes para mais 2 anos e três meses

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AÇÃO

COMPARAÇÃO

Ministro Gilmar Mendes comparou os números da opera-ção Lava Jato e do mensalão e disse que escândalo que atingiu a cúpula do PT deve-ria ir para o tribunal de pequenas causas

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Comandante Villas Bôas disse que a situação política preocupa porque a crise poderá se transformar em uma ação com efeitos negativos de estabilidade

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AÇÃO

Forças Armadas vê risco de crise social no país Comandante do Exército diz que crise política poderá comprometer a estabilidade do Brasil e relação das Forças Armadas

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afi rmou que a atual

situação política do Brasil pode gerar uma “crise social” que comprometeria a esta-bilidade do país e, segundo ele, teria relação com asForças Armadas.

“Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza polí-tica, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise so-cial com efeitos negativos sobre a estabilidade”, enfati-zou e prosseguiu: “E aí, nesse contexto, nós nos preocupa-mos porque passa a nos dizer respeito diretamente”.

Villas Bôas fez as declara-ções em uma inédita video-conferência para 2 mil ofi -ciais temporários da reserva, os R2. A conversa teve trans-missão para oito comandos pelo país e trechos circulam na internet. O ex-governa-dor Roberto Magalhães (DEM-PE) participou do debate. O militar, escolhido para o comando do Exército pela presidente Dilma Rousseff no início deste ano, descartou a intervenção militar em outras

declarações. Ele disse não ver crise institucional e que as instituições funcionam, dan-do como exemplo a reprova-ção das contas do governo Dilma pelo TCU. “Dispensa a sociedade de ser tutelada. Não são necessários atalhos nos caminhos para chegar ao bom termo.”.

Questionada sobre a cri-se social dizer respeito ao Exército, a instituição citou artigo da Constituição que afi rma que as Forças Arma-das “destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, sob autoridade presidencial. “Foi com o pensamento de legalidade, de estabilidade e de legitimidade que o coman-dante do Exército se referiu”, disse em nota.

Segundo o Exército, que tem desenvolvido projeto re-cente de reaproximação com reservistas, a única intenção do evento foi manter o con-tato com ex-companheiros. O presidente do conselho de R2, Sérgio Monteiro, termi-nou a nota publicada após a palestra com os termos: “Os tenentes estão de volta, prontos! Dê-nos a missão!”.

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ÍNDICES

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AÇÃO

Refugiados na Europa chegam a 600 mil

Mais de 600 mil imigran-tes e refugiados chegaram à Europa após uma viagem pelo Mediterrâneo desde o início de 2015 e mais de 3.100 morreram ou estão desaparecidos, anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O porta-voz do Alto Co-missariado das Nações Unidas para os refugiados (Acnur), Adrian Edwards, também afi rmou que a organização registrou nos últimos dias um aumento do número de chegadas à Grécia, com a média de 85 embarcações por dia, informou a France Presse.

A ONU conclamou a União Europeia a estabe-lecer rapidamente centros

de recepção adequados na Grécia para registrar pessoas que buscam asilo e então distribui-las pelo bloco antes do inverno.

A União Europeia ofere-ceu à Turquia uma possível ajuda de 3 bilhões de euros, a probabilidade de vistos de viagem mais fáceis e con-versas “revigoradas” sobre participação no bloco, em troca de ajuda turca em conter o fl uxo de imigrantes para Europa. Edwards, soli-citado a comentar sobre o “plano de ação” proposto, disse: “Acho que os princí-pios destacados continu-am os mesmos, estamos felizes em ver um acordo que lida com trafi cantes e tráfi co”.

MIGRANTES

Observatório Sírio dos Direitos Humanos divulgou que 74.426 desses mortos foram civis. Números da ONG não contabilizam o número de desaparecidos

Guerra na Síria matou mais de 250 mil desde 2011

A guerra civil na Síria já matou mais de 250 mil pessoas desde o início, em 2011, segundo um

balanço atualizado divulgado pela ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de informantes na Síria, regis-tra 250.124 mortos, incluindo 74.426 civis e, dentro deste grupo, 12.517 crianças e 8.062 mulheres.

O balanço anterior da ONG com sede na Inglaterra, divulga-do em agosto, citava 240.000 mortes. O OSDH também con-tabiliza 43.752 mortos entre os rebeldes e 37.010 entre os combatentes estrangeiros, em sua grande maioria jihadistas.

Do lado das forças pró-regi-me, a ONG registra 91.678 mor-tos, incluindo 52.077 soldados e 971 membros do Hezbollah xiita libanês. O balanço inclui ainda 3.258 mortos não identifi cados.

Os números da ONG não con-tabilizam os quase 30 mil desa-parecidos. Dentro deste grupo há quase 20 mil nas prisões do regime e milhares de inte-grantes das forças do governo sob poder dos grupos rebeldes,

Organização Não Governamental não contabilizou os quase 30 mil desaparecimentos na guerra fria na Síria

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AÇÃO

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AÇÃO

Uma vez por semana, em média, uma criança de até 3 anos de idade atirou em alguém nos Estados Unidos este ano. Segundo um artigo no jornal “The Washington Post”, dos 43 casos registrados até o início de outubro, 15 cau-saram mortes.

Migrantes chegaram pelo Mediterrâneo desde o início de 2015

em particular da organização jihadista Estado Islâmico.

O confl ito na Síria, que come-çou em março de 2011 como uma revolta popular reprimida violentamente pelo regime, se transformou em um complexo

confl ito que envolve muitos Es-tados e grupos. O último grande país a entrar no confl ito foi a Rússia, que desde 30 de se-tembro executa bombardeios aéreos contra os rebeldes hostis ao regime do presidente Bashar

al-Assad.Pelo menos 4 milhões de sí-

rios foram obrigados a fugir da violência e buscar refúgio no exterior. Milhões estão na situação de deslocados dentro do país.

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

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Campanha quer salvar o primata

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Uma homenagem que vai entrar para a históriaNo aniversário de Manaus, publicação com 24 imagens fará um resgate histórico e arquitetônico da capital do AM

No próximo sábado (24) Manaus completará 346 anos. Como for-ma de presentear a

cidade e todos aqueles que fazem da capital amazonense sua casa, o jornal Amazonas EM TEMPO publicará no dia seguinte (25) um documento histórico e inédito, com 24 imagens que revelam a face da “Paris dos Trópicos” do pas-sado e dos dias atuais. Uma forma de viajar e recordar a magia e os encantos da “metrópole da Amazônia”.

De acordo com a subeditora de fotografi a do EM TEMPO, Ione Moreno, a revista “Manaus 346 anos – Velhos Endereços, Novos Destinos” buscará re-tratar o antes e o depois de pontos históricos da cidade. Apesar das difi culdades em encontrar alguns endereços, a fotógrafa acredita que os lei-tores fi carão surpreendidos – e em alguns casos, indignados – com o resgate histórico feito por meio de imagens.

“Eram cem fotos e fi zemos a seleção de 40. Dessas nós optamos por lugares mais co-nhecidos, como alguns pon-tos do Centro. Esbarramos na difi culdade de não conseguir reproduzir algumas fotos do mesmo ângulo, e em outros casos não existe mais o prédio ou a rua. Mesmo assim, fi cou um material bem legal por mostrar o antes e o depois. Consegui-mos reproduzir com fi delidade 12 fotos”, observa Ione.

Para o superintendente do Grupo Raman Neves de Comu-nicação (GRN), Sandro Breval, o projeto, além de uma homena-gem a Manaus, com o resgate de locais que fi zeram e fazem parte do nosso cotidiano, pode

tornar a revista um documento histórico, instrumento de futu-ras pesquisas.

“O leitor pode esperar ima-gens de alta qualidade de im-pressão, com a escolha minu-ciosa pelo corpo de editores, e, sobretudo, um importante estudo sobre cada lugar e suas características”, afi rma Breval, deixando claro que o projeto faz parte do movimento “Ama-zonas Terra da Gente”.

Para o diretor executivo do EM TEMPO, João Bosco Araú-jo, a revista surge como uma tentativa de conscientização da população manauense, que

vê a cidade ser deturpada e desfi gurada a cada ano que passa, pela ânsia de moder-nidade. Ainda conforme ele, Manaus pode ser ainda mais bonita se for preservada.

“O leitor pode esperar, pri-meiro, auferir o conhecimento de que uma cidade que tem sua história e suas tradições deveria ser respeitada. Não estou falando do poder público, deveria ser respeitada por seus habitantes, pelos seus morado-res, essa que é a verdade. Pou-cas coisas restaram, mas ainda há algumas. Essas coisas têm de ser restauradas”, declara.

REPRODUÇÃO

Das 24 imagens sele-cionadas para compor a publicação, algumas foram reproduzidas com fi delidade. Boa parte das fotos retra-ta monumentos que estão localizados no Centro Histórico de Manaus

Pelas imagens será possível perceber as mudanças ocorridas em algumas partes de Manaus, como acima, na rua Saldanha Marinho, Centro

Leitores terão a opor-tunidade de conhecer monumentos que ao

longo do tempo foram descaracterizados

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015C2 Dia a dia

Diminuir a intensidade dos estudos, na semana que antecede as provas, é uma das orientações aos candidatos que farão as provas do Enem

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‘Corrida’ do Enem 2015 requer mais que estudosÀs vésperas das provas candidatos devem desacelerar, para não chegarem tensos ou estressados ao concurso

No próximo fi m de sema-na, um total de 156.815 candidatos prestará o Exame Nacional do

Ensino Médio (Enem) 2015 em todo o Amazonas, conforme dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacio-nais Anísio Teixeira (Inep). Às vésperas da prova, especialistas dão algumas dicas de como deve se portar o candidato que pretende fazer uma boa pontu-ação na “corrida” por uma vaga nas universidades federais ou ingressar em instituições pri-vadas por meio de programas do governo.

A psicóloga clínica Francisca de Oliveira explica que o candi-dato que prestará o exame não conseguirá fi car totalmente cal-mo, mas poderá explorar ativi-dades prazerosas como assistir a bons fi lmes, ler livros leves, ouvir músicas de ritmos que gos-te, caminhar ou dar um passeio sem exageros antes do evento mais aguardado por 7.746.282 estudantes brasileiros.

“Dentre as recomendações básicas também está dormir bem. Não adianta mais, em cima da hora, colocar a cara nos livros. Ficar estudando desespe-radamente até a hora da prova,

não vai ajudar muito. Agora é tentar fi car bem e fazer algo que deixe o candidato mais relaxado. O básico é não se estressar e procurar não ter pensamentos voltados somente para a prova”, destaca a psicóloga.

Sobre os famosos “viradões” procurados por quem quer fazer uma última revisão dos con-teúdos aprendidos ou mesmo como alternativa para quem não teve muito tempo para estudar, Francisca enfatiza que é uma opção válida, desde que feita até dois dias antes da prova.

“Isso é uma questão de opi-nião. Eu acho que é válido sim, mas não na véspera. O candi-dato não vai aprender muita coisa, pois vai estar tenso e quando se está tenso, não dá para assimilar muita coisa. Na verdade, não se aprende quase nada”, explica Francisca.

Ainda segundo ela, a noite an-terior ao primeiro dia do Enem, o inscrito deve dormir cedo para acordar bem-disposto, além de fazer uma alimentação leve no café da manhã no dia seguin-te. Levar algumas frutas para comer durante a avaliação também é recomendável, visto que os candidatos passarão até cinco horas e meia no último dia de prova dentro da sala.

Para o professor de geogra-

fi a e coordenador pedagógico do Cuca Cursos e Concursos, Herllyson Gabriel Araújo, as su-gestões dadas pela psicóloga devem ser seguidas à risca para que o estudante não tenha um desempenho ruim no sábado (24) e domingo (25).

“Antes das provas, o candidato tem que ir diminuído a inten-sidade dos estudos e praticar mais resolução de questões.

Neste caso, se assiste aulas extras, faz revisões gerais, mas de uma forma mais leve. No dia anterior à prova, não se deve pegar em livros, mas sim sair para comer algo leve, dormir cedo. Na manhã, ao se dirigir para o local de prova, deve-se ir ouvindo uma boa música e inclusive não aconselho os pais deixarem os fi lhos, para não os pressionar”, orienta o professor.

HorárioOs candidatos devem se

atentar para o horário de fechamento dos portões das unidades de ensino onde serão realizadas as provas. Os por-tões fecham às 13h (horário de Brasília) e o início da avalição é às 13h30. Os candidatos ma-nauenses devem atentar que a partir de hoje, alguns Estados brasileiros aderem ao horário

de verão e precisarão contar duas horas a menos.

Segundo a Secretaria Esta-dual de Educação (Seduc) por conta do horário de verão,u-ma parcela dos municípios na região oeste do Amazo-nas, por terem como padrão o fuso-horário do Acre, terão como padrão ofi cial três ho-ras a menos que o horário de Brasília.

POR CECÍLIA SIQUEIRA

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015C3Dia a dia

Campanha alerta para a preservação

A criação de novas áre-as de conservação é a alternativa para ajudar o sauim-de-coleira (Sa-

guinus bicolor) a sair da lista de animais ameaçados de extinção. Uma campanha de conscienti-zação para preservar o primata será lançada na próxima terça-feira (20), no auditório da As-sembleia Legislativa do Estado (Aleam), no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul, que irá se integrar a uma peti-ção virtual que pretende obter 100 mil assinaturas, a serem entregues aos governos federal e estadual, pedindo a criação de novas unidades de conservação.

“Se novas áreas de conser-vação não forem criadas e o desmatamento desordenado da cidade de Manaus continuar a perda da espécie será inevitá-vel”, alerta Maurício Noronha, coordenador da campanha.

Ele explica que o manauense tem ignorado os efeitos de ter um animal como o sauim extinto. Um exemplo citado por ele, é a relação que há no ambiente em que o primata vive, com a manutenção do clima e preser-vação dos mananciais hídricos, que essas áreas de conservação oferecem à sociedade.

“São serviços que as pessoas não conseguem ver à primeira vista e por isso o desmatamento continua, sem ter o cuidado de preservar essas áreas ver-des que são de fundamental importância para o clima e até produção de alimentos na região,” diz.

A campanha pela mobilização de preservação do sauim tam-bém vai movimentar as mídias sociais, buscando construir e fortalecer a imagem do animal como um símbolo do Amazonas para que as pessoas busquem mais a proteção e preservação do primata.

RICA

RDO

OLI

VEIR

A

JOANDRES XAVIER

Há anos na lista de animais em risco de extinção, o sauim está ameaçado com o desmatamento

Petição virtual será uma das maneiras de

mobilizar a sociedade, para salvar o sauim

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Page 20: EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

C4 Dia a dia

Perícia criminal do AM trabalha no limite Responsável por produzir provas materiais que podem inocentar ou incriminar, departamento está sucateado

A pretensão não é ser um C.S.I., o seriado norte-americano que mostra atuação de

peritos criminais, na eluci-dação de crimes cotidianos, com tecnologia de ponta. A realidade em que trabalham os peritos ofi ciais do Depar-tamento de Polícia Técnico-Científi co (DPTC) do Amazonas é bem diferente. A falta de equipamentos desestimula os profi ssionais a exercerem suas atividades de maneira correta e efi caz, prejudicando obtenção de resultados.

Ao logo de mais de 20 anos a instituição enfrenta inúmeros problemas, e entre os mais gra-ves está a ausência de testes com provas materiais, em que 90% dos casos são resolvidos de forma testemunhal, ou seja, depoimentos que levam à con-denação de uma pessoa, no banco dos réus.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Ofi -ciais do Amazonas (Sinpoeam), o médico Cleverson Redivo, o Estado não conta com o siste-ma de informação por meio de identifi cação digital que possa ser utilizado para confrontar crimes por meio de impres-são digital. “Para iniciar um trabalho de perícia criminal, a instituição deveria ter um ban-co de dados genéticos para a

identifi cação do suspeito. Não adianta somente a coleta, a não ser que se tenha um suspeito para eliminar a suspeita sobre aquela pessoa, pois o recur-so tecnológico é fundamental para o laudo fi nal”, explica.

Segundo ele, a maioria dos crimes são resolvidos por meio de comparação, sem o uso do sistema eletrônico. Esse grave problema pode apontar erros e levar inocentes a sentar no banco dos réus, sem ter provas de materialidade. Exames de DNA, por exemplo, nos casos de estupro ou identifi cação de cri-minosos, segundo Redivo, são realizados somente em casos de grande repercussão.

“Mesmo com evidências de crime, com banco de dados que aponta o suspeito, o traba-lho realizado com os recursos disponíveis não é sufi ciente se não houver uma identifi cação com um recurso tecnológico de alto nível. O Estado não tem uma identifi cação criminal de confi ança”, alerta o sindicalista.

LaboratóriosOs equipamentos para os

trabalhos de perícia estão avaliados em mais de R$ 500 milhões, mas, a falta de rea-gentes é um dos fatores que ameaça a precisão da perícia. Alguns peritos chegam a tirar dinheiro do próprio bolso, para comprar o produto e concluir seus trabalhos para não deixá-

los pela metade ou perdidos no decorrer do processo pericial.

“A falta de insumos e alguns equipamentos, como máqui-nas fotográfi cas e compu-tador, difi culta os trabalhos mais robustos. Em média, 50% dos peritos sofre da sín-drome de Burnout, ou seja, da desmotivação de traba-lhar, ao perceber que o seu trabalho não tem qualidade. Se o profi ssional cobra, será perseguido” analisa Redivo.

Além da falta de mate-rial, os espaços laboratoriais não suportam a quantidade de provas que se encontram estocadas e por conta disso, mensalmente são descarta-das por falta de acondicio-namento adequado.

“A perícia não é para substi-tuir a investigação, mas para colaborar com as investiga-ções. Nem sempre a causa morte apontada pelo delegado inicialmente é a mesma para nós”, enfatiza.

A ausência de delegados na cena de crimes também é apontada pelo Sinpoem como um fato grave e constante. Conforme o sindicato, muitos delegados acusam a institui-ção de não trabalhar e eventu-almente denunciam os peritos na corregedoria. Em alguns ca-sos, policiais militares chegam a entregar cápsulas de armas de fogo aos peritos por falta de conhecimento e orientação.

Os servidores que com-põem o DPTC também recla-mam da estrutura disponível nas viaturas até o local do crime. Mesmo o departamen-to contando com uma frota renovada, os novos carros entregues pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) não atendem as necessidades dos peritos.

Muitas vezes, para chegar até o local do crime, eles contam com o apoio de via-turas da Polícia Militar para

guiar a equipe. “A situação não é crítica, porém deveria ser melhorada para facilitar o nosso trabalho de se deslocar até a cena do crime com mais rapidez”, comenta uma perita, que preferiu não se identifi car, com medo de represálias.

Segundo ela e demais colegas de trabalho, vários documentos foram enviados à direção do departamento solicitando a instalação de rádios nas viaturas.

“Enquanto as viaturas de

outros departamentos de polícia contam com equipa-mentos de ponta, os veículos do DPTC possuem apenas o básico. Os carros são novos em relação aos que tínha-mos, o que precisamos é de equipamentos que auxiliem os serviços”, explica a perita.

SoluçãoEm nota, a Secretaria de

Segurança Pública do Amazo-nas informa que a demanda apresentada pelos peritos já

está em fase de ser solucio-nada. A aquisição recente das novas viaturas, que vieram sem rádio e a mudança da tecnologia de transmissão do sistema de comunicação da secretaria, de analógica para digital, gerou um atraso na instalação dos equipamentos nas viaturas. Contudo, o órgão ressalta que está em fase fi nal de aquisição dos kits de instalação e garante que até o problema será solucionado o mais breve possível.

Viaturas não têm comunicação

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Entregues neste ano, veículos não dispõem de rádios, para ajudar com informações básicas, como o encontro de um local de crime

Falta de equipamentos e de espaço físico compromete os serviços da perícia

POR JOSEMAR ANTUNES

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

C4 Dia a dia

Perícia criminal do AM trabalha no limite Responsável por produzir provas materiais que podem inocentar ou incriminar, departamento está sucateado

A pretensão não é ser um C.S.I., o seriado norte-americano que mostra atuação de

peritos criminais, na eluci-dação de crimes cotidianos, com tecnologia de ponta. A realidade em que trabalham os peritos ofi ciais do Depar-tamento de Polícia Técnico-Científi co (DPTC) do Amazonas é bem diferente. A falta de equipamentos desestimula os profi ssionais a exercerem suas atividades de maneira correta e efi caz, prejudicando obtenção de resultados.

Ao logo de mais de 20 anos a instituição enfrenta inúmeros problemas, e entre os mais gra-ves está a ausência de testes com provas materiais, em que 90% dos casos são resolvidos de forma testemunhal, ou seja, depoimentos que levam à con-denação de uma pessoa, no banco dos réus.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Peritos Ofi -ciais do Amazonas (Sinpoeam), o médico Cleverson Redivo, o Estado não conta com o siste-ma de informação por meio de identifi cação digital que possa ser utilizado para confrontar crimes por meio de impres-são digital. “Para iniciar um trabalho de perícia criminal, a instituição deveria ter um ban-co de dados genéticos para a

identifi cação do suspeito. Não adianta somente a coleta, a não ser que se tenha um suspeito para eliminar a suspeita sobre aquela pessoa, pois o recur-so tecnológico é fundamental para o laudo fi nal”, explica.

Segundo ele, a maioria dos crimes são resolvidos por meio de comparação, sem o uso do sistema eletrônico. Esse grave problema pode apontar erros e levar inocentes a sentar no banco dos réus, sem ter provas de materialidade. Exames de DNA, por exemplo, nos casos de estupro ou identifi cação de cri-minosos, segundo Redivo, são realizados somente em casos de grande repercussão.

“Mesmo com evidências de crime, com banco de dados que aponta o suspeito, o traba-lho realizado com os recursos disponíveis não é sufi ciente se não houver uma identifi cação com um recurso tecnológico de alto nível. O Estado não tem uma identifi cação criminal de confi ança”, alerta o sindicalista.

LaboratóriosOs equipamentos para os

trabalhos de perícia estão avaliados em mais de R$ 500 milhões, mas, a falta de rea-gentes é um dos fatores que ameaça a precisão da perícia. Alguns peritos chegam a tirar dinheiro do próprio bolso, para comprar o produto e concluir seus trabalhos para não deixá-

los pela metade ou perdidos no decorrer do processo pericial.

“A falta de insumos e alguns equipamentos, como máqui-nas fotográfi cas e compu-tador, difi culta os trabalhos mais robustos. Em média, 50% dos peritos sofre da sín-drome de Burnout, ou seja, da desmotivação de traba-lhar, ao perceber que o seu trabalho não tem qualidade. Se o profi ssional cobra, será perseguido” analisa Redivo.

Além da falta de mate-rial, os espaços laboratoriais não suportam a quantidade de provas que se encontram estocadas e por conta disso, mensalmente são descarta-das por falta de acondicio-namento adequado.

“A perícia não é para substi-tuir a investigação, mas para colaborar com as investiga-ções. Nem sempre a causa morte apontada pelo delegado inicialmente é a mesma para nós”, enfatiza.

A ausência de delegados na cena de crimes também é apontada pelo Sinpoem como um fato grave e constante. Conforme o sindicato, muitos delegados acusam a institui-ção de não trabalhar e eventu-almente denunciam os peritos na corregedoria. Em alguns ca-sos, policiais militares chegam a entregar cápsulas de armas de fogo aos peritos por falta de conhecimento e orientação.

Os servidores que com-põem o DPTC também recla-mam da estrutura disponível nas viaturas até o local do crime. Mesmo o departamen-to contando com uma frota renovada, os novos carros entregues pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) não atendem as necessidades dos peritos.

Muitas vezes, para chegar até o local do crime, eles contam com o apoio de via-turas da Polícia Militar para

guiar a equipe. “A situação não é crítica, porém deveria ser melhorada para facilitar o nosso trabalho de se deslocar até a cena do crime com mais rapidez”, comenta uma perita, que preferiu não se identifi car, com medo de represálias.

Segundo ela e demais colegas de trabalho, vários documentos foram enviados à direção do departamento solicitando a instalação de rádios nas viaturas.

“Enquanto as viaturas de

outros departamentos de polícia contam com equipa-mentos de ponta, os veículos do DPTC possuem apenas o básico. Os carros são novos em relação aos que tínha-mos, o que precisamos é de equipamentos que auxiliem os serviços”, explica a perita.

SoluçãoEm nota, a Secretaria de

Segurança Pública do Amazo-nas informa que a demanda apresentada pelos peritos já

está em fase de ser solucio-nada. A aquisição recente das novas viaturas, que vieram sem rádio e a mudança da tecnologia de transmissão do sistema de comunicação da secretaria, de analógica para digital, gerou um atraso na instalação dos equipamentos nas viaturas. Contudo, o órgão ressalta que está em fase fi nal de aquisição dos kits de instalação e garante que até o problema será solucionado o mais breve possível.

Viaturas não têm comunicação

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Entregues neste ano, veículos não dispõem de rádios, para ajudar com informações básicas, como o encontro de um local de crime

Falta de equipamentos e de espaço físico compromete os serviços da perícia

POR JOSEMAR ANTUNES

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Page 23: EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015C7Dia a dia

Edital incentiva mulheres nas carreiras de exatasElas nas Exatas busca projetos que estimulam o ingresso de jovens do sexo feminino em matemática e ciência

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AÇÃO

Projetos que incentivam a participação de alunas em feiras e olimpíadas nas áreas de exatas, robótica e ciência podem ser inscritos no edital

As mulheres são a maio-ria da população brasi-leira, mas minoria nas exatas. A afi rmação é

facilmente constatada ao se observar uma sala de aula em escola técnica ou faculdade na área de exatas, onde há pouca ou nenhuma presença feminina. Para contribuir com a mudança desse cenário e reduzir o impac-to da desigualdade de gênero na hora de escolher uma profi ssão, o Instituto Unibanco, o Fundo Elas e a Fundação Carlos Cha-gas lançaram o edital Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas, cujas inscrições seguem até dia 3 de novembro.

Podem ser inscritos projetos de todo o país, sejam de esco-las públicas do ensino médio (por meio das Associações de Pais e Mestres) ou de organi-zações, grupos e movimentos feministas que trabalham com a temática de gênero articulados à escola pública.

Poderão ser selecionados até dez propostas de projetos. Cada projeto receberá o valor de R$ 30 mil para serem executados de janeiro a dezembro de 2016, na escola, seguindo o cronogra-ma do calendário escolar.

Podem ser inscritos, por exemplo, projetos que incen-tivem a participação das es-

tudantes em olimpíadas de matemática ou de robótica, em feiras de ciências, feira de profi ssões, projetos para jovens cientistas, feiras de desenvolvi-mento de projetos tecnológicos, cursos para meninas desen-volverem games e aplicativos, entre outros.

O formulário de inscrição no edital Elas nas Exatas pode ser baixado pelos sites do Fundo ELAS (www.fundoso-cialelas.org), do Instituto Uni-banco (www.institutounibanco.org.br) e da Fundação Carlos Chagas (www.fcc.org.br). As inscrições devem ser feitas somente pelos Correios.

PreconceitoÉ grande o preconceito e a

falta de informação sobre car-reiras na área de exatas para mulheres. A administradora de sistemas Camila Marques, 26, diz que ainda sofre preconceito, mesmo tendo completado uma graduação em Sistema da In-formação e atuar na área. “O preconceito é grande, inclusive de professores e alunos. Hoje, é difícil encontrar, por exemplo, um orientador na pós-gradua-ção para uma mulher. Existe o estereótipo de que é preciso homens nas áreas mais técni-cas”, diz Camila.

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[email protected], DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015

Plateia D100:00

Rock ‘n’ roll gratuito no Centro

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AÇÃO

a subversão do poeta

Imortal pela Academia Amazonense de Letras, o poeta e jornalista Aldisio Filgueiras lembra de uma Manaus em que a contestação e a rebeldia eram palavras de ordem. Inquieto, ele transforma sua ânsia por mudanças em poemas, músicas e peças

Ele que contou “Manaus - As Muitas Cidades” é por essência contesta-dor, irônico, provocador

e instigante em seu modo de retratar a cidade em que nasceu em 29 de janeiro de 1947. A cidade que ele descreve com o trecho do livro publicado em 1994:

Sim: existe uma cidade em nós.Uma cidade tão singularque se realiza apenasno plural: Manaos-Manaus.É de feira, a sua voz.Mesmo em silêncio.É de feira, a sua paz.Como é sensível no sonoque a prostra ao longodo rio, em suor e preguiça.É de dúvida a sua dívidae assim é que se decide em dois.Daí que a cidade - em si e em nós -se dá e se toma de volta. Um dia simoutro dia, não. Feito um músculoque se contrai ao sole grita e grita e grita e grita.

Além de “Manaus - As Muitas Cidades”, a obra do compositor, poeta e jornalista Aldisio Fil-gueiras é composta também de “Malária” e outras canções ma-lignas (Manaus, 1976); “A Re-pública muda” (Manaus, 1989); “A Dança dos fantasmas” (Ma-naus, 2001) e “Nova subúrbios” (Manaus, 2004). Autor de uma das músicas símbolo do Ama-zonas, “Porto de lenha”, Aldisio é bem humorado ao falar de si e se utiliza de um jargão po-pular usado para defi nir aquilo que se considera insignifi cante: “Grandes mer...!”.

Numa conversa de quase uma hora, essa defi nição se perde quando Aldisio se sente à von-tade para contar um pouco da

sua história em Manaus, da sua percepção de mundo

e do seu olhar sobre o futuro. Crítico contu-maz da transformação da cidade da sua in-fância para a dos dias

de hoje, o “poetinha”, como é chamado pelos

amigos mais íntimos, conta com saudade da época

em que os igara-pés e vegetação

refrigeravam o ambiente.

“Eu vivi aquela cida-de que hoje todo mundo tem saudade,

dos igarapés fartos, limpos,

mas sem luz elé-trica. Eu morava na

Cachoeirinha, que foi um bairro planejado, de ruas lar-

Aldisio Filgueiras,

SAIBA MAIS O Clube

da Madrugada foi criado ao amanhecer do dia 22 de

novembro de 1954, na praça Heliodo-ro Balbi, mais conhecida como praça da Polícia, com o intuito de ser um

espaço para o debate literário, fi losófi co, cultural e político

sobre o Amazonas e o país.

VOCÊ SABIA?

O escritor tem 10 livros de poe-mas publicados e atualmente traba-lha nas produções de “As novas (ex) posições do amor” e do romance

“Bom-dia, inferno (o mercado é meu senhor e nada me

faltará)”.

CURIOSIDADE

POR EMERSON QUARESMA

gas. As casas eram verdadeiras chácaras. E não tinha asfalto. A cidade era o Centro e a Cacho-eirinha. As pessoas andavam a pé, não tinha carro, não tinha ônibus, no máximo tínhamos um bonde”, conta Aldisio.

Como na canção mais famo-sa, musicada por Zeca Torres, o compositor reafi rma a sua crítica sobre a cidade. Para ele, é necessário pensar a realidade da região de maneira subs-tantiva. “Não adianta pensar Manaus como a Paris dos tró-picos, ou a Veneza dos trópicos. Manaus tem que ser Manaus, uma cidade tropical. Mas, ela é tratada como uma cidade de clima temperado”, critica.

Para Aldisio, que assistiu as mudanças da cidade construída na época da borracha para a da explosão demográfi ca patroci-nada pela Zona Franca de Ma-naus (ZFM), a mais grave está nos moldes da nova arquitetura que não leva em conta o clima da região. Segundo ele, a heran-ça da arquitetura portuguesa, a de pé direito alto, revela a preocupação do passado com o calor que se concentra no alto dos imóveis.

“Em qualquer casa antiga do centro histórico é possível ver que naquele espaço, entre o chão e o telhado, a arquite-tura de hoje construiria dois apartamentos. No passado, os arquitetos sabiam que o calor se localiza no alto e com essa preocupação eles construíam casas com telhados altos e ja-nelões”, comenta.

Jornalista por acidente de percurso, Aldisio conta que ele

caminhava para uma carreira de bancário, uma das mais promis-soras da época. No entanto, o concurso que fez para o Banco da Amazônia foi anulado, por-que em Belém (PA) fora detec-tado uma fraude.

“Eu precisava ir para o mer-cado de trabalho porque estava no limite da minha zona de conforto em casa. Só estuda-va e participava de reuniões políticas dentro da minha casa. Nós nos reuníamos para beber, dançar e discutir política e lite-ratura. Num ciclo formado por Márcio Souza, Deocleciano, Er-nesto Renan, Roberto Carrana, Felipe Lindoso, Ineide Mondin, Isabel Valle e muitos outros que foram da “tribo pós-Clube da Madrugada”. Manaus era uma província, uma grande vizinhança onde todo mundo se conhecia, o que era bom para censura porque quando nós pensávamos alguma coisa eles já estavam na nossa frente. Na primeira oportunidade virei jornalista”, conta.

Acostumado à marginalida-de, à exclusão, ele se sentiu surpreendido com a imortali-dade concedida a ele, em 2005, pela Academia Amazonense de Letras (AML). “Achei legal porque, nesse reconhecimen-to, percebi que as pessoas que-riam de alguma maneira ter um diálogo apesar do histórico de contravenção, contestação, rebeldia, não aceitação. Sem o diálogo vamos partir para a violência”, salienta.

Aldisio conta que é de um tempo em que saber ler e escrever era status social, uma ideologia. Tinha-se que saber ler e escrever para ser “gente”

Membro da Academia Amazonense de Letras, ele ocupa a cadeira de número 7, que tem como patrono o poeta Mara-nhão Sobrinho

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Page 26: EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015D2 Plateia

Modernização. Com o objetivo de melhorar a eficiência

na aquisição e distribuição de medica-mentos e produtos da área da saúde, o Governo do Amazonas lançou na sexta-feira, o Programa de Gestão Integrada da Saúde.

. Segundo o governador José Melo, a iniciativa voltada à modernização da rede estadual de saúde terá forte impacto no combate ao desperdício e deve aumentar o controle sobre o estoque, permitindo o compartilhamento dos itens e a redução de custos. O programa começa a ser operado em Manaus.

. Na prática, serão integrados os sistemas informatizados de cada unidade de saúde, criando um único sistema de gestão.

Preciosidades. Na próxima terça-feira, tem evento

de lançamento em H. Stern.

. Na loja do Shopping Manaua-ra exibição da coleção Genesis H.S-tern, criada para celebrar os 70 anos da marca.

. O embaixador da marca Christian Hallot estará em Manaus especialmen-te para a data.

[email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr.

New collection

. A RD Engenharia pilotou evento de lançamento, quinta-feira, na sede da empresa.

. Apresentava seu novo site, du-rante comemoração com catering assinado pela Steak House e Chur-real. A nova ferramenta eletrônica

da RD: www.rdenge.com.br. Vale conferir!

. A viagem do diretor criativo Nicolas Ghesquière pelo Brasil em busca de inspiração para sua próxima cole-ção para a Louis Vuitton, e também para uma locação para apresentar o primeiro desfi le da marca em terras brasileiras é só arte.

. Depois de visitar, na quarta-feira, a obra do Museu do Amanhã, no Pier Mauá e na quinta-feira, o Instituto Moreira Salles, na Gávea, ambos no Rio, o estilista se-guiu na sexta para Belo Horizonte para um bate-volta.

. Pousou no aeroporto de Pampulha pela manhã com entourage formada por dez pessoas incluindo o fotógrafo Tommy Ton, o PR da Louis Vuitton Edouard Schneider e seu assistente de direção artística Florent Buonomano. O grupo seguiu direto para o Instituto Inhotim, em Brumadinho. Para o passeio pelo museu foram colocados à disposição do grupo dois carrinhos de golf com um guia, que foi orientado a apenas falar com a turma quando fosse requisitado por um deles com alguma dúvida sobre o museu. O grupo também preferiu não entrar em contato com qualquer pessoa ligada ao instituto, além de pedirem para que Ghesquière não fosse tratado como celebridade.

00:00 tem apresentação dia 31, na casa noturna Duxon, em Coari

CENTRO

Banda 00:00 faz show gratuitoA banda 00:00 faz show

gratuito hoje, às 21h, em palco montado próximo ao Les Artistes Café, de frente para praça Dom Pedro 2º, no centro histórico.

Para a apresentação, a 00:00 aposta em um repertório ver-sátil com músicas de Creed, Aerosmith, Bon Jovi, entre ou-tros ícones do rock mundial. “Escolhemos hits que atraves-saram gerações, para agradar pais e fi lhos que comparecerem

ao show, afi nal, o evento é um programa para família”, diz o vocalista Moisés Martins.

Além disso, as músicas au-torais serão mostradas ao pú-blico entre elas “Don’t let your hands down” e as canções que são trilhas sonoras de clipes da 00:00, entre elas “Get Up”, que foi premiado pelo concurso “My Band TV”, realizado pelo site Britânico “R&R World”, em 2012; e “Living one more day”, que tem a canção masterizada

no lendário Abbey Road Stu-dios, em Londres, conhecido estúdio dos The Beatles.

A 00:00 fará sorteio de ca-misas e CDs, além de colocar os produtos para a venda.

A banda tem 6 anos de carrei-ra, um EP lançado, dois videocli-pes, além de um webclipe. Todo material pode ser acessado no canal do YouTube (www.youtu-be.com/0000band), além das redes sociais Facebook/00:00 e instagram @0000band.

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AÇÃO

SERVIÇO

QUANDO: hoje, às 21hONDE: Passo a Paço (pra-ça Dom Pedro 2º, (centro histórico)QUANTO: acesso gratuito

SHOW 00:00

No próximo dia 31, a 00:00 fará apresentação na casa noturna Duxon, localizada no município de Coari.

. O novo perfume masculino da Dior re-cebeu fortíssima cam-panha de lançamento na Europa.

. ´Sauvage´ é um aroma cítrico, com no-tas de limão, vetiver e alecrim. Perfeito para homens elegantes e au-tênticos. É realmente sensacional.

Site

1. Vitor Calderaro, Romero Reis, Bruna Stopatto Reis, Ansel-mo Panilha e Eliane Calderaro, no evento de lançamento do novo site da RD En-genharia

2. Camila Lopes, Nayana Monteiro, Romero Reis, Bruna Stopatto Reis, Mar-cio Borges e Larissa Barbosa

3. Os diretores Romero Reis, Lucia-no Tavares, Mar-cello Belota e Bruna Stopatto Reis com a equipe da RD Enge-nharia, no lançamen-to do site RD

assinado pela Steak House e Chur-real. A nova ferramenta eletrônica

da RD: www.rdenge.com.br. Vale conferir!

Objeto de

desejo3.

1.

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Page 27: EM TEMPO - 18 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015D3Plateia

Única apresentação de Damien Rice em Manaus está marcada para o próximo dia 20, no Teatro Amazonas

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AÇÃO

Damien Rice abandona o silêncio e volta aos palcosApós 8 anos, o cantor irlandês volta a cantar para o público com a turnê do novo disco “My Favourite Faded Fantasy”

Damien Rice é do tipo artista que precisa de tempo para criar suas canções e torná

-las memoráveis. Após 8 anos sem lançar nenhuma música, o cantor voltou aos estúdios no ano passado para gravar o mais novo CD – “My Favourite Faded Fantasy”. Pela primeira vez em Manaus, Damien Rice se apresenta com a nova turnê na próxima terça-feira (20), às 20h, no Teatro Amazonas, em um show único.

O ex-integrante da banda Ju-niper também é compositor e instrumentista. A canção “The Blower’s Daughter”, do primeiro disco de Rice, lançou o cantor ao mercado quando se tornou trilha sonora principal do fi lme “Closer – Perto Demais”.

Rice já emplacou outras mú-sicas de sua própria autoria em trilhas sonoras de outros fi lmes e novelas, como “Can-nobal”, trilha sonora de “In Good Company” – Em Boa Companhia, e “9 Crimes”, trilha sonora do fi lme “Shrek The Third” – Shrek Terceiro.

A pálida fantasiaO silêncio musical de Damien

Rice, que começou em 2006, só teve fi m em 2014, quando o cantor decidiu que estava

pronto para voltar aos estú-dios de gravação. Ainda com sotaque irlandês, Rice continua cantando os vários desgostos sobre melodias assombrosas, o que encanta os fãs até hoje.

“My Favourite Faded Fan-tasy” é diferente de qualquer outro álbum já oferecido por Damien Rice antes. É o mo-mento mais ousado dele como cantor. Entre as músicas, Rice é o próprio charme. Não há visuais nem detalhes, apenas melodias e histórias.

A sinceridade do cantor não mudou. A agitação interna de Rice continua vibrando sobre a luta do homem comum – “It Takes a Lot To Know a Man” – ou os erros que um homem pode cometer – “The Box” –, e até mesmo a amargura de um amor não correspondido – “Trusty And True”. Quase todas as músicas de Rice falam de um romance pessoal através da história.

Nos 8 anos que se passa-ram Rice também não mudou como compositor, mas mudou como pessoa. Em 2006 ele era um romântico de 32 anos com uma inteligência afi adíssima. Em 2014, quando voltou a com-por suas canções, Rice era um recluso de 40 anos retornando ao público com um propósito

renovado: seguir em frente.

RoteiroA capital amazonense será

a primeira cidade brasileira a receber o show do instrumentis-ta, que depois segue para São Paulo, onde se apresenta no dia 22 no Cine Joia e, em seguida, no dia 24, no Rio de Janeiro, no espaço Vivo Rio.

No palco, além de músicas do CD “My Favourite Faded Fantasy”, Rice também inter-pretará sucessos da carreira como “9 Crimes” e “The Blower’s Daughter”.

SERVIÇO

QUANDO: 20 de outubro (terça-feira), às 20hONDE: Teatro AmazonasQUANTO: Plateia e Frisa R$ 175; Camarote 1º Andar R$ 150; Camarote 2º An-dar R$ 135; Camarote 3º Andar R$ 110 – preços de meia-entradaVENDAS: Bilheteria do teatro ou www.bestseat.com.brINFORMAÇÕES: (92) 3232-1768/ 3622-1880

DAMIEN RICE EM MANAUS

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De quando eu me lembro éramos bem pequenos. Meu irmão com cabelo cortado “reco” e eu bem moreninha, espevitada e curiosa, tão curiosa que um dia na casa da D. Libânia ele me pediu pra pegar alguma coisa na ofi cina do papai , eu fui e voltei com um objeto que não sabia pra que servia, entreguei embrulhado num pano, ele deu uma martelada e veio a explosão ferindo seu dedo e acertando um estilhaço na mi-nha barriga. Ficamos apavorados e isso rendeu a primeira ida ao Pronto Socorro. Depois do susto fi camos sabendo que era um cartu-cho de pólvora. Lembro de nossos natais com presentes embaixo da cama, da presença dos primos, tios, avós, do chofer do JG nos levando na escola num carro preto impecavelmente lustrado ou num jipe maravilhoso. Seu Miranda, (o chofer) com uniforme cáqui e um óculos rayban com lentes esverde-adas era a cara da riqueza (ele), não nós. Tínhamos poucos objetos mais éramos muito felizes! Todos os domingos Tucunaré, durante a semana peladas na casa dos vizinhos (Milton Hatoum), presta atenção no vizinho!, brigas com o Joca louro o primo transgressor!

Lembro-me bem que um dia um pedaço do muro lá da Libânia caiu na batida de um caminhão, fi quei tremendo que nem vara verde achando que a casa toda ia desabar (coisas de criança). Eu e meu irmão dormíamos no mesmo quarto, cada um na sua cama coberta por um cortinado. Nesse dia, nossos

pais tinham ido para uma noi-tada no Tucunaré. Eu morria de medo de alma do outro mundo, meu irmão sabendo disso come-çou a se cobrir com o lençol e mudando o tom de voz dizia: “eu sou o homem branco” eu fi quei tão aterrorizada que no ímpeto da fuga tropecei no cortinado cai e abri um rasgo no queixo! Chama um, chama outro, enquanto nos-sos pais não chegavam veio a Vó Neuza com sua milagrosa ÁGUA DE MARAVILHA e seu ar angelical. Essa foi a segunda ida ao Pronto Socorro, voltei com uma barba branca de esparadrapo e me exibi muito para todos os amigos. Nes-sa mesma casa uma vez ladrões entraram no quarto de nossos pais, não conseguiram levar nada, papai deu um grito tão forte que os ladrões pularam da varanda do quarto e fugiram, na minha

lembrança só fi cou a ousadia do salto! A casa era tão grande que o papai (um homem a frente do seu tempo) projetou uma menor, mais moderna no quintal dessa casa. Lembro que quando mudamos a casa era a sensação do momen-to por sua contemporaneidade. Nessa época já estávamos com 12, 13 anos e o coração come-çava a bater mais forte. Nossa casa fi cava na rua Marçal e bem na frente tinha o primeiro passo para o progresso, um edifício! Meu irmão ligava a vitrola e colocava o disco do momento bem alto pra paquera do prédio ouvir! Ficava na varanda olhando pro alto horas e horas. Nessa época Manaus pra nós era um pouco mais que um quarteirão. Sabíamos a placa de todos os carros que circulavam pela cidade, o médico Dr. Rayol ia em casa com seu terno de linho branco e gravatinha borboleta, era o retrato da cura! Manaus era um sonho! Brincadeiras na casa dos amigos, peladas, escolas de primeira, professoras

particulares inesquecíveis com suas palmatórias, paqueras mil, subidas e descidas aos sábados na Eduardo Ribeiro e por ai vão as lembranças.....

MEMÓRIAS

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TV TudoSem pararLogo depois de “I Love

Paraisópolis”, Bruna Mar-quezine voltará suas aten-ções para uma nova série da Globo sobre a história da televisão.

Ela herdou a personagem que seria de Sophie Char-lotte na produção.

GrávidaSophie Charlotte deixou o

projeto para curtir a gravi-dez de seu primeiro filho, fruto do relacionamento com Daniel de Oliveira.

Curiosamente, Bruna terá como par romântico nessa série o próprio Oliveira.

Agora é Mafalda Depois da repercussão

provocada pela modelo Angel, em “Verdades Secre-tas”, Camila Queiroz agora viverá a caipira Mafalda, em “Êta Mundo Bom”.

As gravações começam na próxima semana, sob a direção de Jorge Fernando.

ChegandoLavínia Pannunzio, como

Iolanda, será uma das atra-ções de “Ligações Perigo-sas”, série que estreia dia 4 de janeiro na Globo.

Definida como rígida e conservadora, quer que a filha Cecília (Alice Weg-mann) se case com o rico

comerciante Heitor Damas-ceno (Leopoldo Pacheco). Iolanda é prima de Isabel (Patrícia Pillar), uma das protagonistas, estimula a

aproximação entre ela e Cecília, sem imaginar que a tia de segundo grau exercerá péssima influência sobre a jovem.

Bate – Rebate• O Multishow também preten-

de contar com Tatá Werneck em sua grade de 2016...

• ...E nos mesmos moldes ende-reçados a Fábio Porchat...

• ...Ela poderá ter um programa só dela, ou dividir com alguém...

• ...Mas isso, claro, só depois da novela “Haja Coração”, substituta de “Totalmente Demais”.

• Já não está na hora de o Spor-tv mudar as notícias destacadas para promover alguns de seus programas?...

• ...Dá a impressão de fato novo, mas não...

• ...Um exemplo é a do Jérome Valcke, afastado da Fifa. Já tem tempo isso.

• Eliane Giardini também estará em “Êta Mundo Bom”, fazendo a mãe biológica de Sérgio Guizé...

• ...Na história, Guizé/Candinho, é adotado por Elizabeth Savala.

• Em “A Regra do Jogo”, Cauã Reymond e Bruna Linzmeyer irão juntos profi ssional e amorosa-mente...

• ...Eles se unem para denunciar a facção criminosa e, entre uma investigação e outra, resolvem se conhecer melhor.

Equipe de “Paraisópolis” faz jogo de “esconde-esconde”

ANTÔ

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AHES

TIAN

Record ainda não tornou a informação ofi cial, mas Sidney Sampaio está fechado para li-derar a segunda fase da novela “Josué e A Terra Prometida”. As gravações terão início em janeiro.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi niChegando 2“Ligações Perigosas” será o primeiro grande tra-

balho de Lavínia Pannunzio em se tratando de uma minissérie da Globo. A atriz tem algumas passagens pela televisão, porém, é premiada e reconhecida no teatro – já atuou em mais de 50 peças e dirigiu mais de uma dezena.

MÁRIO ADOLFO

ELVIS

REGI

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

O teatro desenvolvido no perí-odo da terceira Ditadura Militar no Brasil (1964-1984) tem sido marcado por aspectos relacio-nados à participação política de seus autores e artistas numa tentativa, ainda que velada, de resistência e crítica ao regi-me político de então. Nas mais diferentes áreas de formação artística, seja na música, no próprio teatro, nas artes visuais ou no cinema, esses elementos de afi rmação e crítica estavam presentes, cobertas por signos e camufl adas por imagens e frases com o objetivo de ludi-briar os órgãos da censura e não terem suas obras impedidas de serem levadas ao público. Torturas, perseguições e, claro, censuras foram algumas das estratégias utilizadas pelo re-gime militar e seus comparsas na tentativa de impedir manifes-tações artísticas com conteúdo político de orientação contrária ao sistema em voga. E são inúmeros os exemplos abusivos desta prática. Muitos.

A dramaturgia, como se apro-pria de diálogos, tornando a lin-guagem mais direta e acessível ao espectador, se revelou um dos mais signifi cativos instrumen-tos de resistência do período ditatorial. Peças como “Roda Viva” se tornaram emblemáticas neste sentido, não apenas pelo texto e música, mas sobretudo sua encenação, onde os atores foram espancados pelos milicos.

No Amazonas estas ingerên-cias cobriram de assalto o, à época, principal grupo de teatro local com “projeção e crédito na mídia nacional”, o Teatro Expe-rimental do Sesc do Amazonas – Tesc. De fato, pela extensa

carreira do grupo temos ideia da repercussão de suas peças Brasil afora, com teses e dissertações a contextualizar e afi rmar estas prerrogativas. Com espetácu-los que tratavam, em parte, do processo crítico da construção regional, a instituição que os abrigara (e desde 2003 os rece-be como um acerto de contas e pedido de desculpas) fechou as portas ao grupo e abriu os braços e as pernas para o populismo cinquentista que retornara.

O que nos cabe lembrar aqui é o empenho dos velhos artistas do Tesc em fi rmar uma postu-ra política, compreendendo por política aquilo que diz respeito à cidade, ao bem dos seus habi-tantes, ação em prol de. Política para o Tesc não era o que hoje vemos estampado nos jornais: um espetáculo sensacionalista onde jornalistas aparentemen-te inteligentes são na verdade prestidigitadores de manobras partidárias tentando adivinhar o que um ou outro partido es-tão fazendo para se manter no poder. Triste fi m.

Fecho o artigo esclarecendo ao leitor que diante daquele con-texto sitiado, havia uma postura não apenas do grupo Tesc, mas de outros grupos e artistas que labutaram contra o imperialis-mo militar. Hoje sofremos com a falta de percepção política de muitos dos nossos, que ao invés de buscarem a articulação democrática, preferem o anar-quismo dos gritos e nhem-nhem-nhens, e de que nada vale, nem mesmo o resultado esperado.

Teatro e postura polí[email protected]

Márcio Braz

A dramatur-gia, como se apropria de diálogos, tornando a linguagem mais direta e acessível ao espectador, se revelou um dos mais signifi cativos instrumentos de resistência do período ditatorial”

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

A equipe de autores de “I Love Paraisópo-lis” vai entregar amanhã o último capítulo para o seu pessoal de produção e direção, no Projac, Rio. E aí, seja o que Deus quiser! Como já destacado neste espaço, para evitar vazamentos, os roteiristas criaram capítulos falsos e combinaram outras es-tratégias com o diretor Wolf Maya, porém, as chances desse jogo de esconde-esconde funcionar são bem pequenas, porque a casa não consegue colocar fi m nesse problema.

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AÇÃO

Animação “Up - Altas Aventura” traz um dos últimos trabalhos de Chico Anysio

ÁRIES - 21/3 a 19/4A comunicação e a expressão de ideias, sentimentos e valores pes-soais estão muito favorecidas. As viagens e os grandes sonhos podem trazer grande satisfação.

TOURO - 20/4 a 20/5Os bens familiares e o patrimônio pessoal crescem e se consolidam. Bons negócios podem ser efetuados. Recursos disponíveis para realizar os projetos profi ssionais.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Você está mais envolvente no modo de ser e se comunicar. A rotina fi ca

melhor com o uso da criatividade. O contato com algum lugar ou pessoa nova é importante.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 As facilidades correm em direção ao socorro dos apuros e a superação de obstáculos nos negócios. Mas há muito o que trabalhar, antes de chegar em porto realmente seguro.

LEÃO - 23/7 a 22/8Momento muito positivo para a boa disposição, a vitalidade física e o sentido de autoconfi ança e au-to-estima. Talvez tenha um pouco de paz consigo mesmo(a).

VIRGEM - 23/8 a 22/9Dia positivo para superar pro-blemas no trabalho e os mais diversos tipos de obstáculos ma-teriais. Não apenas por sorte, mas por encontrar e aproveitar a boa chance.

LIBRA - 23/9 a 22/10A boa vontade para com as pessoas é uma atitude que atrai boas situações para você. É tem-po de se dispor a dar o melhor, construindo relações positivas.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Bons negócios e favorecimentos

nos empreendimentos profissio-nais É tempo de trabalhar em nome do futuro, inclusive do futuro de toda a sua família.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Pensamentos generosos e oti-mistas favorecem seus planos e a orientação para o futuro. É bom ser confiante e progredir a passos largos nestes dias.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1O trabalho pode levar rapida-mente a alguns bons resultados materiais. O apoio de pessoas e instituições facilita ainda mais

a se realizar o que já vinha des-pontando.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2As relações e os sentimentos afe-tivos estão positivamente esti-mulados. Momento para mostrar o lado mais nobre de seus sen-timentos. Viva-os plenamente.

PEIXES - 19/2 a 20/3Momento para consolidar melho-res condições de saúde e de bem estar físico e emocional, fazendo você crescer. O conforto domés-tico está muito beneficiado.

SBT GLOBO4h45 JORNAL DA SEMANA SBT

6h BRASIL CAMINHONEIRO

6h30 TURISMO & AVENTURA

7h15 ACELERADOS

8h CHAVES

9h PGM SAUIM

10h MUNDO DISNEY

12h DOMINGO LEGAL

14h ELIANA

18h RODA A RODA JEQUITI

18h45 SORTEIO DA TELESENA

19h PROGRAMA SILVIO SANTOS

23h CONEXÃO REPORTER

0h ARQUEIRO

1h15 TRUE BLOOD

3h BIG BANG

3h30 IGREJA UNIVERSAL

REDETV5h SANTO CULTO EM SEU LAR5h30 DESENHOS BÍBLICOS6h55 DESENHOS BÍBLICOS7h55 RECORD KIDS - TODO MUN-DO ODEIA O CHRIS9h BINGO SAIUM CAP10h DOMINGO SHOW14h30 HORA DO FARO 18h30 DOMINGO ESPETACULAR 22h FAZENDA22h45 REPÓRTER EM AÇÃO 23h30 ROBERTO JUSTUS +0h15 PROGRAMAÇÃO IURD

5h30 IGREJA INT DA GRAÇA 8h SAUIM DA SORTE (LINK)9h TV KIDS 9h30 PROGRAMA AD & D 10h IGREJA DA GRAÇA 11h FIQUE LIGADO 12h EN CIRCUITO 13h30 TV KIDS 14h TE PEGUEI14h30 SENSACIONAL16h PROGRAMA VIAGEM CULTURAL16h30 CHEGA MAIS18h ENCRENCA20h30 TE PEGUEI NA TV21h45 MEGA SENHA - REPRISE22h45 LUTA TRIBAL 23h45 OPERAÇÃO DE RISCO - RE-PRISE0h30 IGREJA INT DA GRAÇA

5h58 SANTA MISSA

6h59 AMAZÔNIA RURAL

7h27 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES

NEGÓCIOS

8h03 GLOBO RURAL

8h59 AUTO ESPORTE

9h32 ESPORTE ESPETACULAR

12h32 ESQUENTA

14h FUTEBOL 2015H CAMPEONATO BRA-

SILEIRO - SÃO PAULO X VASCO DA GAMA

16h TEMPERATURA MÁXIMA - UP - ALTAS

AVENTURAS

17h31 DOMINGÃO DO FAUSTÃO

20h30 FANTÁSTICO

22h51 TOMARA QUE CAIA

23h50 DOMINGO MAIOR - OS MERCE-

NÁRIOS

1h35 ENCERRAMENTO PREVISTO (MANU-

TENÇÃO MENSAL)

RECORD

Programação de TV

Cruzadinhas

Horóscopo

Goosebumps – Monstros e Arrepios: EUA. 10 anos. Chateado sobre se mudar de uma cidade grande para uma cidade pequena, o adolescente Zach Cooper (Dylan Minnet-te) enxerga o lado bom de sua situação quando encontra a bela Hannah (Odeya Rush) morando bem na casa ao lado e rapidamente faz amizade com Champ (Ryan Lee). Mas tudo que é bom tem seu lado ruim, e o de Zach vem quando ele descobre que o misterioso pai de Hannah é, na verdade, R.L. Stine (Jack Black), o autor da série de livros best-seller, Goosebumps. Conforme Zach começa a aprender sobre a estranha família da casa ao lado, ele logo descobre que Stine guarda um perigoso segredo: as criaturas tornadas famosas por suas histórias são reais, e Stine protege seus leitores mantendo-as trancadas em seus livros. Quando as criações de Stine são inadvertidamente libertadas de seus manuscritos, a vida de Zach dá uma guinada para o estranho. Em uma louca noite de aventura, cabe a Zach, Hannah, Champ e Stine se juntarem e levarem todos os fi gmentos da imaginação de Stine – incluindo Slappy o bo-neco, a garota com a máscara assombrada, os gnomos e muitos mais – de volta aos livros onde eles pertencem para salvar a cidade. Kinoplex 5 – 16h (3D/dub/diariamente).

Operações Especiais: BRA. 14 anos. Um grupo de policiais 100% honestos é enviado a uma cidade do inte-rior do Rio de Janeiro que está sofrendo com o aumento da criminalidade após a criação das UPPs. O governo convoca Paulo Froés (Marcos Caruso), delegado com a fi cha mais limpa da corporação, e reúne uma equipe especial para a campanha. Entre os agentes seleciona-dos está Francis (Cleo Pires), uma investigadora novata que precisa provar que tem valor. Em pouco tempo eles resolvem o problema e são aclamados pela opinião pública. Mas a `lua de mel´ dura pouco. A aplicação do rigor da lei começa a incomodar a todos. A situação se torna insustentável e o governo se vê forçado a intervir novamente. Mas nem tudo voltará a ser como era antes.

Peter Pan: EUA. 10 anos. Kinoplex 3 – 16h20, 18h50, 21h20 (3D/dub/diariamente), 13h50 (3D/dub/diariamente).

Bata Antes de Entrar: EUA. 14 anos. Kinoplex 2 – 13h (dub/diariamente).

Perdido Em Marte: EUA. 12 anos. Kinoplex 5 – 14h10, 17h50, 20h50 (3D/dub/diariamente),

13h10, 18h10, 21h (3D/dub/somente sábado e domingo), 20h50 (3D/leg/diariamente).

Hotel Transilvânia 2: EUA. Livre. Kinoplex 2 – 15h10, 17h20 (dub/diariamente).

Vai Que Cola – O Filme: BRA. 12 anos. Kino-plex 1 – 14h40, 16h50, 19h, 21h05 (diariamente), Kinoplex 2 – 19h30, 21h35 (diariamente).

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CinemaESTREIAS

CONTINUAÇÕES

1.

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015D7Plateia

[email protected]

Guto Oliveira

Em tempos de cortes no Orçamento da União, chama atenção o tamanho do custo da visita ofi cial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos no mês passado. Somente com o transporte da presidente e de seus assessores foram mais de US$ 224 mil (R$ 851 mil) com a locação de 24 veículos, que incluíram minivans e car-ros de luxo, como duas Mercedes-Benz S550, Cadillacs e até um Lincoln Town Car, o mesmo utilizado pelo presidente

Barack Obama.***

Por conta do Outubro Rosa, o shopping Manaus ViaNorte promove um ciclo de palestras sobre o câncer e seus fatores de riscos, em parceria com a FCecon. O evento será destinado às colaborado-ras, dia 22, às 9h, e ao público externo do centro de compras, às 18h, do dia 23. As participantes receberão broches relativos ao Outubro Rosa.

***

O setor de infraestrutura foi um dos menos impactados com as reduções de fi nanciamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mesmo diante da queda de desembolsos prevista para este ano, o setor vai receber mais recursos que em anos anteriores, com aumento de 5% em relação a 2014. A informação é do diretor de Planeja-mento, Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES, João Carlos

Ferraz, que falou hoje (16) durante evento do Conselho Empresarial da América Latina, no Rio de Janeiro.

***Amanhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) inicia o curso de MBA Gestão de Negócios e Comércio e Vendas com uma palestra do professor Pedro Kraus, às 17h, sobre o tema: “Quem será o cliente no futuro?”. A palestra, será na sede da FGV, na rua Salvador, em Adrianópolis, e apresentará algumas

Sugeri que fosse feito um projeto piloto com um município do Sul e um do Norte, de início, para que pudêssemos avaliar os resultados. Do

Norte, sugeri o município de Tabatinga, pelo fato de termos uma zona franca. Isso envolve alguns requisitos como adequação da Receita Federal à lei”

Deputado Adjuto Afonso

tendências em curso na sociedade brasileira que afetam ou afetarão os negócios do comércio e vendas nas próximas décadas. Durante o evento também será abordada o aumento da expectativa de vida, o papel crescente da mulher na sociedade, nos negócios, a preocupação com os cuidados pessoais, além da lealdade dos consumidores com as marcas e as empresas tradicionais.

***O Conselho Regional de Educação Física da 8ª Região (CREF8) promoverá, nos dias 23 e 24, o curso “Academia: Reduzindo custos e aumentando resultados”. A iniciativa, voltada para adminis-tradores e gerentes que atuam no segmento de academias de ginástica, estúdios de dança, luta e outros negócios - que envolvem a prática de atividade física - ajudará os empreendedores a enfrentar a crise econômica que assola o país. O curso será ministrado no auditório do hotel Intercity, em Manaus.

***Eles são grandes, muitas vezes com asas, poderes mágicos e despertam a curiosidade de todos. Os dragões talvez sejam uma das primeiras manifestações culturais ou mito, criados pela humanidade. O Sumaúma Park Shopping vai levar o público à “Terra dos Dragões”. A exposição é gratuita e vai mostrar 18 espécies de dragões que se movimentam e que possuem até seis metros de altura. Sob o comando da empresa D32 Eventos & Exposições, de São Paulo, esta é a primeira vez que a “Terra dos Dragões” se apresenta em Manaus.

Tendo a cantora El-len Mendonça como pré-show, o estilista e agora cantor Marcos Napoleão provou que veio para fi car no mundo da música.

Com o show ‘Costuras Populares’, apresentado na noite da última quinta-feira, no Teatro Manauara, o artista interpretou su-cessos da Música Popular Brasileira, que embalaram o público de todas as ida-des. Além de familiares e amigos que não tiveram vergonha de tietar o can-tor ao fi nal do show.

Ele já adiantou que pre-tende voltar a Manaus, em breve, com um novo espetáculo. É só aguardar! Nas fotos, Napoleão La-cerda, Arlelia Gusmão e Rui Machado, Suely Moss.

***As Mourão

Mazé e Alessandra, deram start ao projeto “Circuito

Bossa Pop” superinte-ressante,

que prome-te movi-

mentar os amantes da boa música.

***

Música boa

BOI MANAUS

Desafi o de toadas é destaque em ‘Esquenta’

Os levantadores de toadas dos bois Garantido e Capricho-so, Sebastião Júnior e David Assayag, respectivamente, se desafi am no palco do “Esquen-ta do Boi Manaus”, hoje, no anfi teatro da Ponta Negra, Zona Oeste. O evento inicia às 16h, e encerra às 21h50,

com a presença de maiscinco atrações.

A realização é da Prefei-tura de Manaus, por meio, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e integra o ca-lendário festivo dos 346 anos da cidade.

Eles animam as torcidas do boi azul e do vermelho subindo ao palco às 21h e encerram a noite em um confronto às 21h50. David Assayag é um dos grandes nomes da músi-ca amazonense e considerado pela torcida azulada como o “Imperador”. Já os torcedores

encarnados, referenciam Se-bastião Júnior como o “Uira-puru da Amazônia”.

A noite conta ainda com outros grandes nomes do boi-bumbá como, Mara Lima, que dá início ao Esquenta, César Pinheiro, Fábio Casa Grande, Kuarup e Fabiano Neves.

O primeiro ‘Esquenta do Boi Manaus’ aconteceu no último domingo, 11, e reuniu mais de 7,5 mil pessoas no anfi teatro da Ponta Negra. A festa ante-cede o Boi Manaus, que será nos dias 23 e 24 deste mês, em comemoração ao aniversário da capital amazonense.

PROGRAMAÇÃOHoje - PONTA NEGRA

16h – 16h50 – Mara Lima17h – 17h50 – César Pinheiro18h – 18h50 – Fábio Casa Grande19h – 19h50 – Kuarup20h – 20h50 – Fabiano Neves21h – 21h50 – Sebas-tião Jr. e David Assayag

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AÇÃO

“Confrontos” musicais os bumbás ver-melho e azul seguem até perto das 22h

Programação do “Esquenta do Boi Ma-naus” começa às 16h, na Ponta Negra

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MANAUS, DOMINGO, 18 DE OUTUBRO DE 2015D8 Plateia

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