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    Prticas e Tecnologias da Informao e Comunicao

    E-flio A

    Alexandre Manuel Azevedo de Oliveira, CPS3, Turma 8, n 1004628, Universidade Aberta, 2010

    O QUE DEFINE O OBJECTO DA TICA?

    Se entendermos a tica como uma cincia, no sentido positivista, tem um objecto deestudo. Em termos latos todas as cincias tm como objecto de estudo o universo.Enquanto a Qumica a qumica o estuda nas suas constituio material, a Fsica o estudana relao funcional, a Biologia nos aspectos relacionados com a vida, a tica estuda ocomportamento humano. A tica e a Esttica eram consideradas em Filosofia clssicacomo disciplinas internas do Bem e do Belo. A perspectiva da tica como uma cincia emsi com a Moral como objecto uma abordagem diversa. Esta perspectiva contrariadapor Arajo (1992) que diz que, para que seja considerada uma cincia, seria necessrioque se regesse por uma objectividade que permitisse uma teorizao universal dosobjectos estudados como a Moral. , para alguns autores (G. E. Moore, Moritz Schlick,Ludwig Wittgenstein, Rudolp Carnap e A. J. Ayer in Dias, 2004, p.4), claro que asubjectividade do deve ser afastam a tica em si da objectgividade necessria a sercincia, mas as cincias sociais que estudam as relaes humanas ajudam-na a teorizare reflectir.

    A tica difere da Moral, debrua-se sobre ela observando-a. A Moral o conjunto decomportamentos sociais e apesar de poder ser estudada pela tica tem origem fora dela(Dias, 2004, p.2). No , portanto, gerada pela tica mas pode ser por esta teorizada,reflectida e enquadrada. A noo do Bem filosfico definido no campo universal da ticano se reflecte muitas vezes no Bom da moral. A exemplo disto se apresenta a fraude,que no sentido tico entendido como estado errado, ou seja no estando de acordo

    com o Bom, e isso universalmente aceite. Mas na operacionalizao Moral, o estudoapresentado (OLT, 2002) mostra que o comportamento reflecte mais o Bom, numcontexto social de risco e benefcio, que o Bem.

    A tica, no sendo uma cincia no sentido positivista, a base terica de uma reflecoracional e objectiva sobre a Moral. Pode compreender o enquadramento em que oscomportamentos morais surgem, enquadrando-os com o auxilio das cincias sociais queinvestigam as relaes humanas. distinta da Moral por ser terica e universal, regidapor princpios fundamentais que so universalmente aceites. Alguns comportamentos que

    vo contra a tica, so operacionalizados numa Moral contagiada por valores ambientaisque pervertem o Bem (filosfico) a favor do Bom (resultado prtico). assim lcito

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    entender o comportamento dos estudantes que recorrendo fraude falseiam osresultados acadmicos. A noo de que no est bem no supera a noo de que bom. bom porque os resultados finais so de acordo com o esperado socialmente e, a largamaioria das vezes h uma total impunidade para este comportamento (Kleiner e Lord). A

    existncia de uma Moral prtica em que se mobilizam factores sociais que possa serreflectida no suporte terico de uma tica axial e universalmente aceite, explica aperspectiva dos autores de forma lgica sustentada.

    Referncias Bibliogrficas

    DIAS, J. M. de Barros, O Objecto da tica, Universidade Aberta, 2004

    OLT, Melissa R.; excerto de Ethics and Distance Education: Strategies for MinimizingAcademic Dishonesty in Online Assessment, (trad. Antnio Teixeira) in Online Journal of Distance Learning Administration, Volume III, n V, Outono 2002, State University of West Georgia, Distance Education Center.