Efeitos de Dinamica

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Prof. Lawrence Shum – Efeitos de Dinâmica EFEITOS DE DINÂMICA Como o próprio nome sugere, os processadores de dinâmica permitem que se altere a variação dinâmica de uma voz, de um instrumento ou mesmo de uma mixagem como um todo. Basicamente, o que os processadores de dinâmica fazem é alterar as diferenças entre os níveis mais altos e os mais baixos, abaixando os níveis mais altos em relação aos mais baixos (compressores e limiters), ou abaixando os níveis mais baixos em relação aos mais altos (gates e expanders). São processadores de dinâmica os compressores, limiters, expanders e gates. Nesta lição vamos falar um pouco sobre cada um deles e experimentar, através dos exemplos gravados, o que acontece quando são utilizados. Conexões Os processadores de dinâmica podem ser conectados ao seu sistema em uma das maneiras abaixo: Inserts dos canais Auxiliares (sends) Diretamente em um instrumento Na maioria das vezes, os inserts dos canais da mesa de som (física ou virtual) são utilizados para a ligação de compressores, já que ao comprimirmos um sinal qualquer, desejamos que todo o sinal passe por compressão, eliminando o sinal original. Ao contrário, isso não ocorre com um reverb ou um delay, por exemplo. Nestes casos, o sinal original é enviado para o processador de efeitos, através de uma mandada auxiliar (auxiliar send), e o sinal processado é direcionado para um dos canais da mesa. Desta maneira, é possível enviar sinais de diferentes instrumentos, em níveis de intensidade diversos, para um único processador. Entretanto, é uma prática comum o uso de mandadas auxiliares (sends) para enviar sinais de um grupo de canais, como backing vocals, por exemplo, para um compressor ou limiter, de modo que o sinal processado retorne para um ou dois canais da mesa. Os sinais originais são normalmente mutados.

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Compressor, limiter, gate

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EFEITOS DE DINÂMICA

Como o próprio nome sugere, os processadores de dinâmica permitem que se

altere a variação dinâmica de uma voz, de um instrumento ou mesmo de uma mixagem

como um todo. Basicamente, o que os processadores de dinâmica fazem é alterar as

diferenças entre os níveis mais altos e os mais baixos, abaixando os níveis mais altos

em relação aos mais baixos (compressores e limiters), ou abaixando os níveis mais

baixos em relação aos mais altos (gates e expanders). São processadores de dinâmica

os compressores, limiters, expanders e gates. Nesta lição vamos falar um pouco sobre

cada um deles e experimentar, através dos exemplos gravados, o que acontece quando

são utilizados.

Conexões

Os processadores de dinâmica podem ser conectados ao seu sistema em uma das maneiras abaixo:

• Inserts dos canais

• Auxiliares (sends)

• Diretamente em um instrumento

Na maioria das vezes, os inserts dos canais da mesa de som (física ou virtual) são

utilizados para a ligação de compressores, já que ao comprimirmos um sinal qualquer,

desejamos que todo o sinal passe por compressão, eliminando o sinal original. Ao contrário, isso não ocorre com um reverb ou um delay, por exemplo. Nestes casos, o

sinal original é enviado para o processador de efeitos, através de uma mandada auxiliar

(auxiliar send), e o sinal processado é direcionado para um dos canais da mesa. Desta

maneira, é possível enviar sinais de diferentes instrumentos, em níveis de intensidade

diversos, para um único processador. Entretanto, é uma prática comum o uso de

mandadas auxiliares (sends) para enviar sinais de um grupo de canais, como backing

vocals, por exemplo, para um compressor ou limiter, de modo que o sinal processado

retorne para um ou dois canais da mesa. Os sinais originais são normalmente mutados.

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Também é possível ligar um instrumento qualquer diretamente ao compressor e este

último à mesa de som.

Compressor / Limiter

Imagine que você estivesse gravando uma orquestra ao vivo. Haveria momentos

em que o som atingiria níveis tão elevados, que seria necessário abaixar o volume de

entrada na mesa, para evitar distorções. Em seguida, assim que a orquestra voltasse a

tocar com menos intensidade, você restauraria o volume original. Esse procedimento se

repetiria toda vez que o volume atingisse um determinado valor (threshold). Assim,

podemos dizer que o compressor serve, essencialmente, para "abaixar o volume". O

VCA (voltage controlled amplifier) permite que o volume varie, através de alterações nos

níveis de voltagem, determinados pelas variações nos níveis de amplitude do sinal (a

música!). O compressor é uma ferramenta fundamental para se gravar vozes e

instrumentos com grande variação dinâmica, como baixos, saxofones e guitarras.

Porque usar um compressor

Instrumentos como metais, cordas, vocais e guitarras podem apresentar

diferentes níveis de amplitude entre si e influenciar regiões de freqüências diversas.

Essas regiões, eventualmente, desaparecem e, subitamente, "saltam" em uma

mixagem. O que o compressor faz é equilibrar a mixagem e diminuir variações bruscas

de volume e de respostas de freqüências. Um compressor permite, inclusive, minimizar

oscilações de volume provenientes de mudanças de posicionamento de um (a) artista

frente ao microfone. O compressor também serve para melhorar a relação sinal ruído.

O princípio disto é bem simples: a partir do momento em que os sinais com maior

amplitude são reduzidos, pode­se ampliar os sinais com menor amplitude, provocando

um "encorpamento" geral do sinal e, conseqüentemente, um maior volume médio para

uma mesma quantidade de ruído (constante), inerente ao sistema. Um compressor

usado adequadamente permite, ainda, aumentar a inteligibilidade de um som, como a

gravação de um vocal, por exemplo. Imagine a performance de um cantor que oscile

entre uma frase sussurrada e um grito extremamente alto. Não fosse o compressor, o

volume de gravação teria de ser ajustado em um valor muito baixo para que distorções

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não ocorressem nos momentos de maior intensidade da voz. Lembramos que embora

seja possível fazer ajustes de volume manualmente, em tempo real, isto não funciona

na maioria das situações em que ocorrem variações extremas e rápidas de amplitude.

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Parâmetros dos compressores

Os parâmetros básicos de um compressor são threshold, attack time (tempo de

ataque), release time (tempo de decaimento) e ratio (taxa). A seguir, vamos falar sobre

cada um deles.

Threshold

Threshold é o ponto (valor em dB) a partir do qual o compressor passa a atuar.

No momento em que identifica o sinal a ser comprimido, passa a agir de acordo com os

ajustes de attack time (tempo de ataque), release time (tempo de decaimento) e ratio

(taxa). O threshold é, portanto, o ponto de partida onde o sinal começa a sofrer

compressão. Qualquer valor (em dB) acima do threshold é comprimido. Em

contrapartida, qualquer valor (em dB) abaixo do threshold é preservado intacto.

Movendo o valor do threshold para cima ou para baixo, diminui­se ou aumenta­

se a quantidade de compressão.

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Gain Reduction (ganho de redução)

Os compressores costumam apresentar uma série de LEDs ou um VU para

indicar a quantidade de redução de volume que está ocorrendo em um determinado

momento. O ganho de redução é o quanto em dB um sinal qualquer é reduzido pelo

VCA (voltage controlled amplifier), a partir do momento em que atinge o valor de

threshold. Assim, se houver, por exemplo, um ganho de redução de 6 dB, o nível geral

do sinal poderá ser elevado em 6 dB. Conseqüentemente, as passagens mais suaves

(com menor amplitude) da música poderão ser ouvidas com mais clareza e o nível geral

do sinal subirá 6 dB acima do nível de ruído, melhorando a chamada relação sinal­

ruído.

Dica: Lembre­se de que enquanto VUs apresentam a média do sinal reduzido, LEDs

mostram o pico do mesmo sinal.

Dica: Compressores são ferramentas essenciais para trabalhos de produção de áudio para

vídeo e TV por causa da limitada variação dinâmica dessas mídias.

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Attack time (tempo de ataque)

O tempo de ataque determina quanto tempo o compressor vai levar para

"perceber" que um sinal atingiu o valor do threshold. Se o tempo for muito curto, o

compressor vai reduzir os transientes (sons de alto impacto e curta duração). Isso pode,

eventualmente, fazer com que o instrumento perca "expressividade" e definição. Em um

vocal, por exemplo, consoantes como o "t" e o "d" podem desaparecer. Por outro lado,

se o tempo de ataque for muito grande e o vocal estiver sendo bastante comprimido, os

"ts" e o "ds" não serão comprimidos e soarão exagerados.

Nos compressores mais sofisticados (e caros!) os valores de attack time (tempo

de ataque) costumam começar em níveis bastante baixos, oscilando entre 100

microssegundos e 20 milissegundos. Um microssegundo é a milionésima parte de um

segundo, enquanto um milissegundo é a milésima parte de um segundo. Alguns

compressores também apresentam valores fixos de attack time para propósitos

específicos como vocais, por exemplo.

Release time (tempo de decaimento)

O tempo de decaimento determina quanto tempo o compressor vai levar para

"perceber" que um sinal caiu abaixo do valor do threshold, interrompendo a

compressão. O tempo de release pode variar entre 50 milissegundos a 2 ou 3

segundos. Tempos mais prolongados, tipicamente de 1 ou mais segundos produzem

um som mais suave e natural. Se o tempo de release for muito curto, a compressão

será interrompida bruscamente após o sinal cair abaixo do valor de threshold e o

volume aumentará de maneira exageradamente rápida, provocando um tipo de

distorção. Para vocais e contrabaixos, o release time (tempo de decaimento) é

comumente ajustado entre 0,5 e 2 segundos, dependendo do andamento e do estilo da

música.

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Ratio (taxa)

A taxa determina o quanto o sinal vai ser comprimido. Ocorre uma comparação

entre a quantidade de sinal que ultrapassa o valor de threshold e o valor estabelecido

pela taxa. Se, por exemplo, você estiver utilizando uma taxa de 3:1 e ocorrer um pico de

12 dB, a saída do compressor vai liberar um pico de 4 dB, isto é, para cada 4 dB de

entrada, é liberado 1 dB de saída.

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Outros Parâmetros

Alguns compressores possuem ainda outros parâmetros como:

Stereo Link

Recurso que permite "linkar" dois canais de um compressor ou um segundo

compressor ao primeiro. Quando habilitado, faz com que um dos canais (ou um dos

compressores) controle o outro canal (ou compressor). Serve, por exemplo, para manter

os mesmos níveis de compressão entre diferentes canais em uma mixagem stereo.

Side Chain

Entrada adicional geralmente situada na parte traseira do equipamento. Esta

entrada permite que o som sofra a compressão ajustada, mas a partir do sinal que é

recebido por ela (a side chain). Um exemplo disso é o chamado de­esser. Funciona

assim: Digamos que uma cantora esteja "sibilando" na faixa de 8 kHz. Para minimizar

este efeito, primeiro, manda­se o sinal da voz, a partir de uma saída auxiliar da mesa,

para um equalizador; este equalizador, por sua vez, corta todas as freqüências, exceto

aquelas em torno de 8 kHz. Finalmente, o sinal filtrado, com predominância em torno de

8 kHz, é enviado para a side chain do compressor. O resultado é uma compressão

somente em torno da faixa de 8 kHz.

Knee

Ajuste do modo de compressão: mais suave ou intenso. Em alguns

compressores recebe o nome de overeasy.

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Como ajustar o compressor • O primeiro passo é determinar a taxa de compressão (ratio). Valores entre 3:1 e 7:1

costumam soar com mais naturalidade. Já se o objetivo for limitar o sinal, usa­se

taxas acima de 10:1. Um limiter nada mais é do que um compressor configurado com

taxas elevadas de compressão, chegando a valores extremos como 60:1, 100:1 ou

mesmo ºº:1. Um limiter é muito útil quando um sinal qualquer apresenta variações

extremas de amplitude. Com uma taxa de 100:1, por exemplo, para cada 100 dB de

entrada, acima do valor de threshold, apenas 1dB de saída é liberado.

• Em seguida, ajuste os valores de attack (tempo de ataque) e de release (tempo de

decaimento). Um valor tipicamente usado é de 1 ms de ataque e entre 0,5 e 1 s de

decaimento.

• Finalmente, defina valor do threshold ou quantidade de ganho de redução desejada.

Comumente tem­se uma redução de 3 a 6 dB nas partes com maior amplitude e

ausência de compressão nos outros momentos.

Dicas importantes

• Evite comprimir o sinal o tempo todo. Isso pode provocar uma artificialização

("achatamento") do som.

• O uso de compressores durante a gravação pode otimizar a relação sinal­ruído na

entrada do sinal no sistema (HD ou fita).

• O uso intenso de compressão na mixagem pode gerar um problema conhecido como

pumping ou breathing. Neste caso, o nível de ruído pode ser acentuado cada vez

que o compressor interrompe sua atuação a partir do nível de threshold determinado.

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Gate / Expander

A exemplo do compressor e do limiter, o gate e o expander são da família dos

efeitos de dinâmica. Porém há uma diferença importante: No compressor e no limiter o

sinal acima de um determinado valor de threshold é atenuado. A quantidade de atenuação (gain reduction) é determinada pelo valor da taxa de compressão (ratio). Já

no gate e no expander, ao contrário, o sinal abaixo de um determinado valor de threshold é eliminado (gate) ou reduzido (expander).

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Parâmetros

Os parâmetros são basicamente os mesmos dos compressores e limiters. O

threshold determina a quantidade de sinal (nível de amplitude) abaixo da qual o sinal será eliminado (gate) ou reduzido (expander). Os tempos de ataque e de release

definem a velocidade com que o sinal será atenuado quando o nível cair abaixo do valor

do threshold e o tempo em que o filtro levará para parar de agir quando o sinal alcançar

um valor acima daquele determinado pelo threshold. A margem (range) funciona de

forma correlata à taxa (ratio) de compressores e limiters. Na verdade, nos

processadores com múltiplas funções (compressor / limiter / expander / gate), um

mesmo botão serve para controlar os valores de margem (gates e expanders) e taxa

(compressores e limiters). Em um compressor ou em um limiter a taxa (ratio) determina

a quantidade de atenuação acima de um determinado valor de threshold; em um gate

ou em um expander, a margem (range) determina a quantidade de atenuação abaixo de

um determinado valor de threshold. Em um gate (ou noise gate), o sinal é eliminado ao

atingir um valor abaixo do threshold, isto é, quando o sinal cai abaixo do threshold, o

gate fecha. O gate, então, mantém­se fechado até que o sinal atinja um valor acima do

threshold. Portanto, o gate tem esse nome (gate = portão) porque ele abre ou fecha, na

medida em que o sinal cai ou ultrapassa o valor do threshold. A margem (range)

também pode ser ajustada de modo que apenas parte do sinal sofra redução, quando este atingir um nível abaixo do valor de threshold. Neste caso, temos o expander.

Assim, o expander tem este nome porque permite a expansão da margem dinâmica. Ele

aumenta a diferença entre os pontos de maior e de menor de amplitude, reduzindo o

nível daqueles com menor amplitude. Há ainda os expanders que, paralelamente à

atenuação dos pontos de menor amplitude, também amplificam aqueles com níveis

mais elevados.

Aplicações

Gates são muito úteis para eliminar ruídos entre segmentos de vocais e / ou de

instrumentos musicais em um track (pista) de áudio. Em gravações de bateria, por

exemplo, são excelentes para eliminar "vazamentos" de um microfone, posicionado

para captar uma determinada peça, para outro, ajustado para captar o som de outra

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peça. Expanders também podem fazer o mesmo, com a diferença de que estes últimos

apenas atenuam, ao invés de eliminar o sinal abaixo do valor de threshold. Assim,

podemos dizer que os gates e expanders permitem "limpar" os intervalos entre os

trechos gravados. Os expanders, porém, costumam soar mais naturais.

Os expanders servem ainda para restaurar a margem dinâmica de um sinal que

tenha sido comprimido excessivamente. Se, por exemplo, um compressor reduziu os

pontos de maior amplitude em 9 dB, pelo menos teoricamente, se o sinal for expandido

com uma margem também de 9 dB, a variação dinâmica original será restaurada.

Gates e expanders são normalmente utilizados na mixagem ao invés de na

gravação. Isso acontece porque, se forem ajustados incorretamente, podem fazer com

que notas ou passagens mais suaves não sejam gravadas, caso estejam abaixo do

valor de threshold. Durante a mixagem, o threshold pode ser ajustado de modo a evitar

que passagens de menor amplitude sejam eliminadas pelo gate. Porém, eventualmente,

em home studios, pode ser aconselhável o uso de gate durante a gravação. Isso

costuma funcionar desde que se tenha um cuidado extremo ao se configurar o

processador e que a execução musical não apresente variações dinâmicas muito

significativas. Uma guitarra com ruído, por exemplo, permite o uso do gate na gravação,

já que o ruído é constante e é fácil ajustar o threshold.

Dicas

• Pratique, experimentando os diversos tipos de efeitos de dinâmica em diferentes

tipos de som: vozes, instrumentos, efeitos sonoros, etc. Experimente também

exercitar com CDs comerciais de diferentes artistas e gêneros musicais.

• Ao ajustar cada processamento, experimente valores extremos para perceber

como cada parâmetro altera o som. Altere o som ao máximo. Depois, tente fazê­

lo soar o mais natural possível.

• Experimente conectar diferentes fontes sonoras ao side chain (entrada externa)

e verifique as possibilidades de diferentes efeitos que isso pode provocar.