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Élcio Resmini Meneses “Gostaria de ver a população de Bento Gonçalves um pouco mais envolvida com as questões comunitárias” Sobrecapa Sobrecapa Sobrecapa Sobrecapa Sobrecapa N° 06 Março 2009

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Élcio Resmini Meneses “Gostaria de ver a população de Bento

Gonçalves um pouco mais envolvida com asquestões comunitárias”

SobrecapaSobrecapaSobrecapaSobrecapaSobrecapa N° 06Março

2009

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des. O licenciamento ambiental é fei-to pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente, antes era feito pela Fepam.

As licenças eram muito demo-radas e as empresas acabavamoperando sem o licenciamen-to, por conta do problema es-trutural do estado.

Esta é uma situação quede lá para cá vem sendo me-lhorada. Agora, pontualmenteeu poderia dizer que existem,aqueles que se arvoram na ins-talação da indústria sem a pre-ocupação ambiental. Mas, deresto, na educação ambientalestá havendo um avanço.

Integração – E a destina-ção do lixo urbano, cooperati-vas que se desfazem, vocêstem acompanhado isso?

Meneses - Temos acom-panhado sim. No aterro sanitá-rio do Burati, estou arquivan-do o inquérito civil porque aremedição esta concluída. Nósfizemos inclusive uma períciado Ministério Público de PortoAlegre. Hoje a área é dadacomo recomposta. No que dizrespeito à questão de coleta,temos visto que o serviço estáde certa forma regular, vamosdizer assim. Não temos tido re-clamação. Agora, estamosacompanhando a questão decooperativas de reciclagem. Hápouco tempo tivemos que in-terferir em uma cooperativa quetambém não tinha licenciamen-to. Hoje, nessa nova gestãomunicipal, esta cooperativasem licenciamento se agregoucom uma outra cooperativaque estava licenciada.

Integração - No âmbito daInfância e Juventude, como

está a demanda na promotoria?Meneses – Nós temos uma pre-

ocupação com o uso de drogas. In-clusive fazemos parte de um grupode discussão sobre a drogadição,que foi criado por meio de uma audi-ência pública.O que é essaaudiência pú-blica? Bom, elapode ser feitapelo Legislati-vo, pelo Exe-cutivo e peloMinistério Pú-blico, no sentido de promover umadiscussão com a comunidade sobredeterminado assunto. Então o quenós fizemos? Quando surgiu aqui apreocupação com a questão do álco-ol, com a questão do tabaco e da dro-ga ilícita, na metade do ano passado,nós fizemos uma audiência pública.No final do ano passado nos reuni-mos, em função da audiência públi-ca, diversas entidades, e lançamosuma campanha em relação ao álcool.E continuamos conversando sobrea droga ilícita, porque hoje é o crackque esta assustando muito. Essacontinuidade fez com que formásse-mos o grupo de dependência quími-ca, que ainda não tem nome defini-do. São 11 entidades. O pessoal doHospital Tacchini esta remunerando

comprometida. Por isso, em 2007 ins-tauramos um inquérito regional. Háum projeto apresentado pelo Institu-

to Federal, o antigo Cefet, voltado aavaliação em todos os pontos decaptação, para o diagnóstico quan-tificativo dos danos. Até agora a Cor-san tinha que tratar da água e o mu-nicípio do esgoto. Mas nós sabemosque isso nunca aconteceu. Eu tenhovisto pelos inquéritos civis que omunicípio está com dificuldade de fis-calizar.

Integração - Nestes 11 anos queatuas em Bento o que mais te pareceproblemático no contexto abrangidopela promotoria?

Meneses - Se tratando do am-biente essa questão da água me pa-rece a que mais se identifica com adificuldade de resolução.

Integração – Como está a ques-tão da poluição industrial?

Meneses - As indústrias emgeral, aqui em Bento, estão tendouma preocupação mais significativa.Existem aquelas que não tem os cui-dados específicos e que a gente aca-ba tendo que fazer ajustamentos nosinquéritos civis para cumprir algumasetapas que não foram cumpridas. Porexemplo, existe empresa que não temlicença ambiental. Então isso é umaquestão tratada em inquérito civil. Doano passado para cá o municípiopassou a licenciar algumas ativida-

Por Alexandre Brusamarelloe Kátia Bortolini

Integração - No que tan-ge a promotoria, de que formaas pessoas estão se relacio-nando com o meio ambientena região?

Meneses - A promotoria,além de Bento Gonçalves, tam-bém abrange Santa Tereza eMonte Belo do Sul e, o maiscomum nesses municípios,são denúncias relacionadasao corte de mata nativa. Tem anecessidade de espaço paraplantar, então o agricultor, sema preocupação da licença am-biental, promove o corte davegetação. Isso faz com quehaja a infração, justamentepela falta da licença. Existemalgumas espécies ameaçadasde extinção como, por exem-plo, a araucária. Nestes casosse estabelece que preferenci-almente seja mantida a espé-cie, aproveitando o restantedo espaço, seja para plantioou construção. A questão docorte de vegetação é bastan-te significativa.

Integração - Como a in-fração chega ao conhecimen-to da promotoria?

Meneses - Normalmenteé trazida por algum órgão am-biental, principalmente pelaBrigada Ambiental. Para elesjá chega por denúncia. A pes-soa que foi denunciada passaa vigiar os demais, para agirda mesma forma .Isso cria umacadeia de denúncias. O poli-ciamento ambiental vai até olocal, faz a constatação e re-passa a denúncia à promoto-ria.

Integração - E a questão daágua?

Meneses - A questão da água éo foco principal do trabalho do meioambiente na promotoria porque exis-tem problemas, tanto na qualidadequanto a na estimativa de quantida-de. O barramento São Miguel, segun-do a Corsan, tem capacidade paramais 15 anos de abastecimento. É umaperspectiva que se faz em termos dequantidade. A qualidade deixa a de-sejar. Temos poluição industrial etambém problemas sérios na ques-tão do esgoto sanitário. Falta desaneamento. Hoje, teríamos que terconstruídas estações de tratamentode efluentes, o que nos não temos. ACorsan, pelo contrato, faz somenteo abastecimento, não faz o sanea-mento. Nas construções nas proxi-midades dos cursos de água temmuita edificação sem fossa, sem fil-tro. São questões do passado, só quehoje se refletem. Além disso, temosfontes de captação em áreas de terrade municípios vizinhos., Por exem-plo, nós temos um abastecimento sig-nificativo de Bento que vem de Far-roupilha. Se Farroupilha não cuidardo seu entorno relativo ao curso deágua onde inicia nosso manancialnós vamos ser abastecidos comágua que vem de outro município já

o nosso consultor, que é o doutorÂngelo Campana, psiquiatra do hos-pital Mãe de Deus. Queremos fazerum trabalho conjugado com todas asentidades para orientação das enti-dades que tem poder de executarcomo, por exemplo, a prefeitura, atra-vés da Secretaria Municipal da Saú-de. Entre outras coisas estamos emum trabalho de levantamento esta-tístico, buscando junto ao Ministé-rio Público, ao Judiciário, ao Conse-lho Tutelar e a Secretaria da Saúdecasos dos atendimentos que envol-vem drogadição.

Integração - O grupo tambémvai trabalhar contra a dependênciade drogas lícitas como o álcool e otabaco?

Meneses – Sim, inclusive enga-jando a primeira campanha feita: a doálcool. Uma das questões que se le-vantou na campanha do álcool é afiscalização. Depois de se fazer umacampanha, temos que fiscalizar algu-mas coisas. A fiscalização da campa-nha do álcool vem da discussão dadroga lícita. Vamos partir para umaatividade fiscalizatória e aí já e umaquestão de policiamento. Temos en-tidades bem vinculadas à fiscaliza-ção. Na questão da droga ilícita esta-mos trabalhando com a proposta decomunidade terapêutica

Integração - Como é essa pro-posta?

Meneses - A comunidade tera-pêutica funciona em etapas. A primei-ra é a internação voluntária. Passa-mos para a etapa da desintoxicaçãoe aí é uma questão hospitalar, quehoje temos dificuldade em função doTacchini não ter uma ala específicapara isso, não tendo condições demanter o paciente uma quantidademaior de tempo. Os dependentesquímicos são internados ao lado deoutros pacientes que não tem nada aver com a questão da drogadição. Otratamento hoje é ambulatorial e ge-neralizado. Daí passamos a comuni-dade terapêutica, que é aquela situa-ção de dizer bom eu quero me tratar,

eu quero fazeralgum tipo deinvestimentoem mim, maseu não tenhopra onde ir.As comuni-dades quesão aquelas

que estabelecem um período de in-ternação voluntária. Cada um tem suafilosofia, nós temos comunidades te-rapêuticas de várias religiões. As igre-jas estão fazendo o suporte da políti-ca pública. O município está cons-truindo nas proximidades do rio dasAntas uma edificação que até ondeeu sei até o final do ano estará termi-nada, com capacidade para 25 a 30pessoas. Lá será uma comunidade te-rapêutica. A regra é que fiquem novemeses. A preocupação é que quan-do saiam, possam ter um amparo fa-miliar para não voltar ao vicio. Tudoisso é trabalho do grupo. Estamostentando formular uma rede que fe-che todos os elos. Eu tenho acom-panhado as comunidades das igre-jas, nós temos a solicitação de espa-

ço físico, o município trabalha com autilização de escolas municipais de-sativadas. Agora, é claro que as co-munidades terapêuticas tem a ANVI-SA que padroniza uma forma de aten-dimento. Sabemos que o problemacom a drogadição é grave em BentoGonçalves.

Integração - Quais são os indí-cios da gravidade do assunto?

Meneses - Eu estou fazendo umlevantamento nos processos, mas euposso te dizer o seguinte: pelo me-nos 80% dos atos infracionais estãoligados a drogadição. Não é o atoinfracional de usar a droga. São cri-mes de furto, de roubo. Que é aqueleque encontra o acolhimento na co-munidade que compra e facilita comseus R$ 5,00 e R$ 10,00 que a pessoause a droga.

Integração – Em que idade estáiniciando o consumo e qual a drogamais procurada?

Meneses - Quando entrei no mi-nistério público há 17 anos se falavaem cocaína e iniciação ao consumopor volta dos 16, 17 anos. Hoje euposso dizer com certeza, porque osprocessos passam por mim, que aos11 anos estamos já com situaçõesbem críticas de drogadição. Eu diria11 anos, porque a partir dessa idadeeu tenho certeza, mas eu poderia atécitar alguns casos de crianças com10 anos já nessa situação. No quediz respeito ao cigarro e ao álcoolnos trabalhamos com um consultormédico porque, segundo ele, a por-ta de entrada da drogadição pesadaé o cigarro. Se a gente for pensar nestarelação tem crianças de menos idadeainda. Por isso é que tem aumentadoo consumo e caído a idade de iníciona drogadição, assim como vemosna prostituição infantil.

Integração - Como está a ques-tão de abuso sexual na infância e najuventude?

Meneses – Os abusos sexuaisfamiliares são de difícil estatística.Quando chegam as situações aquisão daquelas que nos não queremosnem ver, mas também tem. Essas doabuso são situações que temos difi-culdade inclusive para retirar a infor-mação. Existe o projeto do depoimen-to sem dano, que na região existe ape-nas em Caxias do Sul. A criança é ou-vida pelo juiz, mas não presencial-mente. Ela é acompanhada da psicó-loga para narrar os fatos e o juiz estádo outro lado ouvindo. Outra ques-tão de que quando ela é familiar, aofinal do processo, quando há a pos-sibilidade de o provedor ser preso,muitas vezes as mães fazem o papelde mentir, desmentir tudo aquilo quefoi contado, porque pode ficar emuma situação financeira delicada seisso acontecer. Então o abuso sexualcomo um todo é um assunto que per-corre os gabinetes, mas não vem àtona como a questão da droga. Porisso podemos fazer tranqüilamenteuma estatística de drogas, mas quan-do vamos fazer de abuso vamos di-zer: só tem isso? Não, tem mais. E éna classe pobre? Não, também não ésó na classe pobre que acontece, étambém na classe mais favorecida.

Promotor Élcio Meneses observa que poucos participam deO MEIO AMBIENTE, A INFÂNCIA E JUVENTUDE E O URBANISMO

Élcio Resmini Meneses iniciou sua carreira comoPromotor de Justiça na pequena cidade de Lagoa Ver-melha. Há 11 anos atua como promotor de Justiça emBento Gonçalves, tratando de questões relacionadascom meio ambiente, infância e junventude, improbi-dade administrativa, urbanismo e consumidor. É ca-sado com Vanda Maria Gomes e pai de Luiza de Cas-tro Meneses, 15 anos e Maurício Gomes Meneses, de5 anos.

Especialista em Direto Comunitário, Infância eJuventude pela Escola Superior do Ministério Públicodo Rio Grande do Sul, Meneses fala com propriedadesobre a importância da participação da populaçãonas decisões do município. Com mestrado em Educa-ção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), é Professor do Campus Universitário daRegião dos Vinhedos - Universidade de Caxias do Sul(CARVI - UCS).

Além disso, Menezes já publicou dois livros. Oprimeiro é intitulado “As instituições e a eficácia doslimites aos adolescentes – uma reflexão crítica” (2002/2003). O segundo, intitulado “Medidas Socioeducati-vas: uma reflexão jurídico-pedagógica”, foi publica-do pela Livraria do Advogado (2007). Ambos mos-tram a preocupação do Promotor com os problemas

Fotos: Alexandre Brusamarello

“Hoje eu posso dizer com certeza,porque os processos passam pormim, que aos 11 anos estamos já

com situações bem críticas dedrogadição”

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ANO 8 | Nº 94 | MARÇO/ABRIL 2009 | WWW.INTEGRACAODASERRA.COM.BR

Pequenasvínicolas fazemabaixo assinadocontra selo fiscalpara vinhos

Página 03

Ministério da Cidades destinarecursos para Santa Tereza

Página 11

Secretaria Municipal de Esportesprojeta revitalização do Estádio daMontanha

Página 12

Divulgação

Selo fiscal usado nos vinhos gregos

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| Opinião

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 12.000 exemplares

Circulação: Bento Gonçalves, Santa Tereza,

Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira,

São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim,

Tuiuty e Faria Lemos.

Propriedade:Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda

Diretora e Jornalista responsável:Kátia Bortolini - MTB 8374

Área Comercial: Moacyr Rigatti

Diagramação: illuminati produções gráficas Ltda

Colaboradores e Colunistas: Alexandre Brusamarello,

Aldacir Henrique Pancotto, Ancila Zatt, Breno Marzola,

Carlos Renato Kurtz, Dalva Finatto, Dorvalino Massocco,

Ernani Cousandier, Paulo Capoani, Simone Serafini,

Tomphsson Didoné.

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti

Bento Gonçalves/RS

Fone: (54) 3454-2018

Site: www.integracaodaserra.com.br

E-mails: [email protected]

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Filiada à ADJORI.

EXPEDIENTE As cartas e artigos publi-cados com assinatura sãode inteira responsabilidadedo autor e não traduzem,necessariamente, a opiniãodo Jornal. Suas publica-ções obedecem ao propó-sito de refletir as diversastendências e estimular odebate dos problemas deinteresse da sociedade.

Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

Editorial

Tudo é relativo

* Simone M. [email protected]

Estupro, aborto e a igreja

* Advogada - OAB/RS 32072 –Escritório profissional naGaleria Solar, sala 14, Centro – Fone/Fax 54-30554453

Ouve-se com freqüência pais e professores dizerem aos seusfilhos e alunos: estudem! Há ainda, embora raras vezes, quem acres-cente “senão você reprova”. Mas em que consiste o ato de estu-dar?

O Dicionário Aurélio afirma que estudar é aplicar a inteligên-cia para aprender. E, ainda, dedicar-se à apreciação, análise oucompreensão de algo. É observar atentamente o objeto de aprendi-zagem. Exercitar-se é uma forma de estudar, assim como ensaiar umgesto ou uma cena.

Aprende-se lendo e também pensando. Paulo Freire explicaque “ler como um ato de estudar, não é simplesmente um passa-tempo, mas uma tarefa séria em que os leitores procuram clarificaras dimensões opacas do seu estudo”.

Percebe-se que estudar não é somente ler,mas também obser-var, exercitar, experimentar e criar. Beethoven estudava observan-do, experimentando e criando. Da mesma forma Monet pintou vá-rias pontes em matizes e nuances diversas até chegar à ponte ideal.Em entrevista recente, uma famosa cantora brasileira declarou queestudava ouvindo ou vendo e observando,por concentrar-se me-lhor. É possível que “o olhar” ou “o ouvir”provoquem o início dopensamento.

Estas reflexões nos remetem à especificidade da forma de es-tudar de cada um. Alguns apenas prestam atenção nas explicaçõese com isso conseguem entender bem o que estão estudando. Nemsempre, o não copiar as atividades em sala de aula, significa nãoestudar. A criança, aluno ou pessoa pode estar pensando, exerci-tando a mente e talvez criando...belos matizes ou alegres melodias.

Estudar é também um exercício analítico de decompor, pôr ecompor. Infere-se que cada um tem sua forma e ritmo de estudarque deve ser respeitado e orientado positivamente.

Todos ficaram chocados com o caso ocorrido em Alagoinha (PE), ondeuma menina de 9 anos e sua irmã, eram reiteradamente estupradas pelo padras-to. Deste abuso, resultou em uma gravidez de gêmeos.

A menina por não reunir condições físicas, 1,36 metro de altura e 33quilos, corria risco de morte, sendo aconselhado pelos médicos à interrupçãoda gravidez pelo aborto.

A igreja, com seus dogmas e realidade imutável, excomungou a mãe e osmédicos que atenderam a criança.

O Código penal não pune o aborto em caso de estupro e de quando é feitopara salvar a vida da gestante. A menina se enquadrava nos dois casos. Am-bos, não necessitam de autorização judicial, basta o consentimento da mãe oude seu representante.

Estará resolvido o problema com o aborto ou com a excomunhão? Serádevolvida a infância perdida desta criança? Ela conseguirá apagar da memória as marcas da violênciadeixadas por quem tinha que protege-la? Tenho dúvidas...

E o estuprador será rigorosamente punido? Voltará a repetir com outras crianças a mesma brutalida-de? Foi excomungado?

Ele responderá um processo criminal e com sorte será preso.O crime praticado é teu hediondo e nojento que até dentro das regras dos maiores criminosos é

condenável. A única certeza que tenho é que dentro da prisão, ele não terá direito a recurso, não haverábrechas na lei e será punido sem dó nem piedade pelos outros apenados. Isto me consola, mas não mealegra. Devia ser proibido criança morrer, sofrer, ter dor ou tristeza...

O ato de estudar* Ancilla Dall’Onder Zatt

* Professora

A infecção causada por hantavírus é uma doença viral que se transmite dos roedores aoshumanos e causa graves infecções pulmonares e renais.

Os hantavírus são bunyavírus relacionados remotamente com o grupo dos vírus da Califórniaque provoca encefalite. Estão presentes em todo o mundo, na urina, nas feses e na saliva de váriosroedores, incluindo as ratazanas do campo e os ratos de laboratório. Contrai-se a infecção ao tercontacto com vários roedores e as suas dejecções ou possivelmente ao inalar partículas de víruspresentes no ar. Não existe evidência de contagio entre pessoas. Recentemente verificaram-se surtosde infecção por hantavírus no sudeste dos Estados Unidos, numa variante que afecta os pulmões.Contudo, os mesmos vírus e outros relacionados com eles foram encontrados em outras zonas dosEstados Unidos e é possível que existam em todos aqueles sítios onde viviam os hospedeirosadequados.

SintomasO processo pulmonar por hantavírus inicia-se com febre e dor muscular. Podem surgir dor abdominal,diarréia e vômitos.

Depois de 4 a 5 dias,podem manifestar-se tosse e dificuldades respiratórias, um estado que pode piorar após algumas horas. Emconseqüência de uma perda de líquido para os pulmões pode verificar-se uma queda drástica da tensão arterial (choque), quepode pôr a vida em perigo. Quase invariavelmente depois do choque, produz-se a morte. A infecção que afeta os pulmões émortal na maioria dos casos. Aqueles que sobrevivem conseguem recuperar completamente.

A infecção renal pode ser ligeira ou grave. A forma ligeira começa subidamente com temperatura elevada e dor de cabeça,costas e abdômen. Ao terceiro ou quarto dia, aparecem na membrana branca dos olhos e no véu do palato umas pequenas placassemelhante a hematomas juntamente com uma erupção cutânea localizada do abdômen. Cerca de 20% das pessoas adoecemgravemente e experimentam uma certa sonolência. A função renal deteriora-se, pelo que se acumulam substâncias tóxicas nosangue e isso causa náuseas, perda de apetite e fadiga. a erupção cutânea desaparece em aproximadamente 3 dias. O volume daurina torna-se maior do que o normal e o doente recupera depois de várias semanas.

A forma séria e grave da infecção renal inicia-se de forma semelhante,mas a temperatura é mais alta no terceiro ou quartodias. Um primeiro sintoma típico é a vermelhidão do rosto, que lhe dá o aspecto de queimado pelo sol. Se comprimir ligeiramenteà pele, produz-se uma marca vermelha e persistente. Entre o terceiro e o quinto dia aparecem manchas punctiformes (petéquias),primeiro ao nível do véu do palato e depois sobre qualquer superfície da pele que sofra pressão. Quase ao mesmo tempoproduze-se um derrame de sangue por atrás da parte branca dos olhos. Aproximadamente durante o quinto dia, a tensão arterialpode baixar e produzir-se choque. Pelo oitavo dia, a tensão volta à normalidade, mas baixa a produção de urina. Esta volta aaumentar cerca do décimo primeiro dia. Nesse momento uma hemorragia, particularmente no cérebro, pode causar morte. Ainfecção renal por hantavírus é fatal em cerca de 5% dos casos. Algumas das pessoas que sobrevivem apresentam uma lesão renalpermanente.

TratamentoEm geral, proporcionam-se medidas de suporte. Se for tratada a tempo, o medicamento antiviral ribavirina pode ser de

grande ajuda. Nos casos de infecção pulmonar, deve administrar-se oxigênio e o controle da tensão arterial e fundamental paraque o doente recupere. Em certos casos de infecção renal, é possível que seja necessária diálise, um processo que pode salvar avida ao doente.

* Dr. Breno Marzola

* Dermatologista, infectologista, pós-doutorando em Imunobiologia

Infecção causada por hantavírus

Tudo é relativo, inclusive as crises econômicas. É o que seconclui após promoções como a da Fimma Brasil 2009, que geroumuitos negócios em meio à tão alardeada crise econômica mundi-al. Situações como estas confirmam que o cuidado com o que sefala e com o que se pensa deve ser redobrado. Se falarmos epensarmos em crise, ela em seguida vai bater na nossa porta.Mas, se nos posicionarmos em favor da prosperidade, como aorganização e a maioria dos expositores da Fimma, muda o cená-rio. Estas afirmações, que constam em todos os livros de autoajuda, realmente têm sentido. É só observar. As pessoas atraem oque pensam. Este conhecimento, que está sendo popularizadoagora, por ocasião da Era de Aquário, é a chave do sucesso, dasaúde e da prosperidade, entre outros merecimentos do homem,que segundo todas as religiões, foi feito a imagem e semelhançade Deus.

Filosofias a parte. De concreto podemos comemorar o su-cesso da Fimma como o sucesso do município e da região porque,de uma forma ou de outra, todos ganham com os êxitos de feirasque acontecem no Parque de Eventos. Por falar nisso, quem nãoprestigiou a encenação “Ópera Popular do Vinho” apresentadana Fenavinho Brasil 2009 perdeu um grande espetáculo visto porturistas de vários estados do país.

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03Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

| Agricultura

O diretor da Vinícola Vallon-tano, enólogo Luís Henrique Za-nini, está coordenando um abaixoassinado contra a instituição doselo fiscal para vinhos. O docu-mento será enviado até o final deabril deste ano ao Ministério daFazenda e a Receita Federal. A ado-ção do selo fiscal para o vinhoestá sendo reivindicada pela Câ-mara Setorial da Cadeia Produtivada Viticultura, Vinhos e Derivados.Segundo justificativa da entidade,o selo fiscal vai coibir a sonega-ção, o contrabando e a falsifica-ção. A solicitação ao governo fe-deral foi aprovada em reunião or-dinária da Câmara, em fevereirodeste ano, com a abstenção de seisentidades e o voto contrário deduas.

Conforme Zanini, esse pleitofoi aprovado pela Câmara sem se-rem ouvidas as entidades repre-sentativas das pequenas e médiasindústrias vinícolas, que represen-tam cerca de 90% das 700 empre-sas do setor. Ele acrescenta queessas vinícolas não podem maispagar o preço por um mecanismocriado sem uma prévia avaliaçãodos impactos futuros nas peque-nas organizações e em toda a ca-deia produtiva. “Teremos mais umcusto para nossos vinhos. Afinal,

Abaixo assinado contrao selo fiscal para vinhos

A safra da uva de2009 evidenciou umfato cada vez mais cor-riqueiro na vida do co-lono. A queda no pre-ço do produto tem cau-sado sofrimento aosdonos das pequenaspropriedades. Para dri-blar os problemas depreço e não dependerdas gigantes do mer-cado o enólogo e pro-prietário da cantina devinhos artesanais Sal-vatti e Sirena SilvérioSalvatti dá uma dicaimportante. “O produ-to final não pode ser a uva. Temos que fazer o nossopróprio vinho. Olha o preço que estavam pagando nestasafra. Com a Cabernet Sauvignon a R$ 0,20 não se paganem o diesel para transportar até a vinícola”, lamentaele.

Apesar de indicar a criação de cantinas artesa-nais, Salvatti alerta que ser pequeno tem também suasdesvantagens. “Sou pequeno e não quero deixar deser pequeno nunca. Mas é muito difícil concorrer comas gigantes nas prateleiras do mercado. O segredo éter diferenciais. Por exemplo, a cantina Salvatti e Sirenafomos resgatar variedades de uva que haviam se per-dido inclusive na própria Itália, como é o caso da Peve-rella e da Barbera Piemonte. Além disso elaboramosvinho de 7 variedades diferentes”, orgulha-se ele e ain-da complementa “aqui a gente prima pela qualidade,são produzidas 6 toneladas de uva por hectare. Se fos-se um produtor comum morria de fome”, finaliza.

o selo será comprado, colado, ca-talogado, controlado e comunica-do, entre outros procedimentosque envolvem valores. E, além derótulos, contra-rótulos, cápsulas,tags, selos de indicação geográfi-ca, teremos que explicar para oconsumidor mais o selo fiscal”,acrescenta ele.

Parecer contrárioSegundo Zanini, “o pequeno

grupo que forma a Câmara Setori-al que hipoteticamente representao setor, não pode viver o mundodas ideias e colocar goela abaixo oque não faz sentido para a realida-de dos pequenos produtores devinhos brasileiros”. Ele ressaltaque em 2005, quando alguns soli-citavam a adoção do selo para vi-nhos finos, a Uvibra, hoje defen-sora da medida, emitiu parecer con-trário, com base em experiência dequem utilizou o selo em produtossimilares, por não ter sido evitadaa fraude e nem a sonegação. Noparecer emitido na época pela Uvi-bra, foi acentuado que a Argenti-na, que já usava o selo nos seusvinhos, há mais de sete anos tinhadeixado de fazê-lo, por verificarque essa obrigação como mais umônus das empresas vinícolas, poracarretar-lhes custos sem propor-

cionar o retorno esperado.Atualmente, um dos argumen-

tos utilizados para a adoção doselo é de que a medida vai inviabi-lizar a importação de vinhos argen-tinos e chilenos baratos pelos su-permercados, porque a selagemdeve ser feita na origem. Aindade acordo como o Enólogo a se-lagem vai dificultar apenas a im-portação de pequenos produto-res europeus, que elaboram pe-quenas produções de vinhos dealta qualidade e valor elevado. Eleacrescenta que existem no Chile eArgentina empresas consolidan-tes de cargas, como a DHL e aHillebrand, entre outras, que pres-tam o serviço de colocar os selosantes do embarque. Zanini acen-tua que a adesão ao abaixo assi-nado pode ser feita pelo [email protected].

Luís Henrique Zanini

Kátia Bortolini

Salvati e Sirena avalia safra da uva e apontaobstáculos enfrentados por pequenos cantineiros

Alexandre BrusamarelloApesar dos pre-

ços baixos, o enólogosaliente que a quali-dade da uva neste anosurpreendeu por algu-mas condições climá-ticas desfavoráveiscomo o excesso dechuva. “O vinho e osuco de uva que es-tamos produzindopelo menos aqui nacantina Salvatti e Se-rena nunca teve a co-loração tão bonitaquanto a deste ano,isso deve-se muito asnoites frias que tive-

mos. Além disso, a uva provou ser uma das frutasmais resistentes neste ano ao suportar 23 dias de chu-va intensa desde a brotação, esta chuva acabou equi-librando a acidez da fruta e tornando o vinho maismacio”, garante Salvatti.

Situada em meio aos Caminhos de Pedra, no dis-trito de São Pedro, a cantina Salvatti e Sirena acabarecebendo muitos turistas durante o ano, o que au-menta as vendas e ajuda as cantinas artesanais a semanterem ativas , conforme o proprietário Salvatti.Porém ele garante que o asfaltamento triplicaria o nú-mero de turistas. “Nos mantemos graças ao turismo.As vendas que fazemos fora daqui não pagam nem amanutenção da estrutura que temos. Há 18 anos rei-vindica o asfaltamento dos Caminhos de Pedra e arazão é simples. Sem 1% das pessoas que visitam Ca-ravagio, pegarem o asfalto e vierem a São Pedro tripli-caríamos o número de turistas”, argumenta ele.

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| Fimma Brasil 2009

04 Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

A nona edição da Feira Internacional de Máquinas,Matérias Primas e Acessórios para a Indústria Movelei-ra (Fimma) Brasil 2009, promovida de 23 a 27 de marçono Parque de Eventos da Fenavinho pela Associaçãodas Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Mo-vergs), com a participação de 647 expositores, entre eles

“A Fimma sempre surpreende,a cada edição está melhor”, afirmouo superintendente comercial doBanco do Brasil para a Região Sul,João Carlos De Nóbrega Pecego,que se deslocou de Curitiba, Para-ná, para visitar clientes do bancoexpondo na feira. Na ocasião, eleressaltou o otimismo dos clientes.“Ninguém falou em crise, pelo con-

A Caixa Econômica Federal e aAssociação dos Fabricantes de Fer-ramentas, Máquinas e Acessóriospara a Indústria Moveleira (Affemac)consolidaram parceria na Fimma 2009.No evento, o estande conjunto daAffemac com a Caixa objetivou facili-tar o acesso dos clientes às condi-ções oferecidas pela instituição ban-cária. Também objetivou a coleta deinformações das necessidades des-ses clientes. A entidade e a institui-ção financeira promoveram no even-to, no final da tarde de 24 de março,um coquetel de confraternização coma presença de associados, parceiros,clientes e imprensa.

Segundo o presidente da Affe-mac, Luciano Rombaldi, a parceriacom a Caixa, firmada em 2008, estácada vez mais sólida. Ele afirma quea integração com a instituição estáfortificando ações internas e exter-nas da entidade. Também ressaltaque associação prima por oferecer àindústria moveleira máquinas, aces-sórios e ferramentas com alta quali-dade, tecnologia e competitividade,contribuindo assim para o cresci-mento da cadeira produtiva. Rom-

A franquia de Bento Gonçalves da empresa de cosméticos e perfu-marias Água de Cheiro marcou presença na Central de Serviços da Fim-ma Brasil 2009, com atendimento de Simone Bonotto e Neusa Vignatti.Esta foi à terceira participação consecutiva da Água de Cheiro na feira.Segundo a franqueada Simone Bonotto, a participação do evento foipositiva em vários aspectos. Entre eles, ressalta a fidelização de clientese a divulgação da marca. Acrescenta que clientes conquistados em edi-ções anteriores retornaram as compras nesta última Fimma. Ela tambémsalienta que a Fimma Brasil 2009 foi palco do lançamento da linha Águade Cheiro Make-UP, desenvolvida com pós ultrafinos, filtros solares epigmentos diferenciados para oferecer produtos de altíssimo padrão,garantindo uma aplicação adequada para cada tipo de pele. De acordocom Simone, o maquiador de moda Ronnie Peterson, reconhecido naci-onal e internacionalmente, testou e aprovou a linha, que engloba todasas maquiagens para rosto.

A Reypel Máquinas eEquipamentos para Embala-gens ampliou sua atuação nomercado interno e também aequipe de representantesatravés de contatos feitos naFimma Brasil 2009. A infor-mação é do diretor da empre-sa, Valmor Giugno. A Reypel,pela terceira vez consecuti-va, expôs na feira em parce-ria com a empresa italianaRobocap, conhecida mundi-almente pela fabricação defitas adesivas e filmes stra-ch. Segundo Giugno, a di-vulgação das máquinas parafechamento de embalagensque a Reypel importa da Chi-na e distribui no Brasil foioutro ponto forte da feira. Aempresa, situada em Bento Gonçalves na rua Domingos Rubechini, 200,bairro Fenavinho atua na área de suprimentos e máquinas para embala-gens.

Neusa Vignatti e Simone Bonotto

Valmor GiugnoAssociados da Affemaq prestigiaram o evento

Fimma Brasil 2009 atingiu as expectativas dos organizadores e expositores185 do exterior, atingiu as expectativas, tanto de negó-cios, na ordem de US$ 280 milhões, como de visitas, de37 mil profissionais do setor. A informação é do presi-dente do evento, Ivo Cansan. Segundo ele, durante oscinco dias do evento a economia regional obteve umincremento de R$ 12, 6 milhões. Cansan salienta que

nessa edição houve uma procura maior de máquinas eequipamentos por parte de pequenos e médios fabri-cantes de móveis. Acrescenta que nas anteriores a de-manda maior foi de grandes fabricantes de móveis. A10ª edição da feira acontecerá no mesmo local, de 21 a25 de março de 2011.

Affemaq e Caixa Federal consolidam parceriaArquivo Affemaq

baldi, empossado em fevereiro des-te ano, destaca que dará seqüênciaaos projetos iniciados na última ges-tão. Além disso,diz que sua direto-ria vai investir em cursos de especi-alização para as mais diversas áreasdas empresas associadas e em mis-sões e visitas a feiras no Brasil e noexterior visando acompanhar as ten-

dências de mercado, entre outrasações.

De acordo com gerente da Cai-xa, Celso Lunkes, através da parce-ria com a entidade, o banco atendeo cliente comum a ambos com re-cursos para investimentos na com-pra de máquinas e equipamento oucom suporte no capital de giro.

Água de Cheiro marcou presença naFimma pela terceira vez consecutiva

Kátia Bortolini

Reypel amplia mercado eequipe de representantes

Günther Knak, João Carlos de Nóbrega Pecego, Nilton Francisco RebelloFilho e Sidnei Altair Butzke, da equipe de coordenação do Banco do Brasil

Banco do Brasil foi opatrocinador oficial

trário, muitos salientaram projetosde investimentos em ampliações¨,acrescentou ele. O Banco do Brasilfoi o patrocinador oficial do even-to. A instituição ofereceu na feiralinhas especiais de crédito para im-portação de máquinas e financia-mentos internos. Cerca de 100 das647 empresas que expuseram sãoclientes do Banco do Brasil.

Kátia Bortolini

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05Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

|Eventos

Curitiba vai ser sede, de 1 a 3de maio deste ano, da 6ª Festa daFamília Bortolini. O evento, promo-vido pelos Bortolini de Curitiba,com o apoio da Associação Famí-lia Bortolini (AFB), tem vários ob-jetivos, entre eles o de resgate dehábitos culturais, sociais, religio-sos, gastronômicos e recreativos,visando o cultivo da memória dos

A 4ª edição da Feira Internacional de Tecnologia parao Meio Ambiente (Fiema), que acontecerá em Bento Gon-çalves, de 27 a 30 de abril de 2010, foi lançada oficialmenteem reunião almoço no Centro da Indústria, Comércio eServiços (CIC) no último dia 25 de março. Na ocasião,palestrante foi a jornalista Ana Amélia Lemos. O slogan da

A campanha publicitária da próxima Movelsul Brasil, que acontecerá em Bento Gonçalves, no Parque deEventos da Fenavinho, de 22 a 26 de março de 2010, foi apresentada na Fimma Brasil 2009 no último dia 26. AMovelsul é promovida a cada dois anos pelo Sindmóveis com o objetivo de gerar negócios para a cadeiamoveleira. O sucesso da última edição motivou a rápida renovação do contrato de patrocínio para 2010 com asempresas Renner Sayerlack e Satipel Industrial.

6ª Festa da Família Bortolini emCuritiba no feriadão de 1º de maio

antepassados. O evento inicia nanoite de 1 de maio no auditório doDunamys Hotel, com SeminárioFiló da Família Bortolini. Continuano dia 2, no Santa Mônica Clubede Campo, com missa, apresenta-ção das delegações, almoço, reu-nião de representantes e delega-dos para a escolha do local e co-ordenação da 7ª Festa da Família

Bortolini. Após, a festa continuacom show baile com a banda Bep-pi Internacional Band Líder. Gru-pos de Bortolini de Bento Gonçal-ves, Garibaldi e Serafina Corrêaestão organizando excursões paraparticiparem. Interessado em inte-grar a comitiva da região da serradevem entrar em contato pelo fone3451-2500.

Fiema Brasil 2010 lançadaem reunião almoço no CIC

Movelsul 2010 apresentou campanhapublicitária na Fimma Brasil 2009

próxima edição da feira, promovida a cada dois anos pelaProamb, é ̈ Soluções para o meio ambiente: quem tem, quembusca........Participa !” A expectativa é reunir mais de 250expositores, representantes de mais de 10 países e um pú-blico de mais de 30 mil visitantes, entre a feira e as atraçõesparalelas.

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|Entidades

O Mérito Lojista 2008 estará homenageando três empresários de Bento Gonçalves nascategorias Comércio, Serviços e Jovem Empreendedor. Os trabalhos iniciaram hoje (16), coma distribuição do Regulamento e Formulário de Indicação aos associados da entidade, quetêm até o dia 3 de abril para votar. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL/BG), que promove o evento desde 1989, já homenageou 23 empreendedores. A divulgação epremiação dos vencedores ocorrerá no dia 23 de abril, às 20 horas, no salão do Clube Bota-fogo, juntamente com a posse das diretorias da CDL e CDL Jovem para a Gestão 2009-2011.

Até o final desta semana, todos os associados da CDL/BG deverão ter recebido oRegulamento e o Formulário de Indicação, que estão sendo entregues por uma equipe daentidade. De posse dos votos e após a tabulação das indicações, os nomes serão apresenta-dos ao Conselho Consultivo da instituição, responsável pela homologação dos resultados.Cada empresa associada terá direito a um voto. A indicação somente terá validade se feitaatravés do formulário oficial e até o prazo limite (03 de abril), devendo ser entregue aocolaborador da CDL/BG que visitar o estabelecimento ou diretamente na sede da entidade(rua Marechal Deodoro, 139, 2º andar). Não serão aceitas indicações enviadas por fax.

Para indicar um nome em cada categoria, os associados deverão considerar os seguin-tes critérios: ser associados a CDL/SPC de Bento Gonçalves; ser proprietário da empresa; terrealizado ações empresariais relevantes no ano de 2008, como abertura de nova empresa,reformas e aumento da geração de emprego; ser destaque em empreendedorismo, inovação,dinâmica, profissionalismo, atendimento e criatividade em 2008; participar ativamente deatividades comunitárias e projetos sociais no ano de 2008; participar de ações promovidaspela CDL/SPC; não ser presidente da CDL e CDL Jovem. Para o Mérito Lojista Jovem Empre-endedor, além de atender todos os critérios acima, ainda é necessário ter idade entre 18 e 35anos.

De acordo com a presidente da CDL/BG, Solange Pavan, esta é uma forma de homenage-ar empresários de visão empreendedora que se destacam pela atuação na comunidade ejunto ao setor. “O Mérito Lojista é uma justa distinção a quem faz de sua trajetória umahistória de trabalho que marca épocas, quebra paradigmas e serve de exemplo a toda classelojista”, destaca.

Homenageados• 1989 - Beder Koff (in memorian) • 1990 - Jovino Demari • 1991 - Ildoíno Pauletto • 1992

- Ilvo de Gasperi • 1993 - Aida Manfrói Sperotto • 1994 - Décio Ferrari • 1995 - Plínio Mejolaro• 1996 - Armindo Tolotti • 1997 - Lênio Zanesco • 1998 - Ércio Becker • 1999 - Sérgio Gallina •2000 - Helenir Bedin • 2001 - Gilmar Guidolin • 2002 - Antônio Cesa Longo • 2003 - SolangePavan • 2004 - Antonio Zanini • 2005 - Gerson Baldissera • 2006 - Juarez Bandeira (categoriacomércio) • 2006 - Altair Casagrande (categoria serviços) • 2006 - Giovani Carlet (categoriacomércio jovem) • 2006 - Marcos Carbone (categoria serviços jovem) • 2007 - AdalbertoBombassaro (categoria comércio) • 2007 - Tarcísio Michelon (categoria serviços)

Mérito Lojista 2008 homenageiatrês empresários de Bento Gonçalves

Regulamento e formulário de indicação começam a ser distribuídos pela CDL/BG

O Centro da Indústria,Comércio e Serviços de Ben-to Gonçalves (CIC) está rei-vindicando consenso dasagremiações políticas locaisem prol da eleição de repre-sentantes do município naAssembléia Legislativa e naCâmara Federal. A solicitaçãoda entidade foi feita atravésdo presidente Ademar Petryem palestra - jantar com oprefeito Roberto Lunelli, nanoite de 16 de março, quemarcou o início oficial dasatividades de 2009. Ao inici-ar os trabalhos Petry apre-sentou a reivindicação, sali-entando a importância parao município da eleição de De-

São inúmeras as oportunidades que o SESC apresenta para a melhoria da qualidadede vida atuando com atividades nas áreas de Saúde, Lazer, Esporte, Educação, Cultura,Turismo.

ATIVIDADE FÍSICA:Na Unidade do SESC de Bento Gonçalves é possível usufruir de Academia de

Ginástica com diferentes modalidades: musculação, ginástica, aero-step, ginástica loca-lizada, jump, alongamento, ginástica aeróbica e ginástica específica para a maturidade.

DENTISTA:Também é oferecido serviço de odontologia abrangendo dentística, prótese, endo-

dontia (tratamento de canais), periodontia e cirurgia com condições especiais de paga-mento e em horários especiais de atendimento até as 20 horas.

CULTURA:Mensalmente são oferecidos espetáculos de teatro, música e dança através de

vários projetos.O CineSesc que aborda a produção nacional, e temáticas não comerciais, com

filmes europeus, asiáticos, latino-americanos e africanos, além do cinema de animação eclássicos, com exibição totalmente gratuita.

MATURIDADE ATIVA:Os clubes Sesc Maturidade Ativa são um dos maiores orgulhos da entidade e

permanentemente aumenta o número de pessoas com mais de 50 anos interessadas embuscar um novo significado o envelhecimento envolvendo-se em atividades com finsfilantrópicos, atividades físicas, viagens, jogos, palestras e diversas outras voltadaspara a melhoria da qualidade de vida.

TURISMO:Outra atividade de destaque do Sesc é o Turismo, sendo que já estão disponíveis

em todo o Estado 6 mil pacotes de 2 ou 5 dias de hospedagem, a serem usufruídos noperíodo de 3 de abril a 29 de novembro de 2009. Os pacotes poderão ser adquiridos ematé 10 parcelas pelos trabalhadores do comércio e em até 8 prestações para a comunida-de em geral. Maiores informações poderão ser obtidas através do site www.sesc-rs.com.br

Para aproveitar os serviços oferecidos pelo Sesc é necessário associar-se gratui-tamente em uma das 3 categorias: comerciário , empresário do comércio ou usuário(comunidade em geral)

Para a categoria dos comerciários os valores são muito diferenciados, pois o Sescé uma entidade criada e mantida pelos dirigentes do comércio para levar qualidade devida aos comerciários que são as pessoas que atuam no ramo de prestação de serviçoscomo hospitais, clínicas, hotéis, agências de viagem, escritórios contábeis, cinemas,clubes, rádios, jornais, televisão e outros.

A Unidade Operacional do Sesc de Bento Gonçalves abrange 28 municípios e temsua sede na Av. Cândido Costa, 88 Telefone 3452-6103

SESC – Qualidadede vida todos os dias

CIC e prefeitura em harmonia na busca de candidaturas de consenso para 2010putados que representem osinteresses da comunidade.Lunelli prometeu que emabril deste ano vai reunir aslideranças dos partidos polí-ticos representados em Ben-to Gonçalves, para planejarcandidaturas.

O evento, que reuniucerca de 150 pessoas, foimarcado por apresentação debalanço dos primeiros 60 diasda administração municipal.O Prefeito citou várias açõesno período, entre elas algu-mas de caráter emergencial,como a redução de cargos deconfiança de 240 para 85,conserto de máquinas e cen-tralização do setor de com-

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CICS Serra atua na defesa dos interesses da classe empresarialEmpreendedores de nove municípios da região Nordes-

te do Estado estão contando com o trabalho da Associaçãodas Entidades Representativas da Classe Empresarial da Ser-ra Gaúcha - CICS Serra - na defesa de seus interesses. Aentidade, oficializada em reunião - almoço realizada no CICde Bento Gonçalves no último dia 10 de março, está atuandoem prol das reivindicações de interesse regional em âmbitosmunicipais, estadual e federal.

A entidade é formada pela Associação Industrial, Co-mercial e de Serviços de Antônio Prado; Centro da Indús-tria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves; Associa-ção do Comércio, Indústria e Serviços de Carlos Barbosa;Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Farroupilha;Câmara da Indústria e Comércio de Garibaldi; Câmara daIndústria e Comércio de Guaporé; Câmara Cultural da In-dústria, Comércio e Serviços de Nova Prata; Associação

Comercial, Industrial e Serviços de Serafina Corrêa e As-sociação Comercial, Cultural e Industrial de Veranópolis.

A diretoria é presidida por Ademar Petry, tem comovice-presidente Edson Morello, como secretário MarcosAntônio Rigo e como tesoureiro, Isauro Sartori. O presi-dente Petry salienta que através da entidade as solicita-ções empresariais de interesse regional estão tomandooutros rumos.

pras. Entre os destaques das medi-das relacionadas aos dois primei-ros meses, cinco reuniões com aUniversidade Federal do Rio Gran-de do Sul (UFRGS) e ProcuradoriaGeral do Estado voltadas a cessãode uso ou definitiva doação da áreado Antigo Hospital Walter Galassi,para inicio das obras do Complexode Saúde do Trabalhador, parceriacom Sebrae para implantação dosistema de gestão dos 5S e forma-ção da equipe que construirá o Or-çamento Participativo, através daelaboração do Plano Plurianual doMunicípio (PPA), de quatro anos,com a participação da comunida-de. Segundo Lunelli, começou naprefeitura a era do discurso virarprática.

Kátia Bortolini

Roberto Lunelli, Ademar Petry e Valdecir Rubbo

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Para crianças de 7 aos 107 anos

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www.ernanicousandier.com.br

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02 SUPLEMENTO DE QUADRINHOS | Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

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Fábio Prado, Bez Batti, Ernani e César Prestes (diretor do MARGS)

03SUPLEMENTO DE QUADRINHOS | Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

Dia 17 de março próximo passado no MARGS em Porto Alegre, foi lançado o livro sobre um dos maiores artistas brasileiros da atualidade, BEZ BATTI. Umlivro simplesmente fantástico, com grande texto em dois idiomas, de Antonio Fernando De Franceschi, fotografias estupendas do Valdir Ben e, é claro... a obrainigualável de BEZ BATTI. Vocês (leitores ) precisavam ver as pessoas que estavam prestigiando o evento, gente que normalmente pediríamos autógrafo, compare-ceram para pegar as assinaturas do João e do Valdir. Afora, os familiares dos mestres, apenas dois conterrâneos. Recentemente, o escultor fez exposições pelasprincipais capitais brasileiras através da Fundação Moreira Salles e foi editado um livro/catálogo com apresentação de nada mais, nada menos que Ferreira Gullar!!!!BEZ BATTI está entre os grandes artistas do país e temos que celebrá-lo, assim, como Barcelona e Paris fazem com Picasso, como Florença faz com Michelangeloe Porto Alegre faz com Xico Stockinger. Precisamos ter outra percepção, subir um degrau e melhorar nossa escala de valores. Devemos aprender com a arte de BEZBATTI.

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Artistas da TerraMoacir Corrêa - Um soldado da cultura em Bento Gonçalves

De família humilde e sem referência ar-tística, desde pequeno Moacir Correia é umapaixonado por arte. Fundador do CentroIntegrado de Artes Cênicas (CIAC), Corrêa étecnólogo em dança, formado pela Universi-dade Luterana do Brasil (ULBRA) com pós-graduação da Universidade Federal do RioGrande do Sul (UFRGS). Hoje,depois de participar de cerca de70 cursos nacionais e interna-cionais tanto de dança quantode teatro, luta pela criação deum Conselho de Cultura paraBento Gonçalves.

“Quando tinha nove anos,chegou à cidade um espetácu-lo chamado O Rapto da Ceboli-nha, de Maria Clara Machado.Insisti tanto com a minha mãeque ela me deu o dinheiro queestava reservado para a lenhapara eu ir ao teatro. Claro quedepois tive que cortar lenha nomato para alimentar o fogão,mas valeu a pena. Fiquei fascinado com apeça e decidi que era aquilo que eu queriafazer da minha vida” comenta ele. Porém nemsempre Corrêa pode viver apenas da arte. Elejá foi do exército, trabalhou no comércio e foiaté carteiro, mas claro sem deixar a arte delado. “Em 1990 eu tinha o trabalho como car-teiro, me dedicava a uma peça na qual eraator e diretor, era bailarino na escola de dan-ça, e ainda estudava no colégio para acabar

o segundo grau. Chegava em casa as 2 e meiada manhã, jantava e ia dormir. Ás 6 e meia jáestava de pé para começar tudo de novo.Aos sábados eu participava do coral jovemde Bento Gonçalves e ainda tinha que cuidarda minha mãe que estava doente na época”,lembra Corrêa, sem mostrar arrependimento

pelo esforço.Com passagens por

companhias de dança deCuba, em 1997, e da França,em 2008, ele constata que es-sas experiências internacio-nais engrandeceram e ampli-aram sua visão de cultura.“Voltei para Bento nas duasoportunidades com outra ca-beça, tive contato com artis-tas do mais alto nível. Semcontar que os dois paísespelos quais passei valorizamo artista”, relembra ele.

Conforme o artista, a cri-ação do CIAC foi um divisor

de águas para a cultura em Bento Gonçalves.“Antes eu ensaiava teatro no porão de ami-gos”, lembra. Mas ele revela que o projetoinicial teria 3 andares dedicados a arte.“Quando eu e Cecy Franck, que trabalhounos Estados Unidos, fizemos o projeto, ba-seamos ele em nossas experiências. Eu emCuba e ela em Nova Iorque. Quando acaba-mos vimos que era grande demais para Ben-to e reduzimos”, comenta.

Aos 47 anos de idade, 37 deles dedica-dos à cultura em Bento, Corrêa acredita queBento ainda tem um grande caminho a per-correr culturalmente. Ao ser indagado sobrea Casa das Artes ele dispara: “Quando elaexistir com certeza será um grande avanço. ACasa ainda me parece um corpo sem cora-ção, o teatro é esse coração. Sem um lugargrande para espetáculos ela nunca vai en-grenar”, desabafa.

Mas ele ainda tem esperança. Depoisde voltar da França no ano passado, con-vocou a classe artística para uma reunião.Desta reunião surgiu a idéia da criação doConselho Municipal de Cultura, para viabi-lizar o projeto da Lei Municipal de Incenti-vo a Cultura. Segundo ele, a criação do con-selho vai sanar uma série de problemas eajudar os que tem talento a continuar naarte. “Se ficar assim, como posso incentivaralguém a continuar na arte, se eu tenho quematar um leão por dia para fazer isso?”, ques-tiona ele. “Essa lei é a luz no fim do túnel”,afirma.

Atualmente, Moacir Correia continuatrabalhando em várias frentes. Ele trabalhapara a Secretaria de Educação de Santa Te-reza com uma escola de atores, dirige umapeça infantil, a qual ele mesmo escreveu eestá em circuito nas escolas com o nome“Jujubinha, uma bruxinha diferente”. Planejaainda novas apresentações do monólogoadaptado e dirigido por ele e protagonizadopela atriz Mônica Blumer.

Além disso, Moacir continua no CIACministrando aulas de teatro às segundas-feiras das 19 ás 21 horas. Às quintas-feiras,no mesmo horário dá aula de dança contem-porânea. As duas aulas são para iniciantese as inscrições estão abertas. Quem se inte-ressar pode passar no CIAC de segunda asexta-feira das 14 às 21 horas.

Legenda. Moacir Corrêa: Solo no es-petáculo Batuques do Brasil Moacir inter-preta palhacinho.

Um Certo Artista

Estes versos,Submersos,Em um universoTão adversoSubscrevo-os.Dou-lhes rimaOra nobre, ora pobre....Tão igual quanto pintar

um quadroDe claras e escuras pin-

celadasAssim é o artista...Que desenha o versoPincela o universo,Com as tintas que a vida

lhe fornece,Para ser apreciadoPela atenta platéiaDe olhos e ouvidos bem

abertosNa busca pelos contras-

tes e sobre-tonsSorvidos como a um bom

prato.Assim é a obra pronta....A paisagem apreendidaA virgem despidaEm sua forma perfeitaDe vida, por fim, relidaTraduzida em coresRepleta de emoçãoCópia da documentaçãoElaborada por Deus,Copiada pelo aprendiz.

VERA B.T.GOMES

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Fotos: Arquivo pessoal

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Social

André Pelizzari / Real Color

André Pelizzari / Real Color

Arquivo pessoal

O belo casal Paula Tasca e André Valduga em momento de felicidade ímpar durante sua boda decasamento que movimentou o Clube Botafogo em 24 de janeiro

Ivanete Detoni colou grau em Administração com habilitação emRecursos Humanos, pela UCS - CARVI

Luciano Pedretti e Jennifer Carelli eram só sorrisos durante o dia de seu casamento que teve aIgreja Santo Antônio como altar no dia 07 de fevereiro último

Kátia Bortolini

Ivanir Zandoná, Simone Serafini e o filho dela Eduardo, no aniversário da bela, comemorado no dia19 de março na Pizzaria Pirandello

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| Empresas & Cia

A Casa do Queijo Buona Tavola está comercializando ces-tas de Páscoa contendo os melhores chocolates nacionais eimportados, de diversas marcas, além de frutas secas com cho-colate, entre outras iguarias. Tanto as cestas prontas como asmontadas, de acordo com o gosto do cliente, podem incluirlicor, em diversos sabores, ou vinho, a escolher entre espuman-te, branco ou tinto.

No estabelecimento, situado na rua 13 de maio, 822, emfrente ao L’América Shopping, também há peixes para a sextaFeira Santa, entre eles salmão e bacalhau norueguês, nas ver-sões salgado ou dessalgado. A Buona Tavola trabalha aindacom a linha tradicional de queijos especiais e importados e pre-sunto parma, entre outros alimentos saborosos.

O atendimento ao público acontece de segundas a sábados, das 8h30min às 12 horas e das 13 horas às19h15min. Mais informações ou reservas pelo fone 3451-3288.

Casa do Queijo Buona Tavola comiguarias para a próxima Páscoa

A Mamma Bella Moda Gestanteestá ministrando curso de 12 horaspara cuidadores de crianças, voltadoa mães, pais, avós, babás e demaisenvolvidos com a chegada do recémnascido. Está sendo formada a segun-

Mamma Bella ministra cursopara cuidadores de crianças

da turma do ano para os dias 3, 6, 13 e14 de abril, das 19 às 22 horas. O con-teúdo pragmático abrange a importân-cia do aleitamento materno para mãe efilho; rotinas do primeiro ano de vidada criança; higiene e saúde e também

conciliação do trabalho, filho e cuida-dores. O curso acontece na MammaBella, situada na rua Horácio Môna-co, 200, sala 1. O valor do investimen-to é R$ 120,00. Mais informações pelofones (54) 3452 4227 / 9105 2806.

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Kátia Bortolini

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| Empresas & Cia

A Bicho Fofo está completandoneste mês mais um ano de excelência ematendimento e cuidado com o seu ani-mal de estimação. Há três anos a lojadispõe de serviços especializados detele-busca e tele-entrega, que fazem otransporte do seu bichinho com todasegurança e conforto que ele merece. ABicho Fofo ainda dispõe de uma veteri-nária de plantão e um amplo e completoconsultório veterinário no interior daloja para consultas e cirurgias de emer-gência. Que fica aos cuidados da Dou-trora Giana Bugnera - CRMV 7808. Con-ta ainda com serviços tradicionais comoo de banho e tosa, e uma grande varie-dade de brinquedos e rações para cãese gatos. Situada na rua São Paulo, 389no bairro Borgo, a loja atende pelo fone3451 7767.

A Malu Presentes inaugurou sualoja em março e já promove uma grandefeira de Páscoa. Lá você encontra ovos,coelhos, corações, brinquedos, cestaspersonalizadas, cestas pré-prontas, tudodo mais puro chocolate de Gramado. Adireção da loja está promovendo umagrande promoção de Páscoa. Quem pre-encher um cupom, que está disponívelgratuitamente na loja, estará concorren-do a uma coelha com 1,6 kg de chocola-te. O sorteio vai acontecer dia 11 de abril.A Manu presentes fica na rua GomesCarneiro, número 83, sala 05 no Centro.Ela está aberta das 8 ao meio dia e das13 às 19. Na semana de páscoa a lojanão fechará ao meio dia. A Malu Presen-tes atende também pelo fone 3451 6005.

Bicho Fofo completa 3 anos de dedicaçãoe carinho com seus bichos de estimação

Malu Presentes promove feira de Páscoa

10 Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

Fotos: Alexandre Brusamarello

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| Comunidades

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O município de Santa Terezavai receber neste ano a destinaçãode R$ 200 mil do Ministério das Ci-dades, obtida através de emendaparlamentar do deputado federalRuy Pauletti (PSDB) ao orçamentoda união. A verba é para utilizaçãoem infra-estrutura urbana. A desti-nação do recurso foi anunciada porPauletti em Santa Tereza no últimodia 28 de março, por ocasião daparticipação do Deputado em en-contro de lideranças políticas, quereuniu cerca de 50 pessoas, entreelas o Secretário Estadual de Obras,José Carlos Breda e o deputadoestadual Jorge Gobbi.

Breda, que chegou em SantaTereza no dia anterior ao evento,aproveitou a estada no municípiopara vistoriar a Escola Estadual de

A programação alusiva aos 17 anos de emancipação política de MonteBelo do Sul, realizada de 19 a 29 de março, movimentou o município com apromoção de várias atividades. O calendário de evento iniciou com ses-são solene na Câmara de Vereadores marcada por homenagens a IrmãCarmen Maria Schneider e a Paróquia São Francisco de Assis. Prosseguiuno Mutirão Solidário na praça José Ferlin, com verificação de pressãoarterial, de peso, glicose, orientações jurídicas, corte de cabelo e manicu-re, testes de visão e reparos em óculos, distribuição de mudas de árvorese exposição de trabalhos escolares. Essa promoção contou com a partici-pação voluntária da Abepan, Corpo de Bombeiros de Bento Gonçalves,Imama e Vida Urgente.

Em obras, foi marcada pela inauguração do acesso asfáltico do tre-cho RS 444 até o núcleo da comunidade 80 da Leopoldina, do campo defutebol da Comunidade de Santa Bárbara e entrega do projeto de revitali-zação dos centros comunitários, na comunidade do 100 da Leopoldina.

As comunidades de São José, Linha Argemira Alta e Santo Isidorosediaram festas incluídas na programação. Em São José foi alusiva aopadroeiro São José. Já em Santo Isidoro aconteceu o Filó de CantoriaItaliana, com apresentações de 11 grupos artísticos do vários municípiosdo Estado. O evento, que reuniu cerca de 700 pessoas, também foi marca-do por promoção de baile, animado pelo grupo Ragazzi Dei Monti. Oprefeito de Monte Belo do Sul, Adenir Dallé, ressalta que a comunidadeparticipou das atividades, valorizando o evento.

Deputado Federal Ruy Pauletti anuncioudestinação de recursos para Santa Tereza

Monte Belo do Sul comemorou17 anos de emancipação política

Ensino Médio Padre Vicente Rodri-gues, que precisa de reparos. Se-gunda a diretora da escola, ClariMaria Acco De Conto, o Secretárioprometeu para breve a reforma nocoberto, a troca da cerca e a pintu-ra, entre outros melhorias solicita-das pela comunidade escolar parao prédio do educandário.

O prefeito de Santa Tereza,Diogo Segabinazzi Siqueira salien-tou o apoio da governadora YedaCrusius ao município, manifestadoaté agora através da destinação deuma viatura a cidade, reparos noasfalto da estrada que liga SantaTereza a Bento Gonçalves e insta-lação de antena de empresa de te-lefonia celular. Disse também que asua eleição rompeu um ciclo de 16anos sem alternâncias políticas em

Santa Tereza. Além disso, ressaltouações dos primeiros meses de seugoverno, entre elas a aprovação naCâmara de Vereadores de projetode lei de incentivo ao comércio, in-centivando reformas nos estabele-cimentos através do reembolso de25% do valor aplicado nas melhori-as.

Já Pauletti prometeu que em2010 vai destinar mais R$ 100 mil aomunicípio, para incentivo ao turis-mo. Ele salientou que prioriza osmunicípios pequenos nas emendasparlamentares por saber que nes-sas comunidades a verba será mes-mo utilizada ao fim a que foi desti-nada. Os participantes do encon-tro almoçaram no restaurante DomRemus, inaugurado no dia com aparticipação dos políticos.

Fotos: RSCOM

Kátia Bortolini

11Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

Vereador Enio Bolesina, deputado estadual Jorge Gobbi, prefeito de Santa Tereza Diogo Segabinazzi Siqueira,deputado federal Ruy Pauletti e secretário estadual de obras José Carlos Breda

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| Esportes

A criação do Conselhodo Esporte, a revitali-zação do Estádio da

Montanha e a volta das Olimpía-das Estudantis são projetos paraos próximos dois anos de man-dato do secretário municipal daJuventude, Esporte e Lazer, JoséLuis Gava.

“Estamos trabalhando paracriar o Conselho Municipal doEsporte. Este conselho terá a ta-refa de elaborar projetos, defi-nir competições e selecionarquais as modalidades esportivasreceberão auxílio da Secretaría,levando em conta a visibilidadeque o esporte traz à cidade”, afir-ma Gava. Apesar de ainda nãoter nenhum nome definido parao conselho, o Secretário adian-ta que “serão pessoas escolhi-das a dedo, empresários, Presi-dentes das associações de bair-ros e professores de educaçãofísica, entre outras ligadas aoesporte”, complementa ele.

O projeto mais grandiosoaté agora, onde Gava aposta

Revitalização do Estádio da Montanha nosprojetos da Secretaria Municipal de Esportes

suas fichas é a revitalização doEstádio da Montanha, que se-gundo o prefeito Roberto Lune-lli “está abandonado, jogado àsmoscas”. Conforme o Secretárioserá um investimento de 4 mi-lhões de reais. “Vamos buscarajuda do governo federal. Já for-mulamos o projeto e estamosatrás da papelada para vencer aburocracia. Queremos transfor-mar a Montanha em um centroolímpico de primeiro mundo”,explica. Ele acrescenta que osrecursos para iniciar as obras es-tão previstos para 2010.

Outra prioridade do Secre-tário é a reabilitação das Olimpí-adas Estudantis, que no passa-do tiveram muita força no muni-cípio. “Estamos tentando agen-dar uma reunião com todos oslíderes das escolas para definirquais as modalidades serão in-clusas no evento. Queremosainda este ano reabilitar estacompetição. Estamos projetan-do ela para os meses de setem-bro, outubro e novembro” co-

menta ele. O Secretário salientaainda que a competição abran-gerá tanto as escolas municipaise estaduais como os colégiosparticulares.

Ele diz que apesar da quedana arrecadação de tributos daprefeitura estar sendo significa-tiva para estes projetos saíremdo papel depende muito mais daboa vontade do que do dinhei-ro. “A prefeitura tem uma boaestrutura com ginásios e campospara a realização das competi-ções. Vamos gastar apenas coma arbitragem e premiações. Es-tas despesas estarão dentro doorçamento, com toda a certeza”,acrescenta o Secretário.

De acordo com Gava, ne-nhuma competição que estavasendo promovida na gestãoanterior deixará de existir. “Ocitadino de campo, o de futsal,o torneio de veteranos e a CopaNostra Itália fazem parte do ca-lendário municipal e tem suamanutenção garantida”, con-clui ele.

12 Jornal Integração da Serra | 30 de março de 2009

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ANO 8 | Nº 94 | MARÇO/ABRIL 2009 | WWW.INTEGRACAODASERRA.COM.BR | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O Clube SESC Maturidade Ati-va e o Lar da Caridade estão promo-vendo campanhas para a arrecada-ção de donativos para distribuiçãona próxima Páscoa. O MaturidadeAtiva vai fazer a doação ao Progra-ma Municipal para Pessoas comDeficiência (PROME). Segundo aconselheira do Clube, Andréia An-tonini, na semana que antecede aPáscoa serão entregues cerca de 100ovos de Páscoa para a entidade, querepassará a doação as famílias ca-dastradas no programa. O Lar daCaridade também contribuirá paraque a Páscoa de cerca de 400 crian-

Entidades preparam festa dePáscoa para crianças carentes

ças seja mais doce. No dia 5 de abril,às 14 horas, a entidade promove umevento para as crianças brincarem ese divertirem. Em torno de 90 volun-tários irão participar da festa, algunsdeles vestidos de coelho. No even-to também será explicado o verda-deiro sentido da data. “No meio datarde vai acontecer o momento maisesperado pelas crianças. Vamos ser-vir um bolo recheado, refrigerante edepois vamos entregar a cada um umacesta contendo um ovo e alguns do-ces”, comenta Erci Grapiglia, funda-dora do Lar da Caridade.

Erci diz que o volume de doa-

ções para a Páscoa não é tão intensoquanto o do Natal. “É muito irregular,em dezembro recebemos tanto mate-rial que estocamos porque sabemosque em janeiro e fevereiro vai faltar. Jápara a próxima Páscoa recebemos umvolume de doações bastante signifi-cante, mas ainda não é o suficiente”,acrescenta ela.

O SESC, situado na AvenidaCândido Costa no centro da cidade eo Lar da Caridade, que fica na Júlio deCastilhos, 856, em frente à empresaTegon Valenti, estão recebendo doa-ções de gomas, balas, pirulitos e do-ces em geral. As crianças agradecem.

Creio na vida ...* Tadeu Antônio Libardi

* Padre

Sempre é tempo de gritar: creio na Vida. Muito mais agora que é tempo de Vida e Ressurreição. Muito mais agora emque o outono se aproxima e as folhas se vestem com a cor da morte. Assim como um corpo ferido pela doença se torna um desejopermanente de Vida, o amarelo das folhas e o murchar das flores se tornam um grito de Vida no caminho da morte. Já cruzeidesertos e nunca senti tão forte em mim a ânsia de viver e de ver a Vida brotando da terra. Já senti sede e foi neste momento quemais desejei ter em minhas mãos um copo de água que me refizesse a Vida.

Creio na Vida. Mesmo rodeado pela morte. Mesmo vendo a destruição acontecendo em todos os lados e em todos osmomentos, creio na vitória da Vida. Tudo parece morrer, e eis que de repente, da morte surge a Vida. Tudo no universo setransforma. Nada permanece o mesmo. É sempre um rosto novo que renasce, como o filho que nasce da mãe, como a flor quenasce da terra, como o fruto que nasce da flor.

A morte já não existe. Ela é apenas um fato. Não é uma situação. É apenas um momento na Vida,não é um ponto de chegada. Para quem acredita na vida não lhe preocupa a brevidade dos dias e nem arapidez do tempo. O tempo preocupa para quem faz de sua Vida um caminho de morte. E é mentiraque a Vida seja breve. Nunca ela é breve. Ela é eterna. Não se nasce para morrer, mas se nasce para viver.O que acaba é o tempo e não a Vida. Dizem que as cigarras permanecem enterradas na terra dezesseteanos em forma de larvas para depois numa primavera qualquer, iniciar seu canto como símbolo de Vidae de Ressurreição. Quanta vida não está submersa e escondida em forma de morte!

Diante de tudo isso eu continuo dizendo: creio na Vida. Mesmo rodeado de sinais de morte quesão as doenças, os sofrimentos, a fome, as guerras, os ódios e tudo aquilo que é um instrumento denegação da Vida, mesmo assim eu creio que nisto tudo há um gérmen de Vida que com o tempodesabrochará em forma de saúde, de bondade, de alegria, de paz e de amor. Creio na vida, porque Deusé Vida e em tudo está Deus. E onde está a presença de Deus a morte já foi vencida. Portanto, a Páscoaé plena Vida, que Jesus Cristo nos mostrou com sua Ressurreição.

FELIZ PÁSCOA, POIS TODO O DIA É O DIA DA RENOVAÇÃO DA VIDA.

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Integração - Tem alguma possi-bilidade do depoimento sem danoschegar a Bento Gonçalves?

Meneses - Na verdade este de-poimento é oriundo do Porto Alegre,tenho impressão que eles estenderameste tipo de depoimento aos regionais.Para termos isso em Bento como tume perguntaste se tem possibilidade:tem. Mas eu acho muito difícil. Ateporque Bento não tem sequer umapromotoria da infância, um juizado dainfância. Tem o juizado da infância di-ríamos no nome, tem a juíza da infân-cia, no nome. Mas ela é juíza criminal.Pra se ter uma idéia tem três varas cí-veis e uma criminal em Bento. Há umatentativa de haver uma segunda varacriminal. O juizado da infância estávinculado a esta área criminal. A juízatem hoje 10.000 processos pra julgar epra fazer andar. Ela tem os processosda infância seja de adoção, seja de atoinfracional. Então para conseguirmostem uma estrutura em Bento no judici-ário teremos que percorrer um cami-nho bem longo porque não existe estapreocupação por parte do judiciáriode ter esta estrutura. Eu não estou fa-zendo uma crítica, só estou consta-tando. O que a gente poderia fazereventualmente é mandar uma preca-tória para Caxias do Sul para que aspessoas dependendo da situação fos-sem para lá. Por enquanto elas sãoouvidas daqui em depoimento normal,na presença do juiz e do promotor pu-blico.

Integração - Que valores que es-tão faltando para nortear a sociedadecontemporânea ocidental?

Meneses - Nós temos uma per-da absoluta da religiosidade e de ati-tudes que no passado eram uma ques-tão de respeito. Antigamente o juizentrava na sala e os advogados e to-dos os presentes se levantavam. issoa gente ainda vê nos filmes america-nos, é uma questão cultural. É precisose levantar para um juiz? Não somostodos iguais perante a lei? Mas não éessa a questão. A questão é que va-mos abandonando alguns preceitosque antigamente existiam, a gente vaifacilitando para que essa bola de nevevá aumentando.

Integração - Então você acredi-ta que chagas sociais como a droga-dição infantil, entre outras, estão rela-cionadas à falta de respeito e de religi-osidade?

Meneses - Eu penso que sim. Agente foi fazendo com que essas ques-tões culturais fossem deixadas de lado.Vou te dar um exemplo. Eu tive umproblema, que alias está em andamen-to. Um processo, em função da ques-tão do presídio. Onde colocar o presí-dio em Bento? Hoje nos temos umaação civil pública porque foi determi-nado que ele vai ser construído emSão Pedro. Por que ação civil públi-ca? Não precisa do presídio? As pes-soas ali não estão vivendo no subu-mano? Eu não tenho duvida disso.Mas então por que impedir a constru-ção do novo presídio? Por uma ques-tão de defesa do patrimônio públicocultural. No sentido daquilo que veioda Itália, no sentido da construção quenossos antepassados deixaram. En-

tão tudo isso eu intitulo como cultu-ral, inclusive a religiosidade. Porquese a gente for buscar no passado ita-liano a religiosidade estava presenteem tudo. Trazia junto dela o respeitoaos pais, que era aquela questão deque bastava olhar, não precisava fa-lar. O respeito que passou a ser nãotirar mais o boné na frente de algumaautoridade. Quando eu comecei emLagoa Vermelha não entrava uma pes-soa na minha sala sem retirar o cha-péu, e dizendo com licença.Tudo isso foi se perdendo. Nasescolas são comuns os enfren-tamentos por parte dos estu-dantes. Esse enfrentamento éfruto de uma falta de respeito.Daí, como um todo, alguém vaidizer a família abandonou? É, afamília abandonou, mas todos nóstambém abandonamos. Até o profes-sor, quando só faz o que precisa fa-zer, pode estar contribuindo para essaperda de valores.

Integração - A perda dos valo-res está refletindo no comportamentoda sociedade?

Meneses – Exatamente. Ai o ca-minho é a droga, a violência nas rela-ções humanas. Quando se fala em vi-olência, me refiro a uma violência atésimbólica que representa a figura deuma autoridade frente aos demais.Isso pode caracterizar uma espécie deviolência. Eu tenho mestrado em edu-cação na UFRGS vinculado a ques-tão sócio educativa do adolescenteinfrator. Esse estudo mostrou o cultoa paz como o melhor caminho para aresolução não violenta de conflitos.A associação que eu impulsionei paraque fosse criada, que é a EDUCARE,tem essa cultura de paz nas escolas ena sociedade em geral.

Integração - A tendência é dasentidades trabalharem para suprir es-sas carências familiares?

Meneses - Quando se diz que afamília abandonou nós temos que tra-balhar com a realidade. A realidade éessa e ela não vai ser diferente. Se nósnão tivermos um programa na políticapública de inserção familiar, a famíliavai ser essa e daí pra pior. Então qual éa idéia. A escola vai dizer: a famíliaabandonou, é fruto da família, ponto.O que nos vamos fazer a partir de ago-ra?

Integração - O que tem de serfeito para termos uma sociedade me-lhor?

Meneses - Temos que trabalharem rede. Eu não posso fazer um proje-to sozinho na minha escola ou nomeu segmento, seja ele qual for, pen-sando que eu estou isolado do restodo mundo. A realidade da rua é dife-rente de qualquer projeto que se esta-beleça. Tem que ter uma amarraçãopra saber, por exemplo, que o aluno

que está na minha escola está tendoum tipo de atendimento. Quando elesair daqui na parte da tarde onde vaiestar? Quando a gente pensa nasescolas, tem que pensar também nasassociações de bairros, na igreja, éuma proposta de trabalho em rede. É aúnica forma que vejo. Sem ser assim arealidade é essa e ela tende a piorar.Temos que trabalhar com a preven-ção. É isso que se propõe com a jun-ção das entidades, prevenir, emboraseja necessária também a punição.

Integração – A promotoria tam-bém é responsável pelo urbanismo.Qual é o cenário nesta questão?

Meneses - Temos um grave pro-blema em Bento que é o cresci-mento desordenado e estou fa-lando de 11 anos que trabalho eresido no município. E aí passapela omissão, e isso não é nenhu-ma crítica a ninguém, mas simcomo um todo aos poderes públi-cos. Nós temos vários loteamen-tos irregulares, pessoas que es-tão morando em suas casas e quenunca vão ter o direito da propri-edade. Porque o loteamento exis-te de fato, mas juridicamente elenão tem como existir. Nós traba-lhamos para que possam ser fei-tas as regularizações destes lote-amentos. E quando o loteamentoé irregular, ele esta irregular porquê? Porque não tem aprovaçãodo órgão do município, não tem osaneamento básico. Pode estarlargando seus dejetos na beira doriacho. Essas irregularidades com-

prometem o planejamento civil e ur-bano.

Integração - A discussão sobrea questão da mobilidade no municí-pio é decorrente de quê?

Meneses - Falta de planejamen-to. A frota tem aumentado demais enós não temos um espaço físico prafluir. Embora não seja da minha épo-ca, soube de um projeto para a cons-trução de uma elevada sobre a rua 13de maio que atingiria o centro da cida-de nos fundos da escola Bento. Essaseria uma forma também de canalizaro fluxo de veículos do centro paraeste lado, que é uma das saídas dacidade. O projeto nunca saiu do pa-pel. Não sei se foram razões financei-ras ou políticas, não sei nem se seriaviável isso, mas alguém pensou nes-sa solução, alguém previu essa situ-ação.

Integração - E o plano diretor?Meneses - Gerando polêmicas.

Recentemente houve alterações noplano relativas ao bairro São Bento.Está sendo edificado um prédio quevai ter 14 andares. Esse inquérito civiltramitou aqui por quê? Houve recla-mações pela alteração do índice. An-tes poderiam ser edificados apenasdois andares e agora foi mudadopara14. A questão aí é a seguinte: háum processo de formação de uma lei.

O executivo remete um projeto delei ao legislativo, ele analisa apro-va ou rejeita, volta para o executi-vo sancionar ou vetar, quer dizer,isso é um processo administrati-vo. O que faz o promotor? Ele ana-lisa no inquérito civil se o proces-so administrativo foi regular. O le-

gislativo é o representante do povo, éele que tem que ver se atinge o inte-resse comunitário ou qualquer outrotipo de interesse. O promotor faz todauma verificação na questão de urba-nismo pra ver se há uma irregularida-de nesse processo. Se ele conclui pelalegalidade, arquiva o processo. Por-que a responsabilidade é do legislati-vo e do executivo.

Integração - E o patrimônio his-tórico?

Meneses - É uma questão cultu-ral. Aqui perto do fórum vai ser cons-truído um prédio em que a fachadavai preservar algumas característicashistóricas. No caso do novo presí-

DE BENTO GONÇALVES SOB O PONTO DE VISTA DA PROMOTORIAaudiências públicas voltadas a assuntos de interesse comunitário

dio, previsto para ser construído nodistrito de São Pedro, existe um pa-trimônio, ainda não tombado, mas emprocesso de tombamento. É cultural,não entra no mérito ter um edifício,uma casa, um presídio, não é essa aquestão. A questão é saber o que re-almente a gente quer preservar. Senada disso for importante, pois bem.Cada um constrói o que quiser, e aí orisco que se corre e que daqui a umtempo a gente se dê conta da perdasem ter como voltar atrás.

Integração - Com base nas áreasde abrangência da promotoria, queapelos fazes às comunidades de Ben-to Gonçalves, Santa Tereza e MonteBelo do Sul?

Meneses – Que tenham maisespírito comunitário. Quando sepropõe uma audiência pública, queé o momento da comunidade falar,a participação é mínima. A comu-nidade como um todo se respon-sabiliza pelo seu voto. Ela pensa,bom, eu elegi quem me representee a partir daí eu não me envolvo.Só que quem os representa, as ve-zes pode ter prioridade em atenderoutras demandas públicas que nãosó a comunitária. Tem que ir nasconsultas de orçamento, nas au-diências, porque a drogadição éum problema de dentro. Se a gentefaz uma audiência pública sobre ouso de drogas, as pessoas pensamque é um problema do vizinho. Naminha casa nunca vai acontecer, eaí eu não me envolvo. Não esta-mos vivendo em uma comunida-de, não é essa comum unidade quetodo mundo imagina. Em Bento eugostaria de ver a comunidade umpouco mais envolvida, mais orga-nizada. Penso que associações debairros são responsáveis por isso,elas ocupam pontos fundamentais.Outras associações esportivas oude educação podem fazer o traba-lho em rede, que é o que falta. Fi-cam poucos abnegados trabalhan-do e não conseguimos dar a res-posta porque nosso exército é pe-queno. Por que o crime é chamadode crime organizado? Esse é umconfronto desleal, o crime organi-zado contra uma sociedade desor-ganizada. Falta isso, perdemos umpouco dos valores e entre eles estevalor comunitário.

“Porque o crime é chamado de crimeorganizado? Esse é um confronto

desleal, o crime organizado contrauma sociedade desorganizada”

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ESPORTIVO1950

Alaor Rodrigues

Em pé: Carlos, Guedes, Orlando Tomedi,Luciano (o feio), Tremea, Alemão e Picolé(Piccoli). Agachados: Dominguinhos, HeitorMartins, Gim Silva, Nélson e Adãozinho.

(22-10-1919 primeiraformação do esportivo)

• Paquetti • D”Arrigo • Enricone I•Romanzini • Turcatto • Enricone II •

Trindade • Valdemar • Alindo •Valenti • Butignol

RESGATE HISTÓRICO

ESPORTIVO1919

Arquivo Luís Gustavo Giovanella