Elemento Paisagisticos - Cor e Textura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTALENF 385 PLANEJAMENTO PAISAGSTICO

Trabalho Prtico 1

TEXTURA E COR

Caio Magalhes Castriotto - 74180Clarissa Machado Rocha - 74184Jos Henrique P. Nunes Caixeta - 67720Raquel Maiyumi Santos Kawai - 74182

Viosa- MGSetembro de 20151. INTRODUO

Paisagismo no apenas a criao de jardins atravs de plantaes e cultivo de plantas ornamentais, uma tcnica artesanal aliada sensibilidade que se baseia em reconstituir a paisagem natural dentro de cenrios muitas vezes devastados pelas construes. necessrio ter conhecimentos em botnica, ecologia, variaes climticas e estilos arquitetnicos, alm de tudo o conhecimento das compatibilidades para o equilbrio das formas e cores. Tudo isso para a integrao do homem com a natureza, oferecendo melhor condio de vida pelo equilbrio do meio ambiente.Em outras palavras, paisagismo a atividade que consiste em criar espaos funcionais, como jardins, que sejam bonitos e agradveis, utilizando plantas, pedras e diversos outros elementos decorativos. Envolve tcnica, arte, criatividade e bom gosto.Para isto, deve munir-se de meios (elementos e princpios) necessrios para confeco de um jardim dentro dos padres tcnicos, que transmita ao usurio sensaes agradveis e prazerosas.Isto implica em saber "dar o recado", ou seja, saber comunicar-se por meio dos jardins. Para estabelecer o processo de comunicao, so utilizados alguns elementos de comunicao (linha, forma, textura, cor, movimento, som, fragrncia), bem como dos princpios de esttica (mensagem, equilbrio, escala, dominncia, harmonia, clmax, ritmo, proporo).O seguinte trabalho busca definir e exemplificar os conceitos de cor e textura que fazem parte dos elementos de comunicao.1. A COR

A cor a impresso que a luz refletida ou absorvida por uma superfcie produz nos olhos. Na paisagem a cor um elemento importante para destacar, contrastar e compor o espao. Alm disso, tem uma importncia no poder de comunicao bastante significativo. Atravs dela, podemos transmitir diferentes sensaes psicolgicas. A cor vermelha, por exemplo, causa sensao de calor, euforia, alm de dar a impresso de recuo causando diminuio do espao onde est sendo usado. O azul por sua vez oposto prope sensao de calma, paz e frescor, e confere ao jardim amplitude.Elas podem ser dispostas no polgono das cores, formado por dois tringulos (ver imagem 1); um representando as cores primrias (ciano, magenta e amarelo) e outro as cores secundrias (vermelho, amarelo e azul). Outra disposio das cores feita atravs da noo de cores complementares e anlogas (ver imagem 2). Enquanto a primeira forma ocorre atravs de cores colocadas em extremidades opostas, considerando um crculo derivado do polgono das cores, possui a capacidade de criar contraste e destacam elementos, j a segunda feita atravs de vrtices adjacentes no polgono das cores, promovendo a uniformidade e graduao na variao das cores.Assim como os outros elementos de trabalho, a cor transmite sensaes diversas aos observadores. De maneira geral, as cores quentes (ver imagem 2) passam a sensao de alegria, excitao, luminosidade e aproximao, enquanto as cores frias expressam a ideia de calma, tristeza, distncia e profundidade.

Imagem 1 Polgono das Cores e cores complementares

Imagem 2 Crculo derivado do polgono das coresComo exemplo de explorao de contrastes de cores pode-se citar os Jardins de Keukenhof em Amsterdam, Holanda. O uso de cores to distintas proporciona dinamismo ao local e provocam diferentes sensaes (ver imagem 3). Em contraponto temos o Sitio de Burle Marx no Rio de Janeiro, nele o uso da gua e as cores mais frias, remetem a tranquilidade e calma, ampliam o espao e passa a ideia de profundidade (ver imagem 4 e 5).

1. A TEXTURA

A textura nos d sensaes sem que seja necessrio tocar no elemento, proporcionando noo de liso ou spero, leve ou pesado em uma paisagem. Outro aspecto fundamental da textura permitir a compreenso de determinados elementos na paisagem independentemente da cor. Em outras palavras, ao analisar uma fotografia em preto e branco, possvel distinguir o que est mais perto, o que liso e o que pesado atravs da textura, podendo garantir a compreenso de diversas espcies vegetais mesmo sem identificar a cor de todas, como o caso do parque Amantikir, em Campos do Jordo (ver imagem 6).Ao contrrio das cores, no existe uma teoria clara e especfica para as sensaes que a textura transmite um elemento que apresente rugosidade pode passar a sensao de angustia enquanto outro pode transmitir conforto. Esse sentimento garantido pela textura depende do contexto que o elemento se encontra.Alm disso, a textura pode destacar ou camuflar um elemento na paisagem. Esse fato depende da condio de contraste ou unidade das texturas; assim como a cor, ao utilizar texturas semelhantes, a uniformidade garantida, enquanto, um nico elemento com textura diferente destacado em meio paisagem (ver imagem 7).

BIBLIOGRAFIA:GONALVES, Wantuelfer. Resgate: curso de paisagismo. CEDAF- 1995 / Wantuelfer Gonalves Viosa, MG: O Autor, 2013.SIMONDS, John Ormsbee. Landscape Architecture. McGraw-Hill Book Company, Inc. New York, United States, 1961.

ANEXOS

Imagem 3 Jardins de Keukenhof HolandaDisponvel em: http://www.embarquenaviagem.com/2014/03/27/parque-keukenhof-celebra-primavera-colorida-na-holanda/. Acesso em: 23 de set de 2015

Imagem 4 Sitio Burle Marx Rio de Janeiro, BrasilFotos por alunos.

Imagem 5 Sitio Burle Marx Rio de Janeiro, BrasilDisponvel em: http://www.goretecolaco.com/paisagem-preciosa-burle-marx-no-rio-de-janeiro/. Acesso em: 23 de set. de 2015

Imagem 6 Amantikir, os jardins que falam Campos do Jordo, So Paulo.Fotos por alunos.

Imagem 7 Amantikir, os jardins que falam Campos do Jordo, So Paulo.Fotos por alunos.