Efeitos Provocados por Radiações nos Seres Humanos (Artigo)

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Trabalho apresentado em forma de seminário para a disciplina de biologia celular e genética para ecologos, na universidade federal d rio grande do norte.

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EFEITOS PROVOCADOS POR RADIAÇÕES NOS SERES HUMANOS1

Aldemir Pedro, Ana Paula Furtado, Cynthia Rubbo, Ewerton Calixto, Fernando de carvalho, Martina Freire, Rayssa Leite2

Natal, 11 de dezembro de 2010

Resumo: O presente trabalho vem nos mostrar alguns conceitos como de que maneira os efeitos da radiação podem afetar os seres humanos. Sejam nas formas mas comuns como o caso das radiações ionizantes, identificadas pela ação de elementos como plutônio, radio e urânio. E também pelas radiações não ionizantes que é o caso das radiofrequências, que são amplamente difundidas e ocupam praticamente qualquer que seja a área ou o local, e podem vir de diversos lugares. Alguns pontos abordados nesse trabalho falam sobre a proteção contra essas radiações, radioproteção, consequências do convívio com a radioatividade, alguns exemplos de tragédias envolvendo material radioativo e alguns estudos realizados no âmbito industrial e no âmbito de pesquisas cientificas

Palavras Chave: Radioatividade, Efeitos em Humanos, Consequências da radioatividade, radiofrequências, radiação iônica.

Abstract: This paper comes to show us some concepts such as how the effects of radiation can affect humans. Forms are common but as the case of ionizing radiation, as identified by other elements such as plutonium, uranium and radio. And also by non-ionizing radiation that is the case of radio frequencies, which are widely distributed and occupy virtually whatever area or place, and can come from many places. Some issues addressed in this work talk about protection against such radiation, radiation protection, consequences of living with radioactivity, some examples of tragedies involving radioactive material and some studies conducted in the industrial and scientific research under.

Keywords: Radioactivity, Effects on Human, Consequences of radioactivity, radio frequencies, ionizing radiation.

IntroduçãoA radioatividade é um processo natural, pois ocorre sem a intervenção do homem. Ela

ocorre quando substâncias ou elementos químicos tais como: Urânio, rádio, polônio entre outros elementos são capazes de emitir radiações. Esses elementos começam a liberar radiação quando seus átomos encontram-se instáveis, ou seja, quando eles possuem menos de oito elétrons em sua camada de valência.

A atividade radioativa também pode ser utilizada para o benefício do homem, através de processos como a radioterapia, porém ela nem sempre é usada para o bem, um bom exemplo do uso inconsequente da radioatividade, pode ser lembrando no caso das bombas que foram jogadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

A radiação também pode provocar grandes acidentes como o caso da explosão do reator nuclear de Tchernobyl, na Rússia em 1986, ou a abertura de uma cápsula de césio radioativo em Goiânia.

1 Trabalho apresentado na forma de seminário, na disciplina de biologia celular e genética para ecólogos. Universidade federal do rio grande do norte, Centro de Biociências, Departamento de Biologia celular e Genética, Disciplina: Biologia celular e Genética para Ecólogos ministrada pelo professor: Carlos A. Galindo Blaha.

2 Alunos do Curso de Graduação em Ecologia, periodo: 2010.2 UFRN.

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Proteção contra as radiaçõesDependendo da duração e da intensidade da exposição a radiação pode ser benéfica quanto

maléfica para o ser humano. Esse fenômeno trás alguns benefícios importantes como: Várias práticas médicas (tratamento de câncer e o diagnostico de doenças), a pesquisa científica (na bioquímica, na agricultura e na ecologia), além da ser utilizada na produção de energia elétrica, a pratica mais conhecida.

Em função dos riscos ligados a radioatividade, as atividades que envolvem o uso de energia nuclear são regulamentadas pela comissão internacional de radioproteção (ICRP). A ICRP estabeleceu alguns princípios básicos que devem ser obedecidos por todas as empresas ou instituições, para garantir o desenvolvimento seguro dessas atividades.

O primeiro princípio é a justificativa da causa onde se afirma que nenhuma atividade que envolva exposições à radiação deva ser realizada, a menos que se gere benefícios aos indivíduos expostos ou à sociedade, que compensem os riscos associados a radiação;

O segundo princípio diz respeito a otimização e determina que para qualquer fonte de radiação usada em uma atividade, a magnitude de doses individuais, o numero de pessoas expostas e mesmo a eventualidade da ocorrência das exposições devem ser mantidas no menor nível razoavelmente aceitável e o terceiro princípio, fala sobre a limitação de dose. A exposição de indivíduos deve obedecer a limites de dose ou a algum controle de risco, para assegurar que ninguém seja exposto a riscos considerados inaceitáveis.

Os três princípios básicos constituem a base da atuação do instituto de radioproteção e dosimetria (IRD), vinculado à comissão nacional de energia nuclear (CNEN), órgão federal encarregado de regulamentar, normatizar e fiscalizar todas as práticas envolvendo o uso da energia nuclear do país.

RadioproteçãoA radioproteção implica em proteger os indivíduos, seus descendentes, a humanidade como

um todo e o meio ambiente contra os possíveis danos provocados pelo usa da radiação ionizante. Na maioria das vezes, trabalhos realizados com radiação ou outras possíveis profissões que envolvem raios ionizantes, acabam provocando acidentes que prejudicam a saúde dos profissionais e de várias outras pessoas. A ingestão de substâncias radioativas também leva a uma contaminação interna.

São diversos os meio de proteção para trabalhos com radioatividade, os radiologistas, por exemplo, utilizam algumas peças feitas de chumbo para a proteção de possíveis danos causados pelas radiografias. Para as pessoas que trabalham com produtos radioativos orienta-se não fumar, não comer, não beber, nem utilizar cosméticos nas áreas de trabalho.

Quando as substâncias radioativas forem voláteis ou gasosas, deve-se utilizar capelas ou mascaras para evitar contaminação tanto internas quanto externas. Em trabalhos que envolvem riscos de contaminação, deve-se utilizar eventuais macacões, luvas e botas apropriadas.

Estudos sobre radiaçãoExistem dois tipos de emissões, as ionizantes e as não ionizantes. A radiação ionizante é a

que resulta da liberação de íons, produzidas por equipamentos que utilizam raio – x ou por elementos tais como Radio, Urânio ou Plutônio. As radiações não ionizantes são as conhecidas radiofrequências (RF). Esse tipo de radiação é de natureza eletromagnética. Esse tipo de radiação está a nossa volta, gerada por equipamentos de radio, televisão, celulares e micro-ondas (Martins, 2002).

Radiações ionizantesA maioria dos estudos nessa área são solicitados por indústrias, e alguns dos órgãos

principais são o CNEN e o IRD citados anteriormente como instituições normatizadoras. Essas instituições geralmente realizam avaliação de impactos como a liberação de efluentes, líquidos e gasosos, como também a exposição dos trabalhadores a determinados materiais que eles convivem nos locais de trabalho.

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Radiações Não ionizantes

As radiações não ionizantes são produzidas por estações de radio ou de televisão, bem como a partir das torres de transmissão de telefones celulares. Ainda existem muitos estudos sendo realizados para a verificação dos reais efeitos que esse tipo de radiação provoca nos seres humanos. O que se tem comprovado é que a emissão da radiofrequência está ligada a provocar o aquecimento do corpo humano (Martins, 2002). Pois quando se é muito exposto a essa radiação ela interage com as moléculas de água existentes em nosso corpo fazendo – as vibrar e por consequência dessas vibrações é que se dá a ocorrência do aquecimento, portanto órgãos como os olhos, o figado devem ser menos expostos a RF. Existem algumas variáveis que estão diretamente relacionadas a ocorrência desses fenômenos em humanos: um deles é o volume do corpo do ser exposto, por exemplo em crianças, por possuírem uma estatura baixa os efeitos são mais drásticos do que em humanos adultos, outro fator é a potencia e o tempo em que se está exposto a radiofrequência. Provavelmente um celular não provoque nenhum efeito nocivo, pois eles emitem alguns poucos Watts de potencia, mas ao se levar esse exemplo a uma estação de radio AM temos o oposto. Geralmente essas estações ficam longe do perímetro urbano pela grande quantidade de radiação emitida.

Um risco ampliado pelo homemSituações em que não envolvam o uso de energia nuclear e que por isso, não estão

submetidas aos princípios de controle e limitação da dose, também podem envolver riscos para o homem. São vários elementos químicos irradiados de fontes naturais, como o ar, seres vivos e solo e apesar de não representarem riscos, podem ser agravadas pelas atividades do homem.

Essas atividades do homem podem ser bem exemplificadas pela mineração. Se não houver um sistema eficaz de ventilação, os níveis de exposição podem ficar muito acima dos níveis recomendados, devido ao urânio das rochas se acumularem dentro das galerias subterrâneas e, consequentemente, aumentando o número de mineiros com casos de câncer. Então, devido a isso, indústrias que utilizam a energia nuclear, estão sujeitas a um rigoroso processo de regulamento e controle de segurança das atividades.

Há materiais em que a radioatividade ocorre naturalmente (Naturally Occurring Radioactive Materials – NORM), que são utilizados pelas indústrias não - nucleares e apresentam elevada taxa de radiação natural. Eles estão interessando a comunidade científica em descobrir qual é a verdadeira possibilidade de perigo desses materiais, pois passam por processos que podem aumentar a concentração de radiação emitida e, resultando em um aumento de pessoas expostas. As pesquisas feitas estão se baseando na exposição inconsciente, por não se conhecer os riscos que estão sujeitas. E devido a isso, órgãos e empresas estão investindo nesses estudos para definir o tamanho do problema e com isso, saber a real possibilidade de adotar normas para esses processos que tem grandes riscos de impactos radiológicos e a importante recuperação das áreas ambientais, além de alertar as empresas que usam os processos e materiais.

Consequências da radioatividadeExistem várias consequências da radioatividade no homem, e dependendo da quantidade de

radiação essas consequências são as mais drásticas possíveis. Os sintomas primeiramente apresentados são náuseas, vômitos, diarréia e fadiga, com o passar do tempo surgem outros sintomas como: hemorragia, inflamação na boca e na garganta e a queda de cabelo. Mais, com uma maior dose ocorre o agravamento desses sintomas que é quando surgem as lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrointestinal e na medula óssea ocasionando em alguns casos a morte do individuo em poucos dias ou até em um ano (no espaço de 10 a 40 anos por leucemia ou outro tipo de câncer).

O acidente radioativo em Goiânia e a bomba atômica lançada sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, trouxeram para as populações desses locais várias consequências como observado o

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fato de pessoas que tiverem o contato direto com as substâncias possuírem mutações genéticas que provocaram vários problemas em suas descendências, como exemplos dessas mutações são as deformações no corpo.

Conclusão

De longe que os problemas relacionados à radiação estão para serem resolvidos, muitos dos questionamentos é em relação aos rejeitos por ela produzido, acomodação dentre outros fatores a ser observados. As questões industriais tem por tendência continuarem suas pesquisas para garantir sempre uma melhor segurança para os trabalhadores. Os órgãos normatizadores como o caso da ANATEL no Brasil garantem que os níveis de radio emissão não ultrapassem os valores mínimos estabelecidos a não provocarem efeitos não desejáveis. Em termos gerais as pesquisas em materiais radioativos não estão próximos do seu fim, ainda pode ocorrer a descoberta de mais elementos radioativos que não se tem conhecimento, além do aumento das usinas de energia nuclear e com certeza o uso medicinal também continuarão a buscar esses conhecimentos em radioatividade.

Referencias

FERNANDES, H. M. - RADIOATIVIDADE NATURAL - TECNOLOGIA HUMANA AUMENTA RISCO DE EXPOSIÇÃO - Revista Ciência hoje: número 166, volume 28, Novembro 2000, pags. 38-42

MARTINS, R. A. - EFEITOS NO CORPO HUMANO PROVOCADO POR RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS EMITIDAS POR ESTAÇÕES DE COMUNICAÇÕES CELULARES - Davinci, textos acadêmicos - Natal, Rio Grande do Norte, 28 de Outubro de 2002 - Ano IV Nº35