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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL ACÚMULO DE FORRAGEM, COMPOSIÇÃO MORFOLÓGICA E VALOR NUTRITIVO EM PASTAGENS DE Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk MANEJADAS EM LOTAÇÃO CONTÍNUA Eliara Anaí de Oliveira Nova Odessa Janeiro - 2011

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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

ACÚMULO DE FORRAGEM, COMPOSIÇÃO MORFOLÓGICA E VALOR

NUTRITIVO EM PASTAGENS DE Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk

MANEJADAS EM LOTAÇÃO CONTÍNUA

Eliara Anaí de Oliveira

Nova Odessa

Janeiro - 2011

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

Acúmulo de forragem, composição morfológica e valor nutritivo em

pastagens de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk manejadas em

lotação contínua

Eliara Anaí de Oliveira Orientador: Valdinei Tadeu Paulino Co-orientador : Gustavo José Braga

Nova Odessa Janeiro, 2011

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.

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Ficha elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia Bibliotecária responsável – Ana Paula dos Santos Galletta - CRB8/7166

O45a Oliveira, Eliara Anaí de

Acúmulo de forragem, composição morfológica e valor nutritivo em pastagens de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk manejadas sob lotação contínua. / Eliara Anaí de Oliveira. Nova Odessa - SP, 2011.

72p. : il.

Dissertação (Mestrado) - Instituto de Zootecnia. APTA/SAA. Orientador: Valdinei Tadeu Paulino

1. Pastagens. 2. Pastejo simulado. 3. Capim braquiária. 4.

Valor nutritivo. 5. Pastejo contínuo. 6. Altura do dossel. I. Paulino, Valdinei Tadeu. II. Título.

CDD – 633.2

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

ACÚMULO DE FORRAGEM, COMPOSIÇÃO MORFOLÓGICA E VALOR

NUTRITIVO EM PASTAGENS DE Brachiaria decumbens STAPF. CV.

Basilisk MANEJADAS EM LOTAÇÃO CONTÍNUA

ELIARA ANAÍ DE OLIVEIRA

Orientador: Valdinei Tadeu Paulino

Co-orientador: Gustavo José Braga

Aprovado como parte das exigências para obtenção de título de MESTRE em Produção

Animal Sustentável, pela Comissão Examinadora:

Dr. Gustavo José Braga

Dra. Linda Mônica Premazzi

Dra. Maria Tereza Colozza

Data da realização: 24 de Janeiro de 2011

Presidente da Comissão Examinadora Dr. Gustavo José Braga

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À minha mãe e amiga

Maria Marcy de Moura Santos, meu maior exemplo de força, determinação e honestidade, por ter sempre me apoiado, incentivado e acreditado em mim. Pois sem seu apoio eu jamais teria chegado até aqui.

Por ser minha fortaleza.

OFEREÇO

Aos meus irmãos, Evandro e Everton,

Às cunhadas, Flávia e Francieli

E aos sobrinhos, Louisie, Julia, Luiz Felipe, Isabela e Laura,

Por todo amor, carinho, alegria, ternura, paciência e compreensão pelos momentos em que estive ausente.

DEDICO

Ao meu pai

Mauro de Oliveira, por ter participado dessa etapa comigo.

AGRADEÇO

Aos meus amigos

Pelas inúmeras vezes que estiveram dispostos a me ouvir e aconselhar. Pela prontidão em me auxiliarem nos diversos momentos da caminhada. Por serem presentes em minha vida apesar da distância.

COMPARTILHO

Aos meus mestres

Por todo conhecimento que me foi permitido compartilhar.

MINHA GRATIDÃO

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"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova

no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por

nossa conta."

Chico Xavier

“Atiraram tanta pedra em meu caminho

que com elas construí o meu altar.

A lei divina manda só fazer o bem

pros inimigos no altar eu vou rezar.

Para aqueles que só sabem

jogar pedras,como resposta,

peço a Deus pra perdoar” (Lourival dos Santos – Tião Carreiro – José Russo)

“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do

lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito”

Chico Xavier

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AGRADECIMENTOS

À Deus, primeiramente, agradeço pela oportunidade de minha existência, por

cada dia de minha vida.

Ao Instituto de Zootecnia e idealizadores do curso de Pós-graduação em

Produção Animal Sustentável, pela formação.

Ao prof. Dr. Valdinei Tadeu Paulino pela oportunidade de trabalhar em sua

equipe e orientação.

Ao Dr. Gustavo José Braga, pela paciência e ensinamentos, pela minha

iniciação na pesquisa científica, por estar sempre presente e disposto a sanar

qualquer dúvida em todas as etapas deste trabalho, desde as avaliações de campo

bem como as análises estatísticas, pelo apoio constante durante a elaboração desta,

pela forma ética com que conduziu minha co-orientação. Por estar presente nos

momentos previstos e imprevistos, minha gratidão.

As pesquisadoras Dra. Linda Mônica Premazzi, Dra Luciana Gerdes e Dra.

Maria Tereza Colozza pelas sugestões e contribuições.

Aos professores do curso de Produção Animal Sustentável pelos valiosos

ensinamentos.

Ao amigo e companheiro de trabalho Aliedson Sampaio Ferreira, pelas

discussões dos dados, pela cooperação durante a condução experimental e pelos

momentos de descontração.

Aos estagiários, Josiane A. Gonçalves, Talles Pedegoni e Adriano Luciani que

compartilharam os momentos de sol intenso e chuva nos auxiliando nas avaliações,

pela compreensão, dedicação e pelos momentos descontração.

As amigas e pesquisadoras da UPD – Brotas, Dra. Carla Cachoni Pizzolante

e Dra. Érika Salgado Politi Braga Saldanha pelo apoio imprescindível durante o

curso.

Aos amigos e funcionários da UPD Brotas, pelo auxilio nas mais diversas

formas.

As funcionárias do laboratório de Bromatologia do Instituto de Zootecnia,

Patrícia, Neuza, Carmem, Jose e Dra. Rosana Possenti pela paciência,

ensinamentos e auxilio nas análises químicas.

A secretaria da pós-graduação pela paciência e orientação durante todo o

curso.

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A minha amiga e irmã de coração, Juliana da Costa Roça pelos momentos

divididos desde a graduação, e se hoje estou nesse caminho, ela tem grande

participação, pois muito me incentivou e apoiou.

A minha amiga Ana Cecília Del Claro, por estar sempre presente apesar da

distância, pelas discussões, mesmo em áreas tão distintas e pelo auxilio e apoio

durante a elaboração deste trabalho.

Aos colegas de pós graduação pelos momentos de estudo, descontração e

amizade.

Aos meus amigos por todos os momentos divididos, sejam eles de alegria ou

não, sei que estão sempre prontos.

A minha família por todo amor, carinho, confiança e alegria que

compartilhamos.

Meu muito obrigado a cada um, que de alguma forma participou e/ou auxiliou

nessa etapa de minha vida.

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SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................ xiii

ABSTRACT.................................................................................................... xv

LISTA DE TABELAS..................................................................................... xvii

LISTA DE FIGURAS...................................................................................... xix

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 01

2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 05

2.1 A espécie Brachiaria decumbens .................................................. 05 2.1.1 Origem.................................................................................. 05 2.1.2 Características gerais .......................................................... 06 2.1.3 Potencial produtivo .............................................................. 06

2.2 Sustentabilidade da produção animal em pastagens.................... 07 2.3 Estrutura do dossel ....................................................................... 10 2.4 Valor nutritivo ............................................................................... 14

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 19

3.1 Material ......................................................................................... 19 3.1.1 Espécie vegetal .................................................................... 19 3.1.2 Local do experimento ........................................................... 19 3.1.3 Solo da área experimental ................................................... 20 3.1.4 Clima ..................................................................................... 20

3.1.4.1 Dados climáticos do período ...................................... 21 3.2 Métodos ......................................................................................... 22

3.2.1 Instalação das unidades experimentais ................................ 22 3.2.2 Fertilização ............................................................................ 22 3.2.3 Delineamento experimental e tratamentos ............................ 23 3.2.4 Imposição, manutenção e monitoramento das condições

experimentais......................................................................... 24 3.2.4.1. Altura do dossel .................................................................. 22 3.2.4.2. Desfolhação......................................................................... 24 3.2.4.3. Calibração disco x altura ..................................................... 26 3.2.4.4. Calibração disco x massa ................................................... 27 3.2.5 Período experimental ............................................................. 28 3.2.6 Acúmulo e produção de forragem .......................................... 28 3.2.7 Composição morfológica e massa de forragem ..................... 29 3.2.8 Simulação de pastejo ............................................................. 30 3.2.9 Avaliações da composição química da forragem ................... 31 3.2.10 Composição morfológica das amostras colhidas por simulação de

pastejo ................................................................................... 32 3.3 Tratamento matemático e análises dos dados ................................ 33

4. RESULTADOS ....................................................................................... 33

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5. DISCUSSÕES ......................................................................................... 51

6. CONCLUSÕES ........................................................................................ 59

7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 61

8. ANEXOS.................................................................................................... 71

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RESUMO

Acúmulo de forragem, composição morfológica e valor nutritivo em pastagens de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk manejadas em lotação contínua

O Brasil possui grande potencial de produção animal a pasto, devido a sua dimensão territorial e clima. Nos últimos anos, a altura do dossel tem sido avaliada como parâmetro central do manejo de algumas forrageiras tropicais cultivadas no Brasil, embora várias espécies importantes ainda careçam de tais informações. O gênero Brachiaria é o mais amplamente utilizado ao longo do território nacional, com destaque para a espécie B. decumbens. Para garantir a sustentabilidade do sistema é preciso definir metas de manejo, em que os limites fisiológicos das plantas e as necessidades nutricionais dos animais sejam respeitados, além de garantir viabilidade financeira para o produtor. O presente estudo foi conduzido na UPD – Brotas/SP, em uma pastagem de B. decumbens formada há mais de 20 anos, em um Neossolo Quartzarênico distrófico.No período das águas foram aplicados 250 kg ha-1 ano-1 de N e 250 kg ha-1 ano-1 de K2O, nas formas de uréia e cloreto de potássio, respectivamente, aplicados em parcelas de 50 kg de N e 50 kg de K2O. Os tratamentos foram três alturas de dossel, 10, 17,5 e 25 cm mantidas constantes sob lotação contínua. O delineamento experimental utilizado foi DIC com quatro repetições. Foram utilizadas 12 parcelas experimentais (144 m2

cada). A desfolhação foi conduzida de modo a reproduzir o regime de pastejo sob lotação contínua (mob grazing). O monitoramento da altura do dossel foi realizado em 42 pontos por parcela. As leituras foram feitas com auxílio de um disco ascendente, realizando uma medida indireta. As avaliações transcorreram de janeiro a dezembro de 2009. Periodicamente foram realizadas calibrações do disco x altura e disco x massa de forragem. O acúmulo de forragem foi medido com o auxilio de gaiolas de exclusão. A composição morfológica foi avaliada em três pontos aleatórios da unidade experimental em áreas de 0,3 m2, cortadas com roçadeira mecânica ao nível do solo e separadas manualmente, para posterior secagem em estufa. As amostras da simulação de pastejo foram coletadas pelo método “hand-plucking”. Essas amostras foram subamostradas, levadas a estufa, moídas e posteriormente, levadas ao laboratório para análises químicas. Pastagem de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk manejada em pastejo continuo, no intervalo de altura de 10 a 25 cm, não apresentou diferença de digestibilidade in vitro e acúmulo de forragem. Os pastos mais intensamente pastejados (10 cm), apresentaram os maiores teores de hemicelulose e PB, acima de 12%, e menor teor de lignina e celulose.

Palavras chave: Braquiária, Cerrado, digestibilidade, proteína bruta, simulação de pastejo

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ABSTRACT

Herbage accumulation, nutritive value and morphological composition in

Signal grass pastures at continuous grazing

Brazil has great potential for livestock grazing, but their pastures are in their great majority, in some degree of degradation because the poor technology and shortage scientific knowledge. Recently, canopy height has been evaluated as a parameter of management of some tropical grasses in Brazil, although important species still do not have that information. The Signal grass is widely used throughout the national territory. To ensure sustainability of the system is necessary to set management goals, in which the physiological limits of plants, animal nutritional requirements are respected, and ensure financial viability for the producer. The study was conducted in UPD Brotas/SP, in a Signal grass pasture implanted 20 years ago, in a Quartzipsament soil, fertilized with 250 kg.ha-1.yr-1 N and 250 kg.ha-1.yr-1 of K2O in the forms of urea and potassium chloride, respectively. The experimental design was complete randomized with four replications. The treatments were steady state sward heights of 10, 17.5 and 25 cm. Defoliations were conducted in a mob grazing that consists of fast defoliations without the permanence of animals in the paddocks (144 m2) all the time. Monitoring of canopy height was performed in 42 points per paddock. The readings were made with a rising plate, by the indirect measurements. The evaluations have elapsed from January to December 2009. Calibrations between disk x height and disk x forage mass were performed periodically. The forage accumulation was measured with exclusion cages. Morphological composition was evaluated monthly in three points of 0.30 m2 per paddock. The forage samples were collected by hand-plucking method and send to laboratory for chemical analysis. Signal grass pastures at continuous stocking, range in height from 10 to 25 cm, showed no difference in in vitro and forage accumulation. More intensively grazed pastures (10 cm), had better nutritive value, the best CP levels above 12% and lower content of lignin and cellulose.

Key words: Brachiaria, Cerrado, crude protein, digestibility, grazing simulation

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Acúmulo de forragem (kg.ha-1 de MS) de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel.........................................................................................................................35

Tabela 2 - Massa de forragem (em Kg.ha-1 de MS) de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel .......................................................................................................................36

Tabela 3 - Proporção (%) de lâminas foliares de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel ..................................................................................................................................37

Tabela 4 - Proporção (%) de colmos de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel.....................38

Tabela 5 - Proporção (%) de material morto de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel ....................................................................................................................................39

Tabela 6 - Relação folha:colmo de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel....................40

Tabela 7 - Proporção (%) de lâminas foliares de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.....................................................41

Tabela 8 - Proporção (%) de colmos de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................................42

Tabela 9 - Proporção (%) de material morto de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.....................................................42

Tabela 10 - Relação folha:colmo de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................................43

Tabela 11 - Teor (%) de proteína bruta de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................44

Tabela 12 - Teor (%) de lignina de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................................45

Tabela 13 - Teor (%) de celulose de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................................46

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Tabela 14 - Teor (%) de fibra insolúvel em detergente neutro de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.............47

Tabela 15 - Teor (%) de fibra insolúvel em detergente ácido de Brachiaria decumbens Stapf cv.Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.......................48

Tabela 16 - Teor (%) de hemicelulose de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................49

Tabela 17 - Teor (%) de matéria mineral de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo...........................................................50

Tabela 18 - Digestibilidade (%) in vitro da matéria seca de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo........................................50

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Distribuição da precipitação pluviométrica (em mm) no município de Brotas, durante o ano de 2009 e média histórica do município (1941 a 1970).........21

Figura 2 – Temperatura mínima e máxima mensal (em °C) no município de Brotas, durante o ano de 2009...............................................................................................21

Figura 3 – Balanço hídrico mensal do município de Brotas – SP..............................22

Figura 4 – Vista parcial da área experimental após uniformização em outubro de 2008............................................................................................................................23

Figura 5 - Croqui da área experimental.....................................................................24

Figura 6 – Monitoramento da altura do dossel durante o período experimental.......25

Figura 7 – Monitoramento de cada evento de pastejo realizado durante o período experimental, nas diferentes alturas de manejo.........................................................26

Figura 8 – Avaliação da altura do dossel com auxílio do disco ascendente..............27

Figura 9 – Leitura do disco ascendente dentro da gaiola para estimar massa de forragem.....................................................................................................................29

Figura 10 – Amostragem destrutiva para estimar massa de forragem e composição morfológica do dossel.................................................................................................30

Figura 11 – Simulação de pastejo para análises químicas da forragem....................31

Figura 12 – Produção de forragem em kg.ha.ano-1 de MS de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas em lotação contínua em três alturas do dossel........................................................................................................................33

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil tem sido considerado o celeiro do mundo, devido a sua grande

dimensão territorial e às condições climáticas, cenário ideal para a obtenção de

elevada produtividade na agropecuária. Apesar de todo avanço em relação ao

lançamento de novos cultivares de plantas forrageiras, da utilização de espécies

adaptadas, gerando uma vasta lista de opções para os produtores, a pecuária

nacional ainda está longe de ser uma atividade competitiva frente a outras culturas

como a cana de açúcar no estado de São Paulo, por exemplo.

As pastagens no Brasil eram formadas em sua grande maioria por espécies

nativas como capim gordura (Melinis mimutiflora), capim guiné (Panicum maximum

Jack cv Guiné). No início da década de 1970, ocorreu a introdução das espécies do

gênero Brachiaria, em especial a Brachiaria decumbens, que se adaptou muito bem

as condições do Cerrado, com solos ácidos e de baixa fertilidade. Foi ela a

responsável pela elevação da taxa de lotação de 0,25 animal.ha-1 para 1 animal.ha-1,

além de um incremento de ganho de peso de 2 a 3 vezes (MACEDO, 2002). Além

disso, cerca de 80% da produção de leite brasileira é oriunda da produção a pasto,

predominantemente em pastagens degradadas de Brachiaria (SANTOS e VILELA,

2000).

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O Cerrado ocupa uma área de mais de 200 milhões de hectares na porção

central do Brasil e engloba parte dos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, São Paulo e Tocantins,

além do Distrito Federal (SANO et al., 2008). Típico de regiões tropicais, o cerrado

apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo

de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas

de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais

denso de vegetação, de formação florestal. Ainda de acordo com Sano et al.(2008),

26,5% dessa área é ocupada por pastagens cultivadas.

Ainda hoje, o gênero Brachiaria é o mais cultivado no Brasil, principalmente

no Cerrado, onde se concentra a maior parte das pastagens cultivadas do país e

metade da produção de carne bovina. De acordo com o IBGE (2006), o Brasil

possui cerca de 169 milhões de cabeças de bovinos em 173 milhões de hectares.

Aproximadamente 30% do efetivo nacional, se encontra no bioma Cerrado, onde a

Brachiaria decumbens é uma das espécies mais difundidas, cobrindo cerca de 40

dos 56 milhões de hectares do desse bioma. (FAO).

Os baixos índices zootécnicos observados na pecuária bovina brasileira

resultam em baixa produtividade e estão diretamente ligados às condições das

pastagens, pois na produção de carne e leite, em algum momento, a pastagem é

utilizada como fonte exclusiva de alimento, sendo a maioria da carne bovina

brasileira oriunda de rebanhos mantidos exclusivamente em pastagens (FERRAZ e

FELICIO, 2010, NUSSIO, 2000). Entretanto, o manejo do pastejo é realizado de

forma empírica e carente de embasamentos técnicos e/ou científicos, pois há grande

resistência por parte do setor produtivo na difusão e adoção de novas tecnologias

(FAO), e assim o sistema de produção não se torna sustentável.

A longevidade de uma pastagem, ou a sua resistência à degradação depende

de fatores ligados ao manejo da planta forrageira, a manutenção da fertilidade do

solo, as condições climáticas, etc (NASCIMENTO JR et al., 2003). Para a

sustentabilidade dos sistemas de produção é preciso que todos os seus

componentes (solo – planta – animal) estejam em equilíbrio. Para conciliar alta

produção de forragem e perenidade do pasto com elevada produção animal, é

preciso adequar o manejo de desfolhação para que este respeite os limites de cada

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espécie forrageira. A dificuldade do manejo está no conflito que há na demanda da

planta e do animal pelo mesmo componente (folhas jovens), pois a planta necessita

de componentes com elevada capacidade fotossintética e os animais de forragem

de boa qualidade (ANDRADE, 2003). Sendo então, a interface planta:animal o ponto

crucial do manejo do pastejo.

No Brasil, a maioria dos trabalhos realizados com plantas forrageiras até o

início da presente década, não levou em consideração atributos relacionados à

planta, nem com a natureza dinâmica do ecossistema. De acordo com Briske &

Heitschimidt (1991) citados por Carvalho (2005), a estrutura de um ecossistema

pastoril é formada por componentes bióticos (plantas, animais etc) e abióticos (solos,

radiação, clima etc), sendo que a sustentabilidade do ecossistema depende do

equilíbrio destes componentes. O fluxo de energia que ocorre entre os diversos

níveis desse ecossistema, é uma de suas características mais marcante. A radiação

solar capturada pela vegetação, a eficiência com que os animais utilizam essa

vegetação e a eficiência com que a energia ingerida é convertida em crescimento

animal caracteriza o principal eixo de transferência de energia no ecossistema

pastoril. Produção e consumo não podem ser maximizados independentemente,

devendo levar em consideração o equilíbrio entre os três fluxos que ocorrem em um

pasto sob pastejo, ou seja, crescimento, consumo e senescência (NASCIMENTO JR

et al., 2003).

Diante desse quadro, há a necessidade de estudos que avaliem a estrutura

do dossel forrageiro, formulando estratégias de manejo que facilitem o processo de

colheita pelo animal e consequentemente, gerem um melhor desempenho, além de

atender as necessidades de manutenção da comunidade de plantas forrageiras. De

acordo com Nabinger (2002), é preciso primeiro capacitar-se para controlar

adequadamente a colheita de forragem pelos animais, pois somente assim se

conseguirá alcançar bons índices de produtividade animal.

Há na literatura inúmeros trabalhos com Brachiaria, em que foram utilizados

como tratamentos, variáveis que não controlam a condição do dossel, tais como:

taxa de lotação, doses de fertilizantes, períodos de descanso em dias fixos,

dificultando a comparação entre os resultados obtidos (DA SILVA e PEDREIRA,

1997).

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No entanto, nessa visão “moderna” do manejo do pastejo, a Brachiaria

decumbens ficou esquecida, ignorando-se que a mesma ainda está presente em

grande área, principalmente nas regiões que abrangem o bioma Cerrado, tido como

principal produtor de carne bovina nacional. Há de se considerar a susceptibilidade

dessa espécie ao ataque das cigarrinhas das pastagens (Deois incompleta, Deois

flavopicta, entre outras), porém quando bem manejada, monitorando as condições

do dossel, para que não haja sobra de forragem e nem superpastejo sua

resistência à esta praga é consideravelmente aumentada. (COSTA et al., 2005).

Talvez, suas limitações não sejam exatamente quanto ao potencial da espécie, e

sim devido ao manejo incorreto aplicado a mesma, oriundo da falta de conhecimento

técnico atualizado.

Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o valor

nutritivo, o acúmulo de forragem e a composição morfológica de Brachiaria

decumbens em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de

dossel.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A espécie Brachiaria decumbens

No início da década de 1970, ocorreu no Brasil a introdução das espécies do

gênero Brachiaria, em especial a Brachiaria decumbens, que se adaptou muito bem

as condições do Cerrado, com solos ácidos e de baixa fertilidade. Foi ela a

responsável pela elevação da taxa de lotação de 0,25 animal.ha-1 para 1 animal.ha-1,

além de um incremento de ganho de peso de 2 a 3 vezes (MACEDO, 2002).

2.1.1 Origem

Nativa da África Oriental e da África Central, com altitudes variando de 500 a

2.300 m, incluindo os territórios do Burundi, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Uganda e

Zaire. Difundida nos trópicos e sub-trópicos, o potencial forrageiro da Brachiaria

decumbens foi reconhecido pela primeira vez cerca de 40 anos atrás, principalmente

em nichos ecológicos restritos da Austrália tropical. Todo o seu potencial foi

descoberto mais recentemente, quando vários cultivares derivados diretamente da

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ocorrência natural de germoplasmas, foram amplamente semeados na América

tropical (TROPICAL FORAGES, 2010).

2.1.2 Características gerais

A Brachiaria decumbens é perene, tem rizomas curtos, colmos eretos, pouco

ramificados, perfilhando intensamente e emitindo raízes adventícias nos nós. As

folhas são glabras e pubescentes, com bainhas roliças e pouco persistentes e as

lâminas são pouco agudas (ALCÂNTARA, 1988). A espécie cresce em uma ampla

gama de tipos de solo, incluindo aqueles de baixa fertilidade, baixo pH (até pH 3,5) e

alta saturação por alumínio. Seu sistema radicular possui raízes mais finas do que

outras espécies de Brachiaria, o que lhe confere absorção superior de P e N do solo.

No entanto, é menos cultivada em solos argilosos sujeitos ao alagamento. Cultivada

nas regiões tropicais úmidas e subtropicais quentes com chuvas geralmente 1.000

a3.000 mm, mas com uma estação seca de até 5 meses. Permanece mais verde na

estação seca, quando comparada a B. brizantha. Muito tolerante ao pastejo intenso.

A área foliar diminui, mostrando um pouco de terra nua em condições de baixa

precipitação, mas os estolões persistem. Persistente em cortes regulares, embora

quando muito frequentes, resulta em crescimento prostrado que dificulta a colheita

(TROPICAL FORAGES, 2010).

Ainda de acordo com Macedo (2002), é tolerante à baixa fertilidade, mas

responde fortemente a fertilizantes nitrogenados e fosfatados. Possui boa cobertura

do solo, crescimento agressivo e hábito decumbente resultando em pouca

compatibilidade com espécies de folha larga. Possui valor nutritivo moderadamente

alto (similar a outras gramíneas tropicais), mas muito dependente do estado de

fertilidade do solo. Digestibilidade e consumo de intermediário para alto (50-80%),

composição química bastante variável (PB 9 a 20%), dependendo da fertilidade e

manejo do solo, mas pode diminuir rapidamente com a idade da folha, similar ao que

ocorre com a aceitabilidade pelos animais (TROPICAL FORAGES, 2010).

2.1.3 Potencial produtivo

O rendimento de MS da B. decumbens é elevado sob adubação elevada, em

torno de 10 t.ha.ano-1 de MS já foram registradas. Em trabalhos no Pantanal foram

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relatados rendimentos nos dois primeiros anos de 17,6 t.ha-1, ou seja, maior

rendimento no primeiro ano e rendimentos semelhantes, em torno de 10 a 12 t.ha-1,

nos quatro anos seguintes. Porém a produção reduz drasticamente na estação seca.

(TROPICAL FORAGES, 2010; CRISPIM et al., 1998)

A B. decumbens pode proporcionar elevada produção animal, desde que as

pastagens sejam adubadas (até 1.300 kg.ha-1ano-1 ganho de peso), devido à alta

produtividade de forragem e capacidade de suportar elevadas taxas de lotação. No

Cerrado brasileiro, com taxas de lotação de 2,5 cabeças.ha-1, 340 kg.ha.ano-1 de

ganho de peso vivo foram registrados. Em solos mais férteis, com uma participação

razoável de leguminosas, os ganhos individuais de 450 a 600 g.cabeça.dia-1 para

bovinos e 400 a 600 kg.ha.ano-1, são relatados (TROPICAL FORAGES, 2010).

A B. decumbens ofertada a bovinos jovens, ovinos e caprinos pode causar

fotossensibilização, ainda que a prevalência parece estar fortemente relacionado ao

meio ambiente. (TROPICAL FORAGES, 2010).

A braquiária ainda hoje é um dos capins mais plantados em nosso país,

sendo usado na cria, recria e engorda dos animais. Desde que seja bem manejado,

apresenta boa produção de matéria seca e eficiência na cobertura do solo. Crispim

et al., (1998) cita produções de MS superiores a 10 t.ha.ano-1, com eficiência de

cobertura do solo de 98% para a B. decumbens.

2.2 Sustentabilidade da produção animal em pastagens

Há divergências no conceito do que é sustentável ou sustentabilidade, que

parece ser algo em construção, pois tem sofrido alterações ao longo do tempo.

Sustentável provém da palavra latina “sustinere”, e significa “manter vivo”,

“defender”. O atual conceito de sustentabilidade teve várias versões. Em 2002, em

Joanesburgo, durante a Cimeira da Terra, foram-lhe conferidas três dimensões, que

se mantém atualmente. Uma dimensão econômica, uma social e outra ecológica, em

que a econômica representa a abordagem central, seguindo-se concentricamente, a

abordagem social e mais externamente, a ecológica, sendo esta a dimensão

agregadora (WIKIPÉDIA, 2010).

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A demanda de alimentos impulsionada pelo crescimento da população,

juntamente com a necessidade de preservação ambiental e restrição a abertura de

novas áreas para exploração agropecuária, tem exigido aumento de eficiência no

uso da terra e produtividade maior em áreas cada vez menores, visando assim,

reduzir a emissão de gases do efeito estufa pela agricultura e pecuária. Porém, isso

só se torna possível, com informações geradas pela pesquisa cientifica, fornecendo

opções de técnicas que diminuam custos e aumentem a capacidade produtiva

(CERRI et al., 2009).

Existe a necessidade de melhorar a eficiência do sistema como um todo, pois

a demanda por produtos ecologicamente corretos é cada vez maior. O mercado

consumidor tem se tornado altamente exigente, não somente em termos de

sanidade animal, mas de toda a cadeia produtiva em si. Desde o ambiente em que o

animal foi criado, que tipo de alimentação e tratamento recebeu, entre outras

exigências.

O chamado “boi verde” ou “boi de capim” (“grass-fed beef”), nome dado ao

animal criado exclusivamente a pasto, tem um filão de mercado bastante

interessante nesse aspecto. Nesse sistema há redução dos custos de produção

(CARVALHO et al., 2009, FERRAZ e FELICIO, 2010), dos impactos ambientais,

além da geração de um produto mais saudável, com qualidade nutricional elevada.

Esses animais, além de terem seus hábitos respeitados, tem um baixo custo de

produção, quando comparado ao sistema Norte Americano, Australiano e de alguns

países europeus, que são baseados em sistemas de confinamento, gerando maior

ônus financeiro e ambiental, devido à necessidade do uso de mão de obra e

maquinário, tornando o sistema nacional extremamente competitivo (DALEY et al.,

2010, NUREMBERG et al., 2005).

Ainda dentre os potenciais da produção do “boi verde”, pode-se citar que uma

pastagem bem manejada contribui para a conservação dos solos, evitando

processos erosivos, e promovendo o sequestro de carbono atmosférico, pois de

acordo com BRAGA (2010) os fatores que aumentam o estoque de C em solos onde

estão estabelecidas pastagens, são os mesmos que garantem maior produtividade,

rentabilidade e consequentemente a sustentabilidade do sistema de produção.

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No Brasil, principalmente na região centro-oeste, onde se concentra a maior

parte do gado bovino destinado à produção de carne, a pecuária é caracterizada

pela produção extensiva com baixa tecnologia. Não por menos, cerca de 80% das

pastagens cultivadas nos Cerrados apresentam algum grau de degradação,

acarretando problemas sociais, econômicos e ambientais (BARCELLOS et al.,

2001), além de estar diretamente relacionado a sustentabilidade da produção animal

em pastagens (MACEDO, 2000).

A baixa disponibilidade de forragem, associada a sazonalidade de produção e

baixo valor nutritivo da forragem ofertada, são fatores recorrentes, aumentando o

ciclo produtivo dos animais presentes nesse sistema. No entanto, é preciso que essa

concepção extrativista e tradicionalista (DA SILVA e PEDREIRA, 1997) seja deixada

de lado, os pastos devem ser vistos como culturas pelos pecuaristas, e não

estabelecidos somente em áreas impróprias, e ainda assim exigir produção de

grande quantidade de forragem, e de bom valor nutritivo a baixo custo (DA SILVA,

1995). O pecuarista precisa encarar a sua propriedade como empresa rural,

realizando planejamento, vislumbrando metas e, consequentemente, bom retorno

financeiro, tornando a atividade pecuária competitiva frente a outras culturas.

Analisando esse contexto, é compreensível que poucos anos após a sua

implantação, grande parte das pastagens já se encontram em algum grau de

degradação, pois são ausentes as práticas de correção e fertilização de solos em

áreas onde são cultivadas pastagens, fato agravado pelas limitações físico-químicas

dos solos tropicais, além dos possíveis erros no manejo do pastejo (LUPINACCI,

2002). Como resultado, a pecuária nacional, em linhas gerais, é exercida de forma

amadora, onde os resultados de produtividade e rentabilidade alcançados não são

suficientes para garantir a longevidade e a sustentabilidade da atividade.

No entanto, há necessidade de uma reestruturação do setor produtivo e do

reconhecimento de que o manejo de pastos deve ser feito como a condução ou o

manejo de outra cultura qualquer, respeitando suas exigências e singularidades.

Tem grande importância nessa reestruturação a mudança de atitude com relação ao

monitoramento e acompanhamento da produção pecuária baseada em pastagens,

observando as necessidades e adequando a rotina da fazenda, tornando o

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monitoramento das pastagens a base do processo de planejamento e tomada de

decisões (SBRISSIA; DA SILVA; NASCIMENTO JR., 2007).

A transformação desse quadro de baixo desempenho exige da comunidade

cientifica esforço no sentido de elucidar as questões acerca do manejo de pastagens

tropicais. Cabe a ela definir estratégias para o melhor aproveitamento dessas

pastagens, através do ajuste da colheita no ponto de maior produção de massa de

forragem, com adequado valor nutritivo, favorecendo alto desempenho animal.

Porém, isso tudo deve, irrevogavelmente, passar pelo entendimento de seu

comportamento morfológico e fisiológico quando submetidos ao pastejo direto pelos

animais (GONÇALVES, 2002). Apresentando aos pecuaristas, uma maneira prática

e simplificada de realizar o monitoramento do dossel.

2.3 Estrutura do dossel

As plantas forrageiras ao longo de sua evolução desenvolveram mecanismos

de resistência ao pastejo como forma de sobrevivência e perpetuação da espécie.

Essa resistência é função de dois mecanismos básicos que são combinados de

maneira específica e possuem importância relativa e variável para cada espécie

forrageira, determinando sua plasticidade fenotípica e flexibilidade de uso. São eles

os mecanismos de preterimento ou escape e de tolerância (BRISKE, 1996).

Em sistemas de produção animal em pasto onde se busca o equilíbrio entre

adaptação e persistência da planta forrageira e elevados níveis de produtividade

animal, as plantas forrageiras preconizadas seriam aquelas de elevado acúmulo de

matéria seca, possibilitando altas taxas de lotação e produção de forragem de

elevado valor nutritivo, além de ampla capacidade de adaptação às condições de

ambiente variáveis. Para tanto, o acúmulo de forragem deve ser preferencialmente

de folhas relativamente a colmos e material morto, favorecendo o consumo

voluntário e, consequentemente, o desempenho animal. As plantas forrageiras do

gênero Brachiaria se encaixam nesse perfil, pois tem boa adaptação a solos ácidos

e de média fertilidade e possuem capacidade para elevada produção de forragem

(GIMENES, 2010).

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Para a obtenção do produto animal desejado, são relacionadas três etapas de

transformação da energia capturada a partir da luz solar, que estão interligadas. O

crescimento é caracterizado pela captura da energia luminosa proveniente do sol e

sua transformação em energia química, constituinte dos tecidos vegetais, através da

fotossíntese, tendo baixa eficiência (CARVALHO, 2005), apenas 45% da energia

solar incidente estão no espectro disponível para a fotossíntese. Há também a

restrição de outros fatores abióticos, as limitações hídricas, por exemplo. Diante

desse quadro, apenas um pequeno percentual de energia solar é absorvido pela

vegetação, algo em torno de 1 a 3% somente.

A utilização é o processo intermediário, e de grande interesse, pois é o mais

facilmente controlado pelo homem, correspondendo ao processo de colheita da

forragem produzida pelos animais em pastejo (DA SILVA e CORSI, 2003). Momento

ímpar da interface planta:animal, pois há os mecanismos de resistência ao pastejo

por parte da planta e da necessidade de suprimento alimentar, por parte dos animais

(CARVALHO et al., 2006). A conversão é a etapa final, onde a energia contida na

forragem é convertida em produto animal, e assim como a etapa inicial do processo,

possui baixa eficiência em uso da energia. Pois os animais ingerem apenas parte da

biomassa vegetal produzida, mesmo porque boa parte dela está indisponível aos

animais (abaixo do solo). Além disso, em torno de 10% da energia consumida pelos

animais é perdida em forma de fezes, urina e metano, reduzindo a energia

disponível para o crescimento (CARVALHO, 2005).

Vislumbrando essas etapas, e suas eficiências, fica claro que é na utilização

que se tem a maior oportunidade de intervir no processo e melhorar a sua eficiência,

através da manipulação e domínio do processo produtivo (SBRISSIA e DA SILVA,

2001). Isso se torna possível, prioritariamente, por meio do controle e monitoramento

contínuo e concomitante da estrutura do dossel forrageiro e do processo de pastejo.

Características estruturais do dossel forrageiro como altura, massa de

forragem e índice de área foliar tem elevada correlação com as respostas tanto de

plantas como de animais. Portanto, permitem que metas de pasto definidas a partir

dessas características estruturais possam ser utilizadas para controle e

monitoramento do processo de pastejo em condições de campo (DA SILVA e

CORSI, 2003).

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A necessidade de se monitorar a estrutura do dossel advém da grande

amplitude de informações que essa revela, explicando respostas de plantas e

animais à estratégia de pastejo. pois, em termos de produção animal, a quantidade

de alimento disponível não basta para expressar seu potencial de produção. É

preciso que esta apresente apreensibilidade, uma vez que o consumo é fator

limitante. Algumas características estruturais do dossel estão associadas à facilidade

de apreensão, entre elas a altura do dossel, densidade de forragem, disposição

espacial dos tecidos vegetais preferidos, etc (CARVALHO, 2005).

Entretanto, foi sob rígido controle da estrutura do dossel que Bircham e

Hodgson (1983), descreveram o acúmulo de forragem como resultado líquido de

dois processos concomitantes e antagônicos (crescimento e senescência). E a partir

de então, estabeleceu-se uma amplitude relativamente grande de condições de

pasto, que correspondiam a uma grande variação de estratégias de manejo, em que

o acúmulo de forragem seria mantido, devido a compensações entre tamanho, área

foliar e densidade de perfilhos. Surge então, o conceito de desenvolver práticas de

manejo do pastejo baseadas em metas de condição do pasto (sward targets) como

forma de assegurar a otimização dos processos de acúmulo e consumo de forragem

pelos animais (HODGSON, 1985).

Cada evento de desfolhação representa um distúrbio ao crescimento da

planta e interfere na sua habilidade competitiva dentro da comunidade. As respostas

das plantas forrageiras à desfolhação podem ser vistas como estratégias de

recuperação e manutenção do equilíbrio dinâmico do processo de acúmulo de

forragem, maximizando esforços para um maior crescimento. Num pasto, a

desfolhação não afeta uma única planta, e sim todas ao redor, modificando o

ambiente luminoso e a concorrência por luz. Nesse contexto, o hábito seletivo do

animal ao pastejar, caracterizado pela remoção de espécies e/ou partes de plantas,

afeta e determina a competitividade das diferentes plantas dentro da comunidade,

interferindo no valor nutritivo e na quantidade de forragem produzida (LEMAIRE,

2001).

Dentre as pesquisas atuais, há grande numero de trabalhos avaliando

componentes da estrutura do dossel para diversas espécies forrageiras tropicais

(GONÇALVES, 2002; LUPINACCI, 2002; ANDRADE, 2003; CARNEVALLI, 2003;

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BUENO, 2003; SARMENTO, 2003; BARBOSA, 2004; MOLAN, 2004; SBRISSIA,

2004; FAGUNDES et al., 2005; SARMENTO, 2007; SOUZA JUNIOR, 2007;

TRINDADE, 2007; ZEFERINO, 2007; GIACOMINI, 2007; FLORES et al., 2008;

GALBEIRO, 2009; GIACOMINI et al., 2009a; GIACOMINI et al., 2009b; SBRISSIA et

al., 2010; PEQUENO, 2010) e relacionando-os com parâmetros facilmente

monitorados pelos pecuaristas, como a altura do dossel, e há grande coesão dos

resultados obtidos.

Decisões de manejo baseadas nas condições (estrutura) do dossel

apresentam um melhor efeito sobre a manipulação do desempenho tanto de

animais, como de plantas. Pois é através do monitoramento dessas estruturas que

se garante condições mínimas para a reestruturação da pastagem após eventos de

desfolhação, por exemplo, controlando o IAF remanescente. Também por esse

meio, pode ser realizado controle da qualidade do alimento a ser oferecido, como

maior proporção de folhas, favorecendo a apreensão (tamanho do bocado, taxa de

bocado etc), permitindo selecionar a categoria animal que será utilizada para melhor

eficiência de utilização, entre outras.

O uso de metas de manejo do pastejo como a altura do dossel que determina

o momento ideal de entrada e saída de animais do piquete em lotação intermitente

ou a amplitude de altura em que os pastos podem ser mantidos em lotação contínua

tem sido apresentado de maneira análoga a estádios fenológicos de culturas anuais

que determinam momento ideal de tratos culturais, adubação etc. Isso se deve às

características do dossel que apresentam relação consistente com respostas

produtivas, tanto da planta forrageira como dos animais (HODGSON, 1990). Porém,

cada espécie tem sua amplitude de condições de pasto (altura, massa de forragem,

IAF) específica, dentro da qual a produção de forragem varia pouco (SBRISSIA,

2004).

Segundo Hodgson (1990), os animais respondem mais consistentemente a

variações na altura do dossel do que na massa de forragem. Esse fato é bem

evidenciado em estudos de plantas forrageiras de clima temperado, quando ocorre

aumento da altura do dossel, o consumo e o desempenho animal também

aumentam, desde que o valor nutritivo da forragem ingerida seja mantida,

proporcionando incremento no consumo individual e no desempenho de diversas

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categorias de animais. Tal fato também tem sido observado em forrageiras de clima

tropical, onde animais mantidos em pastos mais altos apresentaram melhor

desempenho do que aqueles mantidos em pastos com menor altura, apesar desses

apresentarem valor nutritivo ligeiramente superiores (ANDRADE, 2003).

De acordo com Hodgson (1990), a chance de um componente preferido ser

selecionado será menor se ele estiver distribuído na base da pastagem ou misturado

com outros componentes do que se ele estiver no estrato superior. Pode-se concluir,

portanto, que duas características estruturais das pastagens influem de forma

fundamental na seleção da dieta pelo animal em pastejo, a altura e a disposição

horizontal dos seus componentes. Para Maxwell e Treacher (1987) a altura do

relvado afeta o consumo de forragem e o desempenho animal. O consumo aumenta

com o aumento da altura do pasto, até um patamar que se mantém constante.

Porém, as alturas de manejo devem estar sempre ajustadas ao estádio fenológico

da planta e as estações do ano, pois mantendo os pastos mais baixos em

determinadas épocas é possível diminuir a emissão de hastes reprodutivas, que

reduzem, temporariamente, a produtividade dos pastos e a digestibilidade da

forragem, pois o perfilho reprodutivo cessa sua produção de folhas.

Nesse contexto, propostas que visem definir estratégias de manejo do pastejo

devem, prioritariamente, ter como base o controle e a manipulação de

características específicas do pasto num estado de equilíbrio dinâmico (“steady

state”), ou que haja controle da variação de sua estrutura (HODGSON, 1985; DA

SILVA e PEDREIRA, 1997). Esse controle pode ser realizado através de ajustes na

altura do dossel forrageiro (ANDRADE, 2003).

2.4 Valor nutritivo

O valor nutritivo é um termo utilizado para quantificar a presença e a

disponibilidade dos nutrientes nos alimentos requeridos pelos animais, podendo ser

utilizado, em parte, para predizer a produtividade animal (COLEMAN e HENRY,

2002). A produção animal em sistemas de pastejo exclusivo é determinada pelo

consumo e pela disponibilidade de matéria seca tendo como parâmetro mais

importante na avaliação de pastagens o seu valor nutritivo, que apresenta alta

correlação com a produção animal (NOLLER et al., 1997). A qualidade de um

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alimento depende da disponibilidade, concentração e eficiência de absorção de

nutrientes e do consumo voluntário. Para as plantas forrageiras, o valor nutritivo é

determinado pela sua composição química, principalmente pelos teores de proteína

bruta (PB) e fibra insolúvel em detergente acido (FDA), responsáveis pela

digestibilidade da matéria seca (MOTT, 1970).

A qualidade da forragem é um dos aspectos básicos determinantes da

eficiência da utilização da pastagem. É influenciada pela espécie e pela cultivar,

pelas propriedades químicas e físicas do solo, pelas condições climáticas, pela

idade fisiológica e pelo manejo a que a forrageira é submetida. E em se tratando de

forragem, sua qualidade é bastante dependente do consumo, e esse se relaciona

com alterações na taxa de degradação e de passagem do alimento pelo rúmen

(POPPI et al., 1987). Tais fatores operam limitados pela capacidade física do rúmen,

pela digestibilidade da forragem e por alguns fatores estruturais do dossel, que

podem dificultar a colheita em maior ou menor intensidade, restringindo o consumo

pelos animais. Em situações de pastejo, o mais comum é encontrar condições onde

a estrutura do dossel atua como principal fator limitante do consumo, relegando a

composição química da forragem ao segundo plano (CARVALHO et al., 2006). A

eficiência da utilização de forrageiras só poderá ser alcançada pelo entendimento

desses fatores e pela sua manipulação adequada de modo a possibilitar tomadas de

decisões objetivas sobre manejo de maneira a maximizar a produção animal.

O ambiente onde o animal realiza o processo de pastejo possui um grau

elevado de complexidade, originado das interações entre seus componentes e os

fatores atuantes, os quais variam no tempo e no espaço. Se, por um lado, em

sistemas em que os animais são criados confinados o desempenho é praticamente

exclusividade da concentração de nutrientes que é oferecida na dieta, no ambiente

pastoril são as variáveis associadas ao processo de pastejo que explicam e

determinam as variações no desempenho animal. Isto revela as dificuldades que os

animais enfrentam para obter alimento e atender as suas necessidades nutricionais

quando em pastejo (BRISKE e HEITSCHMIDT, 1991 citado por CARVALHO et al.,

2007).O processo de utilização e colheita da forragem pelos animais em pastejo

(quantidade e valor nutritivo) é função da interface planta:animal, determinante e

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condicionadora das relações de causa e efeito entre as práticas de manejo do

pastejo e desempenho animal (SARMENTO, 2003).

Como os animais pastejam seletivamente forragem verde e folhas da posição

superior em relação ao material mais envelhecido e caule, em condições de

disponibilidade moderada a alta (relação forragem tenra/forragem envelhecida

relativamente maior), a qualidade da forragem da dieta é superior à qualidade média

da forragem disponível na pastagem. E, em condições de disponibilidade limitada, a

qualidade média da forragem estará próxima à qualidade da dieta, em razão da

redução no pastejo seletivo e da menor relação forragem tenra/forragem

envelhecida (ARNOLD, 1989). Com disponibilidade limitada, de forma a reduzir a

ingestão e o consumo.

Os resultados de diversos experimentos mostram que os estratos superiores

das pastagens são, geralmente, mais digestíveis que os estratos inferiores. Quanto

às espécies tropicais, estas possuem níveis inferiores a 50% de matéria orgânica

digestível na porção basal da pastagem e 70% nos estratos superiores,

basicamente, formados, por folhas (MANNETJE e EBERSOHN, 1980). De acordo

com Stobbs (1973), a porcentagem de proteína bruta e a digestibilidade in vitro da

matéria orgânica são maiores na porção superior e nas folhas do que nas camadas

inferiores ou colmos da planta. Portanto, se a pressão de pastejo for muito alta,

acarretará em baixa disponibilidade de forragem e, conseqüentemente, o animal terá

de ingerir maior porção da planta com menor digestibilidade. Desta forma, o ganho

por animal é menor, pois, com a menor qualidade do alimento ingerido, o consumo

deve ficar limitado (BRYANT et al., 1970).

Diante desse quadro, há dificuldade em se estimar o real valor nutritivo do

alimento ingerido pelos animais. A simulação do pastejo realizada manualmente é

uma opção prática e de baixo custo, podendo ser utilizada para tal, pois estudos

como o de Euclides et al., (1992) validam a técnica.

Características químicas da planta forrageira, como elevadas concentrações

de lignina na parede celular, comprometem a digestibilidade da matéria seca e a alta

concentração de parede celular limita o consumo pelos bovinos. Apesar de

representar a maior parte da matéria seca das forrageiras e constituir-se na maior

fonte de energia para ruminantes sob regime de pastejo, freqüentemente menos de

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50 % da parede é prontamente digestível e utilizada pelo animal (PACIULLO, 2000).

A ingestão e a digestibilidade da MS da forragem são atributos-chave que

determinam a produção animal em pastejo (MINSON, 1990).

Alguns autores têm analisado a hipótese das limitações físicas à digestão.

Neste caso, a anatomia da planta, especificamente o tipo de arranjo das células nos

tecidos, a proporção de tecido e espessura da parede celular desempenham

importante papel sobre a digestão de gramíneas forrageiras, tanto quanto, ou até

mais que a composição da parede celular (WILSON e MERTENS, 1995).

A digestibilidade de uma forrageira está relacionada a sua composição

bromotalógica e, também a sua composição histológica. Segundo Brito et al. (1997)

essa digestibilidade relaciona-se também com os diferentes tipos e porcentagens de

tecidos e seus órgãos e com a idade da planta, permitindo diferenciação nutricional

de espécies e cultivares. No entanto, maiores quantidades de tecidos vasculares

lignificados e esclerenquimáticos proporcionam menores taxas de digestibilidade

(RODELLA, 1982). Com o envelhecimento das plantas ocorre espessamento e

lignificação das paredes celulares, principalmente na região dos feixes vasculares.

Este fenômeno foi relacionado com a redução das áreas de digestão dos tecidos

(HANNA et al., 1973). Segundo Paciullo (2000) a digestibilidade apresenta

acentuada redução com o aumento da idade, evidenciando que o estádio de

desenvolvimento é o mais importante fator a influenciar o valor nutritivo das plantas

forrageiras.

A anatomia da folha influencia não só a produção de forragem, mas também

seu valor nutritivo e o desempenho animal. Os tecidos vegetais apresentam

potencial de digestão diferenciados, sendo que a proporção de tecidos interfere no

valor nutritivo de gramíneas forrageiras (BRITO et al., 1999). Em termos gerais, as

células do mesofilo e as do floema de parede celular delgada são rapidamente

digeridas. Dos tecidos do colmo, apenas o parênquima, em estádio inicial de

desenvolvimento, e o floema são rapidamente digeridos, sendo o xilema, a epiderme

e o esclerênquima praticamente indigestíveis. A digestibilidade do parênquima

decresce à medida que a forrageira se desenvolve (AKIN, 1989).

A época da colheita da forragem, deve estar relacionada ao estágio de

desenvolvimento da planta e consequentemente ao seu valor nutritivo. Colheitas de

plantas mais velhas implica na colheita de alimento com baixa proporção de

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carboidratos solúveis e de baixa digestibilidade, devido ao aumento da relação

caule:folha, que parece ser o principal fator de perda de qualidade da planta com a

maturação (CORSI, 1990).

É sabido que os animais são seletivos no momento da alimentação, mas para

que haja a oportunidade de seleção, é preciso que uma quantidade mínima de

forragem esteja disponível, possibilitando a ingestão de uma dieta de melhor valor

nutritivo que a da forragem ofertada. Ao mesmo tempo, é preciso garantir uma

qualidade mínima dessa forragem ofertada, sendo que alimentos com baixa

digestibilidade da matéria seca podem provocar uma diminuição do consumo, pelo

enchimento ruminal e saciedade física do animal.

Portanto, quando o objetivo é atingir elevada produção animal, se faz

necessário o monitoramento do dossel, para garantir que a pastagem atenda as

necessidades dos animais em quantidade e qualidade.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Material

3.1.1 Espécie vegetal

A espécie objeto de estudo nesse trabalho é classificada no reino Plantae, filo

Magnoliophyta; classe Liliopsida, ordem Cyperales, família Poaceae (alt.

Gramineae), subfamília Panicoideae, tribo Paniceae, espécie Brachiaria decumbens

Stapf. Essa espécie também é denominada Urochloa decumbens, Signal grass,

Surinam grass, Surinamgras, Australiana, Braquiária, Braquiária comum, Braquiária

de alho, Capim braquiária, Decumbens e Braquiarinha.

3.1.2 Local do experimento

O estudo foi realizado na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) de

Brotas – SP, pertencente ao Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos

Agronegócios do Centro-Oeste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

(APTA), localizado a 22°16’ de latitude sul e 48°70’ de longitude oeste, com altitude

de 650 metros.

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A vegetação típica do município de Brotas se divide em extensões

interioranas da Mata Atlântica localizadas nas escarpas da cuesta, cerrados e

cerradões no reverso da cuesta, e matas galerias que seguem os cursos d´água

(PREFEITURA MUNICIPAL DE BROTAS, 2011). Sendo que a área onde está

localizada a UPD possui características de cerrado.

3.1.3 Solo da área experimental

O solo da área experimental é classificado como Neossolo

Quartzarênico distrófico (EMBRAPA, 1999), contendo 9% de argila, 33% de areia

fina, 57% de areia grossa e 1% de silte . Quanto às propriedades químicas, possui

na camada de 0 a 20 cm, 6 mg dm-3 de Presina, 6 mmolc dm-3 de Ca, 4 mmolc dm-3 de

Mg, 0,8 mmolc dm-3 de K, 28 mmolc dm-3 de H+Al, 17 g dm-3 de matéria orgânica,

saturação por bases (V) de 28% e pH (CaCl2) igual a 4,2 e quanto aos micronutrientes,

0,18 mg dm-3 de B, 0,3 mg dm-3 de Cu, 88 mg dm-3 de Fe, 2,4 mg dm-3 de Mn e 0,8

mg dm-3 de Zn.

3.1.4 Clima

Segundo a classificação climática de Koeppen, baseada em dados

mensais pluviométricos e termométricos, o estado de São Paulo abrange sete tipos

climáticos distintos, a maioria correspondente a clima úmido. A parte central do

Estado, onde está localizado o município de Brotas é classificado como Cwa,

caracterizado pelo clima tropical de altitude, com chuvas no verão e seca no inverno,

com a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C.

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3.1.4.1 Dados climáticos do período

Figura 1. Distribuição da precipitação pluviométrica (em mm) no município de

Brotas, durante o ano de 2009 e média histórica do município (1941 a 1970).

Figura 2. Temperatura mínima e máxima mensal (em °C) no município de

Brotas, durante o ano de 2009.

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Fonte: Departamento de Física e Meteorologia ESALQ - USP

Figura 3. Balanço hídrico mensal do município de Brotas - SP

3.2 Métodos

3.2.1 Instalação das unidades experimentais

O experimento foi conduzido numa pastagem de Brachiaria decumbens

Stapf. cv. Basilisk formada há mais de 20 anos. Em outubro de 2008, após

uniformização da área experimental com roçadeira mecânica a uma altura de corte

de 5 cm, foi feita correção da acidez do solo com calcário dolomítico para elevar a

saturação por bases para 50%. Após a uniformização também foram aplicados 100

kg P2O5 ha-1 na forma de superfosfato simples. A área foi divida em 12 parcelas e

sorteada a ordem dos tratamentos, e a partir de então, iniciou o monitoramento da

altura do dossel em todas as unidades experimentais, sendo que os pastos de

alturas inferiores atingiram mais rapidamente a altura de pastejo, iniciando assim a

imposição dos tratamentos.

3.2.2 Fertilização

Durante as avaliações foram aplicados 250 kg ha-1 ano-1 de N e 250 kg

ha-1 ano-1 de K2O, nas formas de uréia e cloreto de potássio, respectivamente,

aplicados em doses de 50 kg de N e 50 kg de K2O, prioritariamente no período das

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águas. No dia 24 de dezembro de 2008 foi feita a primeira aplicação de nitrogênio na

área experimental. Para isso foram aplicados 250 kg.ha-1 da fórmula 20-05-20

(NPK), o equivalente a 50 kg.ha-1 de N e 50 kg.ha-1 de K2O. As demais aplicações

foram realizadas nas seguintes datas, 7 de fevereiro, 10 de março, 4 de maio e 24

de setembro de 2009, totalizando 250 kg.ha-1 de cada um dos nutrientes acima

citados.

Figura 4. Vista parcial da área experimental após uniformização em outubro

de 2008.

3.2.3 Delineamento experimental e tratamentos

Os tratamentos foram três alturas de dossel, 10, 17,5 e 25 cm, mantidas

constantes sob lotação contínua. O delineamento experimental foi inteiramente

casualizado com quatro repetições (Figura 5). Foram utilizadas 12 parcelas

experimentais de 12 m x 12 m (144 m2 cada), delimitadas por cerca elétrica, com

porteiras de acesso para cada unidade experimental, totalizando uma área útil de

1728 m2. Para contenção dos animais na área de circulação foi utilizada cerca de

arame farpado.

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Porteira

Figura 3. Croqui da área experimental

Figura 5 – Croqui da área experimental

3.2.4 Imposição, manutenção e monitoramento das condições

experimentais

3.2.4.1 Altura do dossel

O monitoramento da altura do dossel foi realizado em 42 pontos por parcela

experimental. As leituras foram feitas com auxílio de um disco ascendente,

realizando uma medida indireta. Essas avaliações ocorreram a cada três ou quatro

dias, no período de maior crescimento da planta (águas) e uma vez na semana no

período de menor temperatura e precipitação (Figura 6).

12

25 cm

(4)

10 cm (3)

17,5 cm (2)

17,5 cm (1)

25 cm (6)

17,5 cm

(5)

10 cm

(7)

17,5 cm (8)

10 cm (12)

10 cm (11)

25 cm (9)

12 m

12 m

25 cm (10)

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De acordo com esses dados, assim que fosse atingida a amplitude de altura

máxima permitida (20% para cada uma das alturas determinadas), os animais eram

levados a área experimental para realização do pastejo.

Cada pastejo, entretanto, foi planejado de modo a perdurar não mais que uma

hora. O tempo de pastejo foi distinto para as diferentes alturas, sempre um período

maior para a menor altura, em torno de 30 a 40 minutos. Para rebaixar a altura do

dossel foram utilizados bovinos machos cruzados. Quando não estavam sendo

utilizados, os animais permaneceram em área reserva adjacente ao local do

experimento.

Figura 6. Monitoramento da altura do dossel durante o período experimental.

3.2.4.2 Desfolhação

A desfolhação foi conduzida de modo a reproduzir o regime de pastejo sob

lotação contínua, embora os animais não tenham sido mantidos todo o tempo nas

parcelas experimentais (mob grazing). Os pastejos foram realizados dentro de uma

amplitude de variação que não ultrapassou 11% para as alturas de 10, 17,5 e 25 cm,

pois o coeficiente de variação durante o período experimental foi 11,0%, 8,6% e

10,5%, respectivamente (Figura 6), e os animais foram conduzidos aos piquetes

sempre que as metas de altura ultrapassaram a faixa de amplitude (Figura 7). Ao

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mesmo tempo, o pastejo foi efetuado respeitando os limites mínimos da altura

pretendida.

Figura 7. Monitoramento de cada evento de pastejo realizado durante o

período experimental, nas diferentes alturas de manejo.

3.2.4.3 Calibração disco ascendente x altura

Foram realizadas calibrações entre a altura da pastagem medida com o

auxílio de uma folha de acetato e régua graduada, e com o disco ascendente (Figura

8), nas diferentes épocas, sendo oito delas no período de maior crescimento da

pastagem e quatro no outono e inverno, totalizando doze calibrações durante o

período experimental.

Em cada parcela experimental foram selecionados áreas de mínima, média e

máxima altura, e em cada uma dessas áreas, num mesmo ponto, era feita a leitura

da altura, primeiro com a transparência e depois com o disco ascendente.

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Figura 8. Avaliação da altura do dossel com o auxílio do disco ascendente

Após a tabulação dos dados foram geradas as equações de regressão linear,

para as diferentes épocas, sendo considerado x a leitura obtida com o disco

ascendente e y a altura (em cm) medida com auxílio da transparência de acetato e

bastão graduado. Para o verão, encontrou-se a seguinte equação y=0,6015x + 3,094

(R2=0,96), para o outono y=0,6146x + 1,733 (R2=0,98), para o inverno y=0,5779x +

4,4992 (R2=0,9635) e para a primavera y=0,5605x + 4,1829 (R2=0,94), sendo que

os valores do coeficiente de determinação foram bastante satisfatórios, portanto

optou-se pelo uso de uma equação para cada época. Essas equações foram

utilizadas para a transformação dos dados obtidos através da leitura do disco

ascendente para altura em centímetros.

3.2.4.4 Calibração disco ascendente x massa de forragem

Assim como para a altura, foram realizadas calibrações periódicas para

massa de forragem, sendo realizada a leitura com o disco ascendente e posterior

corte das áreas selecionadas, totalizando oito calibrações durante o período, sendo

duas no outono/inverno e as demais nas estações de maior crescimento.

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Para cada unidade experimental foram coletadas duas amostras, sendo elas

selecionadas como ponto de mínima e máxima massa forragem, que após leitura

com o disco ascendente foram cortadas com roçadeira mecânica ao nível do solo,

armazenadas em sacos plásticos e levadas ao laboratório para pesagem,

subamostragem e secagem em estufa de ar forçado por 72 horas a 60ºC, e pesadas

novamente.

Portanto, para cada leitura do disco, havia uma massa de forragem

correspondente, pois gerou-se um conjunto de dados, que após tabuladosderam

origem às equações de regressão linear. Sendo encontrado para o verão y=70,793x

+ 521,41 (R2=0,82), onde y é a massa de forragem (em kg.ha-1) obtida através do

corte com a roçadeira mecânica em uma área de 0,3 m2 e x é a leitura com o disco

ascendente correspondente a mesma área. Para o inverno, encontrou-se y=74,63x +

933,55 (R2=0,76), para o outono y=89,538x + 292,1 (R2=0,95) e para a primavera

y=95,064x + 209,54 (R2=0,94).

3.2.5 Período experimental

As avaliações tiveram início em janeiro de 2009, momento em que todos os

tratamentos haviam atingido a altura desejada e transcorreram até dezembro de

2009, perfazendo um total de doze meses de avaliações.

3.2.6 Acúmulo e produção de forragem

O acúmulo de forragem foi estimado com o uso de gaiolas de exclusão,

conforme a equação: AF = MF f – MF i, sendo: AF = acúmulo de forragem; MF f =

massa de forragem final, sob três gaiolas circulares de 0,9 m de diâmetro e 1,5 m de

altura cada, no último dia de exclusão (21º dia), nos períodos de maior crescimento,

sendo que no período menos favorável, esse período ultrapassou 40 dias; MF i =

massa dentro das gaiolas, por ocasião de sua colocação (1º dia). A massa de

forragem foi estimada com o auxílio do disco ascendente (Figura 9). Sendo todas as

avaliações conduzidas da mesma forma.

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Figura 9. Leitura do disco ascendente dentro da gaiola para estimar acúmulo

de forragem

A partir da tabulação dos dados coletados, foram geradas taxas de acúmulo

(em kg.ha.dia-1), utilizando-se das equações geradas pelas calibrações entre as

leituras do disco ascendente e massa de forragem nas diferentes épocas, citadas

anteriormente (ver item 3.2.4.4). E então realizada a extrapolação de valores para a

quantidade de dias referente às diferentes estações do ano (90 dias), durante o

período experimental, gerando dados em kg.ha. A produção de forragem anual foi

obtida através da soma do acúmulo obtido em cada época.

3.2.7 Composição morfológica e massa de forragem

A composição morfológica foi avaliada em três pontos aleatórios da unidade

experimental em áreas de 0,3 m2. O material foi colhido rente ao solo (Figura 10),

acondicionado em sacos plásticos e levado ao laboratório. Foi realizada a pesagem

do material total coletado nas três subamostragens, para posterior calculo de massa

de forragem e separado manualmente nas frações lâmina foliar, haste + bainha foliar

e material morto. Após a separação o material foi acondicionado em bandejas

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metálicas e levados à estufa de circulação forçada de ar por 72 h a 60o C. As

avaliações da composição morfológica foram realizadas uma vez a cada mês, assim

como as avaliações de massa de forragem, com exceção dos meses de agosto e

setembro. Portanto, a média do inverno contempla somente a avaliação realizada

em julho.

Figura 10. Amostragem destrutiva para estimar massa de forragem e composição

morfológica do dossel.

3.2.8 Simulação de pastejo

Para a obtenção das amostras de forragem para análise do valor nutritivo foi

utilizado o método de simulação de pastejo proposto por Sollenberger e Cherney

(1995). De acordo com os mesmos, esse é o método de coleta que mais se

aproxima do que o animal está consumindo. As amostras foram coletadas pelo

método “hand-plucking”, segundo o qual a forragem é colhida manualmente após

observação prévia do hábito de pastejo dos animais (Figura 11). Foram coletadas

aproximadamente 500 gramas de forragem fresca por unidade experimental.

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Figura 11. Simulação de pastejo para análises químicas da forragem

O material coletado foi acondicionado em sacos plásticos e levado ao

laboratório para pesagem e feita uma subamostragem para fins de separação

morfológica. O restante da amostra foi levada à estufa de circulação forçada de ar

por 72 h a 60o C, e após a secagem foi moída em moinho tipo Wiley com peneira de

abertura de 1 mm e encaminhado ao laboratório de Bromatologia do Instituto de

Zootecnia, em Nova Odessa para a realização das análises químicas.

As amostras foram coletadas em todas as parcelas num mesmo dia,

mensalmente, com exceção do mês de setembro. Ao final do período experimental,

foram realizadas 11 amostragens. Portanto, as médias do inverno contemplam

apenas os meses de julho e agosto.

3.2.9 Avaliação da composição química da forragem

Para correção do teor de matéria seca (MS), cada amostra de cada parcela,

foi pesada e colocada em estufa a 100o C por 12 horas (Silva, 1998). Para

determinação da matéria mineral (MM), as amostras foram pesadas, em duplicata, e

incineradas em mufla a 600o C por 3 horas, segundo AOAC, descrito por Silva

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(1998). Os valores de proteína bruta (PB) foram determinados pelo método Micro

KJEDAHL, a fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA),

celulose (CEL), hemicelulose (HEM) e lignina (LIG) segundo o método de Van Soest

et al. (1991), descrito por Silva (1998). A digestibilidade in vitro da matéria seca

(DIVMS) foi obtida de acordo com o método de dois estágios segundo Tilley e Terry

(1963), também descrito em Silva (1998).

3.2.10 Composição morfológica das amostras colhidas por simulação de

pastejo

Após a subamostragem, realizada a partir do material coletado por simulação

de pastejo, foi procedida a separação manual nas frações lâmina foliar, colmo +

bainha foliar e material morto. Na sequência, o material foi acondicionado em

bandejas metálicas e levado a estufa de circulação forçada de ar por 72 h a 60o C e

pesados novamente, para posterior cálculo da participação de cada componente na

amostra coletada.

3.3 Tratamento matemático e análises dos dados

Os dados foram separados por épocas durante o ano, sendo considerado

como verão o período de janeiro a março, o outono de abril a junho, o inverno de

julho a setembro e a primavera de outubro a dezembro. Os resultados foram

analisados pelo programa estatístico SAS (SAS, 1999). Foi realizada análise de

variância em medidas repetidas no tempo, utilizando-se o Proc Mixed, exceto para

os dados de produção de forragem total, que não possuem medidas repetidas no

tempo, foi utilizado o Proc GLM. Os tratamentos foram comparados pelo Lsmeans, e

ajustados para o teste Tukey (5%).

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4. RESULTADOS

A produção de forragem da altura 25 cm não diferiu significativamente da

altura 10 cm (P=0,0937) e diferiu da altura de 17,5 cm (P=0,0183). Entretanto, as

alturas 10 cm e 17,5 cm (Figura 12) não diferem entre si (P=0,5650).

Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si (P>0,05). Coeficiente de variação CV% = 10,85. Figura 12. Produção de forragem em kg.ha.ano-1 de MS de Brachiaria decumbens

Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

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Houve efeito de época do ano (P< 0,0001), altura do dossel (P=0,0047) e

interação época x altura (P=0,0090) para o acúmulo de forragem. No verão ocorreu

o maior acúmulo em todas as alturas, seguido pela primavera, pelo outono e inverno

que não diferiram entre si. Somente na primavera, a altura 25 cm apresentou

acúmulo superior (Tabela 1) às demais, as quais não diferiram entre si.

Tabela 1. Acúmulo de forragem (kg.ha-1 de MS) de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

kg.ha-1de MS Verão 8.218Aa

(306,9) 6.976Aa (306,9)

7.771Aa (306,9)

7.655

Outono 1.913BCa (306,9)

1.718Ca (306,9)

2.212Ca (306,9)

1.947

Inverno 670Ca (306,9)

859Ca (306,9)

1.412Ca (306,9)

980

Primavera 3.231Bb (306,9)

3.311Bb (306,9)

5.314Ba (306,9)

3.952

Média 3.508 3.216 4.177 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A massa de forragem diferiu entre as alturas do dossel (P<0,0001), sendo

encontrada a maior massa no tratamento de 25 cm de altura, sucedido pelo de 17,5

cm e 10 cm apresentando o menor valor (Tabela 2). Houve também o efeito de

época do ano (P=0,0017), destacando o outono com a maior massa de forragem.

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Tabela 2. Massa de forragem média (em kg.ha-1 de MS) de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

kg.ha-1 Verão 1.280,8 2.840,0 4.151,0 2.763,3B

(±88,46) Outono 1.427,8 3.101,5 4.582,5 3.037,3A

(±88,46) Inverno 1.166,8 2.683,8 4.334,8 2.728,4B

(±88,46) Primavera 1.173,0 2.433,8 4.305,8 2.637,5B

(±88,46) Média 1.266,6c

(±110, 27) 2.764,8b (±110, 27)

4.343,5a (±110,27)

Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Na proporção de lâminas foliares da composição morfológica, houve efeito de

tratamento (P<0,0001), época (P<0,0001) e interação entre tratamento x época

(P=0049). O tratamento 10 cm foi superior aos demais em todas as épocas, sendo

que 17,5 cm e 25 cm não diferiram entre si, exceto na primavera que a altura 25 cm

foi inferior as demais (Tabela 3). Entre as épocas, as que apresentaram maior

proporção de lâminas foliares foram o verão e a primavera, exceto o tratamento 25

cm que na primavera não diferiu do outono e inverno.

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Tabela 3. Proporção (%) média de lâminas foliares de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 50,2Aa

(±1,68) 36,7Ab (±1,68)

34,7Ab (±1,68)

40,5

Outono 35,8Ba (±1,68)

23,8Bb (±1,68)

20,0Bb (±1,68)

26,5

Inverno 40,7Ba (±1,68)

26,4Bb (±1,68)

24,2Bb (±1,68)

30,4

Primavera 51,0Aa (±1,68)

36,7Ab (±1,68)

23,0Bc (±1,68)

36,9

Média 44,4 30,9 25,4 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A proporção de colmos da composição morfológica foi significativa para época

(P<0,0001, tratamento (P=0,0002) e apresentou interação entre época x tratamento

(P=0,0003), sendo que no verão o tratamento 10 cm apresentou o menor valor

(Tabela 4), no outono o tratamento 25 cm não diferiu estatisticamente de 10 cm e

17,5 cm, sendo que estes diferiram entre si. No inverno e na primavera não foi

encontrada diferença entre os tratamentos. No verão houve maior proporção de

colmos para todas as alturas, exceto nos pastos mantidos a 10 cm, onde o mesmo

não diferiu da primavera. Para a altura de 17,5 cm, o verão foi seguido pela

primavera e outono, que não diferiram entre si, e o inverno foi caracterizado pela

menor proporção nestes pastos. Já para os pastos com 25 cm de altura, o verão foi

seguido pela primavera, contudo, outono e inverno não diferiram entre si, sendo as

épocas de menor proporção de colmos para a maior altura.

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Tabela 4. Proporção (%) média de colmos de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 28,8Ab

(±1,25) 37,3Aa (±1,25)

42,8Aa (±1,25)

36,3

Outono 15,0Bb (±1,25)

22,1BCa (±1,25)

21,0Cab (±1,25)

19,4

Inverno 15,6Ba (±1,25)

16,9Ca (±1,25)

15,4Ca (±1,25)

15,9

Primavera 25,2Aa (±1,25)

26,4Ba (±1,25)

29,4Ba (±1,25)

27,0

Média 21,1 25,7 27,2 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Houve diferença significativa entre épocas (P<0,0001), alturas (P=0,0002) e

interação época do ano x altura (P=0,0094) para a proporção de material morto da

composição morfológica. No verão e no outono os tratamentos não diferiram entre si

(Tabela 5), no entanto, no inverno e na primavera a altura 10 cm apresentou valores

menores que os demais, que não diferiram entre si. No entanto, as menores

proporções de material morto foram observadas no verão e na primavera, que não

diferiram entre si, para todas as alturas, seguidas pelo outono e inverno, que

também não apresentaram diferença estatística.

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Tabela 5. Proporção (%) média de material morto de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 21,0Ba

(±2,60) 26,0Ba (±2,60)

22,6Ba (±2,60)

23,2

Outono 49,2Aa (±2,60)

54,1Aa (±2,60)

59,0Aa (±2,60)

54,1

Inverno 43,7Ab (±2,60)

56,8Aa (±2,60)

60,5Aa (±2,60)

53,7

Primavera 23,8Bb (±2,60)

36,9Ba (±2,60)

47,6Ba (±2,60)

36,1

Média 34,41 43,4 47,4 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Houve diferença significativa na relação folha:colmo para época (P<0,0001),

altura (P<0,0001) e interação época x altura (P=0,0120). No verão, outono e inverno

a altura 10 cm apresentou a maior relação folha:colmo, diferindo das demais alturas

(Tabela 6). Na primavera, 10 cm de altura se manteve como a maior relação,

diferindo de 17,5 cm, e a menor relação foi caracterizada na altura 25 cm, que

também diferiu das demais alturas. Quando comparadas as épocas dentro de cada

altura, em 10 cm, o outono e inverno apresentaram a maior relação, não diferindo

entre si, seguidos pela primavera que não diferiu do outono, e posteriormente pelo

verão, que não diferiu da primavera, período em que foi maior a presença de

colmos. Entretanto, observando 17,5 cm de altura, a maior relação folha:colmo é

encontrada no inverno, porém não difere do outono e nem da primavera. E ambos

também não diferem do verão, época de menor proporção de folhas em relação a

colmos. Já a altura 25 cm, o inverno é caracterizado com maior participação de

folhas em detrimento a colmos, diferindo das demais épocas, porém primavera,

verão e outono não diferem entre si.

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Tabela 6. Relação folha:colmo de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

Verão 1,8Ca

(±0,11) 1,0Bb (±0,11)

0,8Bb (±0,11)

1,2

Outono 2,4Aba (±0,11)

1,1ABb (±0,11)

1,0Bb (±0,11)

1,5

Inverno 2,7Aa (±0,11)

1,6Ab (±0,11)

1,6Ab (±0,11)

1,9

Primavera 2,1BCa (±0,11)

1,4ABb (±0,11)

0,8Bc (±0,11)

1,4

Média 2,2 1,3 1,0 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Para a composição morfológica da simulação de pastejo as laminas foliares

foram significativamente diferentes as épocas (P<0,0001), alturas (P=0,0008) e

interação época x altura (P<0,0001). No verão, a altura 10 cm obteve maior

proporção de lâminas foliares. No outono e inverno as alturas não diferiram entre si.

E na primavera a altura 25 cm diferiu das demais apresentando o menor valor. Na

altura 25 cm, o inverno e primavera apresentaram maior proporção de lâminas

foliares (Tabela 7), diferindo do verão e outono, diferentemente do que ocorreu com

a altura 17,5 cm, que demonstra maior proporção na primavera, seguida pelo

inverno, já o verão e o outono não diferiram entre si. Nos pastos mantidos a 10 cm

de altura, a primavera se mantém com a maior proporção, porém é seguida pelo

verão e inverno que não diferem entre si e posteriormente o outono, com a menor

proporção.

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Tabela 7. Proporção (%) média de lâminas foliares de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 73,7Ba

(±1,22) 63,5Cb (±1,22)

57,3Bb (±1,22)

64,8

Outono 64,5Ca (±1,22)

60,8Ca (±1,22)

58,9Ba (±1,22)

61,4

Inverno 72,3Ba (±1,22)

73,5Ba (±1,22)

76,6Aa (±1,22)

74,1

Primavera 81,4Aa (±1,22)

79,2Aa (±1,22)

72,4Ab (±1,22)

77,7

Média 73,0 69,2 66,3 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A proporção de colmos da simulação de pastejo foi significativamente

diferente para época (P<0,0001), altura (P<0,0001) e interação época x altura

(P<0,0001). No verão, a altura 25 cm apresentou maior proporção de colmo (Tabela

8), seguida pela altura de 17,5 cm e com menor valor 10 cm de altura. No outono e

inverno as proporções não diferiram entre si. Na primavera, o pasto com 25 cm de

altura não diferiu do de 17,5 cm e foi superior ao de 10 cm, sendo que o de 10 cm de

altura não diferiu do de 17,5 cm. Em todos os tratamentos o verão foi a época de

maior proporção de colmos. Para os pastos mantidos a 10 cm, o verão foi seguido

pela primavera e outono que não diferiram entre si, e posteriormente pelo inverno,

que também não apresentou diferença significativa em relação ao outono. Porém

para as alturas 17,5 e 25 cm, o verão foi seguido da primavera e outono, que não

diferiram entre si e o inverno diferiu das demais estações apresentando a menor

proporção de colmos.

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Tabela 8. Proporção (%) média de colmos de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 21,4Ac

(±0,94) 32,7Ab (±0,94)

39,1Aa (±0,94)

31,0

Outono 11,5BCa (±0,94)

15,0Ba (±0,94)

15,6Ba (±0,94)

14,0

Inverno 9,6Ca (±0,94)

9,3Ca (±0,94)

9,5Ca (±0,94)

9,4

Primavera 14,4Bb (±0,94)

16,2Bab (±0,94)

19,9Ba (±0,94)

16,8

Média 14,2 18,3 21,0 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

No pastejo simulado houve diferença significativa do material morto para

época (P<0,0001) e interação época x altura (P=0,0136). O outono foi a época em

que ocorreu a maior proporção de material morto (Tabela 9), seguido pelo inverno. A

primavera e o verão apresentaram os menores valores. Não houve diferença entre

as alturas estudadas.

Tabela 9. Proporção (%) média de material morto de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 4,9Ca

(±0,58) 3,9Ca (±0,58)

3,7Ca (±0,58)

4,18

Outono 24,0Aa (±0,58)

24,3Aa (±0,58)

25,5Aa (±0,58)

24,6

Inverno 18,2Ba (±0,58)

17,3Ba (±0,58)

14,0Ba (±0,58)

16,5

Primavera 4,2Ca (±0,58)

4,6Ca (±0,58)

7,7Ca (±0,58)

5,5

Média 12,8 12,5 12,7 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

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Os resultados para a relação folha:colmo do material coletado por simulação

de pastejo foi altamente significativa para época (P>0,0001), altura (P<0,0001) e

interação época x altura (P=0,0012). No verão e outono, a altura 10 cm destacou-se

com maior relação (Tabela10), diferindo das demais alturas. No entanto, no inverno

não houve diferença significativa entre as alturas, e na primavera, a altura 10 cm se

manteve com a maior relação, porém não diferiu da 17,5 cm, e 25 cm apresentou a

menor proporção de folhas, porém não diferiu de 17,5 cm de altura. No entanto, as

épocas apresentaram o mesmo comportamento para as diferentes alturas

estudadas, sendo o inverno caracterizado pela maior relação folha:colmo, seguido

pelo outono e primavera, que não diferem entre si. E o verão apresentou os menores

valores.

Tabela 10. Relação folha:colmo de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

Verão 3,5Ca

(±0,27) 2,0Cb (±0,27)

1,5Cb (±0,27)

2,3

Outono 5,6Ba (±0,27)

4,1Bb (±0,27)

3,8Bb (±0,27)

4,5

Inverno 7,6Aa (±0,27)

8,0Aa (±0,27)

8,1Aa (±0,27)

7,9

Primavera 5,7Ba (±0,27)

5,0Bab (±0,27)

3,7Bb (±0,27)

4,8

Média 5,6 4,7 4,3 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Os teores de proteína bruta apresentaram diferenças significativas para época

(P<0,0001) e interação época x tratamento (P=0,0092). No verão, a altura do dossel

de 10 cm obteve maior valor (Tabela 11), diferindo das demais alturas que não

diferiram entre si . Nas demais épocas, não houve diferença na porcentagem de

proteína bruta entre as alturas. Na altura 10 cm as épocas não diferiram entre si.

Para as demais alturas (17,5 cm e 25 cm), no inverno o teor de proteína foi maior,

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seguido pelo verão e primavera, que não diferiram estatísticamente do inverno. O

outono, apresentou o menor valor, porém não diferiu do verão e da primavera.

Tabela 11. Teor (%) médio de proteína bruta de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 12,7Aa

(±0,18) 11,6BCb (±0,18)

11,4BCb (±0,18)

11,9

Outono 12,1Aa (±0,40)

10,2Ca (±0,40)

10,7Ca (±0,40)

11,0

Inverno 12,3Aa (±0,49)

12,6Aba (±0,49)

12,9Aba (±0,49)

12,6

Primavera 12,6Aa (±0,51)

11,6BCa (±0,51)

10,8BCa (±0,51)

11,7

Média 12,4 11,5 11,5 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Os teores de lignina foram significativamente diferentes para época

(P<0,0001), altura (P=0,0010) e interação época x altura (P= 0,0003). A altura 10

cm, no verão, apresentou valor inferior a 25 cm e não diferiu de 17,5 cm, porém,

17,5 cm não diferiu da altura 25 cm. No outono, a altura 10 cm diferiu das demais,

denotando menor teor de lignina. No inverno e na primavera não houve diferença

entre as alturas (Tabela 12). Para a altura de dossel de 10 cm, somente na

primavera o teor de lignina diferiu dos demais, apresentando o menor valor. Já a

altura de 17,5 cm, obteve o menor valor na primavera, seguida pelo inverno e depois

verão e outono, que não diferiram entre si. Para a altura de 25 cm, primavera e

inverno não diferiram entre si, apresentando os menores valores, seguidos pelo

outono, que não diferiu do inverno, e posteriormente pelo verão, onde foi encontrado

o maior teor de lignina.

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Tabela 12. Teor (%) médio de lignina de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 3,6Ab

(±0,07) 4,1Aba (±0,07)

4,2Aa (±0,07)

4,0

Outono 3,7Ab (±0,07)

4,2Aa (±0,07)

3,8Ba (±0,07)

3,9

Inverno 3,7Aa (±0,07)

3,8Ba (±0,07)

3,5BCa (±0,07)

3,7

Primavera 3,2Ba (±0,07)

3,3Ca (±0,07)

3,3Ca (±0,07)

3,3

Média 3,6 3,9 3,7 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A porcentagem de celulose diferiu significativamente entre época (P<0,0001),

altura (P=0,0012) e interação época x altura (P=0,0002). No verão, 10 cm de altura

apresentou o menor teor de celulose, diferindo das demais (Tabela 13). No

outono,10 cm manteve o menor teor, porém não diferiu de 25 cm, e este não diferiu

da altura de 17,5 cm, que apresentou o maior valor. E no inverno e primavera, as

porcentagens de celulose foram semelhantes entre as alturas. Na altura de 10 cm,

verão e primavera não diferiram entre si e apresentaram os maiores valores.

Seguidos do outono, que não diferiu da primavera. E posteriormente, pelo inverno,

que apresentou menor valor, porém não diferiu do outono. Já para a altura de 17,5

cm, o verão apresentou maior porcentagem de celulose, seguido pelo outono e

primavera que não diferiram entre si, e com o menor valor, o inverno que não diferiu

significativamente da primavera. Para a altura de 25 cm, o verão apresentou o maior

valor, seguido do outono e primavera, e com o menor valor o inverno.

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Tabela 13. Teor (%) médio de celulose de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 27,3Ab

(±0,30) 28,9Aa (±0,30)

30,1Aa (±0,30)

28,8

Outono 25,3BCb (±0,30)

26,9Ba (±0,30)

26,3Bab (±0,30)

26,2

Inverno 24,6Ca (±0,30)

25,1Ca (±0,30)

24,1Ca (±0,30)

24,6

Primavera 26,1ABa (±0,30)

26,2BCa (±0,30)

27,2Ba (±0,30)

26,5

Média 25,8 26,8 26,9 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Os níveis de fibra em detergente neutro (FDN) apresentaram diferença

altamente significativa para época (P<0,0001) e interação época x altura (P<0,0001).

No verão, a altura 25 cm apresentou o maior valor de FDN, diferindo das demais

alturas (Tabela 14). No outono e primavera os valores não diferiram entre si para as

diferentes alturas. E no inverno, a altura de 25 cm diferiu das demais, apresentando

a menor porcentagem de FDN. Para as alturas de 10 e 17,5 cm a primavera

destacou-se como a época com maior valor de FDN, diferindo das outras épocas.

No entanto, para a altura de 25 cm, a primavera continuou a ser o maior valor,

seguida pelo verão e após o outono e inverno, que não diferiram entre si.

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Tabela 14. Teor (%) médio de fibra insolúvel em detergente neutro de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 65,6Bb

(±0,39) 66,1Bb (±0,39)

67,6Ba (±0,39)

66,4

Outono 65,0Ba (±0,39)

66,3Ba (±0,39)

64,6Ca (±0,39)

65,3

Inverno 65,7Ba (±0,39)

65,4Ba (±0,39)

63,2Cb (±0,39)

64,8

Primavera 70,7Aa (±0,39)

70,7Aa (±0,39)

70,8Aa (±0,39)

70,7

Média 66,8 67,1 66,6 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Houve diferença significativa no teor de fibra insolúvel em detergente ácido

(FDA) para época (P<0,0001), altura (P=0,0008) e interação época x altura

(P<0,0001). No verão, a altura 10 cm diferiu das demais, apresentando o menor

valor de FDA (Tabela 15). No outono e inverno, 10 cm de altura foi inferior a de 17,5

cm e não diferiu de 25 cm, porém a altura 17,5 cm não diferiu de 25 cm. Entretanto,

na primavera todas as alturas demonstraram valores semelhantes entre si. Na altura

10 cm, o verão foi a época com maior porcentagem de FDA, diferindo das demais.

Para a altura de 17,5 cm, o verão apresentou o maior valor, seguido pelo outono e

posteriormente pelo inverno e primavera que não diferiram entre si. Já para a altura

de 25 cm, o verão continuou a ser a época com valor superior, porém seguido do

outono e primavera que não diferiram entre si, restando o menor valor para o

inverno.

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Tabela 15. Teor (%) médio de fibra insolúvel em detergente ácido de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 31,9Ab

(±0,26) 33,6Aa (±0,26)

34,8Aa (±0,26)

33,5

Outono 29,7Bb (±0,26)

31,7Ba (±0,26)

30,6Bab (±0,26)

30,7

Inverno 29,3Bb (±0,26)

29,7Ca (±0,26)

28,4Cab (±0,26)

29,2

Primavera 30,2Ba (±0,26)

30,1Ca (±0,26)

30,8Ba (±0,26)

30,3

Média 30,3 31,3 31,2 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A porcentagem de hemicelulose diferiu significativamente nas diferentes

épocas (P<0,0001) e alturas (P=0,0008). O maior valor foi encontrado na altura de

10 cm, seguida pela de 17,5 e posteriormente pela altura de 25 cm (Tabela 16). A

primavera destacou-se como a época com maior porcentagem de hemicelulose na

gramínea estudada, seguida pelo inverno e outono, enquanto o verão apresentou o

menor valor.

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Tabela 16. Teor (%) médio de hemicelulose de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 33,7 32,5 32,8 33,0D

(±0,15) Outono 35,3 34,6 33,9 34,6C

(±0,15) Inverno 36,4 35,7 34,8 35,3B

(±0,15) Primavera 40,5 40,6 40,1 40,4A

(±0,15) Média 36,5a(±0,13) 35,8b(±0,13) 35,4c(±0,13)

Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

Houve diferença altamente significativa na porcentagem de matéria mineral

para época (P<0,0001), altura (P<0,0001) e interação época x altura (P<0,0001). A

altura de dossel de 10 cm demonstrou valores superiores das demais alturas nas

diferentes épocas do ano (Tabela 17), exceto no inverno, quando a porcentagem de

matéria mineral não diferiu entre as alturas. Para a altura 10 cm, a primavera e o

verão apresentaram os maiores valores, seguidos pelo inverno e depois outono.

Porém, para 17,5 cm de altura, a primavera obteve a maior porcentagem, seguida

pelo verão e inverno que não diferiram entre si, e outono com menor valor. Em

relação a altura de 25 cm, a primavera e o inverno não diferiram entre si, com a

maior porcentagem, seguidos do verão e inverno, respectivamente, com os menores

valores.

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Tabela 17. Teor (%) médio de matéria mineral de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 7,4Aa

(±0,10) 6,3Bb (±0,10)

6,1Bb (±0,10)

6,6

Outono 6,2Ca (±0,10)

5,5Cb (±0,10)

5,6Cb (±0,10)

5,8

Inverno 6,9Ba (±0,10)

6,6Ba (±0,10)

6,5Aa (±0,10)

6,6

Primavera 7,6Aa (±0,10)

6,9Ab (±0,10)

6,7Ab (±0,10)

7,1

Média 7,0 6,3 6,2 Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

A digestibilidade in vitro foi diferente apenas para época (P<0,0001). No verão

a planta forrageira apresentou o maior valor de digestibilidade (Tabela 18) e nas

demais épocas a digestibilidade não diferiu.

Tabela 18. Digestibilidade (%) média in vitro da matéria seca de Brachiaria decumbens Stapf cv. Basilisk, em pastagens manejadas sob lotação contínua em três alturas de dossel, em amostras coletadas por simulação de pastejo.

Época Altura

Média 10 cm 17,5 cm 25 cm

(%) Verão 66,2 65,8 63,1 65,0A

(±0,71) Outono 59,5 57,1 59,1 58,5B

(±0,71) Inverno 60,9 61,2 60,9 61,0B

(±0,71) Primavera 60,6 59,1 60,4 60,0B

(±0,71) Média 61,8a

(±0,61) 60,8a (±0,61)

60,9a (±0,61)

Médias na mesma linha, seguidas da mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,05). Médias na mesma coluna, seguidas da mesma letra maiúscula não diferem entre si (P>0,05). Valores entre parênteses indicam o erro padrão da média.

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5. DISCUSSÕES

A produção de forragem observada nos pastos de B. decumbens foi de

aproximadamente 14, 13 e 17 t.ha.ano-1 de MS (Figura 6), para as alturas 10, 17,5 e

25 cm, respectivamente, valores superiores ao relatado por Goedert et al. (1988) de

5 a 12 t.ha.ano-1 de MS como potencial de produção da espécie, superior também

ao apresentado por Fagundes et al. (2005), que trabalhou com diferentes doses de

adubação nitrogenada, sendo que em dosagem semelhante, de 250 Kg de N.ha-1, a

produção foi de aproximadamente 10 t.ha.ano-1.

Foi intensa a estacionalidade da produção ao longo do experimento,

concentrando no período das águas (primavera e verão) a maior produção, em torno

de 80% (Tabela 1), e os 20% restantes no período seco (outono e inverno),

concordando com o encontrado por diversos autores para o mesmo gênero

(CARVALHO et al., 2006; ANDRADE, 2003; COSTA et al., 2005)

Os pastos de Brachiaria decumbens, mantidos em diferentes alturas

apresentaram acúmulo de forragem semelhante para o verão, outono e inverno,

exceto na primavera, confirmando o encontrado por Sbrissia (2004) para o capim

Marandu, Pequeno (2010) para o capim Xaraés, e corrobora com o relatado por

Bircham e Hodgson (1983) em plantas de clima temperado, pois com o aumento da

altura, concomitantemente há aumento da senescência.. No entanto, o

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pasto mantido a 25 cm no final do período experimental (primavera) apresentou

acúmulo superior aos demais (Tabela 1), indicativo de que ao passar dos anos sua

produção poderia superar os demais.

Apesar de apresentarem acúmulos semelhantes, as massas de forragem

encontradas foram distintas para cada altura estudada (Tabela 2), aumentando

conforme o acréscimo da altura, com média de 1267, 2765 e 4344 kg.ha-1, para 10,

17,5 e 25 cm respectivamente, concordando com o exposto na literatura, e já

amplamente estudado (PEQUENO, 2010; BRAGA et al., 2009; DA SILVA e CUNHA,

2003), sofrendo também grande variação durante o ano, ou seja, os pastos mantidos

mais altos oferecem maior oportunidade de seleção, pois disponibilizam maior

quantidade de alimento por área.

A intensidade de pastejo 10 cm apresentou maior percentagem de laminas

foliares na composição morfológica em todas as épocas (Tabela 3), sendo que na

primavera, as proporções foram distintas entre todas as alturas estudadas. O verão

e a primavera foram as épocas com maior proporção de lâminas, devido às

condições climáticas (umidade, temperatura e luminosidade) propícias ao

crescimento das plantas. A proporção de colmos período de maior proporção foi o

verão seguido da primavera (Tabela 4), o que foi coincidente com o florescimento da

planta, ocorrendo os primeiros perfilhos reprodutivos em meados de janeiro,

aumentando gradativamente até atingir o pico em março e abril, e voltando a dar

sinais na ultima quinzena de dezembro. Fato que corrobora com o encontrado por

Moraes et al. (2010) trabalhando com a mesma espécie, onde observaram maior

proporção de colmos no período de fevereiro a abril. Entretanto, o florescimento

observado foi mais acentuado nos piquetes que sofreram pastejos menos intenso

(Figuras 12 e 14), fato confirmado pela menor proporção de colmos observadas para

o tratamento 10 cm no verão e outono.

Já para o material morto, o outono e o inverno apresentaram a maior

proporção (Tabela 5), concordando com Moraes et al. (2010), que justificou tal fato

pelas condições climáticas desfavoráveis ao crescimento da planta. Morales (1998),

ressaltou ainda que é possível que a B. decumbens antecipe a morte de perfilhos e

a redução da área foliar pela aceleração da senescência das folhas mais velhas com

o objetivo de limitar sua superfície transpirante e retardar o agravamento da

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deficiência hídrica. Na intensidade 10 cm a proporção de material morto foi menor

que as demais no inverno e na primavera, tal fato pode ser devido a maior massa

de forragem observada nos pastos de maior altura, pois essa quando senesce forma

uma densa camada próxima ao solo, que devido as condições menos favoráveis tem

degradação mais lenta formando uma macega, o que não ocorre nos pastos de

menor altura. Isto pode ter influenciado a percentagem de material morto, uma vez

que a amostragem era realizada rente ao solo. Corroborando com Fagundes (1999),

quando trabalhou com cultivares de Cynodon em diferentes alturas, onde as maiores

intensidades de pastejo apresentaram maior proporção de material vivo e Galbeiro

(2009), trabalhando com Capim Xaraés. De acordo com Molan (2004), fatores

climáticos, fenológicos e botânicos podem influenciar a composição morfológica do

dossel. A proporção de material morto é marcadamente influenciada por fatores

climáticos (seca, baixa temperatura, fotoperíodo), podendo aumentar sua

participação em situações de estresse da planta.

Assim como na composição morfológica, o material coletado pela simulação

de pastejo demonstrou comportamento semelhante, porém com diferenças menos

acentuadas. A intensidade 10 cm obteve maior valor de laminas foliares no verão e

na primavera (Tabela 7), fato explicado pelo aumento na presença de colmos nas

demais intensidades (Tabela 8), devido ao florescimento mais acentuado nas

mesmas, que ocorreu no início do verão e final da primavera. Além disso, nos

piquetes que foram pastejados mais intensamente há maior renovação de tecidos, e

dessa forma, o pasto torna-se composto por folhas mais novas, o que lhe confere

melhor valor nutritivo, como citado em diversos trabalhos com forrageiras tropicais

(ANDRADE, 2003; CANO et al., 2004, SBRISSIA, 2004; GALBEIRO, 2009).

A presença de folhas em detrimento a colmos (relação folha:colmo) nos

pastos variou de 0,8 a 2,7 (Tabela 6), valores superiores aos encontrados por Molan

(2004) trabalhando com Capim Marandu em diferentes alturas, em pastejo continuo,

que variou de 0,5 a 1,1 e dos relatados por Moraes et al. (2010), que variou de 0,5 a

1,0 trabalhando com pastagens de B. decumbens em diferentes doses de adubação

nitrogenada. Já para a simulação, os valores encontrados foram bastante superiores

ao encontrado no dossel, com valores entre 1,5 a 8,1 (Tabela 10). A diferença na

relação folha:colmo do pasto para o material coletado por simulação demonstra a

oportunidade e capacidade de seleção dos animais.

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Em se tratando da composição química da forragem os pastos de 10 cm de

altura demonstraram superioridade em relação aos demais no verão, apresentando

melhor teor de proteína bruta (Tabela 11), semelhante ao encontrado por Andrade

(2003), trabalhando com B. brizantha cv. Marandu, que atribuiu o decréscimo do teor

de PB com o aumento da altura do pasto à maturidade das folhas. A amplitude de

valores de PB encontradas no presente trabalho (10,2 a 12,9%) é condizente com o

encontrado por Cavalcanti Filho et al. (2008), trabalhando com B. decumbens em

Itambé/PE, variando de 9,6% a 13,8% e com Benedetii et al. (2008), que

trabalhando com três gramíneas diferentes, entre elas a B. decumbens, encontraram

11,3% de PB. Já Flores et al. (2008), que trabalharam com Capim Marandu e

Xaraés em diferentes alturas, observou média de 10,4% de PB e Andrade (2003)

também trabalhando com Marandu, encontrou valores pouco superiores, variando

de 10,2 a 12,9% de PB, o que demonstra que pastos de B. decumbens bem

manejados podem ser uma boa opção forrageira.

Nos piquetes pastejados mais intensamente, foram encontrados os menores

teores de lignina no verão e outono (Tabela 12), concordando com Akin (1989), pois

esse autor explica que a lignificação ocorre progressivamente de acordo com a

maturação da planta, porém os teores não diferiram para as diferentes alturas no

inverno e na primavera. De maneira geral, os teores de lignina encontrados foram

baixos (3,2 a 4,2%), pois de acordo com Maynard et al. (1984), todos os vegetais

possuem uma fração de lignina, que varia de 4 a 12%, podendo chegar a até 20%

da MS em materiais mais fibrosos. A amplitude de valores encontrados no presente

estudo também se aproxima do relatado para o gênero Brachiaria na literatura,

Euclides & Medeiros (2003) em compilação de dados encontraram valores de 3,2 a

4,1% para B. decumbens, enquanto que Benedetii et al. (2008) encontraram 4%,

sendo esses valores inferiores ao observado pelos autores no mesmo trabalho para

capim Napier e Colonião de 5,7%. Galbeiro (2009) em lâminas foliares de pastos de

Capim Xaraés manejados em três alturas distintas observaram valores de 2,3 a

3,5% os quais foram um pouco superiores ao observado por Andrade (2003) no

Capim Marandu (2,4 a 3,7%), que fixou diferentes alturas de dossel e cita possível

subestimação de valores devido à metodologia utilizada.

De acordo com Pacheco Junior (2009), plantas que apresentam baixo teor de

lignina disponibilizam maior conteúdo de hemicelulose para ser degradada no

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rúmen. O teor de lignina aumenta em maior proporção que o teor de FDN com o

avanço da maturidade da planta. No entanto, um aumento no teor de lignina afeta a

proporção degradável de FDN (CABALLERO et al., 2001), pois a lignina é

indigestível e atua reduzindo a proporção de fibra potencialmente digestível.

Os teores de celulose obedeceram ao mesmo padrão de respostas da lignina,

sendo que no verão os pastos de 10 cm apresentaram o menor teor, já no outono o

pasto de 25 cm não diferiu dos demais, porém o pasto de 10 cm apresentou menor

teor em relação do de 17,5 cm (Tabela 13), ressaltando a melhor qualidade dos

pastos mantidos mais baixos, devido à maior presença de folhas mais novas, com

baixo espessamento de parede celular. Sendo que os valores encontrados neste

estudo, variando de 24 a 30%, são inferiores ao encontrado por Benedetii et al.

(2008) para a mesma espécie (37,2%),

A percentagem de FDN foi menor para os pastos mais baixos no verão

(Tabela 14), e houve maior influencia da época do ano do que da altura do dossel,

sendo a primavera a estação que apresentou o maior teor. Os valores foram

bastante próximos entre as diferentes alturas dentro das épocas. Os valores

encontrados estão de acordo com o relatado por Euclides & Medeiros (2003), por

Cavalcanti Filho et al. (2008) que observaram valores entre 58 e 72% de FDN e

Benedetii et al. (2008) que encontraram 70% para a mesma espécie, e são

superiores aos encontrados por Andrade (2003) para o Capim Marandu (60 a 62%)

e inferiores aos obtidos por Flores et al. (2008), para os Capins Marandu e Xaraés

(74%).

O teor de FDA observado nesse estudo teve comportamento semelhante ao

teor de FDN, considerando o verão (Tabela 15), quando os pastos mais baixos

apresentaram os menores valores. Nas demais épocas os valores variaram entre

28,4 a 31,7% e foram pouco superiores aos relatados por Andrade (2003) em B.

brizantha cv. Marandu (28,1 a 29%), porém inferiores aos encontrados por

Cavalcanti Filho et al. (2008) e Benedetti et al. (2008) para B. decumbens, 31,6 a

39,2% e 41,3%, respectivamente. No inverno, o pasto mantido a 25 cm demonstrou

menores teores de FDN e FDA, fato que pode estar associado à maior oportunidade

de seleção de lâminas foliares verdes, devido à facilidade de apreensão das laminas

foliares no estrato superior do dossel, uma vez que nos pastos mantidos em maior

altura era nítida a divisão entre material verde e material senescente, sendo que o

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material senescente e/ou morto estava contido no estrato inferior, tal fato porém, não

se observou nos tratamentos de menor altura. Além disto, não houve a emissão de

perfilhos reprodutivos nesses tratamentos como ocorre no verão, dificultando a

seleção de lâminas foliares.

O teor de hemicelulose nos pastos aumentou conforme aumento na

intensidade de pastejo (Tabela 16), 36,5, 35,8 e 35,4%, para as intensidades 10,

17,5 e 25 cm, respectivamente. Valores estes superiores ao observado por

Benedetti et al. (2008) em B. decumbens, 29,4%. Porém, dentro da faixa de valores

reportados por Kozloski (2002) para gramíneas tropicais (25 a 40% da MS). Esse

comportamento da hemicelulose confirma a melhor qualidade dos pastos manejados

mais baixos, pois de acordo com Eastridge (1997), a hemicelulose, em comparação

aos demais componentes da parede celular, é mais rapidamente degradada.

Pacheco Junior (2009) diz que a hemicelulose é também a mais afetada pela

lignificação.

Os pastos manejados a 10 cm apresentaram maior valor de matéria mineral

(Tabela 17), semelhante ao ocorrido no trabalho de Andrade (2003), que atribuiu tal

fato a contaminação das amostras por terra, devido à maior proximidade com o solo.

No entanto, os valores encontrados no presente trabalho são inferiores ao

mencionado pela autora citada. A variação entre épocas, diferente do relatado por

Andrade (2003), os maiores teores foram observados nas estações de maior

crescimento, ou seja, na primavera seguida pelo verão.

A digestibilidade in vitro foi influenciada apenas pela época do ano (Tabela

18), destacando-se maior digestibilidade no verão, com DIVMS média de 65%. O

valor encontrado nas demais épocas, em torno de 60%, é similar ao relatado por

Euclides & Medeiros (2003); por Flores et al. (2008); por Benedetii et al. (2008) e

inferior aos apresentados por Andrade (2003), em experimento com Capim

Marandu, variando entre 62,4 e 67%, em pastos manejados a 40 e 10 cm de altura,

respectivamente.

É sabido que a estrutura da pastagem é fator importante na determinação da

facilidade de apreensão pelo animal. Sendo que pastagens pouco densas ou com

baixa disponibilidade de forragem limitam o consumo, diminuindo o tamanho do

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bocado e aumentando o tempo de pastejo. Porém esse aumento de tempo e/ou taxa

de bocado pode não ser suficiente para suprir as restrições acima citadas.

Considerações devem ser feitas em relação aos pastos mantidos a 10 cm,

que bromatológicamente mostrou-se suficiente para atender as exigências animais,

porém no presente estudo não há subsídios para discutir se o mesmo causa

limitação física ao pastejo devido à dificuldade de apreensão e se a mesma pode ser

compensada pela discreta superioridade bromatológica destes pastos. Entretanto,

observou-se a campo, que quanto mais intenso foi o pastejo, mais prostrado se

tornou o hábito de crescimento da planta, dificultando a apreensão da mesma. Há

também que se considerar a adubação utilizada no presente estudo, oferecendo

subsídios para que a persistência destes pastos.

Além disto, há indícios que com o decorrer dos anos os pastos manejados

com menor intensidade de pastejo (25 cm), apresentem maior acúmulo de

forragem,Tendo sido observado na primavera, ou período final do experimento, o

pasto de 25 cm apresentou acúmulo de forragem significativamente diferente dos

demais. Tal fato demonstra que esse tratamento foi o que garantiu melhor

recuperação da pastagem, apresentando maior aproximação dos padrões de

acúmulo de forragem alcançados no verão, algo em torno de 68%, sendo que os

demais não atingiram 50%. De acordo com Faria et al. (2009), que trabalhou com

B.decumbens em pastejo contínuo em diferentes alturas, a taxa de alongamento de

pseudocolmo aumentou com a altura do pasto, o que corrobora com o encontrado

por Faria et al. (2008), que trabalharam com a mesma espécie e afirmam que pastos

mantidos mais altos tendem a alongar mais o pseudocolmo como estratégia para

expor as lâminas foliares em ambiente mais favorável em termos de luminosidade.

Tal fato deve ser contemplado quando se discute o maior acúmulo observado na

maior altura, pois o que está sendo acumulado pode não ser o material desejado.

Entretanto, de acordo com Santos et al. (2009), existe grande variabilidade

morfológica ou diversidade de perfilhos com diferentes estádios de desenvolvimento

em pastagens de Brachiaria decumbens mantidas a 25 cm, sendo que perfilhos mais

jovens possuem melhor relação folha:colmo, ou seja, composição morfológica

preferível. Tal fato certamentecontribuiu para os dados de valor nutritivo encontrado

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no presente estudo, minimizando as diferenças observadas entre as diferentes

alturas.

E Hodgson (1990) afirma que os animais respondem mais consistentemente a

variações na altura do dossel do que na massa de forragem em plantas de clima

temperado, porém tal fato também foi observado por Andrade (2003) trabalhando

com capim Marandu em diferentes alturas, sendo observado melhor desempenho

animal nos pastos de maior altura, apesar da ligeira inferioridade destes em relação

aos pastos mais baixos.

Diante dessas afirmações, fica a ressalva para que tal fato seja contemplado

no manejo da pastagem, dando preferência aos pastos de maior altura quando não

forem observadas diferenças de acúmulo de forragem e digestibilidade, desde que a

composição química não apresente valores discrepantes.

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6. CONCLUSÕES

Pastagens de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk podem ser manejadas

sob pastejo contínuo, no intervalo de altura de 10 a 25 cm, pois não houve diferença

de digestibilidade in vitro e acúmulo de forragem.

Os pastos mais intensamente pastejados (10 cm), apresentaram melhor valor

nutritivo, com os melhores teores de PB, acima de 12%, e menor teor de lignina e

celulose, caracterizando pouca lignificação, além de maior proporção de

hemicelulose especialmente no verão.

Pode-se utilizar diferentes alturas durante o ano como estratégia de manejo

do pastejo, para melhor aproveitamento da forragem produzida, por exemplo,

mantendo os pastos mais baixos no verão com o intuito de minimizar a emissão de

perfilhos reprodutivos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ALCÂNTARA, P. B. Plantas forrageiras: gramíneas e leguminosas – 4ª ed. São Paulo: Nobel, 1988.

ANDRADE, F.M.E. Produção de forragem e valor alimentício do capim-Marandu submetido a regimes de lotação contínua por bovinos de corte. 2003. 125p. Dissertação (Mestrado em Agronomia Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2003.

ARNOLD, G.W. Grazing behaviour. In:___. Grazing animals. Amsterdam: Elsevier Scientific, 1989.chap.5,p.79-101.

BARBOSA, R.A. Características morfofisiológicas e acúmulo de forragem em capim Tanzania (Panicum maximum Jacq. cv. tanzânia) submetido a freqüências e intensidades de pastejo. 2004. 119 p. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal de Viçosa, UFV, Viçosa. 2004.

BARCELLOS, A.O.; VILELA, L.; LUPINACCI, A.V. Produção animal a pasto: desafios e oportunidades. In: ENCONTRO NACIONAL DO BOI VERDE: A PECUÁRIA SUSTENTÁVEL, 3., 2001. Uberlândia, MG. AnaisS Uberlândia: Sindicato Rural de Uberlândia, 2001. p. 29-64.

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8. ANEXOS

Firgura 12. Visão parcial de uma parcela de 25 cm.

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Figura 13. Tratamento 10 cm no verão, pouco florescimento.

Figura 14. Tratamento 25 cm, intenso florescimento no verão.