Elaboração e Análise de Projetos - Prof. Roberto César · Um projeto é capaz de produzir de 77...
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Elaboração e Análise de Projetos
Professor: Roberto César
Engenharia, Tamanho e Localização
Tem por objetivo definir e especificar os elementos que
compõe os sistemas que constituem o projeto, e suas relações de
forma detalhada e precisa, de forma que torne claro e possível o seu
funcionamento.
ENGENHARIA DO PROJETO
Fase de Estudos
Estudos Preliminares
Projetos Básicos
Projetos Complementares
Fase de Montagem
Fase dos Ajustes
FASES DA ENGENHARIA DO PROJETO
TAMANHO DO PROJETO
O tamanho de um projeto tem relação direta com o mercado,
localização, engenharia do produto e fontes de financiamento.
Indicadores de Tamanho:
Faturamento.
Numero de Operários.
Tamanho Físico.
Volume produzido.
Consumo de insumos.
O objetivo é determinar o tamanho ótimo do projeto, que se
dá em função das opções de escolhas e das restrições.
Em uma economia dinâmica deve-se levar sempre em
consideração:
Quantidade produzida.
Preços.
Taxas.
TAMANHO ÓTIMO
NÍVEL DE UTILIZAÇÃO
Capacidade de Produção (Cap. Nominal - Cn)
Capacidade Utilizada (Cap. Efetiva - Ce)
Nível de Utilização (Nu)
100Cn
Ce Nu x
Relação entre os projetos e os custos.
• Custo Fixo.
• Custo Variável.
• Custo Total.
• Custo Médio.
• Economia de Escala.
TAMANHO E CUSTO
• Mercado
• Tecnologia
• Localização
• Financiamento
• Disponibilidade de insumos e Mão de Obra.
LIMITAÇÕES DO TAMANHO DO PROJETO
Limites (Superior e Inferior).
Holanda(1983) apud Sandes (2013), diz que consideradas diferentes alternativas de utilização de capacidade, pode-se levantar o custo total mínimo por nível de utilização (Ctnu) do projeto. Sendo os custos fixos de R$ 5.000,00 por unidade de tempo, e o custo variável por unidade produzida de R$ 2,00, o seu custo total por nível de utilização da capacidade instalada pode ser representado pela seguinte função.
TAMANHO DE UM PROJETO
CVx
CFt- CTnu
2
2x
500- CTnu
2 2
x
500- 0
2 50 x
DEMONSTRAÇÃO
Produção/ nível
CF/x CVx CTx
48 104,17 96 200,17
49 102,04 98 200,04
50 100 100 200
51 98,04 102 200,04
52 96,15 104 200,15
Exercício
Um projeto é capaz de produzir de 77 mil a 83 mil unidades de um produto por mês. O seu custo fixo mensal é de R$ 64.000,00 , enquanto os seus custos variáveis médios são de R$ 10,00/mil unidades produzidas. Pede-se:
a) Determine o tamanho ótimo do projeto, pelo método do custo mínimo por nível de utilização da capacidade instalada.
b) Demonstre.
CVx
CFt- CTnu
2
Encontrar a localização ideal não é algo fácil, o empresário
deve optar pela localização que corresponda a um lucro maior para o
projeto, num prazo compatível com a vida útil da empresa no local, e
até mesmo a relação custo/benefício.
A dificuldade de se escolher a localização está na quantidade
de fatores envolvidos.
LOCALIZAÇÃO
LOCALIZAÇÃO E INVESTIMENTOS
Entradas
Processo
Saídas
Custos de aquisição
Custos de transformação
Custos de Distribuição
Um laticínio tem capacidade produtiva de 17 toneladas, as vendas previstas são de 3 t para Jaíba, 2 t para Mato Verde, 5 t para Porteirinha e 7 t para Janaúba. O custo de transporte é de R$ 3,00 por Km para matéria prima e de R$ 2,00 por Km para o produto acabado. Os demais custos são R$ 100.000,00 para insumos diversos e R$ 140.000 de mão de obra com exceção da cidade de janaúba onde o custo com mão de obra é R$ 180.000,00
EXERCÍCIO - LOCALIZAÇÃO
Qual a localização ideal pelo critério de custos?
É uma ferramenta utilizada na definição da localização mais
adequada para o projeto, em função das coordenadas geográficas das
opções encontradas. Por este método calcula-se as coordenadas
(latitude e Longitude) ideal para a localização de um projeto.
MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE
MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE
Vi
Vi) . (Xi Cx
Vi
Vi) . (Yi Cy
Onde: Cx = longitude média Cy = latitude média Xi = coordenadas de longitude yi = coordenadas de latitude Vi = volume de produto por posição geográfica
MONTES CLAROS
A figura anterior mostra parte do Mapa de Montes Claros pelo
Google Earth. O estudo de mercado de um projeto para distribuição de
mercadorias, a ser implantado nessa cidade, demonstrou que os
produtos nele previstos têm demanda potencial em oito grandes
regiões, a tabela a seguir mostra estas regiões sua posição geográfica
(latitude e longitude) e sua demanda.
LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE
LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE
Bairro Latitude Longitude Demanda
(mil Unidades)
Latitude x Demanda
Longitude x Demanda
Ibituruna -16,729266 -43,891320 1,20 -20,0751192 -52,669584
Major Prates -16,751558 -43,880290 3,20 -53,6049856 -140,416928
Dr. João Alves -16,750959 -43,849317 1,50 -25,1264385 -65,773976
Jardim Palmeiras -16,734703 -43,842200 2,90 -48,5306387 -127,142380
São José -16,721439 -43,856521 1,90 -31,7707341 -83,327390
Independência -16,713438 -43,812096 1,40 -23,3988132 -61,336934
Planalto -16,697946 -43,836072 1,15 -19,2026379 -50,411483
Eldorado -16,685596 -43,878090 0,90 -15,0170364 -39,490281
14,15 -236,726404 -620,568956
LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE
Vi
Vi) . (Xi Cy
Vi
Vi) . (Yi Cx
15,14
726404,236 Cy
15,14
568956,620 Cy
43,856463 Cy 16,729781 Cy
Latitude Longitude
LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE
É etapa posterior a:
• Megalocalização ⇔ Escolha do País ou Estado
• Macrolocalização ⇔Escolha da Região ou Cidade
É etapa que antecede a:
• Localização de Departamentos ⇔Projeto do Edifício
• Localização do Processo ⇔Arranjo físico de equipamentos e móveis
ESCOLHA DO TERRENO
Lei de Uso e Ocupação do Solo ⇒peculiar a cada cidade :
• Área mínima dos terrenos
• Ocupação máxima da área
• Recuo e altura dos edifícios
• Tipo de negócio que pode ser implantado
Área mínima recomendada ⇔Área de Edificação inicial
TAMANHO DO TERRENO PARA O PROJETO
1 – Estabelecer e classificar características do terreno
2 – Desenvolver alternativas
3 – Comparar alternativas com características do terreno
4 – Avaliar adversidades das melhores alternativas
FASES DA ESCOLHA DO TERRENO
ESCOLHA DO TERRENO
FASE 1 – Estabelecer e classificar características do terreno:
1.1- Tamanho do terreno:
⇒Mínimo para a Lei de Uso e Ocupação do Solo
⇒Porte do empreendimento e área de edificação inicial
1.2- Dimensões e topografia:
⇒Formato do terreno
⇒Frente do terreno
⇒Nível do terreno
⇒Solo firme e seco, livre de enchentes e deslizamentos
⇒Livre de cabos aéreos, tubulações e outras obstruções
ESCOLHA DO TERRENO
1.3- Acessibilidade (em função da atividade):
⇒Estacionamento facilitado
⇒Proximidade de avenidas ou ruas principais
⇒Área para carga e descarga
1.4- Planos rodoviários:
⇒Planos diretores federais, estaduais ou municipais
⇒Restrições atuais e futuras
1.5- Disponibilidade de serviços públicos:
⇒Energia elétrica, água e esgoto, telefonia, coleta de lixo
⇒Planos futuros para esses serviços
ESCOLHA DO TERRENO
1.6- Zoneamento e restrições ao Código de Obras:
⇒Classificação da zona (mista é a ideal)
⇒Restrições a tipo de atividade, tipo de prédio, etc.
1.7- Ambiente comercial:
⇒Apropriado ao tipo de trabalho
⇒Bom para o desenvolvimento da atividade
⇒Boa vizinhança
⇒Existência de transporte coletivo
⇒Outros serviços comunitários
TIPOS DE CARACTERÍSTICAS DO TERRENO
Em função do projeto, as características do terreno podem ser:
Indispensáveis – mensuráveis numericamente ou não mas que, em
ambos os casos, determinam limites que não podem ser transgredidos
por nenhuma das alternativas.
Desejáveis – que referem-se a vantagens e desvantagens relativas
entre as alternativas.
• Escala de pesos (numérica) para as características do terreno.
ESCOLHA DO TERRENO
FASE 2 – Desenvolver alternativas:
Consiste na coleta de informações precisas, completas e atualizadas, a
fim de se optar pela melhor alternativa. Essas informações podem ser
obtidas em fontes:
Primárias – ou no próprio local dos terrenos alternativos
Secundárias – imobiliárias, câmaras de comércio, associações de classe, prefeituras, etc.
ESCOLHA DO TERRENO
FASE 3 – Comparar as alternativas com as características do terreno
do terreno desejado:
3.1- Avaliação das características indispensáveis:
Conceito PASSA – se a alternativa satisfaz todos os padrões de análise.
Conceito NÃO PASSA – se o contrário ocorrer.
ESCOLHA DO TERRENO
3.2- Avaliação das características desejáveis:
Feita somente para as alternativas que satisfizerem as características
indispensáveis.
• Pontuação das características pelo uso de escala numérica, sendo
atribuídas notas de 0 a 10.
• Multiplicação dos pesos (importância) de cada característica
descritos na Fase 1, pelas notas atribuídas nesta fase, a fim de
obter-se nota ponderada para característica.
• Apuração das notas totais ponderadas de cada alternativa.
ESCOLHA DO TERRENO
FASE 4 – Avaliar adversidades das melhores alternativas:
Nesta fase as melhores alternativas são submetidas a testes de
situações adversas. Duas circunstâncias devem ser consideradas:
• O número de conseqüências adversas identificadas para cada
alternativa.
• O grau de ameaça associado a cada uma das alternativas
(Probabilidade X Seriedade) .
ESCOLHA DO TERRENO
SIT ACESSIBILIDADE E VISIBILIDADE NOTA
1 Na via principal e muito bem visível 10
2 Na via principal e bem visível 9
3 Na via principal e visível 8
4 Na via principal e pouco visível 7
5 Na via secundária e muito bem visível 6
6 Na via secundária e bem visível 5
7 Na via secundária e visível 4
8 Na via secundária e pouco visível 3
9 Fora da zona urbana e com aglomerado residencial 2
10 Fora da zona urbana e sem aglomerado residencial 1
ESCOLHA DO TERRENO
SIT TOPOGRAFIA E RISCOS DE DESLIZAMENTOS NOTA
1 Plano e sem risco aparente de deslizamentos 10
2 Plano e com baixo risco aparente de deslizamentos 9
3 Plano e com médio risco aparente de deslizamentos 8
4 Plano e com alto risco aparente de deslizamentos 7
5 Ondulado e sem risco aparente de deslizamentos 6
6 Ondulado e com baixo risco aparente de deslizamentos 5
7 Ondulado e com médio risco aparente de deslizamentos 4
8 Ondulado e com alto risco aparente de deslizamentos 3
9 Acidentado e com médio risco de deslizamentos 2
10 Acidentado e com alto risco aparente de deslizamentos 1
ESCOLHA DO TERRENO
SIT TOPOGRAFIA E RISCOS DE DESLIZAMENTOS NOTA
1 Plano e sem risco aparente de deslizamentos 10
2 Plano e com baixo risco aparente de deslizamentos 9
3 Plano e com médio risco aparente de deslizamentos 8
4 Plano e com alto risco aparente de deslizamentos 7
5 Ondulado e sem risco aparente de deslizamentos 6
6 Ondulado e com baixo risco aparente de deslizamentos 5
7 Ondulado e com médio risco aparente de deslizamentos 4
8 Ondulado e com alto risco aparente de deslizamentos 3
9 Acidentado e com médio risco de deslizamentos 2
10 Acidentado e com alto risco aparente de deslizamentos 1
ESCOLHA DO TERRENO
Vários outros itens deverão ser analisados, sempre levando
em conta a importância para o projeto. Itens como:
- Disponibilidade de energia elétrica
- Disponibilidade de água
- Disponibilidade de esgoto
- Existência de obstruções (cabos aéreos, tubulações
Subterrâneas, valetas, etc.)
- Dentre outros.
Usiminas
O custo estimado U$ 238 milhões
O custo efetivo U$ 225 milhões
Foi gasto mais de U$ 60 milhões para se construir uma cidade para os
trabalhadores, porque o local escolhido não era habitado.
ERROS DE LOCALIZAÇÃO
Cosipa
O custo estimado U$ 151,5 milhões
O custo efetivo U$ 299 milhões
Aumento do gasto da construção civil de U$ 103 milhões para U$ 190,
pois parte do terreno era área de mangue.
ERROS DE LOCALIZAÇÃO
Bibliografia
CASAROTTO FILHO, N. Projeto de negócio: estratégias, estudo de viabilidade e plano de negócio. São Paulo: Atlas, 2009.
COHEN, E., FRANCO, R. Avaliação de projetos sociais. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
CLEMENTE, Ademir. Projetos Empresariais e Públicos. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008
FONSECA, José W. F. da. Elaboração e Análise de Projetos: a viabilidade econômico-financeira. São Paulo: Atlas, 2012.
HOLANDA, N. Planejamento e projeto. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 1983.
MATHIAS, W. F., WOILER, S. Projetos: planejamento, elaboração e análise. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SANDES, Reinaldo. Elaboração e Análise de Projetos. Slides utilizados em sala de aula; Montes Claros-MG: Unimontes, 2013.
WOILER, Sansão; MATHIAS, Washington Franco. Projetos: planejamento, elaboração, análise. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.