Elenirce BERBEL- Finalizado 2 · faixa etária: dos onze aos dezoito anos. Daniel Sampaio define...
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ADOLESCENTE: PLANEJANDO O FUTURO EM PARCERIA COM A ESCOLA
Autora: Elenirce Gardinal Berbel Matsuoka¹
Orientadora: Rejane Christine Palma²
Resumo
Neste artigo tem como objetivo promover a reflexão dos profissionais da educação acerca da importância da Orientação Profissional ser oferecida aos alunos do ensino médio da rede pública de ensino. Este estudo faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/ 2010, oferecido pelo Estado do Paraná aos professores da rede. O desenvolvimento deste trabalho deu-se tendo como metodologia a pesquisa ação que possibilitou a construção de conhecimentos esclarecedores sobre a realidade pesquisada. O procedimento investigativo utilizado foi entrevista semi-estruturada. Este trabalho realizou–se por meio de diferentes encontros com os alunos: palestras, conversas, entrevistas e visitas a universidades possibilitando compreender como se faz necessário o trabalho de Orientação Profissional nas escolas públicas do Ensino Médio a fim de auxiliar o jovem aluno em suas escolhas profissionais e no planejamento de suas perspectivas de vida tornando este período mais tranqüilo e promovendo escolhas mais seguras e assertivas. Palavras - chave: Adolescente. Orientação profissional. Ensino médio.
Abstract
This article aims to promote the reflection of education professionals about the importance of Vocational Guidance which is offered to high school students in public schools. This study is part of the Educational Development Program - PDE / 2010, offered by the State of Parana to teachers in public schools. The development of this paper took place with the action-research as a methodology that enabled the construction of insightful knowledge about the reality studied. The investigative procedure was a semi-structured interview. This paper was carried out through various different meetings with students: lectures, conversations, interviews and visits. Enabling it is necessary to understand how the work of Vocational Guidance in the public schools of high school to assist the young student in their professional choices and planning their outlook on life becoming this period a quieter one and promoting safer choices and more assertive ones.1 Keywords: Teenager. Vocational guidance education. High school.
¹ Professora pedagoga do Colégio Estadual “Souza Naves” de Rolândia, participante do PDE ² Professora orientadora pertencente ao quadro de professores do curso de pedagogia da UEL
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1 Introdução
Este artigo sob o título Adolescente: planejando o Futuro em parceria
com a escola é resultado de uma pesquisa realizada como parte integrante do
Programa de Desenvolvimento Nacional – PDE que é ofertado aos professores da
rede publica de ensino do Estado do Paraná.
A intenção pela temática do estudo realizado teve origem a partir da
vivência cotidiana em uma escola pública, em que se observou a angustia e as
aspirações de jovens alunos do terceiro ano do ensino médio acerca das escolhas
expressas no momento de inscrever-se por um curso e realizar a inscrição do
vestibular. Momento este em que optar por este ou aquele curso torna-se, em geral,
uma tarefa difícil para um aluno nesta idade.
Este trabalho tem por objetivo ressaltar a importância do Serviço de
Orientação Profissional nas escolas públicas e propiciar ao jovem aluno do ensino
médio a oportunidade de refletir sobre seu projeto de vida, em especial o
profissional.
A escolha de uma profissão acontece numa fase da vida que para
muitos se apresenta conturbada e o fato de não saber o que pretende para sua vida
profissional e também por falta de um autoconhecimento contribui para que este
momento se torne mais angustiante.
Pretendeu-se com este estudo desenvolvido no Colégio Estadual “Souza
Naves” Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante, da cidade de Rolândia
promover ações que possibilitaram aos alunos a reflexão sobre o leque de
profissões existentes no mercado de trabalho contribuindo para que possa fazer
suas opções com mais equilíbrio, sem muito estresse e ampliando seus
conhecimentos sobre a área profissional.
A vivência com os alunos no cotidiano escolar me incentivou a participar
do PDE que me proporcionou o tão almejado tempo e momentos tão importantes
para a formação continuada. O retorno à universidade para aprofundamento de
conhecimentos científicos oportunizou os encontros de área, participação em
seminários, palestras com mestres e doutores em diversas áreas da educação,
encontros com vários educadores e pedagogos do núcleo de Londrina e com outros
professores participantes do GTR que contribuíram com seus conhecimentos e
práticas desenvolvida com os alunos. Além disto os encontros com a professora
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orientadora que durante o percurso deste programa vem orientando e dando o apoio
necessário para a produção de todo o material didático pedagógico visando o
enfrentamento das dificuldades, no intuito de desenvolver procedimentos que
permitam redimensionar a aprendizagem do jovem adolescente na superação das
dificuldades diagnosticadas nas entrevistas e nos diálogos de nossos encontros.
O adolescente que prepara seu projeto de vida e esquematiza seus
objetivos com responsabilidade terá mais oportunidade de tornar um futuro
profissional competente e realizado independente de qual carreira seguir.
Diante deste contexto em que o adolescente vive é importante a escola
contribuir preparando os educandos para serem inseridos na vida profissional
oportunizando informações e um autoconhecimento para fazer suas opções com
mais clareza, responsabilidade e para participar da sociedade com princípios éticos
e morais.
O aluno do ensino médio, que está na faixa etária de 14 a 18 anos se
depara no final do 2º grau com muitas cobranças entre elas a escolha em relação à
opção profissional. Isto tem gerado uma angústia e um stress que em muitas
situações chega a interferir no andamento dos estudos e nas escolhas.
O jovem adolescente deve pesquisar e se informar a respeito das
profissões e cursos que lhe interessam e procurar dialogar com profissionais da
área. E os professores e pedagogos devem proporcionar meios para que o alunos
tenham estas informações de modo a auxiliar nesta fase em que todos nós já
passamos.
A orientação Profissional nas escolas pode contribuir nesta fase
auxiliando e promovendo ações que os auxiliem na realização da escolha
profissional e para isto é necessário promover palestras, visitas a centros
profissionalizantes e universidades, informar sobre sites acerca das profissões ou
ainda propiciar momentos de debate sobre o mercado de trabalho na atual realidade
e quais as profissões que tendem a ir decaindo e outras que estão em ascensão.
2 Pressupostos Teóricos
2.1 Adolescência
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Adolescência é uma fase que todo ser humano passa, só difere pela
cultura de cada país na forma de vivê-la, até adquirir a maturidade e segundo Dorin
(1978, p. 15-16), ressalta que:
O termo adolescência vem do verbo adolescere, que significa crescer até a maturidade. Usamos essa palavra para designar o período demudanças que vai dos 10 anos até a maturidade. Podemos dividir esseperíodo de desenvolvimento em 4 fases: • Pré-adolescência – dos 10 aos 12 anos; • Adolescência inicial – dos 13 aos 15; • Adolescência média – dos 16 aos 18 anos; • Última adolescência – dos 18 aos 21 anos.
Cada fase apresenta características próprias que são diferentes e
variam de acordo com o sexo, acompanhado de mudanças no organismo e na
personalidade como os desejos, as necessidades, os interesses e os hábitos.
Adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece outra faixa etária: dos onze aos dezoito anos. Daniel Sampaio define adolescência como sendo uma etapa do desenvolvimento, que corre desde a puberdade à idade adulta, ou seja, desde a altura em que as alterações psicobiológicas iniciam a maturação sexual até a idade em que um sistema de valores e crenças se enquadra numa identidade estabelecida. (COLÉGIO WEB, 2011).
A noção de “adolescência tem sua raiz na Grécia Antiga, embora o
conceito de adolescência, propriamente dita, seja relativamente recente na história
da civilização”, conforme afirma Áries (1981 apud PRATTA, 2008, p. 90).
A adolescência é uma fase da vida em que muitos adolescentes têm
muita insegurança, angústias ficam em desequilíbrio, uma vez que as
transformações que ocorrem deixam–os uma hora triste outra eufóricos.
Içami Tiba (2007, p. 98) compara adolescência como:
A adolescência pode ser comparada à etapa em que as árvores frutíferas dão flores. Estas geralmente ficam na parte mais alta da planta, bem expostas ao sol. Supercoloridas e perfumadas, elas chamam atenção de todos os polinizadores (agentes sexuais como abelhas e outros insetos, aves, etc.) Os adolescentes são ao mesmo tempo flores e polinizadores.
O que se observa é a transformação física em ambos os sexos, internos
e externos, como também acontecem mudanças intelectuais e afetivas.
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Observamos que as meninas amadurecem mais cedo em torno dos dez
anos e os meninos por volta dos treze ou quatorze anos.
Segundo Spaccaquerche e Fortin (2009, p. 51):
Aquela menininha, com um rostinho tão bonitinho e com pele de pêssego, e aquele menino com um nariz pequeno, olhos vivos e alegres começam a mudar. O rosto se modifica, o nariz cresce, o cabelo tem outra textura. O menino espicha, a menina encorpa. O olhos transitem inquietações, na pele de pêssego surgem alguma algumas espinhas. Os hormônios são grandes responsáveis por esse momento, e a genética se faz presente, dando forma física e psíquica a esse novo ser. Uma nova identidade começa a emergir O adolescente percebe o desenvolvimento de seu corpo como Algo estranho.Sua percepção espacial fica alterada. Normalmente Ele se atrapalha com o tamanho de seu corpo. Novas sensações Aparecem. A aparência física é bastante relevante, principalmente Nos dias de hoje, em que vivemos o mundo de imagens.
Nesta fase há muitos questionamentos com ele mesmo sobre a vida,
religião, política e tudo ficam conflituosas e muitas famílias por não saberem lidar
com essas transformações entram em atrito e com isso os adolescentes se sentem
desamparados para entender o que está se passando com ele.
É normal se ver adolescentes em turmas; gostam de estar reunidos para
tudo; no esporte, estudos, passeios, e aos poucos vão deixando de ficar com os
pais. Tão mais importância aos amigos do que à família.
A turma passa a ser mais importante influenciado até na maneira de se
vestir, no vocabulário e nas atitudes prevalecem à turma. Muitos são fanáticos por
times de futebol ou por algum ídolo. Gostam de aventuras e na prática de esportes
radicais. Gostam de estar em grupos de iguais, pois isto colabora para
aprendizagem de si mesmo e sobre os outros, mas também funciona como pressão,
de cobrança de certas atitudes e comportamentos.
Por ser a adolescência uma fase conflituosa na qual muitos não sabem
lidar com as modificações que ocorrem neste período e por agravar com problemas
familiar, afetivo ou por acharem poderosos alguns querem experimentar de tudo.
É nesta etapa da vida com alterações do corpo e da maturação do nível
intelectual, que o adolescente quer entender quem ele é e qual seu papel na
sociedade em que vive: quer participar dos problemas de ordem moral e ética.
Como salienta Tânia Zagury (2009, p. 25):
Adolescência é uma fase de transição entre a infância e a juventude. È uma etapa extremamente importante do desenvolvimento. Com características
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próprias, que levará a criança a tornar-se um ser adulto, ao final. As mudanças corporais que ocorrem são universais, enquanto as psicológicas e de relações variam de cultura, de grupo para grupo e até entre indivíduos de um mesmo grupo.
Na medida em que o adolescente vai amadurecendo, ele toma
consciência de sua condição de individuo nesta sociedade.
A cada década os adolescentes apresentam algumas características
próprias que desde os anos 40 até 1990, segundo Dick (2003 apud GARCIA, 2008,
p. 2),
Anos 40 – Jovens marcados pelas experiências chocantes vividas durante a Segunda Guerra Mundial e com bombas atômicas no Japão. Anos 50 – “Anos Dourados” – jovens mais autônomos. Anos 60 -Década onde o tema JUVENTUDE foi mais explorado, expansão do Movimento hippie como ameaça à ordem social. Anos 70 – “ Anos de ressaca” – Juventude insatisfeita, buscando mudanças para sair de uma sociedade estagnada, apática e viciada. Anos 80 – Defesa do protagonismo juvenil através da “Pastoral Juvenil “ e redução dos avanços da liberdade sexual através da difusão da AIDS; jovens sem ideologia, individualistas, consumistas e conservadores. Anos 90 – Transição de uma geração que valoriza a organização, a articulação, a lógica e o raciocínio, para uma geração que valoriza o corpo, o prazer o fragmentado e o individual. Surge a “geração zapping” (em constante mudança). (GARCIA, 2011).
Como podemos verificar cada década os jovens têm características
próprias que diferem com o passar dos anos e com a evolução da humanidade.
2.1 Escolha Profissional na Adolescência
Não é fácil escolher o que se almeja quando temos diante de nós uma
diversidade de coisas em todos os sentidos (roupas, escolas, alimentos, profissões e
religiões). Em nosso dia a dia estamos sempre fazendo as nossas escolhas por uma
variedade de situações.
Escolher a profissão já é uma tarefa difícil, na adolescência se torna
ainda mais difícil, pois não se tem bem a clareza do que se quer na vida, além de
não se possuir muito conhecimento sobre as profissões e o mercado de trabalho.
Para Rappaport (2000, p. 8-9) “A escolha na adolescência se apresenta como
urgente e necessária, pois sinaliza o final da infância e a participação mais efetiva no
mundo adulto”.
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É na adolescência em que se afirmam aptidões, é a fase em que o
indivíduo ingressa na vida social; e muitas vezes têm necessidade de exercer uma
atividade produtiva; daí a importância do adolescente participar de atividades que o
levem a refletir sobre o trabalho, para que o mesmo se ajuste à sua natureza e insira
na sociedade.
Porém a sociedade também precisa que o indivíduo esteja ajustado num
trabalho conforme suas capacidades e aspirações. A sociedade exige que cada
pessoa se ocupe num determinado setor de atividade econômica com o máximo de
pessoa se ocupe num determinado setor de atividades econômica com o máximo de
rendimento, e só conseguirá se os trabalhadores realizarem tarefas que se
harmonizem com suas aptidões e ideais; levando em conta as condições do
mercado de trabalho que varia conforme a evolução do mundo.
Portanto a escolha da profissão deve atender não só as aspirações e as
capacidades individuais, mas as condições do mercado de trabalho e as
necessidades econômicas da sociedade.
Escolher uma profissão em nossos dias ainda é realizado de maneira
aleatória, isto é ao sabor das preferências ilusórias e acidentais. O que acontece é
que muitos adolescentes não estão preparados para discernir suas verdadeiras
aptidões para o trabalho e escolhem profissões, cursos e carreiras inspiradas quase
sempre pela moda, pelo espírito de imitação, pelos caprichos momentâneos pelas
sugestões dos pais, amigos e professores, pela impressão que lhes causam certas
vestimentas.
As características das escolhas levaram Ginzberg e colaboradores
(1951) a identificar três períodos distintos no processo de realização de escolhas
(apud LEVENFUS, 1997, p. 185-186).
1 - Escolhas fantasiosas: Esse período coincide, em geral, com o período de latência do desenvolvimento (mais ou menos dos 6 aos 11 anos de idade).
2 - Escolhas tateantes: inicia-se por volta dos 11 ou 12 anos. O jovem costuma basear as escolhas nos seus interesses, começa-se a prestar mais atenção às suas capacidades e a demonstrar consciência de coisas como os diferentes treinamentos exigidos pelas diversas profissões. Um pouco mais tarde, o jovem procura sintetizar muitos fatores e avalia-los em termos de seus valores e objetivos que, aliás, também estão em processo de formulação.
3 – Escolhas realistas: Por volta dos 17 anos, o adolescente passa a um período de transição: as considerações mais subjetivas a que ele emprestava importância ao passado vão sendo substituídos pelas
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considerações mais realistas a que ele irá atribuir maior importância no futuro.
Para fazer uma escolha é importante que o adolescente tenha um
autoconhecimento de suas características pessoais, interesses, habilidades,
potencialidades, de suas limitações e ter consciência do que almeja para fazer seu
projeto de vida. Para Soares (1987, p. 13) escolher implica: “Reconhecer o que
fomos que influências sofreram desde a mais tenra infância, que fatos foram
marcantes em nossa vida até o momento e qual será a expectativa de vida em que o
trabalho irá influir e até mesmo determinar”.
Para o adolescente escolher o que deseja é complicado, pois envolve
uma variedade de elementos e também por que deseja se realizar em todos os
sentidos (financeiramente, emocionalmente) fica em crise existencial por não saber
o que fazer. Como cita Zagury (2009, p. 73):
O jovem de hoje (especialmente das classes A e B) podem ficar tranqüilamente com sua família até 20, 25, 30 anos sem pressa de alcançar independência financeira, afetiva ou profissional, provavelmente porque as novas gerações já usufruem as conquistas pelas quais seus pais tiveram que lutar.
Para outra parte da sociedade o jovem adolescente entra no campo de
trabalho bem mais cedo e sem condições de ficar escolhendo o que realmente
gostaria de fazer, a necessidade está em primeiro lugar neste momento.
O adolescente que passa por processo de autoconhecimento e
necessitando fazer sua opção se vai fazer um curso superior ou um curso técnico
precisa ter mais conhecimento das profissões que existe no mercado de trabalho
para poder tomar sua decisão com mais equilíbrio.
Conforme Eugênio Daniel (2009, p. 60) cita que: “[...] O
autoconhecimento se torna imprescindível, pois facilita a escolha. O conhecimento
de si mesmo ajuda a pessoa a estruturar sua identidade pessoal, favorecendo – na
formação de um projeto de vida”.
O jovem adolescente está inserido em uma sociedade em que muitos
fatores influenciam na sua escolha profissional (políticos, econômicos, sociais,
educacionais, familiares e psicológicos) que interferem no seu planejamento para o
futuro. Tudo isso é confrontado com interesses, valores, ideais, que poderão
influenciar e dar sentido ao seu projeto de vida.
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Para ampliar seus critérios de escolha o jovem adolescente precisa
selecionar seus conhecimentos e para isso deve pesquisar e coletar informações
sobre as profissões que lhes despertam interesse. Para isso acontecer é necessário
maturidade, isto é “conseguir se identificar com seus próprios gostos, interesses,
aspirações e identificar o mundo exterior, as profissões as ocupações” (LEVENFUS,
1997, p. 184).
Considera-se um jovem maduro, a ponto de vista vocacional, segundo
Super (apud WEIL, 1998, p. 19):
1 - esteja preocupado com o problema da escolha. 2- ele saiba exatamente por que escolheu tal ou qual profissão. Por
exemplo: “Eu quero ser engenheiro, por que gosto e sempre gostei de matemática e de desenho; além do mais, sempre fui bom aluno nestas matérias.”
3 - Há uma estabilidade na escolha da ocupação, dentro de um certo grupo profissional. Por exemplo, mesmo mudando de idéia, se quiser tornar-se engenheiro eletrônico, ao invés de mecânico ou arquiteto, continua o jovem dentro da mesma área tecnológica; ou, se ele oscila entre escultura, pintura ou desenho artístico, permanece dentro da área artística.
4 - Atração por determinado grupo profissional. Enquanto na escola primária a maioria das crianças interessa-se um pouco por tudo, entre os doze e dezoito anos os adolescentes começam a se diversificar conforme os seus interesses; uns interessam –se por mecânica, outros por atividades literárias, outros ainda, por cálculos. Neste sentido, a atração por várias áreas profissionais seria sinal de imaturidade profissional.
5 - Coerência entre aptidão e interesse. Há certas pessoas que sonham ser pianistas, mas nunca conseguem aprender a tocar bem; outras gostariam de cantar, mas cantam mal. Estas pessoas têm interesse, mas não têm aptidão para determinada atividade. A coerência entre aptidão e interesse é, também, índice de maturidade.
Diante deste contexto é interessante o adolescente refletir acerca do que
mais lhe interessa se questionando como:
Eu gosto desta profissão? Já li a respeito do que se trata este curso?
Como é o desenvolvimento deste profissional no dia –a – dia? Onde o profissional
pode atuar? Como é o perfil deste profissional? Ele tem a ver com meu jeito de
ser?Quais a Faculdades ou Escolas têm este curso? Vou ter condições financeiras
para fazer? Como está o mercado de trabalho para esta área? Que disciplinas têm o
curso? Estas indagações e outras têm que procurar investigar antes de tomar uma
decisão. Analisando todos os prós e contras o adolescente terá condições de se
situar e estar ciente o que está acontecendo no mundo e na sociedade em que está
inserido e saber posicionar no que diz respeito ao seu futuro.
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Escolher uma profissão deve estar relacionado ao modo de ser, estilo de
vida que deseja e como espera ser reconhecido no meio em que vive.
Optar por um curso ou por uma carreira envolve uma reflexão profunda
em que o adolescente deve refletir sobre o seu projeto de vida e para isso teria que
se conhecer bem. Conforme ressalta alguns passos do Guia do Estudante
(TAKESHI, 2011, p. 14-15).
1- “Conhece-te a ti mesmo” A famosa frase, atribuída ao filósofo Sócrates é, realmente, decisiva quando o assunto é escolha da carreira. Os especialistas são unânimes ao afirmar que ninguém escolhe bem a profissão sem se conhecer profundamente. Para isso, procure identificar quais seus principais interesses, habilidades e motivações. Atenção para não confundir hobby com vocação profissional, pois a facilidade ou gosto em fazer algo não significa que você vai gostar de trabalhar com isso.
2- Pense em seu projeto de vida O que você imagina para seu futuro? Será que daqui a dez anos você terá os mesmos interesses? Em que tipo de local gostaria de trabalhar? Como seria sua rotina e seu lazer? Quem seriam seus amigos? Ao tentar responder a essas perguntas, você reflete sobre a escolha profissional no contexto de outras escolhas e a considera como algo a longo prazo.
3- Informe-se sobre as profissões Você tem um leque de escolhas que envolvem cerca de 25 mil cursos em mais de 200 carreira! Com tantas opções, a decisão fica mesmo mais difícil e a busca de informações, mais necessária. Você pode começar consultando o Guia do Estudante, que traz a descrição de cada curso, as possibilidades de atuação e a situação do mercado de trabalho. Leia também os especiais dos jornais focados em vestibular e navegue nas páginas das instituições e nos sites especializados em vestibular e em carreiras.
4- Frequente feiras e palestras Vale a pena ir a feira e palestras sobre cursos e carreiras organizadas por algumas escolas de Ensino Médio e instituições, como o próprio Guia do Estudante. Essas ocasiões são uma chance de conhecer a rotina dos cursos e descobrir detalhes da vida profissional.
5- Visite as faculdades Definidas algumas opções, é hora de se aprofundar na pesquisa. Como tira-teima, visite uma ou mais escolas que oferecem o curso que você tem interesse e troque idéias com os alunos e professores. Eles podem falar sobre a estrutura das aulas, as disciplinas mais importantes e sobre como mudou a visão que eles tinham sobre a profissão no decorrer dos anos de graduação.
6- Converse com profissionais Descubra entre familiares e amigos ágüem que trabalhe na área que interessa a você. Entre em contato, marque uma visita e faça perguntas para ter idéias de como é o dia a dia profissional. Lembre-se: conhecer uma profissão vai além de ter sua definição em livro, obras de referência ou sites. É preciso saber como ela se insere na sociedade – qual o papel do profissional, seu campo de atuação e estilo de vida – e, assim afastar o fantasma da idealização.
7- Recomece se for preciso Fica mais difícil escolher um curso pensando que essa opção é para o resto da vida. Mas isso não é verdade. Se descobrir que o curso não é
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a sua cara, você pode se transferir para outro. Mas não vai desistir no primeiro sinal de insatisfação, pois ela pode ser passageira.
O adolescente passando por este processo de conhecimento terá como
projetar o seu futuro fazendo suas escolhas com mais consciência e com maiores
realizações pessoais facilitando seu ingresso na vida adulta com mais satisfação e
qualidade de vida.
2.2 A Influência da Família na Escolha Profissional
A família é a primeira instituição em que a criança e posteriormente o
adolescente recebem amor e afeto para viver e formar valores morais e espirituais
estruturando-se como pessoa no ambiente que vive. Podemos definir família
segundo Spaccaquerche; Fortim (2010, p. 54):
A família como unidade básica da sociedade formada por pessoas com origem (ancestrais) comum, constituindo o grupo primário de referência para cada um de seus membros; a família é unida por múltiplos laços capazes de manter seus membros moral e materialmente durante uma vida e durante as gerações.
A família exerce um papel muito importante na formação do individuo,
pois este pode amadurecer com equilíbrio ou o inverso, dependendo de como a
família educa poderá tornar-se um jovem seguro ou inseguro diante das
adversidades da vida. A influência da família costuma ser valiosa nas escolhas que
o adolescente faz para determinadas profissões. Muitos pais interferem na escolha
profissional querendo que o filho (a) siga a sua profissão ou deposita nele desejos
não conquistados impondo a profissão que ele gostaria de exercer e que não foi
possível concretizar.
[...] os familiares, querendo ajudar, acabam por deixar o jovem cada vez mais indefinido. A opinião dos pais pesa muito sobre o jovem, afinal são pessoas em que ele sempre acreditou, principalmente durante toda sua infância. Ele sabe que querem o melhor para ele, mas isto pode acabar por confundi-lo e limitá-lo ainda mais, ao invés de abrir-lhe caminhos para pensar. (SOARES, 1987, p. 49).
A família é uma das interferências que pode ajudar ou prejudicar no
momento da decisão do adolescente; por isso é essencial que o adolescente para
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fazer sua opção tenha conhecimento de si, mas também saiba qual o desejo dos
pais para poder elaborar todos os dados e fazer seu próprio projeto com o apoio da
família.
Alguns pais gostam de impor suas opiniões de forma autoritária e outros
são mais flexíveis e ainda outros se distanciam deste momento tão importante para
o adolescente a fim de que ele possa fazer sua opção com mais equilíbrio.
Escolher quando se é adolescente é difícil ainda mais se está com
muitos conflitos familiares fica muito mais complicado para tomar uma decisão
satisfatória. Como salienta Rappaport (2000. p. 35).
O sujeito poderá escolher uma profissão, identificar-se nela, submetendo-se às frustrações do abandono das outras opções, e também da contraposição dos ideais com as possibilidades reais de um exercício profissional gratificante, porém sujeito a dificuldades e impasses.
A família precisa ter consciência de que são os transmissores de amor,
afeto, valores e atitudes positiva ou negativa que irão influenciar o modo de como
este jovem vai encarar os conflitos e principalmente nas decisões que necessitara
fazer ao longo da vida. É fundamental que os familiares estejam juntos com o
adolescente que se encontra no impasse da decisão pela escolha profissional para
que este sinta que têm uma família que vai acompanhá-lo nesta trajetória.
É normal que à família sinta apreensão neste processo de escolha do
filho, como destaca Rappaport (2000, p. 8):
Uma das grandes “tarefas” do jovem será processar, de alguma forma, as diversas influências recebidas. Ele tentará, ao mesmo tempo, integrá-las e se diferenciar delas, projetando suas escolhas no futuro. A inquietação do jovem e de sua família em face de esse momento de decisão se justificam plenamente.
A família poderá colaborar com o adolescente levando-o a refletir sobre
o que deseja para sua vida profissional sem escolherem para eles o curso, mas
direcioná-los a pesquisar e a refletir sobre o que almejam e o que condiz com seu
perfil; ajudar a focar na direção e aos poucos ele terá condições para planejar com
mais conhecimento o seu futuro profissional.
Profissionais da área sugerem algumas dicas aos pais para colaborarem
com o filho (a) que fará vestibular ou algum outro concurso.
Lovato (2010, p. 14) em reportagem a Folha de Londrina destaca que:
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• Procure manter um clima de tranqüilidade, com uma rotina calma. Não fique lembrando os fracassos anteriores, cobrando exageradamente ou falando sobre o vestibular;
• Se seu filho se preparou bem para o vestibular, procure valorizar o processo e o esforço dele. Lembre-se de que passar no vestibular depende vários fatores e desses o vestibulando tem sob controle apenas alguns;
• Acalme-se e confie no desenvolvimento pessoal de seu filho como um todo. Ajude-o a manter-se autoconfiante;
• Lembre-se e lembre-o das qualidades e das habilidades que ele tem; • Relaxamento e descanso melhoram a concentração nos dias de prova.
Incentive-o a ver filmes, a fazer caminhadas, a manter as horas de sono e a se alimentar adequadamente;
• Um pouco de ansiedade e pensamentos desagradáveis podem acontecer nesse momento, tanto para seu filho como para você; lembre-se de que são apenas sentimentos e pensamentos, não é realidade;
• Escute-o. Deixe-o falar sobre seus medos, dificuldades expectativas em relação às provas, à universidade, ao curso:
• Procure dar uma dimensão apropriada a esse momento, enfrentando-o com otimismo, companheirismo e amor.
Com esses cuidados o adolescente terá mais equilíbrio para fazer o
vestibular ou prestar qualquer outro concurso que prestará no decorrer de sua vida.
2.3 A Escola e a Orientação Profissional Colaborando no Processo da Escolha
Profissional
É na escola que recebemos uma educação científica e apropriamos de
conhecimentos que nos faz interagir com outras pessoas e desenvolver a
criatividade.
Na adolescência o jovem está descobrindo suas preferências, seus
valores seus talentos e que tipo de estilo de vida pretende levar. A escola pode
ajudar muito, mas não tem condições de oferecer tudo que o aluno necessita; o
educando terá que fazer a sua parte, pesquisando, fazendo cursos de interesse e
outras atividades que proporcionem um autoconhecimento.
No Ensino Médio os alunos principalmente das Escolas públicas têm
muitas dúvidas em relação qual o curso que irão fazer devido às inúmeras
profissões que existem no mercado de trabalho. Muitas escolas não trabalham a
orientação profissional, uma por falta de profissionais multidisciplinares e por
estarem preocupadas em só pensar nos conteúdos que tem que passar para o
vestibular. Algumas escolas só passam algumas informações no último ano do 2º
grau e que deixam a desejar muito nesta questão.
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O ideal é trabalhar desde o 1º grau com atividades de pesquisa sobre as
profissões dos pais e outras como; carteiro, o policial, o padre ou pastor e o
motorista de ônibus, pois os alunos estão mais em contato com estes profissionais e
observam como eles desenvolvem o trabalho; ainda excursões próximas à escola
nos mercados, açougue, padarias lojas etc. É uma das atividades que aos poucos
introduz os alunos no mundo do trabalho.
A escolha profissional é um processo de desenvolvimento que começa
em casa vivenciando as atividades da família e na escola a orientação profissional
deve levar o aluno uma reflexão e ao conhecimento de outras profissões que estão
no mercado de trabalho. Para Gibson (1975, p. 10):
Primeiramente, a escolha profissional é um processo que se inicia no máximo aos seis ou sete anos e de modo mais característico em torno dos dez anos ou mais. Em segundo lugar, desde que cada decisão durante a adolescência está relacionada com a experiência de cada um, até então, a qual, por sua vez, exerce influência sobre o futuro, o processo de tomada de decisão é basicamente irreversível.
Na Escola, a Orientação profissional faz parte do trabalho do professor
pedagogo que atua principalmente no ensino médio. Como descreve Rappaport
(2000) “a orientação profissional surgiu ligada a uma área da Psicologia do
desenvolvimento de testes psicológicos”; a orientação profissional na escola não tem
como objetivo trabalhar com testes por não ter o preparo e nem especialistas para
desenvolver com precisão este trabalho. Os testes não resolvem a indecisão da
escolha, só tem mais informações onde o adolescente pode ter mais conhecimento
de si. Como adverte Bohoslavsky (1998, p. 92):
[...] os testes têm um papel instrumental na tarefa clínica e que, como tais, subordinam-se aos fins do psicólogo, convertendo-se em valiosos instrumentos, quando este tem consciência do seu emprego, ou em empecilhos no exercício de seu papel, quando transfere aos testes a tarefa reparadora ou preventiva.
Uma das funções do orientador profissional na instituição de ensino é de
promover atividades que auxiliem na realização da escolha profissional para que
seja mais satisfatória possível; para isso é necessário promover palestras, visitas a
centros profissionalizantes e universidades, informa-lhes sobre sites que informam
sobre profissões ou ainda proporcionar momentos de debate sobre o mercado de
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trabalho na atual realidade e quais as profissões que tendem a ir decaindo e outras
que estão em crescimento.
Como salienta Ferretti (1992, p. 15) a orientação profissional tem como:
“Ajudar o indivíduo a obter, organizar e utilizar informações objetivas a respeito de si
e do mundo do trabalho; ajudar o indivíduo a dominar uma metodologia que o
instrumente na tomada de decisões profissionais”.
A orientação profissional é um trabalho que visa assistir o indivíduo na
escolha de uma profissão, curso ou carreira; ainda levá-lo a escolher a escola que
ofereça o curso; enfim proporcionar momentos em que o adolescente faça reflexões
que o auxiliem a fazer a opção que melhor corresponde às suas aptidões. Como
descreve Gibson (1975, p. 2) “Como o mercado de trabalho continua a crescer em
amplitude e complexidade, a necessidade de orientação profissional é cada vez
maior.”
A escola que proporcionar um trabalho de orientação profissional que
ofereça condições do adolescente se questionar e vivenciar atividades que induzam
ao um autoconhecimento fornecera meios para uma tomada de decisão sobre a
escolha da profissão sem tantas frustrações no curso ou na profissão escolhida.
O trabalho de orientação profissional nas instituições públicas é cada
vez mais imprescindível e para que isto aconteça de forma a vir contribuir
satisfatoriamente é necessários um planejamento, uma atualização e informações
sobre o mercado de trabalho. E para isso é de grande valia a participação da família,
professores e de profissionais da sociedade para contribuir com o processo de
autoconhecimento do adolescente para que possa refletir sobre o seu futuro.
Sabemos que estamos aprendendo até o final de nossa vida e o jovem
adolescente também tem que receber de nós como mais experientes
esclarecimentos de como a sociedade é organizada e como precisamos de pessoas
bem qualificadas para formar um adulto competente na profissão que escolher.
A orientação profissional na escola deve preocupar em desenvolver com
os adolescentes, alguns momentos de reflexão para que possa estar se
questionando e visualizando as possibilidades que tem para ir à busca de seu
espaço e fazendo os ajustes necessários para seguir em frente e trocar experiências
com seus colegas, professores e com outros profissionais até chegar a uma decisão
sobre o projeto de vida que almeja. O jovem adolescente melhor preparado terá
16
mais chance de acertar na sua escolha profissional deixando de abandonar o curso
escolhido que traria frustrações e desperdício de tempo e dinheiro.
A Orientação Profissional, como ambiente cultural, crítico e reflexivo, permitirá a discussão dos significados a respeito dos temas envolvidos na escolha profissional, possibilitando a construção de sentidos mais profundos e amplos. Estes entendem ser o desafio daqueles que trabalham em Orientação Profissional. (BOCK, 2010, p. 49).
Supomos que quanto mais o adolescente tiver informações sobre as
profissões e como está o mercado de trabalho, mais condições ele terá em se
apropriar de conhecimentos e realizar suas escolhas com mais critérios e
responsabilidade.
2.4 Ensino Profissionalizante a Quem Interessa?
Como o final do ensino médio suje para muitos adolescentes a dúvida
em prosseguir os estudos ou optar por um curso técnico ou um curso superior.
Muitos resolvem escolher por um curso técnico quando não são aprovados no
vestibular outros por falta de condições financeiras para fazer uma faculdade e ainda
outros preferem primeiro fazer um curso técnico depois o curso superior.
Sabemos que no Brasil, conforme o Ministério da Educação, (BRASIL,
2011) “A formação do trabalhador no Brasil começou a ser feita desde os tempos
mais remotos da colonização, tendo como os primeiros aprendizes de ofícios os
índios e os escravos”. E com o crescimento do país e não tendo mão de obra com
qualificação houve a necessidade de capacitar os trabalhadores para trabalhar nas
fábricas e indústrias.
E assim surgiram os cursos profissionalizantes direcionados ao mercado
de trabalho, tanto para estudantes quanto para o trabalhador que busca a
qualificação e atualização profissional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 939, de 20 de dezembro de 1996), complementada pelo Decreto 2208,
de 17 de abril de 1997 e reformado pelo Decreto 5154, de 23 de julho de 2004 em
seu artigo 39 e no parágrafo único esclarece que:
A educação profissional integra às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. O aluno matriculado ou egresso do
17
ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional. (BRASIL, 1996)
A LDBEN estabelece diferentes estágios de educação, que está citado
na Revista Científica Digital da Faetec (FARIA, 2008):
O nível básico que é direcionado para indivíduos que possuam qualquer nível de instrução; O nível técnico que é direcionado para discentes que estão cursando o ensino médio ou para pessoas que já possuem o ensino médio e; O nível tecnológico que é voltado somente para as pessoas que já concluíram o ensino médio.
O mercado atual precisa de trabalhadores que desempenham seu
trabalho com eficiência e as escolas precisam estar se renovando para colocar o
trabalhador no mercado de trabalho. Conforme cita Paolo Nosella (2002, p. 160):
Se do trabalhador tradicional esperava-se somente competência técnica e habilidade mecânica, pois o dirigente se incumbia do relacionamento com o ambiente onde atuava, hoje exige que a escola integre a competência técnica e a humana. Muitíssima se rápidas, informações são necessárias, mas é necessário também possuir a capacidade subjetiva de utilizá-las criativamente.
O governo Federal por não ser o único responsável pela educação
profissional foi articulado entre o público, privado e o não governamental uma rede
de instituições de formação que inclui as escolas técnicas federais, estaduais e
municipais, o chamado S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, SESI). ONGs
e estabelecimentos de ensino profissional livre.
No Paraná tem o CEFET - Centros Federais de Educação Tecnológica,
universidade especializada nessa modalidade; que oferece uma variedade de
cursos, na modalidade presencial, semipresencial e a distância, e ainda
desenvolvem projetos de intercâmbio internacional nos países que integram o
MERCOSUL, a Comunidade de Língua Portuguesa – CPLP, e o Canadá.
A partir de 2004 o Paraná passou a ter Ensino Médio Integrado no qual
oferece cursos profissionalizantes que variam de região para região os tipos de
cursos e a duração é de quatro anos. O aluno recebe no final do curso o certificado
de conclusão de ensino médio e poderá continuar seus estudos numa faculdade, ou
18
fazer outros cursos de atualização, pois hoje há necessidade de estar em
permanente formação continuada.
Com o crescimento do país e a insegurança do mercado de trabalho e
as indefinições quanto ao futuro se torna um desafio trabalhar os adolescentes sobre
a orientação profissional, pois para atender as dificuldades dos alunos em todos os
processos da escolha há necessidade do envolvimento da família e a colaboração
da sociedade para melhor educar o nosso jovem a fim de melhor planejar o seu o
futuro.
2.5 Processos Seletivos Para Ingresso o Ensino Superior!
Atualmente, há outras formas de ingresso em uma faculdade. Há
exames como o ENEM, avaliação seriada, entrevista, análise do histórico escolar,
prova agendada e prova eletrônica.
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio é uma avaliação que tem
como finalidade avaliar o desempenho dos estudantes que terminam o ensino
médio. Algumas faculdades adotam este sistema para concorrer a uma vaga.
Vestibular Tradicional – É um exame em que o candidato resolve uma
série de questões que podem ser múltipla escolha ou discursivas e ainda fazer uma
redação. São aprovados os que obtiverem maior número de pontos. Muitas
instituições dividem o vestibular em duas fases em dias distintos. A primeira fase na
maioria com questões de múltipla escolha e é eliminatória para passar à fase
seguinte. Na segunda fase, as provas costumam ser discursivas com a finalidade de
avaliar o raciocínio do candidato e sua capacidade de organizar as respostas de
forma clara e objetiva. As provas de cada disciplina podem ter pesos diferentes, de
acordo com o curso escolhido.
AVALIAÇÃO SERIADA
O objetivo desse sistema é medir o conhecimento do estudante de forma gradual e progressiva. Na maioria das vezes, o aluno faz provas no fim de cada um dos três anos do Ensino Médio. Para concorrer a uma vaga é preciso se inscrever na instituição no primeiro ano do Ensino Médio, mas a escolha da carreira é feita somente no terceiro ano. As provas são semelhantes às dos vestibulares e consistem em uma redação, testes de múltipla escolha e, em alguns casos, questões discursivas. Geralmente, o conteúdo da prova abrange apenas o que foi ensinado naquele ano, mas,
19
em algumas instituições, ele se acumula para a prova do ano seguinte. No fim do processo, quando o aluno já fez a três provas, obtém-se uma média com os resultados de cada ano, e as vagas são preenchidas conforme a pontuação dos candidatos. Exemplos de instituições que adotam a avaliação seriada é a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), A universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade do Estado do Amazonas. (TAKESHI, 2011, p. 27),
AS AÇÕES AFIRMATIVAS
São Ações através de cotas que reservam um percentual de vagas do vestibular para alunos que estudaram todo o Ensino Médio em escola pública, negros, indígenas e portadores de deficiência. Os critérios e o percentual das vagas reservadas variam uma instituição para outra. No sistema de bonificação, são acrescidos pontos na nota final de candidatos pertencentes a determinados grupos. (TAKESHI, 2011, p. 27).
A Entrevista é um método é utilizado em algumas instituições que analisam o histórico escolar e a nota do ENEM ou uma redação. Por meio da entrevista, a escola avalia o interesse do candidato pelo curso e pela carreira escolhida. É usada por instituições como a Universidade Cândido Mendes (Ucam) e a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Belo Horizonte (FasisaBH). (TAKESHI, 2011, p. 27).
ANÁLISE DO HISTÓRICO ESCOLAR
O método considera o desempenho do candidato no decorrer dos anos que compõem o Ensino Médio. Algumas instituições utilizam um sistema misto, no qual a análise do histórico escolar entra na composição da nota final do vestibular. Entre as escolas que adotam o sistema está a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) (TAKESHI, 2011, p. 28).
PROVA AGENDADA
Também chamada de processo seletivo continuado, esse sistema é comum no preenchimento de vagas remanescentes. Os candidatos definem a data e o horário do exame, de acordo com um calendário proposto pela escola ou livremente. O conteúdo costuma ser o mesmo do vestibular tradicional. Exemplos de escola que aplicam a prova agendada são a Universidade Paulista (Unip) e a Universidade Anhembi Morumbi (TAKESHI, 2011, p. 28).
PROVA ELETRÔNICA
Neste tipo de seleção, os exames são feitos diretamente nos computadores da instituição. A vantagem é a rapidez na divulgação dos resultados, que geralmente saem no dia seguinte ao da realização da prova. Entre as instituições que empregam a prova eletrônica estão a Universidade de Salvador (Unifacs) e a Universidade São Francisco (USF) (TAKESHI, 2011, p. 28).
20
PROVAS DE HABILIDADES ESPECÍFICAS
Em alguns cursos, como parte do processo seletivo, o candidato precisa se submeter a uma prova de aptidão. Para o curso de Arquitetura, por exemplo, o candidato deve demonstrar habilidade em desenho e geometria. Para Educação Física e Esporte, o aluno passa por testes de aptidão física e habilidade motora, com exercícios de velocidade, resistência e agilidade.
3 Relatando o Desenvolvimento
Esta pesquisa foi desenvolvida utilizando como metodologia a
pesquisa-ação com o objetivo de elucidá-la. A pesquisa-ação por ser um método no
qual o pesquisador está envolvido no problema e participa na solução e conforme
descreve:
[...] é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com uma resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLEN, 2005, p. 16).
Como parte do trabalho realizado a pesquisa bibliográfica possibilitou
aprofundamento, bem como a ampliação dos pressupostos teóricos de autores
como: BOCK (2010), BOHOSLASKY (1998), FERRETTI (1992); LEVENFUS (1997),
RAPPAPORT (2000), SOARES (1987), SPACCARQUERCHE (2009), e outros que
discutem esta temática do processo de desenvolvimento da adolescência e suas
escolhas.
Diante das considerações, para uma melhor compreensão do objeto de
estudo, desta pesquisa, elaborou-se o projeto de intervenção pedagógica na escola.
As observações e experiências realizadas deram a origem a esse artigo que aborda
o adolescente na fase da escolha profissional, com o intuito de auxiliar o jovem
estudante do 3º ano do ensino médio, ao autoconhecimento e à reflexão acerca do
prosseguimento de seus estudos.
Participaram deste projeto de intervenção pedagógica, alunos do terceiro
ano do ensino médio do Colégio Estadual “Souza Naves” de Rolândia que a partir do
preenchimento de uma entrevista semi-estruturada e de outras atividades como:
21
projeção de vídeo; visitas a universidades, palestras com profissionais de diversas
áreas, conversas e entrevistas que no decorrer das atividades e da participação dos
alunos obtiveram informações que possibilitaram a reflexão sobre o que almejam
para a sua vida profissional.
3.1 Metodologia Procedimentos
O referido projeto foi desenvolvido no ano de 2010 e teve como objetivo
colaborar com os alunos do 3º ano do ensino médio a fazer suas escolhas no âmbito
profissional com mais conhecimentos das profissões que existe no mercado de
trabalho. Para o desenvolvimento do projeto, foi utilizada a Unidade Didática como
formato para a implementação do estudo, fundamentada na leitura de vários autores
que contribuiu para realizar este projeto.
A Unidade Didática foi implementada a partir de julho no Colégio
Estadual “Souza Naves” Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante da cidade
de Rolândia, no período matutino para 102 alunos do 3º ano do ensino médio.
Optamos pela pesquisa ação com abordagem qualitativa, para tanto
através de uma entrevista semi-estruturada os alunos responderam as questões que
abordavam quais eram seus interesses em relação ao prosseguimento dos estudos.
A escolha por este campo de pesquisa deve-se ao fato de estar sempre em contato
no cotidiano escolar com os adolescentes e sentir a necessidade de orientá-los
quanto ao prosseguimento dos estudos em optar por um curso superior ou um curso
técnico e outra razão é de acreditar que o serviço de orientação profissional poderá
colaborar com os adolescentes para estarem refletindo sobre seu projeto de vida.
Para prosseguir com esta pesquisa primeiramente estabelecemos um
diálogo com a direção e equipe pedagógica do colégio que na oportunidade
apresentamos os objetivos da pesquisa e de como seria a realização da mesma.
A apresentação do trabalho aos professores e funcionários foi na
semana da formação continuada em julho de 2011 em que os professores se
mostraram receptivos e apoiaram a realização da pesquisa e alguns cedendo suas
aulas para a coleta de dados e aos trabalhos de sala.
A apresentação da pesquisa aos alunos ocorreu em sala de aula que
transcorreu normalmente e teve questionamentos de como poderiam estar
22
participando das atividades e foram colocados que os dados coletados seriam
sigilosos e suas identidades preservadas.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) oferece um Programa
Profissão Certa para alunos de escola pública interessados em ter mais informações
e conhecimentos sobre a variedade de cursos que existe e proporcionar momentos
onde pudessem refletir sobre sua escolha profissional.
Inscreveram-se 35 alunos, mas concluíram o curso duas alunas. Os
alunos que não concluíram alegaram que:
a) Falta de condições financeiras para ir de ônibus até a UEL;
b) Horário dos encontros ficava cansativo sair da escola e
participar; (2ª feira às 14: 00 horas)
c) Começou a trabalhar na metade do curso;
d) Não foi o que esperava.
e) Falta de apoio externo (família)
As alunas que concluíram os oito encontros gostaram muito e relataram
que o crescimento no processo da escolha profissional foi algo valioso para seu
projeto de vida.
A coleta de dados por meio de entrevista semi-estruturada realizada nas
quatro turmas do 3º ano do ensino médio transcorreu num clima agradável e troca
de algumas explicações
Os dados relatados nesta pesquisa foram coletados durante a
implementação da Unidade Didática que foi elaborada com a finalidade de colaborar
nesta fase tão difícil para muitos jovens adolescentes que é o momento da decisão
por um curso técnico ou um curso superior. Os alunos do 3º ano do ensino médio do
período matutino são os que participaram deste projeto na faixa etária entre 16 e 19
anos de idade.
Antes de introduzir a produção didática pedagógica aos alunos, passou
pelo parecer de outros professores da rede pública por meio do GTR (Grupo de
Trabalho em Rede). Quando a Unidade Didática foi apresentada a esses
professores houve um compartilhamento de sugestões que enriqueceu o trabalho
em andamento. Os pedagogos participantes se mostraram interessados em realizar
este trabalho no seu local de trabalho com os alunos do ensino médio.
23
Para a realização da coleta de dados para análise foram utilizados os
seguintes instrumentos.
a) Primeiramente foi exposto sobre o trabalho que a UEL oferece
gratuitamente a alunos interessados a se autoconhecer e para
escolher o curso que lhe interessa. Foi coletado o nome dos
alunos que gostariam de participar dos encontros na UEL;
b) Aplicação de uma entrevista semi-estruturada aos alunos, como
forma de obter mais informações de quais profissões gostariam
ter mais conhecimento.
c) Avaliação final em forma de um questionário impresso em que
relataram e deram sugestões das atividades desenvolvidas
durante a implementação da Unidade Didática.
Após o trabalho da coleta de dados foi dada a continuidade dos
trabalhos, em que os dados coletados foram os seguintes:
a) 84 alunos desejam fazer um curso superior
b) 12 alunos estavam indecisos se iriam fazer um curso técnico ou
um curso superior.
c) 06 alunos já tinham decidido por um curso técnico.
Diante dos dados coletados verificamos que a maioria dos alunos
tem interesse em fazer um curso superior.
Através da coleta de informações acerca de interesses sobre
algumas profissões foi realizado um ciclo de palestras com vários profissionais de
diversas áreas para expor sobre sua profissão em dia e local previamente
agendado.
Utilizamos a TV Cultura da cidade de Rolândia para divulgar o evento
que aconteceu no Centro Cultural Nanuk com vários profissionais que
gentilmente deixaram seus afazeres para contribuir com este projeto e ainda teve
sorteio de brindes que o comércio da cidade doou para incentivar os alunos a
comparecer ao local.
A participação dos alunos foi muito boa; surpreendeu pelo número de
alunos que compareceu ao recinto. A contribuições que os profissionais
24
proporcionaram a estes adolescentes foi de grande valia e amenizou algumas
dúvidas que os alunos tinham em relação ao mercado de trabalho. Os profissionais
que gentilmente compareceu para expor sobre seu trabalho deram uma lição de
cidadania e muito enriqueceu para realização desse trabalho.
Através de oficio encaminhado a Secretaria da Educação do Município
de Rolândia cederam o transporte (ônibus) para levar os alunos à visita as
universidades (UNOPAR, UEL e UFTP). Previamente agendada nas referidas
universidades que proporcionaram momentos de instrução e de conhecimento aos
alunos interessados em adquirir mais subsídios sobre a área de seu interesse. Os
pais foram comunicados e assinaram a autorização para irem a universidade
Observou-se que a maioria dos alunos pretende fazer um curso superior,
muitas vezes não importando qual o curso, mas simplesmente fazer uma faculdade
para dizer que tem um curso superior.
Os alunos que estão em dúvida se fazem um curso superior ou um curso
técnico é porque estão com muitas dúvidas sobre o que é melhor para si sentem que
precisam ter mais conhecimento dos cursos e avaliar o que mais condiz com o seu
perfil e dos valores que estão implícitos nesta escolha.
Os alunos que pretendem fazer um curso técnico, muitas vezes já
trabalham e querem aperfeiçoar mais rapidamente para elevar de cargo no seu
trabalho. Outros pretendem fazer um curso técnico e mais tarde fazer uma
faculdade.
Alguns adolescentes relataram que, primeiramente fará o curso superior
que os pais querem e depois de estabilizados fará o curso que realmente tem
interesse.
Isto nos mostra a influência da família em decidir para o filho o que eles
gostaria de ter feito colocando no filho a sua frustração de não ter realizado o que
gostaria.
Outros adolescentes relataram que, apesar de gostar de certa profissão,
terão que deixar para mais tarde e optar por outra que seja mais acessível devido às
condições financeiras da família.
Em horário alternados alunos interessados participaram de outras
atividades em uma das salas do colégio com profissionais de outras áreas e com
alunos que estão cursando a faculdade que relataram o que estão achando do curso
escolhido e como é a rotina na faculdade.
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Na avaliação final os alunos relataram que o trabalho desenvolvido
como: as palestras com os profissionais de diversas áreas, projeções de vídeos do
cotidiano de algumas profissões, visitas às universidades e outras informações
sobre o mercado de trabalho colaboraram para uma reflexão e para uma tomada de
decisão com mais equilíbrio e que este projeto deve ser ministrado todos os anos e
que seja iniciado no 1º ano do Ensino Médio e no primeiro semestre para os alunos
do 3º ano.
Observou-se que durante o processo de decisão os adolescentes
sentiam angústias, incertezas e que as influências e outros sentimentos que
interferem para uma escolha satisfatória, foram se amenizando na medida que
participaram das atividades que o serviço de orientação profissional proporcionou.
4 Considerações Finais
Diante de tantos aspectos que interferem nesta temática, é difícil de
apresentar um trabalho que solucione todas as indagações e angustias dos
adolescentes, mas o intuito deste trabalho foi de amenizar e oferecer meios para
que o adolescente do 3º ano do ensino médio possa ter mais acesso e informações
mais esclarecedoras sobre os fatores que influenciam nas suas escolhas
profissionais e oportunizar momentos para uma reflexão do que almejam para seu
projeto de vida.
Observamos que há necessidade de um trabalho de orientação
profissional com todos os adolescentes do ensino médio para que os mesmos
tenham oportunidade de se autoconhecer e ter uma visão geral sobre o mercado de
trabalho e a variedade de cursos existentes.
O trabalho de orientação profissional nas escolas públicas é de suma
importância para que o adolescente possa ter acesso as informações sobre o
mercado de trabalho e sobre o que interfere nas suas escolhas.
A participação dos alunos no desenvolvimento das atividades como as
palestras, visitas a universidades e as feiras de profissões proporcionaram uma
visão mais real do que envolve o mundo do trabalho.
Este trabalho pode direcionar muitos jovens adolescentes ao mundo real
isto é muitos amadureceram suas idéias e projeções para um futuro mais satisfatório
dentro do possível para a realidade de cada um.
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Este projeto contribuiu para o meu crescimento profissional e a por em
prática os conhecimentos adquiridos fundamentais para realizar um trabalho de
Orientação Profissional dentro de uma proposta crítica com objetivo de colaborar
com os adolescentes em suas escolhas profissionais para que as mesmas
aconteçam de forma consciente e sem muito stress.
Imbuídos por este espírito reflexivo dispomos o presente artigo para que
o mesmo sirva de auxílio a outros educadores e estudiosos pertinentes ao tema
proposto, visando que sejam estabelecidas políticas públicas que institucionalizem o
trabalho de Orientação Profissional nas escolas do estado possibilitando um
atendimento muldisciplinar aos adolescentes do ensino médio.
O que almejamos é favorecer a construção de um cidadão que tenha
clareza de seu papel na sociedade e seja inserido no mundo do trabalho com
competência, transmissor de amor e respeito ao próximo.
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