R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 22 de outubro | Ano 1 | Nº 137 | 2019

Mesmo dentro de um PSDB que não renova suas lideran-ças e com dificuldades para apresentar uma candidatura própria para sucedê-lo em 2020, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), resolveu antecipar o jogo - em entrevis-ta ao jornalista Ricardo Mota (TV Pajuçara) - e revelou o de-sejo de disputa o governo do Estado de Alagoas em 2022. Até lá, Palmeira tem diversos desafios para a construção de uma candidaura que não de-pende apenas de si mesmo. A declaração dada ainda coloca o prefeito como possível alvo de adversários que tenham esse interesse. Página 4

ELEIÇÕES

Pei Fon

Em Alagoas, furtos de energia geram prejuízo de R$ 130 milhões

Dados oficiais revelam 800 casos de violência sexual no ano

Bienal: Prefeitura publica edital para ambulantes

Página 5 Página 5 Página 4

RUI ANTECIPA O “JOGO” E DIZ QUE É CANDIDATO AO GOVERNO EM 2022

Manchas de óleo: MPF obtém condenação da União e do Ibama

O Ministério Público Federal havia entrado com uma ação e conseguiu êxito - por meio de liminar - obrigando a União e o Ibama a adotarem ações

rápidas para conter os efeitos causados pelas manchas de óleo no litoral alagoano, com foco nas áreas de preservação. Página 12

CBR se prepara para a reta final

O Galo enfrentará o Bota-fogo de Ribeirão Preto pela 31ª rodada da Série B. Agora, cada jogo é visto como uma final. O CRB ainda sonha com o acesso à Série A. Página 9

w w w . j o r n a l d a s a l a g o a s . c o m . b r

OPINIÃO

201922 de outubro2

Jorge Luiz Borges TinocoDiretor-Executivo

Luis VilarEditor-Geral

Benedito LimaDiagramação

Para anunciar(82) 3028.2050

CNPJ33.009.776/0001-21

EndereçoRua Barão de Penedo, 36Edifício Delmiro Gouveia, Sala 205 - CentroCEP 57.020-340Maceió - Alagoas

E-mailsredacao@jornaldasalagoas.com.brcomercial@jornaldasalagoas.com.br

Sitewww.jornaldasalagoas.com.br

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

EXPEDIENTE

Uma das características do processo po-

lítico brasileiro são os anos pré-eleitorais

que antecedem o pleito. Eles atrapalham –

muitas vezes – as administrações, pois os

grupos políticos, buscando a manutenção

no poder ou construir seus candidatos (o

que é legítimo) acabam por confundir a

coisa pública com os interesses partidários

(o que não é legítimo).

É que as eleições ocorrendo de dois em

dois anos acaba por colocar um clima

de disputas políticas e eleitorais eternas.

Vejamos: estamos em 2019 e já se discute

o cenário para 2020, das eleições que

ocorrem apenas em outubro. Mas, não é

apenas isso: nesse mesmo ano de 2019,

discutir o futuro de 2020, também leva

partidos e políticos a tentarem antecipar

o imprevisível e assim já pontuar quais os

cenários prováveis de 2022.

As máquinas públicas – nessas compo-

sições do xadrez político – são submeti-

das as alianças de plantão, a atração de

parceiros nas futuras empreitadas e pouco

importa o conteúdo programático. Some-

-se a isso uma verdadeira sopa de letrinhas

E D I T O R I A L

Xadrez político

quando o assunto são os partidos políticos.

O Brasil é um país em que os partidos são 50

tons de fisiologismo e estatismo.

Esses são alguns dos pontos que nos levam

a seguinte reflexão: será que não é a hora

do Brasil pensar em uma reforma política

profunda que pense realmente em resolver

o problema. Todos os anos pré-eleitorais

também se discute mudanças no pleito, re-

gras novas a serem aplicadas, mas nunca se

faz uma reforma política profunda. Sempre

ficamos reféns de reformas eleitorais que

visam beneficiar quem já se encontra no

poder.

O Brasil precisa de diversas reformas. Os

nossos problemas mais urgentes possuem

pelo menos 50 anos de espera pelas solu-

ções. É a necessidade de reforma tributária,

previdenciária, administrativa, redução da

máquina pública, revisão do pacto federati-

vo, dentre tantos outros pontos. Porém, a

necessidade de repensar como lidamos com

as eleições também é algo urgente. A forma

como nos acostumamos com esses proces-

sos eleitorais viciados é parte do problema

que nos trouxe até aqui.

EM ALTA

A ação do MPF

que conseguiu

obrigar os órgãos

responsáveis a to-

marem medidas e

o combate aos efei-

tos das manchas

de óleo no litoral

nordestino.

A deputada federal

Joice Halsselmann

tem perdido se-

guidores nas redes

sociais. Halssel-

mann tem se des-

dobrado para dar

explicações a seus

eleitores.

EM BAIXA

CENA URBANAA última vez que o Te-atro Deodoro passou por uma reforma foi em 2009. Hoje, a situa-ção da fachada é essa: a tinta da parte superior da estrutura do prédio escureceu, escondendo os principais detalhes da arquitetura antiga.

Inst

ituto

Bio

ta

22 de outubro 32019

COLUNA DA REDAÇÃO

Na fila do supermercado, duas mães conversavam sobre seus filhos.

A primeira dizia que não sabia mais o que fazer com seu filho, pois ele estava com depressão e que era uma luta fazer o rapaz sair do quarto, de casa... A segunda dizia que o filho dela também havia sido diag-nosticado com depressão e que ela tinha ocupado todo os horários do filho para que ele não ficasse parado ou desocupado. Até aí, tudo bem, todas as estratégias são válidas, mas veio então a frase que me motivou a escrever esse texto: ‘depressão é falta do que fazer’, disse a mãe do segundo

jovem. Ela completou destacando que tinha cansado do que os médicos diziam.

Diante dessa frase eu consegui fazer três reflexões distintas. A primeira é que nunca se falou tanto sobre doença mental, mas nunca o assunto foi tão banalizado. Depressão não é uma tristeza passageira ou uma fase ruim na vida. Depressão é uma doença que de tão grave desregula toda a questão química do nosso cérebro. Assim como o diabético não tem culpa de não produzir a insulina, o depressivo padece das dificuldades relacionadas à sua patologia. Ainda

precisamos evoluir muito para uma discussão mais assertiva nesse senti-do e ainda existem mitos e preconcei-tos sobre o mesmo. Aí chegamos no segundo ponto. Escolham com cui-dado os profissionais para tratarem das doenças e transtornos mentais. Um profissional não qualificado fará um diagnóstico pouco confiável e recomendará um tratamento pouco eficaz. Sabemos que para a realidade brasileira os custo dos tratamentos com psicólogos, psiquiatras, neuro-logistas e terapeutas de um modo geral são altos. Não estou dizendo que eles não merecem o que cobram,

estou dizendo que para a realidade brasileira, apesar de justos os valores, impossibilitam que a maior parte da população que não tem dinheiro para arcar com isso, fiquem a margem dos tratamentos. No terceiro ponto quero falar com os pais. Pai e mãe, vocês são os senhores da casa e família, é o natural. Não abdiquem desse direito por uma fragilidade momentânea ou por ter pena do seu filho, essa é a pior coisa que pode fazer por ele. Ava-liem as questões com maturidade e respondam da maneira que julgarem adequada para o momento. Você é o adulto, assuma essa responsabilidade!

Reflexões sobre a depressão ARTIGO | Luís Antônio Santos*

* É educador, terapeuta PNL & constelador sistêmico

Câmara e os mercadosOs vereadores de Maceió – há alguns dias – iniciaram um debate so-bre a possibilidade ou não de se privatizar os mercados municipais da cidade, com base em uma proposta oriunda do Executivo. Porém, o tempo passou e até agora – ao que tudo indica – a discussão não andou. Por qual razão? É um assunto que merece o debate público e precisa ser esmiuçado, detalhado para a população, pois pode ser sim uma alternativa para melhorar a situação dos mercados na capi-tal alagoana. Então, senhores vereadores, como é que anda a ques-tão na Casa de Mário Guimarães. Houve avanços ou não? É preciso maior publicidade do que vem acontecendo para que a população não seja pega de surpresa com decisões de cima para baixo, mesmo quando se trata da possibilidade de uma boa ideia.

Sociedade civilDiante da situação das manchas de óleo que tomam conta do litoral nordestino e do jogo de empurra entre autoridades, quando tocam no assunto e são cobradas por suas responsabilidades, diante das posições que ocupam, quem merece destaque é a sociedade civil organizada. Sem esperar por ONGs – que são bastante seletivas em suas preocupações – ou pelo poder público, muitos estudantes, trabalhadores, empresários, se uniram em prol de uma causa e foram limpar as praias, dando exemplo. Parabéns àqueles que se mobilizaram e – sem pensar em ganhar nada em troca – realmente demonstraram preocupação com o Meio Ambiente para além dos discursos fáceis.

A completa fa l ta de noção e o desrespeito com va lores caros aos seus próprios eleitores: assim pode ser definida a ação do PSL – em Palmeira dos Índios – quando em um encontro, os membros do partido resolveram colocar a bandeira da legenda sobre o crucifixo. O PSL coloca que sua formação se dá por meio de conservadores. Ora, um dos princípios bási-cos do conservadorismo é o respeito às tradições, às religiões e aos valores que

fundaram o Ocidente. Entre esses valores, a herança oriunda do Cristianismo. O ato dos dirigentes do PSL – naquele momento – foi de um profundo desrespeito com grande parte dos cris-tãos que votaram neles. No mínimo a legenda deve um pedido de desculpas. Isso sem contar a afronta com o que pregou o próprio presi-dente na campanha: Brasil acima de todos, Deus acima de tudo. O recado dado pelo PSL – no momento em que sua legenda vive

uma crise – é de que, para alguns, o partido está acima de tudo mesmo. Não por acaso, houve uma reação contra o que os políticos fizeram ao esconderem – ainda que sem entender o que estavam fazendo, pois não se descarta ser burrice em exagero – a Cruz de Cristo para fazer aparecer a logomarca da agremia-ção. Era de se esperar isso das legendas que possuem como base as ideologias seculares, mas jamais do PSL.

Falta de noção do PSLNecessidade de desculpas

FRASE DO DIA | Presidente Jair Bolsonaro

“ ““O bem vencerá o mal”, ao comentar a crise no PSL, durante uma viagem ao Japão, sem querer jogar mais lenha nessa fogueira.

Palmeira acredita que o “ninho tucano” pode encaminhar nomes para a disputa. Na lista, estão nomes conhecidos do PSDB, como o secretário Eduardo Canuto, a deputada federal Tereza Nelma e o presidente da Câmara Muni-cipal de Maceió, Kelmann Vieira. Todavia, todos esses nomes não pontuam bem nas pesquisas eleitorais encomen-dadas até então. Outra possibi-lidade do PSDB é aderir a uma composição e apoiar outro nome.

Há – segundo informações de bastidores – negociações com o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB), que tem o desejo de concorrer à Prefeitura da capital alagoana e pode contar com o apoio do dirigente estadual do PSDB, o senador Rodrigo Cunha. Em outro partido aliado – o PP do deputado federal Arthur Lira – há os nomes do vice-prefeito Marcelo Palmeira e o deputado estadual Davi Davino.

Davino, com base nas pesquisas realizadas até então, aparece com mais chances do que os tucanos. JHC tem sido o líder de todas as mostragens de intenção de votos nesse

momento.

FUTURO POLÍTICOMas, em entrevista ao jorna-

lista Ricardo Mota (TV Paju-çara), o prefeito de Maceió já antecipa ainda mais o cenário em fala em 2022. Palmeira assu-miu que pensa em uma candi-datura ao governo do Estado.

Atualmente, Rui Palmeira se encontra em um bloco político que é opositor ao do emedebista e governador de Alagoas, Renan Filho. No entanto, o governador está em seu segundo mandato. A expectativa de bastidores é que Renan Filho – em 2022 – busque a única vaga do Senado Federal em disputa, enfren-

tando o atual senador Fernando Collor de Mello (PROS).

O desafio de Rui Palmeira é conseguir fortalecer o partido e manter um grupo político que consolide a sua candidatura, já que não terá o comando do PSDB – que se encontra com o senador Rodrigo Cunha – e não estará em mandato eletivo.

Vale ressaltar que Rodrigo Cunha é também um nome contado na disputa pelo governo do Estado de Alagoas. O MDB de Renan Filho ainda não tem trabalhado um nome de sucessor, mas é remota a possibilidade de um “acor-dão”, pois passa também pelos interesses do senador Renan

Calheiros (MDB). Em todo caso, o xadrez polí-

tico que começa a ser montado agora para 2020 e 2022 mostra que os caciques não trabalham espaços para a renovação. Outro desafio de Rui Palmeira é a recomposição do PSDB, pois desde 2018 que o partido se encontra em queda no Estado de Alagoas. Rui – ao desistir de disputar o governo naquele ano – acabou desarticulando a oposição. Os tucanos perderam aliados como o PL, do secretá-rio estadual de Infraestrutura, Maurício Quintella Lessa, que hoje se encontra na base do MDB, e também do PDT do ex-governador e ex-deputado federal Ronaldo Lessa.

Lessa não se encontra em nenhum dos blocos políticos e trabalha uma possível pré--candidatura à Prefeitura de Maceió.

Por fim, outro desafio de Rui Palmeira será conseguir formar base entre os prefeitos. O PSDB – atualmente – conta com a prefeitura de Arapiraca, com Rogério Teófilo. Ela parte para a reeleição. Caso consiga êxito é uma base importante para os planos futuros de Rui Palmeira.

MACEIÓ

Apesar do momento de “baixa” do PSDB, Rui revela intenção de candidatura em 2022

Apesar do momento político do PSDB ser

o de não conseguir produzir novas

lideranças para as disputas municipais na capital alagoana,

o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB),

demonstrou que segue otimista em relação

ao seu próprio futuro eleitoral. No segundo

mandato, Palmeira não pode tentar uma releição e participará

apenas indiretamente do pleito de 2020,

quando apoiará algum candidato como seu

possível sucessor.

201922 de outubro4

ELEIÇÕES | Prefeito da capital abriu mão de disputar o governo do Estado de Alagoas no ano passado

A Secretaria Municipal de Segurança Comu-nitária e Convívio Social (Semscs) publicou, na edição de ontem do Diário Oficial do Município (DOM), o edital de chamamento para os ambulantes que desejam comercializar produtos no bairro do Jaraguá, nas proxi-midades da 9ª Bienal Inter-nacional do Livro. A feira acontecerá em pontos varia-

dos do bairro histórico e a Semscs fará o ordenamento da região para que o evento ocorra de forma tranquila. O prazo para inscrição inicia hoje e encerra na próxima sexta-feira, na sede da Secre-taria.

A coordenadora-geral de Controle de Atividades no Espaço Público e de Proces-sos Especiais da Semscs, Paula Sousa, explica que

os ambulantes precisam dirigir-se à sede da Semscs portando os documen-tos constantes no edital. “Todos que têm interesse de comercializar seus produ-tos durante a Bienal, preci-sam fazer o cadastro e se regularizar. Nossas equipes de fiscalização estarão nos pontos da feira para zelar pela ordem e pelo bem-estar de toda a população”, disse.

DOCUMENTAÇÃOPara realizar o cadastro,

o ambulante deve dirigir--se pessoalmente à sede da Semscs, situada à Rua Alexan-dre Passos, s/n, em Jaraguá, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, munido de originais e cópias de RG, CPF e compro-vante de residência, além de duas fotos 3×4. Devem apre-sentar, também, declaração de quitação da taxa de uso

de solo público e discriminar o tipo de comércio e equipa-mento a ser utilizado, além de declarar o local, dia e horário onde realizará o comércio.

Quem já possui cadas-tro como ambulante, feito a partir de janeiro de 2019, fica dispensado de levar as fotos. Esses devem apresen-tar apenas a declaração de quitação da taxa de uso de solo público.

Bienal do Livro: secretaria publica edital para ambulantes

Luis VilarEditor-geral

Rui Palmeira tem como desafio fortalecer o partido e manter grupo político

“Neste ano, nove pessoas foram presas em flagrante por furto de energia em opera-ções da polícia”, destacou a Ascom.

As fraudes (adulterações de equipamentos de medição) e desvios (circuitos que alimen-tam as cargas/equipamentos eletroeletrônicos, sem passar pelos medidores) são práticas adotadas por consumidores com contratos regulares com a Companhia que, por meio de condutas ilícitas, buscam artifícios para reduzir parte da energia consumida. Essa ação criminosa é passível de puni-ções legais, prevista no Código Penal Brasileiro.

“GATO”O popular “gato” de ener-

gia compromete a qualidade do fornecimento, pois como as irregularidades utilizam cargas que não são informadas a concessionária, a rede elétrica não suporta a demanda extra, o

que pode provocar oscilação e a falta de energia na região. Além disso, põe em risco a segurança da população já que os desvios não atendem os padrões de fornecimento, ocasionando o rompimento de cabos, curtos--circuitos e até mesmo incên-dios.

A energia furtada, consu-mida e não faturada, representa ainda uma perda de receita para os Governos Federal, Estadual e Municipal, pois com o desvio

de energia não há a arrecada-ção de impostos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), a CIP (Contribui-ção para custeio da Iluminação Pública) o PIS (Programa de Integração Social) e o COFINS (Contribuição para Financia-mento da Seguridade Social), que estão inclusos nas contas de energia elétrica. Verba esta que poderia estar sendo revertida pelo poder público em benefí-cios para a população.

O gerente de Serviços Técnicos e Comerciais da Equa-torial, Júlio Everton, explica que as inspeções ocorrem diaria-mente em todo estado e ressalta a importância dos clientes no combate a este crime.

“Pedimos o apoio da popu-lação para que denunciem qualquer suspeita de furto de energia ou de ligação clandes-tina. Além de afetar o forne-cimento e colocar vidas em risco, parte do custo da energia consumida de forma irregular é rateado com todos os consumi-dores na tarifa da conta de luz”, comentou o gerente.

DENÚNCIASAs denúncias podem ser

feitas na Central de Atendi-mento da Equatorial através do telefone 0800 082 0196 ou no site www.equatorialalagoas.com.br. Não há necessidade de se identificar. Depois de regis-trada no sistema, uma equipe será encaminhada para realizar a inspeção.

Em Alagoas, furto de energia e ‘gatos’geram um prejuízo de R$130 milhões

22 de outubro 52019

ALAGOAS PERDAS | Em sete meses, foram identificados mais de 22 mil imóveis com irregularidades nas ligações elétricas

Em apenas sete meses foram identificados

mais 22 imóveis com irregularidades na ligação de energia elétrica em todo o

Estado de Alagoas. Dados da Equatorial

Energia Alagoas mostram que das 45 mil

inspeções realizadas pela distribuidora um percentual de

50% tinha algum tipo de desvio. Segundo

a assessoria de Comunicação da

empresa, o prejuízo estimado pela empresa

com o furto de energia e as ligações clandestinas

é de R$130 milhões.

Redação

Em um ano, a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), em Alagoas, atendeu 795 pessoas vítimas da agres-são, sendo 91% do sexo femi-nino e 79% correspondente à faixa etária infanto-juvenil. O balanço anual foi apresentado aos integrantes dos poderes Legislativo, Executivo e Judici-ário durante encontro realizado no último dia 15 de outubro.

Segundo a coordenadora da RAVVS, Camile Wander-ley, a Área Lilás do Hospital da Mulher tem o objetivo de assis-tir à vítima de violência sexual de forma acolhedora, rápida

e eficaz. O espaço conta com uma equipe multiprofissio-nal capacitada para realizar o atendimento humanizado, por meio de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, gineco-logistas, pediatras, médicos peritos e policiais civis, promo-vendo a assistência em um único espaço.

Desde que foi inaugurada até o último dia 15, a Área Lilás do Hospital da Mulher já rece-beu 14 vítimas de violência sexual. Entre as vítimas, sete tinham menos de 12 anos de idade e as outras sete tinham acima de 13 anos.

A coordenadora da RAVVS

frisou, ainda, que lidar com as vítimas de violência sexual requer muita atenção e sensi-bilidade. Isso porque o público infanto-juvenil é o de maior vulnerabilidade, o que acaba deixando sequelas, não só físi-cas, mas também psicológicas.

“É um tipo de violência que deixa marcas profundas, pois é um ser humano que está em pleno desenvolvimento natu-ral. Para conseguirmos com que essa criança passe pelo seu processo de desenvolvimento de forma menos comprome-tida, por conta dessa violência, é preciso reestruturar a família e trabalhar o espaço escolar, para

que ela possa ser novamente inserida na sociedade, sem revitimizá-la, que, a meu ver, é o mais importante”, ressaltou.

ENFRENTAMENTOOs próximos passos da

RAVVS, conforme Camile, é construir um Plano de Enfren-tamento da Violência Sexual no estado, cujo intuito é que possam ser abertas novas portas para melhorar o fluxo de aten-dimento da I e II Macrorregiões de Saúde. Isso vai ser possível com a construção do Hospital Metropolitano, no Tabuleiro do Martins, o Regional do Norte, em Porto Calvo, o Regional da

Mata, em União dos Palmares, e o Regional do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia.

Em trabalho conjunto com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), a RAVVS vai estrutu-rar espaços integrados, que vão atender mulheres e crianças na capital. Além disso, Camile Wanderley destacou que algu-mas prefeituras já estão sina-lizando a vontade de inserir a RAVVS nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A equipe da rede também pretende capaci-tar ainda mais profissionais de saúde e fazer todo o projeto de promoção junto à Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Alagoas registrou quase 800 casos de violência sexual em um ano

Ligações clandestinas representa prejuízo para companhia e para clientes

Segundo a PF, a inves-tigação começou em 2018, após a colaboração premiada “de um importante operador financeiro que atuou em diversas fraudes desven-dadas pelas Operações Cui Bono e Patmos”, ambas data-das de 2017.

Em nota, a Polícia Fede-ral informou que as fraudes foram investigadas também por uma Comissão Parlamen-tar de Inquérito (CPI), que funcionou na Câmara dos Deputados em 2015 e 2016. Nos mandados expedidos pelo ministro do STF Celso de Melo, que foram cumpri-dos ontem, consta o nome do deputado Sérgio de Souza (MDB-PR).

CORRUPÇÃO NA CEFA Operação Cui Bono

apurou esquemas de corrup-ção na Caixa Econômica Fede-ral, envolvendo a liberação de mais de R$ 3 bilhões em empréstimos. Entre os denun-ciados estão o ex-deputado

Eduardo Cunha e os ex-minis-tros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, bem como o analista financeiro Lucio Funaro e o ex-vice--presidente da Caixa, Fábio Cleto.

Os crimes teriam ocorrido entre 2011 e 2015, período no qual Geddel Vieira Lima foi vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa. Ex-operador financeiro de Eduardo Cunha, o analista Lucio Funaro dela-tou o esquema em acordo de

colaboração premiada.Já a Operação Patmos

investigou uma suposta tenta-tiva do ex-presidente Michel Temer em comprar o silêncio de Eduardo Cunha, quando já preso pela PF, de forma a evitar que ele fizesse uma delação premiada. A denúncia foi feita a partir de um diálogo com Temer, gravado por Joes-ley Batista – um dos donos da empresa JBS.

Por meio de nota, a PF informou que, no âmbito da

Operação Grand Bazaar, foi identificado um “ciclo de lava-gem de dinheiro” que envolvia a remessa de recursos desvia-dos dos fundos de pensão para empresas de fachada nos Esta-dos Unidos.

“Com a confirmação do recebimento de valores em contas indicadas no exterior, operadores disponibilizavam recursos em espécie no Brasil, a fim de que fossem entregues em endereços vinculados a supostos intermediários do parlamentar federal, tanto em residências em Brasília, como em hotéis em São Paulo”, diz a nota.

Cerca de 100 policiais federais cumprem os manda-dos judiciais nos endereços dos investigados, dentre eles autoridades públicas, beneficiários dos recursos, operadores financeiros, um advogado e empresários que teriam pago vantagens inde-vidas ao parlamentar em troca de proteção na citada CPI.

BRASIL/MUNDO

201922 de outubro6

Agência Brasil

Operação Grand Bazaar investiga fraudes em fundos de pensão

INVESTIGAÇÃO | Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF foram cumpridos no PR, SP, RJ e Brasília

Por determinação do Supremo Tribunal

Federal, a Polícia Federal (PF) deflagrou

ontem a Operação Grand Bazaar, visando

desarticular um “esquema criminoso

de pagamentos de vantagens indevidas

a parlamentar federal por pessoas envolvidas

em fraudes a fundos de pensão”. Ao todo,

18 mandados de busca e apreensão foram

cumpridos em Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e

Brasília (DF).

Pedro PeduzziAgência Brasil

A prefeita da região me-tropolitana de Santiago do Chile, Karla Rubiar, confirmou ontem, em uma coletiva de imprensa, que o nú-mero de mortos nos confrontos subiu para 11. A polícia chilena (Carabineros de Chile) informou que 819 pessoas foram detidas no domingo e que 67 policiais foram feridos. Desde o início dos confrontos, mais de 1400 pessoas foram detidas.

O presidente do Chile, Sebas-tián Piñera, pontou: “Estamos

em guerra contra um inimigo poderoso, que está disposto a usar a violência sem nenhum limite. Eles estão em guerra contra todos os chilenos que querem viver em democracia”, afirmou.

Os protestos se iniciaram na última quinta-feira após um aumento no preço da passagem do metrô foi o estopim para a crise. Mesmo após o presidente Piñera revogar o aumento, os protestos continuaram. Mani-festantes reclamam também da desigualdade social, e dos altos preços de serviços de saúde e educação e dos baixos salários.

As manifestações violentas levaram o governo a decretar toque de recolher. Santiago do Chile, a capital do país, e outras 4 regiões proibiram o livre trânsito de pessoas entre as 19h e 6h da manhã. Não havia toque de recolher no Chile há mais de 30 anos, desde a ditadura de Augusto Pinochet.

Diversos incêndios e barrica-das foram registrados durante todo o fim de semana, lojas e supermercados foram invadidos e depredados. Quase 10 mil membros das Forças Armadas foram às ruas, após o presidente decretar estado de emergência

na madrugada de sábado.As aulas do ensino infantil,

Fundamental e Médio foram suspensas e o serviço de trans-porte funciona parcialmente.

O aeroporto de Santiago também foi afetado e há diver-sos voos atrasados e cancela-dos. O ministro do Trabalho, Nicolás Monckeberg, solicitou compreensão e flexibilidade nos horários de entrada e saída dos trabalhadores e afirmou que um atraso não configura razão para demissões.

GUERRAApesar da declaração de

Piñera sobre o país estar em guerra, o general do Exército Ja-vier Iturriaga afirmou que “não está em guerra com ninguém”.

O senador de oposição, Ri-cardo Lagos Weber, também se manifestou contra a afirmação do presidente.

“Presidente Sebastián Piñe-ra, não assuste os cidadãos! Não estamos em guerra. Enfren-tamos uma crise política, mal conduzida pelo Governo, cujo tema de fundo é a desigualdade. Essas declarações não ajudam a criar um clima de entendimen-to”, disse, na noite do domingo passado.

Pelo menos 11 pessoas morrem durante protestos no ChileMarieta Cazarré

Agência Brasil

Deputado Sérgio de Souza (MDB-PR) estaria entre os investigados

Para 2020, a estimativa caiu de 3,73% para 3,66%, na quarta redução seguida. A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75% em 2021, e 3,50%, em 2022.

As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conse-lho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerân-cia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao

consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Com expectativa de infla-ção em queda, o mercado finan-ceiro reduziu a previsão para a Selic ao final de 2019. Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 4,50% ao ano. A previsão da semana passada era 4,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5,50% ao ano.

O mercado financeiro não alterou a expectativa para o fim de 2020: 4,75% ao ano.

Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,50% ao ano, a mesma previsão há duas semanas. Para o fim de 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.

CRESCIMENTO E DÓLARA previsão para a expan-

são do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,87% para 0,88% em 2019.

As estimativas para os anos seguintes não foram alteradas: 2% em 2020; e 2,50% em 2021 e 2022.

A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 e, para 2020, passou de R$ 3,95 para R$ 4.

22 de outubro 72019

ECONOMIA

Estimativa de inflação cai pela 11ª vez seguida para 3,26%, diz Banco Central

CENÁRIO | Para 2020, a estimativa caiu de 3,73% para 3,66%, na quarta redução seguida; para 2021 a previsão é de 3,75%

Instituições financeiras reduziram, pela 11ª vez

seguida, a estimativa para a inflação este

ano. Segundo pesquisa do Banco Central

(BC) feita ao mercado financeiro, divulgada

todas as segundas-feiras pela internet,

a previsão para a inflação, calculada

pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo, desta vez passou de 3,28% para

3,26% em 2019.

Kelly OliveiraAgência Brasil

Principal instrumento usado pelo BC para contrlar inflação é a Selic

A desaceleração da economia g lobal em 2019 e em 2020 imporá desafios a todos os países. O Brasil, no entanto, pode minimizar os efeitos da retração se prosseguir com medidas internas. Segundo economistas, o país precisa executar ações que vão da continuidade das reformas estruturais a medidas de estí-mulo da demanda, para que a recuperação econômica não seja afetada.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacio-nal (FMI) reduziu, de 3,2% para 3%, a previsão de cresci-mento da economia mundial em 2019. O fundo também

revisou para baixo a estima-tiva de 2020: de 3,5% para 3,4%. Desde 2017, quando a economia global cresceu 3,8%, o mundo vem passando por uma desaceleração.

Para o Brasil, o FMI ajus-tou a previsão de crescimento econômico em 2019 de 0,8% para 0,9%. No início do ano, a estimativa estava em 2,5%. Para 2020, o cenário para a economia brasileira deve ser melhor, mas o organismo internacional reduziu a proje-ção de crescimento de 2,4% para 2%.

REFORMASProfessor do Ibmec e

economista da Órama Distri-buidora de Títulos e Valores Mobiliários, Alexandre Espí-rito Santo diz que o Brasil

pode sair relativamente ileso da desaceleração global se prosseguir com a agenda de reformas após a aprovação da reforma da Previdência.

“O próprio FMI destacou, no relatório, que somente a reforma da Previdência não basta para garantir a sustenta-bilidade da economia do país. O país precisa prosseguir com as reformas tributária e administrativa para reduzir os gastos públicos e moderni-zar o Estado.”, diz Alexandre.

Segundo o economista da Órama, dois fatores externos darão vantagem ao Brasil no próximo ano. O primeiro são os juros baixos em todo o planeta, o que deve continuar a atrair parte do capital finan-ceiro para o país, mesmo com a taxa Selic – juros básicos da

economia – no menor nível da história. O segundo é a instabilidade em países emer-gentes, como Argentina, o México e a Turquia, que, na avaliação dele, atravessam situações mais complicadas que o Brasil.

“O Brasil continua atra-ente para investimentos internacionais, seja no mercado financeiro, seja nos investimentos diretos [de empresas], mesmo com um cenário externo mais difícil em 2020. Mas tudo depende de o país fazer o dever de casa e seguir com as reformas internas”, destaca.

DEMANDAProfessor da Universi-

dade Federal Fluminense e especialista em economia

internacional, André Nassif diz que o Brasil precisa tomar medidas internas. Ele, no entanto, diverge do diagnós-tico do FMI de que apenas as reformas bastam para impedir o desaquecimento da economia brasileira no próximo ano.

“O governo precisa ir além das reformas e encon-trar algum mecanismo na política fiscal que permita a retomada dos investimen-tos públicos, que geram emprego em um primeiro momento, e da demanda agregada”, d iz Nass i f . Segundo ele, uma das opções poderia ser a retirada dos investimentos públicos do teto federal de gastos, mas ele acha que o governo deve-ria estudar alternativas.

Brasil depende de medidas internas para driblar a desaceleraçãoWellton Máximo

Agência Brasil

GERAL

201922 de outubro8

COLUNA DO VILAR - por Luís Vilar

Moreno defende “união no PSL”, mas é cada vez mais tenso o ambiente da Executiva Nacional

Equilíbrio distante “Unir a direita”Não se resolve com o discurso de “unir a direita”. Não dá para apagar o que já foi dito e discutido. Flávio Moreno afirma que continuará no PSL. Está certo, por enquanto. Afinal, não se toma decisões de forma precipitada sem o total conhecimento dos fatos. O próprio presidente Bolsonaro segue na sigla.Todavia, no ritmo dos acontecimentos, ele vai se deparar com uma encruzilhada que lhe cobrará op-tar por um lado, mesmo o PSL de Alagoas estando distante da crise nacional.Moreno diz que a sigla – no Estado – não recebeu fundo partidário, a maior parte do trabalho tem sido voluntário. Destaca a formação dos diretórios municipais e dos pré-candidatos. De acordo com ele, são 21 candidaturas às prefeituras e 400 às câmaras municipais.Um ponto positivo do discurso de Moreno é tam-bém exigir transparência. “De 7 contas pendentes deixadas por administrações anteriores do PSL já resolvi 5. Tudo isso, sem verba partidária. Já visitei todas regiões do Estado em defesa de Bolsonaro. Todos queremos transparência”.Mas, falta responder – e uma hora terá que fazer isso – a uma pergunta básica: em sua visão, quem tem razão: o lado de Bivar ou o de Bolsonaro? É para essa resposta que todos os que estão no PSL vão sendo empurrados, sem espaço para o meio--termo. A posição adotada refletirá no processo eleitoral de todo o país. Não se duvide disso. É por essa razão que disse, recentemente, que o deputa-do estadual Cabo Bebeto foi muito mais certeiro ao afirmar sua posição.Por enquanto, diz Moreno que: “Bolsonaro e seus fi-lhos continuam no PSL. Ele já disse que continua no partido. Precisamos frear os ânimos. O Brasil não pode parar por conta dessa disputa. O PSL é o par-tido que garante 98% dos votos ao presidente nas votações no Congresso, o partido mais leal e fiel em âmbito nacional e nos Estados. Disputas existirão. O povo precisa frear na litigância. Leis precisam ser aprovadas, projetos precisam avançar, tanta coisa boa ocorrendo, mais de 157 mil empregos criados em setembro, décimo terceiro do Bolsa Família sendo pago em dezembro, nova previdência sendo aprovada, menor taxa de juros da história, redução da criminalidade, etc”.E complementa: “Sou favorável à harmonia e os ajustes necessários no PSL. Meus inimigos são a esquerda. E acredito que ocorrerá harmonia, entre os aliados de sempre. Nossa guerra é contra a es-querda e os corruptos de sempre que estão rindo, junto com centrão dessa discórdia. Inclusive já dei minha humilde sugestão ao Presidente Bolsonaro e ao presidente nacional do partido, das ações neces-sárias. Continuo sendo defensor incondicional da minha instituição PF e do Governo Bolsonaro. Tra-balho para construir a direita, a defesa do Governo Bolsonaro, o PSL e não destruir. Não sou defensor por ocasião do Bolsonaro, o faço diariamente”.Eu desconfio que a harmonia que Moreno defende não chegará tão cedo…

Muito dificilmente haverá uma recom-posição entre as “partes” do PSL. A crise que envolveu a Executiva Nacional do partido faz com que cada um dos envolvi-dos apresente versões que se confrontam e estão repletas de acusações. São muitas feridas abertas para se curar ou cicatrizar tão rápido.

As declarações são cada vez mais incisivas, apontando traidores e acusa-ções contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que chegou a ser chamado de “vagabundo” pelo depu-tado federal e líder da sigla na Câmara dos Deputados, delegado Waldir. O que se esperava da oposição veio de dentro de casa. Se um líder do partido chega a esse ponto, é óbvio: ele não pode ser mais líder.

Os reflexos serão muitos e inesperados.Todavia, como já disse em outros textos, haverá

sim impacto no cenário eleitoral de 2020 entre os pré-candidatos do PSL. Afinal, o maior “cabo elei-toral” desses ainda é o presidente Bolsonaro. É válido lembrar que, apesar das crises e do ranço ideológico por parte da imprensa, o governo fede-ral tem sim dados positivos a serem explorados em um pleito eleitoral, como – por exemplo – os dados macroeconômicos e a redução da criminalidade em todo o país.

Por sinal, os escândalos de agora – por mais que estampem manchetes – estão longe de serem os mensalões e os petrolões da vida. Quem tiver olhos, que veja. É só aplicar sobre os fatos o chamado senso de proporcionalidade. Isso não quer dizer que a direita não deva ser criticada. Deve sim. A crise provocada no PSL atrapalha a agenda do país e a culpa é de parcela da direita que acaba sendo sua pior oposição, sem necessitar da ajuda de PT, PCdoB, PSOL etc.

Em alguns momentos, o próprio Bolsonaro pode ser responsabilizado pelas polêmicas vazias que levanta e acabam sendo jogadas no holofote como se fossem o mais importante do governo, quando não é.

Diante disso, como uma eleição bate à porta, as executivas estaduais do partido buscam o impossí-vel: o melhor dos dois mundos. Manter a legenda preservada das discussões nacionais e ainda assim se apoiar na imagem do presidente Bolsonaro. Não é um cálculo fácil. A meu ver, é o que busca fazer o dirigente partidário Flávio Moreno em Alagoas.

Moreno foi candidato ao Senado Federal no ano passado. Em 2020, terá – como já tem - pretensões de disputar um dos cargos em jogo. É legítimo.

Ao comentar os episódios recentes envolvendo o PSL, Moreno se coloca como um defensor de Bolsonaro e insiste no discurso de “união”. Para ele, a disputa interna é um risco para a ascensão da esquerda e o “travamento de importantes pautas legislativas”. Na prática, se posiciona de forma a estar dos dois lados, ainda que não queira.

O erro do dirigente estadual é acreditar – se é que acredita de fato! - que o partido precisa apenas de ajustes. Não! O PSL precisa é ser passado a limpo. Bolsonaro cobrou maior transparência da legenda em relação a aplicação de recursos, ficou claro que há sim uma disputa em quando a perspectiva do Fundo Eleitoral, que não há agenda programática acima de alguns interesses pessoais, foca o caso dos laranjas que envolvem – nas investigações – o deputado federal Luciano Bivar.

Esse “passar a limpo” trará mais coisas para a luz do sol…

Isso não são meros “ajustes”. Quem votou em Bolsonaro – e de fato se posiciona contra a rouba-lheira que tomou conta do país no passado, dentro de um esquema de corrupção monstruoso que tomou conta do poder – cobra que esses pontos sejam esclarecidos. O presidente não esconde sua irritação com a legenda, com Bivar em especial, e o desejo de uma nova sigla, seja outro partido ou o próprio PSL. Em outras palavras, há sim a possibili-dade do presidente mudar de legenda e com isso a divisão se ampliar.

Isso não são ajustes, repito.

No futebol é perce-bido que quando há mudança de treinador, os resultados positivos come-çam a aparecer. Surge um clima de motivação entre os jogado-res. Atletas antes preteridos têm a possibilidade de buscar espaço no elenco.

Na era Marcelo Cabo, o CRB ganha um novo formato. Joga-dores como o lateral-direito

Israel, que praticamente não teve chance alguma de jogar com Marcelo Chamusca, já atua como titular com o novo trei-nador. O meia-atacante Élton Arábia tem tido mais tempo dentro de campo. Além disso, tem recebido elogios do técnico.

O Campeonato Alagoano deste ano teve início no dia 20 de janeiro e encerrou em 21 de abril. A competição contou

com oito equipes. O campeão foi o CSA.

O que também chama a atenção são as mudanças táti-cas, diferente das trocas “seis por meia dúzia”. Isto é, quando sai um jogador de determinada posição entra outro que atua numa diferente. Marcelo Cabo pretende dar oportunidades a mais jogadores para implemen-tar o “DNA M.C”.

ERA MARCELO CABO | Treinador do CRB deve deixar evidente a metodologia de jogo dele contra o Botafogo-SP

ESPORTES

Faltam, agora, oito finais para o CRB.

A próxima decisão do Galo será contra

o Botafogo-SP, na quinta-feira que

vem, no Estádio Rei Pelé, às 19h15. Sob

a direção do técnico Marcelo Cabo, o time

regatiano ganhou um destes jogos

tidos como decisivos e empatou outro.

No sábado passado, venceu o Criciúma-SC

(1 a 0), fora de casa - onde fez valer a

campanha de melhor visitante. Na outra partida obteve um

empate sem gols com o Operário-PR, no

Trapichão.

Está nahora de o“bicho pegar”

Reta final de campeona-to. É coração na ponta da chuteira. Põem--se até a alma na ponta da chuteira. Surgem também as malas. Os malas também surgem. Mas tratemos das malas: preta e branca. Am-bas entram em campo como incentivos. Na branca, o time recebe dinheiro para vencer. Na preta, para perder. Essa jogada não é vista como crime. Imoral, mas cultural (para não falar ilegal. Vai que depois esses casos parem no Supremo Tribunal Federal). E outra coisa: não adianta chamar o VAR. Mas há um incentivo que é totalmente legítimo: o bicho. O bicho é um estímulo do clube para o próprio clube. O bicho é aquele dinheiro extra que é dado como recompensa por determinado resultado positivo. É tipo uma comis-são dada por uma vitória ou empate.

22 de outubro 92019

Marcelo AlvesRepórter

Uma das maioresprovas do planeta

Racha Rua nova:6 anos de “bola”

Deco: É gênioque chama, hein?!

SEM ARRODEIO |

Descolada no mundo das corridas de rua, Luiza Barreiros concluiu a Maratona de Chicago.

É racha, mas as partidas são disputadas com jogadas de efeito, dribles, golaços e muita pegada.

Gol de 10. “Um dos mais bonitos que já fiz. Olha a viagem da bola. Quem esteve, lá, testemunhou”.

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Jogadores preteridos estão tendo oportunidades com o técnico Marcelo Cabo

Ascom/CRB

Uma das maiores jogadoras de vôlei do mundo estará, hoje, no Maceió Shopping, em Mangabei-ras, participando, de outra sessão de autógrafos. Trata--se de Fabi Silva, conhecida também como Fabizinha. A ex-atleta, de 39 anos, que atuava como líbero, tem no currículo medalhas de ouro nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012. A vinda de Fabizinha à Maceió faz parte do evento de inauguração da agência móvel do Banco do Brasil.

Além da sessão de au-tógrafos, Fabizinha estará

disponível para fotos e entrevistas com a imprensa. Haverá ainda distribuição de brindes para a população que for ao Maceió Shopping. O evento terá início às 11h30 e segue até às 15h30.

Autógrafo pode até acontecer neste evento, mas o que devem ocorrer com fre-quência serão as selfies com

Fabi para serem compartilha-das nas redes sociais.

Ontem, Fabizinha parti-cipou de outra sessão de

autógrafos na agência móvel do Banco do Bra-sil, instalada na Praça Deodoro.

A ex-atleta se aposentou do vôlei em

abril de 2018 e passou a praticar corrida de rua.

Os títulos mais impor-tantes que conquistou pela Seleção Brasileira foram o pentacampeonato do Grand Prix (2005, 2006, 2008, 2009 e 2013), os vice-campeonatos no Mundial, Copa do Mundo e Jogos Pan-Americanos respectivamente, bem como obteve medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, no qual foi eleita a melhor líbero da competição e nos Jogos Olímpicos de Londres. (M.A.)

Causa e efeito

por Marcelo Alves

“Selfie” com

Fabi

CULTURA

201922 de outubro10

A editoria de Cultura do Jornal das Alagoas conversou com Beto Silva, um dos inte-grantes do grupo, que falou sobre as experiências ao longo desses anos de carreira e o que estão planejando para a turnê. Clichê, porém neces-sária, a primeira pergunta foi: ‘Como o grupo fez para se adaptar ao longo desses anos?’

“Adaptação aos novos tempos é a receita para sempre continuar na ativa.Isso é sempre difícil e não tem receita. É questão de estar antenado ao que está rolando”, explicou, pontu-ando que depois de tantos anos o humor passa a fazer parte da vida deles e que agora enxergam tudo sob a

perspectiva do humor, motivando-os a continuar.

O curioso é a forma como eles se unem para criar parte do roteiro: através do What-sApp. Ainda assim eles não abrem mão do processo presencial. “Nosso processo sempre foi coletivo. Joga-se a piada no grupo e discuti-mos até todos concordarem e o pau canta!”, brinca Beto. Não mais presentes semanal-mente na televisão, o grupo se inseriu no YouTube, plata-forma de vídeos streaming e um dos maiores trampolins para os humoristas da nova cena.

“Publicamos duas vezes por semana lá no canal. A Resenha Tabajara onde discu-

timos os assuntos da semana, todas as quartas-feiras, e o Plantão Casseta & Planeta nas sextas-feiras onde faze-mos piadas sobre o que está rolando no país”.

No show eles contam parte da história da trupe, falam de personagens que fizeram sucesso, mostram vídeos do programa e ainda têm um momento musi-cal, com músicas antigas e inéditas elaboradas espe-cialmente para o show de 30 anos. A ‘cereja do bolo’ será o momento de interação com a plateia, onde discutem assun-tos polêmicos, como o politi-camente correto e gêneros.

HUMOR RAIZ

30 ANOS DE ALEGRIA | Casseta & Planeta estreia a turnê nacional em Maceió, neste sábado, no Teatro Gustavo Leite

Eles são de longe um dos maiores grupos de

humor do Brasil. Juntos Beto Silva, Cláudio

Manoel, Hélio de La Peña, Hubert e Marcelo

Madureira formam o ‘Casseta & Planeta’,

eternizado na memória dos brasileiros graças

aos anos no qual estiveram no ar na Rede

Globo. Os humoristas se reúnem com um propósito especial:

desta vez entram em turnê comemorativa,

brindando os trinta anos do projeto que

marcou a história do humor brasileiro. A

estreia acontece em solo alagoano, dia 26 de outubro no Teatro

Gustavo Leite, em Jaraguá, às 21 horas.

Editoria de Cultura

Há anos na estrada, o Casseta & Planeta vem da geração onde eram aborda-dos pelos fãs e distribuiam autógrafos por onde passa-vam, só que a situação mudou e a sensação do momento é a ‘selfie’. O #EuFuiEuTava é como combustível para a nova geração, mas Beto revela que isso é muito tranquilo para todos. “Eram tantos autógra-fos que a mão até ficava com calo. A selfie, nesse sentido, é mais tranquila. Nos adapta-mos bem à ela, tiramos sem problemas” afirma e acres-centa que, depois do show, fazem selfies com todos os fãs.

Fora do eixo São Paulo - Rio de Janeiro (onde geral-mente as estreias teatrais acontecem antes de seguir turnê) eles estreiam em Maceió no próximo sábado, em única sessão no Teatro Gustavo Leite, às 21 horas. “Estamos animados com a estreia em Maceió. Podem ir tranquilos que nós garantimos as risa-das. Vamos dar o melhor

de nós e seguir as orien-tações do técnico para, se Deus quiser, ganhar os três pontos”, promete Beto.

Com duração de apro-ximadamente 80 minutos, o espetáculo tem a direção

assinada por Rubens Camelo. Os ingressos estão dispo-

níveis no Viva Alagoas (Maceió Shopping), Folia Brasil (GBarbosa Stella Maris) e Acesso Vip (Parque Shopping) ou online na loja-deingresso.com. Para mais informações (82) 3032-5210.

O Dia Internacional da Animação foi criado em 2002 pela Association Internatio-nale du Film d’Animation e é celebrado em mais de 40 países.

A data foi escolhida por ter sido em 28 de outubro de 1892 que se registrou a primeira exibição de imagens animadas do mundo: a exibi-ção do filme Pauvre Pier-rot, por Emile Reynaud no seu teatro ótico, no Museu Grevin, em Paris.

No Dia Internacional da Animação (DIA) as Mostras de curtas-metragens de desenhos animados nacio-nais e internacionais acon-tecem em cidades de todo o Brasil, simultaneamente, com entrada franca.

Em Maceió a sessão espe-cial vai acontecer no Galpão 422, em Jaraguá, às 19h30, da segunda-feira (28). Além do Galpão, a atividade conta

Dia internacional da animação é celebrado com mostra em Maceió

Curtas-metragens

Um dos arquitetos mais premiados de Alagoas, Jadson Amorim está curtindo mere-cidas férias. A viagem começa pela República Dominicana a convite da Revista Kaza para a entrega do troféu TOP100 2019 e claro, ele estava mais uma vez na lista. Depois de curtir o mar do Caribe, Jadson seguiu para a Colômbia com a amiga Katy Satto, onde mudou de figurino e aproveitou os cenários para caprichar nas fotos.

PremiadoTop100

A jornalista Silvia Falcão é uma das 25 personalidades agraciadas com a Comenda Ranilson França, que será entregue no próximo dia 5 de novembro, pela Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal). A premia-ção tem como objetivo enal-tecer os grandes mestres da cultura popular e reconhecer o empenho de pesquisadores, artistas e comunicadores. Silvia Falcão receberá a Co-menda na categoria “Comuni-cadores Culturais”.

Comenda Ranilson França

22 de outubro 112019

FRESH l De olho nas ten-dências de beleza, espe-cialmente no visual clean e fresh das bloggers e celebs, sem excessos e ressaltan-do o efeito saudável, O Boticário acaba de lançar a linha Intense Super Fresh. Com base líquida, fixador de maquiagem e batons em bala e líquidos, a nova linha realça os pontos mais fortes do rosto de forma natural, proporcionando uma pele hidratada e iluminada, acompanhada de olhos e lábios suaves.

COM AMOR E LEVEZA l Aprender é um ato de entrega ao novo e precisa-mos de alguém para nos guiar pelo caminho. Essa foto traduz um pouco do que tem sido a jornada da Formação em Coaching EVO, em Brasília. O Trainer Haroldo Porto tem sido um líder amoroso, empático e extremamente leve, nos mostrando a importância de focar no próximo passo. E assim, um passo de cada vez, vamos chegando cada vez mais longe.

Em alta

DESENVOLVENDO PESSOASAne Cruz é reconhecida pelo ta-lento de formar e liderar equipes de vendas. Com vasta experiência em gestão, ela utiliza ferramentas de PNL, empreendedorismo e in-teligência emocional para auxiliar pessoas a encontrar o seu foco e atingir seus objetivos.

POR ONDE FORSolange Arruda foi visitar o filho na Holanda e, como quem tem missão não foge a um chamado, participou da “Feel Good Marke-ting” uma feira de arte ao ar livre, no domingo. Nem precisa de dizer que suas peças coloridas e cheias de alegria fizeram sucesso por lá.

NOVO CICLOThaise Cavalcante fez aniversário no último final de semana e cele-brou com festa e muitos amigos. A jornalista está em clima de vida nova e cheia de novidades, como a estreia como apresentadora na Nova Brasil FM e outras que a gente conta depois.

SOCIEDADE ESPALHAÍ - por Elzlane Santos

elzlane@espalhai.com

com apoio local do Animal Coletivo e do Caleidoscópio Cube de Cinema.

Um do s f i l m e s q u e

serão exibidos será o argen-tino “PADRE”, de Santiago “Bou”Grasso, com a técnica Stop Motion.

201922 de outubro12

Um avião monomotor caiu em um bairro residencial de Belo Horizonte (MG), na manhã de ontem. Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas morreram na queda da aero-nave, que tinha acabado de decolar do Aeroporto Carlos Prates. Outras três pessoas ficaram feridas em virtude do acidente.

O Cirrus SR20 prefixo PR--ETJ – fabricado em 2007 - foi adquirido em julho deste ano por Israel Campras dos Santos. Até então, a aeronave pertencia à empresa Helicon

Táxi Ltda Aéreo, sediada em Colombo, no Paraná, cujos representantes informaram à Agência Brasil que o monomo-tor estava em condições re-gulares de uso. A reportagem ainda não conseguiu contato com Campras. O avião estava em situação de aeronavegabi-lidade normal.

O aparelho caiu em uma área residencial do bairro Caiçara, na região Noroeste da capital mineira, perto das 9 horas. Os mortos, segundo o Corpo de Bombeiros, são um ocupante do avião; uma pessoa que estava dentro de um dos três veículos atingidos em solo pela aeronave e, pos-sivelmente, um pedestre que

passava pelo local no momen-to do acidente.

Os nomes dos mortos e dos feridos não foram divulgados.

Equipes da Polícia Militar (PM), da Guarda Municipal, do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceni-pa) estão no local socorrendo as vítimas e colhendo os primeiros indícios para apurar as causas do acidente.

Este é o segundo acidente do tipo registrado este ano no bairro Caiçara. Em abril, um monomotor modelo Socata ST-10 Diplomate caiu sobre a rua Minerva, matando o piloto, o médico Francisco

Fabiano Gontijo, 47 anos, e um instrutor de voo.

Segundo a Agência Nacio-nal de Aviação Civil (Anac) in-formou na época, a aeronave

estava voando com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida. Obrigatório, esse documento deve ser renovado anualmente.

Avião cai em bairro residencial em MG e mata três pessoasBrasilAgência

As barreiras devem ser instaladas nos mangue-zais, nas principais áreas de desova das tartaru-gas marinhas em Alagoas, nas praias de Jatiúca até Ipioca, nas praias do Francês e Barra de São Miguel, nas praias do Gunga e Jequiá da Praia, no Rio São Francisco, nas lagoas Mundaú e Manguaba (CELMM) e no rio Tatuamunha, que trata--se de uma Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais na cidade de Porto de Pedras, local de proteção do peixe-boi.

A liminar define ainda que os órgãos devem adotar todas as medidas necessárias para a contenção, recolhimento e adequada destinação do mate-rial poluente retirados destas áreas.

Ainda segundo a Justiça, é necessário que a União e o Ibama manifestem-se, tecni-camente, sobre a adoção admi-nistrativa e espontânea das seguintes medidas: ampliação

do nível de atendimento, resgate e habilitação de fauna emer-gencial (TIER2 ou TIER3), em relação à costa alagoana e aos ecossistemas mais sensíveis de Alagoas com a consequente disponibilização dos recur-sos materiais e humanos, seja diretamente, por parcerias ou contratação e a implementa-ção de ação de monitoramento

contínuo ao longo de toda a extensão da plataforma conti-nental marítima sob risco, e, em especial, da costa marí-tima alagoana, para localização das manchas de óleo no mar, devendo fazê-lo diretamente, com parcerias ou contrata-ção, com aeronaves e sensores adequados e com periodicidade mínima adequada.

Por fim, a Justiça Fede-ral, considerando a urgên-cia da situação, autorizou os demandados a remanejarem verbas do orçamento e even-tuais dispensa de licitação para aquisição dos equipamentos e contratação de pessoal, obser-vando o preço de mercado, necessários para o cumpri-mento desta decisão.

ÚLTIMAS

Em AL, União e Ibama são condenados a implantar medidas contra óleo nas praias

MEIO AMBIENTE | Barreiras devem ser instaladas também nos manguezais, nas principais áreas de desova das tartarugas

A Justiça Federal decidiu, por meio de liminar, condenar a União e o Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Ibama), para que implantem

barreiras de proteção, com o adequado monitoramento.

Monomotor caiu em cima de carros pouco depois de decolar

Praias de Alagoas foram atin-

gidas por óleo há pouco mais de

um mês

Redação