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16-05-2011 1 Electricidade e magnetismo Circuitos eléctricos 3ª Parte Prof. Luís Perna 2010/11 Corrente eléctrica Qual a condição para que haja corrente eléctrica entre dois condutores A e B? Que tipo de corrente eléctrica se verifica? Como não existe nenhuma fonte de tensão entre os condutores a corrente eléctrica diz-se transitória ou temporária.

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Electricidade e magnetismo

Circuitos eléctricos – 3ª ParteProf. Luís Perna 2010/11

Corrente eléctrica

• Qual a condição para que haja corrente eléctrica entre dois

condutores A e B?

Que tipo de corrente eléctrica se verifica?

Como não existe nenhuma fonte de tensão entre os condutores

a corrente eléctrica diz-se transitória ou temporária.

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Corrente eléctrica

A corrente eléctrica é um movimento orientado de cargas

eléctricas (electrões de condução ou electrões livres) através

de um condutor e só existe se houver uma diferença de

potencial entre os condutores.

• Suponha agora que se

intercala um gerador no

circuito, que tipo de

corrente passamos a ter?

Se existir um gerador (fonte

de tensão) a corrente será

uma corrente permanente.

Quais são os efeitos da corrente eléctrica?

• Vejamos o seguinte

circuito:

A energia eléctrica

transforma-se em energia

térmica, luminosa e

química.

Podemos verificar:

• O efeito térmico;

• O efeito luminoso;

• O efeito magnético;

• O efeito químico.

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Como classificar a corrente eléctrica?

• Corrente estacionária – é a corrente produzida por uma d.d.p.

constante em que os seus efeitos não variam no decurso do

tempo.

• As correntes eléctricas podem classificar-se ainda em:

Correntes contínuas;

Correntes alternadas.

Mecanismos da corrente eléctrica

• Nos condutores metálicos

Se considerarmos um condutor metálico, isolado, em equilíbrio

electrostático, o número de electrões, que passam numa

secção desse condutor, num certo intervalo de tempo, num

sentido é igual ao número de electrões, que passam, em

sentido contrário no mesmo intervalo.

Neste movimento aleatório de electrões não há corrente

eléctrica.

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Mecanismos da corrente eléctrica

• Nos condutores metálicos

Se aplicarmos uma d.d.p. aos extremos do condutor, os

electrões do condutor adquirem um movimento orientado que

é contrário ao sentido do campo eléctrico, . E

Mecanismos da corrente eléctrica

Num condutor metálico a corrente eléctrica estacionária

consiste num arrastamento lento (em ziguezague) de

electrões no sentido contrário ao do campo eléctrico.

A força eléctrica acelera os electrões fazendo-os adquirir

velocidades muito elevadas, (cerca de 106 m/s), mas a sua

progressão é somente da ordem dos mm/s – Velocidade de

arrastamento ou de deriva.

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Mecanismos da corrente eléctrica

• Nos condutores electrolíticos

Nos condutores electrolíticos os

portadores de carga eléctrica são

os iões positivos e os iões

negativos. Movem-se,

respectivamente para o cátodo

(pólo negativo) e para o ânodo

(pólo positivo).

• Ao colocarmos uma agulha magnética junto do voltâmetro esta

sofrerá também um desvio tal como no caso dos condutores

metálicos, manifesta-se o mesmo efeito. Os iões são cargas

eléctricas móveis.

Mecanismos da corrente eléctrica

• Os catiões movem-se no

sentido do cátodo ou seja no

sentido do campo eléctrico.

• Os aniões movem-se no

sentido do ânodo ou seja no

sentido contrário ao campo

eléctrico.

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Mecanismos da corrente eléctrica

• Nos condutores gasosos

Nos gases ionizados, por exemplo, através de uma descarga

eléctrica, tal como acontece nas lâmpadas fluorescentes, as

cargas móveis são iões positivos, resultantes da ionização

de átomos e de moléculas, e electrões, provenientes dessa

ionização, bem como da emissão termoeléctrica, quando

ocorre.

Sentido da corrente eléctrica

• O sentido da corrente

eléctrica é o sentido do

movimento das partículas

com carga positiva, ou

seja, o sentido que estas

partículas positivas têm no

campo eléctrico, .

Este é o chamado sentido

convencional.

E

Nos condutores metálicos o sentido

convencional é oposto ao sentido do

movimento dos electrões de condução

(sentido real).

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Intensidade da corrente eléctrica

• Define-se intensidade média da corrente eléctrica, Im, pelo

cociente:

• No caso de uma corrente estacionária, em qualquer instante

a d.d.p. é constante, logo a intensidade da corrente será:

t

QIm

t

QI

Intensidade da corrente eléctrica

• A intensidade de uma corrente eléctrica estacionária

corresponde á carga eléctrica que escoa, por qualquer secção

transversal (recta ou oblíqua) dum condutor, num certo

intervalo de tempo.

• A unidade SI de intensidade de corrente

eléctrica, I, é o Ampère (A).

• A equação anterior traduz a equação de definição de carga

eléctrica:tIQ

C1s1A1 Q

Coulomb – é a carga transportada em cada segundo por

um corrente estacionária de um ampère.

(1775 – 1836)

Francês

t

QI

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Resistência de um condutor. Lei de Ohm

• Quando se aplica a mesma d.d.p. nas extremidades de vários

condutores, as intensidades das correntes resultantes são, em

geral, diferentes umas das outras.

• Daqui se poderá concluir que uns condutores oferecem maior

ou menor oposição à passagem da corrente eléctrica.

• Define-se resistência (R) de um condutor o cociente entre a

d.d.p. entre os terminais do condutor e a intensidade da

corrente, I, em cada instante.

I

UR

I

VVR BA

ou

Expressão que traduz a lei de Ohm. Georg Simon Ohm

(1789 – 1854)

AlemãoSimulação

Condutor óhmico

• Num condutor óhmico (condutores que obedecem à lei de

Ohm), as tensões aplicadas são directamente proporcionais

às intensidades de corrente ( ).IU

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Unidade de resistência eléctrica

• A unidade do SI: Ohm ()

11

1

A

VR

Definição da unidade Ohm:

É a resistência dum condutor percorrido pela corrente de

um ampère quando aos seus terminais se aplica a d.d.p. de

um volt.

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Factores de que depende a resistência de um

condutor

• A resistência de um condutor depende dos seguintes

factores:

Comprimento, l;

Área da secção recta, S;

Material de que é feito, ρ;

Temperatura, .

S

lR

Simulação

Factores de que depende a resistência de um

condutor

A resistência de um condutor é directamente proporcional ao

seu comprimento, inversamente proporcional à área da secção e

depende directamente do material de que é feito.

ρ - Caracteriza o material de que é feito o condutor e chama-se

resistividade.

A unidade de :

S

lR

mm

m2

l

SR

A resistividade é, numericamente, igual à resistência dum

condutor com uma unidade de comprimento e uma unidade de

secção recta.

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Resistividade, ρ

• Os metais têm resistividades baixas, sendo a prata o melhor

condutor;

• As ligas metálicas e o carbono têm resistividades superiores

às dos metais;

• Os maus condutores têm resistividades muito elevadas.

• Nos electrólitos, a resistividade varia com a concentração

dos mesmos.

Tabela

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A resistividade dos materiais e a temperatura

• Aproximando um bico de

Bunsen de um condutor,

ligado a um amperímetro

verifica-se que a

intensidade da corrente

diminui, o que mostra que a

resistência aumenta.

• A resistividade dum material

varia, portanto, com a

temperatura.

Resistividade em função da temperatura

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Coeficiente de temperatura, α

• Verifica-se experimentalmente que a variação relativa da

resistividade depende do valor da temperatura inicial, isto é,

não apresenta sempre iguais variações para iguais aumentos

de temperatura.

• Chama-se coeficiente de temperatura, , da resistividade,

no intervalo de temperaturas,

à variação relativa da resistividade, isto é:

0

0

Coeficiente de temperatura, α

Se for por cada grau de variação da temperatura, temos:

0

0

0

00 00

)](1[ 00

A variação da resistividade com a temperatura leva a uma

variação semelhante da resistência de um condutor com a

temperatura.

)](1[ 00 RR

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Coeficiente de temperatura, α

A experiência mostra que:

• 1º - Para os metais, > 0, o que significa que a resistividade

aumenta quando a temperatura aumenta.

• 2º - Para as ligas metálicas, também há aumento da

resistividade com a temperatura embora seja menor que nos

metais.

• 3º - Para o carbono e semicondutores, < 0, podemos

verificar que a resistividade diminui quando a temperatura

aumenta.

)](1[ 00

Trocas de energia num circuito eléctrico

• Elementos de circuito – são todas as componentes que

fazem parte dum circuito, por exemplo: resistências,

condensadores, díodos, transístores, interruptor, etc.

Estas componentes encontram-se ligadas entre si por fios

condutores.

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Trocas de energia num circuito eléctrico

• Os circuitos podem estar abertos ou fechados – são os

interruptores que normalmente tem a função de interromper a

passagem da corrente num circuito.

Simulação

Trocas de energia num circuito eléctrico

• Os geradores – são dispositivos que se intercalam nos

circuitos com a finalidade de criar ou manter uma diferença

de potencial ou tensão nos seus terminais.

O gerador não cria cargas ao alimentar um circuito eléctrico,

mas gera uma tensão que obriga as cargas de um circuito a

moverem-se orientadamente.Simulação

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Geradores de corrente eléctrica

• Um gerador eléctrico é um dispositivo que converte uma dada

energia da forma não eléctrica em energia eléctrica.

Exemplos:

A- Pilhas ou acumuladores de chumbo – transformam

energia química em energia eléctrica.

B- Dínamos – transformam energia mecânica em energia

eléctrica.

C- Células fotoeléctricas – transformam energia luminosa em

energia eléctrica.

Geradores de corrente eléctrica

Exemplos:

D- Termopares – são dispositivos que transformam energia

térmica em energia eléctrica.

E- Gerador de Van der Graaff – transforma energia mecânica

em energia eléctrica.

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Termopares

• Se dois fios de materiais

diferentes, como o ferro e o

cobre, forem soldados um

ao outro, e se a junção for

aquecida, a diferença na

actividade electrónica dos

dois materiais produz uma

f.e.m. através da junção.

• Os termopares são muito

utilizados em medições de

temperaturas.

Trocas de energia num circuito eléctrico

Consideremos um troço de circuito, X, sem geradores,

percorrido por uma corrente de intensidade, I, durante o

intervalo de tempo, t, quando entre os seus extremos existe

uma diferença de potencial, U.

A diferença de potencial, U, aos terminais do condutor mede o

trabalho, , realizado pelo campo eléctrico no transporte da

carga eléctrica, Q, no troço X:

Q

WU eF

eFW

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Trocas de energia num circuito eléctrico

• O trabalho realizado pelo campo eléctrico, no referido troço

X, é, então,

• Este trabalho do campo eléctrico, U I t, mede toda a energia

que se transforma, isto é, passa da forma eléctrica para

outras formas, no troço X.

tIUQUWeF

t

QI

Q

WU eF

Trocas de energia num circuito eléctrico

• Em que outras formas de energia se transforma

a energia eléctrica U I t, no troço X?

Isso depende dos aparelhos que existirem no troço X.

Assim:

Se em X existir um resístor ou resistência pura, a

energia U I t transforma-se simplesmente em energia

térmica.

Símbolos

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Trocas de energia num circuito eléctrico

Se em X existir um motor eléctrico, a energia U I t

transforma-se, parte em energia mecânica e parte em

energia térmica.

Símbolo

Trocas de energia num circuito eléctrico

Se em X existir um voltâmetro ou uma bateria em

carga, a energia U I t transforma-se, parte em energia

química e outra parte em energia térmica.

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Lei de Joule

Se no troço X estiver uma resistência pura.

Então, neste caso particular, a energia eléctrica será:

tIUWeF

Esta é transformada apenas em energia térmica na resistência

R, e será totalmente energia dissipada.

Ed = U I t

Lei de Joule

Por definição de resistência, tem-se:

<=> U = R I como

Ed = (R I) I t = R I2 t

A potência dissipada na forma térmica será:

I

UR Ed = U I t

22

IRt

tIR

t

EP d

d

Esta última expressão traduz a lei de Joule – A energia dissipada

por unidade de tempo num condutor óhmico é proporcional ao

quadrado da intensidade da corrente que o percorre.

Unidade SI de potência eléctrica é watt (W).

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Unidade de energia muito utilizada, KWh

• Uma unidade de energia muito utilizada para medir o

"consumo" eléctrico é o quilowatt-hora (kWh).

Se, na equação

E = P t

substituirmos E por 1 kWh, P por 1 kW e t por 1 h, obtemos:

1 kWh = 1 kW x 1 h

Podemos dizer que um kilowatt-hora (1 kWh) é a energia

eléctrica "consumida" por um dispositivo com a potência de 1

kilowatt (1 kW) que esteja a funcionar durante 1 hora (1 h).

1 kWh = 1000 W x 3600 s = 3,6 x 106 J

Sistemas que transformam reversivelmente

energia – geradores

O gerador é um dispositivo que

transforma energia não eléctrica

em energia eléctrica por unidade

de carga móvel que o atravessa.

Exemplos de geradores:

• Pilhas, acumuladores de

chumbo – transformam energia

química em energia eléctrica.

• Dínamos – transformam energia

mecânica em energia eléctrica.

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Força electromotriz do gerador -

Força electromotriz do

gerador - , é a energia

transformada de uma forma

não eléctrica em eléctrica pelo

gerador por unidade de carga

que o atravessa.

Q

Etransf

Energia eléctrica transformada pelo gerador

Das equações de definição de força electromotriz e

intensidade da corrente, resulta que:

Esta é a quantidade de energia eléctrica transformada

pelo gerador num certo intervalo de tempo.

Q

Etransf

t

QI

tIEtransf

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Potência eléctrica do gerador

• A potência eléctrica do gerador por unidade de tempo será:

Unidade SI de força electromotriz é joule/coulomb = volt (V)

Isto significa que um gerador, com a força electromotriz de

1V, transforma 1J de energia química ou mecânica ou outra

forma de energia, em energia eléctrica, por cada carga de 1C

que o atravessa.

Unidade SI de potência eléctrica é watt (W).

• Como se mede a força electromotriz de um gerador?

Ligam-se directamente os pólos deste a um voltímetro.

IP

Resistência interna dum gerador

• Se um gerador for ligado a um circuito constituído por uma

resistência exterior, Re, e se mantiver uma corrente de

intensidade I nesse circuito, o voltímetro, ligado aos pólos do

gerador, indicará um valor inferior ao da força electromotriz.

Nem toda a energia fornecida pelo gerador é transportada para

o circuito exterior.

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Resistência interna dum gerador

• Que acontece à energia «perdida»?

O facto interpreta-se, admitindo que o

próprio gerador tem alguma

resistência (resistência interna, Ri) e

que essa energia é consumida por

efeito de joule dentro do gerador.

Só um gerador com resistência interna

nula seria capaz de manter nos

terminais dum circuito exterior uma

d.d.p. (U) igual a força electromotriz.

Balanço energético de um circuito com um

gerador

• Como há conservação da energia num

certo intervalo de tempo, podemos

escrever o balanço energético para o

circuito anterior do seguinte modo.

tIRtIUtI i 2

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Balanço energético de um circuito com um

gerador

tIRtIUtI i 2

• Se dividirmos tudo por t, obtemos o

balanço em termos de potência eléctrica:

2IRIUI i

Podemos escrever ainda:

IRU i

Lei de Ohm Generalizada para um circuito com gerador.

Intensidade de corrente no circuito e d.d.p.

• A intensidade de corrente do circuito

apenas com uma resistência Re tendo

em conta a Lei de Ohm Generalizada

será:

22 IRIRI ie IRIR ie

IRU i

ie RRI

A d.d.p. entre os pólos do gerador será: IRU i

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Rendimento dum gerador

• Define-se rendimento () dum gerador como sendo o cociente

entre a potência útil (Pu) e a potência do gerador (Pg).

Sendo assim:

P

Pu I

IU

U 100%

U

Sistemas que transformam reversivelmente

energia – receptores

• O receptor é um dispositivo

que transforma energia

eléctrica em energia não

eléctrica por unidade de carga

móvel que o atravessa.

Exemplos de receptores:

- Voltâmetros – a energia

eléctrica converte-se em

energia química.

- Motores – transformam a

energia eléctrica em energia

mecânica.

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Força contra-electromotriz do receptor - ’

• Força contra-electromotriz do

receptor - ’ é, a energia

transformada de uma forma

eléctrica em não eléctrica pelo

receptor por unidade de carga

que o atravessa.

Q

E transf

''

E´transf é a energia mecânica (ou química) que se obtém no

motor (ou no voltâmetro).

Energia eléctrica transformada pelo receptor

Das equações de definição de força contra electromotriz e

intensidade da corrente, resulta que:

Esta é a quantidade de energia mecânica ou química obtida

no receptor num certo intervalo de tempo.

tIEtransf ''

t

QI

Q

E transf

''

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Potência mecânica ou química obtida no

receptor

• A potência, mecânica ou química (potência útil), obtida no

receptor será:

Unidade SI de força contra-electromotriz é:

joule/coulomb = volt (V)

IP ''

Balanço energético de um receptor

• Tendo em conta que há conservação da energia num certo

intervalo de tempo, podemos escrever o balanço energético

do seguinte modo.

tIRtItIU i 2''Se dividirmos tudo por t, obtemos o balanço em termos de

potência eléctrica: 2'' IRIIU i

Podemos escrever ainda: IRU i''

Lei de Ohm Generalizada para um circuito com um receptor.

Permite determinar, experimentalmente, a força contra-electromotriz e

a resistência interna dum receptor.

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Rendimento dum receptor

• Define-se rendimento (’) dum receptor como sendo o

cociente entre a potência mecânica ou química obtida nesse

receptor (P’ = ’ I) isto é, a sua potência útil, e a potência

total recebida (P = U I).

P

P''

IU

I''

U

''

100'

' % U

Lei de Ohm generalizada para um circuito eléctrico

simples constituído por um gerador e um receptor

• Como escrever a lei de Ohm generalizada para este

circuito?

Um receptor seja ele um motor ou um voltâmetro, tem sempre

uma resistência, onde se dissipa energia por efeito Joule.

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Lei de Ohm generalizada para um circuito eléctrico

simples constituído por um gerador e um receptor

Partindo da lei da conservação da

energia, teremos, para o intervalo de

tempo t:

tIRtIRtItI ii 22''

Lei de Ohm generalizada para um circuito eléctrico

simples constituído por um gerador e um receptor

tIRtIRtItI ii 22''

Dividindo ambos os membros por I t vem:

IRIR ii '' IRR ii )'('

IRt '

Lei de Ohm generalizada para este tipo de circuitos.

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Associação de resistências

• Num circuito há, normalmente, vários receptores puramente

resistivos, as resistências, estas podem associar-se de vários

modos:

(1) Associação em série

(2) Associação em paralelo

(3 e 4) Associação mista

Associação de resistências em série

• Numa associação de resistências em

série:

- A intensidade da corrente, I, que

as percorre é a mesma.

- A diferença de potencial aplicada

aos extremos da associação, U, é

igual à soma das diferenças de

potencial entre os terminais de cada

uma delas.

321 UUUU

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Associação de resistências em série

• Aplicando a Lei de Ohm a

cada uma das resistências,

tem-se:

321 UUUU

Como:

Vem:

IRIRIRIReq 321

IRU 22 IRU 33 IRU 11

IRU eq

321 RRRReq

Associação de resistências em paralelo

• Numa associação de resistências

em paralelo:

- A diferença de potencial nos

terminais das resistências é a

mesma.

- A intensidade da corrente que

entra na associação é igual à

soma das intensidades de

corrente nas várias resistências.

321 IIII

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Associação de resistências em paralelo

• Aplicando a Lei de Ohm a

cada uma das resistências,

tem-se:

321 IIII

Como:

321 R

U

R

U

R

U

R

U

eq

1

111R

UIIRU

2

222R

UIIRU

3

333R

UIIRU

eq

eqR

UIIRU

321

1111

RRRReq

Código de cores das resistências de carvão

• Cada resistência tem quatro anéis de cores.

Ao consultar o código de cores podemos saber o valor da

resistência, colocando os algarismos pela mesma ordem.

O valor desta resistência é 2100 , com 5% de tolerância.

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Circuitos RC

• Um circuito RC é um circuito constituído por uma resistência

e um condensador.

A corrente neste circuito circula num só sentido e a sua

intensidade varia com o tempo; é uma corrente não

estacionária.

Exemplo de circuito RC

• Lâmpada de flash, numa

máquina fotográfica. Neste

circuito, uma pilha carrega

um condensador através de

uma resistência em série e

quando a carga se completa,

o flash está pronto a ser

disparado. No momento em

que se tira a fotografia, o

condensador descarrega.

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Descarga de um condensador

• Esquema de um condensador, inicialmente carregado com a

carga Q0, e ligado a uma resistência R.

Ao fechar o circuito, o condensador descarrega.

A carga do condensador e a intensidade de corrente vão

diminuindo ao longo do tempo.

Descarga de um condensador

• A d.d.p. nos terminais do condensador é, , e é igual,

em qualquer instante, à d.d.p. nos terminais da resistência,

U = R I, ou seja:

Como o condensador descarrega, a carga Q vai diminuindo e

a intensidade da corrente, I , que mede a taxa de diminuição

da carga do condensador é:

C

QU

IRC

Q

dt

dQI

dt

dQR

C

Q Q

RCdt

dQ 1

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Descarga de um condensador

• A função Q = Q(t) pode ser obtida por integração (este

cálculo ultrapassa os conhecimentos de Matemática dos

alunos do 12º ano).

O resultado da integração conduz a:

QRCdt

dQ 1

RC

t

eQtQ

0)(

t

eQtQ

0)(

Como se constata, a carga

do condensador decresce

exponencialmente com o

tempo.

ou

Descarga de um condensador

t

eQtQ

0)(

• A constante = RC chama-se constante de tempo do

circuito e corresponde ao tempo que a carga leva a diminuir

de um factor e-1, isto é, indica o tempo necessário para que a

carga diminua para 1/e = 0,37 dos respectivos valores iniciais.

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Descarga de um condensador

Descarga de um condensador

t

eQtQ

0)(

Repare-se que:

• Quanto menor for a constante de tempo, , mais rapidamente

o condensador descarrega.

• Quanto maior for a resistência, R, maior é a constante de

tempo, , e mais tempo o condensador demora a descarregar.

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Descarga de um condensador

Quanto à intensidade

de corrente, como:

Também decresce

exponencialmente com

o tempo.

dt

dQI

RC

t

eItI

0)(

t

eItI

0)(ou

Na descarga de um condensador, a carga e a intensidade

da corrente decrescem exponencialmente com o tempo.

Processo de carga de um condensador

Como carregar um condensador inicialmente descarregado?

Utiliza-se um circuito semelhante ao anterior, mas com um

gerador.

Nesta situação, a d.d.p. nos terminais do gerador (que se

considera ideal) é igual à soma das tensões no condensador

e na resistência, uma vez que estão em série:

IRC

Q

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Processo de carga de um condensador

No instante em que se fecha o circuito (t = 0 s), como a tensão

nos terminais do condensador é , a intensidade de

corrente é máxima:

Á medida que o condensador vai carregando a intensidade

da corrente vai diminuindo.

A carga no condensador atinge o seu valor máximo quando

I = 0 A, ou seja,

Qmáx = C

IRC

Q

0C

Q

RImáx

Processo de carga de um condensador

Como podemos escrever:

Mais uma vez a solução da equação anterior é:

dt

dQI

IRC

Q

dt

dQR

C

Q

)(1

C

Q

Rdt

dQ

)1()( RC

t

eCtQ

)1()(

t

máx eQtQ

ou

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Processo de carga de um condensador

No processo de carga de um condensador, à medida que a

carga do condensador aumenta, a intensidade de corrente

diminui exponencialmente com o tempo.

• Quanto menor for a constante de tempo, , mais rapidamente

o condensador carrega.

• Para t = = RC, a carga no condensador é 0,63 do seu valor

máximo.