EJA Tempo Formativo Juvenil

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Superintendncia de Educao Bsica Diretoria de Educao Bsica Coordenao de Educao de Jovens Adultos

EDUCAO DE JOVENS E ADULTOSTEMPO FORMATIVO JUVENIL

Democratizao e efetividade do processo educacional Quem so os sujeitos juvenis? Porque esto na EJA? Que significado esta oferta assume em uma sociedade que se pretende globalizada e ps-moderna? Quais as verdadeiras possibilidades que so oferecidas aos educandos juvenis na sociedade da informao?

Referncia LegalResoluo CNE/CEB N 3 de 15 de junho de 2010 Art. 5 .... Obedecidos o disposto no artigo 4, incisos I e VII, da Lei n 9.394/96 (LDB) e a regra da prioridade para o atendimento da escolarizao obrigatria, ser considerada idade mnima para os cursos de EJA e para a realizao de exames de concluso de EJA do Ensino Fundamental a de 15 (quinze) anos completos.

Referncia LegalResoluo CNE/CEB N 3 de 15 de junho de 2010 Art. 5 .... II - incentivar e apoiar as redes e sistemas de ensino a estabelecerem, de forma colaborativa, poltica prpria para o atendimento dos estudantes adolescentes de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, garantindo a utilizao de mecanismos especficos para esse tipo de alunado que considerem suas potencialidades, necessidades, expectativas em relao vida, s culturas juvenis e ao mundo do trabalho, tal como prev o artigo 37 da Lei n 9.394/96, Inclusive com programas de acelerao da aprendizagem, quando necessrio.

Referncia LegalPortaria SEC N 8.392/2010 Art. 1 .... 4 - A idade mnima para matrcula na educao de jovens e adultos de 15 (quinze) anos completos para o ensino fundamental e 18 (dezoito) anos completos para o ensino mdio, salvaguardando a recomendao do Conselho Nacional de Educao sobre a poltica prpria para o atendimento dos estudantes adolescentes de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos.

Garantia do DireitoEstatuto da Criana e do Adolescente (ECA) Art. 3 A criana e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, em condies de liberdade e de dignidade.

Garantia do DireitoA Educao de Jovens e Adultos deve levar em conta as formas de vida, cultura e sobrevivncia dos estudantes populares, principais destinatrios dessa de educao. Dever, ento, ser orientada pelos iderios da Educao Popular: formao tcnica, poltica e social

Garantia do DireitoCurrculo pautado numa pedagogia crtica que considera a educao como dever poltico, como espao e tempo propcio a emancipao dos educandos juvenis e formao da conscincia crtico-reflexiva e autnoma.

o acesso ao Conhecimento, Riqueza Cultural, Diversidade e Conscincia Corporal que devemos assegurar aos educandos(as) adolescentes

So sujeitos adolescentesMeninos e meninas que lutam pela sobrevivncia nas Cidades ou nos Campos. Em sua maior parte so negros e negras. So filhos de famlias pobres moradores/moradoras de localidades populares que convivem cotidianamente com as formas mais perversas de marginalizao e discriminao social e racial. Muitos j esto inseridos precocemente no mercado informal vinculado ao comrcio e setor domstico

Sujeitos adolescentesUma parte deste coletivo j assume a condio de me e de pai e como sujeito ativo exerce o papel de protagonista capaz de intervir na histria, reconhecendo-se como autor e ator social que aprende em diferentes espaos (famlia, igreja, cidade, rua , escola, movimentos sociais e artsticos etc.) So parte da diversidade e vivem cultura e conhecimento. produzindo

Sujeitos adolescentesNo cenrio educacional configuram-se enquanto queles que j tiveram passagens anteriores pela escola ou ainda queles que no conseguiram acompanhar e/ou concluir o Ensino Fundamental, evadindo da escola pelas condies de sobrevivncia da famlia marcada por histrias margeadas pela excluso por raa/etnia, gnero, orientao sexual, de opresso etc.

Pressupostos Terico - Metodolgicos Protagonismo: educao, formao e desenvolvimento humano; Valorizao do repertrio de vida Formao humana: aprendizagem ; especificidade do processo de

Currculo que contemple a diversidade; Metodologia adequada:

problematizao das questes sociais tempo pedaggico especfico acompanhamento do percurso formativo

Estrutura CurricularAssegurar a superao do pensar e do fazer pedaggico organizado por disciplinas. Faz-se preciso reformar o nosso pensamento para que possamos formar os sujeitos no mais por disciplinas, mas sim por reas do conhecimento, as quais devem dar conta de explicar as questes sociais. Assim, caber aos educadores o pensar/planejar coletivo.

Estrutura Curricular

Objetivamos, ento: A construo coletiva de uma Proposta especfica para adolescentes de 15 a 17 anos; A elaborao de uma Proposta Curricular organizada em aprendizagens por Tempos Formativos, Eixos temticos e Temas Geradores.

Modelo CurricularTempo Formativo Juvenil IEixos Temticos Durao Temas Geradores O Jeito de Ser e Conviver do Adolescente Namoro e Amizade: construindo a afetividade na adolescncia Famlia, Adolescncia e o projeto de vida Escola: que espao esse? O(a) Adolescente frente a diversidade ( gnero, raa/etnia, gerao, orientao sexual etc.) A Religiosidade na fase da adolescncia Manifestaes Culturais Populares: do espao rural ao espao urbano Tribos: uma forma de identidade coletiva juvenil Durao reas do Conhecimento

I Identidade e Cultura

1 ms

1 ano

Linguagens (Lngua Portuguesa e Artes); Matemtica; Estudo da Natureza e da Sociedade.

II Sade e Meio Ambiente

1 ano

Ser Planetrio: O adolescente como cidado do mundo Cultura Corporal e Comportamento Juvenil O(a) Adolescente e o Direito Vida Drogas Lcitas e Ilcitas: o que o(a) o adolescente pensa sobre isso? Atitudes Juvenis em Defesa do Meio Ambiente Como Viver a Sexualidade na Adolescncia? O Planeta Terra: a casa das futuras geraes Sade e Condies de Vida do Sujeito Juvenil

1 ms

Linguagens (Lngua Portuguesa e Artes); Matemtica; Estudo da Natureza e da Sociedade.

Tempo Formativo Juvenil II

Eixos Temticos

Durao

Temas Geradores A Sociedade que Temos e a Sociedade que Queremos O Adolescente e a Escola: tecendo o ser e o saber O Apelo ao Consumo e a Reao do(a) Adolescente Gerao Digital: os adolescentes e o uso das tecnologias A Convivncia Social na Adolescncia O(a) Adolescente e a Experincia de Trabalho O Adolescente e o Trabalho Informal A Famlia como Primeiro Espao de Formao Social

Durao

reas do Conhecimento

III Sociedade e Trabalho

1 ano

1 ms

Linguagens (Lngua Portuguesa, Artes e Lngua Estrangeira) Matemtica; Estudo da Natureza e da Sociedade.

IV Cidadania e Movimentos Sociais

1 ano

O Estatuto da Criana e do Adolescente e a Garantia de Direitos Os Movimentos Juvenis e a Prtica da Cidadania Polticas Pblicas Juvenis: Conhecendo o Plano Estadual de Juventude O Grmio Estudantil: exercendo a cidadania no espao escolar Protagonismo Juvenil e a Construo da Cidadania Sociedade Democrtica e Participao Poltica Juvenil A presena Juvenil nos Movimentos Sociais Liderana Juvenil: um jeito prprio de agir na sociedade

1 ms

Linguagens (Lngua Portuguesa, Artes e Lngua Estrangeira) Matemtica; Estudo da Natureza e da Sociedade.

Matriz Curricular

Resultado do processo ensino - aprendizagemTEMPO FORMATIVO JUVENIL IASPECTOS COGNITIVOS AC1 AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 nvel de oralidade nvel de leitura nvel de escrita grau de criticidade sistematizao dos conhecimentos estudados uso dos saberes escolares no cotidiano da comunidade

ASPECTOS SCIO-FORMATIVOS SF1 abertura para a interao no grupo SF2 relao de respeito ao outro SF3 disposio para a cooperao em grupo SF4 sensibilidade para a escuta do outro SF5 uso do dilogo na construo da aprendizagem SF6 disposio para liderana

Resultado do processo ensino - aprendizagemTEMPO FORMATIVO JUVENIL IIASPECTOS COGNITIVOS: AC1 nvel de discusso dos temas AC2 argumentao e defesa das idias AC3 produo oral/sinalizada AC4 produo escrita AC5 posicionamento crtico AC6 interpretao e sistematizao dos conhecimentos estudados AC7 grau de inter-relao entre os saberes da vida e os saberes da escola ASPECTOS SCIO-FORMATIVOS: SF1 disposio para a construo coletiva das atividades SF2 convivncia com as diferenas SF3 responsabilidade com o outro SF4 abertura para o dilogo na construo da aprendizagem SF5 uso dos conhecimentos escolares na vida cotidiana SF6 disposio para liderana