EM QUE CONSISTE A HEMODIALISE??? - irp … 30... · uma maquina de Hemodiálise 3 vezes por semana,...

50
EM QUE CONSISTE A HEMODIALISE??? Consiste em um processo intermitente de filtração sanguínea extra- corpóreo no qual o paciente é ligado em uma maquina de Hemodiálise 3 vezes por semana, por aproximadamente 4 horas.

Transcript of EM QUE CONSISTE A HEMODIALISE??? - irp … 30... · uma maquina de Hemodiálise 3 vezes por semana,...

EM QUE CONSISTE A HEMODIALISE???

Consiste em um processo intermitente de filtração

sanguínea extra- corpóreo no qual o paciente é ligado em uma maquina de Hemodiálise 3 vezes por semana, por aproximadamente 4 horas.

COMO É FEITA A HEMODIALISE??

HEMO = sangue.

◼ O sangue sai do corpo, atraves dos equipos (linha de sangue arterial e venosa), passa por dentro do dialisador, onde ocorre a remoçao de substancias toxicas e agua. Uma vez limpo/filtrado retorna ao paciente.

A hemodiálise é necessária:

◼Quando os rins já não eliminam produtos tóxicos em quantidades suficientes para assegurar a sua saúde.

Mesmo não apresentando

síntomas, o doente pode ter

um nível elevado de produtos

tóxicos no organismo no

sangue, que justifique o

ínicio da Hemódialise.

Hemodiálise

Remove as substâncias

tóxicas e o excesso de líquido

acumulado no sangue e tecidos

do corpo em conseqüência da

falência renal.

Grandes quantidades de substâncias podem ser removidas relativamente rápido e de maneira efetiva.

O sangue é removido do corpo para o sistema extra-corpóreo (máquina de diálise), através de uma bomba, que o impulsiona para dentro de um filtro/dialisador, também

conhecido como rim artificial.

O QUE A MAQUINA DE HEMODIALISE FAZ???

Maquina de Hemodiálise = Rim artificial

Promove a mistura da solução de Diálise;

Monitora o tratamento através de alarmes de segurança como:

◼ Ultrafiltração(UF) – remoção de líquidos;

◼ Fluxo de sangue e dialisato;

◼ Detectores de ar, temperatura e condutividade.

Durante a sessão de HD, é obrigatório

a permanência de um médico e um

enfermeiro, para atender e identificar

sinais e sintomas do paciente .

Uma equipe técnica de enfermagem

será treinada para manusear o

equipamento, identificar urgências,

atender o paciente, e cumprir a

prescrição dialítica.

No intervalo entre as sessões, o

paciente pode exercer suas

funções normais de trabalho;

Porém como as toxinas vão se

acumulando no corpo é

necessário uma maior restrição

alimentar e maior controle

principalmente na ingesta de

água e sal.

PROCEDIMENTO:

1. O sangue com substâncias

tóxicas sai do organismo através

de uma agulha inserida em uma

artéria, é impulsionado por uma

bomba, percorre um circuito

extra- corpóreo através de um

equipo arterial, e entra no

dialisador instalado na máquina

de HD.

2. O sangue na

máquina,

passa pelo

dialisador/filtro

entrando em

contato com o

banho de

diálise.

3. O banho de diálise é uma solução

que, devido a sua concentração e

composição química, atrai as impurezas

e a água contida no sangue.

As impurezas atravessam a

membrana e passam para o banho.

4. O banho que adquiriu as impurezas e

a água do sangue, sai da máquina e é

jogado fora pelos drenos, e são

posteriormente drenadas para fora da

máquina.

5. O sangue agora "limpo"

purificado sai pelo outro lado

da máquina, retornando ao

paciente pelo equipo venosoe agulha venosa.

A circulação do sangue pelo circuito extra- corpóreo só é possível se o sistema se mantiver anti-coagulado (heparina).

O processo de depuração das substâncias tóxicas e da remoção d'água na HD são realizados pelo princípio de difusão (deslocamento de

uma aréa de concentração) e ultrafiltração (pressão negativa).

MEMBRANA ARTIFICIAL / DIALISADOR:

Dialisador Capilar formado de finos tubos plásticos, semipermeáveis, com numerosos

poros microscópicos.

Este tem tamanho, taxas de depuração (limpeza) e volumes de enchimentos variados.

De acordo com a prescrição, será definido a área do dialisador e o tempo ideal para sua diálise.

De acordo com a legislação do

Brasil, os dialisadores podem ser

reprocessados, ou seja reusados

(12 vezes).

O procedimento de reuso é feito

dentro dos critérios de segurança e

qualidade, como a perfeita

identificação do nome do paciente,

armazenagem, limpeza e preparo

para o próximo uso.

ACESSO VASCULAR:

O acesso vascular é a linha de vida

do paciente, deve ser preservado,

mantendo adequada higienização e

seguindo os cuidados orientados

pela equipe de diálise.

Para o sangue circular através do dialisador, é necessário construir um acesso, através dos vasos sanguíneos.

Este é feito através

de uma pequena

mas delicada

cirurgia.

ARTERIAL

VENOSO

Esse acesso é chamado de Fistula Arterio Venosa (FAV), permitindo a saída do sangue no fluxo desejado efaz com que aumente o fluxo de sangue através da veia e em conseqüência aumenta o calibre e se torna mais saliente.

A dilatação do vaso permite que 2 agulhas de grande calibre possam ser inseridas, permitindo um fluxo de sangue adequado para a máquina de HD e retorno deste ao paciente.

Esse acesso pode ser feito, unindo uma artéria a uma veia para aumentar o tamanho das veias.

ARTÉRIA

VEIA

Depois da Fistula ou prótese terem cicatrizado, para efectuar a hemodiálise são necessárias duas agulhas:

Uma para o lado da artéria e outra para o lado da veia da fístula.

As agulhas são ligadas as linhas "plásticas" que transportam o sangue até ao dialisador, onde é purificado e depois devolvido ao corpo.

SAI SANGUE ARTERIAL

ENTRA SANGUE VENOSO

CUIDADOS COM A – FAV

É preciso preservá-la de sangramentos e

riscos de acidentes.

No membro da FAV evite:

-Punções sangüíneas;

-Carregar peso e Dormir sobre o

membro, pois a pressão sobre ela

pode interromper seu fluxo;

- Verificar PA (fluxo de sangue pode

ser interrompido);

- Curativos circulares garroteando o membro.

- Caso aconteçam hematomas após uma punção, use compressas de gelo, no dia e água quente nos dias seguintes, bom evitar as punções repetidas em um mesmo local da fístula, para que não se formem cicatrizes que dificultam as próximas punções.

- Qualquer sinal de inchaço e/ou vermelhidão deve ser comunicado imediatamente ao médico ou às enfermeiras.

Durante a sessão é fundamental o monitoramento constante das condições do acesso vascular, dos dispositivos de segurança, do equipamento, como detector de bolhas de ar, temperatura etc.

Faça exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto faz com que os músculos do braço ajudem no amadurecimento da fístula.

Usado por períodos curtos em situaçoes emergenciais ou durante o período de maturação da FAV (enquanto não se consegue construir uma fístula).

Em determindas situações poderá ser definitivo.

◼Outro tipo de acesso é catéter central -

instalado na veia Jugular ou Subclávia.

Como é que a Hemodiálise limpa

o sangue?

O dialisador tem duas partes, uma para o sangue e outra para um líquido de limpeza (dialisante).

Uma fina membrana separa estes dois compartimentos.

Os produtos do sangue de menos tamanho molécular, como K, Ur, Cr, passam através dessa fina menbrana e são assim eliminados do sangue.

Os produtos de maior tamanho, como as proteinas, não conseguem passar através da membrana mantendo-se no sangue.

Além dos produtos tóxicos do sangue, é removido o líquido em excesso.

SET arterial

SET venoso

DIALISANTE

SANGUE

SOLUÇÃO PARA HEMODIÁLISE :

Para realizar a HD, a água a qual é diluído o banho de diálise deve ser tratada, de acordo com os padrões de qualidade definidos em lei.

A água não tratada, poderá apresentar microorganismos, que atravessando a membrana semi-permeável podem vir a contaminar o sangue do paciente, levando desde reações febris até a morte.

O QUE É PESO SECO?

O peso seco é o seu peso ideal, com o qual você deve estar sentindo-se bem, sem inchaços, com pressão arterial normal, com exames de avaliação (pulmão e coração) normais.

Este peso deve ser atingido ao término de cada sessão de hemodiálise.

ALGUNS PROBLEMAS QUE PODEM SURGIR DURANTE A HD

Muito comum sentir cãibras e queda rápida da PA durante a sessão de HD.

Estes problemas acontecem, em conseqüência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio.

A hipotensão pode fazer com que o paciente sinta fraqueza, tonturas, enjôos ou mesmo vômitos.

O início do tratamento dialítico pode ser um pouco mais difícil pois, nesta fase, o corpo está adaptando-se a uma nova forma de tratamento.

Os medicamentos usados na

hemodiálise são:

Vitaminas: Algumas perdem-se durante a diálise. A ingestão de vitaminas repõe o seu nível.

Acetato ou Carbonato de Cálcio:Fornece um suplemento de cálcio, além de evitar a absorção do fósforo e diminui a acidose do sangue. Reduzindo a absorção de fósforo evita-se a doença óssea do doente renal.

Ferro:Para melhorar a anemia.

Eritropoetina: Para aumentar a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea e corrigir a anemia.

Vitamina D ativada (calcitriol): Para aumentar a absorção intestinal de cálcio e melhorar a mineralização dos ossos.

Anti-hipertensivos:Os pacientes com hipertensão arterial que não baixa depois da sessão de diálise necessitam de medicação para controlá-la.

O médico indicará qual é o mais adequado para cada paciente.

DIETA: Comendo e bebendo.

A ingesta de líquidos, eletrólitos, e sais minerais, deve ser estritamente controlada para evitar sobrecarga hídrica.

Ingerir alimentos:

- ricos em fibras e carboidratos;

- ricos em proteínas.

O tratamento de HD é doloroso?

Nos primeiros tratamentos de HD, as agulhas colocadas na fístula podem ser desconfortáveis.

No entanto a grande maioria dos doentes toleram bem estas picadas e em pouco tempo habituam-se a estas funções sem problema.

Sintomas como cãimbras, dores de cabeça ou enjoos, podem, com menos frequência ocorrer durante o tratamento de HD, mas quando aparecem são facilmente resolvidos.

A HD dos nossos dias, é uma técnica terapêutica perfeitamente aceitável, permitindo assim uma boa qualidade de vida aos doentes. O que antes era sofrimento desconforto pode hoje ser perfeitamente ultrapassado.

BENEFICIOS DA HEMODIALISE

Equipamentos seguros e eficientes;

É processada em poucas horas (aproximadamente 4 horas);

Realizada dentro de hospitais ou clinicas;

Tratamento passivo, realizado por profissionais específicos da área, devidamente treinados;

Maior socialização com os outros pacientes.