efervescencia da realizacao dos congressos mundiais

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1 Efervescências da Realização dos Congressos Mundiais 1. Sentimento das Efervescências 2. Efervescência dos Sentimentos 3. Razões da Realização 4. Realização da Razão 5. Congressos 6. Mundiais 7. A Representação do Passado 8. Presente é o que é Dado 9. Representantes do Futuro 10. Todos e Cada Um Vitória, 17 de agosto de 2009. José Augusto Gava.

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uma proposta de reunir todos os seres humanos numa vasta discussaosobre de onde viemos, do que somos e para onde desejamos ir

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Efervescências da Realização dos Congressos

Mundiais

1. Sentimento das Efervescências 2. Efervescência dos Sentimentos

3. Razões da Realização 4. Realização da Razão

5. Congressos 6. Mundiais

7. A Representação do Passado 8. Presente é o que é Dado 9. Representantes do Futuro

10. Todos e Cada Um

Vitória, 17 de agosto de 2009. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Sentimento das Efervescências

Como ficou posto nos critérios do Congresso de

Oslo para as mulheres, no Congresso da Saúde e em todas as sugestões precisamos deles para globalizar verdadeiramente.

De quantos congressos estamos falando? CONGRESSOS DO CONHECIMENTO

1. Congresso de Magia;

(só aqui são 9 superreuniões)

2. Congresso de Arte; 3. Congresso de Teologia; 4. Congresso de Religião; 5. Congresso de Filosofia; 6. Congresso de Ideologia (política, mas não

só); 7. Congresso de Ciência:

7.1. Congresso de Física; 7.2. Congresso de Química; 7.3. Congresso de Biologia; 7.4. Congresso de p.2; 7.5. Congresso de Psicologia:

7.5.1. Congresso de Psicanálise; 7.5.2. Congresso de Psico-síntese; 7.5.3. Congresso de Economia:

7.5.3.1. Congresso de Agropecuária-Extrativismo

7.5.3.2. Congresso de Indústrias; 7.5.3.3. Congresso de Comércio; 7.5.3.4. Congresso de Serviços; 7.5.3.5. Congresso de Bancos;

7.5.4. Congresso de Sociologia 7.5.5. Congresso de Geo-História;

7.6. Congresso de p.3; 7.7. Congresso de Informática; 7.8. Congresso de p.4; 7.9. Congresso de Cosmologia; 7.10. Congresso de p.5; 7.11. Congresso de Dialógica; 7.12. Congresso de p.6;

8. Congresso de Técnica: 8.1. Congresso de Engenharia; 8.2. Congresso de X1; 8.3. Congresso de Medicina; 8.4. Congresso de X2; 8.5. Congresso de Psiquiatria; 8.6. Congresso de X3; 8.7. Congresso de Cibernética; 8.8. Congresso de X4; 8.9. Congresso de Astronomia; 8.10. Congresso de X5; 8.11. Congresso de Discursiva; 8.12. Congresso de X6;

9. Congresso de Matemática.

1. Bandeira Elementar: CONGRESSOS DAS CHAVES

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1.1. Congresso do Ar; 1.2. Congresso da Água; 1.3. Congresso da Terra/Solo; 1.4. Congresso do Fogo/Energia; 1.5. Congresso da Vida:

1.5.1. Congresso dos Fungos; 1.5.2. Congresso das Plantas; 1.5.3. Congresso dos Animais; 1.5.4. Congresso dos Primatas;

2. Bandeira do Sexo: 2.1. Congresso dos Machos; 2.2. Congresso das Fêmeas (das mulheres e

mães); 2.3. Congresso dos Pseudo-Machos; 2.4. Congresso das Pseudo-Fêmeas;

3. Bandeira da Proteção: 3.1. Congresso do Lar; 3.2. Congresso do Armazenamento 3.3. Congresso da Saúde; 3.4. Congresso da Segurança; 3.5. Congresso dos Transportes;

4. Bandeira do Trabalho (só essa aqui vai render “pano pra manga”) ou da Economia.

Como diz o povo, vai ferver, vai borbulhar, a coisa vai “pegar fogo”, pois se trata de decidir quando a humanidade vai, aonde vai, com que forças, com que razão-emoção e assim por diante.

Chaves UMA LISTA DOS CONGRESSOS DO MODELO

17 Ciências 12

Conhecimentos 9 Economias 5 Psicologias 5 Técnicas 12 TOTAL 60

Imagine reunir um mundo inteiro em torno de um assunto! E aqui, só para começar, temos 60 deles, cada um mais candente que o outro!

Centenas de milhares, milhões até estão ligados a cada um desses pontos e cada representante vai decidir por milhões, até centenas de milhões de seres humanos.

Capítulo 2 Efervescência dos Sentimentos

Acontece que seres humanos podem ficar

verdadeiramente exaltados com várias coisas, especialmente com idéias. Se há uma coisa que (mais que riqueza, fama, futebol, poder e qualquer outro assunto) apaixona os seres humanos são as idéias e sua prevalência sobre os contrários a elas.

A IDÉIA É UM COMPLEXANTE KANTIANO (os seres humanos adoram se sentir parte da complexidade, o que parece garantir superioridade: então, a idéia é ego-ismo, superafirmação do ego, da consciência)

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Filosofia John Locke

A reflexão.

Segundo Locke, então, a mente não teria absolutamente idéias inatas. O que seria inatas eram as faculdades: a mente percebe, lembra, e combina a idéias que lhe chegam do mundo exterior. Ela também deseja, delibera, e quer, e estas atividades mentais são elas próprias a fonte de

nova classe de idéias. De acordo com Locke todas as idéias de Reflexão caem nas

seguintes subcategorias: 1. Memória: a habilidade de chamar uma idéia ausente de

volta à consciência; 2. Retenção: a habilidade de manter um pensamento na

consciência; 3. Discernimento: a habilidade de reconhecer diferenças

entre as coisas; 4. Comparação: a habilidade de reconhecer as semelhanças

entre as coisas; 5. Composição: a habilidade de construir novas idéias

tomando como material, outras idéias; e 6. Abstração: a habilidade de distinguir princípios de relação abstratos (tais como provas matemáticas), os

quais jazem por trás de outras idéias e assim criar uma idéia de generalidade.

A experiência é pois dupla. Nossa observação tanto pode visar objetos externos da sensibilidade quanto operações internas da própria mente. No primeiro caso as idéias são de sensação, no segundo, de reflexão. No entanto, sem a sensação a mente não teria com que operar e

portanto não poderia ter idéias de suas operações, ou seja, idéias de reflexão.

Os seres humanos não lutam pelas coisas, pelos

objetos, porque as coisas-objetos não estão dentro da gente (na verdade a realidade é uma IDÉIA REAL, idéia de realidade – as coisas não podem ser realmente apossadas, pois não cabem dentro de nós; o que chamamos “nosso corpo” na verdade não é nosso, o que chegam a perceber as pessoas cujos membros foram cortados ou amputados, e os que pensam nos resíduos corporais excretados). O que está “dentro da

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gente” mesmo é a idéia, a consciência das ligações (razão) e a inconsciência das ligações (emoção, mais poderosa ainda).

Não temos nada de “nosso”: de nosso mesmo só temos a idéia de posse.

E é, pois, pelas idéias que brigamos e estamos dispostos a matar ou a morrer, ou ambos, ou nenhum. TUDO gira em torno de idéias. De fato, Matrix é pouco; embora existamos no real que está do lado de fora, cada-um-em-conjunto é um conjunto de idéias a coruscar como relâmpagos em nossas mentes e de mente em mente pelos sentidos e pelas palavras.

As coisas estão lá fora (como Lênin dizia), mas o mundo não é material apenas; as coisas estão cá centro (como Kant dizia), mas o mundo não é somente ideal – não é materialista (não dá razão ao materialismo, superafirmação do material) nem é idealista (nem ao idealismo, superafirmação do o/material, do ideal, da fala). É um jogo de pares polares oposto-complementares.

Acontece de as pessoas acharem que racionalidade é algo superior à emotividade, acabando por acatar discussões sobre os motivos da razão, se ela cabe ou não; mas quando se trata de emoções e de inconsciente, todo mundo acredita que não precisa de justificação (pois o ato não seria da pessoa, só porque ela não o identificou explícita e conscientemente? A pessoa não é ID, EGO e SUPEREGO?).

Quando é o caso das emoções vale tudo. Vale pancadaria, vale escândalos, vale tudo

mesmo – pelo menos para essa gente. De fato, não é assim, como discutiremos oportunamente, mas é o que dizem para se justificarem. Inclusive dizem que estavam “fora de si”: como seria possível a pessoa operar fora de si? Por acaso está sendo introduzida a “viagem astral”? O que desejam dizer é que depois do realizado as memórias dos fatos não são alcançáveis; se são ou não, não importa, porque foi a pessoa que fez. Nós seres humanos vivemos no âmbito do fazer, portanto com consciência ou não do bem e do mal; contudo, com consciência ou não do ato, o ato sempre houve, sempre aconteceu; a MOTIVAÇÃO DO ATO e sua justeza só i em sua não-finitude pode julgar, cabendo aos seres humanos avaliar a destruição provocada pelo ato. Agora, ter consideração (posterior ao ato) pelas pessoas é fundamental. Ter confiança (anterior ao ato) também é fundamental.

Capítulo 3 Razões da Realização

As razões de realizar os congressos são as da

busca do equilíbrio pela esquerda e pela direita, pelo Céu e pela Terra, pelo sim e pelo não: materialismo e idealismo devem renunciar à superafirmação contida no “ismo”, tornando-se a esquerda material e a direita ideal, com respeito mútuo.

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Capítulo 4 Realização da Razão

Quão profundo podemos raciocinar? Na prática, em se tratando de bilhões de seres

humanos aptos a tal se desejarmos mesmo com intensidade, se empenharmos nisso nossos melhores valores podemos ir muito longe e muito fundo. Com o auxílio do modelo pirâmide, mais ainda, muito mais. Com tranqüilidade e determinação, com lógica e perspicácia podemos realmente fazer quase tudo.

A razão corresponde a um gênero de arrefecimento das esperanças descabidas da emoção: a tentação de resolver tudo logo é grande, principalmente porque ficamos cansados física e mentalmente com grande rapidez.

COM QUE RAZÃO EU VOU? (a emoção é boa para a felicidade, porém em termos de fazer com correção e com confiança é melhor confiar na razão, especialmente na razão múltipla: duas cabeças pensam melhor que uma, três pensam melhor que duas e assim por diante).

Cérbero, o cão dos infernos; talvez ele não esteja na

porta para impedir de sair, mas de entrar, porque a pior coisa são as burrices e gente burra (o inferno já é ruim sem isso, imagine com; vivendo na Terra nós temos uma

idéia muito boa de como pode ser). Cérbero

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cérbero, ilustração de Gustave Doré (Paris) para a Divina

Comédia (1832-1883) Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego,

Κέρβερος – Kerberos = "demónio do poço") era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que

guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.

A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as

portas do

Morfologia

Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma

criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por

todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo

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vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Enéias e Psiquê. Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um

número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu

pescoço, e até mesmo de seu tronco.

O monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre o terceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dos epicúrios; uma aquarela do londrino William Blake (1757-1827); National

Gallery of Victoria, Austrália. Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades, que levava o nome do deus que o regia, ao lado de Perséfone. Hades era irmão de

Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos

conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também

apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados,

principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta

de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda. Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus

entes queridos haviam deixado no túmulo. Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Piritoo, que por tentar seduzir

Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da terra, foi entregue ao cão. Como castigo

Cérbero comia o corpo dos condenados. Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina. Cérbero era irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com

Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge. Aparições

Divina Comédia Cérbero aparece no Inferno dos Gulosos, onde estes ficam solitários na lama. Sem poder comer e beber livremente. E ficavam sob uma chuva gelada e a presença de Cérbero que os come eternamente com seu apetite insaciável. Cérbero é

a imagem do apetite descontrolado. Os 12 Trabalhos de Hercules

Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérbero, que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava

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acima de suas forças; e o próprio Héracles duvidava que jamais conseguisse realizar essa temerária e perigosa

façanha. Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua proteção; suas preces foram ouvidas. A deusa Atena, e Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele,

acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo e escuro que levava às portas do Mundo Subterrâneo. Ao

percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas

ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, perguntou-lhes o que procuravam.

Héracles e Cerbero. Mosaico romano.

- Meu senhor Euristeu ordenou-me de levar à terra o cão tricéfalo Cérbero que guarda esta porta, disse Héracles, e é pela vontade de Zeus, senhor da terra e do céu, que eu lhe obedeço. Deixe-me levar seu cão de guarda para poder cumprir as ordens recebidas. Prometo-lhe que Cérbero nada

sofrerá e lhe será restituído, são e salvo. Hades fechou a carranca e respondeu:

- Se você for capaz de carregar Cérbero nos ombros, sem feri-lo, então poderá levá-lo ao seu senhor Euristeu; mas,

prometa trazê-lo de volta, ileso. Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. O caminho

era longo, áspero e íngreme, e pesada a sua carga; as três cabeças rosnavam e mordiam, durante todo o trajeto, porém

Héracles, concentrando-se no pensamento de próxima libertação, não lhes dava atenção. Afinal chegou a

Micenas. Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se

Héracles para a caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às portas do Inferno.

Pode-se encontrar personagens inspirados em Cérbero em muitas obras atuais, por exemplo no famoso livro

Cultura popular

Harry Potter e a Pedra Filosofal, como o "meigo" Fofo, ou na

Saga de Hades da série Cavaleiros do Zodíaco. O primeiro videogame a incorporar Cerbéro foi Altered

Beast. No jogo, por matar Cerbéros azuis, o herói ganhava power-ups para transformar-se em criaturas poderosas.

Nos Brazões da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro empregados sempre de muita simbologia, Cérbero aparece

como a figura central no Escudo do 4º Batalhão, localizado no bairro de São Cristovão.

Também no último jogo (Playstation 2) da série "Devil May Cry" como o chefe da 3ª fase. Além do recente "Devil May Cry 3", Cerberus também já é um inimigo tradicional da

franquia de jogos "Castlevania".

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Além disso é também referido nos jogos para Playstation "Final Fantasy VII - Dirge of Cerberus" (Cerberus é o nome

dado à arma de cano tríplice de Vincent Valentine, protagonista do citado jogo) e 'Final Fantasy VIII' onde é

uma Guardian Force que fornece ao jogador as magias 'Double' e 'Triple'. Cérbero também aparece no jogo Age of Mythology: The Titans, como o titã da civilização grega. E

também no jogo "God of War II". No jogo Resident Evil 1, Uma das criaturas desenvolvidas

pela equipe de geneticistas de Albert Wesker, foi nomenclaturada como Cerberus. Apesar de não ter mais de

uma cabeça, era um cão deformado, forte e ágil. No jogo Kingdom Hearts II,Cerberus aparece como um chefe também.Cerberus é invocado pelo próprio Hades.Nesse jogo é interessante olhar que Cerberus é totalmente negro e tem

um rabo de cachorro. No filme Fúria de Titãs, depois que Perseu, paga a travessia de barco até Hades, pelo Rio Aqueronte, ao Barqueiro Caronte. Após sua chegada na ilha onde se

escondia a Medusa, este ao lado de seus três soldados foram surpreendidos pelo cão de duas cabeças que guardava o templo de Medusa, e que matou um dos três que estava

escoltando Perseu. Em "Final Fantasy VII - Dirge of Cerberus" a teoria

corrente seria que cada cano da arma (Cerberus) de Vincent Valentine representaria uma das cabeças do cão mitológico e que cada cabeça representaria ainda, um dos três limites

de Vincent (Galian Beast, Death Gigas e Hell Masker), guardiões do último limite (Chaos) que representaria o

inferno. Cérbero aparece também no jogo Blood como um dos quatro chefões finais, mais precisamente no fim do terceiro

capítulo "Farewell to Arms" Em Naruto,Pein Círculo das bestas sabe invocar um Céberus

que quando atacado se auto-divide. Também no anime/mangá One Piece os personagens Nami, Usopp

e Chopper são perseguidos por um Cérbero. No jogo Tibia o monstro Hellhound é uma conexão direta com

o Cereberus. REUNIÃO DOS MELHORES PENSADORES DO MUNDO (é difícil determinar com precisão, porque não há um raciocinômetro, mas os pesquisadores se conhecem mutuamente e sabem quem-é-quem fora do âmbito do orgulho descabido) – embora entregue com grande atraso, o Prêmio Nobel é isso.

Muita gente premiada já está morta e há muitíssima gente

merecedora que não ganhou, mas mesmo assim seguir os prêmios é um critério mínimo.

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Prémio Nobel Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Prêmio Nobel - Diploma concedido a Lech Wałęsa

O Prémio Nobel (português europeu) ou Prêmio Nobel (português brasileiro) foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial

sueco, inventor da dinamite, em seu testamento. Os prémios são entregues anualmente, no dia 10 de

Dezembro, aniversário da morte do seu criador, a pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas

pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade. Nobel jamais criou um prémio de Economia. O que se conhece

por Nobel de Economia é na verdade o Prémio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred

Nobel, que nada tem a ver com a Fundação Nobel. História

Alfred Nobel (1833-1896)

Alfred Nobel, que já vinha desgostoso com o uso militar dos explosivos que havia criado, ficou chocado ao ver a edição de um jornal francês, que noticiara por engano a

morte de seu irmão Ludvig como sendo a sua e qualificando-o como "mercador da morte". [1] É possível que essa visão

antecipada do seu obituário tenha despertado nele o desejo de modificá-lo. Daí sua decisão de premiar aqueles que, no futuro, servissem ao bem da Humanidade - mais propriamente nos campos da física, química, fisiologia ou medicina,

literatura e paz. Alfred Nobel deixou uma herança de 32 milhões de coroas.

Seu testamento, redigido em 1895, não deixava nenhum legado aos seus herdeiros diretos, mas determinava a

criação de uma instituição à qual caberia recompensar, a cada ano, pessoas que prestaram grandes serviços à Humanidade, nos campos da paz ou da diplomacia,

literatura, química, fisiologia ou medicina e física. O testamento estabelecia também que a nacionalidade das pessoas não seria considerada na atribuição do prêmio.

A Fundação Nobel foi criada em junho de 1900 e é responsável pelo controle do respeito às regras na

designação dos laureados e verifica o bom andamento da eleição. Também é responsável, através de um comitê

específico para cada uma das cinco áreas e de acordo com

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as propostas de personalidades eminentes, pela elaboração e encaminhamento das listas de indicações às várias

instâncias que atribuem o prêmio. Os prêmios são custeados pelos rendimentos oriundos do

legado de Alfred Nobel, tendo sido esse patrimônio convertido em ações.

A primeira cerimônia de premiação nos campos da literatura, física, química e fisiologia ou medicina

ocorreu no

A primeira entrega dos prêmios

Conservatório Real de Estocolmo, em 1901; o Prêmio Nobel da Paz foi entregue em Oslo.

Desde 1902, os prêmios são formalmente entregues pelo Rei da Suécia. A entrega do Nobel da Paz continua a ser feita

em Oslo é presidida pelo Rei da Noruega. O Rei Oscar II inicialmente não aprovou que os prêmios fossem concedidos a estrangeiros, mas mudou de idéia

depois de compreender o valor do prestígio que os prêmios dariam ao seu país.

Os Prêmios

Stockholm Konserthuset, onde aconteceram as cerimônias de

entrega dos prémios Nobel de 2005 e de 2006. Os nomes dos laureados são anunciados em outubro pelos

diferentes comitês e instituições que realizam a escolha. A Fundação Nobel, entidade administradora dos fundos do prêmio, com sede em Estocolmo, não está envolvida na

seleção dos vencedores. O prêmio consiste numa medalha de ouro, um diploma com a citação da condecoração e uma soma em dinheiro que varia de acordo com os rendimentos da Fundação Nobel, mas que

ronda os 10 milhões de coroas suecas (mais de um milhão de euros). O propósito original era permitir que as pessoas

laureadas continuassem a trabalhar ou pesquisar, sem pressões financeiras.

Os prêmios são concedidos anualmente para realizações em: • Nobel de Física (decidido pela Academia Real das

Ciências da Suécia) • Nobel de Química (decidido pela Academia Real das

Ciências da Suécia) • Nobel de Fisiologia ou Medicina (decidido pelo

Karolinska Institutet) • Nobel de Literatura (decidido pela Academia Sueca) • Nobel da Paz (decidido por um comitê designado pelo

parlamento norueguês) O Prêmio Nobel é concedido sob várias condições: pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas no máximo, ou pode não ser concedido em determinado ano, o que permite a concessão de dois prêmios da mesma categoria

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no ano seguinte. Além disso, o prêmio em determinado campo pode não ser concedido por um ano ou mais - o que ocorre

mais frequentemente com o Nobel da Paz. Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória

de Alfred Nobel Em 1968, o Sveriges Riksbank, o banco central da Suécia, instituiu o "Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel", incorretamente referido como "Prêmio Nobel

da Economia" e concedido a partir de 1969. De fato, esse prêmio não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os

ganhadores sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia. A frase estratégica em memória de Alfred Nobel é a causadora da confusão. A família Nobel

não aceita o prêmio como tal e em 1968, decidiu-se que não seriam criados outros prêmios em memória de Nobel no futuro. De todo modo, o "Prêmio Nobel da Economia" é entregue na mesma ocasião que os prêmios originais.

O Crítica

Prémio Nobel da Literatura tem sido alvo de críticas por sua utilização como "arma política". A premiação de

Elfriede Jelinek devido "ao seu fluxo musical de vozes e contra-vozes em novelas e peças que, com extraordinário

zelo lingüístico, revelam o absurdo dos clichés da sociedade e seu poder de subjugo" e Harold Pinter tiveram uma certa conotação de "protesto". Ambos são críticos ferozes do governo de George W. Bush na presidência dos

Estados Unidos.

Existem rumores de que a não existência de um prêmio Nobel de

Curiosidades

Matemática deve-se ao fato de que uma mulher relacionada a Alfred Nobel, supostamente uma amante, ou uma mulher a quem Nobel tenha proposto noivado, ter tido

uma aventura amorosa, ou tê-lo preterido por um matemático. Entretanto não há evidências históricas para confirmar estes rumores, e Alfred Nobel nunca foi casado.

As fontes dessa informação não são seguras. Em 1991, foi criado o prêmio humorístico satirizando os prémios Nobel (o IgNobel), fundado por Marc Abrahams,

também sem nenhuma ligação com Alfred. O prêmio distingue trabalhos que "primeiro fazem as pessoas rir, e depois as fazem pensar"[2], representando a oportunidade de reunir na Universidade de Harvard uma série de cientistas. Existem os IgNobel da Paz, de Medicina, da Química, da Física, da

Matemática, da Nutrição e de outras áreas, variáveis consoante o tema do trabalho científico "galardoado".

Referências Referências

1. ↑ "The Worst and the Brightest" 2. ↑ The Ig® Nobel Prizes.

• The politics of excellence, beyond the nobel prize; R. Friedman ; 2002

Bibliografia

• Nobel Century: a biographical analysis of physics laureates, in Interdisciplinary Science Reviews, by

Claus D. Hillebrand ; June 2002; No 2. p.87-93

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A todo instante, a todo milissegundo o destino ou caminho da humanidade está sendo decidido; mas aqui se trata de decidir os grandes traços da união mundial. Não se pode maltratar nem os ratos, nem as baratas, nem as moscas: se elas nos incomodam podemos lutar e destruí-las, por se tratar de sobrevivência, mas zombar é errado, é eminentemente errado. Ainda mais quando se trata de tantos seres humanos, pois no momento em que essas coisas forem feitas de certo modo, ficará assim “para sempre” (na realidade, por muito tempo, pois as leis são ditaduras difíceis de destruir). É preciso muito cuidado, muita atenção, muito desvelo, muito empenho.

Capítulo 5 Congressos

Serão, digamos, 60 a 100 congressos definidores

de rumos; a extrema efervescência, a vibração quase inesgotável de congressistas muito tensos e emocionados destinados a definir o futuro humano pode cobrar de nós, depois, um preço muito alto se não houver contenção pela razão. A fervura da emotividade febril não é boa conselheira, haja vista todos os desastres advindos das bebedeiras e dos carnavais.

A emoção é importantíssima, mas a razão é fundamental, já que o universo em seu extremo é perfeitamente lógico-dialético, dialógico, e matemático: os avanços que realizamos são em direção-sentido da razão, e permanecemos enquanto nossa racionalidade ultrapassa o mínimo necessário-suficiente à permanência.

CRUCIFIXAÇÃO (fixar em cruz: um núcleo de controle-autocontrole do colegiado diretor) – o grupo-tarefa de apoio à realização dos congressos (é algo de tão sério que os governos devem se unir para realizar): 13 x 13 x 4 = 169 x 4 = 676 pessoas (não é preciso que sejam mesmo 676, é tudo simbólico, sendo necessário sê-lo).

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Dividi os congressos por setores e sub-setores, colocando corredores políticadministrativos de circulação entre os quatro super-setores: esta é uma senhora formestrutura, a primeira da idade adulta da humanidade (não haverá motivo nenhum para desmontá-la depois; que a usem para reavaliações).

Capítulo 6 Mundiais

ENTENDENDO O QUE É O MUNDO

passado presente futuro O mundo é tensão. DOIS TIPOS DE TENSÃO 1. tensão quantitativa (mais do mesmo),

emocional;

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2. tensão qualitativa (menos do mesmo e mais do novo), racional.

E quando não há tensão há paz. Mesmo na paz há problemas: a sobrevivência do

mais apto se dá pela resolução de problemas quantitativos e de problemas qualitativos.

RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS: RDP (tem-se a resolução e a densidade-de-resoluções, destas podendo-se fazer mapas que – precisamente – indicarão os que têm futuro como locomotivas e os que serão vagões) 1. RDP mágico-artísticos; 2. RDP teológico-religiosos; 3. RDP filosófico-ideológicos; 4. RDP científico-técnicos; 5. RDP matemáticos. O mundo só sairá para o exterior no sistema

solar SE formos capazes de juntar-nos e produzir uma solução do tamanho necessário-suficiente. Finalmente, os congressos autorizam isso: dão autorização de sair através da reunião das potências necessário-suficientes, visando continuar a acumulação quantitativo-qualitativa. Enfim, se não acontecerem os congressos mundiais a humanidade entrará em colapso, mesmo se for competente para sair da crise atual: a Terra não parirá se não houver a coalizão, PORQUE a produçãorganização não alcançará o ponto crítico.

A TERRA GRÁVIDA DO CÉU (mas o filho pode morrer no útero)

Capítulo 7 A Representação do Passado

Como já disse tantas vezes não há nenhum passado

e nenhum futuro, só o presente: o espaçotempo presente é pequeníssimo no espaço e vibrante no tempo (é o campartícula fundamental cê-bola © com seus zilhões de

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ligações compondo um cenário de sucessões, estando a composição geral a subir as três pirâmides do modelo micro, meso e macro).

O passado é REPRESENTADO, re-apresentado: a capacidade que temos de guardar informações nos faz pensar como se - SOBRE O PRESENTE - existisse um passado: não há, o que há é a representação dele.

Em nossas mentes todos nós convencionamos - POR DEFINIÇÃO ao não perguntar - que há o passado; mas, na verdade ele vibra no mesmo espaçotempo do presente COMO UMA PEÇA TEATRAL, uma representação, que nós vamos alterando na medida das nossas necessidades (daí serem necessários historiadores para pesquisar - sobre o retalho de falsas lembranças-compromissos - o que minimamente poderia parecer com o vivido; tal necessidade deveria nos dizer que nós estamos sempre reorganizando as memórias; que não temos realmente memórias como algo fixo e irremovível, e sim como algo que imaginamos haver acontecido a partir do que desejamos tivesse ocorrido).

O PALCO HUMANO (isso está constantemente em mutação)

O PALCO INTERNO (o laboratório das mentiras,

honestas ou não)

O PALCO EXTERNO (o choque de falsos passados – o que é o

passado comum?) A PESSOA O AMBIENTE

Há uma luta intensíssima pela sobrevivência do

passado mais apto; todos os passados que não agradam

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morrem, razão pela qual a história diferente só pode ser contada por dissidentes (inimigos) internos ou dissidentes (inimigos) externos. Os de dentro concordam em dourar o passado e em nunca ver coisas ruins nele. De fato, o passado está constantemente sendo reelaborado e ele é mudado todos os dias, todos os segundos.

Nestas condições, como é que pessoas que se vêem como boas e que vêem os demais como ruins vão se encontrar e conversar? Tais são as dificuldades de fazer um mundo só.

Capítulo 8 Presente é o que é Dado

Veja assim: embora o ser humano (e todo

racional) se veja também como material, de fato material é o exterior, o ambiente, sendo o pessoal apenas aquilo o/material, o pensamento: então, lá em nossos cérebros estão todos aqueles bilhões de neurônios - e suas sinapses - enviando em química e eletricidade mensagens a vagar de um lado para o outro como informação sob controle; ISSO é o espírito, esse assombroso borbulhar.

Eis realmente algo de fino e raro no universo, até porque facilmente destrutível. Quaisquer eventos físico-químicos (como a queda de um meteorito), quase, ou biológico-p.2 (como uma dentada), ou psicológico-p.3 (como uma facada) podem desestabilizar tal suporte extra-pessoal ou ambiental.

Embora vejamos os corpos fora de nós e eles estejam mesmo lá, DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL SOMOS ESSE CORUSCAR DE FAGULHAS, de relâmpagos mentais. Se pudéssemos ver, veríamos essas microtempestades ocorrendo em lugares restritos, nos cérebros, onde quer que estejam esses tantos bilhões de cérebros humanos (agora a caminho de 7,0 bilhões de seres). Tão raro quanto isso.

São essas máquinas não-finitas (porque ligadas ao não-finito por projeto ou de outro jeito) que se comunicam; e o que é a humanidade É ISTO: esse patrimônio de processos e seu controle, além de sua estrutura material-exterior.

Como mostrei, não existe o passado (nem o futuro) e sim a linha finíssima que pulsa num limite de 10-

34 m e 10-44

1. o presente oculto: o inconsciente ou ID;

s, ritmo rapidíssimo que é o da nossa existência, como é de tudo. Devemos concordar doravante que o teatro de operações é esse NOVO PRESENTE microfilamentar das microtempestades, zilhões delas ocorrendo a cada instante. Tudo que está desenhado dentro é isso, e tudo que se obtém como resposta do lado de fora vem disso.

Ora, os congressos mundiais raciocinarão sobre essa novidade, bem como usarão de modo novo o patrimônio de sempre para retemperar as coisas na Terra.

O QUE É DADO (dado no sentido de presenteado, dado no sentido de informação) é isto: o presente, o espaçotempo das transferências de vários tipos.

TRÊS PRESENTES

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2. o presente evidenciado: o consciente ou EGO; 3. o presente ambiental: o superconsciente ou

SUPEREGO. TODOS ESSES PRESENTES, operando sobre a linha

infinitesimal do espaçotempo (10-44 m/10-44 s = 108 m/s, velocidade da luz), essas três faces D’ID-EGO-SUPEREGO pulsando rapidíssimo escrutinam o ambiente para sobre-viver no próximo pulsos; são uma só e a mesma no jogo tremendamente intenso de sobreviver, para isso elaborando máscaras o tempo todo; fora uns poucos que não aceitam e não mentem.

Tudo isso É DADO, é pré-dado, é o que é entregue pelo mundo, pelo ambiente, pela elaboração-reelaboração complexante interna. Tudo está efervescendo em co-elaboração: a pessoa não é somente coerente, ela é in-coerente também e o tempo todo, para sobreviver, a pessoa está reelaborando seus compromissos nessa balança tríplice que é o triângulo amoroso oculto-evidenciado-ambiental. Não há qualquer passado nem algum tipo de futuro: tudo é apenas a linha finíssima e o pulso rapidíssimo.

O TRIÂNGULO INCONSCIENTE, CONSCIENTE E SUPERCONSCIENTE (é uma bagunça danada na vigília e no sonho): esse círculo-compromisso pensa que é centrado, mas não é, ele é uma mentira ambulante.

Capítulo 9 Representantes do Futuro

TRÊS GRUPOS DE REPRESENTANTES (nos vários sentidos) x 60 congressos ou mais + 180 grupos-tarefa de discussão. Em resumo: que passado-presente-futuro escolheremos?

ESCOLHA-ESCOLA DO PASSADO

ESCOLHA-ESCOLA DO PRESENTE

ESCOLHA-ESCOLA DO FUTURO

Pois o futuro deve falar de nossas expectativas dos acontecimentos; o presente, que é a locomotiva, com mais direitos; bem como o passado, para que não morra seletivamente nas lembranças.

Nem resumo, nós vivemos de idéias.

o que nos lembramos de lá

O que nos lembramos de lá

Nós inventamos o futuro e reinventamos o

passado: tudo que há, de fato, é um pulso

rápido demais.

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Na realidade TUDO que vemos são idéias, exceto pelo fato de que do lado de fora realmente há um lado de fora, também há outras idéias a serem levadas em conta; vivemos este paradoxo muito instrutivo e muito generoso: cada um de nós é só lado de dentro, mas como coletivo temos um lado de fora – como diz o ditado popular, “sonho que se vive só é só sonho, mas sonho que se vive junto é realidade”. O indivíduo é sonho, mas o coletivo é realidade. A união se dá através da aproximação, da cessão do individual ao coletivo, da necessidade do outro, da aspiração de chegar.

O cérebro individual está sonhando, mas a totalidade não. Cada cérebro sozinho está sonhando, mas o conjunto de cérebros é a totalidade; pode-se dizer que o sonho sente necessidade da realidade. O sonho é só, mas não quer ser só.

Que realidade ou totalidade os do futuro esperariam receber se pudessem falar conosco? O que nós, do futuro do passado teríamos gostado de ter visto, enquanto atenção e cuidado dos de antes?

É preciso pensar nisso toda vez que desperdiçamos.

Capítulo 10 Todos e Cada Um

Como garantir que a razão não seja um peso

excessivo no balão da efervescência da emoção de rompimento dos vínculos terrestres? Na alegria de ver representados TODOS os seres humanos do passado, do presente e do futuro na primeira discussão total não perderemos detalhes importantes? E como garantir que esses detalhes significativos não prejudiquem elementos que em cascata exponencial seriam obstaculizadores fatais mais adiante?

Quando as pessoas são inimigas tudo “dá certo”, no sentido de que é fácil destruir e excluir. Quando elas são amigas é preciso abrir as portas e alimentar, e isso o ser humano não sabe fazer. Foi preciso que os iluminados viessem ensinar, e mesmo assim a coisa não correu bem, pois há brigas entre os protegidos de uns e de outros: os seres humanos não sabem aceitar. Recusar sabem de sobra, aceitar é que é difícil.

DIFÍCIL TRÂNSITO (equilíbrio da dosagem) empolgação da

emoção (porta estreita):

balança contenção pela

razão

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Os seres humanos não têm essa preocupação de pensar em TODOS e cada um DESDE LÁ, NAS ORIGENS, desde os neanderthais há 300 ou 200 mil anos, desde quando a Eva Mitocondrial encontrou o Adão Y (e depois tiveram o primeiro filho NEMAY MY: Neanderthal Eva Mitocondrial Adão Y), desde quando EM+AY eram basicamente um só, desde quando o mundo começou a partir e a rebentar.

Agora é hora de reunir. Serra, sábado, 05 de setembro de 2009. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 2

VIAGEM ASTRAL E CORDÃO DE PRATA Projeção da consciência

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

De acordo com diversos pesquisadores, por intermédio da

projeção da consciência, seria possível conhecer dimensões extrafísicas, conhecidas como plano espiritual, astral ou

etérico. Projeção da consciência, experiência fora-do-corpo (EFC), experiência extracorporal, desdobramento, projeção astral ou viagem astral são termos usados alternativamente para designar as experiências fora-do-corpo (do inglês, out-of-body experience – OBE ou OOBE) que pode ser realizado por qualquer pessoa, por meio do sono, via meditação profunda,

ou outras técnicas de relaxamento. A Projeciologia acredita que, durante a projeção, quando lúcida, o

indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo, projetado por meio do (corpo astral, perispírito,

psicossoma) etc. Por intermédio da projeção da consciência é possível conhecer dimensões extrafísicas, relativas ao

plano astral ou espiritual. A projeção da consciência é uma experiência tipicamente subjetiva, descrita muitas vezes como próxima a sensação corporal de estar flutuando como um balão, e em alguns casos conforme relatos, havendo a possibilidade de estar vendo o próprio corpo físico, olhando-o sob o ponto de

vista de um observador, fora do seu próprio corpo (autoscopia). Estatisticamente, uma em cada dez pessoas

afirma ter tido algum tipo de experiência fora do corpo em suas vidas.[1] Para alguns, o fenômeno ocorre

espontaneamente, enquanto para outros está relacionado a circunstâncias de perigo, como os estados de coma, em

sonho profundo, ou também relacionados as experiência de quase-morte, ou mesmo induzida através do uso de drogas e

psicotrópicos. A projeção astral com freqüência é associada ao esoterismo

e o movimento da Nova Era. Paralelamente, a medicina

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começa a tratar o assunto com mais atenção devido aos inúmeros relatos de experiências quase-morte (EQM). No

entanto, explicações científicas parciais foram elaboradas para as EQMs que não envolvem a projeção da consciência

que, continua sem explicação científica. Bunning e Blanke (2005) do Laboratório de Neurociência Cognitiva, Ecole Polytechnique Federale de Lausanne

(EPFL), Lausanne, e Departamento de Neurologia, Hospital Universitário, Genebra, Suíça, revisaram alguns dos

fatores clássicos que indicam e podem induzir a autoscopia. Estes são sono, abuso de droga, e anestesia

geral, assim como o próprio neurobiologismo. Possíveis explicações

Técnicas de Yoga poderiam ajudar a permanecer consciente

durante a projeção Na Projeciologia acredita-se que, durante o sono, quando o

metabolismo e as ondas cerebrais diminuem, os laços energéticos que seguram o psicossoma ao corpo físico se soltariam, então o psicossoma da pessoa seria projetado

para fora do corpo humano. Dependendo do estado de lucidez, são relatados posteriormente como sonhos, sonho

lúcido ou uma experiência extracorpórea totalmente lúcida. Não importa o quanto estiver afastada do corpo humano, a sua consciência estará sempre ligada à ele, pelo "cordão

de prata" um feixe de luz que só se romperia quando ocorrer a primeira morte (morte biológica) e voltaria quando solicitado, impossibilitando que se fique preso

extrafisicamente. Segundo a concepção espírita, o desdobramento trata-se de

um processo de exteriorização do perispírito do corpo físico. O perispírito, durante este processo, sempre permanece ligado ao corpo por uma espécie de cordão umbilical fluídico. É um estado de relativa liberdade perispiritual, análogo ao sono, em que podemos agir

semelhantemente a um desencarnado, podendo nos afastar a distâncias consideráveis de nosso corpo físico. O

desdobramento pode ser consciente ou inconsciente e, nesse último caso, pode ser iniciado através de operadores

encarnados ou desencarnados (benfeitores ou obsessores). Também pode ser parcial, que é quando o perispírito não deixa o corpo físico totalmente (situação na qual as

faculdades psíquicas são muito ampliadas) ou total, quando o perispírito deixa o corpo físico. Os portadores desta faculdade têm sonhos vívidos, coerentes e nítidos em que assistem a cenas que, mais tarde, descobrem terem sido

fatos reais ocorridos em outros lugares. Podem também ter visões de cenas fantásticas, com muito realismo, ouvir sons e até sentir contato dos lugares onde forem. Essa faculdade pode ser desenvolvida através de exercícios

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metódicos. Também é chamado de desdobramento astral, exteriorização ou emancipação da alma.

Já os céticos vêem as projeções de consciência como formas de alucinações, que podem ser vivenciadas, devaneios e memórias. Essa hipótese é apoiada em experimentos nos quais há a indução do estado quase-morte (EQM) por

medicações anestésicas como a quetamina,[2] pela indução de hipóxia cerebral[3] e estimulação elétrica do giro angular

direito do cérebro.[4] James Randi cita o caso de dois cientistas no Stanford

Research Institute, Dr. Russell Targ e Dr. Harold Puthoff, que compararam favoravelmente os achados da Mariner 10 e Pioneer 10 (naves de pesquisa) com os "achados" de Ingo

Swann e Harold Sherman que afirmam ter visitado Mercurio e Júpiter em "viagens astrais" antes das naves terem sido

lançadas. Estes cientistas afirmam ter encontrado notáveis

semelhanças entre o que Swann e Sherman relataram e o que as naves informaram. Pediram mais estudos, usando os viajantes astrais como guias da exploração espacial.

Isaac Asimov pegou nas afirmações e comparou-as com o que era conhecido da informação transmitida pelas naves.

Asimov concluiu que 46% das afirmações dos viajantes era falsa. Classificou apenas uma das 65 afirmações como uma fato que não era óbvio ou não podia ser obtido de outras

fontes. Os cientistas não se preocuparam com o fato de Swann

afirmar ter visto uma cadeia de montanhas de mais de 9000 metros em Júpiter quando não há tal coisa. Não se percebe como alguém pode confiar nisto. Se lhe disser que estive na sua terra e que vi uma cadeia de montanhas com 9000

metros e você sabe que não existem, pensaria que eu tinha estado lá, mesmo se dissesse corretamente que lá havia um

rio? Swann, a propósito, agora afirma que as viagens astrais são tão rápidas que provavelmente ele não estava a

ver Júpiter mas outro planeta em outro sistema solar! Portanto, há realmente uma grande montanha, em algum

lugar! Podemos perguntar, se os dualistas estão correctos, porque é que a consciência necessita da assistencia dos orgãos

sensoriais em circunstâncias normais. O corpo torna-se uma entidade superflua nesta teoria. Se fosse possível separar a alma do corpo porque é que a alma voltaria? Se se dá tão

bem sem esta prisão material (como Platão chamou ao corpo), então porque não se aventura sozinha e fica lá?

Mas, nada há de místico ou misterioso em viajar enquanto o corpo fica quieto. A maior parte das pessoas do planeta

fazem todas as noites quando adormecem e sonham. Muitos de nós viajamos acordados até lugares exóticos no

estrangeiro. Muitos fazem sob o efeito de drogas. Alguns fazem devido à desordens cerebrais.

Projeções Existiriam alguns tipos de projeções e níveis de lucidez:

• Projeção inconsciente: ocorreria quando o Níveis de lucidez

projetor sairia do corpo totalmente inconsciente. Seria um "sonâmbulo extrafísico". A maioria absoluta da

população do planeta faria esta projeção durante o

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sono ou cochilo e estas seriam posteriormente relatadas como sonhos.

• Projeção semiconsciente: ocorreria quando o grau de consciência é intermediário, e a pessoa ficaria

sonhando acordado fora do corpo, totalmente iludido por suas idéias oníricas. Conhecido também como sonho

lúcido. • Projeção consciente: ocorreria quando o projetor sairia do corpo e manteria a sua consciência durante todo o transcurso da experiência extracorpórea. São

poucos que dominariam esta projeção.

• Projeção em tempo-real: quando o Tipos de projeções

projetor projetaria-se para fora do corpo físico e cairia no plano mais próximo ao plano físico, vivenciando tudo ao seu redor. Quem conseguiria este tipo de projeção,

poderia relatar acontecimentos do cotidiano, naturais e extrafísicos. Dependendo o nível do projetor seria

possível interagir com o plano físico. • Projeção involuntária: ocorreria com a maioria das

pessoas que acordariam dentro dos sonhos sem sua própria vontade.

• Experiência quase-morte: seria a experiência ocorrida quando, devido a uma doença grave ou acidente, a pessoa sofre o chamado "estado de quase morte". O coração e todos sinais vitais, inclusive as ondas cerebrais detectadas por aparelhos, parariam e a morte clínica do paciente estaria atestada pelos médicos.[5] Nessas situações, acredita-se que o

'espírito' não se desligaria do 'corpo físico' e o paciente "milagrosamente" ressuscitaria. Após o

retorno de consciência, cerca de 11% [6] dos pacientes relatam experiências, alguns deles descrevem com detalhes de tudo que aconteceu enquanto estava

"morto" porque manteriam a consciência enquanto no veículo astral, fora do corpo físico, enquanto

estariam presente no ambiente ou pairavam sobre o corpo. De acordo com Dr. James E. Whinnery, a

experiência de quase morte não permitem a confirmação das projeções que poderiam ser explicadas como um processo neurofisiológico que leva à ilusão da

projeção.[3][7][8] Entretanto, para Titus Rivas, a EQM não pode ser completamente explicada por causas fisiológicas ou psicológicas, pois a consciência

funcionaria indepedentemente da atividade cerebral[9] • Projeção voluntária: este tipo de experiência poderia

ser induzida através de técnicas projetivas, meditação, amparo extrafísico, entre outras técnicas. Segundos os praticantes de Yoga, Teosofia, algumas

correntes filosóficas e escolas de estudos do pensamento a "projeção consciente" poderia ocorrer

com qualquer pessoa, esteja ela consciente do fato ou não. Isto quer dizer que uma pessoa poderia "projetar sua consciência" sem saber que está realizando esta ação, no entanto, seu subconsciente está plenamente

ciente da condição existencial que está sendo vivenciada. Expressões populares como: o pensamento

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voa, estava pensando tão longe… ou estava tão longe… são extremamente corriqueiras e indicariam claramente a tendência natural em assimilar este tipo de ação mental, comum a todos nós. Segundo alguns praticante de Yoga, o grande problema para as pessoas comuns está em compreender a relação consciência versus

tempo e espaço.

• Ballonnement - sensação de abaloamento, flutuação. Sintomas projetivos

• Catalepsia projetiva - estado em que a consciência se encontra no corpo, mas sem domínio sobre este; é

comum no começo e principalmente no fim da experiência extracorpórea, normalmente durando poucos instantes; estado de paralisia astral passível de

ocorrer durante a projeção, normalmente com praticantes iniciantes.

• Estado vibracional - sensação de estado vibracional interior.

• Oscilação astral - comparado a flutuação física. • Ruídos intracranianos - ruídos naturais que podem ocorrer no momento do deslocamento do psicossoma (ou

corpo astral) para fora do corpo físico.

Atualmente a Experimentos

Ciência não possui meios tecnológicos e metodológicos para a comprovação científica da projeção da

consciência, por se tratar de um fenômeno empírico, ou seja: que só pode ser conhecido através da experiência do próprio indivíduo. Em Ciência, esse tipo de evidência é

denominada evidência anedótica e não tem validade científica.

• Várias experiências foram feitas por Charles Tart, entre eles Psychophysiological Study of Out of Body Experiences in a Selected Subject.,[10] cujo resultado (segundo o próprio autor) foi de que "não pode ser

considerada evidência conclusiva do efeito parapsicológico".

A Experiência fora do corpo - EFC é um estado diferenciado de consciência durante o qual pode-se, momentaneamente, afastar-se do corpo físico, manifestar-se com lucidez usando um outro corpo não físico e retornar-se ao corpo

trazendo as lembranças das suas experiências. As experiências fora do corpo receberam diversas

denominações ao longo das últimas décadas:

Estela com o nome de Kaa

• Keshara: Termo sânscrito empregado pelos hindus;

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• Delog: Termo empregado pelos tibetanos; • Desdobramento: Termo oriundo do espiritismo; • Viagem astral: Termo criado pelo pesquisador

americano Robert Crookal; • Arrebatamento: Termo empregado em igrejas

protestantes; • Projeção da Consciência: Termo técnico usado por

pesquisadores e • OBE: Out-of-Body Experience, termo da língua inglesa. Apesar de só agora a ciência estar admitindo esta

realidade, ao longo da história, pessoas individualmente ou em grupos, de uma forma ou de outra, constataram que

somos mais do que os sentidos físicos conseguem perceber, o que certamente afetou dramaticamente suas existências. No antigo Egito, por exemplo, acreditava-se que, após a

morte do corpo físico, o espírito, livre do corpo, continuava a existir. O espírito livre (ba) era

representado na forma de uma ave Jaburu sobrevoando o corpo que morreu (veja a figura apresentada a seguir).

Em experimentos controlados, algumas pessoas foram capazes de induzir a experiência de maneira ponderada, através de visualizações enquanto dispostas em um estado meditativo, descontraído, ou em sonhos-lúcidos. A ciência oficial sabe relativamente pouco sobre o assunto por não ter meios de

comprovar as experiências fora do corpo, através de instrumentos de medição ou artifícios tecnológicos. Em recente experimento conduzido por Henrik Ehrsson no

Institudo de Neurologia na University College London, com o uso de óculos estereoscópicos 3D, foi possível

reproduzir a percepção de experiências fora do corpo nos voluntários do estudo.[11][12] Os participantes confirmaram que eles experimentaram a sensação de estarem sentados ao

lado de seus corpos físicos mediante ilusão ótica. Os estudos de Henrik Ehrsson são amplos acerca de

interpretações nas áreas espiritual e de ciência. Na área das ciências, o estudo pode sugerir que há evidência

científica de que a sensação de experiência fora-do-corpo possa ser explicada por uma alucinação. Estudos em áreas correlatas indicam que uma das sensações experimentadas

por pacientes de quase-morte são as sensações de experiência fora-do-corpo. Nesse sentido as explicações ainda são amplas, podendo ter interpretações espirituais

ou científicas. Trata-se de um conhecimento empírico (que só pode ser

conhecido através da experiência do próprio indivíduo) no entanto, no Oriente estes assuntos são praticamente

incorporados na educação e mentalidade do povo, sendo que assuntos como a reencarnação e experiências fora do corpo

são extremamente normais e corriqueiros.

Durante os Sinonímia

séculos, a projeção da consciência foi recebendo diversos nomes por cientistas, doutrinas

orientais e ocidentais, pesquisadores, projetores e outros grupos:

• Ao contrário do que pode-se pensar à primeira vista, o fenômeno é vivenciado por muitas pessoas. Uma em

cerca de dez pessoas afirmam já ter sentido

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experiências fora do corpo.[12] No entanto, devido ao medo de ser alvo de apriorismo, chacota ou

preconceito alheio, muitas escondem este fato. • A experiência fora do corpo (EFC) é abordada de acordo com o nível de lucidez da consciência que pode variar devido a fatores psicológicos, emocionais,

somáticos (orgânicos), dentre outros. • É objeto de estudo da moderna Parapsicologia e da projeciologia, proposta por Waldo Vieira apesar de já

ser citada em literaturas seculares no contexto histórico sócio-cultural mundial ainda que em

contexto hermético e esotérico em épocas antigas. • AKE (experiência

fora do corpo) • apopsiquia

• autodesincorporação

• autodiplosia* • aventura extracorpórea

• centro móvel da consciência

• deambulação astral

• deambulação espiritual

• desancoramento da consciência

• descoincidência • desconexão

• descorporificação

• desdobramento • desdobramento astral (gnose)

• desdobramento da consciência

• desdobramento da pessoa

• desdobramento espiritual

(espiritismo) • desdobramento

natural da personalidade

• desdobramento parapsíquico

• desdobramento perispiritual

• desdobramento provisório

• desdobramento vivo

• desdobramento voluntário

• desencarnação

• estado ecsomático

• estado de emancipação consciencial

• excarnação temporária

• excursão anímica

• excursão parapsíquica

• experiência assomática

• experiência astral

• experiência de outro mundo

• experiência de saída do

corpo • experiência

ecsomática • experiência

exterior ao corpo humano

• experiência fora-do-corpo

(parapsicologia)

• experiência não-

intermediada • experiência parassomátic

a • experiência

projetiva • exteriorizaç

ão • exteriorizaç

ão da psique • exteriorizaç

• projeção do eu

• projeção do segundo corpo

• projeção espiritual

• projeção extracorpóre

a • projeção extrafísica

• projeção fora-do-corpo

• projeção heteróloga

• projeção hominal

• projeção humana

• projeção interdimensi

onal • projeção

psíquica • relocação da

sede consciencial

• saída astral • saída da consciência

fora da coincidência • saída consciente da matéria (TFCA)

• saída da matéria (TFCA)

• saída consciente do corpo

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provisória • desincorporação

temporária • desligamento do

corpo • deslocamento da

consciência • "despersonalizaç

ão auto-induzida"

• desprendimento de pessoa viva

• desprendimento espiritual

(espiritismo) • desprendimento

voluntário • disjunção

• dissociação • duplicação

astral • EEC (experiência

extracorporal) • EFDC

(experiência fora do corpo) • ecsomação

• "elevação ao céu"

• emancipação da alma

(kardecismo) • ensaio da morte • episódio fora do

corpo • ESC (experiência

de saída do corpo humano)

• escapada para o astral

• escapada perispirítica

ão do astrossoma

• externalização

• extrusão do duplo

psíquico • extrusão do

psicossoma • homoprojeção

• jornada astral

• jornada da alma

• jornada extrafísica

• libertação da

consciência • libertação existencial

• meia-morte • migração

anímica • migração

astral • miniférias extrafísicas

• minimorte • morte prévia

• morte provisória • morte temporária

• OOBE ou OBE (Out-of-Body Experience)

(EUA) • OBP ou OOBP (out-of-body projection)

(EUA) • passeio no

Além • pequena

morte • peregrinação

astral • prapti • pré-

experiência da morte • pré-

desencarnação

• projeção

físico (TFCA)

• saída sideral

• separação astral

• sonho astral • sonho flutuante

• sonho lúcido • sono desperto

• telemetria astral

• teste extracorpóre

o • trailer da

morte • transe onírico

• transporte pelo

espírito • transvazamen

to de consciência • via de

acesso extrafísico • viagem anímica

• viagem astral

(esoterismo, ocultismo) • viagem clarividente

• viagem da alma

(eckankar) • viagem da consciência • viagem espiritual • viagem extracorpóre

a • viagem extrafísica • viagem

extra-sensorial

• viagem mística

• viagem no

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astral (teosofia)

• projeção da alma

• projeção consciente

do eu • projeção da

consciência (projeciolog

ia, conscienciol

ogia) • projeção do

corpo psíquico ou emocional (rosa-cruz)

corpo de sonho

• viagem pela eternidade • viagem perispirític

a • videha (Índia)

• vôo anímico • vôo astral • vôo sideral

• vôo xamânico.

Na Relatos históricos

Bíblia, é possível encontrar passagens que poderiam ser interpretadas como saídas do corpo:

• Eclesiastes, Capítulo 12 versículo 6 a 7. • Coríntios I, Capítulo 15 versículo 35 a 44. • II Coríntios, Capítulo 12 versículo 2 a 4.

• Ezequiel Capítulo 3 versículo 12 a 14. • Apocalipse de João, Capítulo 1 versículo 10.

• Reis 2, capítulo 6 versículo 8 a 12. Ver também • Apometria • Autoscopia

• Bioenergologia • Conscienciologia

• Experiência de quase-morte • Lázaro Freire

• Orgônio • Projetor (Pesquisador)

• Vida • Wagner Borges • Waldo Vieira • Wilhelm Reich Referências

1. ↑ Marnie Chesterton (2005). Out-of-body or all in the mind?. BBC News. Página visitada em 2007-11-02.

2. ↑ Jansen, K The Ketamine Model of the Near Death Experience: A Central Role for the NMDA Receptor[1]

3. ↑ 3,0 3,1 Dr. James E. Whinnery The Trigger of Gravity 4. ↑ Pearson, Helen Electrodes trigger out-of-body

experience News@Nature (16 Sep 2002) News 5. ↑ Do ponto de vista da ciência médica, no entanto, a

parada cardíaca não implica imediatamente em morte encefálica, do mesmo modo que a ausência de ondas

cerebrais também não é suficiente para esse diagnóstico, pois o eletroencefalograma não tem capacidade de detecção para atividade cerebral mínima, que pode estar presente

durante as manobras de ressuscitação. Nenhum caso descrito de EQM foi submetido a protocolo de confirmação de morte

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encefálica. 6. ↑ Parnia S; Waller DG; Yeates R; Fenwick P A

qualitative and quantitative study of the incidence, features and aetiology of near death experiences in

cardiac arrest survivors. Resuscitation. 2001; 48(2):149-56

7. ↑ Jansen, K The Ketamine Model of the Near Death Experience: A Central Role for the NMDA Receptor [2] 8. ↑ Pearson, Helen Electrodes trigger out-of-body

experience News@Nature (16 Sep 2002) News 9. ↑ Rivas T. (2003). The Survivalist Interpretation of Recent Studies into the Near-Death Experience. Journal of

Religion and Psychical Research, 26, 1, 27-31. 10. ↑ Tart, CT A Psychophysiological Study of Out-of-the-Body Experiences in a Selected Subject. Journal of the American Society for Psychical Research, 1968, vol. 62,

no. 1, pp. 3-27 [3] 11. ↑ First Out-of-body Experience Induced In Laboratory

Setting. Science News (24 de agosto de 2007). Página visitada em 2007-11-02.

12. ↑ 12,0 12,1 Visores enganam o cérebro e induzem experiência fora do corpo. Folha On-line (23/08/2007 -

17h17). Página visitada em 2007-11-02. • Olaf Blanke, Theodor Landis, Laurent Spinelli e

Margitta Seeck. Brain Advance Access. (December 8, 2003). Brain - a Journal of Neurology

• VIEIRA, Waldo."Bibliografia adicional

Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano"; 900 p.;

ilus.; 1986; MD (ISBN 8586019585) • RANDI, James. Flim-Flam! Psychics, ESP, Unicorns and

other Delusions. Prometheus Books, 1982 • Mondini. Fabian. "Atravessando o Portal- técnicas de

projeção astral". São Paulo , editora Madras • Machado. Cesar. Experiências Fora do Corpo -

Fundamentos, Brasília, 2008 • Bianca. Maria da Aparecida de Oliveira. As

possibilidades do infinito: de um contato do 3. grau a conquista da auto-consciência, "TFCA - Técnica Física para

a Conquista da Autoconsciência" São Paulo, Ed. Kópion, 1987

• Bianca. Maria da Aparecida de Oliveira. A vida dentro da vida, "TFCA - Técnica Física para a Conquista da

Autoconsciência" São Paulo, Ed. Kópion, 1990 • Bianca. Maria da Aparecida de Oliveira. "A Filosofia da Técnica Física para a Conquista da Autoconsciência:

Vivenciação no Mundo Extrafísico (Mundo Espiritual)","TFCA - Técnica Física para a Conquista da Autoconsciência"

Brasília, Edição Independente, 2008 Projeção Astral: A possível Experiência fora do Corpo.

É sabido, desde a mais remota antiguidade, que a

"experiência fora do corpo" é um fato, envolvendo práticas

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de cunho técnico. Porém, devido ao desconhecimento sobre o assunto, grupos desinformados geraram fantasias sobre os "perigos" que envolveriam o processo, aliás inexistente. Sabe-se que os americanos e russos investiram milhões na pesquisa da paranormalidade, especialmente no assunto da "Projeção Astral Consciente", visando interesses obscuros de "espionagem extrafísica". Eles queriam criar o espião perfeito. Aquele que conseguiria entrar em qualquer base militar sem ser visto, observar o máximo e depois relatar

tudo para seus superiores. Hoje, a Projeciologia insere-se na Parapsicologia como ciência adstrita, digna de maior crédito, contando com pesquisadores como Wagner Borges, Waldo Vieira, Sylvan Muldoon, Hereward Carington, Robert A. Monroe, entre

tantos outros nacionais e internacionais.

Noções gerais sobre a Projeção da Consciência Projeção da Consciência é a capacidade que todo o ser humano tem de projetar a sua consciência para fora do

corpo físico. A consciência está sediada no corpo mental. O corpo mental está sediado na cabeça extrafísica do

psicossoma. O psicossoma está sediado por toda a extensão do corpo físico.

Estrutura do Psicossoma

O psicossoma pode ser definido como a contraparte extrafísica do corpo físico, uma réplica exata do corpo físico em toda a sua estrutura. A diferença entre os

corpos é que o psicossoma é constituído de matéria astral e que vibra numa frequência mais sutil e é infinitamente mais refinada do que a matéria física que constitui o

corpo físico.

Durante sono, os laços que mantém os veículos de

manifestação unidos se afrouxam e o psicossoma se destaca do corpo físico. Essa separação é que constitui o fenômeno

da projeção da consciência. Pode ocorrer não somente durante o sono, mas também no transe, na síncope, no

desmaio ou sob a influência de um anestésico. O nome "psicossoma" parece ser o mais adequado para

definir esse veículo de manifestação, já que nos planos extrafísicos evoluídos, os espíritos desencarnados o denominam dessa forma. Portanto, é bom o projetor se

acostumar com esse nome, pois ele é o mais usado fora do corpo. Entretanto, ele também é denominado de corpo

astral, perispírito, duplo astral, corpo fluídico, corpo espiritual, e outros.

A projeção Involuntária e Voluntária

Na maioria das projeções involuntárias, a pessoa projetada observa seu corpo físico deitado na cama e fica assustada,

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imaginando que está desencarnada. Outros pensam que estão vivendo um pesadelo e procuram desesperadamente acordar

seu corpo físico.

Muitos sonhos de vôo e de quedas estão relacionados

diretamente com a movimentação do psicossoma durante a projeção.

Existem as projeções voluntárias, nas quais a pessoa tenta sair do corpo pela vontade e consegue. Nesse caso, o

projetor comanda o desenvolvimento da experiência e está totalmente consciente fora do corpo; pode observar seu corpo físico com tranquilidade; viajar à vontade para lugares diferentes no plano físico ou extrafísico; encontrar com outros projetores ou com entidades

desencarnadas.

Cordão de Prata O psicossoma é ligado ao corpo físico por um apêndice energético, conhecido como cordão de prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico,

abandonado durante a projeção. Em contrapartida, o cordão de prata também conduz energias do corpo físico para o

psicossoma, criando um circuito energético de ida e volta.

Um dos medos básicos dos iniciantes é o de que o cordão

energético venha a se partir durante a projeção, acarretando, assim, a morte do corpo físico. Tal medo é

infundado, pois isso não acontece. O vigor e a elasticidade do cordão de prata são

incalculáveis. Por mais longe que o projetor estiver, o cordão de prata sempre o trará de volta para dentro do corpo físco. Se surgir alguma perturbação física no

ambiente onde repousa o corpo físico, o psicossoma será imediatamente atraído pelo cordão de prata para dentro dele. É nesse instante que muitos projetores têm a

sensação de queda e acordam assustados no corpo físico.

Pontos de ligação do cordão de prata nos corpos

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Os principais filamentos energéticos são aqueles que partem da área da cabeça, através dos chacras coronário e

frontal e, a partir do que tudo indica, da glândula pineal, no interior do crânio. Na parte projetada, o cordão de prata se liga na parte posterior da cabeça

extrafísica do psicossoma.

Catalepsia Projetiva A catalepsia projetiva pode ocorrer tanto antes como após a projeção. Geralmente, ela acontece da seguinte maneira: a pessoa desperta durante a noite e descobre que não pode se mover. Desesperada, ela tenta gritar, mas não consegue. Tenta abrir os olhos, mas não obtém resultado. Geralmente,

esse fenômeno dura apenas alguns instantes, mas para a pessoa parece que decorreram horas de agonia.

É um fenômeno que acontece com muitas pessoas, todas as noites, em todo o planeta. Se o leitor questionar as

pessoas do seu círculo familiar e de amizades, constatará que muitas delas já passaram por esse tipo de experiência

algum dia. Portanto, se o leitor se encontrar nessa situação em um noite qualquer, não tente se mover. Fique calmo e pense firmemente em sair do corpo e flutuar acima dele. Não tenha medo nem ansiedade e a projeção se realizará.

Caso o leitor não pretenda se arriscar e deseje recuperar o controle do seu corpo físico, basta tentar, com muita

calma, mover um dedo da mão ou uma pálpebra que, imediatamente, irá readquirir o movimento. Entretanto, se

a catalepsia projetiva ocorrer, não desperdice a oportunidade e procure sair do corpo.

Sintomas da Projeção

Além da catalepsia projetiva, podem ocorrer pequenas repercussões físicas no início da projeção, principalmente

no membros. Muitas pessoas, quando estão começando a adormecer, têm a sensação de estar "escorregando" ou caindo por um buraco e despertam sobressaltadas.

Estado vibracional - Ocasionalmente, o estado vibracional pode produzir uma espécie de zumbido ou ruído estridente que incomoda o projetor. Na verdade, essas vibrações são causadas pela aceleração das partículas energéticas do

psicossoma, criando assim um circuito fechado de energias. Essas energias são totalmente inofensivas e têm como

finalidade a separação dos dois corpos. Ballonnement - A pessoa tem a sensação de que o seu corpo

está inflando como um balão. Oscilação Astral - É quando o psicossoma flutua acima do corpo físico, oscilando sem controle de um lado para o

outro.

Tipos de Projeção Consciente - É aquela na qual o projetor sai do corpo e mantém a sua consciência lúcida durante todo o transcurso

da experiência extracorpórea. Semiconsciente - É aquela na qual a lucidez da consciência

é irregular e o projetor fica sonhando fora do corpo, totalmente iludido pelas idéias oníricas.

Inconsciente - É aquela na qual o projetor sai do corpo

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totalmente inconsciente. Infelizmente, a maioria dos encarnados está nessa situação.

Diferenças entre Projeção e Sonho As diferenças entre sonho e projeção são bem óbvias:

• A consciência não tem domínio sobre aquilo que está vivenciando

Sonho

• Não há coerência • Predomina a ilógica

• A consciência tem pleno domínio sobre si mesma Projeção

• Padrão normal de consciência • Padrão normal de lógica

Amparadores Extrafísicos

Durante toda a projeção, os amparadores estão presentes, assistindo e orientando o projetor, mesmo que ele não os perceba. Na maioria das vezes, eles ficam invisíveis e intangíveis ao projetor. A projeção em que o amparador

ajuda o projetor a sair do corpo é denominada de "Projeção Assistida".

Ataques Extrafísicos e a Autodefesa do Projetor

O ataque extrafísico ocorre quando um espírito

desencarnado, hostil, ataca o projetor fora do corpo. Se isso acontecer, o melhor é não ter medo, quer ele tenha aparência horrível ou não, e confiar em si mesmo para

resolver o problema.

Fora do corpo existe uma técnica de defesa infalível que é a exteriorização de energias na direção do agressor. Mesmo que sejam muitos atacantes, o projetor deve procurar se manter tranqüilo e estender as mãos extrafísicas na

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direção deles, enviando energias pela vontade e pensamentos altruísticos de paz e equilíbrio. No mesmo instante desta emissão energética, eles fugirão ou adormecerão ali mesmo onde estiverem, sendo então

conduzidos pelos amparadores para um local de tratamento espiritual.

Benefícios da Projeção

A projeção é uma experiência impressionante e os seus

benefícios para o projetor são muitos: • O projetor, fora do corpo, observa eventos físicos e

extrafísicos; • Nas horas em que o seu corpo físico está adormecido,

o projetor observa, trabalha, participa e aprende fora do corpo;

• Constatam, através da experiência pessoal, a realidade do mundo espiritual;

• Pode encontrar-se com espíritos desencarnados; • Pode substituir a crença pelo conhecimento direto,

através da experiência pessoal; • Pode ter a retrocognição extrafísica, lembrando

assim, de suas vidas anteriores e comprovando, realmente, por si mesmo, a existência da

reencarnação; • Pode prestar assistência extrafísica, através da

exteriorização de energias fora do corpo, para doentes encarnados e desencarnados;

• Pode fazer a desobsessão extrafísica; • Pode encontrar com pessoas amadas fora do corpo.

Amplitude da Projeção

Muitas pessoas pensam que a projeção é um dom parapsíquico que só certos sensitivos privilegiados possuem. Outras

pensam que é uma mediunidade. Essa opiniões são incorretas, pois a projeção não é um dom , nem tampouco

uma mediunidade. Qualquer pessoa pode sair do corpo, desde que se motive para isso com esforço e dedicação. É uma capacidade

parapsíquica inata em todos os seres humanos. Não pertence a nenhum mestre, doutrina ou instituição. É uma ferramenta parapsíquica que pode ajudar as consciências a alcançar a

maturidade espiritual. A projeção coloca os planos extrafísicos ao alcance do projetor que, através da experiência pessoal direta,

adquire informações novas e reformula conceitos antigo, manifestando-se com mais coerência e racionalidade. A projeção renova o projetor, pois o contato direto com

realidades mais avançadas o estimula a ter um desempenho mais produtivo.

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Universalismo e Cosmoética

Para fazer projeções de bom nível, o projetor deve ter uma ética muito grande. Existe a ética humana e existe a

cosmoética, que é uma ética extrafísica, espiritual, de nível mais avançado, onde o projetor deverá estar bem

intencionado, sabendo o que irá fazer com as informações que obtiver a respeito da projeção, usando-as com

discernimento e coerência para crescer consciencialmente e ajudar os outros. Conhecimento implica em responsabilidade

e sair do corpo não é brincadeira e nem "turismo extrafísico".

Se o projetor deseja ajuda dos amparadores, deve sempre ter em mente dois objetivos muito importantes para com o

desenvolvimento da experiência: o desejo sincero de adquirir conhecimentos fora do corpo e o desejo de prestar

assistência extrafísica, que pode ser ministrada para doentes desencarnados e encarnados.

Portanto, é muito importante se ter a cosmoética para fazer a projeção, pois se a intenção do projetor for aprender fora do corpo e ajudar os outros, ele terá a ajuda de espíritos amigos (amparadores) durante a experiência. Entretanto, se o projetor tentar se

prevalecer da invisibilidade e da intangibilidade do psicossoma, durante a projeção, para invadir a privacidade

dos outros ou tentar prejudicar alguém, acabará prejudicando a si próprio, pois a sua intenção negativa

atrairá espíritos densos, também com intenções negativas, que o perturbarão.

Além da cosmoética, o projetor deve ter também um

universalismo bastante avançado, porque a projeção não admite idéias pequenas, nem ortodoxias e tampouco

hipocrisias. Diante do mundo espiritual e das consciências desencarnadas, o projetor não conseguirá esconder de ninguém o que ele é e o que pensa. O psicossoma é um

veículo de manifestação que reflete o que a consciência é realmente. É o retrato vivo da consciência, com suas

qualidades e defeitos.

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O projetor não deve alimentar nenhum tipo de preconceito, seja ele racial, social, político ou religioso, pois a

projeção amplia os horizontes da consciência e a coloca de frente consigo mesma. Porém, se o projetor possuir uma menste fechada e preconceituosa, só irá perceber fora do

corpo aquilo que ele acredita ou aceito. Então, constatará apenas "meias verdades", pois o plano astral apresenta

muitas ilusões e formas mentais e o indivíduo pode correr o risco de ficar preso a isso.

Podemos citaro exemplo do racista, o indivíduo branco, preconceituoso, que deseja sair do corpo. Certo dia ele sente energias inter penetrando-o e percebe que elas vêm de um amparador evoluído, o qual está presente com a

intenção de tirá-lo do corpo. Projetando, ele percebe que esse amparador é um negro desencarnado, que mantém a forma

de seu psicossoma conforme sua última encarnação como negro. Desconsertado, o indivíduo retorna para o seu corpo imediatamente. O sentimento de racismo e sua mente fechada

impediram que ele progredisse na projeção.

Da mesmo forma podemos citar o exemplo do religioso

ortodoxo que o amparador tirou do corpo para ajudar uma criança, e o mesmo descobre, consternado, que essa ajuda deverá ser feita num terreiro de cultos afro-brasileiros. Negando-se a prestar assistência, na recusa de entrar no

local, o projetor retorna à base física.

Esses são exemplos que mostram porque o candidato a projetor deve ter a mente aberta, racional. No plano

extrafísico evoluído não existem preconceitos: todos são iguais, predominando o universalismo e a cosmoética. Entretanto, se o indivíduo for preconceituoso, os

amparadores não se interessarão em tira-lo do corpo, pois será uma pessoa mais difícil de Cooper. Além do mais, ele

atrairá, com seus preconceitos, espíritos obsessores.

A Projeção e a Antiguidade A projeção da consciência é mencionada em diversos textos antigos da Grécia, China, Índia, Tibet e Egito. Até mesmo

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na Bíblia existem referências em diversas partes. Um exemplo é:

São Paulo, Segunda Epístola aos Coríntios: Cap.12, Vers.2: "Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se no corpo

não sei, se fora do corpo, não sei: Deus sabe) foi arrebatado até o terceiro céu."

Conclusão

O candidato a projetor não deve ter medo de tentar a experiência fora do corpo. O medo é o maior inimigo do

projetor. Desde que mantenha sua higiene física e mental, tendo boas intenções, cosmoética, universalismo, altruísmo

e conhecimento, o projetor não tem o que temer.

Exercício prático No final do curso o prof. Wagner Borges realizou um exercício coletivo de relaxamento e possível saída do corpo. Esse exercício você pode conferir com o vídeo

abaixo. O vídeo é todo escuro e não está apontando para lugar algum. Deixei a máquina fotográfica na cadeira ao lado apontando para o teto, mas o principal nele é o áudio, com a voz de Wagner Borges nos passando a

orientação e conduzindo o exercício. "Sabem os médicos terrenos que o sono é um dos ministros mais eficientes na cura. É ausente do corpo, muitas vezes consegue a alma prover-se de recursos prodigiosos para a recuperação do veículo carnal em que estagia no mundo"

IPPB - Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bio-Energéticas

Fundado pelo Professor Wagner D´Eloy Borges Rua Gomes Nogueira, 168 - Ipiranga - São Paulo - SP

Tel: (11)6163-5381/6915-7351 E-mail: [email protected]

- André Luiz -

(psicografado por Chico Xavier, livro "Ação e Reação")

http://www.ippb.org.br/

Capítulo 3 A RAZÃO DA REALIZAÇÃO É A IDÉIA (encontrar o Céu). A busca

do pensamento pela matéria. Idealismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Idealismo é uma corrente filosófica que emergiu apenas

com ao advento da modernidade, uma vez que a posição central da subjectividade é fundamental. Seu oposto é o

materialismo. Tendo suas origens a partir da revolução filosófica

iniciada por Descartes e o seu cogito, é nos pensadores alemães que o Idealismo está em geral associado, desde

Kant até Hegel, que seria talvez o último grande idealista da modernidade. Muitos, ainda, acreditam que a teoria das

idéias de Platão é historicamente o primeiro dos idealismos, em que a verdadeira realidade está no mundo das idéias, das formas inteligíveis, acessíveis apenas à

razão.

É muito difícil resumir o pensamento idealista, uma vez que há divergências de perspectivas teóricas entre os

Definição de idealismo

filósofos idealistas. De todo modo, podemos considerar

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primado do Eu subjetivo como central em todo idealismo, o que não significa necessariamente reduzir a realidade ao pensamento. Assim, na filosofia idealista, o postulado básico é que Eu sou Eu, no sentido de que o Eu é objecto para mim (Eu). Ou seja, a velha oposição entre sujeito e objecto se revela no idealismo como incidente no interior do próprio eu, uma vez que o próprio Eu é o objecto para o

sujeito (Eu). "O idealismo tem elementos em comum com o preconceito, ou seja, sempre pensar no ideal. Mas na sociedade humana não deveria existir 'o ideal', pois todos nós somos diferentes e isso faz a evolução da sociedade ser maior. O ideal,

então, é a mistura das diferenças", segundo Rodrigo Silva Ferreira. s.m. (1833 RevPhil 62)

1. fil. Qualquer teoria filosófica em que o mundo material, objetivo, exterior só pode ser compreendido

plenamente a partir de sua verdade espiritual, mental ou subjetiva. Seus opostos seriam representados pelo realismo

('na filosofia moderna') e materialismo; 1. fil. No sentido ontológico, doutrina filosófica, cujo exemplo mais conhecido é o platonismo, segundo a qual

a realidade apresenta uma natureza essencialmente espiritual, sendo a matéria uma manifestação ilusória, aparente, incompleta, ou mera imitação imperfeita de uma matriz original constituída de formas ideais inteligíveis

e intangíveis; 2. p.ext. fil. No sentido gnosiológico, tal como

ocorre esp. no kantismo, teoria que considera o sentido e a inteligibilidade de um objeto de conhecimento dependente

do sujeito que o compreende, o que torna a realidade cognoscível heterônoma, carente de auto-suficiência, e

necessariamente redutível aos termos ou formas ideais que caracterizam a subjetividade humana;

3. p.ext. ét. No âmbito prático, cujo exemplo mais notório é o da ética kantiana, doutrina que supõe o

caráter fundamental dos ideais de conduta como guias da ação humana, a despeito de uma possível ausência de

exeqüibilidade integral ou verificabilidade empírica em tais prescrições morais.

2. Propensão a idealizar a realidade ou a deixar-se guiar mais por ideais do que por considerações práticas; 3. estét. lit. Teoria ou prática que valoriza mais a imaginação do que a cópia fiel da natureza. Seu oposto

seria o realismo.

Idealismo absoluto: Doutrina idealista inerente ao Glossário

hegelianismo, caracterizada pela suposição de que a única realidade plena e concreta é de natureza espiritual, sendo a compreensão materialística ou sensível dos objectos um

estágio pouco evoluído e superável no paulatino desenvolvimento cognitivo da subjectividade humana.

Idealismo dogmático: Idealismo, especialmente o berkelianismo, que se caracteriza por negar a existência

dos objetos exteriores à subjetividade humana [Termo cunhado pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) para designar uma orientação idealista com a qual não

concorda.]. Seu oposto seria o idealismo transcendental. Idealismo imaterialista: Idealismo defendido por Berkeley

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(1685-1753) que, partindo de uma perspectiva empirista, na qual a realidade se confunde com aquilo que dela se

percebe, conclui que os objetos materiais reduzem-se a idéias na mente de Deus e dos seres humanos;

berkelianismo, imaterialismo. Idealismo transcendental (também chamado formal ou

crítico): Doutrina kantiana, segundo a qual os fenômenos da realidade objectiva, por serem incapazes de se mostrar aos homens exactamente tais como são, não aparecem como

coisas-em-si, mas como representações subjectivas construídas pelas faculdades humanas de cognição. Seu

oposto seria o idealismo dogmático. ¤ etim fr. idéalisme (1749) 'sistema filosófico que

aproxima do pensamento toda existência', (1828) 'concepção estética na qual se deve buscar a expressão do ideal acima do real', (1863) 'atitude que consiste em subordinar o

pensamento e a conduta a um ideal', do fr. idéal + -isme; cp. port. ideal + -ismo; ver ide(o)- (Houaiss)

Idealismo Kantiano na Alemanha Kant e o Idealismo Alemão – PRÓLOGO

Kant (1724-1804) e os pensadores que formam o que foi denominado de Idealismo Alemão – Fichte (1762-1814), Schelling (1775-1854) e Hegel (1770-1831) – constituem um movimento filosófico de profundas

conseqüências para o pensamento ocidental. Em termos comparativos, seu vigor filosófico é comparado com o

período de Sócrates – (470-399 a. C.), Platão (427-347 a. C.) e Aristóteles (384-324 a. C.) – período este que também deixou profundas marcas na cultura filosófica ocidental. Do ponto de vista de sua influência, sua força não foi menor, pois Kant, Fichte, Schelling e Hegel inspiraram vários pensadores nos séculos XIX e

XX. Uma vez que nosso tempo é bastante limitado e o tema “Kant e o Idealismo Alemão” é muito vasto, nossa introdução a este tema estará concentrada na idéia do

que é o ser humano e sua capacidade de conhecer.

Kant Kant aprofunda um estilo de pensar iniciado por

Descartes (1596-1650) e gradativamente desenvolvido nos séculos posteriores. Este estilo de pensar sublinha a importância do sujeito diante do mundo. Trata-se da descoberta da atividade da consciência no ato de apreensão daquilo que costumeiramente chamamos

realidade. A consciência não é mais considerada como algo passivo, por exemplo, como um espelho a refletir a realidade como ela é em si mesma. De acordo com esse modo de interpretar a consciência, tanto melhor será o

desempenho da consciência quanto mais livre de prejuízos e pré-conceitos ela for.

Ao contrário, Kant, Fichte, Schelling e Hegel encaram a consciência como uma atividade e, na verdade,

como uma ação de construir o objeto com o qual ela lida. Portanto, a consciência não é uma folha em branco, meramente passiva, na qual a experiência

escreve. O que chamamos realidade é resultado de uma

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relação - esta palavra deve ser sublinhada – entre o sujeito que conhece e o objeto que é conhecido. Segunda a tese de Kant, o sujeito cognoscente

possui certos elementos que antecedem a experiência e, ao mesmo tempo, organizam e ordenam essa mesma

experiência. O termo técnico cunhado por Kant é o de forma pura a priori. Forma, porque o sujeito fornece

apenas um modo de organização de uma matéria proveniente de fora do sujeito, do mundo da experiência empírica objetiva. É pura a priori, porque esse modo de

organização não tem sua origem no mundo empírico. Assim sendo, o conhecimento da realidade objetiva é o resultado do encontro entre as formas puras a priori residentes no sujeito e o material fornecido pelo mundo objetivo empírico. Um tal encontro é denominado por

Kant de síntese. Síntese é uma palavra de origem grega cujo significado é composição. O conhecimento da

realidade, portanto, é uma composição ou uma construção entre as formas puras a priori, que antecedem os

objetos empíricos, e o material a posteriori oriundo do mundo dos objetos empíricos.

Vamos tentar dar um pequeno exemplo de uma das formas puras a priori investigadas por Kant, já que não temos

tempo de estudar todas elas. Ao contrário do que pensa o senso comum, o espaço não é uma realidade objetiva existindo fora do sujeito que conhece. O espaço, segundo Kant, não é um objeto externo a nós e percebido por nossos sentidos. Não podemos ver o espaço, tocar o espaço. Sendo uma das formas puras a priori, o espaço antecede o mundo

empírico, sensível e é responsável pela organização dos objetos empíricos.

Assim sendo, o que nós vemos são objetos já organizados pelo espaço. Não vejo, portanto, o espaço, já que ele não é um objeto empírico. Vejo, contudo, a mesa em uma determinada posição espacial em relação a mim, nesse caso, ela está diante de mim. O espaço, enquanto é uma forma não-empírica de organização de objetos empíricos, permite ao sujeito cognoscente organizar o objeto que vejo, a mesa, como estando situada diante de mim. O espaço, uma vez que é uma forma pura a priori, só pode ser visto pelo olho da mente, assim como um

polígono de dez mil lados também só é visível para o olho da mente. Kant descreve o modo como ele interpreta o ato de conhecer como uma revolução copernicana na filosofia. Assim como Copérnico fez os planetas girar em torno do sol ao invés de girar em torno da terra - passagem do geocentrismo para o heliocentrismo – algo semelhante deve ocorrer em nosso conhecimento dos

objetos. As condições formais puras a priori para o

conhecimento dos objetos não estão fora de nós no mundo dos objetos, mas, ao contrário, estão no sujeito. Os objetos devem se adaptar a essas condições existentes no sujeito para que eles possam ser conhecidos. Se os objetos não se adaptarem a essas condições subjetivas, eles não poderão ser conhecidos. Conseqüentemente, se um objeto não pode ser organizado pelo espaço, não pode

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ser representado como um objeto no espaço, então ele não é um objeto de conhecimento.

As formas puras a priori assinalam, portanto, o limite daquilo que posso conhecer e estão ancoradas no

sujeito. Mas, qual sujeito? O sujeito que possui as formas puras a priori não é o ser humano considerado na

sua dimensão de carne e osso. Ele também não é o sujeito psicológico com seus conflitos emocionais e psíquicos. Em outras palavras, o sujeito detentor daquelas condições formais puras a priori não é o sujeito biológico, bem como também não é o sujeito

emocional. Ele é, na verdade, um sujeito lógico e situado

exclusivamente no plano mental. Ele recebe de Kant o nome técnico de sujeito transcendental. Por não ser um sujeito do mundo empírico, um sujeito biológico ou um sujeito psicológico, ele transcende as dimensões do mundo físico, biológico e emocional. Situado no plano lógico-mental, no entanto, ele organiza, mediante as formas puras a priori, os objetos do mundo empírico.

Três observações finais sobre o sujeito transcendental.

Em primeiro lugar, o espaço, como já foi observado, não pode ser visto pelo olho da carne, pelo sujeito de

carne e osso, pois ele é um elemento meramente lógico e mental. Assim também é o caso com o sujeito

transcendental. Ele só pode ser visto por nossa mente, mas não é visível para o olho da carne.

Em segundo lugar, o sujeito transcendental não é um objeto empírico, mas organiza nossa experiência

empírica ao aplicar sobre ela todo o conjunto de formas puras a priori. Aqui se mostra de forma bastante

evidente as teses kantianas de uma revolução copernicana na filosofia e da consciência como uma

atividade. O sujeito transcendental é, pois, a consciência meramente lógica e ativa que estrutura os objetos empíricos que lhe são dados através de formas independentes da própria experiência empírica. Ao lançar seu aparato puro a priori sobre os objetos empíricos, ele constrói os objetos que ele pode, de

fato, conhecer. Em terceiro lugar, o sujeito transcendental é possuidor de faculdades e formas de ação sobre os

objetos da experiência empírica. Elas são a sensibilidade, o entendimento e a razão. A

sensibilidade é possuidora de formas puras a priori responsáveis pela apreensão direta e imediata dos

objetos empíricos. A sensibilidade não é aquilo que o senso comum costumeiramente tem em mente com esta

palavra. Por exemplo, quando falamos de uma pessoa de muita sensibilidade, capaz de captar pensamentos e sentimentos alheios. A sensibilidade é uma faculdade não-empírica direcionada para captar diretamente e sem intermediários os objetos empíricos: tempo e espaço são

as formas puras a priori da sensibilidade. Entendimento e razão, por sua vez, não têm mais por tarefa a apreensão imediata dos objetos empíricos, mas

pensar os objetos também mediante formas puras a

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priori. As formas puras a priori do entendimento são por Kant denominadas categorias. [Segundo Kant, o

verdadeiro conhecimento ocorre quando as formas puras a priori da sensibilidade e do entendimento são aplicadas ao objeto empírico. Assim sendo, os objetos empíricos são apreendidos pela sensibilidade e pensados pelo

entendimento. Assim como o entendimento, a razão tem por tarefa pensar os objetos. Diferentemente do entendimento,

contudo, a razão pensa objetos que nunca são apreendidos pela sensibilidade. A razão pensa objetos tais como alma, Deus e o mundo na sua totalidade. Como esses objetos não podem ser apreendidos pelo espaço e tempo, eles podem ser pensados pela razão, mas não podem ser conhecidos pela razão. Portanto, existem objetos que podem ser pensados, mas não podem ser

conhecidos. Esse é o caso dos objetos alma, o mundo na sua totalidade, Deus.

Fichte

Fichte, Schelling e Hegel partiram do legado de

Kant acerca do sujeito transcendental. Não se detiveram, todavia, dentro dos limites da filosofia de

Kant. Fichte aceita, de fato, a tese de Kant sobre o sujeito transcendental, mas também quer ir além de Kant. Fichte argumenta no sentido de que o sujeito transcendental - aquilo que ele também chama de eu - está em oposição ao mundo objetivo - a esfera do não-eu. Em virtude disto, segundo ele, a filosofia de Kant permanece restrita à oposição entre eu e não-eu, isto é, o eu transcendental em sua atividade de sintetizar

ou compor o mundo dos objetos. Aos olhos de Fichte, a oposição entre eu e não-eu assinala a permanência de Kant em uma posição dualista: o sujeito, de um lado; o objeto, de outro, sem que haja uma origem comum entre os dois. Para superar a posição

de Kant, Fichte retrocede a um ponto anterior à oposição entre eu e não-eu. Esse ponto não foi

investigado por Kant e, ao mesmo tempo, explica a origem da posição de Kant. A tese de Fichte é a seguinte: a identidade ou unidade é a origem da

oposição e da diferença. Qual é, então, a origem da oposição entre eu transcendental e não-eu, o mundo dos

objetos a ele oposto? Fichte qualifica essa origem de Eu absoluto. O Eu absoluto é diferente do eu transcendental, porque ele não está mais diante de um objeto que lhe é diferente. O Eu absoluto é o Eu sem estar em oposição ao não-eu, o Eu como pura atividade, como agir puro e simples. O Eu,

não mais considerado na sua relação com o não-eu e voltado para si mesmo, é ação de produzir a si mesmo. Produzir a si mesmo é o ato típico e característico do Eu. Ele é fundamentalmente o ato de pôr a si mesmo, sem

ser condicionado por nada que lhe seja exterior. O eu transcendental na sua relação com o mundo dos

objetos toma emprestado do Eu absoluto a ação que

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caracteriza todo eu. O eu transcendental aplica aos objetos as formas puras a priori, porque o sujeito, visto na sua essência, é fundamentalmente um agir, um fazer. É assim que o sujeito conhece a natureza (a esfera do não-eu), já que a natureza só surge para o sujeito, na medida em que ele age sobre o não-eu,

plasmando-o e formando-o. Assim como o eu transcendental, o Eu absoluto não é uma realidade empírica, física, biológica e emocional. Portanto, ele é objeto apenas do olho da mente. O Eu absoluto vive em um mundo meramente lógico. Por isso,

ele só pode ser compreendido pelo pensar. E, na verdade, trata-se de um pensar intuitivo e não mais de um pensar discursivo, como é o caso do entendimento. Esse pensar intuitivo é obra da razão e é chamada por

Fichte de intuição intelectual: ato da razão que apreende diretamente e sem intermediário o Eu como pura ação. Sensibilidade, entendimento e razão discursiva não estão, portanto, em condições de entender o Eu

absoluto. Somente entrando no mundo da razão intuitiva, o Eu absoluto se torna visível.

Schelling

Schelling, por sua vez, aceita as conclusões de

Fichte no que diz respeito a sua superação da filosofia de Kant. A oposição eu e não-eu tão característica do eu transcendental só pode ser vencida por uma instância situada além dessa oposição. Diferentemente de Fichte, contudo, Schelling não concorda com o fato de que o Eu absoluto seja a origem da dualidade “eu versus não-eu”. A origem da dualidade é o que Schelling denomina Razão absoluta, somente compreendida pela razão intuitiva, intuição intelectual. Portanto, ela é acessível apenas aos olhos da mente, assim como é o caso também do eu

transcendental e Eu absoluto. A razão absoluta não é mais um Eu absoluto, marcado pela oposição entre eu e não-eu. Ela não é sujeito, bem como não é também objeto. Ela é aquilo que existe antes da divisão entre sujeito ou eu, de um lado, e objeto e não-eu, de outro. Ela é, portanto, uma realidade que

não pode ser qualificada como eu transcendental, porque este é uma oposição entre eu e não-eu. Ela também não é

o mundo dos objetos, porque ela não é um objeto. A Razão absoluta é identidade pura, destituída de

qualquer diferença entre sujeito e objeto, sem que o lado do sujeito predomine sobre o objeto ou o objeto

predomine sobre o sujeito. Como, então, surgem o mundo do ser humano e o mundo

da natureza? O mundo da natureza e o mundo do ser humano são originados quando a indiferença entre sujeito ou eu e objeto ou não-eu existente na razão absoluta dá lugar à diferença entre eles. Portanto, o mundo da natureza e o mundo do ser humano surgem quando a oposição entre eu e não-eu surge a partir da Razão absoluta. Mas, se os dois mundos existem enquanto há oposição entre eu e

não-eu, qual é, então, a diferença entre o mundo humano

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e o mundo natural? O mundo natural é constituído pela oposição entre eu e não-eu na qual predomina a esfera objetiva, a esfera do inconsciente, sobre a esfera subjetiva, o consciente. O mundo natural é, pois, aquele em que a oposição entre o inconsciente e o consciente não favorece aos seres da natureza tomar consciência de quem eles são. Os seres

do mundo mineral, vegetal e animal não conseguem alcançar a consciência de si mesmos, bem como também não obtêm consciência do movimento que tem sua origem

na Razão absoluta e produz o mundo da natureza. A natureza não é, porém, uma realidade estática. Ao

contrário, ela é uma dinâmica, um movimento, um processo, uma evolução na qual gradativamente o

inconsciente deixa de ser o elemento predominante. O mundo animal é aquele em que ainda predomina o

inconsciente sobre o consciente, mas, no mundo animal, o grau de inconsciência é menor do que a inconsciência nos mundos mineral e vegetal. O mundo da natureza é, falando metaforicamente, aquele em que o sujeito, a consciência está, por assim dizer, dormindo, uma vez que na natureza a esfera objetiva, o inconsciente

predomina. O mundo humano, todavia, sinaliza a predominância do subjetivo sobre o objetivo, do consciente sobre o

inconsciente. Depois de um longo percurso pela natureza, a oposição entre eu e não-eu ganha uma nova

fisionomia. Com o predomínio da subjetividade consciente, nasce o ser humano o qual é capaz de tornar-se não só consciente da Razão absoluta, o

movimento de saída da Razão absoluta para a natureza e o mundo humano, bem como tornar-se consciente de si

mesmo. Se podemos considerar a natureza como o ser humano em seu estado de dormência, inconsciência, o mundo

humano, por sua vez, pode ser encarado como a natureza desperta, a natureza que alcançou consciência de si mesma. Assim sendo, o mundo humano e o mundo natural

são perpassados por um e mesmo movimento. Qualitativamente falando, natureza e ser humano são feitos, por assim dizer, de um só mesmo material, a

oposição entre eu e não-eu. A diferença entre natureza e ser humano reside em um aspecto quantitativo, ora, a predominância do não-eu, inconsciente e objeto – o mundo da natureza – ora, a predominância do eu,

consciente e sujeito – o mundo do sujeito.

Hegel

Finalmente, chegamos a Hegel. Ele pretende avançar para além de Kant, Fichte e Schelling. Ele partilha com

Fichte e Schelling o mesmo propósito: superar o dualismo da filosofia de Kant. Concorda também com

Schelling, na medida em que não aceita o Eu absoluto de Fichte como a origem capaz de explicar a dualidade. Hegel, entretanto, discorda de Schelling no que diz

respeito à Razão absoluta, enquanto esta é para Schelling o que explica a dualidade.

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O ponto de partida para explicar o mundo da natureza e o mundo humano não é aquela indiferença entre sujeito e

objeto, eu e não-eu, consciente e inconsciente. O princípio explicador de toda realidade é também marcado por uma oposição entre sujeito e objeto. Essa oposição,

contudo, é imanente, interna ou está dentro do princípio que origina toda a realidade. Essa é a

primeira distinção entre Hegel e Schelling. A segunda distinção diz respeito ao fato de que o princípio originador de toda realidade – denominado por Hegel ora de o Lógico, ora a Idéia, ora o Conceito, ora

também a Razão – é um movimento, um processo, uma realidade dinâmica. Esse princípio, justamente por ser

um movimento ou processo, produz uma série de diferenças internas ao próprio princípio. A Razão no sentido de Hegel se distingue da Razão absoluta de Schelling, porque, para Hegel, seria um despropósito falar de uma realidade sem oposições e diferenças. A

própria Razão é uma relação entre identidade e diferença produzida dentro da identidade. Portanto, a Razão, para Hegel, é tanto identidade quanto diferença, ao passo que, para Schelling, ela é apenas identidade e, na verdade, identidade pura, absoluta, sem qualquer

traço de diferença. É bom lembrar que tanto para Hegel quanto para

Schelling a Razão, interpretada como princípio originador de toda realidade, não é a razão de um ser finito como o ser humano. A Razão absoluta de Schelling e a Razão no sentido de Hegel são realidades supra-

humanas, aquilo que é a fonte de toda vida, a natural e a humana.

Uma tal realidade supra-humana é acessível a nós, humanos, mediante a mente, a razão. No caso de Schelling, como acima visto, a Razão absoluta é

compreensível por nós através de um ato intuitivo de nossa razão. Como Hegel não aceita a Razão absoluta de Schelling, também discorda de um ato exclusivamente

intuitivo da razão. A razão, para Hegel, é exclusivamente discursiva, porque qualquer objeto – seja a Razão, sejam os objetos da natureza e do mundo humano – são marcados por uma relação de identidade e

diferença. Neste ponto, Hegel concorda com Kant: sensibilidade, entendimento e razão discursiva constituem o conjunto de nossas faculdades. Com elas e através delas, todos tipos de objetos tornam-se acessíveis para nós. Fichte e Schelling, por seu turno, apesar da diferença de suas

filosofias, aceitam, alem da sensibilidade, do entendimento e da razão discursiva, uma razão

intuitiva, um ato de pensamento que nos fornece uma realidade destituída da oposição entre sujeito e

objeto.

CONCLUSÃO

Mas aqui também tem lugar os limites das filosofias de Kant, Fichte, Schelling e Hegel. Apesar das

diferenças entre eles, todo o aparato de faculdades

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reconhecidas por estes pensadores abrange sensibilidade, entendimento, razão discursiva e razão intuitiva. Elas esgotam, no entanto, todas nossas formas de conhecimento? Com essas faculdades estão

exauridos todos os tipos de realidade a nós, humanos, acessíveis? Não residiria aqui, na abrangência de objetos reconhecidos por essas faculdades, um dos

limites de Kant e dos pensadores que formam o Idealismo Alemão?

Uma outra forma de apontar os limites dos pensadores aqui estudados é abordar os tipos de

subjetividade por ele contemplados. Kant, Fichte, Schelling e Hegel tratam do eu físico-biológico, do eu

emocional e do eu mental. Mas, estes tipos de eu constituem o inventário completo e finalizado de todos

tipos de subjetividade? E aqueles tipos de subjetividade - tais como o eu anímico, o eu espiritual - contemplados por pensadores anteriores e posteriores aos filósofos aqui abordados, tipos de subjetividade que ultrapassam o âmbito de atuação do eu mental, mas que Kant, Fichte, Schelling e Hegel não levaram em

consideração? Finalizando e de acordo com meu ponto de vista, Kant, Fichte, Schelling e Hegel abordaram objetos

vistos pelos olhos da carne e da mente, ao passo que aqueles objetos acessíveis aos olhos da alma e do

espírito não foram por esses pensadores investigados.

Capítulo 4 A REALIZAÇÃO DA RAZÃO É A MATÉRIA (encontrar a Terra): A procura da matéria pela 0/matéria, pelo pensamento, pela

idéia. materialismo dialético

teoria que explica a gênese do espírito a partir dos fenômenos materiais. — O materialismo dialético não

considera absolutamente o espírito como um simples reflexo da natureza, como faz o materialismo dogmático; é

"dialético" no sentido em que o espírito e a natureza se explicam um pelo outro, constituem uma totalidade originária, cujas formas concretas vão da impressão

sensorial à consciência mais alta, passando pela sensação cinestésica (sensação orgânica do movimento), pelo

reflexo, pela inteligência animal; depois, pela reação reprimida, da qual nascem a consciência, a linguagem e finalmente a inteligência e o pensamento por conceitos.

Nesse sentido Lênin escrevia que "os conceitos são os mais elevados produtos do cérebro, que é, ele próprio, o mais elevado produto da matéria". O materialismo dialético é então uma vasta teoria da evolução que explica o homem e

os fenômenos espirituais (como o conhecimento, a religião) a partir do movimento material que está na origem da

sensação. Em outros termos, a dialética se apresenta como um método científico para o conhecimento de como a vida nasce da matéria e como o espírito jorra da vida: dessa

maneira a interpretam os marxistas soviéticos como Kammari, ou o Dicionário filosófico de Loudine e

Rosenthal. Essa teoria possui, entretanto, certos limites: entre cada momento do desenvolvimento, que vai da sensação

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ao pensamento, existem "pulos qualitativos", isto é, entre a sensação e o reflexo, o reflexo e o pensamento, existe uma diferença de natureza que o materialismo acha-se

impotente para explicar e que não pode senão constatar. Em outros termos, o materialismo dialético reconhece o fato de uma diferença de natureza entre a matéria e a vida de uma parte, a vida e o espírito de outra parte (quando fala de "pulos qualitativos"), mas supõe hipoteticamente uma continuidade de desenvolvimento. Exprime menos uma lei científica que uma hipótese filosófica. Esta hipótese

filosófica não tem nenhuma utilidade em si mesma; expressa antes um ideal da ciência. A dialética materialista não

prova o materialismo; exprime principalmente uma fé prévia na verdade do materialismo. (V. epifenômeno, marxismo,

materialismo.) [Larousse]

O materialismo dialético é a união do materialismo

clássico com a dialética de Hegel, e representa o núcleo filosófico do marxismo. Com ele aflora à superfície a possibilidade, que em Hegel só se encontra em estado

latente, de uma concepção materialista. Se para Hegel a natureza era mero "ser-fora-de-si", Feuerbach, Marx e

Engels, invertendo os termos, convertem a consciência em mero reflexo da natureza. No materialismo dialético

soviético de nossos dias, que é o que de modo especial temos em vista neste artigo, somente duas disciplinas filosóficas se encontram até certo ponto organizadas: a doutrina do ser e a do conhecimento. A primeira descreve as leis do movimento da matéria; a segunda, seu reflexo na consciência. As restantes disciplinas filosóficas foram

substituídas pelas respectivas ciências positivas limítrofes, sob o patrocínio do método dialético.

Quando a física moderna passou a formular novas definições

da matéria, Lenine enclausurou-se num "conceito filosófico" da mesma. "A única propriedade da matéria, a cuja aceitação está ligado o materialismo filosófico, é a de ser realidade objetiva, a de existir fora de nossa consciência (noutro lugar escreve: "independentemente

dela"). Mas, ao afirmar isto, pretende defender de maneira categórica que só existe um tipo independente de ser: a

matéria. Há, porém, ainda outra propriedades dessa realidade absoluta a saber, a infinidade e o movimento,

ambos no espaço e tempo, a indestrutibilidade, a incriabilidade e principalmente a perceptibilidade

sensível, embora em certos casos só mediata.

O automovimento de matéria perfaz-se de acordo com as leis da dialética. Segundo elas, todo existente (tese) encerra em si contradições que impelem à luta e, consequentemente, ao desenvolvimento ou evolução. Esta vai do inferior ao superior, da matéria inanimada à vida, à sensação, à consciência. A súbita mudança da tese é preparada por

modificações quantitativas que podem ir-se produzindo até um certo ponto máximo, natural para cada coisa (p. ex.,

aquecimento da água até ao ponto de ebulição). Mas, ultrapassando-se este limite, origina-se, num "salto

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dialético", um ser inteiramente novo (p. ex., vapor de água) como negação do primeiro (antítese). A negação da negação conduz, em seguida, à terceira fase (síntese), a

qual, por seu turno, representa um novo começo: o processo dialético prossegue eternamente seu caminho

A epistemologia do materialismo dialético contém duas

afirmações: a consciência brota, mediante o salto dialético, da matéria menos organizada, e reproduz

exatamente o ambiente que a rodeia. Segundo Lenine, nossas percepções (e, em sentido lato, também nossos conceitos) são "reflexos" de um mundo exterior, cuja realidade se pressupõe como evidente. Uma vez que o ser, por hipótese cheio de contradições, não é apreensível por meio da

lógica e de seu princípio de contradição (princípio de contradição), e atendendo, por outro lado, a que nenhuma enunciação dotada de sentido pode renunciar à lógica

formal, o materialismo dialético empenha-se em criar uma nova lógica "dialética", no intuito de representar em

forma não contraditória o ser repleto de contradições. O único critério para avaliar a justeza do conhecimento é a praxis (a ação), ou seja, a técnica, a indústria e, de

modo peculiar, a luta pelo comunismo. Dado que a evolução fundamental do universo, evolução independente da humana

vontade, se processa também na mesma orientação, a encorporação consciente neste movimento corresponde à

realidade, sendo "correta" no duplo sentido do termo russo Pravda (verdade e justiça). A praxis (ação) é dirigida

pelo "partido", o qual conhece, da melhor maneira possível, o caminho que conduz ao fim e, consequentemente, profere o veredicto supremo em todos os domínios da vida e

do saber. De tudo isto fluem estes dois postulados metodológicos fundamentais do materialismo dialético: unidade de teoria e praxis (ação) e partidarismo da filosofia. O materialismo dialético repudia, como "objetivismo", a investigação puramente objetiva,

imparcial.

O materialismo dialético serve para justificar teoreticamente a concepção materialista da história: o

materialismo histórico. Também a vida social, como todo e qualquer ser, alberga em si necessariamente contradições. As "forças produtivas" (os instrumentos e a habilidade dos

produtores), constantemente aperfeiçoadas, entram em conflito com as "condições de produção" (a forma da propriedade), originando assim um transtorno da

"superestrutura ideológica" (política, filosofia, direito, arte, religião), transtorno que, por sua vez, se repercute de novo na "base econômica" (ideologia). A princípio, o conflito processa-se quantitativamente lutas de classes

entre os possuidores dos meios de produção e os assalariados) até que, atingindo seu ponto máximo natural, produz, mediante o salto dialético (revolução), uma ordem social nova, oposta à precedente. Supõe-se que, por esta forma, uma comunidade comunista primitiva se converteu no regime social da antiga escravidão; e esta, em feudalismo, em capitalismo e (provisoriamente só na antiga U.R.S.S.) em "socialismo". No socialismo cessa a luta de classes,

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porque a moderna forma social de produção coincide com a forma social da propriedade e, por conseguinte, deixou de haver classes antagônicas. Aqui, a dialética essencial a

todo ser manifesta-se unicamente na "crítica e autocrítica". A partir desta fase, a humanidade passará a um estado final paradisíaco: o comunismo propriamente

dito.

O âmago do materialismo dialético é constituído pela absolutização de uma "matéria" que se move no espaço e no

tempo, ou seja, em última instância, de um devir sem causa. Tal concepção é insustentável. O espírito,

caracterizado pela independência que, de acordo com o seu ser, possui relativamente à matéria, não pode provir desta mediante qualquer "evolução", por dialética que esta seja. Além disso, a ontologia do materialismo dialético pode

fundamentar, quando muito, um realismo; nunca, um monismo. Nem a definição de matéria, apresentada por Lenine, é logicamente compatível com o monismo, pois que deixa

subsistir a matéria independentemente da consciência, e fora dela, permitindo, portanto, uma dualidade. Por outro lado, uma realidade contraditória em si mesma é um absurdo (princípio de contradição). — Os conceitos bolchevistas de vero, de bom e de belo, estão subordinados, não à verdade objetiva, mas, de maneira puramente pragmática, a uma ideologia política arbitrária, não confirmada pela

evolução real, visto que a União Soviética "socialista", com sua vasta camada de funcionários socialmente

privilegiados, está muito longe de ser uma sociedade sem classes. Em resumo, o materialismo dialético e o

materialismo histórico são os fundamentos teórica e praticamente insustentáveis de um desumano sistema de

opressão. — Falk. [Brugger]

B. Origens e fundadores.

Os Russos consideram como fundador do materialismo dialético Karl Heinrich Marx (1818-1883), o famoso

economista com quem colaborou intimamente Friedrich Engels (1820-1895). Marx era discípulo de Hegel. Na época em que estudava na universidade de Berlim (1837-1841), já se

havia formado na escola hegeliana urna "ala direita" e uma "ala esquerda". Um representante ilustre da esquerda

hegeliana, que dava ao sistema de Hegel uma interpretação materialista e concebia a historia universal como

desenvolvimento, não do espírito, mas da matéria, era Ludwig Feuerbach (1804-1872). Marx associou-se intimamente com Feuerbach, permanecendo, no entanto, ao mesmo tempo

também sob a influência do materialismo científico nascente. Assim se explica seu entusiasmo pela ciência,

sua fé profunda e ingênua no progresso e sua simpatia pelo evolucionismo de Darwin. Todavia, Marx era, acima de tudo,

economista, sociólogo e filósofo social; fundou o materialismo histórico, ao passo que o fundamento

filosófico geral do sistema, o materialismo dialético, é essencialmente obra de Engels. Este materialismo dialético

consiste numa combinação da dialética hegeliana e do

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materialismo do século XIX.

As doutrinas de Marx e de Engels foram subsequentemente retomadas por Vladimir Ilitch Ulianov (Lenin, 1870-1924), que as interpretou e impôs ao partido comunista. Lenin

modificou muito pouco a doutrina de Marx, mas desenvolveu-a nas polêmicas que teve de travar contra as

interpretações mecanicistas e empiriocriticistas da mesma. Seu colaborador e sucessor na direção do partido, Josif

Visarionovitch Djugachvili (Stalin, 1879-1953), sistematizou a doutrina de Marx, de acordo com a

interpretação dada por Lenin. A filosofia assim elaborada é conhecida por "marxismo-leninismo-stalinismo" e considerada na Rússia comunista como um todo uno e

indivisível. É apresentada em forma de enciclopédias, de ensaios de volume médio e de pequenos catecismos, e

constitui disciplina obrigatória nas universidades do Estado Soviético. Contudo, os autores de tratados marxistas assumem pouca importância, porque, como

dissemos, não fazem mais do que repetir o que Lenin e Stalin escreveram.

C. A evolução na Rússia comunista.

Vêm aqui a propósito algumas indicações acerca da

filosofia na Rússia dos Sovietes, uma vez que a filosofia soviética se identifica com o materialismo dialético, e seus defensores no Ocidente europeu só são tomados em consideração quando concordam com os filósofos russos. Isto se explica pelo fato de o materialismo dialético dever quase exclusivamente sua influência ao apoio do

partido; como este é fortemente centralizado, não tolera senão uma filosofia conforme com as normas russas.

Na história da filosofia soviética podem distinguir-se quatro períodos. 1) De 1917 a 1921, após o curto período

de guerra, durante o qual reinava ainda uma relativa liberdade, todos os filósofos não marxistas foram presos, expulsos da Rússia ou liquidados. 2) Na época entre 1922 e 1930 suscitaram-se violentas controvérsias entre a escola

denominada "mecanicista" e a escola "idealista mencheviquizante"; a primeira pretendia apresentar o

materialismo dialético como materialismo puro, ao passo que a segunda, dirigida por G. A. Deborin, procurava

manter o equilíbrio entre os dois elementos. 3) A 15 de janeiro de 1931, ambas as escolas foram condenadas pelo Comitê Central do partido; e assim começou um terceiro

período (1931-1946), no qual, se excetuarmos a publicação do folheto de Stalin (1938), parece ter-se extinguido completamente na Rússia a vida filosófica. Os filósofos limitam-se a publicar exclusivamente comentários ou obras

de vulgarização. 4) O quarto período começa com uma conferência de A. A. Chdanov, proferida em 24 de junho de 1947, por ordem do Comitê Central e de Stalin. Chdanov, em seu discurso, condena G. F. Alexandeov, um dos principais filósofos russos, e reclama uma atividade sistemática mais eficaz por parte de todos os filósofos soviéticos. Este

convite teve consequências imediatas. Presentemente

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(década de 1950) travam-se na Rússia numerosas e violentas discussões acerca da interpretação dos "clássicos" no

atinente a determinados temas que o mencionado folheto de Stalin não dirimiu dogmaticamente. Citemos, neste breve resumo, a condenação da Lógica de W. F. Asmus, por causa de seu "caráter apolítico e objetivista", a retratação por

B. M. Kedeov de sua tentativa de pôr um clique ao nacionalismo desenfreado (1949), os ataques atualmente

(1950) dirigidos contra a Psicologia geral de N. Rubinstein e, principalmente, a discussão em torno da importante obra de M. A. Markov, Sobre a natureza do

conhecimento físico (1947), que foi estigmatizada como não ortodoxa por A. A. Maksimov (1948) e, em seguida,

oficialmente condenada (1949).

No domínio da psicologia, verifica-se evolução análoga. Se já antes o vocábulo "psicologia" era tido por não ortodoxo

e não faltaram tentativas para substituí-lo por "reactologia", ou por outras denominações, recentemente a psicologia (bem como a lógica, anteriormente excluída) foi

admitida como legítima disciplina acadêmica. Em todas estas discussões — como também na tão famosa controvérsia sobre genética (1948) — M. B. Mitin desempenhou funesta ação: passa por ser o porta-voz do regime e participou em todas as condenações de que foram vítimas os colegas que mostraram independência de pensamento. Mitin parece ser o representante mais importante do materialismo dialético

contemporâneo.

Notemos, todavia, que todas estas discussões se travam rigorosamente no âmbito do materialismo dialético, que

deixam intactas todas as teses capitais do sistema estabelecidas por Stalin, e que a sua técnica consiste essencialmente em os adversários tentarem acusar-se

mutuamente de serem infiéis à linha Marx-Engels-Lenin-Stalin. é notável que nestas controvérsias se invoque muito pouco a autoridade de Marx e, pelo contrário, se

apele principalmente para Engels e Lenin.

D. O materialismo.

Segundo esta doutrina o mundo material é o único mundo real e o espírito não é mais do que o produto de um órgão

material, o cérebro. A oposição entre matéria e consciência só tem valor epistemológico; ontologicamente só existe a matéria. Os materialistas dialéticos criticam,

é certo, as antigas teorias materialistas, mas esta crítica não se refere ao materialismo enquanto tal, senão exclusivamente à ausência de um elemento "dialético", de

uma noção justa da evolução.

O alcance do materialismo dialético depende, como é natural, do sentido que se atribua à palavra "matéria". A

este respeito, a definição de Lenin suscita certa dificuldade. Segundo Lenin, a matéria é pura e

simplesmente uma "categoria filosófica que serve para designar a realidade objetiva", ao passo que em epistemologia, via de regra, opõe-se a matéria à

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consciência, identificando-se, neste caso, a "matéria" 'com o "ser objetivo". Não pode subsistir dúvida a este respeito, uma vez que, por outro lado, os materialistas dialéticos afirmam que conhecemos a matéria por efeito de nossos sentidos, que ela está sujeita a leis deterministas e puramente causais, e que se opõe à consciência; em suma,

é óbvio que a palavra "matéria", para os materialistas dialéticos, não comporta sentido diferente do sentido

usual. O materialismo dialético é um materialismo clássico e radical.

Mas este materialismo não é mecanicista. Pela famosa

resolução de 1931, o Soviete Supremo condenou os filósofos que defendiam o mecanicismo. Segundo a doutrina em vigor, só a matéria inorgânica está sujeita às leis mecânicas;

nunca porém a matéria viva, a qual está subordinada a leis deterministas e causais, mas não a leis mecânicas. Até mesmo em física os materialistas dialéticos não são

partidários de um atomismo absoluto.

E. A evolução dialética; monismo e determinismo.

A matéria encontra-se em constante evolução, e graças a esta evolução vão-se formando seres cada vez mais

complexos: átomos, moléculas, células vivas, plantas, homens, sociedade. A evolução não é considerada como sendo de tipo circular, mas sim de tipo linear, e num sentido

otimista: o último é sempre o mais complexo e este confunde-se com o melhor e mais elevado. Os materialistas dialéticos estão ainda embebidos da crença do século XIX

no progresso mediante a evolução.

Mas esta evolução consiste, segundo eles, numa série de revoluções: pequenas mudanças quantitativas vâo-se

acumulando na natureza de cada coisa; surge uma tensão, um conflito, e, em determinado momento, os elementos novos ganharam força bastante para romper o equilíbrio; súbito, das modificações quantitativas acumuladas brota uma nova

qualidade. Portanto, o conflito constitui a força propulsora da evolução e esta avança aos saltos: é a

chamada "evolução dialética".

Todo este processo evolutivo carece de finalidade e realiza-se sob a pressão de fatores puramente causais, em forma de choques e de conflitos. Em rigor de expressão, o mundo carece de sentido e de finalidade, evolui às cegas,

de acordo com suas leis eternas e calculáveis.

Nada de fixo existe: o mundo inteiro e todas as suas partes integrantes estão sujeitos à evolução dialética: sempre e em toda a parte morre o que é velho e surge o novo. Não há substâncias imutáveis nem "princípios eternos". Só a matéria enquanto tal e as leis de sua

variação subsistem eternamente no movimento universal.

O mundo deve ser concebido como um todo uniforme. Em oposição à metafísica, que (segundo os marxistas) via no

mundo uma multidão de seres não ligados entre si, os

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materialistas dialéticos professam o monismo num duplo sentido: o mundo é, segundo eles, a única realidade (fora da qual nada existe, em especial não existe Deus) e seu

princípio é essencialmente homogêneo, devendo ser rejeitado como falso todo e qualquer dualismo e

pluralismo.

As leis que governam este mundo são leis deterministas no sentido clássico da palavra. É verdade que os

materialistas dialéticos, por motivos que eles sabem, não gostam de ser chamados "deterministas". De acordo com a doutrina que professam, o crescimento de uma planta, por exemplo, não é simplesmente determinado pelas leis dessa planta, porque uma causa exterior, digamos o granizo, pode tornar inoperantes essas leis. Mas no que diz respeito ao universo inteiro, segundo o materialismo dialético toda contingência fica manifestamente excluída. A totalidade das leis do universo determina de modo absoluto todo o

devir universal.

F. Psicologia.

A consciência, o espírito, não é mais do que um epifenômeno, uma "cópia, um reflexo, uma fotografia da matéria" (Lenin). Sem o corpo a consciência não pode

subsistir; ela é o produto do cérebro. A matéria é sempre o primeiro dado; a consciência, ou o espírito, o segundo. Consequentemente, não é a consciência que determina a matéria, mas, ao invés, é a matéria que determina a

consciência. Pelo que, a psicologia marxista é materialista e determinista.

Contudo, este determinismo é mais sutil que o dos antigos

materialistas. Em primeiro lugar, os materialistas dialéticos, como já se viu a propósito do acaso, não

querem por forma alguma ser deterministas. Para eles, a liberdade consiste na possibilidade de tornar produtivas

as leis da natureza; sem dúvida, o próprio homem encontra-se determinado por suas próprias leis, mas tem consciência disso, e sua liberdade consiste — como Hegel defendia —

simplesmente na consciência da necessidade. Além disso, a matéria, dizem os materialistas dialéticos, não determina

diretamente a consciência, senão que atua antes por intermédio da sociedade.

Com efeito, o homem é essencialmente social; não pode viver sem a sociedade. Só em sociedade lhe é possível

produzir os bens necessários à vida. Mas os instrumentos e os métodos desta produção determinam, em primeiro lugar,

as relações inter-humanas que neles estribam e, por intermédio destas, a consciência dos homens. Esta é a tese

do materialismo histórico: tudo quanto o homem pensa, deseja, quer, etc, é. em última instância, consequência de

suas necessidades econômicas, tais como resultam dos métodos de produção e das relações sociais criadas por

esta produção.

Tais métodos e relações variam sem cessar, e por esta

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forma a sociedade encontra-se sujeita à lei do desenvolvimento dialético que se manifesta na luta social

de classes. Todo o conteúdo da consciência humana é determinado pela sociedade e modifica-se com o progresso

econômico.

G. Teoria do conhecimento.

Dado que a matéria determina a consciência, o conhecimento deve ser compreendido de maneira realista: o sujeito não produz o objeto, mas o objeto existe independentemente do sujeito; o conhecimento consiste no fato de existirem no

espírito cópias, reflexos, fotografias da matéria. O mundo, longe de ser incognoscível, é inteiramente cognoscível. Naturalmente, o verdadeiro método de

conhecimento reside somente na ciência aliada à praxis técnica; os progressos da técnica mostram abundantemente a fragilidade de todos os agnosticismos. O conhecimento é

essencialmente conhecimento sensível; todavia, o pensamento racional é necessário para ordenar estes dados

da experiência. O positivismo não é mais do que uma "charlatanaria burguesa" e "idealismo"; na realidade, captamos a essência das coisas através dos fenômenos.

Portanto, a teoria marxista do conhecimento apresenta-se-nos como um realismo absoluto e ingênuo do bem conhecido tipo empirista. A peculiaridade do materialismo dialético consiste em juntar a estas concepções realistas outras, que podemos qualificar de pragmáticas. Da ideia de o

conteúdo total de nossa consciência ser determinado por nossas necessidades econômicas, segue-se que cada classe da sociedade possui uma ciência e uma filosofia próprias. Não é possível uma ciência independente, apartidária. É verdadeiro o que leva ao êxito; o único critério de

verdade é a prática.

Estas duas teorias do conhecimento coexistem no marxismo, sem que tenha sido envidado qualquer esforço para harmonizá-las. Alega-se, quando muito, que o nosso

conhecimento se empenha por alcançar a verdade perfeita; mas que, por ora, não é mais do que um conhecimento

relativo em correspondência com nossas necessidades. Neste ponto a teoria parece descair em contradição; pois que, se

a verdade fosse determinada pelas necessidades, o conhecimento nunca poderia ser uma cópia, nem sequer

parcial, da realidade.

H. Os valores.

Segundo o materialismo histórico, o conteúdo total da consciência depende das necessidades econômicas, que, por seu turno, se encontram em perpétua evolução. Isto se

aplica de modo peculiar à moral, à estética e à religião.

No que se refere à moral, o materialismo dialético não reconhece nenhuma lei eterna: cada classe da sociedade possui sua moral própria. O proletariado, que é a classe mais apta para o progresso, tem como regra moral suprema

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que só o que contribui para a destruição do mundo burguês é um bem moral.

Em estética, as coisas complicam-se um pouco mais. Temos de convir que na realidade, nas próprias coisas, reside um elemento objetivo que serve de base à nossa apreciação

estética e faz que uma coisa nos pareça ser bela ou feia. Mas, por outro lado, a apreciação depende igualmente da evolução das classes: visto cada classe possuir suas

necessidades próprias, por isso mesmo julga de maneira diferente. Donde se infere que a arte não pode ser

separada da vida, senão que deve tomar parte na luta de classes; ela deve representar os esforços heróicos do

proletariado em sua luta pela construção do mundo socialista (realismo socialista).

Finalmente, em matéria de religião, a teoria também difere um tanto. Segundo os materialistas dialéticos, a religião

não é mais do que uma trama de afirmações falsas e fantásticas condenadas pela ciência. Só a ciência nos permite conhecer a realidade. A religião originou-se no

temor: os homens, sentindo-se impotentes diante da natureza, e em seguida diante dos exploradores,

divinizaram e adoraram estas potências, e por esta forma encontraram na religião e na crença no Além uma consolação

que não podiam encontrar em sua situação de escravos explorados. Mas para os exploradores (senhores feudais,

capitalistas, etc.) a religião constitui um excelente meio de conter as massas: por um lado, exorta-as a se manterem submissas aos que as exploram; por outro lado, mediante a promessa de um destino melhor após a morte, desvia-as da revolução. Mas o proletariado, que a ninguém explora, não

necessita de religião. Enquanto a moral e a estética simplesmente terão que se modificar, a religião deve

desaparecer completamente. [Bochenski] Materialismo dialético

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. No século XIX, houve a efetivação da sociedade burguesa e a implantação do capitalismo industrial, que trouxe a implantação de um novo modelo de sociedade, que desde o seu surgimento já é criticada pelas suas contradições

internas e principalmente pelas desigualdades sociais que traz consigo

Na linha destas críticas e do estudo da sociedade capitalista destacam-se dois pensadores: Karl Marx e Friedrich Engels. Ambos elaboram uma nova concepção filosófica do mundo, o “materialismo histórico e

dialético”, e ao fazerem a crítica da sociedade em que vivem, apresentam propostas para sua transformação: o socialismo científico. Seu método de explicação da

sociedade, aplicado à história é o “materialismo histórico e dialético”.

“As relações sociais são inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o

O que afirma o Materialismo?

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moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial.” Afirma que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época. Assim, a base material ou econômica constitui a

"infraestrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "super-estrutura", ou seja, nas instituições

jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época. Segundo Marx, a base

material é formada por forças produtivas (que são as ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção (relações entre os que são proprietários dos meios de produção as terras, as matérias primas, as máquinas]e aqueles que

possuem apenas a força de trabalho). O que afirma a Dialética?

A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só

pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento

dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições,

identidade: "a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente idênticas, como

passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas,

petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." (Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro;

não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior. A

dinâmica TESE+ANTITESE=SÍNTESE expressa a contundência deste ensinamento, afirmando que tudo é fruto da luta de idéias e forças, que na sua oposição geram a realidade concreta, que uma vez sendo síntese da disputa, torna-se novamente tese, que já carrega consigo o seu oposto a

antítese, que numa nova luta de um ciclo infinito gerará o novo. A nova síntese.

Marx utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele

procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua

transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico. No Prefácio do livro "Contribuição à

crítica da economia política", Marx identificou na História, de maneira geral, os seguintes estágios de desenvolvimento das forças produtivas, ou modos de

produção: comunismo primitivo, o asiático, o escravista (da Grécia e de Roma), o feudal e o burguês. Ou seja,

dividiu a história em períodos conforme a organização do trabalho humano e quem beneficia-se dele. Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é

Como isto foi aplicado ao estudo histórico?

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realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época.

Se realidade não é estática, mas dialética e está em transformação pelas suas contradições internas. Assim, a base material ou econômica constitui a "infra-estrutura"

da sociedade, que exerce influência direta na "superestrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época. No processo histórico, essas contradições são geradas pelas lutas entre as diferentes classes sociais. Ao chamar a atenção para a sociedade como

um todo, para sua organização em classes, para o condicionamento dos indivíduos à classe a que pertencem, esses autores também exercem uma influência decisiva nas formas posteriores de se escrever a história. A evolução de um modo de produção para o outro ocorreu a partir do desenvolvimento das forças produtivas e da luta entre as classes sociais predominantes em cada período. Assim, o movimento da História possui uma base material, econômica e obedece a um movimento dialético. E conforme muda esta relação, mudam-se as leis, a cultura, a literatura, a

educação, as artes... O que propõe?

Propõem uma disputa que não mais seja baseada em coletividade, mas sim nos indivíduos e nos interesses que

têm. Bem como a relação destas faz gerar de forma dialética a destruição dos novos modelos de sociedade, de produção, de pensamento, e de poder econômico e político. Fazer-nos pensar em como estas relações fazem com que

pequenos homens possam ser considerados grandes objetos da história e da luta entre pessoas, ao invés do contrário.