ELEIÇÕES 2018 - jornalagaxeta.com.br · sim como Nanã, Obaluaiyê, Iroko e Yewá), é cultuado...

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28.000 CASOS DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS EM 2016. MAIS QUE O DOBRO DO CÂNCER DE MAMA. Distribuição Gratuita Edição: 180 - março 2018 Jornal A Gaxéta (11) 9-7254-3676 agaxéta agaxeta ELEIÇÕES 2018 CUIDADO, AS RAPOSAS ESTÃO POR ... V OTE BEM PARA SENADORES. DELEGADO MANDA PRENDER INOCENTE POR REVELAÇÃO DE DEUSPÁGINA: 6 USO DE NARGUILÉ ´PODE EQUIVALER A FUMAR MAIS DE 100 CIGARROS PÁGINA: 6 PÁGINA: 15 SASP REALIZA HOMENAGEM A JOAQUIM PINTO DE OLIVEIRA TEBAS, O NEGRO ARQUITETO DO SÉCULO XVIII Por unanimidade, Tribunal de Justiça de São Paulo solta Iyalorixá presa injustamente PÁGINA: 13 PÁGINA: 15 Especialistas dizem que narguilé, onde por causa das essências caiu no agrado dos jovens, faz tanto mal quanto cigarro. A hanseníase, conhecida antigamente como lepra, é uma doença infecciosa, porém com tratamento. Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo homenageia Tebas, arquiteto importante do século XVIII PÁGINA: 7 Presa desde o dia 11 de setembro do ano passado, a Iyalorixá Rita de Cássia Nascimento Santos foi solta, onde por maioria a 15ª Câmara Criminal do TJ-SP acatou o pedido de Hábeas Corpus impetrado pelos advogados de defesa. 8 DE MARÇO 21 de março

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28.000 CASOS DE HANSENÍASE DIAGNOSTICADOS EM 2016. MAIS QUE O DOBRO DO CÂNCER DE MAMA.

Distribuição Gratuita Edição: 180 - março 2018Jornal A Gaxéta (11) 9-7254-3676agaxétaagaxeta

ELEIÇÕES 2018CUIDADO, AS RAPOSAS ESTÃO POR AÍ... VOTE BEM PARA SENADORES.

DELEGADO MANDA PRENDER INOCENTE POR “REVELAÇÃO DE DEUS” PÁGINA: 6

USO DE NARGUILÉ ´PODE EQUIVALER A FUMAR MAIS DE 100 CIGARROS

PÁGINA: 6

PÁGINA: 15

SASP REALIZA HOMENAGEM A JOAQUIM PINTO DE OLIVEIRA TEBAS, O NEGRO

ARQUITETO DO SÉCULO XVIII

Por unanimidade, Tribunal de Justiça de São Paulo solta Iyalorixá presa injustamente

PÁGINA: 13PÁGINA: 15

Especialistas dizem que narguilé, onde por causa das essências caiu no agrado dos jovens, faz tanto mal quanto cigarro.

A hanseníase, conhecida antigamente como lepra, é uma doença infecciosa, porém com tratamento.

Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo homenageia Tebas, arquiteto importante do século XVIII

PÁGINA: 7

Presa desde o dia 11 de setembro do ano passado, a Iyalorixá

Rita de Cássia Nascimento Santos foi solta, onde por maioria a 15ª Câmara Criminal do TJ-SP acatou o pedido de Hábeas Corpus impetrado pelos advogados de defesa.

Presa desde o dia 11 de setembro do ano passado, a Iyalorixá

Rita de Cássia Nascimento

8 DE MARÇO

21 de março

Jornal A Gaxéta2

1-CriticidadeEm nossos artigos as abordagens

são sempre feitas com refinado senso crítico, privilegiando a verdade, a ética e buscando desmistificar o conceito de que importantes são os que TEM, para valorizar os que SÃO. Desta forma não estimulamos as ‘aparências’, mas tentamos ressaltar as ‘essências’ dos atos e situações que publicamos;

2- (Im)parcialidadeTrabalhamos de forma estar trilhando

nos caminhos da imparcialidade, apesar de termos consciência de que somos fiéis aos Cultos Afros (Umbanda e Candomblé) e aos Direitos Humanos, o que caracteriza ‘parcialidade’. Esta atitude miscigenada se justifica pela ausência de direitos e de igualdade de oportunidades dos segmentos em destaque;

3- ExcelênciaO sucesso de nosso trabalho se dá

pelo pioneirismo de nossa proposta, pela credibilidade de nossos informes e pela responsabilidade de ‘formar opinião’, levando nossos leitores a uma visão real, coerente e panorâmica das necessidades. Nossa meta é polemizar;

4- Formação de Opinião Além de universalizar os

acontecimentos, denunciar e buscar espaços de Igualdade, temos como ALVOS as crianças e os jovens, com a responsável proposta de formar opiniões centradas, objetivas e sem tendenciosidade. Fiéis multiplicadores.

5 - ReportagensElaboramos reportagens com muito

cuidado e teor jornalístico, priorizando a comunicação visual

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A caminhada da vida

Na caminhada da vida, aprendi que nem sempre temos o que queremos.

Porque nem sempre o que queremos nos faz bem.Foi preciso sentir dor, para que eu aprendesse com as lágrimas.Foi necessário o riso, para que eu não me enclausurasse com o tempo.Foram precisas as pedras, para que eu construísse meu caminho.Foram fundamentais as fl ores, para que eu me alegrasse na caminhada.Foi imprescindível a fé, para que eu não perdesse a esperança.Foi preciso perder, para que ganhasse de verdade.Foi no silêncio que me escutaram com clareza.Pois sem provas não tem aprovação.E a vitória sem conquista é ilusão.E a maior virtude dos fortes é o perdão.

3Jornal A Gaxéta

Características

Orixá exclusivo do Candomblé. Masculino, é as-sociado a tudo o que é “misterioso”. Oxumarê a mobilidade e a atividade. Uma de suas obri-

gações é a de dirigir as forças que produzem o movimento. Ele é o senhor de tudo o que é alongado. O cor-

dão umbilical, que está sob seu controle, possibilita o desenvolvimento de todos os embriões do planeta. É o símbolo da continuidade e da permanência e, algumas vezes, é representado por uma serpente.

Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Ele representa também a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos Yorubás. Oxumarê rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.

Filiação e Família

Oxumarê, fi lho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omolú e de Iroko. Há quem defenda a tese, de que Oxumarê é irmão de

Yewá (Ewá). Após ter abandonado Omolú por ter nascido com

o corpo coberto de chagas, o Deus do Destino disse a Nanã que ela teria outro fi lho, belíssimo, tão bonito quanto o Arco-Íris. Mas Ele jamais fi caria junto dela. Ele viveria no alto, percorreria o mundo sem parar. Nas-cia então, Oxumarê.

Interpretações

Orixá que domina a “dualidade”. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico as-sociado a seus mitos e a seu arquétipo. Essa

dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, doce e amargo, etc.

Por seis meses, é representado pelo Arco-Íris, sen-do atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas. Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma de uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para vi-ver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo.

Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê en-carna sua fi gura mais negativa.

Na África

Os Yorubás, acreditam que é de máxima im-portância “alimentar e cuidar de Oxumarê”, pois se Ele perder suas forças e morrer, to-

dos os humanos morrem. Os negros africanos que per-tencem ao culto de Oxumarê, enterram o cordão um-bilical juntamente com a placenta, após o nascimento de uma criança, nos pés de uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido e cuja saúde dependerá da boa conservação da árvore.

Oxumarê na África, é tido como o dono da mina de ouro, senhor de toda a riqueza. Orixá de extrema força, podendo controlar a vida e a morte em nosso cor-po (alongado), assim como também em nosso planeta, pois segundo a mitologia Yorubá, é ele quem segura a terra para que a mesma não parta e também, quem a faz girar.

O lugar de origem desse Orixá, como Obaluaê e Nanã Buruku, seria em Mahi no ex-Daomé, onde é cha-mado Dan. As contas azuis, segi para os Yorubás, são aí chamadas Danni (“excremento-de-serpente”) na língua

fon. Segundo a tradição, essas contas são encontradas sob a terra, onde teriam sido evacuadas pelas serpentes; diz-se que elas têm um valor igual ao próprio peso em ouro.

Dan desempenha, entre os Mahi e os Fon, um papel mais importante que Oxumaré para os Yorubás, como divindade que traz a riqueza aos homens.

Em Cuba (Ochumare)

Orixá produtor de Arco-Íris, serpente colorida que surge no céu como sinal de bênção. O fi lho de Oloja, dono do cinturão de cores.

Vem do Território Yewé na África. Chamado de “a luz que cruza através do fi rmamento de um lado a outro”.

Há uma lenda na Santeria que diz que, Ochumare realizou ações importantes para Olokun no princípio da criação e desempenhou tarefas ordenadas por Olo-dunmare. Nesse desempenho, foi detido no Céu. Então Ochumare disse: “O que há com as pessoas a quem de-sejo dar presentes na Terra?”.

Olodunmare lhe respondeu que a cada três anos, ele poderia dispersar seu Axé sobre eles nas primeiras ho-ras da manhã ao nascer do sol. Este se espalharia por todo o mundo e seria constante.

Nestes anos, em que o Arco-Íris aparece, haverá tranquilidade, dinheiro em abundância, comodidade e muita saúde.

No Brasil

A cultura negra, foi continuamente assediada pela colonização branca, impondo através da repressão física e cultural, os hábitos portu-

gueses. Com relação a Oxumarê, não poderia ser menos drástico o combate ao seu culto.

Para o Cristianismo, não há animal mais peçonhento e maldito do que a cobra, pois ela é o motivo da expul-são de Adão e Eva do paraíso. Devido a esta relação de Oxumarê com a serpente, seu culto no Brasil foi forte-mente combatido e distorcido.

Apesar de ser de origem daomeana, Oxumarê (as-sim como Nanã, Obaluaiyê, Iroko e Yewá), é cultuado também nas Casas de Nação Ketu e Angola, mas são muito raros os Iyaôs que são iniciados. Houve casos de passar vinte ou trinta anos sem se iniciar ninguém para esse Orixá.

Jornal A Gaxéta4

Dan – A Cobra

No período da escravidão, Oxumarê veio esbarrar na “cobra”. Para os cristãos, o réptil sempre simbolizou o “mal”, a re-

presentação dos péssimos conselhos, como foi o caso de Adão e Eva. Simboliza também o diabo.

Assim, Oxumarê para os jesuítas era a represen-tação da maldade e dos erros. Um animal perigoso e traiçoeiro que pode levar o homem à morte.

Nos Cultos Afros, a cobra (Dan), que está atre-lada ao Orixá, tem a interpretação da continuidade, uma vez que se “morder a cauda”, formará um cir-culo/roda – figura geométrica que tem movimento contínuo, e que, comparado aos movimentos da ter-ra e do sol, nunca pára. Está em constante mudança de escamas, o que representa a renovação e o renas-cimento. De dia, Dan é branca, de tarde é vermelha e à noite é preta.

Na Umbanda

Oxumarê está inserido em um equivoco den-tro da Umbanda, que começa a partir do pró-prio nome, já que parte dele também é igual

ao nome do Orixá feminino Oxum. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos Cultos e à origem.

Na Natureza

É representado pelo Arco-Íris, e quando este brilha não pode chover. Ao mesmo tempo é a prova de que a água esta sendo levada

para o céu em forma de vapor, formando as nuvens. Passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, come-çando tudo novamente: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc. Está associado ao “bem”: imagem colorida, bonita, que encanta e traz prazer aos homens. Anuncia o fi m das “tempestades” e o retorno do sol. Controla as chuvas e as secas e é responsável pelos movimentos do globo terrestre e do sol, vitais aos seres humanos.

Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bas-tante agressivo e violento, o que o leva a morder a pró-pria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a ro-tação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo. Todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutá-veis, eternos, ou pelo menos muito duradouros. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o enten-demos deixaria de existir, sendo substituído imediata-mente pelo caos.

Rítmo

Ao som do “Bravun” acontece a dança da ser-pente ou de Oxumarê, que entre trejeitos e de maneira esguia expõe suas características

perante os homens e outros Deuses. O ritmo, embora não seja atribuído especialmente a

algum Orixá, é frequentemente escolhido para a dança de Oxumaré e Yewá.

É um ritmo de andamento rápido, dobrado e repica-do. Oxumarê, dança com movimentos ondulantes, ati-rando-se por vezes ao chão, imitando o bote da serpente.

Nas outras Nações

JEJE

Voduns confundidos com qualidades do Ori-xá Oxumarê:

Dan - É a cobra que participou da cria-ção. É uma qualidade benéfi ca, ligada a chuva, à fertili-dade de abundância; gosta de ovos e de azeite de dendê. Como tipo humano, é generoso e até perdulário;

5Jornal A Gaxéta

Dangbé - Vodun mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivi-nho esperto;

Becém - dono do Terreiro do Bogun, é Vodun, veste-se de branco e leva uma espada. É um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo, menos afeta-do e menos superfi cial que Dan;

Aido Wedo - também é um Vodun tido como Oxu-marê;

Azaunodor - é um Vodun tido como o príncipe de branco que reside no baobá, relacionado com os ante-passados; come frutas e "leva tudo de dois".

ANGOLA

A corruptela da palavra Hongolô , que signifi ca arco-íris, ou réptil, é Angorô, nome pelo qual esta divindade é conhecida nos Candomblés de Angola/Congo. Surge da água em evaporação. O seu caminho é muito próximo da Senhora das Águas doces, Mam’etu Ndandalunda, chegando a se confundir, já que estão ambos no reino das águas e da fecundação.

O Arco-íris é o esplendor pelos raios do sol quando está no alto. Também é a cobra na terra, e conhece as profundezas do planeta conseguindo fazer as transfor-mações. Faz a ligação entre o Ntoto/Ixi e o Duilo (terra e céu), por isso seu culto é fundamental e tão difundido.

Mitologia

XANGÔ FAZ DELE SEU CONSULTOR

Irmão gêmeo de Ewá, Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteli-gência e capacidade. Um dia, viu-se frente à

frente com Olokun, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas. Oxumarê pensou, pensou e respondeu à Senhora do Oceano:

- Se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios.

Respondeu Olokun:- Eu lhe dou! E Oxumarê apontou para a própria

casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas par-tes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol. Olokun ficou tão feliz que, além do paga-mento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em ser-pente, esticou-se até a Terra de Olorun, no céu e com os seus seis mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem. E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consulta-do sobre os grandes negócios dos Orixás, principal-mente Xangô, que fez dele seu consultor, seu grande conselheiro, aumentando sua riqueza de Deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxu-marê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Osumare ego bejirin fonná diwó.“O Arco-íris que se desloca com a chuva e guar-

da o fogo no punho.”

COMO OXUMARÊ SERVE A OXUM E XANGÔQuando Xangô e Oxum quiseram se casar, perceberam

que seria difícil viverem juntos, pois a casa de Oxum era no fundo do rio e Xangô morava por cima das nuvens. Então, resolveram arranjar um criado que facilitasse a comunicação entre os dois. Falaram com Oxumarê, que aceitou servir de mensageiro entre eles. Só que, durante a metade do ano em que é o Arco-Íris, Oxumarê levava as águas de Oxum para o céu; não chovia e a terra fi cava seca. Por isso, Oxumarê resolveu que, nos seis meses em que fosse cobra, deixaria o serviço. Nesse período, Xangô precisa descer até Oxum, e então acontecem os temporais da estação das chuvas.

Cantigas ÒsùmàréWàlé lé mo rí, ÒsùmàréLé´ lé mo rí ó, ràbàtàLé´ lé mo ríÒsùmàré

Ele está sobre a casa.Eu vi , ele é imenso.Ele está sobre a casa, é OxumarêOxumaré está sobre a casaEu vi Oxumaré.

Aláàkòró lé èmi óAláàkòró lé ìwoAláàkòró lé èmi óAláàkòró lé ìwoÒsùmàré ó ta kéréTa kéré ó ta kéréÒsùmàré ó ta kéréTa kéré ó ta kéré

O Senhor do àkoró esta sobre mim.O Senhor do àkoró sobre você.O Deus do arco-íris movimenta-se rapidamente.Para diante, adiante, adiante.

CASA DE OXUMARÊ (Salvador - BA)

A Associação Cultural e Religiosa São Salvador - Ilê Oxumarê Araká Axé Ogodô, foi fundada por Manoel Joaquim Ricardo, Babá Talabi, entre o

fi nal do século XVIII e inicio do século XIX e tem suas origens ligadas no culto à Ajunsun, praticado no Calundu do Obitedó, em Cachoeira - BA.

É considerada uma das casas mais antigas de Candom-blé abertas em Salvador. Localizada, atualmente, no bairro da Federação, a Casa de Oxumarê foi reconhecida como Patrimônio Histórico pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC, em 15 de dezembro de 2004.

Sincretismo

Oxumarê é sincretizado com São Bartolo-meu e festejado no dia 24 de agosto. Na sua história, nota-se que o sincretismo ocorreu

provavelmente pelo fato do Santo, que era da Galiléia, ter ido para a Índia, com a missão de pregar o Evange-lho, conseguindo converter a muitos.

Com isso, provocou-se uma enorme inveja dos sa-cerdotes locais, que conseguiram determinar que se ti-rasse a pele de Bartolomeu (como a cobra que troca a pele), antes que o decapitassem.

Ancestrais britânicos eram negros de olhos azuis

Diferente do que se pensa em senso comum, as primeiras gerações de britânicos deviam muito de sua

aparência aos africanos do Paleolítico

Os primeiros bri-tânicos eram negros, tinham

cabelos crespos e olhos azuis. A informação foi divulgada no início do mês de fevereiro, por uma equi-pe de cientistas que anali-saram o genoma de um es-queleto humano de dez mil anos.

Com ajuda de tecnologia moderna fi zeram uma simulação do que seria o rosto do ancestral. O re-sultado obtido revela que a

pigmentação de sua pele era “de escura a negra” e não do tom mais claro – leitoso, segundo o tópico – que hoje caracteriza os descendentes.

O resultado da pesqui-sa demonstra que, contra-riamente à crença popular, as primeiras gerações de britânicos deviam muito de sua aparência aos afri-canos do Paleolítico, dos quais descendem todos os humanos.

O objeto do estudo de um grupo de especialistas do University College de Londres (UCL) e do Mu-seu de História Natural é o conhecido homem de Cheddar, encontrado no início do século passado no sudoeste da Inglaterra,

o mais antigo esqueleto humano completo desco-berto nas ilhas britânicas e uma das peças mais valio-sas do acervo do museu. Segundo os responsáveis, a reconstituição de seus traços físicos foi possível graças a “um golpe de sorte”: a localização de restos de DNA no crânio do homem do Mesolítico.

Fonte: El País

Jornal A Gaxéta6

Como um delegado evangélico mandou prender um inocente “por causa de uma revelação de Deus” no RS

UM CASO TRÁGICO OCORRIDO EM NOVO HAMBURGO, RS, ILUSTRA À PERFEIÇÃO O ESTRAGO QUE O FUNDAMENTALISMO EVANGÉLICO FAZ NO BRASIL, MUITO ALÉM DA BANCADA DA BÍBLIA.

O delegado Moacir Fermino, da Polícia Civil, que investigava a morte de duas crianças es-quartejadas, afi rmou que havia solucionado o

crime por causa de uma “revelação de Deus”.Em entrevista à Rádio Gaúcha, contou que profetas te-

riam indicado os caminhos para a investigação, apontando quem ele deveria ouvir. Não por acaso, mandou prender o líder de um templo de umbanda, Silvio Rodrigues.

Rodrigues foi libertado na semana passada, após mais de 40 dias preso sem provas. Ele contou sua história à Rá-dio Guaíba:

Ainda não havia se passado 12 horas desde que Silvio Rodrigues tinha deixado a prisão, quando ele conversou com a reportagem da Rádio Guaíba expondo sua rotina nos 40 dias em que fi cou confi nado e como enxerga o erro cometido pela Polícia Civil, que acabou o prendendo er-roneamente.

Segundo ele, a busca por respostas acontece até hoje e não sabe quem vai pagar pelos danos causas à sua vida e de sua família.

Há 40 dias, exatamente no dia 27 de dezembro de 2017, Sílvio estava em casa na companhia da família, no templo em que reside/trabalha em Gravataí, quando três carros da Polícia Civil se aproximaram e Moacir Fermino, delegado responsável pela investigação da morte de duas crianças em Novo Hamburgo, afi rmou que “era Deus e estava indo prender Satanás”, referindo-se a Rodrigues.

“Por muitas horas fi quei sem entender o que estava acontecendo, quando recebi aquele mandado e ouvia as palavras do delegado dizendo que eu era Satanás. Nin-guém me comunicou o motivo da prisão e por qual cri-me”, lembra.

Já na Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, Sílvio lembra que viveu os sete dias mais difíceis de seus 44 anos. A falta de higiene da cela onde estava e as poucas informações que recebia, fazia com que ele sentisse como se estivesse entrando em surto psicológico. “Não tenho dúvidas de que psicologicamente estou abalado. Até hoje, 12 horas após ter saído da prisão, é como se não tivesse compreendido ainda tudo que aconteceu e, principalmen-te, quem vai pagar por todo mal que fez em minha vida e na minha família. Não é de dinheiro que estou falando, é de problemas relacionados principalmente a não ter liber-dade nem de sair de cabeça por ameça de morte”, afi rma o mestre de magia.

Quando foi encaminhado para o Presídio de Charque-adas, Sílvio começou a ter acesso ao que estava sendo dito sobre o esquartejamento das crianças e sua função no cri-me. “Eu era chamado de mandante do crime, sendo que eu nunca ouvi falar dessas outras pessoas que foram presas e muito menos das três testemunhas que depois afi rmaram estar mentindo. Como ainda não tive acesso ao proces-

so, não consegui saber ainda como que chegaram até meu nome”, esclarece.

O mestre garante ainda que é inadmissível a persegui-ção religiosa que ainda é feita no Brasil com algumas pes-soas. “Como religioso eu perdoo o delegado Fermino, mas não podemos admitir que sejam feitas essas segregações e que erros como esse sejam cometidos simplesmente pelo fato de não aceitar outra crença”, desabafa.

Sílvio Rodrigues entende que o sistema de justiça no Rio Grande do Sul é falho. “Todo mundo foi enganado. A mídia, a população, o Ministério Público, alguns policiais. Isso causa um abalo das estruturas de justiça do nosso Es-

tado. É preciso ter vergonha disso. Sem falar que o assunto foi muito tendencioso e todo mundo comprou essa história e a maneira como ela foi contada. Eu só preciso agora é achar uma forma de respirar”, lamentou.

Sobre a denominação de “bruxo” que foi dada a Sil-vio, ele esclarece que “somente é bruxo quem faz bruxaria e eu não faço isso. Sou mestre de magia que trabalha uma ramifi cação da religião africana que é a Umbanda”. Com uma longa trajetória, inclusive internacionalmente, o mes-tre diz não saber como sua vida será a partir de agora.

“Sou um ser humano, fi z coisas boas durante toda a minha vida, mas quando essa mentira veio à tona nada mais foi lembrado. Virei um criminoso que havia esquar-tejado duas crianças indefesas e esse pensamento fi cou ‘martelando’ na minha cabeça diariamente. Tentei por muitas vezes buscar um norte e tentar pensar que a justiça apareceria, mas a minha vida foi arruinada”, lastima.

Como havia se passado apenas 12 horas desde que deixou o Presídio de Charqueadas, Sílvio garante que não conseguiu conversar com a esposa ainda sobre a possibi-lidade de mudança de cidade. “É como se eu não tivesse entendido ainda que estou em casa. Os dias que fi quei lá foram terríveis e me fi zeram desacreditar de muita coisa. Sofri muito e minha família está sofrendo até hoje. Minha

fi lha volta às aulas e não sei como será o período dela na escola. Preciso primeiro colocar a cabeça no lugar e con-seguir enxergar friamente quantos prejuízos essa prisão me causou. Não vai ser fácil limpar o nome, depois de te-rem destruído ele em tão pouco tempo”, fi naliza o mestre.

Sobre o casoEm 4 de setembro de 2017, duas crianças foram en-

contradas esquartejadas no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. As partes dos corpos estavam embaladas em sacolas plásticas e em caixas de papelão em um mato às margens da rua Porto das Tran-queiras.

Segundo a perícia, os corpos são de um menino, entre 8 e 9 anos, e de uma menina, entre 10 e 12. As crianças são irmãs apenas por parte de mãe. Há a suspeita de que elas sejam argentinas, provavelmente da região de Corrientes, e tenham sido trocadas por uma caminhonete roubada.

O suposto ritual teria sido encomendado por dois em-presários do ramo imobiliário para atrair prosperidade aos negócios. Os homens, de Novo Hamburgo, teriam pago R$ 25 mil à vista para o bruxo realizar o sacrifício. O ho-mem mantinha um templo em Gravataí, onde os rituais se-riam realizados. Durante escavações no terreno onde fi ca a casa, foi localizado um fêmur de um animal.

Uma testemunha disse que viu parte do ritual. Segun-do depoimento, ao passar pelo local, ela teria avistado as duas crianças usando capuz. Essa pessoa teria informado ainda à polícia o nome dos sete investigados – seis esta-vam em um círculo durante o ritual. Depois, confessou durante acareação que mentiu.

Justiça decreta liberdade provisóriaA Justiça de Novo Hamburgo concedeu na tarde do úl-

timo dia 04 a liberdade provisória a sete homens suspeitos de terem matado duas crianças em suposto ritual de magia negra, com propósito patrimonial. O pedido foi formulado pelo Delegado Rogério Baggio, responsável pelo caso e recebeu parecer favorável do Ministério Público.

A decisão da Juíza de Direito Angela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hambur-go, se refere aos cinco homens que estavam presos e aos outros dois foragidos.

“Considerando que as decisões que anteriormente de-cretaram prisões temporárias e preventivas se basearam na investigação policial apresentada e postulação do de-legado de Polícia responsável pela investigação à época e neste momento, com o aprofundamento das investiga-ções, se observa que as novas informações angariadas ao feito possuem o condão de derruir o conjunto probatório até então existente, revogo a prisão preventiva e concedo a liberdade provisória”, considerou a magistrada por meio de nota.

Silvio Pinheiro é preso. Delegado falou que teve “revelação de Deus”

7Jornal A Gaxéta

Por unanimidade, Tribunal de Justiça de SP solta Iyalorixá presa

injustamente

Em julgamento ocorrido na tarde de 08 de fevereiro, o Tribunal de Justiça de São

Paulo (TJ-SP) determinou a soltura da Iyalorixá Rita de Cássia Nascimento Santos, presa injustamente desde o dia 11 de setem-bro do ano passado.

Por maio-ria (ou una-nimidade), a 15ª Câmara Criminal do TJ-SP con-cedeu ordem de Habeas Corpus im-petrado pelos a d v o g a d o s Hédio Silva Jr., Jáder Freire de Macedo Júnior e Antônio Basílio Filho.

Segundo o Dr. Hédio Silva Jr., que fez a defesa oral na sessão de julga-mento, o TJ-SP concluiu que não havia base legal para a prisão da Sacerdotisa, já que ela respondeu ao processo em li-berdade e colaborou com a Justiça des-de o início do processo.

Moradora da cidade de Tatuí, in-terior de São Paulo, a Sacerdotisa foi condenada à pena de 7 anos e nove meses de prisão sob a alegação de que teria submetido uma criança a sessões de tortura.

A sentença foi publicada em 11 de

setembro do ano passado, sendo que no mesmo dia foi expedido e executado o mandado de prisão. A prisão da Sacer-dotisa foi justifi cada com o argumento de que “há efetiva suspeita de que en-volvesse menor em rituais religiosos”.

A partir de sua con-denação e prisão, fa-miliares da Sacerdotisa entraram em contato com a equipe atu-al de advo-gados, sendo que, além do Habeas Cor-pus vitorio-

so, também está atuando no recurso de apelação, que deverá ser julgado pelo TJ-SP nos próximos meses.

Segundo o Dr. Hédio Silva Jr., “no julgamento do recurso de apelação ti-vemos a oportunidade de demonstrar que não existe qualquer prova de crime de tortura.”

O caso da Sacerdotisa Rita Santos serviu de alerta para a comunidade de Umbanda e Candomblé de todo o país, no sentido de que é preciso cautela no que se refere à participação de crianças em determinadas cerimônias religiosas.

A sacerdotisa continuará respon-dendo o processo, mas em liberdade.

Foto:Dr. Hédio Silva Jr, Daiana Moreira (companheira da Iyalorixá Rita de Cassia), Antônio Basílio Filho e Jader Frei-re de Macedo Júnior

Desfile de carnaval na Alemanha...

Que Vergonha! Onde a gen-te passa virar piada! E olha onde se chegou. QUE

VERGONHA... A GOZAÇÃO JÁ É INTERNACIONAL... SÓ NO BRA-SIL NÃO ENXERGAM... Carro ALEGÓRICO no DESFILE na ALE-MANHA mostra DILMA ROUSSEFF e JOSEPH BLATTER (Presidente da FIFA) PASSANDO com um ROLO COMPRESSOR sobre os POBRES em nome da Copa do Mundo de Futebol.

Perceba que na foto o rolo está passando sobre favelas, casebres e po-

bres. Além de propagar imagem nega-tiva em relação ao padrão de moradias no Brasil (menos mal), o sentido mais profundo é de que o governo brasileiro esmagou a vida da população em favor da copa, por meio do desvio de dinhei-ro que deveria ser aplicado em obras sociais, mas é gasto com estádios.

Imagine esta foto sendo exibida no mundo inteiro... Será que os luladil-mistas vão dizer que é obra da Impren-sa Golpista? Está mesmo na hora de mudanças e jogar os políticos de hoje no lixo.

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Líderes de seita religiosa são presos em operação contra escravidão

Grupo praticava crimes como tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade

ideológica e lavagem de dinheiro

Operação foi nomeada de "Ca-naã - A Colheita Final" e prendeu ao menos 13 pessoas

A Polícia Federal (PF) informa que ao menos treze líderes religiosos foram presos durante a operação "Canaã - A Colheita Final". defl agrada no dia 6 de fevereiro. A corporação afi rma que eles fazem parte de uma seita, que atuava em municípios da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

De acordo com a investigação, o grupo praticava os crimes de redução de pessoas à condição análoga à escravidão,

Ainda segundo a PF, os dirigentes da seita religiosa teriam aliciado pesso-as em sua igreja na cidade de São Paulo, convencendo-as a doarem todos os seus bens para as associações controladas pela organização criminosa. Para tanto, teriam se utilizado de doutrina psicológica, sob o argumento de convivência em comunida-des, onde todos os bens móveis e imóveis seriam compartilhados.

Trabalho escravoDepois de doutrinados, os fi éis teriam

sido levados para zonas rurais e urbanas em Minas Gerais, nas cidades de Contagem, Betim, Andrelândia, Minduri, Madre de Deus, São Vicente de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas.

Já na Bahia, foram levados para Iboti-rama, Luís Eduardo Magalhães, Wander-ley e Barra. Nestas cidades, os fi éis teriam sido submetidos a extensas jornadas de

trabalho, sem nenhuma remuneração. Eles trabalharam em lavouras e em estabeleci-mentos comerciais variados, como ofi cinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias e confecções.

Por meio da apropriação do patrimônio dos fi éis e do desempenho de atividades comerciais sem o pagamento da mão de obra, a seita teria acumulado um extenso patrimônio, contando com casas, fazendas e veículos de luxo. Atualmente, estaria ex-pandindo seus empreendimentos para o es-tado do Tocantins, baseados na exploração ilegal.

InvestigaçãoA investigação teve início em 2011,

quando a seita estava migrando de São Paulo para Minas Gerais. Em 2013, foi de-fl agrada a 'Operação Canaã', com inspeções em propriedades rurais e em algumas em-presas urbanas. Em 2015, foi desencadeada sua segunda fase: 'De volta para Canaã', quando foram presos temporariamente cin-co dos líderes da seita.

Essa é a terceira fase da operação, com a prisão preventiva de 22 líderes da seita, que poderão cumprir até 42 anos de prisão, se condenados.

Durante a operação, foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva, 17 de interdição de estabelecimento comercial e 42 de busca e apreensão. Duzentos e vinte policiais federais e 55 auditores fi s-cais do Ministério do Trabalho participa-ram da ação.

Srs e Sras pré candidatos, peço a gentileza de não acreditar que meu ouvido e pinico, pe-

dir apoio para campanha política sem apresentar proposta, sem nem menos me falar de políticas publicas (isto e subes-timar minha inteligência), então quando me ligarem saiba que não sou burro, muito menos leigo, para me permitir ser usado de massa de manobra. Repito novamente e fi rmo não estou disposto a contribuir com o salário de mais de dez mil reais a deputado algum, sem ter no mínimo o benefício constitucional que é: Saúde, Educação, Saneamento Bá-sico e tanto outros benefícios a popula-ção garantida pela constituição federal. Logo os Srs e Sras que só sobe falar de Intolerância Religiosa, por favor não me procure, esqueça inclusive meu numero de celular, pois afi rmo não APOIO, es-pero que não ganhe também, pois vocês desconhecem o que é LAICIDADE DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DI-REITO, precisam de verdade, retorna a escola ou sair de seus MUNDOS (ILU-SÓRIOS) para de fato saber e compre-ender o que é políticas publicas, saber o que signifi ca laicidade, em minha visão,

mais de 70% dos Srs e Sras busca o sta-tus, salário e benefícios parlamentar so-mente, neste sentido e nesta perspectiva serão uma catástrofe se forem eleitos.

Defendo sim, Candidaturas que seja em primeiro

lugar comprometidas com a laicidade do estado, que defenda a população ne-gra, afro-descendente, que tenha projeto político sólido, que compreenda que a defesa dos povos tradicionais de matriz africana e povo de terreiro deve perpassa a religiosidade, mais seja também pela cultura tradicional deste povo;

(que tenha projeto de inclusão social para este povo) pois você pré candidato (a) sabia que este povo come, trabalha, estuda, mora e etc... ? Pois então.

Dialogo com vários políticos, muitos estão aqui na minha rede social, estou aberto ao dialogo (porém não subesti-me minha capacidade de pensar, minha inteligência, pois Negro também pensa) porém todos podem afi rmar, que meu apoio só terá candidaturas que seja ca-paz de dialogar sobre políticas publicas, convergir com pensamentos e posturas diversas porém com o objetivo de agluti-nar é não de mostra poder.

ESPERO TER SIDO OBJETIVO. Há me chamar de grosso, por favor

fi que a vontade, mais de burro não ok.SOU HOMEM PRETO COM ENORME ORGU-

LHO DE SER, SOU DE MATRIZ AFRICANA (NÃO SOMENTE POR SER RELIGIÃO, MAIS POR SER TAMBÉM MINHA CULTURA E FILOSOFIA DE VIDA), SOU DNS AFRICANO, SOU RONALDO ARRUDA DÒGÚM O FÚRIA NEGRA.

ESPERO NÃO SER INCOMODADO POR BES-TEIRAS E PROJETOS DE VAIDADE. (SIC)

11Jornal A Gaxéta

Desfile de 2018 fez o que a lei 10.639 não conseguiu em 15 anos

Paraíso do Tuiutí e Acadêmicos do Salgueiro provocaram uma especial catarse na Sapucaí, sendo visto por dezenas de milhões de pessoas na tv

A Tuiuti trouxe o enredo “Meu Deus, Meu Deus, está extinta a Escravidão?” Fala dos 130 anos do fim da escravidão a se-

rem completados em 13 de maio deste ano. A abor-dagem dos carnavalescos fez lembrar minha tese do 14 de Maio: critica o racismo e mostra como a cida-dania ainda é algo a ser conquistado pelos negros no Brasil. Vão além disso ao tratar da conjuntura po-lítica, criticando a reforma trabalhista e ironizando os “manifestantes fantoches” do impeachment. Fe-cham com chave de ouro com o presidente-vampiro cuja faixa presidencial vem com cédulas de dinheiro dependuradas. Criticar a forma como a Abolição se deu no país onde a escravidão mais durou – 354 anos -, numa ópera móvel, que já foi chamada do maior espetáculo da terra, não é pouca coisa. Mexeu fundo com muita gente.

Porém, a Salgueiro veio com um enredo demolidor da narrativa racista que invisibiliza a importância da Áfri-ca e desvaloriza a mu-lher negra. Seu tema: “Senhoras do Ventre do Mundo” é mais que uma homenagem à mu-lher negra pois tem um componente de resgate que educadores e edu-cadoras tentam fazer há 15 anos com a apli-cação da Lei 10.639 de 2003 sem sucesso efe-tivo.

De cara, ao trazer a África como o ventre do mundo; a base da civilização humana, como a mo-derna genética confirma, me tirou o fôlego. Em meus workshops sobre Diversidade Étnico-Racial faço uma ginástica didática enorme para apresentar a Eva Africana – primeiro indivíduo que desmisti-fica o homo sapiens (Adão na visão bíblica). O que houve a cerca de 70 mil anos foi femina sapiens em África.

Depois, apresentar as rainhas negras em que se destaca Hatsheput, a rainha-faraó do antigo Egito, mais guerreiras e heroínas negras eclipsadas por uma história epistemicida foi catártico de fato. Mas não parou por aí: trouxe as escritoras negras Maria Firmina, a primeira romancista do Brasil, Auta de Souza e Carolina de Jesus – esta última vem sendo resgatada pelo feminisno negro a duras penas. Mas a Pietá negra, simbolizando a mãe dos 23 mil jovens negros mortos violentamente a cada ano na terra brasilis, fechou um desfile didático que ainda não se conseguiu fazer na sala de aula. Anne Rodrigues, uma educadora de Salvador, me confirma que a arte chega melhor onde outras mediações sociais não conseguem. Há forte empatia e o conteúdo torna conhecimento.

Como se não bastasse as duas escolas Rio, três escolas do primeiro grupo de São Paulo em seus enredos homenagearam 3 ícones negros da arte mu-sical: Vai-Vai (Gilberto Gil); Peruche (Martinho da Vila) e Mocidade Alegre (Alcione). Tudo aquilo que a Lei 10.639 nem perto chegou ainda.

O imponente abre-alas do Salgueiro Foto: Leo Correa/AP / STR

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

“Somos gays. Acostumem-se”, dispara atleta que compete nos

Jogos de Inverno

Um dos 14 atletas assumidamente gays que participaram de alguma modalidade dos Jogos de inverno de Pyeonchang, na

Coreia do Sul, o esquiador Gus Kenworthy celebrou a diversidade na Olimpíada nas suas redes sociais.

“Estamos aqui. Somos gays. Acostumem-se.”, escreveu o norte-americano, que conquistou me-dalha de prata na competição. Ele faz companhia a Adam Rippon, também homossexual que ganhou uma medalha na Olimpíada, na patinação artística.

De acordo com uma lista divulgada pela OutS-ports, catorze atletas ao todo participam das olimpí-adas de inverno, número recorde de todas as edições e o dobro da última em Sochi, em 2014, na qual ape-nas sete LGBTs declararam a sua orientação sexual. Ainda acredita-se na possibilidade de haver outros atletas não assumidos.

O patinador Olímpico Gus Kenworthy (Foto: Divulgação)

Jornal A Gaxéta12

Dia Internacional da Mulher, Oito de março. Certamente momento de fazermos uma

refl exão sobre as mulheres negras que são a gênese das sociedades.

Ser MULHER nem sempre é uma coisa fácil, ser MULHER NEGRA é mais difí-cil ainda. Ainda não ganhamos s a l á r i o s equivalen-tes aos dos homens, somos molestadas de muitas formas nas ruas e muitas vezes até den-tro de casa, também somos muitas vezes rotuladas pela aparência ou pela forma de vestir. Mas na maioria das vezes somos HEROÍNAS, e historicamente somos super-heroínas retratadas como mulheres invisíveis, meras peças auxiliares numa sociedade machista.

Dar a nossa cara ao mundo nos dias de hoje, concorrendo em paralelo a era da Informação ou era digital certamente é um grande desafi o e nenhuma novidade para nós mulheres. Da hora em que acordamos até o momento de voltar para a cama, nos-so cotidiano se compõe de uma série de atitudes e comportamentos que parecem naturais, não é? Pois não são. O que so-mos no dia a dia é produto de uma série de exercícios sociais que moldaram a evolu-ção humana desde que nossas antepassa-das tiveram que sustentar o peso da dor de

seus fi lhos, maridos e delas mesmas sendo escravizadas; E assim resolveram descer da segurança de uma árvore e se arriscar na savana africana. Muito do que somos foi modelado por outras mulheres negras ao longo da História.

Se faz necessário resgatar o prota-gonismo das mulheres nesta história. Apesar da invisibilidade nos tornar entes passivos, grandes mulheres são responsá-veis por mudanças que fi guram historica-mente com muito merecimento. Porém existem aquelas que diariamente de al-gum modo, que você provavelmente não sabe, tornaram o mundo um lugar melhor. Seus gestos e ações curam feridas aber-tas pela violência, são muito importantes

e nem sempre tão lembradas assim. Que se tornaram líderes fortes e articulam po-líticas e ações para superar as desigual-dades, que vivem inspirando um futuro melhor. Mulheres que enfrentam a pobre-za, a marginalidade, a violência, o duplo preconceito por ser mulher e por ser NE-GRA! E mesmo assim segue forte pois tem a palavra “RESISTÊNCIA” tatuada

em sua alma. Existem inúmeras MULHERES que

transformaram o mundo no decorrer de suas vidas, sejam por atitudes que muda-ram o pensamento e a sociedade da épo-ca ou por invenções (que muitos de nós nem percebemos diariamente) que tornam nossa existência muito melhor. Não custa lembrar que apesar da história ressaltar as forças masculinas, a cara da resistência: É FEMININA E NEGRA. Não é necessário olhar muito para trás, timidamente, grandes super-heroínas são reconhecidas pelos seus préstimos a sociedade.

Irmã Angélique Namaika, conhecida como a freira da bicicleta: suas ações estão muito além das palavras, sua atuação dinâ-mica ajuda a curar feridas abertas pela vio-lência nas mulheres e meninas congolesas.

A Irmã já ajudou mais de duas mil mulheres vítimas do grupo guerrilheiro Exército de Resistência do Senhor (LRA, em inglês), que atua em Uganda e na Re-

pública Democrática do Congo, e por esse motivo foi condecorada com o prêmio Nansen, oferecido pelo Alto Comissaria-do da ONU para refugiados, o Acnur. An-

gélique comanda, desde 2003 o Centro para Reintegração e Desenvolvimento, onde oferece treinamento e acolhimento às mulheres que sofreram abusos sexuais e agressões físicas e psicológicas. Ela foi uma refugiada por causa da guerrilha, por quatro meses, e apesar de não ter sofrido abusos, se mobilizou para ajudar.

Diante desse cenário implícito, neste 8 de março queremos lembrar de nossas heroínas na lida diária que faz do exem-plo de vida uma quebra de paradigma,

mulheres anônimas que cada vez mais se posicionam para dar voz a tantas outras mulheres e fazer a diferença no mundo, não só por serem vítimas da sociedade em suas inúmeras facetas, mais muito mais, por serem MULHERES conscien-tes de que há muita coisa a ser mudada , e acima de tudo por acreditarmos que nos-so mundo também é fruto do que se tenta evitar – e do esforço para que tragédias não se repitam.

“Olhe ao seu redor identifi que, ges-tos e ações que curam feridas abertas e como nós do Instituto Àwúre e das Dandaras, diga a essa mulher o quanto ela é importante nesse mundo violento. Precisamos reconhecer nossas super-heroínas! ”

Militância sem palavras, gestos e ações que curam feridas abertas pela violência. DANDARAS MULHERES PRETAS EMPODERADAS IAIC- INSTITUTO ÀWÚRE DE INCENTIVO CULTURAL AFRO BRASILEIRO

“A resistência que vem de nossas mães, avós, bisavós, tataravós representantes legítimas dos antigos quilombos, hoje peri-ferias, nos legaram a força da resistência, da capacidade de amar e doar a coragem de romper elos convencionais para buscar formas, alternativas de restabelecer o que já há muitos anos está estabelecido e princi-palmente coragem para dizer, NÃO. ” (Malu Viana. Rapper)

“Se eu puder ajudar apenas uma mulher a reiniciar sua vida, para mim já é uma conquista! ” Irmã Angélique Namaika

coisa fácil, ser MULHER

tes aos dos

13Jornal A Gaxéta

SASP REALIZA HOMENAGEM A JOAQUIM PINTO DE OLIVEIRA

TEBAS, O NEGRO ARQUITETO DO SÉCULO XVIII

O Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) realiza, no dia 21 de março, às 19h, uma homenagem ao ar-

quiteto Joaquim Pinto de Oliveira, conhecido como Tebas, um importante arquiteto do século XVIII. Te-bas viveu a condição de escravizado durante os seus primeiros 57 anos de vida e se tornou um dos mais destacados construtores da época, sendo o respon-sável pela construção de importantes obras como a torre da primeira Catedral da Sé e o Chafariz da Mi-sericórdia. Além disso, talhou a pedra de fundação do Mosteiro São Bento e ergueu o frontispício da Igreja da Ordem Terceira o Carmo.

Do SASP“Em que pese

a devastação da memória paulis-tana promovida a partir do início do século XX, Tebas representa o protagonismo negro na constru-ção da cidade, do estado e do país, seja por meio de suas obras ain-da presentes na paisagem urbana – caso das igre-jas do Carmo e de São Francis-co, bem como do cruzeiro localiza-do no centro da cidade de Itu –, seja na história da arquitetura e do urbanismo de São Paulo”, destaca o escritor e jor-nalista Abílio Ferreira, em artigo publicado no site do SASP.

A homenagem contará com a pre-sença de historia-dores e arquitetos envolvidos no pro-cesso do resgate histórico de Tebas. O SASP também o reconhecerá como arquiteto, tornando-o, simbolica-mente, parte de seu quadro associativo.

“A sindicalização do Tebas ao SASP vai além do reconhecimento de sua importância material e sim-bólica para a arquitetura e a história paulistana”, ressalta Maurílio Chiaretti, presidente do SASP. “É reconhecer Tebas como pessoa humana que, com to-

das as dificulda-des de um escra-vizado, ajudou no desenvolvimento técnico e artísti-co de importantes obras que vieram a revelar, princi-palmente, a sua força de luta pela liberdade”.

Durante o evento também será constituído um grupo para realizar estudos e pesquisas sobre esse importante personagem da história brasilei-ra.

Sobre TebasTebas nasceu em 1721, em Santos, litoral sul de

São Paulo. Foi escravizado pelo português Bento de

Oliveira Lima, célebre mestre de obras da região. Tebas teve os primeiros ensinamentos no ofício de pedreiro com Lima que, depois o levou para a cidade de São Paulo – que, na época, contava com um boom na construção civil – em busca de melhores oportu-nidades de trabalho.

O fato é que, já na década de 1750, Tebas teve uma ascensão como construtor, sendo o responsável, entre várias outras obras, pelo projeto e pela cons-trução da torre da primeira Catedral da Sé. Morreu em 11 de janeiro de 1811, aos 90 anos, vítima de moléstia de gangrena. Seu velório e sepultamento foi realizado na Igreja de São Gonçalo.

Benedito Lima de Toledo, professor emérito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP), em entrevista concedida à revista “Leituras da Histó-ria” (2012), destacou que Joaquim Pinto de Oliveira soube captar a religiosidade da época e expressá-la de maneira muito pessoal. “Essa expressão da reli-giosidade é que o transformou em arquiteto e as suas obras em arte, disse Toledo, na ocasião. Pode-se di-zer que Tebas foi decisivo para a constituição daqui-lo que Luís Saia, outro arquiteto de peso, chamou certa vez de período de ‘renovação estilística, ocor-rido especialmente nas igrejas na segunda metade do século 18”, afirma Abílio Ferreira.

O QUE: Homenagem a Tebas, o arquiteto do século 18QUANDO: 21 de março. 19hONDE: Auditório do SASP. Rua Araújo, 216, Piso Intermediário. Re-pública, São Paulo.MAIS INFORMAÇÕES: (11) 3229-7989 / [email protected]

Jornal A Gaxéta14

FORÇA NEGRADA!Apenas uma reflexão!!!

Me perdoem os intelectuais?!

Que tempos são esses, que temos negros zombando de negros por ter ido assistir o campeão de au-diência da Marvel, e que ou-tros não foram?

Isso não é separar mais? Não é separar novamente.

Ficamos felizes, por ver nos-so tom de pele estreando fi lme e vencendo o vilão. Será que estamos vencendo mesmo?

Já se pensou no quanto de gra-na que esta produção já deu nessas duas semanas de exibição em nosso país?

Quanto disso foi usado para que nossos jovens parem de morrer to-dos os dias?

Em meio a este “sucesso”, o Congresso aprova uma intervenção militar em um dos Estados mais importantes do país e declara um combate intenso ao tráfi co de dro-gas. Mas não colocaram o piloto e o dono de um helicóptero no pau de arara. Mas certamente nossos moleques irão todos para parede e os que correrem vão entrar na bala. Agora com o aval do Estado.

Estamos levando uma grávida de 9 meses pra cadeia em regime fechado sem nenhum julgamento, apenas por portar umas gramas de erva que o estado não permite, mas trata como contravenção.

E falo deste assunto sem pro-

blemas, pois não sou um consumi-dor.

Temos um Prefeito no Rio de Janeiro que representa o maior es-tado paralelo de poder que este país já viu que é a Igreja Universal e ainda estamos achando que ele não gosta mesmo é de carnaval.

Estou lendo textos de candom-blecistas execrando outros, por conta de um rito diferente do seu.

Congados tocando cada vez menos, e aproveitadores da cultura gravando cada vez mais.

Temos terreiros cada vez mais isolados em suas difi culdades e vá-rios e vários projetos sendo apro-vados em seus CNPJs, e os lucros disso cada vez mais fora de suas comunidades.

Precisamos ter empatia. Nos colocar no lugar no nosso

irmão em situação de rua.Nos colocar no lugar da irmã que

toma porrada do marido. E mesmo o que não bate, mas barbariza de falar do tamanho do short dela.

Nos colocar no lugar do corpo

negro que foi morto em troca de tiro com a PM.

Nos colocar no lugar do pan-tera negra, é querer ser o preto mais branco de todos.

Precisamos entender de uma vez por todas que não somos inimigos de nós mesmos. Que a história do Papa falar que não tínhamos alma, continua valen-do. A história do nosso dono nos

colocar no tronco e meter a porrada continua valendo e continua doen-do. Agora dói mesmo, quando tem um outro negro ou negra te dando essa chibatada.

Meus irmãos e minhas irmãs negras, acho mesmo que o que devemos fazer é nos juntar para que essa porrada do dia a dia, doa menos. E precisamos nos sentir re-presentados por outro de nós, sem ressalvas.

Quero pagar de sabidão não, até porquê, não estudei e não me pre-parei pra defender tese nenhuma, apenas vivo em uma pele preta no Brasil a 43 anos. Eu sou um sobre-vivente deste massacre preto.

Nos fragmentar é um tática an-tiga e que vem dando certo a 500 anos, nos tornando mais fracos , mais servis e com mais vontade de ganhar de nós mesmos. Enquanto isso acontece, perdemos cada vez mais e cada vez mais feio.

Me perdoem os intelectuais!!!!Marcio Tata Kamus’ende

HOMEM NEGRO SENTE DOR?  MASCULINIDADE NEGRA, EMOÇÕES E O CUIDADO DE SI.

ACESSE PELO NOSSO FACEBOOK: JORNAL A GAXÉTA

Comissão da Igualdade Racial indica texto para reflexão.

Neste início de 2018, dezenas de estudantes negras, periféricas e faveladas dos cursinhos da Uneafro conquistaram vagas em univer-

sidades públicas pelo Brasil afora. Gleyson Klein dos Santos, moleque preto da Cidade Kemel, divisa de Poá com Itaim Paulista, é mais um dos nossos no caminho da liberdade.

Aprovado em Artes Cênicas na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul - UEMS, foi com a cara preta e a co-ragem. E precisa do nosso apoio para se manter e voltar for-mado! Esta é nossa maneira de enfrentar o genocídio negro, o racismo e promover direitos humanos para nosso povo.

Neste link vc conhece outras estudantes pretas, peri-féricas e faveladas que precisam de nossa ajuda: http://bit.ly/2HQppYa

Ajude!Banco do BrasilAgencia: 4054-1Conta corrente: 22844-3

Favorecido: Associação Franciscana de Defesa de Direi-tos e Formação Popular

Você pode enviar seu comprovante de depósito ou obter mais informações pelo site: uneafrobrasil.org.

COLABORE COM A PPP-U: “POLÍTICA DE PERMANÊNCIA PRETA NA UNIVERSIDADE”!

15Jornal A Gaxéta

O QUE É?

A hanseníase , a n t i g a m e n -te conheci-

da como lepra, é uma doença infecciosa cau-sada por uma bactéria chamada Mycobacte-rium leprae ou bacilo de

Hansen, tendo sido identifi cada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen. É uma das doenças mais antigas, com registro de casos há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. A doença tem cura, mas, se não tratada, pode deixar sequelas. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, visando que a doença dei-xe de ser um problema de saúde pública. Atualmen-te, os países com maior detecção de casos são os menos desenvolvidos ou com superpopulação. Em 2016, o Ministério da Saúde registrou no Bra-sil mais de 28.000 casos novos da doença, mais que o dobro de câncer de mama que foi de 14.028.

A transmissão do M. leprae se dá por meio de con-vivência muito próxima e prolongada com o doente da forma transmissora, chamada multibacilar, que não se encontra em tratamento, por contato com go-tículas de saliva ou secreções do nariz. Tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase. Cerca de 90% da população têm defesa contra a doença. O período de incubação (tempo entre a aquisição a doença e da manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cin-co anos.

O diagnóstico é feito pelo médico e envolve a ava-liação clínica dermatoneurológica do paciente, por

meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos,

avaliação da força motora etc. SINTOMAS

A hanseníase pode se apresentar com manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pou-co visíveis e com limites imprecisos, com alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimen-to de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.

TRATAMENTOS

O tratamento é gra-tuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Varia de seis me-ses nas formas a um ano nos, podendo ser pror-rogado ou feita a substi-tuição da medicação em casos especiais. O tra-tamento é efi caz e cura. Após a primeira dose da medicação não há mais

risco de transmissão durante o tratamento e o pacien-te pode conviver em meio à sociedade.

PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenção é o diagnóstico pre-coce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.

Você sabe o que é Hanseníase?

De origem oriental e com difusão mais recente pelo mundo ocidental, o narguilé chegou ao Brasil como recreação e logo caiu no gosto

dos jovens, principalmente por conta das essências. Os que as pessoas não percebem é

que o produto fumado no aparelho tem como base o tabaco que, quando carbu-rado, é tão prejudicial à saúde como o cigarro convencional.

“Como qualquer produto do tabaco que é fumado, o narguilé vai produzir na sua combustão todas as 4.700 substân-cias tóxicas já conhecidas do cigarro e que, sabemos, causam doenças crônicas e cânceres”, alerta a doutora Liz Al-meida, do Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Muitos utilizam a desculpa de que em produtos assim, como também é o caso do charuto e do cachimbo, a fu-maça não é tragada, pois a ideia é apenas sentir o sabor do produto. Na prática não é o que acontece com o narguilé e, mes-mo que fosse, devemos lembrar que ape-nas a fumaça na boca é sufi ciente para gerar um câncer na cavidade oral”.

Estudos associam o uso de narguilé ao desenvolvi-mento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, do-ença periodontal (da gengiva) e com o baixo peso ao nascer, além de expor seus usuários a de nicotina em con-centração que causa dependência. Em longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

O tabaco utilizado no narguilé, mesmo com toda a

essência de sabor, é ingerido em maior quantidade pelo organismo. “Um dos maiores problemas do narguilé é a longa exposição ao tabaco. Dependendo do tamanho do aparelho e da durabilidade da sessão, o ato pode equivaler

a fumar mais de 100 cigarros. E as pessoas devem lem-brar que aquele produto tem nicotina, uma substância que causa dependência muito rapidamente. Logo o corpo vai pedir por mais e passar do narguilé para outros produtos do tabaco, como o cigarro, é um pulo”, aponta a doutora Liz Almeida.

A moda se espalhou rapidamente pelo Brasil e os adi-tivos de sabor mascararam o perigo por trás do hábito. “O narguilé era um processo muito cultural dos turcos, libaneses. Algo que só era utilizado nos fi ns de semana. Os imigrantes dessa cultura trouxeram o narguilé para o Brasil e a moda pegou por aqui após uma novela que fez muito sucesso. Ao mesmo tempo, houve uma onda de

reincorporação do uso dos narguilés por jovens nos ba-res. Isso gerou um boom na produção dos produtos e essa maior oferta disseminou mais facilmente o uso. Alguns pais e os próprios jovens sentem aquele cheiro adocicado

e acham que não faz mal, imaginando que não há tabaco ali dentro”, explica a doutora Liz.

Porta de entrada para o vício

O aumento no número de usuários de narguilé no país, principalmente en-tre os mais jovens, preocupa. Principal-mente porque o aparelho serve de porta de entrada para um vício que pode durar a vida inteira e causar sérios problemas de saúde. “Por volta de 2007, as primei-ras pesquisas já indicavam que vários jovens estavam usando outros produtos de tabaco que não o cigarro. E o produ-to mais frequentemente usado era, dis-parado, o narguilé”, lembra a médica.

“Em 2008, na Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), do IBGE, notamos que o percentual não era alto, represen-

tando pouco mais de 250 mil pessoas usando o narguilé. Mas na repetição da pesquisa, em 2013, um dado chamou atenção: pegando apenas a faixa entre 18 e 24 anos, tí-nhamos 63,3% de pessoas que afi rmavam usar o produto. Já na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2015, entre jovens de 13 a 17 anos foi regis-trado que 7,3% deles faziam uso de um produto do tabaco que não o cigarro. Isso equivalia a 940.549 meninos e meninas. Desses produtos, o narguilé estava na preferên-cia de 57,7% dos adolescentes. Ou seja, quando se atrela isso ao modismo, à onda da garotada, começamos a ter uma disseminação cultural de um produto que faz tão mal quanto o cigarro”, fi naliza a doutora Liz Almeida.

USO DE NARGUILÉ PODE EQUIVALER A FUMAR AIS DE 100 CIGARROS

Este Fórum teve início na Gestão da Secretário Marrey. da Coordenadora Profª. Roseli, Eu, Eduardo Brasil, Mãe Angélica, Mãe Rosane, Dr. Alfosno,

Pai Carlito, entre outros....A HISTÓRIA DEVE SER CONTADA

COMO REALMENTE ACONTECEU....

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