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FOCO em APCD - REGIONAL SANTO AMARO Rua Conde de Itú, 508 - Santo Amaro São Paulo - SP - CEP 04741-000 Ano VIII | N o 18 | Julho/Dezembro 2016 Tiragem 5.000 exemplares BLINDAGEM DO TRATAMENTO Endodôntico CURSOS: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2016. Regional Santo Amaro IMPLANTODONTIA: Implante de corpo único, procedimento cirúrgico e protético em áreas de pouco espaço: Uma realidade. PESQUISA: Crescimento e Desenvolvimento Crânio Facial. Visto através da Ortopedia Funcional dos Maxilares. Mala Direta Básica

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FOCOem

RegionalSanto Amaro

APCD - REGIONAL SANTO AMARORua Conde de Itú, 508 - Santo Amaro

São Paulo - SP - CEP 04741-000Ano VIII | No 18 | Julho/Dezembro 2016

Tiragem 5.000 exemplares

BLINDAGEM DO TRATAMENTO

Endodôntico

CURSOS: COnfiRa a pROgRamaçãO dO SegUndO SemeStRe de 2016.

RegionalSanto Amaro

IMPLANTODONTIA: Implante de corpoúnico, procedimento cirúrgico e protético em áreas de pouco espaço: Uma realidade.

PESQUISA: Crescimento e Desenvolvimento Crânio Facial.Visto através daOrtopedia Funcional dos Maxilares.

Mala DiretaBásica

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palavraexpediente

Presidente Dr. Euripides Antônio Balsanulfo de Castro1° Vice- PresidenteDra. Claudia Verônica Teizen 2° Vice- PresidenteDr. Paulo Hitoshi UedaTesoureiraDra. Sônia Aparecida Martins1° Tesoureira Dra. Andrea Alves PachecoSecretária Geral Dra. Martha Regina Leite de CarvalhoAssessores da PresidênciaDr. Alberto Makoto IshibashiDr. Willian de Freitas MenezesDr. Wilson Humio MurataDr. Mário Tetsuo Murata (In Memoriam)Dr. Argeu de LorenzoDr. Sérgio Osamo HirotaDepartamento Assessor CientíficoDr. Paulo Hitoshi Ueda Departamento de EAPDr. Oswaldo Norio HorieDra. Heloisa Miyoko YwassakiDepartamento Assessor SocialDra. Débora PintoDepartamento Assessor de ComunicaçõesDra. Sônia Aparecida MartinsDr. Arnaldo Souto de PauloDepartamento Assessor PatrimonialDra. Miriam Costa Moura Dr. Gilberto AbicalamDepartamento Assessor de EsporteDr. Evandro Tadeu ProvasiDr. Wagner Yasuo OkaiDepartamento de Defesa de ClasseDra. Claudia Verônica TeizenDepartamento de PrevençãoDra. Miriam Costa Moura Dra. Daniele Bandeira de Albuquerque Dra. Eglemar Catarina Abrão Dib Dra. Natália Flauzino LombardoConselho Nova GeraçãoDra. Daniele Bandeira de AlbuquerqueDra. Vanusa Espinose de Alves FariasDr. Italo Nery Lopes Representante AcadêmicoLarissa Ariana Martins de OliveiraConselho DeliberativoDr. Nobono TakemotoDr. Luiz Antônio HoragutiConselho FiscalDr. Mario Tetsuo Murata (In Memoriam)Dr. Waldir MartineliDr. João José LemeDepartamento BibliotecárioDra. Martha Regina Leite de Carvalho

Projeto GráficoH2M Studio de Criação e DesignMarco Aurélio Vieira

Rua Conde de Itú, 508 - Santo AmaroSão Paulo - SP - CEP 04741-000Tel.: (11) 5524-1319 - SecretariaTel.: (11) 5548-9757 - EAPE-mail: [email protected]

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Dr. Euripides A. B. CastroPresidente

Caros Colegas,

Nestes últimos meses, o Brasil está atravessando uma crise política e econômica de grande proporção, interferindo na vida de todas as pessoas com inúmeros problemas e frustrações.

Para nós, profissionais da Odontolo-gia, esta situação traz preocupações e dúvidas em relação ao planejamento de nossas carreiras.

No mundo globalizado em que vive-mos, tudo ocorre rapidamente, diferentes exigências surgem a cada minuto e novas técnicas e novos materiais aparecem com velocidade incrível!

Mas, quando há uma crise econômica, a nossa primeira reação é reduzir despesas e, desta forma, diminuímos nossa busca por atualização, o que nos torna menos atrativos para os pacientes, que não nos procuram, aumentando nossa dificuldade financeira. É um círculo vicioso.

Por isso, a meu ver, devemos sempre pensar na possibilidade de investir em novos conhecimentos e procurar fatias do mercado que ofereçam melhores oportunidades para agir. De nada adianta ficarmos reclamando da profissão.

Acreditemos que, após esta crise econômica e institucional, ocorrerá uma depuração e a conscientização de que um grande país se constrói com educação, justiça e igualdade social.

Forte abraço.

Dr. Euripides A. B. Castro

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Anotações de pesquisaefetuadas em clínica particular por:

Dra. Telma do Lago Lopes

Nos últimos tempos o crescimento e desenvolvimento crânio facial tem sido muito estudado, através da genética, da biofísica, bioquímica, biomecânica e das influencias do meio ambiente.

Podemos dizer que os seres humanos estão sujeitos a evoluções constantes, em diferentes estágios e períodos, até completar a sua maturação biológica. As células aumentam em número e volume através das divisões celulares e trocas metabólicas, atingindo a diferenciação dos tecidos.

Ditames embriológicos que se eviden-ciavam desde a placa germinativa com dife-renciação celular e especificação celular, até a formação global do embrião ocorrem em vida intra-uterina, na dependência direta de um outro ser já desenvolvido.

Na vida extra-uterina, deste novo ser, observa-se a independência “parcial”, pois o desenvolvimento se processa agora com a influencia funcional, cultural e do meio ambiente; que passam a agir sobre ditames embriológicos.

O tecido ósseo está em constante muta-

Pesquisa

“Sem estrutura,não pode haver função”

“Sem correta estrutura, a função não pode ser correta”

“Função incorreta podeafetar não apenas uma correta estrutura, mas

também afetar seriamente o desenvolvimento das

estruturas”

CRESCIMENTO EDESENvOLvIMENTO CRâNIO FACIALVisto através da Ortopedia Funcional dos Maxilares

- Desenvolvimento: fenômeno qualitativo, relacionado à diferenciação progressiva durante o processo de maturação, em termos de alterações na dimensão, forma e relações.

O que nos importa no desenvolvimento crânio facial é o aspecto gnatostático (arranjo dento oclusal em relação à face), prosópico (desenvolvimento dos caracteres facial-biotipologia) e estomatológico (metabolismo enzimático-digestivo).

Compreender como age e o que determina este desenvolvimento, fatores exclusivamente genético-hereditário? – Isto nos leva a necessidade de discernir o que é determinante, e o que é resultante.

Sabemos que o crescimento tanto do neuro como do vícero crânio se dão em sentidos bem específicos:

- no neuro, num sentido centrifugo e uniformemente distribuído e,

- no vícero, num sentido rotacional único das bases cranianas para frente e para baixo.

O desenvolvimento Maxilo Mandibular ganha volume e sofre modificações através de pressões positivas e negativas proporcio-nadas pela capacitação muscular (funcional) das estruturas móveis ou de movimento.

Estas pressões musculares de controle dos movimentos mandibulares proporcionam o sentido de crescimento condilar (moldagens e remoldagens condilares).

Começamos agora a observar preponde-râncias “forma-função”.

Abordamos aqui os ditames genéticos

ção estrutural, reconstruindo-se permanen-temente por intermédio de um mecanismo adaptativo as solicitações funcionais a que está sujeito, como estabelece a Lei de Wolff, relativa às transformações ósseas, mantendo aproximadamente a mesma forma externa, desde os estágios fetais até a vida adulta, graças a uma contínua remodelagem de sua superfície, que compreende aposição óssea em algumas áreas do periósteo e reabsorção em outras.

Todavia, apenas o conceito de aposição e reabsorção não basta para se compreender o mecanismo íntimo do crescimento ósseo e sua diferenciação segundo suas solicitações. Em verdade, e na sua atividade que um órgão tem estimulada a criação de tecidos, sua adap-tação e consequentemente, sua morfologia.

Cabe, neste ponto, estabelecer duas defini-ções importantes relativas às alterações ósseas:

- Crescimento: fenômeno quantitativo, caracterizado por um aumento de massa, coordenado por um mecanismo de produção de tecido e reabsorção, resultante de um processo metabólico.

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Logo após o nascimento, observamos que há desproporção entre os terços superior, médio e inferior da cabeça, representadas respectivamente pelo cérebro, vias respiratórias e cavidade oral.

Ao nascer, o cérebro já está quase que totalmente formado, por isso observamos que o terço superior é maior que o médio e o inferior. No decorrer da vida, os terços médio e inferior irão desenvolver-se. No terço médio, através das vias respiratórias (com suas funções fisiológicas), desenvolver-se-ão as cavidades aéreas, simultaneamente ao desenvolvimento inferior da face.

Quando a criança nasce, a percepção tátil é mais desenvolvida na região labial e bucal do que nos dedos. O neonato leva os objetos aos lábios para sentir o tamanho, a forma superficial e a textura antes de colocá-los na boca.

Estes proprioceptores existentes prin-cipalmente na região perioral e nas Articu-lações Temporo-Mandibulares, já iniciam o seu amadurecimento antes do nascimento e irão auxiliá-lo para sobreviver.

inferior e promoverão o aprofundamento da cavidade articular. Poderemos observar que, pode ser em decorrência do aumento do tubérculo articular do temporal.

Com as erupções de todos os dentes permanentes, observaremos que através de uma mastigação correta, haverá uma abrasão fisiológica neste articulado dentário e, chegando à idade senil, com um aplainamento de suas cúspides. Mais uma vez iremos observar uma mudança na forma da cavidade temporo mandibular, que se tornará sensivelmente mais plana.

A Articulação Temporo Mandibular, como vimos, está relacionada a todas as fases do desenvolvimento crânio-facial. Serve como mediadora de todas as funções fisiológicas, pois nela existem proprioceptores que orientam a mandíbula em seus diversos movimentos.

determinando uma forma e observaremos agora técnicas que se utilizam da excitação neural (propriocepção local), para interceder na forma e na capacidade fisiológica de re-moldagem do indivíduo.

Isto nos permite o raciocínio de que as pressões musculares mantêm as estruturas em suas posições geneticamente programa-das e que o antagonismo muscular modela ou remodela a forma em questão.

Com a amamentação materna, o que nos chama mais atenção, são os movimentos mandibulares bordejantes de deslizamento. Isto se deve à anatomia plana das Articulações Temporo Mandibulares. Por volta do primeiro ano de vida, esses movimentos são bloqueados pela erupção dos incisivos centrais inferiores e superiores. Podemos notar que, sagitalmente, a mandíbula, que ao nascer estava retruída mais ou menos 5 a 6 mm, se anteriorizou com o auxílio desses movimentos. Com esse bloqueio anatômico, a criança passará a ter predominância nos movimentos verticais. Esta articulação que se apresentava plana, começou a aprofundar-se, iniciando o processo de remodelação fisiológica das Articulações Temporo Mandibulares.

Com todos os dentes decíduos já erupcio-nados, através dos movimentos bordejantes e intrabordejantes que estimulam a função dos músculos mastigadores, haverá, simultane-amente, a abrasão deste articulado dentário.

Nesta época, as superfícies desses decíduos terão as suas oclusais quase que totalmente planas; daí se observa que a cavidade temporo mandibular irá passar para uma forma mais plana, predominando os movimentos horizontais.

Quando a erupção dos primeiros molares e incisivos centrais (superiores e inferiores) per-manentes se realizar, teremos novo bloqueio articular, predominando novamente os movi-mentos verticais. Consequentemente a cavi-dade articular terá a sua forma mais profunda.

Na mastigação vertical, observamos o predomínio da musculatura temporal com seus feixes anteriores e da musculatura masseterina e pterigóidea medial. Esses movimentos involutivos do articulado inibem o crescimento vertical do terço

Lembramos aqui, que todo aparelho que se diz ortopédico Funcional atua, principalmente, por mudança de postura, sendo este um fator comum a todas as técnicas, neste caso, estaremos agindo sobre o tônus neuro-muscular.

Na mudança de postura, o disco articular e a cabeça do côndilo são deslocados para frente. Atrás do disco, no espaço que vai da cabeça do côndilo até a cavidade glenóide, temos um tecido conjuntivo elástico, rico em vasos sanguíneos e terminações nervosas: é a Zona Retromeniscal de Zenker. Estes receptores são excitados durante os movimentos de lateralidade, pois arrastam consigo o tecido retromeniscal, quando o disco e a cabeça do côndilo ocupam uma posição anterior.

Os movimentos de lateralidade direita e esquerda são os únicos que efetivamente excitam a propriocepção das Articulações temporo Mandibulares pela contração dos Músculos Pterigoideos Internos e Externo. Temos então a propriocepção informando ao Sistema Nervoso Central as mudanças nas Articulações Temporo Mandibulares.

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Pesquisa

do crânio, nariz, boca, lábios, os da região do colo; os relacionados ao osso hióide, supra e infra-hióideos e região pré vertebral; e aqueles da região do tronco. Todos eles em equilíbrio dinâmico, existindo em sinergismo de ação cujo reflexo visa ao equilíbrio crânio-mandibula-coluna cervical.

A Ortopedia Funcional dos Maxilares tem por objetivo principal apagar reflexos patológicos, e instalar miotáticos fisiológicos, estes últimos permitindo equilíbrio neuro muscular e possibilitando a modelagem perfeita do desenvolvimento ósseo (Matriz Funcional de Moss), produzindo a oclusão de forma equilibrada, obedecendo ao princípio da máquina perfeita: “Rendimento máximo ao cortar, moer, salivar, com o mínimo esforço muscular; sem traumatismos das articulações Temporo Mandibulares nem do periodonto”.

constituir-se de osso quanto de cartilagem, e tem a função de proteger ou suportar sua matriz funcional.

Matriz Funcional:- Matriz Funcional Periostal- Matriz Funcional Capsular

Tornou-se necessário subdividir o conceito de matriz funcional em dois tipos porque, embora sejam ambos agentes morfo-genéticos primários, possuem em modo de ação completamente diferentes entre si.

Matriz Funcional Periostal: é aquela representada pelos músculos e suas inserções tendinosas na superfície fibrosa periostal, e em grau menor dentro do próprio tecido ósseo, bem como os vasos sanguíneos, nervos, tecido adiposo, glândulas e dentes.

Estas matrizes, em suas funções sobre as unidades esqueléticas a que estão afetas, são responsáveis pelos processos ósseos de aposição e reabsorção. Portanto, toda alteração de forma que se observa no osso é responsabilidade deste tipo de matriz. Como exemplo desta categoria, temos o músculo

Pterigóideo externo com sua inserção no processo condilar.

Matriz Funcional Capsular: este tipo de matriz deve se pensado como sendo um “volume”, situado no interior de um “envelope”ou cápsula, e que contém os diversos componentes funcionais cranianos.

A função desta matriz capsular é inteiramente diferente da matriz periostal. Se esta é responsável pelos processos de aposição e reabsorção ósseas, as capsulares agem sobre os componentes funcionais como um todo, já que os englobam e no decorrer de seu crescimento, levam-nos a um movimento passivo de translação no espaço.

O crescimento do esqueleto crânio-encefálico é, pois conseqüências da conjugação de ação das matrizes periostais e capsulares.

Matriz Funcional Orofacial: é repre-sentada pelos espaços oro-naso-faríngeos. É no crescimento destes espaços que se de-sencadeia a morfogenia primária do cresci-mento ósseo, pois estes espaços envolvem e “empurram” os componentes funcionais contidos em seu interior. Delimitando es-

Representação da ação do Músculo Pterigóideo Externo ou Lateral.

A) em estado de repousoB) contração bilateralC) contração lado direito, demonstrando

uma látero-protrusão esquerda, representa-tiva de uma mastigação do lado esquerdo (lado de trabalho)

D) Idem para o lado oposto“O movimento condilar do Balanceio pro-

duz uma excitação neural que provoca cresci-mento da hemi-mandiluba do mesmo lado”.

“No lado de Trabalho a excitação neural, provocada pelo contato das faces oclusais, estimula o desenvolvimento da hemi-arcada do maxilar superior, desse lado”.

TEORIA DAS MATRIZESFUNCIONAIS DE MOSS

A cabeça e pescoço são sede de uma série de funções, como a mastigação, deglutição, sucção, respiração, fonação, olfação, visão, etc; as quais são executadas por um “componente funcional craniano”.

Componente Funcional Craniano: - Matriz Funcional,- Unidade Esquelética

O conceito de Matriz Funcional é amplo, não deve ser entendido apenas como tecido mole, embora ele também faça parte, como músculos, nervos, tecidos tendinosos, teci-dos duros, como o dente; mesmo os vasos sanguíneos, pois suas pulsações configuram um estado de natureza trófica; e finalmente, espaços.

O conceito de “espaços” assume um aspecto de fundamental importância, uma vez que na constituição de um órgão jamais deve ser esquecida a presença do espaço onde a função é executada.

A “unidade esquelética” tanto pode

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A musculatura cuja ação preside aos movimentos mandibulares e à mímica facial, tem fundamental importância na plastia óssea craniofacial, bem como aqueles cujas inserções à distancia, porém pertencentes à cabeça, pescoço e cinturão escapular, tem seus estreitamente ligados à ação dos músculos mastigadores.

MúSCUlOS MASTIgADORES:- Fechamento da Boca: M. Temporal,

M. Masseter e M. Pterigóideo Interno ou Medial

- Abertura da Boca: M. Pterigóideo Externo ou Lateral, M. Milohídeo e M. Digástrico.

- Acrescentem-se os músculos cutâneos

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tes espaços temos a Cápsula Orofacial, re-presentada externamente pela pele e inter-namente pela mucosa. Não se deve fazer confusão entre matriz funcional orofacial e cápsula orofacial. São entidades diferentes

A região do espaço bucal assume, pois uma característica bem diferente da habitual, quando focalizada sob este prisma. Segundo Moss, a região do espaço bucal e oro-faríngeo é entendido como tendo uma função primária de manter o trato aéreo, através de um equilíbrio músculo-esqueletal, cuja finalidade é um “mecanismo de manutenção aérea”.

Estes conceitos são importantes na medida em que é rotineiro em Ortopedia Funcional dos Maxilares a alteração espacial do corpo mandibular, do osso hióide, língua e músculos, bem como se trabalha bastante com aumento de base apical de ossos alveolares, com conseqüente aumento volumétrico de espaço bucal.

Segundo Bosna, a manutenção do espaço aéreo faríngeo tem importância fundamental na função postural da cabeça e pescoço e que “um recente conceito é que o desenvolvimento da postura da cabeça e pescoço a partir do trato aéreo faríngeo precede a estabilização da postura da cabeça e pescoço”.

A colocação fisiológica de Bosna associada aos conceitos mecânicos da Cinesiologia, ajudam a compreender a relação entre a articulação maxilo-mandibular e a postura não só da cabeça mas também do corpo, uma vez que uma é conseqüência da outra.

Matriz Funcional Capsular Neurocra-niana, é representada pela massa encefálica e leptomeninges. Esta matriz é englobada pela cápsula neurocraniana, cuja composi-ção é a seguinte: constituída externamente pelas cinco camadas do escalpo, seguindo os ossos da caixa craniana e finalmente as duas camadas da duramater. É preciso ficar claro que a cápsula compreende apenas a pele e duramater, a parte óssea interposta é o componente funcional craniano, representa-do pela tábua externa, tábua interna e espaço diplóico, constituindo as unidades esqueléti-

APCD Regional Santo Amaro em FOCO 07

cas com suas respectivas matrizes periostais, que vão sofrer a ação indireta da expansão da matriz funcional neurocraniana, a massa encefálica, que num desenvolvimento cen-trípeto, expansivo, empurra o tecido ósseo que então sofre o impulso de crescimento. É, portanto um crescimento compensatório. Não há neste processo qualquer mecanismo de aposição ou reabsorção, quando se refere ao deslocamento espacial.

A expansão da cápsula neurocraniana é sempre proporcional ao incremento da massa neural. Claro está que a remodelagem que se observa no osso é secundária e creditada ao componente funcional.

Em relação ao crescimento mandibular, o entendimento torna-se agora mais claro, pois é um exemplo da ação integrada das matrizes funcionais capsulares e periostais. O crescimento da matriz capsular orofacial produz uma expansão da cápsula orofacial. A mandíbula em seu interior é então passiva e secundariamente transladada no espaço, em direção para baixo e para frente, afastando-se da base do crânio, como se separando o côndilo da fossa articular, gerando um estímulo de crescimento ósseo nesta região numa procura da manutenção da articulação dentro das exigências funcionais, de maneira compensatória e secundária.

PIEZOElETRICIDADEPara melhor compreensão destes

fenômenos nos voltamos para o estudo das linhas de força de Benninghoff, suas implicações no crescimento e direcionamento do trabeculado ósseo e elementos de Cinesiologia.

Dá-se o nome de Piezoeletricidade ao conjunto de fenômenos elétricos produzidos pelas pressões ou deformações exercidas em diversos corpos. Trata-se de um fenômeno reversível; permite transformar vibrações mecânicas em oscilações elétricas e inversamente.

Quando um osso, submetido a esta ação e sob um caráter intermitente, há uma variação de potencial na forma ósseo cristalina, gerando cargas elétricas. As células ósseas, os osteoblastos, tornar-se-iam polarizados,

surgindo um fluxo eletrônico oscilante cuja freqüência estaria na dependência dos estímulos de pressão, e o sentido desta corrente seria acompanhado pela orientação do trabeculado ósseo quando da osteogênese, tal como se as células fossem representadas por limalha de ferro submetido à ação de um campo magnético. Elas sempre orientam-se segundo as linhas de força deste campo.

Mencionamos o termo osteogênese, porque realmente o tecido ósseo responde às solicitações a que é submetido, seja através deste fenômeno de neoformação quanto de reabsorção, como foi visto quando analisamos as matrizes funcionais.

É exatamente este princípio que também rege a formação e ação das linhas de força.

A consideração do tecido ósseo, quando o relacionamos àquelas funções para as quais ele se formou, indica que duas forças básicas estão constantemente presentes e agindo em sua superfície. São as forças de tração e pressão, geradas pelos grupos musculares que estabelecem uma relação de causa e efeito, ou forma e função, na arquitetura interna e externa do corpo ósseo.

Trajetória de Força, observa-se a existência de dois sistemas:

- Sistema interno, relacionado às forças de pressão, cujas trajetórias iniciam-se na região inferior, ascendem e dirigem-se obliquamente para fora; e,

- Sistema externo, relacionados às forças de tração, cujas linhas percorrem o corpo, acompanhando a convexidade externa e terminando na cabeça (por exemplo ossos epifisários).

Estas trajetórias indicam o sentido de orientação das trabéculas ósseas.

Os ossos da face, e em particular, a maxila e mandíbula, que são elementos de suporte dentário e receptáculos das forças de mastigação, tem suas arquiteturas adequadas a suportar as forças geradas pela musculatura, transmitindo e dispersando-as no maciço craniofacial.

O efeito da função em relação ao osso alveolar pode ser analisado naquelas regiões afuncionais, isto é, naqueles dentes cujos elementos opositores estão ausentes. Vê-se nestes casos uma relativa pobreza óssea, um aspecto radiolúcido a significar perdas ósseas, pois como vimos, o dente é uma matriz funcional. Todavia, se por procedimentos de natureza protética

MatrizFuncional Capsular

Matriz Funcional Neurocraniana <--> Cápsula Neurocraniana Matriz Funcional Orofacial <--> Cápsula Orofacial

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restauramos a funcionalidade, observamos uma progressiva neoformacao óssea, dando aspecto radiográfico de crescente radiopacidade, numa resposta cabal da existência de um rearranjo no trabeculado.

De um modo geral, uma perda de função leva a uma redução na densidade do tecido ósseo, a uma osteoporose; em contraposição, um acréscimo de solicitação funcional induz a um incremento de densidade óssea, ou osteoesclerose.

Estas linhas de força percorrem seu caminho sem obedecer aos limites de cada osso individualmente, e agem como se o crânio fosse composto por dois ossos apenas, a parte craniofacial e mandíbula. Como na natureza tudo é feito na medida exata, as solicitações funcionais ao maciço ósseo não exigem uma massa compacta, daí a existência dos grandes espaços sinusais, numa economia de material para atender às necessidades, isto é, permite resistir a um máximo de força com o dispêndio de material o mínimo necessário.

A partir desta abordagem, torna-se claro os efeitos de um desequilíbrio oclusal ou de uma mastigação viciosa, unilateral, pois como refere às leis Planas de desenvolvimento nos três planos vemos porque os movimentos mandibulares devem excursionar de forma harmônica de ambos os lados.

No caso de uma mastigação do lado esquerdo, por exemplo, sabemos que o músculo pterigóideo externo do lado direito executa um trabalho mais intenso, e recordando os pontos de inserção deste músculo, as suas unidades microesqueleticas, estas recebem estímulos mais intensos. Visualizando as linhas de força que percorrem a mandíbula, vemos que a distribuição dos estímulos provocados pela ação muscular difunde-se pelo côndilo, processo coronóide, ramo e corpo mandibular. Toda inserção muscular do corpo da mandíbula interage com a ação dos pterigóideos interno e externo, numa ação sinérgica e produzindo em efeito estimulante sobre o crescimento ósseo, através das suas matrizes funcionais periostais.

Esta ação preponderante em apenas um lado da mandíbula irá então provocar um desvio acentuado, quando a ação se torna constante e de longa duração, é bastante rotineiro constatar-se mastigações viciosa

já nas primeiras fases de vida, provocadas por inúmeros fatores: cáries que provocam dor e induzem à mastigação do lado oposto; perdas precoces de dentes seguidas de migração de peças vizinhas e opositoras, num processo de acomodação que podem levar a uma dimensão vertical diminuída de um lado, obedecendo ao princípio de se atingir um máximo de ação com um mínimo de esforço.

Para o lado de trabalho da mandíbula, está claro que as forças de pressão, provocadas pelo bolo alimentar, induzem a maior estímulo no masseter e temporal deste lado. O masseter, matriz funcional das unidades microesqueleticas ângulo de mandíbula e processo zigomático do malar, conduzirá a estímulos de crescimento destas unidades ósseas, desequilibrando a intensidade das linhas de força dos pilares canino e zigomático, quando comparamos com estas mesmas trajetórias do lado oposto da face. Lembrando destas trajetórias, vamos verificar que seus reflexos vão agir na plastia óssea malar, temporal, rebordo das cavidades orbitárias, etc. Para o lado do músculo temporal deste lado de trabalho, identificando as linhas de força que percorrem o seu raio de ação, vamos entender que todo o lado da face envolvida nesta desarmonia muscular será induzido a um desenvolvimento diferente do lado oposto.

Mas não param aí os reflexos, pois já sabemos que estas trajetórias encaminham-se para a base do crânio, num ponto de encontro onde se dissipam, e onde deixam registradas as marcas de suas ações.

O fenômeno da piezoeletricidade pode ser considerado como o elemento básico para se entender o principio aplicado pelas técnicas ortopédico-funcionais, e que se caracteriza pelo conceito da intermitência dos estímulos aplicados.

Nenhum aparelho ortopédico-funcional deve ser visto como gerador de forças contínuas. O simples contato do aparelho na boca, associado aos movimentos naturais do sistema estomatognático, induzem a uma alteração no padrão morfológico do tecido ósseo. A ativação dos expansores deve ser entendido apenas no sentido de levar o aparelho a “acompanhar” a alteração produzida, sem qualquer pressão. A fuga disto implica na ausência da intermitência de estímulos, o afastamento do principio das Técnicas Ortopédico Funcionais.

Estas são anotações de pesquisa e estudo em Ortopedia Funcional dos Maxilares, efetuada por Dra.Telma do Lago Lopes CROSP 18969, em Clinica Particular, e.mail: [email protected] facebook: “odontologia com conforto”, conforme bibliografia a seguir:

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18. PLANAS, P.- Rehabilitacion Neuro- Oclusal – Ed. Cientificas y Técnicas – 1994

19. SEATON, M.R. – Cabeza y Cuello – Buenos Aires – Intermedica Editorial – 1979

20. SEGOVIA, M. L. – Interrelaciones entre la Odontoestomatologia y la Fonoaudiologia Buenos Aires – Ed. Méd. Panamericana – 1979

21. SICHER, H. – Oral Anatomy – St. Louis

22. SIMOES, W. A. – Ortopedia Funcional dos Maxilares – Ed. Santos – 1985

23. TESTUT, L. – LATARJET, A – Anatomia Humana – Barcelona – Salvat Ed – 1973

24. TORRES, R – Teoria sobre un crescimiento orofacial – Rev. As. Arg. OFM 11 – 1974

25. TORRES, R – Tratado de Gnato Ortopedia Funcional – Ed. Celcius 1966

26. WEINMANN, J. P. – SICHER, H. – Boné and Bonés – C. V. Mosby Co. 1955

Pesquisa

08 APCD Regional Santo Amaro em FOCO

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O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo – CROSP acaba de entregar mais uma grande conquista para os profi ssionais da área. É a Casa da Odontologia Paulista, espaço dedicado aos avanços da classe, com a oferta constante de palestras e seminários, e equipe para esclarecer dúvidas sobre ética e fi scalização. Av. Pacaembu, 732 - São Paulo - SP. Saiba mais no site.

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10 APCD Regional Santo Amaro em FOCO

APCD - Regional Santo Amaro

CURSOS SegUndO SemeStRe/2016

CURSO DE CIRURGIA ORAL PARA O CLÍNICO GERAL

Ministrador:Assistentes:

Título do ministrador:

Objetivos:

Natureza:Carga horária:Dia e horário:

Início: Investimento:

Número de vagas:

Ministrador:Assistentes:

Título do ministrador:

Objetivos:

Natureza:Carga horária:Dia e horário:

Início:Investimento:

Número de vagas:

Prof. Dr. Marcelo Minharro Ceccheti*Dra. Andressa de Souza Bueno / Dra. Caroline leoneEspecialista, Mestre e Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Especialista em Anatomia Cirúrgica da Face. Supervisor em Odontologia Hospitalar do Hospital das Clínicas da USP. Membro da câmara técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do CROSP. Diretor científico do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, capítulo VIII (São Paulo).Capacitar os alunos quanto à avaliação pré-operatória do paciente cirúrgico; planejar e realizar cirurgias bucais, seguimento pós-operatório e prescrições medicamentosas mais eficientes dentro de área de atividade profissional. O curso tem ênfase em exodontias, cirurgias de dentes inclusos, cirurgias de odontomas e supranumerários, cirurgias parendodônticas, nas cirurgias de cistos do complexo maxilomandibular, no tratamento cirúrgico-ortodôntico dos dentes inclusos, no tratamento das lesões bucais, nos reposicionamentos cirúrgicos e transplantes, no tratamento das infecções bucomaxilofaciais e nas cirurgias protéticas.Teórico-Prático72 horas/aulaQuintas-feiras, das 8h30 às 12h30 (semanal)22 de Setembro de 20166 parcelas de R$ 520,00 (Efetivo)12

Prof. Dr. Marcelo Minharro Ceccheti*Dra. Andressa de Souza Bueno / Dra. Caroline leoneEspecialista, Mestre e Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Especialista em Anatomia Cirúrgica da Face. Supervisor em Odontologia Hospitalar do Hospital das Clínicas da USP. Membro da câmara técnica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do CROSP. Diretor científico do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, capítulo VIII (São Paulo).Desenvolvimento e aperfeiçoamento da técnica cirúrgica, por meio do aprimoramento cognitivo, emocional e psicomotor em cirurgia bucal. O curso tem ênfase em exodontias, cirurgias de dentes inclusos, cirurgias de odontomas e supranumerários, cirurgias parendodônticas, nas cirurgias de cistos do complexo maxilomandibular, no tratamento cirúrgico-ortodôntico dos dentes inclusos, no tratamento das lesões bucais, nos reposicionamentos cirúrgicos e transplantes, no tratamento das infecções bucomaxilofaciais e nas cirurgias protéticas.*Aulas teóricas obrigatórias e ênfase em cirurgias com maior dificuldade clínica.Teórico-Prático72 horas/aulaQuintas-feiras, das 8h30 às 12h30 (semanal)22 de Setembro de 20166 parcelas mensais de R$ 550,00 (efetivo)12

CURSO DE CIRURGIA ORAL AVANÇADA

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM ENDODONTIA

Ministradores:

Título da ministradora*:

Objetivos:

Natureza:Carga horária:Dia e horário:

Início:Investimento:

Número de vagas:

Ministradora:

Ministradora Adjunta:

Objetivos:

Natureza:Carga horária:Dia e horário:

Início:Investimento:

Número de vagas:

Profa. Dra. Maria Esperança Mello Sayago*, Prof. Dr. Pedro luiz Martins, Profa. Dra. Márcia Borghetti,Prof. Dr. Marcio França SoaresMestre em Endodontia pela UNIP-SP, Especialista em Endodontia pela ABE-SP, Professora Responsável pela disciplina de Endodontia na Graduação da UNIBAN-Anhanguera, Coordenadora do Curso de Especialização em Endodontia da FUNORT-Manaus, Prof° Responsável pelo curso de Atualização em Endodontia da APCD- Santo Amaro.O curso tem como objetivo transmitir os conceitos atuais da Endodontia, permitindo uma visão abrangente desta especialidade e suas principais variáveis, bem como preparar o aluno para atividades clínicas através de treinamento com as principais inovações tecnológicas.Teórico/ Pré-clínico e Clínico4 meses (64h)Terças-feiras, das 18h às 22h (semanal)09 de Agosto de 20165 parcelas de R$ 500,00 (efetivo)12

Dra. Natalia F. lombardo*Cirurgiã-dentista, especialista e mestranda em Ortodontia.Dra. Daniele gambarini PereiraCirurgiã-dentista, mestre e especialista em OrtodontiaCapacitar o aluno para as atividades de auxiliar em Saúde Bucal de acordo com o Parecer CNE/CBE Nº 2/2009- CEB, Lei 11889 de 24/12/2008 e Resolução CFO-113/2011, que regulamentam a profissão.Teórico / Prático (estágio obrigatório) 12 meses (300 horas) Quintas-feiras, das 19h às 22h (semanal)04 de Agosto de 201612 parcelas de R$ 200,0045

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA AUxILIAR EM SAúDE BUCAL

APCD Regional Santo Amaro em FOCO 11

Tel.: (11) 5524-1319 E-mail: [email protected]

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Maria Esperança Mello SayagoMestre em Endodontia pela UNIP e Coordenadora

da disciplina de Endodontia no curso de graduação da UNIAN e do Curso de Atualização

em Endodontia da APCD de Santo Amaro

Pedro Luiz Martins PintoMestre em Endodontia pela UNIP e

Assistente do curso de Atualização em Endodontia da APCD de Santo Amaro

Marcia BorghettiEspecialista em Endodontia pela FAPES e

Assistente do curso de Atualização em Endodontia da APCD de Santo Amaro

Ivete Jorge AbrahãoDoutora na área de Endodontia pela

Universidade de São Paulo e Professora do Curso de Especialização em Endodontia do INEPO

RESUMO

O relato de caso aborda a reconstrução de parede proximal para a colocação de isolamento absoluto do campo operatório para tratamento endodôntico e o selamento coronário definitivo utilizando resina SDR e Sistema Palodent de matriz seccionada

Palavra Chave:Endodontia; Restauradora; Isolamento Absoluto.

INTRODUçãO

Os princípios atuais do tratamento endodôntico preveem que o canal não está finalizado até que o dente tenha sido restaurado definitivamente.

O conceito do selamento apical através da obturação endodôntica é bastante conhecido, mas o selamento coronário para proteger esta obturação ainda é negligenciado por alguns profissionais. O conceito de “blindagem dental” refere-se a pratica restauradora capaz de selar imediatamente e definitivamente o acesso coronário, protegendo a obturação do canal contra contaminações do espaço endodôntico1.

Isto não significa uma restauração definitiva, que fica a critério do clinico, mas ao vedamento do tratamento endodôntico promovendo também o reforço coronário. Com isto o clínico não precisa remover toda a resina de preenchimento, basta remover em média 3 mm para realizar a restauração e o acabamento final ou proceder ao preparo coronário visando qualquer outro procedimento restaurador2 (Figura 1 e Figura 1A).

Recentemente disponíveis no mercado a SDR (Resina composta Surefil SDR Flow®,Dentsply) é uma resina composta de baixa viscosidade e autonivelamento, apresenta bom escoamento e ótima adaptação às paredes da cavidade a ser restaurada, facilitando a prática clínica diária e otimizando os resultados obtidos. Aplicada após a utilização do condicionador Dental Gel® e Adesivo XP bond®.

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BLINDAGEM DO TRATAMENTOEndodôntico

Endodontia

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APCD Regional Santo Amaro em FOCO 13

pre-contornadas em 5 diferentes tamanhos de 3,5mm a 7,5mm; cunhas protetoras que reduzem o risco de dano interproximal durante o preparo; anéis de retenção em NiTi em dois diferentes tamanhos; alicate e pinça auxiliar. As cunhas protetoras, matrizes e cunha anatômica são descartáveis já os anéis apresentam vida útil de 1000 autoclavagens (Figuras 5, 5A, 5B, 5C e 5D).

Esse material tem como diferencial técnico a facilidade de inserção como incremento único, sem os problemas gerados pela contração de polimerização de um grande volume de resina composta, e pelo baixo grau de conversão das regiões mais distantes da fonte de luz. Por apresentar baixa tensão de contração permite ser polimerizada em incrementos de 4,0 mm (Figuras 2 e 3).

Apesar de ser considerada como uma resina Flow tem em sua composição um monômero uretano dimetacrilato associado a um modulador de polimerização. Esta associação reduz a contração de polimerização e consequentemente as falhas marginais na interface adesiva3.

Aliado a esta resina o novo sistema de Sistema de matrizes seccionadas com anel separador e cunhas plásticas flexíveis (Palodent Plus, Dentsply) Figura 4, permite a otimização do procedimento restaurador com resultados extremamente satisfatórios. Este sistema é composto de matrizes seccionais

FIGURA 1Nível da resina SDR

FIGURA 2Apresentação comercial da SDR

FIGURA 4Kit Palodent

FIGURA 3 Imagem ilustrativa da colocação em incremento de

4,0mm vedando o material obturador do canal.

FIGURA 1AAcabamento com resina composta

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RElATO DE CASO

Paciente do sexo masculino, 19 anos apresentava grande destruição coronária do dente 14 por cárie e necessitava de tratamento endodôntico (Figuras 6 e 7)

Após a remoção do tecido cariado e acesso coronário foi observado que a perda dentinária subgengival na face mesial dificultaria o isolamento absoluto. Optou-se então pela reconstrução desta parede com resina SDR e matrizes da

Palodent . Foi realizado o condicionamento ácido e aplicação do adesivo e a inserção da resina SDR (Figura 8).

Com a parede proximal reconstruída foi possível executar um ótimo isolamento absoluto para o tratamento endodôntico (Figuras 9, 10 e 11). Ao término do tratamento a blindagem coronária foi realizada com a mesma resina SDR para posterior tratamento restaurador (Figura 12). (caso realizado pelo aluno Lauro Filipe da Silva Carvalho do curso de Especialização em Endodontia da FUNORTE-Manaus).

FIGURA 5Conjunto montado, matriz, cunha e anel

FIGURA 07Radiografia periapical inicial

FIGURA 5CMatrizes em diferentes tamanhos

FIGURA 5AAnel

FIGURA 08Conjunto posicionado:

Anel, 2 cunhas e matriz subgengival

FIGURA 5DCunha protetora inteligente

FIGURA 5BCunhas anatômicas tamanho M e G

FIGURA 9Parede proximal reconstruída para

recebes o isolamento absoluto

FIGURA 6Dente 14 com extenso processo de cárie

Endodontia

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7,5mm6,5mm

5,5mm

4,5mm

3,5mm

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1. http://endodontiaavancada.blogspot.com.br/2010/04/o-tratamento-de-canal-nao-esta.html

2. http://www.angelofreireendodontia.com.br/cms_wp/selamento-coronario-imediato/

3. http://dentsply.com.br/hotsite/arquivos-dentsply/dicas-do-leitor.pdf

FIGURA 10Isolamento absoluto parao tratamento endodôntico

FIGURA 11Radiografia final

FIGURA 12Blindagem coronária para posterior

procedimento restaurador

CONClUSãO

O uso de compósito de incremento único SDR para preenchimento das cavidades, associado ao sistema de matrizes segmentadas, permite resultados altamente satisfatórios no procedimento de base restauradora e auxilia nos casos de maior complexidade para a colocação do isolamento absoluto.

REFERêNCIAS BIBlIOgRáFICAS

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Com o advento da tecnologia e do desenvolvimento biomecânico, podemos ter como opção a utilização de implantes de corpo único, conhecidos como de ativação imediata. Na implantodontia tradicional, o implante e a conexão protética são distintos. Nos implantes de corpo único, não, como o próprio nome diz. Desta forma, estudos sobre o tipo de metal e tratamento de superfície foram estudados, para a realização destes implantes. (Huard C et al 2013; Parel SM, Schow SR. 2005; Misch CE 2000).

Utilizar implantes de corpo único possibilita a diminuição do tem-po de tratamento, elimina uma segunda intervenção, restabelece estéti-ca e função, devolvendo o bem estar psicológico e social ao paciente.

Este relato de caso, abordou desde a parte cirúrgica até a finalização protética, mostrando ser uma opção viável em casos de espaço mesiodistal e vestíbulo palatino reduzidos.

RESUMOForam usados implantes de corpo único, conhecidos também como

implantes de ativação imediata, em protocolo cirúrgico de um único estágio, graças a evolução das pesquisas em osseointegração. O caso clínico apresentado mostra um espaço restrito mesiodistal em que a instalação de um implante com diâmetro regular 3,5-4,0 comprometeria o espaço do ligamento periodontal dos elementos dentais vizinhos, levando o caso ao fracasso.

MATERIAl E MéTODOPaciente A.M.A.S., genêro feminino, 55 anos, compareceu ao

Serviço de Implantodontia da APCD, Regional Santo Amaro, com queixa em região do elemento 22 ausente. Essa ausência, segundo a paciente, se deu por um trauma sofrido na adolescência. Durante várias décadas, foi portadora de prótese parcial removível acrílica. Procurou outros serviços, porém, foi aconselhada a realizar prótese adesiva ou outra prótese removível, devido ao pouco espaço mesiodistal . A equipe, ao avaliar o espaço mesiodistal, constatou que havia 4 mm. Foi sugerido à paciente a possibilidade de instalação de um implante SLIM do sistema Implacil de Bortoli.

Foi realizado um planejamento da paciente com exames radiográficos, moldagem com confecção de modelos de estudo, assinatura do termo de consentimento informado e confecção, prévia à cirurgia, de um elemento provisório.

Realizada anestesia infiltrativa na vestibular e palatina, na área do elemento 22, com articaína 1:100.000 , 1 tubete. Não foi realizada incisão na região, a perfuração foi realizada somente com uma broca de 2.0 helicoidal , utilizada para o procedimento, na medida de 10mm.

Em seguida, foi instalado implante Slim de 10mm de altura com

16 APCD Regional Santo Amaro em FOCO

Implantodontia

Implante de corpo único, procedimento cirúrgico e protético em áreas de pouco espaço: uma realidade

FIGURA 3Perfuração com a fresa helicoidal 2.0

FIGURA 4Modelo de estudo

FIGURA 7Implante slim sendo instalado,

mostrando o pilar de 3,5 mm de diâmetro por 4 mm de altura

FIGURA 1Vista Clínica Inicial

FIGURA 2Rx inicial

FIGURA 6Visão do implante slim de

2,5 mm de diâmetro por 10 mm de altura, com o seu respectivo

montador, no caso acima montador para pilar de 3,5mm

FIGURA 8Montador de 3,5 mm de diâmetro

FIGURA 5Modelo de estudo

2,5 de diâmetro, com pilar de 3,5 de diâmetro por 4 mm de altura. Esse implante, em monobloco (pilar-Implante), foi utilizado em instalação chave externa de 3,5 de diâmetro. O torque obtido foi de mais de 40N/cm, torque esse que possibilitou o carregamento imediato, condição Sine Qua Non, sem a qual o implante não poderia ser realizado.

Paulo Y. Kawakami, Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo-Facial e Implantodontia, Mestre em Implantodontia e Doutor em Periodontia

Claudia B. Pera, Especialista em Implantodontia e Mestre em Periodontia

Paulo H. Ueda, Especialista em Implantodontia e Mestre em Periodontia

Mauricio Duarte, Especialista em Implantodontia

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APCD Regional Santo Amaro em FOCO 17

REFERêNCIAS BIBlIOgRáFICAS1. Huard c,Bessadt M, Nicola E,Veyrune JL. Geriatric slim implants for complet denture wearers: clinical aspects and

perspectives. Clin Cosmet Investig Dent 2013 Aug 28;5:63-8 Misch CE A escala da qualidade de Implante : uma avaliação clínica da saúde/doença.

2. Miisch CE Implantes dentários contemporâneos. São Paulo :Santos; 2000 cap 3. P. 21-32.

3. Parel SM, Schow SR. Early clinical experience with a new one-piece implant system in single tooth sites. J. Oral Maxillofac Surg 2005 ; 63 (suppl.); 2-10.

FIGURA 12Checagem da oclusão

FIGURA 14Prova do provisório, elemento 22

FIGURA 15Cimento Fosfato de Zinco

FIGURA 11Implante instalado

FIGURA 16Inserção do cimento no provisório

FIGURA 18Excesso de cimento removido

FIGURA 9Posicionamento do montador

FIGURA 20Vista final

FIGURA 22RX periapical

FIGURA 13Provisório e análogo dopilar de 3,5mm X 4mm

FIGURA 10Instalação de catraca

FIGURA 19Ajuste Oclusal

FIGURA 17Remoção do excesso de cimento

com a utilização do análogo

FIGURA 21RX final

ETAPA PROTéTICA:Foi confeccionado um provisório coa na cor A3, no qual foi relizado

um reembasamento direto e seu término adaptado em um análogo 3,5 X 4, na técnica de Nealon, utilizando resina autopolimerizável duralay. Após ajuste oclusal, foi cimentado com cimento de fosfato de zinco, para que o elemento permanecesse estavél durante o período de osseointegração.

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