Elementos que compõem a câmera fotográfica

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Elementos que compõem a câmera fotográfica Camera fotográfica Objetivas (ou lentes) É um conjunto de lentes que concentram os raios de luz emanados pela objetiva na câmera. Em sua forma mais simples definimos como uma parte de vidro polido. A objetiva é atingida pela luz que se dispersa a partir do indivíduo e lhe faz convergir de novo formando uma imagem. As objetivas são compostas de diferentes lentes montadas solidamente e calculadas, de forma a produzir, sob uma larga faixa de situações de luz, uma maior resolução óptica, o que seria impossível com uma única lente simples. Pelo material utilizado na elaboração das lentes, as objetivas podem variar muito de qualidade, o que afeta a imagem que produzem. Varia também o número de lentes, pois há objetivas formadas por dois elementos e outras, de qualidade superior, com mais de dez elementos. Objetiva e a fonte luminosa: Qualquer plano ou elemento que queiramos fotografar deve encontrar-se iluminado por alguma fonte luninosa, um lustre elétrico, o sol, devemos ter presente que fotografar significa "desenhar com a luz" . A luz que atinge a objetiva é refletida em todas direções, parte destes raios atravessarão a objetiva para formar a imagem. Se o objeto é colorido, os raios refletidos também serão.

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Elementos que compõem a câmera fotográfica

Camera fotográfica

Objetivas (ou lentes)

É um conjunto de lentes que concentram os raios de luz emanados pela objetiva na

câmera. Em sua forma mais simples definimos como uma parte de vidro polido. A

objetiva é atingida pela luz que se dispersa a partir do indivíduo e lhe faz convergir de

novo formando uma imagem.

As objetivas são compostas de diferentes lentes montadas solidamente e calculadas,

de forma a produzir, sob uma larga faixa de situações de luz, uma maior resolução

óptica, o que seria impossível com uma única lente simples.

Pelo material utilizado na elaboração das lentes, as objetivas podem variar muito de

qualidade, o que afeta a imagem que produzem. Varia também o número de lentes,

pois há objetivas formadas por dois elementos e outras, de qualidade superior, com

mais de dez elementos.

Objetiva e a fonte luminosa:

Qualquer plano ou elemento que queiramos fotografar deve encontrar-se iluminado

por alguma fonte luninosa, um lustre elétrico, o sol, devemos ter presente que

fotografar significa "desenhar com a luz" . A luz que atinge a objetiva é refletida em

todas direções, parte destes raios atravessarão a objetiva para formar a imagem. Se o

objeto é colorido, os raios refletidos também serão.

Nas máquinas de objetivas intercambiáveis, podemos alterar tanto a distância focal,

como a luminosidade pela troca de objetiva.

Considera-se distância focal a medida do centro óptico da lente principal da objetiva,

ponto que ocorre a inversão da imagem, até fundo da máquina onde se encontra o

filme (plano focal), quando focaliza-se o infinito.

Se alterarmos a distância focal, ou seja, mudarmos de objetiva, estaremos

modificando o campo visual. Quanto maior a distância focal de uma objetiva, menor

será seu ângulo de visão (tele objetiva).

Foco

Para focalizarmos a imagem temos que afastar ou aproximar a objetiva do plano do

filme. Esta movimentação acontece na objetiva, na qual se encontra o anel de foco

(que substituiu o antigo fole) que afasta ou aproxima as lentes do fundo da máquina.

Este ajuste acontece de maneira inversamente proporcional à distância

máquina/assunto. Quanto maior a distância que se encontra o assunto, menor será o

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deslocamento das lentes para que os raios de luz formem uma boa imagem no plano

focal. Quando se foca um objeto ou uma pessoa, o que está sendo focado é a distância

que esses assuntos estão do plano do filme e não eles em si.

Sistemas de Auxilio de Foco

As máquinas fotográficas, dependendo do grau de sofisticação técnica, possuem

sistemas próprios para a verificação do foco através do visor. Podemos resumir estas

variações em 3 sistemas principais:

Escala das Distâncias

Um grande número de máquinas traz uma escala de metragem gravada na objetiva,

indicando diversas distâncias entre máquina e objeto; temos que calcular a distância

do objeto que queremos fotografar e em seguida ajustar essa escala.

Em algumas máquinas automáticas (amadoras) trazem na escala de distância, ou anel

de focalização, desenhos representando diversos enquadramentos (meio-corpo, corpo

inteiro, um grupo e montanhas) o que, a grosso modo, determina a distância

máquina/objeto. A maioria dessas câmeras tem foco fixo.

As máquinas com maiores recursos, possuem uma escala de distância também

gravada na objetiva, que indica a distância ao assunto em metros ou pés. Esta escala

permite não só sabermos a distância ao assunto em foco/máquina, como também, a

profundidade deste foco.

Sistema de Difusão

Em algumas câmaras fotográficas a imagem formada pela objetiva é transmitida para

um vidro despolido que permite a sua visualização. Esta imagem tanto pode

apresentar-se "borrada", quanto fora de foco, como nítida, quando bem ajustada pelo

anel de foco.

O nível de nitidez da imagem visualizada no vidro despolido, corresponde ao nível de

precisão da imagem recebida pelo filme.

Em algumas máquinas 35mm. podemos encontrar este sistema mais aprimorado. Na

área central do visor há um micro prisma que faz com que os limites da imagem do

objeto, pareçam linhas trêmulas quando o assunto estiver ligeiramente fora de foco, o

que não ocorre com o restante do visor que possui o sistema de difusão.

Sistema de Sobreposição de imagem

Este sistema consiste em visualizar através do visor da máquina, uma dupla imagem

do assunto, quando está fora de foco, semelhante à imagem de uma televisão com

fantasma.

Estas imagens vão se sobrepondo conforme se gira o anel de focalização .Obteremos

foco quando as imagens se sobrepõem completamente.

Sistema de Justaposição e Difusão

O sistema de justaposição é bastante semelhante ao de sobreposição das imagens,

sendo mais aprimorado e, portanto, mais usado atualmente.

Este sistema consiste em visualizarmos no quadro geral do visor, a imagem por

difusão, e na área central do visor uma imagem bi-partida.

Esta imagem vai se justapondo conforme se ajusta o anel de focalização,

determinando o seu foco quando suas partes não mais estiverem deslocadas.

Obturador

Dispositivo mecânico pelo qual se controla o tempo de exposição do filme à luz. Isto

é o que permite decidir no momento exato no que se fará a fotografia e o tempo que

estará exposta à luz.

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Fica embutido na interior do corpo de uma máquina e é altíssimamente calibrado, uma

vez que controla exposições de tempo que podem variar de 30 segundos à milésimos

de segundos.

Os diversos tipos de obturadores podem ser divididos em dois grupos principais:

Obturadores de Íris ou Centrais

São compostos de lâminas que alcançam maior grau de eficiência quando são

incorporados á objetiva; suas lâminas se abrem e se fecham muito rapidamente por

meio de um mecanismo de relógio. Seu tempo mais curto é geralmente 1/500

segundo. Nesse tipo de obturador o flash pode ser sincronizado em todas as

velocidades.

Obturadores de Cortina ou Plano Focal.

São encontrados nas máquinas reflex de uma só objetiva. São formados por duas

cortinas que estão situadas imediatamente adiante do filme (no fundo da máquina) e

em câmeras eletrônicas assas cortinas são formadas pôr palhetas que formam uma

espécie de leque . Com velocidade curtíssima, o filme é exposto numa sucessão de

faixas como se fosse um scaner. Este obturador mantém o filme coberto

possibilitando, assim, a troca de objetivas mesmo que a máquina esteja com filme. A

série de tempos do obturador está disposta de maneira que cada ajuste eqüivalha à

metade de tempo da exposição anterior e ao dobro da seguinte. Os números gravados

na câmera referem-se ao denominador, portanto 125 significa 1/125-segundo.

Escala do Obturador

B, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000, 4000, 8000

Já existem máquinas com obturadores cuja escala de tempo abrange 30 segundos a

1/8000 segundo, como tempos determinados, incluindo também o B (bulb). Ao

ajustarmos em B, o obturador permanece aberto todo o tempo que estivermos

pressionando o disparador da máquina mas perdemos o fotômetro.

Usamos o B para fotos que necessitem de exposições superiores ao maior tempo

determinado da escala do nosso obturador, desse modo não podemos contar com o

fotômetro

Diafragma

As objetivas fotográficas possuem um elemento importantíssimo para controlar a

quantidade de luz que chega ao filme: o diafragma.

O diafragma ou abertura é o disco que sempre está situado em volta da objetiva e atua

como a íris do olho humano, variando seu diâmetro podemos controlar a luz que entra

na câmera.

O diâmetro de um determinado feixe de raios luminosos projetados no plano focal vai

determinar a quantidade de luz que irá impressionar o filme de acordo com sua

sensibilidade.

O diafragma é uma combinação de lâminas metálicas que formam um orifício com

graduações para possibilitar diversos tamanhos de aberturas, e que junto com o

obturador , formam o controle da quantidade de luz que entra na câmera fotográfica.

Um orifício pequeno deixa passar menos luz que outro maior, portanto, o tamanho do

orifício serve para alterar a exposição além de outros efeitos (profundidade de

campo).

O movimento que indica a abertura do diafragma se chama número f. e seu valor se

expressa em formas como, por exemplo, f.2.8

Conforme a abertura aumenta , o número f. é menor. Um número f. maior, por

exemplo, f.64 indica uma abertura pequena e um número f. menor, por exemplo, f.8

indica uma abertura maior.

Para obtermos a escala dos números f. foi utilizada uma abertura padrão que permite a

passagem de 10.000’ unidades de luz, a abertura f. 1 .

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Sua área sendo dividida pela metade - f. ½ - , a luz que penetrará será uma quarta

parte de f. 1.

Portanto f.1 permite 10.000 unidades de luz e f. ½ permite 2.500 unidades.

Para facilitar o manejo e os cálculos de exposição foi criado um diafragma

intermediário que permite a passagem da metade de luz de f. 1 e o dobro de f. ½ , o

diafragma f.1.4.

A área de f. ½ dividida pela metade resultará f. ¼ que permite a passagem de uma

quarta parte da luz de f. ½ .

Colocando um diafragma intermediário - f. 2.8 - obtém-se a metade da luz de f. ½ e o

dobro de luz de f. ¼ .

Seguindo este raciocínio obtém-se toda a escala dos números f.: 1.4 - 2 - 2.8 - 4- 5. 6 -

8 - 11 - 16 - 22 - 32 etc...

No anel de comando da objetiva vêm gravados os números f. sem os numeradores das

frações, portanto 2 significa ½ .

A maior abertura existente é a 1.2, não é possível se fazer uma abertura 1 que seria o

todo aberto pois a profundidade de campo fica tão restrita que prejudica o foco nessa

abertura.

OBTURADOR + DIAFRAGMA = EXPOSIÇÃO

Enquanto o diafragma regula a entrada de luz pela modificação do tamanho do feixe

luminoso a entrar pela objetiva, o obturador ajusta o tempo que essa quantidade de luz

entrará na câmera. Este tempo é geralmente muito rápido e combinando com a

abertura do diafragma, nos dá a "exposição" desejada ou necessária.

Controle no Manuseio da Máquina Fotográfica

Valor de Exposição

É sabido que o diafragma, que se situa na objetiva, controla a entrada de luz na

câmera e que, o obturador controla o tempo desta exposição. Também já sabemos que

a escala dos números f. reduz ou dobra a luminosidade (quanto maior o número,

menor a quantidade de luz) e que a escala do obturador altera nas mesmas proporções

o tempo de exposição. O obturador e o diafragma trabalham juntos: se diminuirmos a

luminosidade pelo diafragma, teremos que compensar essa falta aumentando o tempo

de exposição e vice-versa. Em outras palavras, nós alteramos o diafragma e o

obturador, mas não alteramos o "valor de exposição" (EV) que é a quantidade de luz

resultante da soma DIAFRAGMA+ OBTURADOR , que o material fotossensível

(filme) necessita naquela situação de luz dependendo da sua sensibilidade.

Efeitos com o Obturador

Como já vimos no item anterior, o EV corresponde a diversos diafragmas e

obturadores que estão determinando a mesma quantidade de luz, mas o resultado final

das imagens é que será diferente e está é a opção do fotógrafo nas diversas situações.

Exemplo: para um filme ISO 400 que numa determinada situação necessita f 1.4 com

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1/1000 seg. até f 16 com 1/8 seg. continuando a dar a mesma "dose" de luz para o

filme.

A escolha da velocidade do obturador mais adequado depende de uma série de

requisitos, como a diferença de distância das coisas, que altera a sensação de

movimento ( quanto mais perto o movimento nos parece maior.) e o sentido do

movimento que se horizontal em relação a câmera tem maior movimento, vertical tem

menor e diagonal mais ou menos.

Suponhamos uma situação em que precisamos fotografar um carro de corrida em alta

velocidade e o nosso fotômetro determina um EV para um filme de 400 ISO.

1a. Opção:

Queremos que o carro fique congelado (apesar de sua alta velocidade) e que o fundo,

onde estão as pessoas assistindo , também seja bem visível.

Para este efeito (congelamento) temos que usar um tempo bastante rápido no

obturador, e escolheremos então a exposição f.1.4 com 1/1000 seg. Para maior certeza

que estamos com o carro no quadro, acompanhamos com a máquina sua passagem e

fazemos a foto no local desejado.

2a. Opção:

Queremos captar a velocidade do carro, mas não queremos alterar a visibilidade do

fundo.

Para isto, basta diminuirmos o tempo do obturador de modo que o carro "ande"

durante a exposição ,que se muito longa, fará um "vulto" não mostrando perfeitamente

o carro mas sim seu movimento. Com a máquina lateral à pista poderemos captar com

maior ênfase o deslocamento do carro; o que já é minimizado quando a exposição é

diagonal. Não é aconselhável a posição frontal, que só permite captarmos como

movimento, o aumento ou redução do tamanho do objeto.

3a. Opção

Queremos mostrar o carro em alta velocidade mas sem perder os seus detalhes, e

mostrando o movimento do fundo.

Para conseguirmos este efeito, temos que usar um tempo lento (15, 8) no obturador ,

para que possamos acompanhar o carro com a máquina durante a exposição, ou seja, o

carro perante a máquina fotográfica está parado, pois os dois, máquina/carro se

deslocam juntos, fazendo com que a imagem do carro sobre o filme seja sempre no

mesmo lugar, portanto sairá congelado e o fundo que está parado, será deslocado pelo

movimento da câmara. Teremos então, a sensação de velocidade do carro sem perda

dos seus detalhes, mas "borrando" o fundo. A posição da máquina é muito importante,

porque, além de determinar a distância do objeto, determina, também, o espaço em

que ocupara no negativo o movimento desse objeto.

Como é muito difícil calcular exatamente a velocidade do movimento dos objetos, só

a prática nas mais diversas situações dará maior segurança e precisão na escolha do

tempo de exposição ideal para o efeito desejado. Portanto, é conveniente usarmos

diferentes tempos no obturador para que depois tenhamos material para escolha e o

auxílio de um tripé..

Efeitos Com o Diafragma Profundidade de Campo

Profundidade de campo está diretamente relacionado com foco. É a opção que o

fotógrafo tem de alterar os elementos que serão focados , ou desfocados, na foto. O

controle da profundidade de campo é feito pela alteração do diafragma, quanto menor

a abertura, maior a profundidade de campo. Na prática, a profundidade de campo se

estende muito mais para além do objeto focado, ponto central do foco - do que adiante

dele, na proporção de 1 parte para frente e duas partes para trás do foco real.

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A profundidade de campo é controlável não só pela "Distância Focal" da objetiva e

pela abertura do diafragma, como também pela distância do centro do foco à máquina

fotográfica.

Distância:

Os raios refletidos de objetos mais distântes são menos propensos à formaçào dos

círculos de confusão (desfoque). Portanto, obtemos uma maior profundidade de

campo quanto maior distância do objeto.

Profundidade de Foco

Nas máquinas fotográficas de pequeno porte, quando a imagem está focalizada, a

distância entre a objetiva e o filme é bastante rígida; o que não acontece nas máquinas

de grande porte, que permitem um deslocamento do filme sem que a imagem perca o

"foco permitido" e adquira um aspecto totalmente borrado. Este espaço, no interior da

máquina, em que o foco é obtido, é conhecido como profundidade de foco. A

profundidade de foco tem a mesma distância para frente e para trás do ponto onde o

foco alcança seu auge.

Controle Automático e Manual do Diafragma:

Nas câmaras modernas, de uma só objetiva (mono-reflex), o diafragma fica

permanentemente aberto. Ao dispararmos, o diafragma se fecha no limite pré-

selecionado. Este controle automático facilita a focalização, mas não mostra

previamente a profundidade de campo da fotografia. Portanto, estas câmaras possuem

um dispositivo, com um botão ou trava, que faz com que o diafragma se feche na

abertura determinada no anel de comando sem que seja necessário o disparo.

Fechar o diafragma antes do disparo nos possibilita a verificação visual da

profundidade de campo determinada por aquele diafragma e naquela distância.

Escala das Distâncias e da Profundidade de Campo

As objetivas das câmaras fotográficas possuem uma escala de distância que está ligada ao anel

do foco. Estas medidas se referem à distância do assunto focalizado em relação à máquina.

Ao determinarmos que este ou aquele objeto será o "centro do foco", estamos determinando a

distância máquina/assunto. É importante sabermos esta medida para podermos, através de outra

escala - a da profundidade de campo - calcularmos a quantidade de área nítida daquela

fotografia.

A escala da profundidade de campo está relacionada tanto com a distância do assunto/máquina,

como também com o diafragma escolhido.

Geralmente a escala da profundidade de campos fica entre o anel de foco e a escala dos

números f. na objetiva da câmara. E é formada por alguns dos números f. que se repetem para a

esquerda e para a direita do centro determinado da distância e diafragma usados. A leitura é

feita através das marcas de distância correspondentes (em metros ou pés) aos dois números

iguais que representam o diafragma escolhido, então o foco estará compreendido entre elas, ou

seja, a área nítida terá a profundidade determinada pelo diafragma usado em relação à distância

do assunto.

Exemplo: usando o diafragma f.8, e estando a dois metros de distância do assunto, teremos de

profundidade de campo a diferença entre as distâncias que são determinadas entre os dois "8"

da escala de profundidade de campo, ou seja, até 1.60m tudo sairá fora de foco, de 1.60m a

2.60m está compreendida a área nítida e após tudo isto, tudo sairá desfocado. Portanto, terei

uma profundidade de campo de um metro.

As objetivas têm variações de profundidade de campo conforme seu tipo (grande-angulares,

normais, teles) no que acarreta que cada uma possua a sua própria escala.

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A luminosidade

As características de uma objetiva se

diferenciam por dois parâmetros: A luminosidade e a distância focal.

 

A luminosidade: (abertura do diafragma)

É a quantidade de luz que pode chegar a entrar através da lente frontal de uma

objetiva. Com muita luminosidade numa objetiva, podem-se realizar boas imagens

ainda que tenha pouca luz. A exposição também depende da quantidade de luz que

passa através das lentes de nossa objetiva durante um tempo determinado.

A abertura é o diâmetro do diafragma situado no interior da objetiva. Quanto maior

for, mais quantidade de luz chegará à superfície do filme, num tempo determinado.

Por tanto a Luminosidade de uma objetiva ou número f, é o quociente entre sua

distância focal e o diâmetro de sua abertura.

O tamanho da abertura vem indicado por uma série de números (f) marcados no anel

da objetiva, denominados diafragmas ou pontos de diafragma.

A abertura do diafragma

Existe uma escala universal de aberturas, que se baseia

numas unidades denominadas "passos" ou "números f/" (faço notar que deve utilizar-

se o f minúsculo) Os valores da escala são os seguintes:

f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45 e f/64. Os números

crescem à medida que a abertura se faz menor, por tanto f/5.6 é menor que f/4 mas

maior que f/8.

Cada passo dobra ou reduz à metade a quantidade de luz que entra pelo objetivo.

Por exemplo com uma abertura de f/16 a película recebe o dobro de luz que com uma

de f/22 mas a metade que com f/11.

Um número (f) mais baixo, indica uma abertura maior, e um número (f) mais alto,

indica uma abertura menor.

A distância focal

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Distância Focal:

É a distância em milímetros entre o centro óptico e a superfície do filme ou sensor da

imagem, quando esta se encontra projetada.

As objetivas de distância focal longa, envolvem o objeto por seu ângulo de campo

mais estreito.

A profundidade do campo.

Na profundidade do campo intervêm três fatores: A abertura do diafragma, a distância

do motivo e a distância focal da objetiva.

Profundidade do campo:

A profundidade de campo é a casta de distância no qual os objetos numa foto se vêem

nítidos.

A profundidade do campo, sempre aumenta fechando o diafragma. Segundo alguns

manuais de fotografia, precisa-se que, com uma abertura média do diafragma

( normalmente de 8 e 11 nas câmeras analógicas), obtêm-se as fotos mais nítidas. Isto

não quer dizer que esta regra possa aplicar-se aos objetivos menores das câmeras

digitais.

Outra regra tendo em conta a profundidade do campo, antes de realizar uma

fotografia, deverá centrar-se onde se indica a zona de nitidez do sujeito.

A profundidade de campo varia com o tamanho da abertura da lente, a distância entre

a câmera e o sujeito e a distância focal da lente. A profundidade de campo é maior à

medida que:

1- O tamanho da abertura da lente decresce.

2- A distância ao sujeito aumenta.

3- A distância focal da lente decresce.

Em algumas tomadas precisaremos a máxima profundidade de campo possível.

Focalização

Utilizando o recurso da PROFUNDIDADE DE CAMPO, podemos dar mais ênfase a

determinado objeto, abrindo mais o diafragma (e compensando na velocidade,

evidentemente...) afim de que os demais elementos, localizados em planos diferentes

saiam "fora de foco".

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O diafragma

O diafragma:

Está composto por umas pequenas lâminas metálicas, imbricadas entre si no interior da

objetiva. Estas, formam um orifício regular que determina o diâmetro do feixe luminoso e por

tanto a intensidade de luz que terá o plano focal.

O diafragma, é o que controla a quantidade de luz que atravessa a objetiva e tambem determina

a extensão da profundidade do campo.

Algumas combinações de abertura e velocidade dão lugar a uma exposição equivalente, isto é,

que em muitas ocasiões a imagem ou filme se encontrará exposta à mesma quantidade de luz.

Um diafragma muito aberto e uma velocidade de obturação elevada nos darão uma

profundidade de campo escassa e uma abertura menor e uma velocidade de obturação mais

lenta nos darão um profundidade de campo maior.

A velocidade de obturação

A velocidade de obturação:

Quando pressionamos o disparador da câmera, na realidade o que fazemos é acionar o obturador. Como já

vimos, o obturador costuma ser umas cortinas situadas adiante do negativo, as quais, ao abrir-se, deixam

passar a luz que imprimirá o filme.

Quando o tempo de obturação aumenta ou diminui, o tempo de exposição do filme de imagem aumenta ou

diminui de forma similar ao ajuste do diafragma, que deixa penetrar mais duas vezes ou menos luz com

cada graduação.

Para captar com nitidez motivos em movimento há que recorrer a uma velocidade alta de obturação, que

dependerá de fatores como a velocidade do objeto e a distância à que nos encontremos...

Se o motivo vem para nós ou se afasta, precisaremos uma velocidade mais lenta que se cruza o enquadre.

Devemos situar-nos de forma que todos estes fatores nos favoreçam. No entanto o fator que mais nos

condicionará à hora de escolher a velocidade de obturação será a luz. Em condições de luz escassa podemos

aproveitar as pausas naturais dos objetos em ação.