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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA TESE DE DOUTORADO EFEITOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL E DO MAPEAMENTO COGNITIVO ASSOCIADOS À TCCG NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO ELISABETH MEYER DA SILVA Orientador: Prof. Dr. ARISTIDES CORDIOLI 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA

TESE DE DOUTORADO

EFEITOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL E DO MAPEAMENTO

COGNITIVO ASSOCIADOS À TCCG NO TRATAMENTO DE PACIENTES

COM TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

ELISABETH MEYER DA SILVA

Orientador: Prof. Dr. ARISTIDES CORDIOLI

2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA

TESE DE DOUTORADO

EFEITOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL E DO MAPEAMENTO

COGNITIVO ASSOCIADOS À TCCG NO TRATAMENTO DE PACIENTES

COM TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

ELISABETH MEYER DA SILVA

Orientador: Prof. Dr. ARISTIDES CORDIOLI

Tese a ser apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Ciências Médicas:

Psiquiatria da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul como requisito parcial para

obtenção do título de doutor em Psiquiatria.

Porto Alegre, 2009

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Para Antonio, Valentina e Pedro,

com meu amor e gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Aristides Volpato Cordioli, pela permanente

disponibilidade, confiança e apoio incondicional.

Ao Carl Leukefeld, pelo afeto, por sua generosidade em me ensinar e treinar

no Mapeamento Cognitivo e na Entrevista Motivacional, bem como por sua

participação em todos os artigos e etapas dessa tese.

Ao Brian Rush, por sua preocupação com os detalhes do delineamento da

pesquisa e o rigor na leitura dos artigos, enriquecendo meu conhecimento científico.

Ao Wayne Velicer, pelos valiosos questionamentos, sugestões e ensinamentos

nas diferentes etapas da tese.

À Fernanda Pasquoto Souza, pela amizade, colaboração e dedicação nas

diversas fases desse estudo.

À Elizeth Heldt, pelo apoio e por ter disponibilizado tempo à execução da tese

e à confecção dos artigos.

À Roseli G. Shavitt, pela valiosa colaboração nos artigos.

Ao Paulo Knapp, pelo incentivo, muitos anos atrás, a aprofundar meu

conhecimento a respeito da Entrevista Motivacional e pela participação nos artigos.

À Manuela Polydoro Ofengeim, pelo apoio e colaboração tanto no mestrado,

como no doutorado.

Ao Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas: Psiquiatria – em

especial ao Paulo Abreu, que tanto contribui para a minha formação profissional.

Aos colegas Andreia Raffin, Cenita Borges, Kátia Niederauer, Lucas Lovato,

Vinicius Dornelles e Ygor Londero, que contribuíram de forma significativa para a

realização dessa tese.

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“Existe algo na natureza humana que resiste a ser coagido

e forçado a agir. Ironicamente, às vezes, o reconhecimento do direito

e da liberdade do outro de não mudar é o que torna a mudança possível”.

Rollnick, Miller & Butler (2008)

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SUMÁRIO

Resumo...........................................................................................................................11 Summary........................................................................................................................13 1 APRESENTAÇÃO............................................................................................15 2 INTRODUÇÃO..................................................................................................22 3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................47 4 HIPÓTESSE.......................................................................................................50 5 OBJETIVOS.......................................................................................................51 6 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS...........................................................................52 7 ARTIGOS 7.1 Artigo 1 – A Randomized Clinical Trial to Examine Enhancing Cognitive- Behavioral Group Therapy for Obsessive-Compulsive Disorder with Motivational Interviewing and Thought Mapping Manuscrito submetido – Behavioural and Cognitive Psychotherapy…………..53 7.2 Artigo 2 – Defense Mechanisms changes after Cognitive-Behavior Group Therapy plus Motivational Interviewing and Thought Mapping for Obsessive- Compulsive Disorder: findings from a Randomized Clinical Trial Manuscrito submetido – Psychotherapy and Psychosomatics.............................88 7.3 Artigo 3 – Adding Motivational Interviewing and Thought Mapping to Cognitive-Behavioral Group Therapy: results from a randomized clinical trial. Revista Brasileira de Psiquiatria, no prelo.........................................................104

8 DIVULGAÇÃO PARCIAL DOS RESULTADOS.......................................126

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................127

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ANEXO A Escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) ANEXO B Escala Dimensional de Avaliação da Gravidade de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (DY-BOCS) ANEXO C Escala de Depressão de Beck (BDI) ANEXO D Escala de Impressão Clínica Global (CGI) ANEXO E Questionário de Mecanismos de Defesa (DSQ-40) ANEXO F Mapa Cognitivo APÊNDICE 1 Termo de consentimento livre e esclarecido

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LISTA DE FIGURAS

Artigo 1

Figure 1 Flowchart randomized clinical trial comparing MI+TM plus CBGT and CBGT treatment for obsessive- compulsive disorder Figure 2 A completed thought map Artigo 3 Figure 1 Flowchart of a Randomized Clinical Trial comparing MI+TM plus CBGT and information-only condition plus CBGT in the treatment of patients with Obsessive- compulsive disorder Figure 2 First part of the map Figure 3 Second part of the map

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Artigo 1 Table 1 Mean (SD) outcome measures at baseline and post-treatment for the total sample, MI+TM CBGT group, and control group

Table 2 Difference in mean change of Y-BOCS scores and comparison of effects sizes between groups for a sample of 93 OCD patients

Table 3 Rates of clinical improvement as measured by the reduction in the Y-BOCS scores using ≥35% plus a CGI score of 1 or 2

Artigo 2

Table 1 Demographic and clinical characteristics of participant conditions Table 2 Mean (SD) for a sample of 40 OCD outpatients in outcome variables at baseline and post-treatment Artigo 3

Table 1 Demographic and clinical characteristics of participant conditions

Table 2 Mean (SD) scores for a sample of 40 OCD outpatients in all outcome

variables at baseline and post-treatment

Table 3 Comparison of mean rate (%) of improvement between the MI+TM

CBGT and the control groups

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS BDI – Beck Depression Inventory BDI – Escala de Depressão de Beck CBT – Cognitive behavioral therapy

CBGT – Cognitive-behavioral group therapy CHD – Coronary heart disease

CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CGI-S – Clinical Global Impressions Scale – Severity score

DY-BOCS – Dimensional Yale-Brown Obsessive-compulsive Scale

DY-BOCS – Escala Dimensional para Sintomas Obsessivo – compulsivos de Yale-Brown

DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (quarta edição, 2002)

DSMI-IV – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (fourth edition, 2002)

DSQ-40 – Defense Style Questionnaire DSQ-40 – Questionário de Mecanismos de Defesa

EM – Entrevista Motivacional ERP – Exposure and ritual prevention EPR – Exposição e Prevenção de Ritual/ Resposta

FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

HCPA – Hospital de Clínicas de Porto Alegre IRB – Institutional review board

ISRSs – Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina

MI – Motivational interviewing OCD – Obsessive-compulsive disorder

PD – Panic Disorder PROTAN – Anxiety Disorders Program

SCID – Structured Clinical Interviews SRIs – Serotonin reuptake inhibitors TM – Mapeamento Cognitivo TM – Thought mapping

TCCG – Terapia Cognitivo-Comportamental em grupo TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul Y-BOCS – Escala Yale-Brown de Sintomas Obsessivo-

Compulsivos Y-BOCS – Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale

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RESUMO

INTRODUÇÃO

Segundo a 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais (DSM-IV; American Psychiatric Association, 2002), o Transtorno Obsessivo-

Compulsivo (TOC) caracteriza-se por obsessões e/ou compulsões recorrentes que

interferem substancialmente com o funcionamento cotidiano.

Ainda que a Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) tenha sido

efetiva nos estudos de pacientes com TOC (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005;

Sousa et al., 2006), quase um terço (30%) dos pacientes não se beneficiou do tratamento

em grupo nos mesmos estudos. A Entrevista Motivacional (EM) e o Mapeamento

Cognitivo (MC) têm sido usados para melhorar os resultados de tratamentos.

OBJETIVOS

O objetivo principal do presente estudo foi avaliar os efeitos de se acrescentar

duas sessões individuais de EM+MC a 12 semanas de TCCG na resposta ao tratamento

dos pacientes com TOC, quando comparados apenas à TCCG.

MÉTODOS

Noventa e três pacientes adultos, com diagnóstico de TOC de acordo com os

critérios do DSM-IV, participaram de um ensaio clínico randomizado de 14 semanas:

48 pacientes foram alocados à condição de duas sessões individuais de EM+MC

seguidas de 12 semanas de TCCG e 45 receberam duas sessões individuais informativas

seguidas da TCCG.

Para a avaliação dos resultados foi utilizada a escala Yale-Brown de Sintomas

Obsessivo-Compulsivos (Y-BOCS) como medida de desfecho primária. Como medidas

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de desfecho secundárias utilizou-se: a escala de Impressão Clínica Global (CGI) e o

Inventário de Depressão de Beck (BDI), bem como a proporção de respondedores

(definida como melhora [redução na Y-BOCS ≥ 35%] ou não-melhora [redução ≤ 35%

na Y-BOCS]) e o percentual de pacientes com remissão parcial (Y-BOCS ≥35%, mas

com escore total >8 e CGI ≥ 2) e remissão completa (Y-BOCS ≤ 8 e CGI < 2).

RESULTADOS

Quando os dois grupos foram comparados, ambos apresentaram redução dos

sintomas do TOC. No entanto, a redução e remissão dos sintomas foram

significativamente maiores no grupo da EM+MC seguido da TCCG. Além disso, os

resultados positivos foram mantidos após três meses de seguimento com redução

adicional de sintomas.

CONCLUSÃO

Este estudo é o primeiro ensaio clinico randomizado que acrescenta duas sessões

individuais de EM+MC à TCCG para aumentar a resposta do tratamento em grupo para

o TOC. Apesar de algumas limitações, nossos resultados sugerem que acrescentar duas

sessões individuais de EM+MC à TCCG pode aumentar a efetividade da TCCG na

redução dos sintomas do TOC.

Estudos futuros deverão investigar isoladamente os efeitos da EM e do MC

como estratégia de potencialização no tratamento do TOC.

PALAVRAS-CHAVE

Transtorno Obsessivo-Compulsivo; TOC; Terapia Cognitivo-Comportamental

em Grupo; TCCG; Mapeamento Cognitivo; Entrevista Motivacional.

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SUMMARY INTRODUCTION According to the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-

IV; American Psychiatric Association, 2002), Obsessive-compulsive disorder (OCD) is

characterized by recurrent obsessions and/or compulsions that significantly interfere

with daily functioning.

Although group cognitive behavioral therapy (GCBT) has been effective for

OCD patients (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006), almost one-

third (30%) of patients did not benefit from this treatment. Motivational Interviewing

(MI) and Thought Mapping (TM) have been used to enhance treatment outcome.

AIMS

The main goal of the present study was to examine the effects of adding

individual sessions of MI and TM to 12 weeks of CBGT on the treatment outcome of

OCD patients when compared to the CBGT alone.

METHODS

Ninety-three adult outpatients, with OCD diagnosis according to the DSM-IV

participated in a 14-week randomized clinical trial: 48 patients were allocated to two

individual sessions of MI+TM in addition to 12-week CBGT; 45 underwent two

individual information sessions followed by CBGT.

For the outcomes evaluation, the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-

BOCS) was used as the primary efficacy measure. As secondary efficacy measures, the

Clinical Global Impressions Scale (CGI), the Beck Depression Inventory (BDI) and the

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proportion of responders (defined as improved [reduction ≥35% on the Y-BOCS] or

non-improved [reduction ≤ 35% on the Y-BOCS]) and the percentage of patients in

partial remission (Y-BOCS ≥35% but with the total score >8 and CGI ≥ 2) and full

remission (Y-BOCS ≤ 8 and CGI < 2) were used.

RESULTS

When the two groups were compared, both presented a reduction of OCD

symptoms. However, symptom reduction and remission were significantly higher in the

MI+TM CBGT group. In addition, positive outcomes were maintained at the 3-month

follow-up with additional symptom reduction.

CONCLUSION

This study is the first randomized clinical trial which adds individual sessions of

MI+TM to CBGT to improve the outcome of group treatment for OCD. Despite some

limitations, our results suggest that adding MI+TM to CBGT can enhance the CBGT

effectiveness in reducing OCD symptoms.

Future studies should investigate the effect of the MI and the TM alone as an

augmentation strategy for OCD treatment.

KEYWORDS Obsessive-Compulsive Disorder; OCD; Cognitive-Behavioral Group therapy;

CBGT; Thought Mapping; Motivational Interviewing.

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1. APRESENTAÇÃO

O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é considerado uma doença mental

grave, caracterizada pela presença de obsessões e/ ou compulsões, sendo que um ou

outro sintoma predomina e causa maior perturbação (American Psichiatric Association,

2002).

O TOC foi considerado um transtorno resistente ao tratamento até o início dos

anos setenta (Belloch et al., 2008). O prognóstico do TOC começou a modificar em

1966 quando Victor Meyer relatou pela primeira vez o caso de dois pacientes que

responderam bem a um tratamento com Exposição e Prevenção de Rituais (EPR; Meyer

V., 1966). Nas últimas décadas, o desenvolvimento do tratamento cognitivo-

comportamental (TCC) com EPR, em grupo ou individual, e farmacológico com

antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs) melhorou

consideravelmente o prognóstico dos portadores do TOC (Storch et al., 2008). Os

benefícios da TCC para o TOC têm sido comprovados por várias meta-análises (Rosa-

Alcázar et al., 2008; Jónsson et al., 2009). No entanto, diversos estudos que

empregaram a TCC e a EPR, ou a combinação dessas duas estratégias de tratamento,

demonstraram respostas inadequadas em aproximadamente 20% a 40% dos pacientes

com TOC (Ferrão et al., 2006).

A motivação é um fator que pode interferir no desempenho do tratamento, já que

constitui característica importante para o bom desempenho nas técnicas de EPR.

Keijsers et al. (1994) constataram que uma menor motivação para o tratamento afetou o

resultado no tratamento do TOC. A Entrevista Motivacional (EM), segundo Rollnick e

Miller (1985), é um estilo de atendimento diretivo para evocar do paciente as suas

motivações para fazer mudanças comportamentais no interesse da sua própria saúde. A

abordagem é centrada no paciente o que permite explorar e resolver sua ambivalência.

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Em essência, a EM orienta os pacientes a convencerem a si próprios sobre a mudança

necessária. Recentemente, elementos da Entrevista Motivacional (EM) e dos Estágios

de Mudança têm sido adaptados para o uso com pacientes em consultas clínicas breves

(Rollnick et al., 1993; Stott et al., 1995; Rollnick, 1996). Muitas intervenções

motivacionais breves têm sido testadas em vários ensaios clínicos controlados, e os

resultados sugerem a utilidade dessas estratégias (Rollnick et al., 1992; Rollnick, 1996).

A EM também se mostrou útil como elemento adjuvante no tratamento dos transtornos

de ansiedade, proporcionando melhores resultados para alguns pacientes que

inicialmente não responderam à TCC (Westra et al., 2003). O Mapeamento Cognitivo

(MC) é uma abordagem estruturada e pré-formatada baseada nos primeiros quatro

Estágios de Mudança. Tendo como base o conceito de motivação como um estado de

prontidão para mudar, Prochaska e DiClemente (1982) postularam que a mudança se faz

através de um processo e para tal, a pessoa passa por diferentes estágios. O processo de

mudança de conduta ocorre ao longo de cinco estágios, em um continuum: pré-

contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção. O primeiro estágio é o da

pré-contemplação – neste estágio o indivíduo nem considera a possibilidade de efetuar

qualquer mudança nos próximos seis meses. Não percebe qualquer tipo de problema

que necessite ser mudado. Quando questionado sobre “seu problema” mostra-se

surpreso por não ver o comportamento como um problema, ou pelo menos não acredita

que ele seja tão problemático quanto os observadores externos acreditam. O segundo

estágio é o da contemplação – nesta fase ocorre a percepção do “problema” e existe a

intenção de realizar mudanças nos próximos seis meses. O indivíduo está mais aberto

para receber informações e faz um balanço dos prós e contras para efetuar a mudança, o

que o torna bastante ambivalente. O terceiro estágio é o da preparação – nessa etapa

existe um efetivo desejo de efetuar mudanças nos próximos trinta dias. O quarto estágio

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é o da ação – estar em ação pressupõe que já ocorreram mudanças na conduta durante

os últimos seis meses. Como a mudança de conduta pode não estar ainda estabilizada,

existe alto risco de recaída. O quinto estágio é o da manutenção – para estar neste

estágio é necessário ter efetuado e mantido a mudança do comportamento por mais de

seis meses. A principal meta, aqui, é a prevenção de recaída. Como dito anteriormente,

na abordagem do MC apenas focamos os quatro primeiros estágios. O MC pode ajudar

os pacientes a aprenderem com suas próprias experiências, estruturando seus

pensamentos, sentimentos e comportamentos de forma visual em um mapa pré-

formatado no papel. Os resultados dos ensaios clínicos que utilizaram o Mapeamento

Cognitivo sugerem que seus componentes podem ser úteis em combinação com outras

abordagens, quando usado na mudança de comportamentos-alvo (Knight et al., 1994;

Pitre et al. 1996; Martin et al., 2003).

Nosso objetivo foi fornecer dados em relação ao acréscimo de duas sessões

individuais de EM+MC à TCCG, comparativamente à TCCG isolada, se proporcionaria

ou não uma maior redução dos sintomas do TOC. Além disso, procuramos observar a

estabilidade das mudanças, observando-as em um seguimento de três meses. Para este

propósito, consideramos não só a magnitude das mudanças observadas (tamanhos de

efeito), mas também a relevância clínica dessas mudanças ao final do tratamento e no

follow-up.

A TCCG oferecida aos participantes desse estudo é manualizada (Cordioli et al.,

2002, 2003) e empregada rotineiramente no Ambulatório do Serviço de Psiquiatria –

Programa Transtornos de Ansiedade (PROTAN) do Hospital de Clínicas de Porto

Alegre desde 1999. Os resultados são apresentados no artigo 1.

Outra questão importante, que deu origem aos artigos 2 e 3 da presente tese, foi

verificar se o acréscimo de EM+MC à TCCG seria capaz de promover alguma mudança

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significativa quando comparada a apenas TCCG nos estilos defensivos (artigo 2),

avaliada através do Questionário de Mecanismos de Defesa (DSQ-40; Blaya et al.,

2004), e/ou nas diferentes dimensões dos sintomas do TOC (artigo 3), avaliada pela

Escala Dimensional para Sintomas Obsessivo-compulsivos de Yale-Brown (DY-BOCS;

Rosario-Campos et al., 2006).

Os resultados do artigo 2 mostraram que os pacientes do grupo TCCG mais

EM+MC apresentaram aumento no uso do estilo defensivo maduro e diminuição no uso

do estilo neurótico. Além disso, os pacientes do grupo TCCG mais EM+MC que

obtiveram remissão completa diferiram no uso do estilo imaturo. Os pacientes do grupo

controle não apresentaram diminuição significativa nos estilos defensivos independente

da melhora parcial ou remissão completa dos sintomas do TOC.

Os resultados do artigo 3 sugerem que ao final do tratamento houve diferença

estatisticamente significativa entre a TCCG e EM+MC TCCG na média do escore total

da DY-BOCS, e no escore da dimensão de contaminação e agressão. Colecionismo

apresentou melhora com tendência estatística.

Essa tese insere-se na tendência atual que reconhece a necessidade de se

desenvolver estratégias que aumentem a motivação e o compromisso do paciente com o

tratamento, bem como investigar a aplicação dessas abordagens e técnicas como um

meio de maximizar as taxas de resposta dos tratamentos já consagrados para o TOC,

como a TCCG. Mais especificamente, a questão a ser respondida é: poderia o

tratamento usualmente empregado ter melhores resultados, se incluirmos novos

conceitos e técnicas?

REFERÊNCIAS

American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-IV-TR. Porto Alegre: Artmed; 2002.

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2. INTRODUÇÃO

O primeiro estudo populacional sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo

(TOC) de que se tem conhecimento data dos anos 50, nos Estados Unidos, referindo

uma prevalência de 0,3% (Torres et al., 2005). Já nos anos 70, um estudo realizado na

França constatou prevalência do TOC de 1,0% (Torres et al., 2005). Uma revisão

recente assinala que o TOC acomete de 0,3 a 3,1% da população geral (Fontenelle et al.,

2008). Segundo o National Institutes of Health (NIH), existem cerca de 7 milhões de

americanos com TOC. Pesquisadores em todo o mundo estimam uma taxa de

prevalência do TOC variando de 1 a 10 %, incluindo pacientes ambulatoriais e

hospitalizados (Ferrão, 2004).

O National Epidemiologic Catchment Area Survey (ECA; Nestadt et al., 1998)

encontrou uma prevalência do TOC, ao longo da vida, entre 1,9 a 3,3% nos Estados

Unidos, o que permitiu mudar a ideia de que esta é uma doença rara. Estudos com

adultos (Lochner et al., 2001; Torres et al., 2005), em amostras clínicas e

epidemiológicas, geralmente apresentam uma distribuição igual entre homens e

mulheres, ou indicam um leve predomínio de mulheres.

No Brasil (Almeida Filho et al., 1992), dois estudos apresentam prevalências de

TOC ao longo da vida em cidades brasileiras: em Brasília, 0,9 e 0,5%, respectivamente,

para homens e mulheres e, em parte da cidade de São Paulo, de 0,4% para homens e

0,3% nas mulheres. É provável que existam, no Brasil (Cordioli, 2005), de 3 a 4

milhões de pessoas com TOC, sendo que cerca de 200 mil estão no Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, a quinta maior cidade do Brasil segundo o Estudo Multicêntrico

de Morbidade Psiquiátrica em áreas urbanas brasileiras (Almeida–Filho et al., 1992),

tem uma prevalência de TOC na vida de 1,7% entre homens e de 2,5% entre mulheres,

para maiores de 15 anos. Essa variação local acompanha a tendência no Brasil e no

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mundo, conforme previamente referido. Devido aos poucos estudos epidemiológicos

brasileiros, não é possível identificar em que posição, em termos de prevalência, Porto

Alegre situa-se em relação às outras capitais do país.

Em 1998 foi feito um levantamento pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

e o TOC foi considerado o quarto transtorno psiquiátrico mais comum, sendo precedido

somente pela depressão, pela fobia social e pelo abuso de substâncias. Ainda, o TOC

mostrou-se mais prevalente que a esquizofrenia e que o transtorno de humor bipolar

(Weissman et al., 1994; Jenike MA., 2001). O National Comorbidity Survey Replication

apontou que o TOC é o transtorno de ansiedade com o percentual mais alto (50,6%) de

casos sérios (Kessler et al., 2005). Segundo o estudo do Harvard Brown Anxiety

Disorders Research Program (HARP; Keller, 1997), o TOC apresenta o mesmo grau de

prejuízo no funcionamento social e físico, assim como sintomas depressivos com um

maior grau de prejuízo, que a diabete ou doenças coronarianas.

O TOC caracteriza-se pela presença de obsessões e/ou compulsões. As

obsessões são definidas como pensamentos ou ideias, impulsos ou imagens recorrentes

que são experimentadas como intrusivos, impróprios e/ou desagradáveis. Estes

pensamentos são reconhecidos como produto da mente, mas geralmente estranhos à

pessoa que, apesar de esforçar-se, não consegue eliminá-los, o que gera ansiedade ou

angústia. O conteúdo típico das obsessões inclui temores sobre contaminação, dúvidas

repetitivas, necessidade de simetria, impulsos de conteúdo agressivo, sexuais ou

blasfemos desagradáveis e impróprios. Indivíduos que experimentam obsessões

procuram ignorá-las ou suprimi-las e tentam neutralizá-las, através das compulsões ou

de comportamentos evitativos (DSM- IV).

Compulsões, também conhecidas por rituais, são comportamentos repetitivos e

intencionais, motores ou mentais, que têm como objetivo prevenir ou reduzir a

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ansiedade, aflição ou outros sentimentos desagradáveis, decorrentes das obsessões ou

mesmo na ausência destas (DSM-IV). Entre as compulsões mais comuns estão lavar,

limpar, contar conferir, ordenar. Um exemplo de como os dois fenômenos podem ser

conectados são os pensamentos obsessivos sobre contaminação que podem induzir ao

compulsivo lavar de mãos.

Estudos clínicos e epidemiológicos demonstraram que o TOC é notavelmente

heterogêneo em sua apresentação clínica (Mataix-Cols et al., 2004). Vários estudos

assinalaram a importância de agrupar os sintomas em dimensões específicas, assumindo

que os pacientes podem apresentar sintomas em uma ou mais dimensões, com graus

variados de severidade entre eles (Leckman et al., 1997; Jenike et al., 2004; Torres et

al., 2005; National Institutes of Health, 2005). Segundo Fulana e colegas (2009), a

descrição detalhada das dimensões dos principais sintomas do TOC no DSM-V

capturaria melhor a heterogeneidade do transtorno e encorajaria pesquisas adicionais na

área. Baseado em estudos anteriores que se valeram de análises fatoriais para agrupar

pacientes com determinados tipos de sintomas obsessivo-compulsivos, James Leckman

e colaboradores (2006) desenvolveram a Escala Dimensional de Avaliação da

Gravidade de Sintomas Obsessivo-Compulsivos (DYBOCS). A escala foi

simultaneamente validada em Português e Inglês e examina os sintomas obsessivo-

compulsivos em seis dimensões: (1) Obsessões de Contaminação e Compulsões de

Limpeza; (2) Obsessões e Compulsões de Colecionismo; (3) Obsessões e Compulsões

de Simetria, Ordem, Contagem e Arranjo; (4) Obsessões Sobre Agressão, Violência,

Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas; (5) Obsessões Sexuais e Religiosas e

Compulsões Relacionadas e (6) Obsessões e Compulsões Diversas. Uma vantagem

metodológica importante da DY-BOCS é o fato de que, ao dividir os sintomas

obsessivo-compulsivos de acordo com as dimensões, é possível questionar sobre os

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tipos de sintomas que em geral são considerados ambíguos. Por exemplo, compulsões

de verificação são investigadas nas diversas dimensões, ou seja, pergunta-se tanto sobre

rituais de verificação relacionados a obsessões sexuais e a obsessões religiosas

(incluídos na dimensão “sexual/religiosa”), quanto sobre compulsões de verificação

associadas a preocupações de contaminação (incluídos na dimensão “contaminação/

limpeza”). Acredita-se, portanto, que a DY-BOCS consiga revelar padrões

significativos de resposta terapêutica de acordo com dimensões específicas de sintomas

obsessivo-compulsivos. Os pesquisadores (Ferrão, 2004; Organização Mundial da

Saúde, 2005) sugeriram que uma abordagem dimensional poderia ajudar a guiar a

pesquisa no tratamento do TOC, colaborando com o desenvolvimento de técnicas para a

TCC direcionadas para dimensões de sintomas específicos, o que poderia melhorar as

taxas de resposta ao tratamento (Nestadt et al., 1998; Lochner et al., 2001).

Alguns estudos chamam a atenção para os estilos defensivos como fatores que

poderiam interferir na gravidade dos sintomas e na resposta ao tratamento do TOC. Um

mecanismo de defesa é definido como um mecanismo psicológico que media os

desejos, necessidades e impulsos individuais de um lado, e as proibições e a realidade

externa do outro (Perry et al., 1989). Uma relação positiva entre o mecanismo de defesa

imaturo e neurótico e a severidade do TOC foi relatada (Albucher et al., 1998; Kipper et

al., 2004). Bond e colaboradores (1983; 1986) desenvolveram um instrumento auto-

aplicável, o Defensive Style Questionnaire (DSQ-40), para avaliar os derivativos

conscientes dos mecanismos de defesa, com a intenção de evidenciar manifestações de

um estilo característico do sujeito de lidar com o conflito, consciente ou inconsciente,

baseado na suposição de que as pessoas podem comentar acuradamente sobre seu

comportamento “à distância”. Por meio do DSQ, é possível se obter uma aproximação

das medidas dos diferentes mecanismos de defesa, identificados como estilos

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defensivos: (1) imaturo, (2) neurótico e (3) maduro. O DSQ-40 vem sendo utilizado em

vários países, inclusive no Brasil, onde a versão em português já foi validada (Blaya et

al., 2002).

Pacientes com diferentes transtornos de ansiedade utilizam estilos defensivos

mais mal-adaptativos do que indivíduos saudáveis. Blaya e colaboradores (2002), em

um estudo comparando indivíduos portadores de fobia social e controles, verificaram

que os pacientes utilizavam com maior frequência as defesas neuróticas e imaturas. Em

um estudo com pacientes com transtorno do pânico (Kipper et al., 2004), observou-se

uma maior presença de defesas imaturas e neuróticas nos pacientes quando comparado

aos controles, bem como a presença de mecanismos mais mal-adaptativos em pacientes

mais graves quando comparados aos menos graves. Andrews e colegas (1993) não

encontraram diferenças significativas entre os grupos com transtorno do

pânico/agorafobia versus fobia social, nem entre o grupo com pânico/agorafobia e o

grupo com TOC ou entre o grupo com TOC versus grupo com fobia social. De acordo

com Hunt (1992) há evidências de que estilos de defesa mal-adaptativos possam

melhorar com a TCC. Heldt e colaboradores (2003) relataram, em um estudo com TCC,

que os pacientes com transtorno do pânico que atingiram remissão dos sintomas

utilizaram menos defesas neuróticas e imaturas. Estudos recentes demonstraram que

pacientes com Transtorno do Pânico que usam mais as defesas neuróticas tiveram uma

resposta pobre aos psicofármacos (Kipper et al., 2005) e à TCC (Heldt et al., 2003).

Andrews (1993) levanta a importante questão, ainda sendo pesquisada, de que pacientes

com transtorno de ansiedade cujo perfil dos mecanismos de defesa se desvia muito

pouco do normal, respondem melhor a intervenções mínimas. Sugere, também, que

aqueles com padrão mais neurótico e imaturo de defesas requerem consideravelmente

mais tratamento. Portanto, são relevantes as abordagens que ajudam os pacientes com

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TOC a usar mecanismos de defesa mais saudáveis, que são mais flexíveis e adaptativos

e que poderiam influenciar na resposta ao tratamento.

TRATAMENTO

A maioria dos pacientes com TOC menciona um aumento e uma diminuição dos

sintomas ao longo do tempo, com exacerbações que chegam a incapacitar 10% dos

portadores (Masellis et al., 2003). O TOC, mais do que qualquer outro transtorno de

ansiedade, é caracterizado por sua cronicidade (Rasmussen et al., 1992), e a

possibilidade de remissão sem tratamento é extremamente baixa (Masellis et al., 2003).

No passado, o TOC era visto como uma doença de prognóstico ruim. O

tratamento especializado, todavia, tem oferecido perspectivas de melhora para grande

parte desses pacientes (Shavitt, 2006). As pesquisas sobre o TOC têm demonstrado que

o curso tende a ser crônico, para adultos sem tratamento. Nos Estados Unidos, um

protocolo com 560 pacientes (Rasmussen et al., 1988) identificou que 85% deles

apresentavam curso crônico, com sintomas flutuantes, enquanto outro estudo (Lensi et

al., 1996) constatou que 64% dos pacientes mostravam um curso crônico. Mesmo com

novos tratamentos disponíveis, em diversos trabalhos (Fineberg, 1996; Rasmussen et

al., 1997; Shavitt, 2002; Leonard et al., 2003; Rufer et al., 2005), foram observados

altos índices de cronicidade e refratariedade, além da pouca ou nenhuma melhora da

sintomatologia neste transtorno.

As últimas três décadas testemunharam avanços significativos no tratamento do

TOC (Kampman et al., 2002; Joseph et al., 2003; Whittal et al., 2005; Kimberly et al.,

2005; Rufer et al., 2005) estando bem estabelecida à eficácia de duas modalidades de

intervenção: (1) psicofarmacológica, com o uso de clomipramina (CMI) ou com

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fármacos do grupo dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), e (2) a

Terapia Cognitivo-Comportamental com Exposição e Prevenção de Resposta (EPR).

Dados atuais, com adultos e crianças, sugerem que a TCC está associada a um maior

tamanho de efeito do que somente ISRS (Storch et al., 2008). Até onde sabemos, não

existe nenhum estudo controlado que demonstre efetividade da psicoterapia dinâmica ou

psicanálise para lidar com os sintomas centrais do TOC.

Quando os sintomas são intensos ou incapacitantes e além do TOC existem

comorbidades associadas, como depressão e ansiedade, a primeira escolha recai na

abordagem farmacológica, cuja efetividade atinge de 20 a 60% dos pacientes (Cordioli,

2005). Um estudo para avaliar a eficácia da clomipramina no TOC, verificou que cerca

de 60% dos pacientes tratados obtiveram uma redução significativa dos sintomas

obsessivo-compulsivos (40%), comparados com 4% de resposta ao placebo (DeVaugh-

Geiss et al., 1991). Os ISRS também são bastante investigados no tratamento do TOC.

Estudos comprovaram a eficácia da fluoxetina (Goodman et al., 1996), sertralina (Greist

et al., 1995), fluvoxamina (Goodman et al., 1996), paroxetina (Zohar et al., 1996),

citalopram (Montgomery et al., 2001), venlafaxina (Bystritsky A., 2004), e escitalopram

(Rabinowitz et al., 2008). No entanto, meta-análises (Van Balkom et al., 1994; Greist et

al., 1995; Piccinelli et al., 1995) consideraram a clomipramina superior. É discutível a

superioridade da clomipramina devido às diferenças metodológicas entre os estudos

realizados com clomipramina e ISRS. Em todo caso, é consenso que os ISRS são a

primeira escolha devido à melhor tolerabilidade e possível equivalência de eficácia em

relação à clomipramina. A desvantagem da indicação medicamentosa reside no fato de

que raramente eliminam totalmente os sintomas, com uma taxa de remissão completa ao

redor de 20%, além da possibilidade do surgimento de efeitos colaterais indesejáveis

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(Cordioli, 2005). Um estudo verificou que mais de 80% dos pacientes recaíram dois

meses após a interrupção dos medicamentos (Pato et al., 1988).

A Terapia Cognitivo-Comportamental considera aprendizagens errôneas e

crenças disfuncionais como fatores que concorrem para a origem e manutenção dos

sintomas obsessivo-compulsivos, ao lado de fatores de ordem biológica. A técnica

cognitiva mais utilizada no tratamento do TOC é a reestruturação cognitiva (Rosa-

Alcázar et al., 2008). Na EPR os pacientes são solicitados a enfrentar as situações e

objetos temidos (exposição) e se abster de executar os rituais (prevenção de resposta).

As exposições que provocam ansiedade moderada são prescritas primeiro, seguidas tão

depressa quanto tolerável para as exposições de dificuldade crescente. Em uma recente

meta-análise (Rosa-Alcázar et al., 2008) foi possível identificar 19 estudos publicados

entre 1980 e 2006 que permitiram um total de 24 comparações independentes entre

grupo de tratamento e grupo controle. O tamanho de efeito calculado para somente EPR

(d+=1.127), somente reestruturação cognitiva (d+=1.090), e EPR mais reestruturação

cognitiva (d+=0.998) foram muito similares.

Técnicas comportamentais, como a EPR, têm se revelado efetivas para reduzir

os sintomas obsessivo-compulsivos (Jónsson et al., 2009). Foa e colegas (1998)

demonstraram que mais de 75% dos pacientes com TOC tratados tiveram uma boa

resposta de tratamento. Porém, poucos pacientes apresentaram remissão total dos

sintomas, e ao redor de 25% dos pacientes tratados apresentaram recaída. Em uma

revisão de 16 estudos controlados com EPR (Abramowitz et al., 2002) foi verificada

uma redução média de 48% dos sintomas do TOC, com baixas taxas de recaída depois

do tratamento.

Uma modalidade de tratamento que tem chamado à atenção dos pesquisadores é

a TCC em grupo (TCCG), pela sua reconhecida eficácia, além de apresentar uma

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relação custo-benefício mais favorável do que a terapia individual e por facilitar o

treinamento de outros profissionais (Falls-Stewart et al., 1993; Van Noppen et al., 1997;

Van Noppen et al., 1998; Cottraux et al., 2001; Cordioli et al., 2002, 2003). Essa

abordagem parece produzir uma resposta positiva dos pacientes, tendo em vista que as

crenças disfuncionais e os pensamentos automáticos são ativados, compartilhados e

modificados através de técnicas cognitivas e da “modelagem social” (White et al.,

2003). Além disso, a eficácia da TCC em grupo tem sido semelhante à TCC individual

(Falls-Stewart et al., 1993). Uma meta-análise recente (Jónsson et al., 2009) para avaliar

a efetividade da TCCG, que incluiu 13 estudos, verificou um tamanho de efeito de 1,18

em comparação com os controles para o tratamento do TOC. Os autores deste estudo

consideram uma questão em aberto a comparação com a terapia individual. Em dois

estudos a TCCG apresentou melhores resultados que o uso de medicação. Um recente

estudo (Jaurrieta et al., 2008) analisou se a redução dos sintomas obsessivo-compulsivos

obtidos depois de 20 sessões de TCC em grupo ou TCC individual para TOC seria

mantida após o seguimento de seis meses e um ano, obtendo resultados similares em

ambos os tratamentos.

Em três estudos com TCCG para pacientes adultos com TOC realizados por

nosso grupo de pesquisa, sendo (1) ensaio aberto com 32 pacientes (Cordioli et al.,

2002), (2) ensaio clínico randomizado com 56 pacientes tratados (Cordioli et al., 2003;

Sousa et al., 2006) e, (3) estudo de follow-up de um ano, em uma amostra de 42

pacientes (Braga et al., 2005) foi possível observar que 70% dos pacientes melhoraram

com o tratamento. No estudo com 42 pacientes foi possível observar que 9 (21%)

pacientes apresentaram remissão completa ao final da TCCG. O ensaio randomizado

com 56 pacientes mostrou que 8 (32%) pacientes que fizeram TCCG apresentaram

remissão completa, enquanto apenas 1 (4%) paciente do grupo que usou sertralina

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alcançou o mesmo resultado. Nossos achados estão de acordo com a observação de

Rück et al. (2008) de que pelo menos 30% a 40% dos pacientes com TOC não

respondem a tratamentos farmacológicos de primeira-linha ou tratamentos

psicoterápicos.

Alguns estudos mostraram que aproximadamente 20% a 30% dos pacientes se

opõem ou recusam a EPR, temerosos em sofrer com a ansiedade provocada pelos

exercícios de exposição (Wilhelm et al., 2005). Westra e colaboradores (2006) chamam

a atenção de que no tratamento do TOC é esperado que até 25% dos pacientes não se

comprometam com os procedimentos indicados na TCC e que apenas ao redor de 50%

irão executar as tarefas de casa durante a TCC. Além disso, o nível de ansiedade do

paciente com TOC ao início do tratamento tem sido relacionado com os resultados do

tratamento em curto prazo (Mawson et al., 1982; Foa et al., 1983; Hoogduin et al.,

1988). Os resultados do estudo para avaliar se o processo de mudança das obsessões e

compulsões na terapia cognitiva é diferente do processo de mudança na EPR sugerem

que a redução das compulsões é o processo pelo qual a EPR e a terapia cognitiva

influenciam a mudança (Anholt et al., 2008). Foa (1979) ressalta que os pacientes que

apresentam ideias supervalorizadas, ou seja, que apresentam uma forte convicção de

que seus rituais são necessários para a prevenção de catástrofes futuras podem não

responder à terapia.

Pesquisadores (Mataix-Cols et al., 2002) chamam a atenção que os tratamentos

para o TOC existentes precisam ser refinados e/ou novos tratamentos devem ser

desenvolvidos para melhorar a resposta ao tratamento. A ideia de usar intervenções

breves para aumentar a resposta à psicoterapia subsequente foi introduzida alguns anos

atrás. Alguns pesquisadores (Westra et al., 2006) sugerem que muitas vezes o que é

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visto como resistência ou recusa na terapia pode ser reflexo da ambivalência sobre a

mudança.

ENTREVISTA MOTIVACIONAL

A Entrevista Motivacional, desenvolvida pelos americanos Miller e Rollinck

(1991), é uma abordagem que vem sendo desenvolvida nas últimas décadas, com o

objetivo de auxiliar as pessoas a realizarem mudanças de comportamento mal-

adaptativo. Esta abordagem foi utilizada originalmente, com a finalidade de auxiliar

alcoolistas e, posteriormente, adaptada para uso em diferentes contextos da área da

saúde. Atualmente, existem mais de 160 ensaios clínicos randomizados sobre a

Entrevista Motivacional em diferentes áreas da saúde, como por exemplo, uso do

preservativo, hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, adesão à medicação,

atividade física, mamografia, uso do protetor solar e uma variedade de transtornos

psiquiátricos (Rollnick et al., 2009).

A Entrevista Motivacional caracteriza-se por um estilo de atendimento que usa

diferentes princípios e técnicas com o objetivo de auxiliar o paciente a reconhecer e

fazer algo a respeito de seus problemas presentes ou potenciais. Sua utilização tem se

mostrado útil com pessoas que relutam em mudar e que são ambivalentes, em relação à

mudança. O uso desta técnica, durante a intervenção, facilita o trabalho terapêutico que

se segue. Conforme Miller (2000), os estudos têm demonstrado que a Entrevista

Motivacional não apenas parece funcionar, mas mais do que isto é mais eficiente com

os indivíduos que precisam mais de ajuda na mudança de um comportamento.

O atendimento que utiliza a Entrevista Motivacional é diretivo, centrado no

paciente, e tem como objetivo principal estimular a mudança de um comportamento,

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ajudando o indivíduo a explorar e resolver sua ambivalência sem impor à pessoa um

curso de ação que não seja apropriado ao seu momento pessoal. O “espírito” da

Entrevista Motivacional foi descrito por seus idealizadores como cooperativo,

evocativo, e com respeito pela autonomia do paciente (Rollnick et al., 2009). Em

essência, a Entrevista Motivacional orienta os pacientes a convencerem a si próprios

sobre a mudança necessária. Para encaminhar “a conversa sobre a mudança” do

comportamento-alvo com os pacientes o terapeuta deve levar em conta os quatro

princípios orientadores da Entrevista Motivacional: (1) resistir ao reflexo de “consertar

as coisas”; (2) entender e explorar as motivações do paciente; (3) escutar com empatia;

e (4) fortalecer o paciente, estimulando a esperança e o otimismo.

A entrada, a motivação do paciente e a prontidão para mudar comportamentos

através do tratamento são preditores do engajamento e subsequente permanência no

tratamento (Cady et al., 1996). Em dois ensaios clínicos randomizados anteriores à

TCC para o transtorno de ansiedade generalizada a única variável não-clínica preditora

de resultado do tratamento foi à motivação do paciente (Westra et al., 2006).

Oportunizar o rápido encaminhamento para o tratamento quando a motivação do

paciente está mais alta aumenta a retenção e melhora nos resultados (Rollnick et al.,

1992; Projeto MATCH 1997, 1998). Para indivíduos menos motivados o uso das

estratégias da Entrevista Motivacional pode facilitar o compromisso no processo do

tratamento mantendo o foco nos diferentes Estágios de Mudança (DiClemente et al.,

1994; Miller et al., 2001). A motivação para a mudança do comportamento surge da

interação entre o paciente, o profissional que o atende e o processo que oportuniza a

indicação do inicio do tratamento (Franey et al., 2002).

Um recente estudo, realizado nos Estados Unidos, demonstrou que a Entrevista

Motivacional pode aumentar as taxas de aceitação da EPR, entre os pacientes com TOC

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(Maltby et al., 2005). Nele foi desenvolvida e testada uma intervenção, em quatro

encontros, que buscava aumentar a taxa de aceitação da EPR, entre aqueles pacientes

que a recusaram num primeiro momento. Westra e colaboradores (2006) realizaram um

ensaio clínico randomizado para avaliar o efeito de três sessões de EM, comparado a

nenhum tratamento antes da TCC, com 55 indivíduos com diagnóstico principal de

transtorno de ansiedade (45% transtorno do pânico, 31% fobia social, e 24% transtorno

de ansiedade generalizada). Ambos os grupos demonstraram melhora clínica

significativa dos sintomas de ansiedade. No entanto, o grupo que recebeu a EM antes da

TCC apresentou um número significativamente maior de pacientes que responderam à

TCC comparado ao grupo controle.

A combinação da EM e TCC pode ser particularmente promissora para o

tratamento do TOC, onde a EM aumentaria a motivação e resolução da ambivalência

sobre mudança, principalmente no que diz respeito à não executar os rituais e as

evitações, e a TCC oportunizaria ao paciente alcançar as mudanças desejadas. Existe

uma boa evidência da eficácia da EM no tratamento de curto prazo (Hjorthøj et al.,

2008).

Para esta tese não havia um manual específico de EM+MC a ser seguido nas

entrevistas individuais, o que oportunizou a autonomia do terapeuta para acompanhar o

paciente usando as estratégias da Entrevista Motivacional. No entanto, consideramos

que os princípios básicos da Entrevista Motivacional: (1) expressar empatia; (2)

desenvolver discrepância entre o comportamento atual e o ideal; (3) evitar

argumentação; (4) acompanhar a resistência; (5) promover a auto-eficácia; deveriam ser

contemplados em todos os atendimentos individuais com o objetivo de encorajar os

pacientes a falar sobre como, quando e por que eles poderiam mudar seu

comportamento de realizar os rituais e as evitações. O propósito do modelo de

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intervenção deste estudo foi explorar e ajudar o paciente a resolver a ambivalência em

relação à não fazer os rituais e as evitações, bem como aumentar e renovar a motivação

e prontidão para aderir aos exercícios de EPR que são parte da TCCG. Para tanto os

atendimentos focaram os seguintes tópicos: (a) identificar e explorar as razões para

mudar; (b) ajudar o paciente a reconhecer e ponderar a respeito dos diferentes

sentimentos sobre os benefícios ao parar de realizar os rituais; (c) usar a escuta reflexiva

(isto é, clarificar e ampliar a experiência pessoal do paciente, sem impor a opinião

pessoal do terapeuta); (d) oferecer resumos sobre as preocupações levantadas pelo

paciente durante o processo de tomada de decisão; e (e) ajudar o paciente a escolher

estratégias pessoais. Além disso, foi explicado ao paciente o modelo da TCCG e em que

consistem os exercícios de exposição e prevenção de rituais e as técnicas cognitivas. O

terapeuta também reforçou a importância de realizar as tarefas de casa relacionadas aos

exercícios de EPR, assim como encorajou cada paciente a tolerar e manejar a ansiedade

provocada pelos exercícios de EPR.

MAPEAMENTO COGNITIVO

O Mapeamento Cognitivo (Anexo F), desenvolvido por Leukefeld e

colaboradores (2000), da Universidade de Kentucky, USA, é uma técnica recente,

fundamentado no Modelo de Estágios de Mudança de Prochaska e DiClemente (1986),

da Universidade de Rhode Island, USA, e na Entrevista Motivacional (Miller et al.,

1991), e utiliza a esquematização visual, para auxiliar o individuo a organizar seus

pensamentos e comportamentos. Essa técnica tem sido empregada para auxiliar

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pacientes usuários de drogas, reduzir a conduta sexual de risco e em pacientes com

déficit de atenção.

Frequentemente os pacientes têm dificuldade em entender, aprender e manejar

situações abstratas (Grant et al., 1977; Meek et al., 1989; Czurchry et al., 1995). O

Mapeamento Cognitivo é uma maneira de ajudá-los a aprender com suas próprias

experiências através da esquematização visual dos seus pensamentos e condutas, como

quando usamos um mapa rodoviário. Seu uso facilita a visualização do problema

abordado e a percepção de como seus pensamentos e sentimentos estão estritamente

ligados ao comportamento adotado, oportunizando uma maior compreensão sobre si

mesmo.

A principal proposta do Mapeamento Cognitivo é ajudar o indivíduo a entender

seus pensamentos e comportamentos e, assim, desenvolver estratégias próprias de

resolução dos problemas. Além de organizar visualmente as ideias de forma a permitir

associações, o mapa revela com clareza os caminhos que conduzem aos

comportamentos construtivos ou destrutivos. Quando consciente desse processo, o

sujeito se torna mais responsável por seu comportamento e sua própria existência, o que

propicia melhores escolhas de pensar, decidir e se comportar. Com isso, queremos dizer

que a proposta do Mapeamento Cognitivo não é apenas ajudar o paciente a pensar sobre

um problema específico, mas aprender o processo de resolução desse problema.

Supõe-se que após trabalhar com o Mapa Cognitivo o paciente será capaz de: (1)

entender como seus problemas estão relacionados com sua conduta negativa; (2)

identificar que os sentimentos, pensamentos e ações de outros e os seus próprios

contribuem para uma conduta inadequada e outros problemas; (3) escolher uma conduta

positiva levando em consideração o que os outros pensam e fazem; e (4) desenvolver

habilidades de solucionar problemas relacionados ao TOC.

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O uso de um mapa cognitivo mostrou-se útil quando aplicado em grupos focados

no uso de drogas (Joe et al., 1994), na conduta sexual de risco (Leukefeld et al., 1999) e

no déficit de atenção (Czurchry et al., 1995). Ele pode ser uma vantagem

particularmente importante para comunicar-se com indivíduos com pouca instrução

(Piltre et al., 1996) ou cuja capacidade de expressão é limitada (Leukefeld et al., 2001).

Os achados (Dansereau et al., 2002; Czuchry et al., 2003) das pesquisas evidenciam a

eficiência do Mapeamento Cognitivo para melhorar a resolução de problemas, a tomada

de decisão, a aprendizagem e comunicação, facilitando a autoeficácia. O Mapeamento

Cognitivo poderia ser especialmente útil para os portadores de TOC que apresentam

rituais mentais e/ou demonstram excessiva incerteza ou recorrentes dúvidas sobre o que

está sendo conversado durante a entrevista.

O estudo realizado com uma amostra de usuários de cocaína injetável e de crack,

em Porto Alegre, permitiu observar que o Mapeamento Cognitivo promoveu mudanças,

tanto no uso de drogas, como na conduta sexual de risco (Leukefeld et al., 2005;

Inciardi et al., 2006).

Para este estudo, o terapeuta e o paciente completaram juntos um Mapa

Cognitivo. Os pacientes foram encorajados a analisar o mapa e desenvolver estratégias

para enfrentar a ansiedade produzida pelas obsessões com respostas alternativas de

comportamento. O Mapa Cognitivo foi usado para facilitar: (1) reconhecer o problema:

compreender que as obsessões são fonte de desconforto e angustia; entender como os

rituais são relacionados com o TOC (estágio de pré-contemplação); (2) retardar a ação e

pensar: se acalmar antes de agir pode levar a melhores condições de enfrentar o

problema; (3) identificar o problema: especificar aquelas circunstâncias, sentimentos, e

valores que contribuem para a execução do ritual (estágio de contemplação); (4)

considerar várias soluções: identificar opções de comportamento disponível para lidar

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com as obsessões (estágio de preparação); (5) selecionar as melhores alternativas: fazer

uma escolha de ação baseado em uma projeção racional dos prováveis resultados

(estágio de ação); e, (6) avaliar a eficácia da solução: designar critérios para determinar

se um comportamento específico foi uma solução bem sucedida (estágio de ação).

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46

3. JUSTIFICATIVA

Apesar da TCC com EPR apresentar resultados promissores, ao redor de 30%

dos pacientes não aderem aos exercícios de EPR, o que demonstra ser difícil tolerar os

exercícios de exposição (Fisher et al., 2005). As dificuldades de adesão decorrem, em

grande parte, devido ao fato de que os exercícios implicam num aumento dos níveis de

ansiedade, o que nem todos os pacientes suportam. O desconforto que o procedimento

pode ocasionar leva aproximadamente 25% de todos os pacientes a recusar a terapia

(Fricke et al., 2006). Mais do que isso, é possível observar uma taxa de desistência, ao

redor de 20% ou de não aderência à terapia, de 30% dos pacientes (Schruers et al.,

2005), reduzindo em 50% o efeito da mesma.

Uma segunda limitação se deve ao fato de que, muitas vezes, a melhora dos

sintomas é incompleta, e nesses casos é alta a tendência a ocorrerem recaídas (Braga et

al., 2005).

Desenvolver técnicas que possam aumentar a resposta dos pacientes ao

tratamento é, portanto, um objetivo relevante e poderia melhorar a efetividade da TCC,

aumentando o percentual dos que se beneficiam com o tratamento.

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), através do Ambulatório do

Serviço de Psiquiatria – Programa Transtornos de Ansiedade (PROTAN) oferece o

Grupo de Terapia Cognitivo-Comportamental para pacientes com TOC. Composto por

uma equipe multidisciplinar, proporciona tratamento desde 1994. Inicialmente os

pacientes eram atendidos individualmente, utilizando a terapia de EPR e, a partir de 1999,

passou-se a oferecer a TCCG. Aproximadamente 150 pacientes foram tratados com essa

modalidade de intervenção antes do início deste estudo. Embora tenha sucesso, na

melhora da sintomatologia dos pacientes, que participam das 12 sessões de TCCG,

disponibilizadas pelo programa do TOC, é possível verificar que 30% dos pacientes não

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melhoram. Dos outros 70% dos participantes, 45% demonstraram uma melhora parcial,

muitas vezes apresentando recaídas e apenas 25% do total, tiveram remissão completa

sem recaídas como demonstrado pelos estudos (Cordioli et al., 2002, 2003; Braga et al.,

2005; Sousa et al., 2006) efetuados por nosso grupo de pesquisa. Estes achados vêm ao

encontro dos estudos anteriormente citados, o que leva os autores deste projeto concluir,

ser necessário aumentar as chances de melhora, na intervenção oferecida para esta

população de pacientes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização das Nações Unidas

(ONU), através do relatório de 2001 intitulado “Saúde Mental, nova concepção, nova

esperança”, recomenda programas que permitam melhorar a eficácia no tratamento dos

transtornos mentais nos serviços gerais de saúde.

O governo brasileiro, através do relatório de 2004, apresentado pelo Ministério

da Saúde, denominado: “Saúde no Brasil - Contribuições para a Agenda de Prioridades

de Pesquisa” apresenta entre suas metas a promoção de estudos que (1) incentivem à

prática de pesquisa em saúde que obtenha estimativas de parâmetros clínico-

epidemiológicos, e (2) promovam novas formas de intervenção, bem como avaliem o

impacto das mesmas.

Frente às evidências epidemiológicas e os achados de pesquisas acima

mencionados, fica evidente a necessidade em se estabelecer programas que não somente

proporcione a remissão completa da sintomatologia para a maior parte da população

atendida, como também aumente as chances de melhora para aqueles 30% dos demais

pacientes que não se beneficiam com a TCCG usual. Este estudo poderá ajudar no

avanço do conhecimento das técnicas que podem potencializar o tratamento padrão

oferecido para uma amostra de pacientes que frequentam os grupos de TCC.

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4. HIPÓTESE

O acréscimo de duas sessões individuais de Entrevista

Motivacional+Mapeamento Cognitivo à TCCG para pacientes com Transtorno

obsessivo-compulsivo aumentará a eficácia do tratamento em comparação com a TCCG

isolada.

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5. OBJETIVOS

5.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar os efeitos da adição de duas sessões individuais de Entrevista

Motivacional + Mapeamento Cognitivo à TCCG, na resposta ao tratamento dos

pacientes com Transtorno obsessivo-compulsivo.

5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Avaliar a mudança da gravidade dos sintomas nas duas intervenções

(EM+MC TCCG e TCCG).

• Analisar o percentual de pacientes que obtém remissão completa e

parcial dos sintomas nas duas intervenções.

• Observar o percentual de pacientes que não responderam a TCCG nas

duas intervenções.

• Avaliar a manutenção dos resultados em um seguimento de três meses.

• Verificar as mudanças nos estilos defensivos nas duas intervenções.

• Examinar as mudanças na redução no escore total da DY-BOCS e na

diminuição do percentual de pacientes em cada dimensão dos sintomas

nas duas intervenções.

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6. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O estudo está de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de

Pesquisas Envolvendo Seres Humanos (Resolução n.º 196/96), e foi previamente

aprovado pelo grupo de Pesquisa e Pós-Graduação e Comissão de Pesquisa e Ética em

Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Nº 06 /171).

Todos os participantes foram informados verbalmente sobre a pesquisa, seus

objetivos e possíveis benefícios. Foi garantida a confidencialidade dos dados coletados,

assim como a possibilidade de recusa ou abandono da pesquisa, em qualquer momento

da aplicação sem qualquer prejuízo para o tratamento. Todos os pacientes que

desejaram participar do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido

(Apêndice 1).

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7. ARTIGOS

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7.1 Artigo 1

Behavioural and Cognitive Psychotherapy: page 1 of 18 doi:10.1017/S1352465810000111 A Randomized Clinical Trial to Examine Enhancing Cognitive-Behavioral Group Therapy for Obsessive-Compulsive Disorder with Motivational Interviewing and Thought Mapping Running head: CBGT for OCD with MI and TM

Elisabeth Meyer, Fernanda Souza, Elizeth Heldt, Paulo Knapp and Aristides Cordioli

Department of Psychiatry, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil

Roseli G. Shavitt

Department and Institute of Psychiatry, Hospital das Clínicas, School of Medicine,

University of São Paulo (USP), Brazil

Carl Leukefeld

Center on Drug and Alcohol Research, University of Kentucky, USA

Reprint requests to Elisabeth Meyer, Anxiety Disorders Program, Department of Psychiatry, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil, Rua Ramiro Barcelos, 2350 Room 400N, 90035-903, E-mail: [email protected]

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Abstract

Background: Obsessive-compulsive disorder (OCD) is characterized by repeated and

persistent attempts to control thoughts and actions with rituals. These rituals are used in

order to prevent feared or personally distressing outcomes. Cognitive behavioral group

therapy (CBGT) has been reported to be effective for treating OCD patients (Cordioli et

al., 2003; Braga, Cordioli and Manfro, 2005; Sousa, Isolan, Oliveira, Manfro, and

Cordioli, 2006). However, about one-third (30%) of patients do not benefit from CBGT.

Some of these patients do not show significant improvement and continue to use rituals

following CBGT, partially because they fail to complete the exposure and ritual

prevention (ERP) exercises. Consequently, it is important to motivate patients to fully

engage in CBGT treatment and complete the ERP exercises.

Aims: A randomized behavioural trial was initiated to examine 12 weeks of manual

directed CBGT with the addition of Motivational Interviewing (MI) and Thought

Mapping (TM) individuals sessions to examine treatment outcome and compare it to the

effectiveness of CBGT group alone.

Method: After consent, subjects were randomized (n=93) into a CBGT group or a

CBGT group with MI+TM.

Results: When the two groups were compared, both groups reduced OCD symptoms.

However, symptom reduction and remission were significantly higher in the MI+TM

CBGT group. Positive outcomes were also maintained with additional symptom

reduction at the three-month follow-up for the MI+TM CBGT group.

Conclusions: Adding two individual sessions of MI and TM before CBGT successfully

reduced OCD symptoms and it was more effective than using CBGT group alone.

Keywords: OCD; Cognitive-behavioral group therapy; CBGT; Thought Mapping;

Motivational Interviewing

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Introduction

Obsessive-compulsive disorder (OCD) is an anxiety disorder characterized by

recurrent obsessions and/or compulsions that cause marked distress and interfere with

daily functioning (American Psychiatric Association, 1994). OCD is a chronic disorder

with symptoms that rarely remit spontaneously, particularly, the repeated and persistent

attempts to control thoughts and actions by using rituals. In fact, Fischer and Wells

(2005) showed that, extended recurrent exposure to problem stimuli without

neutralization reinforces information that disproves erroneous associations and

promotes habituation to obsessions as well as apprehension-evoking stimuli.

Cognitive behavioral therapy (CBT) incorporates both exposure and ritual

prevention (ERP) as well as cognitive techniques which have been found to be effective

for OCD (Abramowitz, Franklin, Zoellner, and Dibernardo, 2002; Franklin and Foa,

2002; Cordioli et al., 2003; Foa et al., 2005; National Institute for Health, 2007). More

specifically, studies have reported that group therapy is generally as effective as

individual therapy in reducing obsessive-compulsive symptoms (Emmelkamp, Bouman

and Blaauw, 1994; Falls-Stewart, Marks and Schafer, 1993). In a recent study, meta-

analysis was used to compare group ERP with individual ERP and concluded that both

therapies were effective, although the authors did not determine which approach was the

most effective (Rosa-Alcázar et al.2008). Jónsson and Hougaard (2009) carried out a

study comparing cognitive-behavioral therapy (CBT) using two identical protocols

delivered either individually or in a group and showed that patients responded faster to

the individual treatment. However, both treatments had equivalent rates of recovery

assessed by a follow-up (one month). Nevertheless, not all patients benefit from CBT.

Previous studies have reported that about 30% of OCD patients remain clinically

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unchanged after CBT (Cordioli et al, 2003; Whittal, Thordarson and McLean, 2005;

Shavitt et al., 2006; Ferrão et al., 2006; Anderson and Rees, 2007). Perhaps, the failure

to successfully treat all patients using CBT, is due to the difficulties imposed by ERP

exercises. These exercises are usually challenging for OCD patients because they can

lead to anxiety-provoking situations (Vogel, Hansen, Stiles, and Gotestam, 2006).

Consequently, many patients do not adhere to ERP and dropout of treatment (Cordioli

et al., 2003; Rowa et al., 2007). However, most patients who predominantly use rituals

and do not present obsessions frequently have a positive outcome (Basoglu, Lax,

Kasviskis and Marks, 1988; Jenike et al., 1990). Moreover, patients who are motivated

to complete homework assignments have better outcomes than those patients who are

not motivated to finish their ERP exercises (Araújo, Ito and Marks, 1996).

Motivational Interviewing (MI) was developed to motivate patients to help them

accomplish behavior change (see Miller, 1983, 2000; Miller and Rollnick, 2002). MI

has been previously used in brief clinical interventions (Rollnick, Kinnersley and Stoot,

1993; Stott, Rollnick, Ress and Pill, 1995; Rollnick, 1996) with positive outcomes,

suggesting that MI may be effective for the treatment of OCD (Rollnick, Heather, Gold

and Hall, 1992; Rollnick, 1996). A meta-analysis study reported that MI was effective

in brief encounters of 15 minutes and that more than one encounter enhanced outcomes

(Rubak, Sandbæk, Lauritzen and Christensen 2005). MI has also been a helpful

adjunctive to treat anxiety disorder with increased outcomes for patients who had not

initially responded to CBT (Westra and Phoenix, 2003). Using MI with OCD cognitive

therapy has been previously suggested (Steketee, Chambless, and Tran, 2001; Maltby

and Tolin, 2005; Pinto, A., Pinto, A.M., Neziroglu and Yaryura-Tobias, 2007). In fact,

it was reported that MI and CBT could be particularly promising for the treatment of

anxiety and depression, with MI directed at increasing motivation and resolving

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ambivalence about change, and CBT directed at helping the patient achieve the desired

changes (Arkowitz and Westra 2004; Westra and Dozois, 2006). MI was incorporated

in this study to increase motivation by reducing ambivalence, identifying and exploring

reasons for change to meet specific goals, overcoming perceived barriers/concerns for

change, choosing personal change strategies and providing affirmation for choices by

promoting collaboration and reducing resistance (Miller and Rollnick, 2002; Westra and

Dozois, 2006).

Thought mapping (TM) is an established technique that has been described in

detail (Leukefeld, Brown, Clark, Godlaski and Hays, 2000; Leukefeld et al., 2005;

Inciardi et al., 2006). TM is based on the first four stages of change in the

transtheoretical model (Prochaska and DiClemente's, 1986). Briefly, TM is a structured

approach aiming to visually connect feelings, thoughts, and actions in order to

understand the relationship between thoughts and actions. TM is used to facilitate: (1)

problem recognition (precontemplation stage); (2) problem identification

(contemplation stage); (3) consider various solutions (determination stage); (4) select

best alternative (action stage); and, (5) assess the effectiveness of a solution (action

stage).

The results from studies using mapping, indicate that it can be useful when used

in combination with other approaches for target-behavior change (Knight, Dansereau

and Joe, 1994; Pitre, Dansereau and Joe, 1996; Martin et al., 2003). Since TM has been

useful in the treatment of others psychiatric disorders, we hypothesize that TM could be

helpful in facilitating change in OCD treatment. For example, during interviews, some

OCD patients have doubts about the content of the conversation. We suggest that the

use of visual aids, as well as paper and pencil, in TM could assist patients by clarifying

the content of the conversations during interviews. Moreover, we expect that these

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strategies will help patients to focus on behavior change. In this study, each participant

developed their own thought map for their OCD-related dysfunctional thoughts and

behaviors. This process allowed each patient to understand how behaviors and feelings

are directly linked to negative behavioral consequences (or rituals). The purpose of

incorporating TM was to help patients achieve a better understanding about ritual

behavior which will assist the identification of individual strategies to stop or avoid

rituals.

Similar to other cognitive interventions, the objective of using MI and TM is to

help patients to: (1) modify their erroneous convictions about obsessive-compulsive

symptoms, such as distortions about their source and meaning. These treatments further

assist patients to deal with the guilt evoked by their symptoms, thereby helping patient

accept an alternative explanation, which is to recognize OCD symptoms as the

manifestation of a disorder and, not merely as exaggerated or excessive habits; (2) alter

their believes concerning their negative expectation about their ability to change their

symptoms and, finally, reduce their suffering by the use of cognitive behavioral therapy.

The overall purpose of this study was to evaluate the consequence of the

addition of two individual sessions of MI+TM before OCD group treatment (CBGT).

We compared the effectiveness of the MI+TM CBGT group with the CBGT group

alone by examining treatment outcome. We hypothesized that the addition of two-

individual sessions of MI+TM before 12-weeks of CBGT in adult outpatients will

increase treatment outcomes.

Method

Participants

Participants were recruited with radio, TV, and newspaper ads offering group

treatment for OCD. Participants were screened by telephone using the Yale-Brown

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Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS) symptom checklist (Goodman et al., 1989), and

for the use of anti-obsessive drugs. An assessment interview was scheduled at the

Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Anxiety Disorders Program (PROTAN).

Interviews were conducted by post-graduate psychiatrists and master-degreed

psychologists who were experienced in treating OCD patients. They used a structured

interview aiming to diagnose OCD according to the DSM-IV criteria by applying the

Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-I; First, Spitzer, Gibbon and

Williams, 1997). The SCID-I was also used to assess the presence of possible

comorbidities.

Inclusion criteria were: (1) DSM-IV diagnosis; (2) no use of anti-obsessional

medication or use of a stable dose for at least 3 months prior to entering the study; (3)

between 18 and 65 years of age; (4) Y-BOCS scores 16 or above. Exclusion criteria

were: (1) major depression with suicidal risk; (2) severe personality disorders:

borderline or schizotypical; (3) cognitive impairment: mental retardation; (4) lack of

motivation for the treatment or lack of time availability to attend the sessions; (5)

refusal of the group setting, and (6) mild symptoms (Y-BOCS scores equal to or lower

than 15). Although personality disorders were not assessed eight patients with severe

personality disorder who were previously diagnosed for borderline or schizotypical by

their psychiatry assistant were excluded. However, patient with personality disorder

may have been included in the study.

For this study, 146 participants were screened (see flowchart in Figure 1). 53

were determined to be not eligible. Of the 93 eligible subjects, 90 completed the

treatment from January 2006 through December 2007. Three patients (see Figure 1)

dropped out of treatment and all of the remainder completed the three-month follow-up.

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Figure 1. Flowchart randomized clinical trial comparing MI+TM plus CBGT and

CBGT treatment for obsessive- compulsive disorder

Pre-treatment baseline symptom severity and treatment were compared (before

the two individual sessions), with post-treatment (after the 12th CBGT session), and

three months after treatment (follow-up). Interviews were completed by trained master-

level psychologists or psychiatrists who were experienced in treating OCD patients, but

were blinded to group assignment.

Eligible after interview for RANDOMIZATION

and baseline assessment (n = 93)

2 individual MI+TM sessions plus CBGT

(n=48) Completed trial (N=48)

Dropped out (n= 3) Lack of time (n= 2)

No longer interested (n= 1)

3-month follow-up assessment

(n = 48)

3-month follow-up assessment

(n = 42)

2 individual information-only sessions plus CBGT

(control group) (n=45) Completed trial (N=42)

Assessment after 12 CBGT session (n=48)

Assessment after 12 CBGT session (n=42)

Eligible after telephone screening and invited to

interview (n = 146) Excluded (n =53) Severe Depression (n=19)

Severe Social Phobia (n=7) Borderline or Schizotypical (n=8)

Substance Abuse (n=2) Bipolar (n= 6)

Schizophrenia (n=2) Score <16 on the Y-BOCS (n=9)

Contacted about study (n=197) Excluded (n=51) Did not have OCD (n=28)

No stabilized dose of antiobsessive drugs (n=09)

Lack of time (n =14)

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Measures

Pre and post-treatment measures were obtained by one independent psychiatrist

and five independent psychologists who were trained on study data collection, study

procedures and who had experience in working with OCD patients. An array of

standardized instruments was applied. Each instrument was translated and back

translated to Portuguese and has been extensively used by Brazilian authors. Although

the scales (Y-BOCS, BDI) were designed for self-rating in this study they were

administered orally by an interviewer, mainly due to the great variability in the

educational level of the sample.

Psychiatric diagnoses were determined with the Structured Clinical Interview for

DSM-IV (SCID-I) (First, Spitzer, Gibbon and Williams, 1997). Specifically, the SCID-

I was used to confirm the OCD diagnosis and to identify co-morbid disorders.

Obsessive-compulsive symptoms were measured with the Yale-Brown

Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS) (Goodman et al., 1989). The scale is composed

of 10 items - five for obsessions and five for compulsions, including time spent with the

symptoms, the level of interference in daily activities and distress, resistance and

control of symptoms. Each item was scored from 0 to 4 with a maximum score of 40.

Depression was measured with the Beck Depression Inventory (BDI; Beck,

Ward, Mendelson, Mock and Erbaugh, 1961). Each participant rated the severity of

each symptom on a 4-point scale, ranging from 0 (not at all) to 3 (severe). Scores were

summed as an overall composite score. The inventory is widely used to measure

symptoms of depression and has been documented as a reliable and valid method (Beck,

Steer and Garbin, 1988).

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Patient’s OCD severity was assessed by the Clinical Global Impressions Scale -

Severity subscore (CGI-S; Guy W., 1976). The CGI-S determines the severity of OCD,

considering the intensity and frequency of symptoms. Scores range from: 1 = normal; 2

= borderline mentally ill; 3 = mildly ill; 4 = moderately ill; 5 = markedly ill; 6 =

severely ill; 7 = among the most extremely ill.

Cognitive-behavioral group therapy (CBGT)

The structured manual-based CBGT was applied as previously described (Cordioli et

al., 2003, Braga et al., 2005, Sousa et al., 2006). Briefly, CBGT was administered to

eight patients per group, and was conducted in a closed-ended group during the

course of 12 weekly two-hour sessions. Treatment included psycho-education, exposure

and response prevention (ERP) techniques, cognitive techniques to change

dysfunctional beliefs, and group techniques. The treatment procedure includes specific

homework exercises attached to each treatment component. A detailed description of

the treatment protocol can be found in Cordioli et al. (2002, 2003). For each group,

sessions were conducted by the same therapist and the same co-therapist. Both

therapists were postgraduate psychiatry or psychology students with prior CBGT

experience that were blinded to the individual intervention. Patients were also instructed

not to reveal or discuss the content of their individual sessions.

Motivational Interviewing (MI) + Thought Mapping (TM) plus CBGT condition

Intervention subjects received two one-hour individual MI + TM sessions before group

sessions began. The intervention was delivered by a doctoral-level therapist who had

extensive experience with the MI and TM methods, and did not participate in the CBGT

sessions. Individual sessions incorporated MI open-ended questions, avoided

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confrontation, used empathy and reflective listening to encourage patients to talk about

why, how and when they could change their use of rituals. The therapist called attention

to the discrepancies (i.e., when patients perceive differences between their current

situation and their hopes for the future). Moreover, the therapist supported self-efficacy

in order to assist the patient in identifying their skills and how to generalize these skills

to OCD context. Finally, the therapist helped summarized what the patient intended to

achieve behaviorally. Bandura (1977) introduced the notion of self-efficacy, pondering

that an individual’s self-estimation of their abilities in a specific situation greatly

influences the patient’s decision in terms of what behaviors to attempt (as oppose to

skip out), and which to persevere (as oppose to dropup). Specifically, the therapist

explained how the CBGT works, discussed ERP, and encouraged each subject

individually to face the anxiety and fear associated with the ERP exercises. The

therapist also reinforced the importance of completing ERP exercises as well as

homework assignments. Responses to non-compliance included:

(1) “You do understand what could happen when you do not use rituals, don’t you?

Would you like to talk more about what could happen?”

(2) “Some OCD patients find it difficult to stop using rituals. For your treatment to be

most effective, doing the exercises is important in order to stop using rituals. Does this

make sense to you?”

(3) “I wonder if you can face the anxieties caused by the ERP exercises. Can we talk

about what strategies others patients use to deal with their anxiety?”

(4) “The choice is yours. What can you do now?”

Patients were encouraged to analyze their thought map and to develop strategies

to use alternative behaviors to face the anxiety associated with their obsessions. TM was

used to present personalized information (see Figure 2 for an example of a completed

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64

Thought Map) to connect feelings, thoughts, and actions. The therapist and the patient

completed a map in the individual session. The map has two parts: questions 1-3 are

used to identify a specific problem: ANTECEDENTS; and questions 4-6 are used to

“think through” problem solutions: CONSEQUENCES.

Completing the TM helps patients quickly focused on: (1) problem recognition:

understanding how ritual behaviors are related to OCD; (2) problem identification:

specifying circumstances, feelings, and values which contribute to ritual behavior; (3)

considering various solutions: identifying available behavioral options; (4) selecting the

best alternative: making a specific choice based on a rational projection of probable

outcomes; and, (5) assessing the effectiveness of the solution: setting criteria to

determine whether specific behaviors could be achieved.

My feelings Upset, anxious

What I did She asked her husband and

her son to take out their clothes so she could wash

them in the sink

What others thought Extremely sick father

PROBLEM She was washing clothes in two sinks at the same time

DIFFERENT CONSEQUENCES My husband would have been happier. I would have thought that I was getting better. I would have gotten more confident.

1. What is the problem or experience?

2. What came before the problem or experience?

3. What happened?

4. What could I have done

instead?

5. What

would be different?

Thought Map

CONSEQUENCES I felt great. My husband complained a lot and my son got on a fight with me. I got really tired.

DIFFERENT BEHAVIOR I could have invited my husband to have “chimarrão” (typical south-Brazilian tea) with me. I could have watered the plants or simply worked around the garden.

6. How would

things be different?

My feelings Better. Happy

What others would think and do People would have thought that I got better.

What I would do Try not to spend my time cleaning. Try not to clean or organize and be normal like most people.

Figure 2. A completed thought map

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Information-only condition plus CBGT (control group)

In order to control the length and frequency of sessions with therapist received by each

patient in the MI+TM condition, we created an equivalent control condition. The

control condition consisted of two 60-minute individual weekly sessions before the 12

sessions CBGT conducted by one doctoral-level therapist (without participation in the

group sessions). As an information-only condition, the therapist provided information

about smoking prevention (session 1), and physical activity (session 2). Sessions were

conducted in a lecture-style and provided information such as: (a) Smoking can cause

heart disease, stroke, lung disease, among other diseases. Smokers are at higher risk of

developing pneumonia and other airway infections; (b) Tobacco smoke contains

chemicals that are harmful to both smokers and nonsmokers; breathing even a little

tobacco smoke can be harmful; (c) Regular physical activity can reduce the risk of

developing coronary heart disease (CHD) and the risk of dying from CHD; (d) Some

physical activity is usually better than none. Physical activity is safe for almost all

individuals, and the health benefits of physical activity far outweigh the risks. Although

participants were encouraged to ask questions, MI+TM were not used and, presumably,

the intervention did not focus on enhancing commitment to change.

Procedure

The Ethics Committee of the Hospital de Clínicas of Porto Alegre (Institutional Review

Board equivalent) approved the study. Written informed consent was obtained from all

participants, after a description of the study, emphasizing that consenting participants

would be randomized into one of two treatment conditions: 1) two individual sessions

of MI+TM and CBGT (intervention group) or 2) two individual information sessions

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and CBGT (control group). Each patient was assured that their decision to participate in

the study would not affect their treatment (CBGT).

The study was conducted in six successive periods of 24 weeks. There were two

groups per condition, with 6 or 8 participants in each group. All session were conducted

by the same therapist and co-therapist, both with prior CBGT experience.

Randomization to the MI+TM CBGT and the control group was performed using

www.randomizer.org/index.htm).

Data Analysis

Baseline data were compared between groups for demographic, severity of symptoms,

and use of anti-obsessional medications using a Student’s t-test for continuous

variables, and with Pearson χ2 test for nominal variables. The effect size of the MI+TM

CBGT and the control group for the Y-BOCS scores was calculated according to the

Cohen (Van Oppen et al, 1995) formula: where x1 = pre-scores; x2 =

post-scores; s1 = standard deviation of pre-scores; s2 = standard deviations of

postscores; r12 = Pearson correlation between pre- and postscores. Interpretation of

effect sizes followed the guidelines established by Cohen (1988): 0.0–0.2 = trivial effect

size, 0.2–0.5 = small effect size, 0.5–0.8 = moderate effect size, 0.8 and above = large

effect size.

Outcome variables were examined using repeated measure ANOVA to compare

baseline, treatment completion, and at three-month follow-up. The criterion used was

Wilks´ Lambda. A significant interaction Student’s t-test paired samples test or one-way

ANOVA were used to examine differences. Analysis of covariance (ANCOVA) was

used to control potential confounding variables.

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67

A positive treatment response was defined as a 35% or more decrease in baseline

Y-BOCS scores. The Pearson χ2 test was used for dichotomous data: improved

(reduction ≥35% on the Y-BOCS) was compared with non-improved (reduction ≤ 35%

on the Y-BOCS). Patients who responded to treatment were also categorized as full

remission if scores on the Y-BOCS were ≤ 8 and CGI < 2; or partial remission, if the

reduction on the Y-BOCS was ≥35% with Y-BOCS score >8 and CGI = 2. Rates were

compared across the two groups with the Pearson χ2 test. An intention-to-treat approach

was used for subjects who dropped out by classifying dropouts as non-improved or non-

completers. Participants who completed the treatment were classified as completers.

All p values were two-tailed, the statistical significance was .05 level. Statistical

analyses were performed with the Statistical Package for Social Sciences for Windows

version 13.0.

Results

Subjects

Ninety-three subjects met study criteria and consented to participate. (See Figure 1).

Three-fourths (75.3%) were women. The mean age at assessment was 38.6 years

(SD=12.5). The mean age at onset of OCD was 10.7 years (SD=4.53); the mean

duration of the illness was 26.3 years (SD =13.1). The mean age for OCD symptoms

which started to interfere with daily activities was 28 years (SD=12.4). There were no

significant differences at baseline between MI+TM CBGT group and control group on

age (t= -0.91 ,df=91, p=0.364); age of OCD onset (t= -0.42, df=91, p=0.679); mean

duration of illness (t= -0.22, df=91, p=0.827), mean age when OCD symptoms started to

interfere with daily activities (t= -1.20, df=91, p=0.232), BDI (t= -0.39, df=91,

p=0.695), CGI-S (t= -0.18, df=91, p=0.859), or mean Y-BOCS scores with 30.9

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(SD=3.83) for the MI+TM CBGT and 31.3 (SD=5.21) for the control group (t = -0.5,

df=91, p=0.648). This similarity persisted independently of the medication use: mean

Y-BOCS total score (f=0.49, df=1,89, p=0.487); BDI (f=0.43, df=1,89, p=0.513); CGI-

S (f=0.37, df=1,89, p=0.543).

Study completers were not different from non-completers for: gender (Fisher’s

Exact Test, p=0.150), age (t= -0.91, df=91, p=0.364), age at obsessive-compulsive

onset (t= -0.42, df=91, p=0.679), age of illness duration (t= -0.22, df=91, p=0.827), or

age at OCD symptoms interference (t= -1.20, df=91, p=0.232), depression (t=1.08,

df=91, p=0.285), baseline clinical global severity (t= -1.01, df=91, p=0.314) or mean Y-

BOCS total scores (t= -0.69, df=91, p=0.494).

Thirty-five (37.6%) patients were prescribed anti-obsessional drugs with 18

patients (37.5%) in MI+TM CBGT group and 17 patients (37.8%) in the control group

(χ2=0.00, df=1, p=1.000).

Forty-six (49.5%) participants were married; 44 (37.6%) participants were

single; 10 (10.8%) were divorced; and two (2.2%) were widowed. Participants had an

average of 14.4 years of education (SD=4.06). Sixty-nine (74.2%) participants were

diagnosed with at least one comorbidity. The most common comorbidities were major

depressive disorder (32.3%), social phobia (29%), simple phobia (28%) and

posttraumatic stress disorder (12.9%). Among impulsive control disorders, compulsive

buying (12.9%) was the most common comorbidity followed by skin picking (10.8%).

Outcomes were examined by comparing measures at: baseline, intervention

completion, and three-month follow-up. Baseline, intervention completion, and follow-

up scores for the MI+TM CBGT and the control groups are presented in Table 1.

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Table 1. Mean (SD) outcome measures at baseline and post-treatment for the total sample, MI+TM CBGT group, and control group

Total Sample (n=93) MI+TM CBGT group (n= 48) Control group (n=45) MI+TM

CBGT

x control

MI+TM

CBGT

x control

pre post follow p* pre post follow p* pre post follow p* post** follow**

YBOCS global

score

31.1 a

(4.53)

11.1 b

(8.65)

9.95 c

(8.65)

<0.001 30.9 a

(3.83)

8.15 b

(5.43)

6.96 c

(4.76)

<0.001 31.3 a

(5.21)

13.9 b

(9.39)

13.1b

(10.6)

<0.001 0.001 0.001

Obsessions 15.0 a

(2.58)

5.66 b

(4.02)

5.33 b

(4.26)

<0.001 14.9 a

(2.29)

4.9 b

(2.90)

4.35 b

(2.87)

<0.001 15.11 a

(2.89)

6.47 b

(4.85)

6.38 b

(5.19)

<0.001 0.064 0.024

Compulsions 16.3 a

(3.27)

5.37 b

(4.57)

4.61 c

(5.09)

<0.001 16.1 a

(2.02)

3.40 b

(2.37)

2.44 c

(2.59)

<0.001 16.6 a

(4.23)

7.47 b

(5.38)

6.93 b

(6.04)

<0.001 <0.001 <0.001

CGI –S score 5.34 a

(0.60)

1.68 b

(1.08)

1.52 c

(1.03)

<0.001 5.33 a

(0.60)

1.27 b

(0.61)

1.13 b

(0.39)

<0.001 5.36 a

(0.61)

2.11 b

(1.28)

1.93 b

(1.30)

<0.001 <0.001 <0.001

BDI score 7.34 a

(7.62)

6.24 a

(9.2)

4.57 b

(6.39)

<0.001 7.04 a

(7.10)

2.92 b

(4.39)

2.54 b

(4.49)

<0.001 7.67 ab

(8.21)

9.78 a

(11.5)

6.73 b

(7.39)

0.001 <0.001 0.002

YBOCS= Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; CGI= Clinical Global Impressions Severity of Illness scale; BDI= Beck Depression Inventory;

MI= Motivational Interviewing; TM= Thought Mapping; OCD= Obsessive-Compulsive Disorder; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy;

SD=Standard Deviation; Pre= pre-treatment; Post= post treatment; Follow=3-month follow-up. *Repeated measures ANOVA; ** One way ANOVA. a, b, c In each line, different letters indicate statistically significant difference (p <0.05) according Bonferroni test

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Repeated measures ANOVA showed a significant interaction between time and

treatment condition: Y-BOCS scores [F(2,90)=6.67, p=0.002]; Y-BOCS Compulsions

subscale [F(2,90)=9.82, p<0.001]; BDI [F(2,90)=4.56, p=0.013]; CGI-S [F(2,90)=7.09,

p=0.001]. However, the Y-BOCS Obsessions subscale showed no significant interaction

between time and treatment condition [F(2,90)=2.51, p=0.087]. The difference in mean

change scores and effect sizes between the MI+TM CBGT and control groups are

presented in Table 2.

Table 2. Difference in mean change of Y-BOCS scores and comparison of effects sizes

between groups for a sample of 93 OCD patients

Effect Size Change

MI+TM CBGT Control Comparison

Pre to post 4.93 2.38 MI+TM vs. Control (post) 0.73

Pre to follow 5.57 2.30 MI+TM vs. Control(follow) 0.80

Post to follow 0.31 0.08

Y-BOCS = Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; MI = Motivational Interviewing;

TM = Thought Mapping; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy; OCD =

Obsessive-Compulsive Disorder; Pre = pre-treatment; Post = post treatment; Follow =3-

month follow-up.

Treatment response

The mean reduction of symptoms (Y-BOCS) was 72.5% for patients in the MI+TM

CBGT group and a 56.3 % symptom reduction for the control group (t=3.41, df=91,

p=0.001). The improvement in relative risk for the MI+TM CBGT group was 1.30

(95% CI=1.09–1.54), compared to the control group. At the three-month follow-up, the

mean baseline Y-BOCS score reduction was 77.4% for the MI+TM CBGT group and

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59.4% for the control group (t=3.51, df=91, p=0.001). The improvement in relative risk

for the MI+TM CBGT group was 1.32 (95% CI=1.12–1.56) compared to the control

group. The rates which patients in the MI+TM CBGT and control group met the full

remission criteria, partial remission, or non-improved status at post-treatment and three-

month follow-up are presented in Table 3.

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Table 3. Rates of clinical improvement as measured by the reduction in the Y-BOCS scores using ≥35% plus a CGI score of 1 or 2

Total Sample

(n=93)

MI+TM CBGT group

(n= 48)

Control group

(n=45)

MI+TM CBGT

vs. control post

MI+TM CBGT

vs. control follow

post

n (%)

follow

n (%)

p* post

n (%)

follow

n (%)

p* post

n (%)

follow

n (%)

p* p** p**

≥35% on the Y-

BOCS scores plus

CGI criteria

Full remission 44(47.3) 53(57) 0.029 28(58.3) 33(66.8) 0.063 16(35.6) 20(44.4) 0.172 0.003 0.001

Partial remission 37(39.8) 29(31.2) 19(39.6) 15(31.3) 18(40) 14(31.1)

Non-improved 12(12.9) 11(11.8) 1(2.1) 0 11(24.4) 11(24.4)

Y-BOCS = Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; CGI = Clinical Global Impressions Severity of Illness scale;

MI = Motivational Interviewing; TM = Thought Mapping; Post = post treatment; Follow-up = 3-months follow-up.

* McNemar Chi-Square test; ** Pearson Chi-Square test

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Discussion

This study is the first randomized clinical trial to test the effects of including Motivational

Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) individual sessions to CBGT to improve

group treatment for obsessive-compulsive disorder (OCD). This cognitive behavioral trial

provides initial support for adding MI and TM to CBGT to decrease symptoms and enhance

remission for OCD patients. Post-treatment measures for the CBGT control group were

similar to previous studies (Cordioli et al., 2003; Braga et al., 2005; Sousa et al., 2006).

Previous research reported that the fear of ERP may be the critical reason to explain why

patients do not adhere to CBT (Maltby and Tolin, 2005). In the present study, patients who

received the MI+TM CBGT were encouraged before CBGT to face their increased anxiety

inherent to OCD prevention exercises (ERP). In addition, patients in the MI+TM CBGT

group were “taught” to refrain from rituals and that cessation usually leads to long-term relief

from frequent and distressing obsessions. We postulate that the use of MI and TM could have

played a role in assisting patients in completing their homework assignment more often than

the patients in the control group. The better outcome obtained in the MI+TM CBGT group,

shown by the significantly higher symptom reduction and remission compared to the control

group, may be a result of better homework compliance in the intervention group. This

conclusion is a speculation which is partially based on empirical observation and clinical

experience. Future studies that directly address the homework compliance and the difficulty in

completing weekly assignment will be necessary to confirm our prediction that MI and TM in

fact help patients to complete their ERP exercise.

Although the effect sizes are relatively large in both groups, the effect size from pre-

test to post-test was greater than those reported in other CBGT studies: 1.00 by McLean et al.

(2001), and 1.00 by Anderson et al. (2007). Several factors could account for this difference

including: (a) study participants had pre-treatment mean Y-BOCS score which were

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significantly higher (p<0.001) at 31.1 than those reported by McLean et al., 2001 (22.0), and

by Anderson et al., 2007 (25.4); (b) selected comorbidities were excluded; (c) it is necessary

to consider that the differences between the results of our study and those of previous studies

could be due to differences in the method applied. As Miller (2001) described, motivational

interviewing can synergistically amplify the effect of other treatments. Differently from other

studies, this study utilizes two approaches in one condition. The best were obtained using

MI+TM in combination with CBGT. Additional, CBGT trials with MI and TM administered

separately would be helpful to clarify the mechanism of action/mediation of these strategies.

An important aspect of this study was the low attrition. The MI+TM CBGT group had

no dropouts and the control group had a dropout rate of 3.2%, which is lower than previously

reported. Usually, 5 to 30% of patients do not complete clinical trials (Marks and O’Sullivan,

1988). In ERP studies, the dropout rate is 20 to 30% (Maltby and Tolin, 2005). A plausible

explanation for the low dropout rate in our study is that most patients reported being satisfied

with the treatment. Furthermore, patients explained that group interaction and suggestions

given by other group members had a positive influence on treatment adherence.

Although depressive symptoms were not the focus of treatment, there was a statistical

significant reduction in BDI depression symptoms in the MI+TM CBGT group when

compared to the control group with a slight post-treatment increase in BDI scores. The initial

BDI scores were low and not clinically relevant; however, changes in BDI scores were not

associated with reductions in OCD symptoms.

Findings related to Axis I conditions reported in our study are similar to those reported

in OCD clinical samples. Specifically, major depressive disorder is the most frequent

comorbid condition, followed by general anxiety disorders with rates for depressive episodes

from 20-67%, specific phobias from 7%-22%, and social anxiety disorder from 8-42%

(Rasmussen and Eisen, 1994; Crino and Andrews, 1996; Milanfranchi et al., 1995; Sobin et

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al., 1999; Attiullah, Eisen and Rasmussen, 2000; Steketee et al., 2001; Tükel, Polat, Ozdemir,

Aksüt and Türksoy, 2002).

The current study illustrates the importance of collecting follow-up data. For example,

subjects improved (reduction ≥ 35% on the Y-BOCS scores) from treatment completion to

three-month follow-up. Even though some patients in the control group showed some

improvement from treatment completion to follow-up, the MI+TM CBGT group showed

more improvement. In addition, the rates of patients from the intervention group with mild or

sub-clinical symptoms (<16 on the Y-BOCS scores) also increased at the three-month follow-

up. It is important to note that there was a significant decrease on the Y-BOCS obsessions

subscales score at the three-month follow-up for the intervention group. This effect was

particularly evident for repeated compulsions. Additional research with only MI or TM could

help to clarify the effect of these sessions for patient improvement.

There are important limitations for this study which include: (a) patients were

explicitly recruited for group treatment because it is the only free OCD treatment offered by

the Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Consequently, recruitment may have biased the

types of patients who sought treatment. One hypothesis is that patients who choose group

treatment may be more motivated to follow treatment. It is possible that positive expectations

and motivation could influence treatment outcomes. Therefore, it would be interesting in the

future, to examine patients’ expectations as a function of treatment choice. (b) Y-BOCS inter-

rater reliability was not analyzed which could have biased Y-BOCS scores. However, data in

this study was consistent with Rosario-Campos, Leckman, Mercadante, et al. (2001), Fisher

and Wells (2005) and Yamanishi et al. (2008) studies, who reported mean pre-treatment Y-

BOCS scores of 30.3, 28.5 and 33.5, respectively. (c) Outcomes were not examined after

individual sessions, including motivation for change, treatment adherence, and homework

compliance. Without discriminative measures to effect sizes for MI and TM interventions, it

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is not possible to determine which individual intervention is associated with the outcomes.

Future research is needed to understand the possible differences between the effectiveness of

MI and TM. Consequently, generalization is limited by (1) the exclusion criteria, and (2) the

fact that participants included in the study came from a unique center located in a reference

university hospital for the south of Brazil. University services for OCD treatment probably

comprise more severe cases. Therefore, the results cannot be directly generalized to OCD

patients from primary or secondary health care units, neither to community samples. Despite

these limitations, findings from this first randomized trial are promising.

In conclusion, this study presents findings from the first randomized trail which

examined Motivational Interviewing and Thought Mapping to enhance CBGT effectiveness

for OCD treatment. Although both groups showed improvement, superior and clinically

meaningful outcomes were found for participants who received MI+TM in addition to CBGT.

Acknowledgements

We would like to thank the Hospital de Clinicas of Federal University of Rio Grande do Sul

(HCPA-UFRGS) which has made this study possible. We would like to thank Andreia Raffin,

Cenita Borges and Lucas Lovato for their assistance with treatment. We also would like to

thank Katia Niederauer, Vinicius Dornelles e Ygor Londero for their assistance with

assessment interviews. The authors thank Dr. Manuela Polydoro, Dr. Cynthia Campbell, Dr.

Brian Rush and Dr. Ygor Ferrão for their suggestions and review of the preliminary forms of

this manuscript. Finally, we would like to thank Jennifer R. Havens, Daniela Benzano and

Ceres Oliveira for their statistical advice. Dr. Elisabeth Meyer has a doctoral grant from

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologico (CNPQ), process number

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142030/2006-6. Dr. Roseli G. Shavitt has a post-doctoral grant from Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), process number 06/61459-7.

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7.2 Artigo 2

Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 32 • nº 1 • Mar2010

Defense Mechanisms changes after Cognitive-Behavior Group Therapy plus Motivational Interviewing and Thought Mapping for Obsessive-Compulsive Disorder: findings from a Randomized Clinical Trial

Elisabeth Meyer a, Roseli G. Shavitt b, Carl Leukefeld c, Fernanda P. Souza a, Elizeth Heldt a, Paulo Knapp a and Aristides V. Cordioli a

a Anxiety Disorders Program, Department of Psychiatry, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil, b Obsessive-Compulsive Spectrum Disorders Program, Department and Institute of Psychiatry, Hospital das Clínicas, School of Medicine, University of São Paulo (USP), Brazil c Center on Drug and Alcohol Research, University of Kentucky Short title: Defense Mechanisms changes after CBGT plus MI and TM for OCD patients Corresponding author: Elisabeth Meyer Alameda Major Francisco Barcelos, 88 91340-390 Porto Alegre, RS (Brazil) Tel/fax: +55 51 33282174 E-mail address: [email protected] Key Words Obsessive-compulsive disorder, Cognitive-behavioral group therapy, Defense mechanisms, Motivational Interviewing, Thought Mapping

Abstract

Background: Studying defensive styles is typically associated with dynamic theory and

therapy. The present study was designed to examine the efficacy of adding two individual

sessions of Motivational Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) to cognitive-

behavioral group therapy (CBGT) to promote changes in the use of defense mechanisms

among obsessive-compulsive disorder (OCD) patients. Methods: Forty outpatients meeting

OCD DSM-IV criteria were randomly assigned to either a MI+TM group or a control group,

before 12 weekly CBGT sessions. To evaluate changes in defense mechanisms, the Defense

Style Questionnaire (DSQ) was administered before and after treatment. Results: The use of

the mature defense mechanisms increased in the MI+TM group at post-treatment (p=0.043),

and there were significant differences in the decrease of use of the neurotic defense

mechanisms (p=0.004). In addition, patients who achieved full remission differed in the use of

the immature defense mechanisms (p=0.041). The control group presented no significant

decrease in the use of any defense mechanisms. Conclusions: These findings suggest that

adding two individual sessions of MI and TM to CBGT can facilitate changes in use of

defense mechanisms in OCD adult outpatients, as measured by a specific instrument.

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89

Introduction

Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a chronic anxiety disorder characterized by

recurrent obsessions and compulsions, with persistent attempts to control thoughts and actions

using rituals to prevent feared or personally worrying outcomes.

Defense mechanisms have an important function in psychopathology and may influence

various psychiatric disorders [1]. Defenses are an individual’s automatic psychological

responses to internal or external stressors or emotional conflict [2]. Psychodynamic theory is

an important tool in understanding the structure of personality and can be evaluated according

to the use of ego defense mechanisms and automatic psychological processes that may help

the individual deal with an awareness of internal and external dangers and stressors [3]. The

goal of all defenses is to avoid emotional distress, altering the subjective experience.

Empirical research on defense mechanisms was not a center of attention until the last years.

The major problem is the translation of theoretical speculative structures of unconscious

processes into quantitative measures. The aim of the Defense Style Questionnaire (DSQ-40)

[4] is to identify the individual’s personal style – conscious or unconscious – of dealing with

internal conflicts, based upon the idea that he or she can make precise comments about his or

her own behavior. In other words, DSQ accesses the conscious derivatives of the unconscious

defense mechanisms. According to the DSQ-40, there are three defense mechanism factors.

The first is the immature defense. Its basic function is to deny a threat or to transfer

responsibility to someone or something else [5]. In other words, the individual does not

recognize negative perceptions about an object, a person or a situation. Only positive

information is perceived, while the individual refuses to acknowledge other aspects of reality.

The second defense is a neurotic mechanism to interpersonal events. Here the individual

recognizes a disturbing event and acknowledges his/her responsibility for it, but reverses its

meaning from negative to positive [5]. Individuals who use mature defenses, the third

mechanism, recognize a threat but are capable of maintaining control until they can manage

the situation [5]. In contrast to the first two defenses, mature defenses allow a person to

attenuate unwanted impulses by dislocating them to creative activity [6].

Recently, studies have demonstrated that Panic Disorder (PD) patients using more neurotic

defenses had a poor response to pharmacotherapy [7] and cognitive-behavior therapy (CBT)

[8]. A positive relationship between immature, and neurotic defense styles and OCD severity

has been reported [9,10]. Consequently, approaches that help OCD patients to use healthier

defense mechanisms, which are more flexible and adaptative, are important.

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Motivational Interviewing (MI) helps a therapist and patient achieve a common

understanding about the patient’s awareness of change, facilitating the movement through

decisional analysis and behavioral change [11,12]. Having an empathic attitude towards the

OCD patient’s ambivalence, establishing a safe environment, the engagement in making

appropriate decisions as well as defining personal strategies, and encouraging affirmation for

choices, helps a therapist promote collaboration, reduces resistance, and reinforces the

patient’s self-efficacy.

Thought Mapping (TM) [13,14] is based on the Transtheoretical Model [15] and the first

four stages of change. TM is a visual technique that uses a predesigned map to help patients

focus on internal and unconscious processes, in order to make them external and conscious.

When doing this, patients can learn about the connection between OCD-related dysfunctional

thoughts and behaviors. Developing a personal “Thought Map” can help patients identify

more clearly where changes need to take place, explore behavioral choices as well as

subsequent results, and consider solutions to the presenting problem. The TM technique is

described elsewhere [16].

In the present study, we hypothesized that: (1) if an OCD patient used more mature

defenses, he/she would be able to deal with anxiety-provoking situations with less emotional

distress. Consequently, patients would be open to gain awareness of symptoms when

confronted with anxiety provoking stimuli during the Exposure and Response Prevention

(ERP) exercises; (2) the second objective was to evaluate whether the addition of

interventions grounded in the Transtheoretical Model of change to Cognitive Behavioral

Group Therapy (CBGT) for OCD outpatients are effective in readjustment of defense

mechanisms; (3) it was also hypothesized that starting with MI+TM would facilitate the

patients’ subsequent engagement in CBGT.

This study specifically addressed the question if adding two individual sessions of

MI+TM grounded in the Transtheoretical Model of change before starting 12 weeks of CBGT

in an adult OCD outpatient treatment program would promote changes in the defense

mechanisms compared with usual treatment using a randomized clinical trial.

Methods and Materials

Participants

Participants were recruited through advertisement on local radio, TV and newspapers. The

sample consisted of 40 volunteer outpatients, 28 (70%) of which were female, with a primary

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diagnosis of OCD using the Brazilian version [17] of the Structured Clinical Interview for

DSM-IV (SCID-IV)[18] which was completed by masters level psychologists with extensive

clinical experience in OCD. Inclusion criteria were: OCD diagnosis according to DSM-IV

criteria, between 18 and 65 years old , Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS)

total score >16, and, if using anti-obsessive drugs, being on adequate and stable doses of

medications for at least 3 months before entering the study. Sixty-five patients were

evaluated, and 25 excluded. Consistent with our previous research [19-21], individuals were

excluded from the current study if they had an additional diagnosis of another anxiety or

mood disorder of equal or greater severity than their OCD, significant suicidality, present

alcohol or substance abuse or dependence, organic brain disorder or severe psychiatric

disorder (schizophrenia and other psychotic disorders). Some researchers [22-25] have

suggested that these comorbid disorders negatively affect the treatment outcome, and it

recommends an individually-tailored treatment. The reasons for exclusion were: depression

with suicidal risk (n=9), severe Social Phobia (n=3), personality disorders: Borderline or

Schizotypical (n=3), Substance Abuse (n=2), Bipolar disorder (n=2), Schizophrenia (n=1), or

a score <16 on the Y-BOCS (n=5). Of the 40 selected patients, 20 patients (50%) were

randomized to MI+TM group and 20 patients (50%) to the control group. Twenty-eight

patients (70%) met criteria for comorbid psychiatric disorders, including Major Depressive

Disorder (40%), Social Phobia (30%), Simple Phobia (25%), Compulsive Buying (12.5%),

Skin Picking (12.5%) and Posttraumatic Stress Disorder (7.5%). Of the 40 outpatients that

composed the sample, 38 completed the manual-based CBGT protocol, from January 2007

through December 2007. Two patients (5%) dropped out of the control group after the third

session (they contacted the therapist and said that they could no longer attend the sessions).

Study Design and Procedures

Randomization to the MI+TM CBGT and the control groups was performed using a

research randomizer available online (see: www.randomizer.org/index.htm). The study was

conducted from March 2007 to December 2007 in three successive periods of 12-sessions

each, over 3 months of treatment with one MI+TM CBGT and one parallel CBGT control

group. There were two groups per condition, with 6 or 8 participants in each group. All

sessions for each group was conducted by the same therapist, assisted by a co-therapist, both

master-level student psychologists with prior CBGT experience, that were blind to the

MI+TM intervention allocation. Patients were instructed not to reveal to the therapist and co-

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92

therapist anything about their individual intervention. All groups received the same number of

individual sessions. Participants in both the MI+TM and control conditions received the

CBGT as usual; they differed only in the type of individual sessions received prior to CBGT.

The individual interventions were carried out by a doctoral-level therapist that did not

participate in the CBGT sessions.

The Ethics Committee of the Hospital de Clínicas of Porto Alegre (IRB equivalent)

approved the research protocol. Written informed consent was obtained from all participants,

after a thorough description of the study which emphasized that they would be randomized to

one of two treatment conditions: MI+TM CBGT or Minimum Intervention CBGT (controls).

Potential subjects were assured that their decision to participate in the study would not

interfere with their default treatment (CBGT).

Treatment

Cognitive Behavioral Group Therapy

The CBGT was based on a structured manual-based developed by one of the authors

(AVC), and has been used in other trials [19-21]. CBGT consisted of 12 weekly two-hour

sessions. The treatment approach emphasizes psycho-education, techniques of ERP, cognitive

techniques to change dysfunctional thoughts and beliefs, strategies to prevent relapses, and

group techniques. The manual is described in detail elsewhere [26].

Motivational Interviewing and Thought Mapping group

The MI + TM approach consisted of two 60 minutes individual weekly sessions before the

12 CBGT sessions. The interventions were carried out by the main author of this manuscript,

a doctoral-level therapist that did not participate in the CBGT sessions. This therapist

explained the CBGT model, described the ERP techniques, emphasized the importance of

doing all the exposure and response prevention exercises which are part of CBGT, and

encouraged each intervention subject to tolerate and manage anxiety provoked by ERP. In

addition, patients were encouraged to analyze their thought maps and to develop strategies to

use alternative behavior in order to face the anxiety produced by their obsessions.

Minimum Intervention Control Group

The minimum intervention was the control group, and, as the MI+TM group, consisted of

two 60 minutes individual weekly sessions before the 12 sessions of CBGT, administered by

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the same therapist that conducted MI+TM. However, non-motivational interviewing

techniques or TM were used. The first session focused on smoking prevention. The second

session focused on healthy physical activity. The control intervention provided equal session

frequency and duration, but topics were not related to OCD symptoms.

Assessments

The following instruments were used to evaluate outcomes. The Brazilian version [27] of

the Y-BOCS [28] to assess severity of OCD symptoms, which includes 10 questions: five for

obsessions and five for compulsions. The Y-BOCS was translated to Portuguese and has been

extensively used by Brazilian authors, since 1992, with results consistent with the literature.

The Brazilian version [29] of the DSQ-40[4] is a 40-question self-report instrument which

evaluates defense mechanisms, provides scores for 20 individual defenses organized into

three factors: mature, neurotic and immature defenses. Five defenses are related to the mature

factor (sublimation, humor, anticipation, rationalization and suppression); four are related to

the neurotic factor (undoing, pseudo-altruism, idealization and reaction formation), and eleven

are related to the immature factor (projection, passive-aggression, acting-out, isolation,

devaluation, “autistic fantasy”, denial, displacement, dissociation, splitting and somatization).

The individual defense scores are calculated by the average of the 2 items for each given

defense mechanism, and the factor scores are calculated by the average of the scores of the

defenses belonging to each factor. Each item is evaluated on a 1-to-9 scale, where “1”

indicates “completely disagree” and “9” indicates “fully agree”. The DSQ has been translated

and validated for Portuguese [29] with internal consistency of each defense factor,

discriminant validity and test-retest reliability [30]. The DSQ has been used in previous

studies with results consistent with the literature [7, 8] and was therefore the assessment tool

used at baseline. The Brazilian version [31] of the Beck Depression Inventory (BDI) [32]

assesses the presence and intensity of depressive symptoms with a threshold for clinically

significant symptoms at 21. The psychometric properties of the Brazilian version of the BDI

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have been studied in different samples, and the evidence obtained supports good internal

consistency (0.81) and construct validity [33]. The Clinical Global Impressions Scale -

Severity subscore (CGI-S, adapted version) [34] determines the severity of OCD using the

intensity and frequency of symptoms.

These instruments were administered by independent evaluators at baseline and after

completing CBGT, all master-level psychologists that were trained in the administration of

the instruments, with experience in treating OCD patients and blind to group allocation.

Although the scales were designed to be self-rated they were applied by trained interviewers,

mainly due to the great variability in the educational level of the sample.

Statistical Analysis

Baseline data were compared between groups on demographic and clinical variables,

severity of symptoms, and use of anti-obsessional medication with t tests for continuous

variables, and with Pearson χ2 test for nominal variables. Outcome variables (DSQ, Y-BOCS

total score, Y-BOCS Obsession score, Y-BOCS Compulsion score) were assessed in both

groups using repeated measure ANOVA with the scores obtained at two different times:

baseline and at the end of 12 weeks of CBGT. The criterion used was Wilk’s Lambda. The

comparison of pre to post-treatment scores was performed using paired samples t-test. The

scores determined after treatment between groups were compared by using independent

samples t tests. Analyses of covariance (ANCOVA) were used to control potential

confounding variables. A positive response to treatment was defined as 35% or greater

reduction in baseline Y-BOCS scores. Treatment response was defined using the criteria

established in several previous studies [35]. Pearson χ2 test was used for dichotomic data:

improved (reduction ≥35% on the Y-BOCS) versus non-improved (reduction ≤ 35% on the Y-

BOCS). Patients who responded to treatment were also classified as having full remission for

YBOCS scores ≤ 8 and CGI = 1 and partial remission when there was a reduction ≥35% on

the Y-BOCS, but the total score on this scale was >8 and CGI = 2. Rates were compared

across the two groups with the Pearson χ2 test. The last-observation-carried-forward approach

was adopted for continuous data. Intention to treat analyses were used, with missing data

(n=2) imputed using LOCF. All p values were two-tailed, the statistical significance was set at

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the .05 level and the confidence level was 95%. Statistical assessments were performed by the

Statistical Package for Social Sciences for Windows, version 13.0.

Results

Baseline Data

The study sample consisted of 40 patients, aged 18-65 years [mean (±SD) age = 36.6(±

11.5) years]. No evidence of a mismatch was observed at baseline between the MI+TM

CBGT group and the control group for demographic and clinical characteristics. The main

demographic and clinical characteristics of the sample are described in Table 1. Two patients

in the control group dropped out.

Mean Y-BOCS baseline scores (t =-1.02, df=38, p=0.313), Y-BOCS Obsessions subscale

(t=-1.12, df=38, p=0.271) and Y-BOCS Compulsions subscale (t=-0.16, df=38, p=0.871) for

the MI+TM group and the controls group were similar, and independent from medication use

(p=0.442).

Table 1 - Demographic and clinical characteristics of participant conditions Variable MI+TM CBGT group

(n=20) Control group

(n=20) p

Age (years) 36.5 (10.7) 36.6 (12.4) 0.968 Age at onset of OCD (years) 9.75 (3.21) 10.5 (4.2) 0.505 Mean duration of illness (years) 25.5 (10.5) 23.9 (13.8) 0.769 Mean age at which OCD symptoms started to interfere with daily activities (years)

27.6 (12.8) 28.3 (13.6) 0.859

Education (years) 15.4 (3.26) 14.1 (3.37) 0.206 Stable use of anti-obsessional drugs [n (%)] 6 (30) 7 (35) 0.744 BDI 3.80 (5.85) 8.05 (8.62) 0.077 CGI-S 5.10 (0.55) 5.30 (0.47) 0.225

Note: MI= Motivational Interviewing; TM= Thought Mapping; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy; BDI= Beck Depression Inventory; CGI-S= Clinical Global Impressions Scale - Severity Except where otherwise indicated, results are expressed as mean (SD).

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Defense Mechanisms

At pre-treatment, the MI+TM group did not use mature (t=0.416, df=38, p=0.680), neurotic

(t=0.375,df=38, p=0.710) and immature defense mechanism (t=-1.35,df=38, p=0.185) more

than control group patients. At post-treatment, the groups differed in the use of the mature

defense mechanism (t=2.09, df=38, p=0.043). Patients in the MI+TM CBGT group differed

from the control group in the mean decrease in their use of the neurotic defense mechanism

(see Table 2). Furthermore, when only patients that achieved full remission (n=13) in the

MI+TM group were compared to the controls they differed on the use of the immature

defense mechanism. The immature mechanism score reduction was 0.5(95% CI= 0.03-1.04)

for the MI+TM group and 0.3(95% CI= -0.33-1.00) for the control group. Using the t test for

dependent samples, the controls did not change their use of defenses mechanisms at

posttreatment: mature (t=-1.15, df=19, p=0.266), neurotic (t=0.99, df=19, p=0.331) or

immature (t=1.99, df=19, p=0.061), independently of achieving full, partial or non-

improvement.

Treatment Response and Clinical Relevance

The means, standard deviations, for each outcome variables across the treatment period are

presented in Table 2.

Table 2 Mean (SD) for a sample of 40 OCD outpatients in outcome variables at baseline and post-treatment MI+TM group (n= 20) Control group (n=20) pre post p* pre post p* Y-BOCS Total score

29.4(3.69)

7.15(4.15)

<0.001

30.5(3.43)

12.19(10.4)

<0.001

Obsessions 13.9(2.39) 4.15(2.28) <0.001 14.6(1.82) 5.80(5.10) <0.001 Compulsions 15.6(2) 2.95(2.70) <0.001 15.9(1.87) 6.30(5.52) <0.001 Defense Style Mature 5.58(1.46) 6.52(1.21) 0.012 5.39(1.30) 5.70(1.26) 0.266 Neurotic 4.28(1.25) 3.45(1.01) 0.004 4.12(1.49) 3.88(1.24) 0.331 Immature 3.02(0.74) 2.67(0.71) 0.069 3.49(1.35) 3.12(1.17) 0.061 YBOCS = Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; MI = Motivational Interviewing; TM = Thought Mapping; OCD = Obsessive-Compulsive Disorder; SD = Standard Deviation; Pre = pre-treatment; Post = post treatment. *paired t-test

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All 20 patients (100%) in the MI+TM group and 15 patients (75%) in the control group

showed reduction of ≥35% on the Y-BOCS (χ2=5.71,df=1,p=0.017). The improvement

relative risk for the MI+TM group was 1.33 (95% CI=1.04–1.72), compared to the control

group. Rates of full remission in the MI+TM and control was 65% vs. 45%; partial remission

was 35% vs. 30%; non-improved status was 0% vs. 25% (χ2=5.80,df=2,p=0.055). Repeated

measures ANOVA showed no significant interaction between time and MI+TM CBGT group

for the following outcome variables: Y-BOCS total score [F(1,38)=2.42,p=0.128]; Y-BOCS

Obsession subscale [F(1,38)=0.52,p=0.474]; Y-BOCS Compulsions subscale showed

significant interaction between time and MI+TM group [F(1,38)=5.75,p=0.022].

Significantly lower post-treatment Y-BOCS Compulsions subscale scores were reported for

the MI+TM CBGT group compared to the control group (t=-2.44, df=38, p=0.021), which

persisted independently of pre-treatment mean scores: Y-BOCS Obsession subscale

[F(1,37)=4.91,p=0.033]; Y-BOCS Compulsions subscale [F(1,37)=5.97,p=0.019]; Mature

defense [F(1,37)=5.83,p=0.021]; Neurotic defense [F(1,37)=5.87,p=0.020]; Immature defense

[F(1,37)=4.61,p=0.038]; BDI score [F(1,37)=4.42, p=0.042]; CGI score [F(1,37)=4.49,

p=0.041].

Discussion

The present study examined which defense mechanisms could change by adding two

individual sessions of MI+TM before CBGT for OCD outpatients. The sample is comprised

of well-characterized OCD adult outpatients.

The clinical improvement supports our well-established structured CBGT protocol for

treating adult OCD outpatients. The control group outcomes post-treatment are similar to

previous findings [19-21]. The current study suggests that adding two individual sessions of

MI+TM prior to CBGT resulted in a significantly greater reduction of OCD symptoms, and

an improvement of 33% when intervention group was compared to the control group. A

significantly greater improvement in the Y-BOCS Compulsions subscale for the MI+TM

group reinforces the hypothesis that OCD patients, before CBGT, must face their increased

anxiety levels, pertinent to ERP, to avoid their rituals. It is important to note that a decrease in

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compulsions was associated with overall treatment effects [36]. When we controlled for

confounding variables, the MI+TM group sustained lower scores on the Y-BOCS

Compulsions subscale. One possible reason for this might be that patients in the MI+TM

group learned specific strategies to use in feared situations, and these techniques could have

helped improve self-esteem and self-confidence.

Although both groups showed improvement, results in the control group showed no

significant changes in defense mechanisms. Consequently, they could have used mature

defenses less frequently than immature and neurotic defenses, independently of clinical

improvement. However, consistent with our hypothesis the decrease in using immature

defense mechanisms in the MI+TM CBGT group was significantly greater than in the control

group. Considering that the present study was not designed for mechanism analysis, it was not

possible to determine what factor changed first, the compulsions or the defenses. Since the

MI+TM CBGT group has shown improvement in both defenses and compulsions, whereas

the control group has shown mild improvement only in compulsions, we can speculate that

MI+TM CBGT enabled patients to change their defense mechanisms, which lead to lower

compulsions scores. Undoubtedly, additional research in this area is warranted. Our data

provide initial evidence that adding MI+TM before CBGT increases the use of mature

defenses, and promotes a reduction in the use of the neurotic defense. These results suggest

that changes in maladaptive defense styles were not just associated with global improvement

of OCD, but could be associated with the addition of MI+TM to CBGT. This could be

possible because MI+TM helps patients “think through” the advantages and disadvantages of

a particular belief or behavior, so that they can develop strategies to face anxiety with

alternative behavioral responses to reach a new understanding of some aspects of reality and

their defense mechanisms. From the psychodynamic perspective, the use of these mechanisms

has a crucial influence in OC symptoms and character traits. As a result, we question whether

specific OCD symptoms can be related to the development of certain defense mechanisms or,

contrarily, if OCD symptoms can emerge in the context of maladaptive defense mechanisms.

Consequently, we cannot exclude the possibility that the association between a specific

defense with an OCD symptom is related to the disorder itself. Although the DSQ alone do

not allow for conclusions about the defense mechanisms it permits a quantitative assessment

of the defense mechanisms. DSQ-40 constitutes an attempt to measure the individual’s

unconscious dynamism. The creation and validation of the DSQ-40 is the consequence of a

body of work carried out by a group of psychoanalysts with the intention of evaluating

presumably unconscious phenomena with a scientific approach, even if indirectly, by using

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quantitative research [37]. Therefore, further research is needed to examine the stability of the

new defense mechanisms over time and to expand knowledge in this important area.

Although these results are promising, this study has limitations, which include the small

sample size. In addition, generalization is limited by (1) the exclusion criteria, and (2) the fact

that participants included in the study came from a unique center located in an University

hospital. University services for OCD treatment probably comprise more severe cases.

Therefore, the results cannot be directly generalized to OCD patients from primary or

secondary health care units, neither to community samples. Despite these limitations, this is

the first randomized study which uses MI+TM before CBGT to compare the changes in

defense mechanisms in the treatment of OCD.

In conclusion, adding Motivational Interviewing techniques and Thought Mapping before

CBGT, which focuses on the fear and anxiety evoked when patients discontinue their rituals,

not only improves CBGT outcomes, but also indicates a greater use of more adaptive defense

mechanisms, as measured by the Defense Style Questionnaire.

Acknowledgements

We would like to thank the Hospital de Clínicas of Federal University of Rio Grande do

Sul (HCPA-UFRGS) which has made this study possible. We would like to thank Andreia

Raffin, Cenita Borges and Lucas Lovato for their assistance with treatment. We also would

like to thank Kátia Niederauer, Vinícius Dornelles e Ygor Londero for their assistance with

assessment interviews. Finally, we would like to thank Brian Rush for his support on research

design and scientific matters and Ceres Oliveira for her statistical advice. Dr. Elisabeth Meyer

has a doctoral grant from Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPQ), process number 142030/2006-6. Dr. Roseli G. Shavitt has a post-doctoral grant from

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), process number

06/61459-7. Conflicts of interest: none.

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7.3 Artigo 3

submetido

Adding Motivational Interviewing and Thought Mapping to Cognitive-Behavioral Group Therapy: results from a randomized clinical trial. Adicionando a Entrevista Motivacional e o Mapeamento Cognitivo à Terapia Cognitivo Comportamental em Grupo: resultados de um ensaio clínico randomizado

Running title: DY-BOCS changes after MI+TM plus CBGT

Elisabeth Meyer a, Roseli G. Shavitt b, Carl Leukefeld c, Elizeth Heldt a

Fernanda P. Souza a, Paulo Knapp a and Aristides V. Cordioli a

a Anxiety Disorders Program, Department of Psychiatry, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil, b Obsessive-Compulsive Spectrum Disorders Program, Department and Institute of Psychiatry, Hospital das Clínicas, School of Medicine, University of São Paulo (USP), Brazil c Center on Drug and Alcohol Research, University of Kentucky

Correspondence Elisabeth Meyer Department of Psychiatry, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Street: Ramiro Barcelos, 2350, Room 400N Phone: +55 51 33282174 90035-903 Porto Alegre, RS, Brazil E-mail address: [email protected]

Dr. Elisabeth Meyer has a doctoral grant from Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), process number 142030/2006-6.

Dr. Roseli G. Shavitt has a post-doctoral grant from Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), process number 06/61459-7.

Conflicts of interest: none.

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Abstract

Objective: Recent factor-analytic studies of obsessive-compulsive disorder (OCD) identified

consistent symptom dimensions. This study was designed in order to observe which obsessive

compulsive symptom dimensions could be changed by adding two individual sessions of

Motivational Interviewing (MI) and Thought Mapping (TM) of Cognitive-behavioral group

therapy (CBGT) using a randomized clinical trial. Method: Forty outpatients with a primary

diagnosis of OCD were randomly assigned to receive CBGT (control group) or MI+TM plus

CBGT. To evaluate changes in symptom dimensions, the Dimensional Yale-Brown

Obsessive-Compulsive Scale (DY-BOCS) was administered at baseline and after treatment.

Results: At post-treatment, there were statistically significant differences between CBGT and

MI+TM+CBGT groups in the mean total DY-BOCS score, and in the contamination and

aggression dimension score. Hoarding showed a statistical trend towards improvement.

Conclusions: These findings suggest that adding MI+TM to CBGT can facilitate changes and

decrease in the scores in different OCD symptom dimensions, as measured by the DY-BOCS.

Nonetheless, additional trials are needed to confirm these results.

Descriptors: OCD symptom dimensions, Obsessive-compulsive disorder, Cognitive-behavioral

group therapy, Motivational Interviewing, Thought Mapping

Resumo

Objetivo: Recentes estudos utilizando análise fatorial no transtorno obsessivo-compulsivo

(TOC) identificaram dimensões consistentes dos sintomas. Este estudo foi delineado para

observar quais dimensões dos sintomas obsessivo-compulsivos podem ser modificados

adicionando duas sessões individuais de Entrevista Motivacional (EM) e Mapeamento

Cognitivo (MC) à Terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) usando um ensaio

clínico randomizado. Método: Quarenta pacientes ambulatoriais com diagnóstico primário de

TOC foram alocados aleatoriamente para receber TCCG (grupo controle) ou EM+MC mais

TCCG. Para avaliar mudanças nas dimensões dos sintomas, foi administrada a Escala

Dimensional para Sintomas Obsessivo-Compulsivos de Yale-Brown (DY-BOCS) antes do

início e após o tratamento. Resultados: Ao final do tratamento houve diferença

estatisticamente significativa entre a TCCG e EM+MC TCCG na média do escore total da

DY-BOCS, e no escore da dimensão de contaminação e agressão. Colecionismo apresentou

melhora com tendência estatística. Conclusão: Esses achados sugerem que acrescentar

EM+MC à TCCG pode facilitar mudanças na redução dos escores nas diferentes dimensões

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dos sintomas, como indicado pela DY-BOCS. No entanto, são necessários estudos adicionais

para confirmar estes resultados.

Descritores: Dimensões dos sintomas do TOC, transtorno obsessivo-compulsivo, terapia

cognitivo-comportamental em grupo, Entrevista Motivacional, Mapeamento Cognitivo

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Introduction

Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a chronic disease characterized by intrusive

thoughts and rituals performed to relieve the anxiety or discomfort, although the result is

probably an increase in distress over time. Several studies have reported the importance of

groups of symptoms in specific dimensions, assuming that patients may present symptoms in

one or more dimensions, with varying degrees of severity among them1-3. These proposed

dimensions are: (1) aggressive obsessions and related compulsions (e.g., checking that

nothing terrible has happened); (2) sexual and religious obsessions and related compulsions

(e.g., excessive concern with what is morally right or wrong); (3) symmetry, ordering,

counting, and arranging obsessions and compulsions (e.g., fear not saying “just the right

thing”); (4) contamination obsessions and cleaning compulsions (e.g., repeated cleaning of

household items or other inanimate objects); (5) hoarding and collecting obsessions and

compulsions (e.g., unable to decide to throw things away), and (6) miscellaneous (e.g., colors

with special significance). Researchers4,5 have suggested that the dimensional approach might

help guide research on the treatment of OCD, including the development of Cognitive

Behavioral Therapy (CBT) techniques tailored to specific symptom dimensions, which could

improve response rates6,7. Based on earlier studies using factor analysis to group patients with

certain obsessive-compulsive (OC) symptoms, Rosario-Campos and colleguaes2 developed

the Dimensional Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (DY-BOCS).

Although CBT has been shown to be effective for OCD8,9, changing ritual behavior can be

difficult and anxiety provoking. When OCD patients see possible benefits in stopping the

rituals, they tend to feel ambivalent towards changing behavior. Motivational Interviewing

(MI) is an effective strategy for helping individuals increase their motivation or readiness to

change. MI helps the therapist and patient to achieve a common understanding about the

patient’s awareness of change, facilitating the movement through decisional analysis and

behavioral change10,11. Miller and Rollnick11 have described five strategies of MI: (1) express

empathy and acceptance (i.e., empathy means acceptance and understanding another’s

perspective and feelings neutrally, without judging or evaluating in any way); (2) develop

discrepancy (i.e., perceive differences between a current situation and hope for the future); (3)

avoid argumentation (i.e., when the patient refuses to complete a task, it is time to stop

forcing the point and modify strategy); (4) roll with resistance (i.e., arguing for change with a

patient will likely trigger the patient to argue against it) , and (5) support self-efficacy (i.e., a

person’s belief in his or her ability to carry out a specific behavior). MI can be utilized as

independent, stand-alone intervention or can be integrated with other treatment modalities.

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Resisting the righting reflex (the “righting reflex” refers to our natural urge as human beings

to put things right, i.e., health care providers are probably more inclined to have a righting

reflex12), understanding and exploring the patient’s own motivations, empowering the patient,

encouraging hope and optimism, helps a therapist promote collaboration and reduce

resistance12. The techniques of MI are described in detail in Miller and Rollnick11, and

Rollnick, Miller and Butler12.

Eventually, the inability to concentrate creates difficulties for OCD patients in focusing

their attention. Some OCD patients can not make the connection between a person’s behavior

in the context of their environment, thoughts, and feelings and how some experiences are

related to desirable outcomes, while others are related to undesirable ones. Thought Mapping

(TM)13,14 was developed based on the Transtheoretical Model15 and the first four stages of

change. It is a visual technique that uses a predesigned map and is very useful in keeping

individual discussions on track. Because the aspects worked during the session can be

visualized TM might be particularly helpful for patients that are engaged in mental rituals

activity and/ or have been presenting excessive uncertainty or doubt about what was said,

during the consultation with the mental health professional. The use of visual aids (paper and

pen) by TM may help them focus on the intervention. A personal “thought map”, for OCD-

related dysfunctional thoughts and behaviors is developed by each patient to organize his or

her own personal thoughts and behaviors. In doing this, patients can express parallel ideas,

complex and distant thought, behaviour and feeling connections. It can also help patients

identify more clearly where changes need to take place, to explore behavioral choices and

subsequent results, and to consider solutions to the presenting problem. The TM technique is

described in detail in Leukefeld et al.16.

The overall purpose of the present study was to examine if adding two individual sessions

of MI+TM before starting 12 weeks of CBGT in an adult OCD outpatient treatment program

would facilitate changes in the OC symptom dimensions when compared with CBGT alone,

as measured by a structured interview, in a randomized clinical trial.

Methods

Participants

Sixty-five adult outpatients meeting DSM-IV criteria for OCD, as determined by the

Brazilian version17 of Structured Clinical Interviews (SCID)18 for DSM-IV attending an

Anxiety Disorders Program (PROTAN) in Porto Alegre, Brazil, were assessed from January

2007 to December 2007 (see Figure 1). Participants were recruited among the general

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population by means of lectures, radio and TV interviews, and newspaper ads that offered

CBGT to patients with OCD. Interviews were conducted by trained psychiatrists or clinical

psychologists, experienced in treating OCD patients. Inclusion criteria based on assessment

included: (1) age between 18 and 65 years old; (2) having OCD as the most significant current

psychiatric diagnosis; (3) Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS) total score

>16; and (4) no change in anti-obsessive medication (if applicable) for at least 3 months prior

to study entry. Consistent with our previous researches19-21, individuals were excluded from

the current study if they had an additional diagnosis of another anxiety or mood disorder of

equal or greater severity than their OCD, significant suicidality, present alcohol or substance

abuse or dependence, or severe psychiatric disorder (schizophrenia and other psychotic

disorders). Twenty-five patients were determined not eligible. The reasons for exclusion were:

Severe Depression (n=9), severe Social Phobia (n=3), Personality disorders: Borderline or

Schizotypical (n=3), Substance Abuse (n=2), Bipolar disorder (n=2), Schizophrenia (n=1), or

a score <16 on the Y-BOCS (n=5). After signing an informed consent form, 40 selected

patients were randomized: 20 patients (50%) to MI+TM+ CBGT group and 20 patients (50%)

to the control group. Of the 40 outpatients who composed the sample, 38 completed the study.

Two patients (5%) dropped out of the control group after the third session (they contacted the

therapist to state that they would no longer attend the sessions).

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Figure 1. Flowchart of a Randomized Clinical Trial comparing MI+TM plus CBGT and information-only condition plus CBGT in the treatment of patients with Obsessive- compulsive disorder

Study Design and Procedures

Randomization of the MI+TM+CBGT or the control group was performed using a research

randomizer (see: www.randomizer.org/index.htm). The study was conducted in three

successive periods of 12 weeks, with one MI+TM+CBGT and one parallel information-only

condition plus CBGT (control group). Participants in both the MI+TM and control groups

received the CBGT as usual; they differed only in the style of individual sessions received

prior to CBGT. The individual interventions were carried out by a doctoral-level therapist,

who did not participate in the CBGT sessions. CBGT had six to eight patients, and sessions

were conducted by the same therapist, assisted by a co-therapist, both master-level student

psychologists with prior CBGT experience, that were blinded to the individual interventions.

Patients were also instructed not to reveal the content of their individual sessions. The CBGT

was conducted in a closed-ended group during the course of 12 weekly two-hour sessions,

carried out once a week, over 3 months. The treatment approach integrated psycho-education,

techniques of Exposure and Response Prevention (ERP), cognitive techniques to modify

dysfunctional thoughts and beliefs, strategies to prevent relapses, homework ERP and

cognitive exercises for each session, and group techniques.

Eligible after telephone screening and invited to

interview (n = 65) Excluded (n =25)

Severe Depression (n=9) Severe Social Phobia (n=3)

Borderline or Schizotypical (n=3) Substance Abuse (n=2) Bipolar disorder (n= 2)

Schizophrenia (n=1) Score <16 on the Y-BOCS (n=5)

Eligible after interview for RANDOMIZATION

and baseline assessment (n = 40)

Allocated to 2 individual MI+TM sessions plus CBGT

(n=20) Completed trial (N=20)

Allocated to 2 individual information-

only condition sessions plus CBGT (control group)

(n=20) Completed trial (N=18)

Dropped after treatment start (n= 2)

No longer interested (n= 2)

Assessment after 12th CBGT session (n=20) Assessment after

12th CBGT session (n=18)

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The Hospital de Clínicas of Porto Alegre review board approved the study (Process:06

/171). Written informed consent was obtained from all participants, after a description of the

study, emphasizing that they would be randomized into one of two treatment conditions: 1)

two individual sessions of MI+TM+CBGT, or 2) two information-only condition sessions

plus CBGT (controls). Each participant was assured that their decision to participate or not

participate in the study would not interfere with their access to treatment.

Treatment

Cognitive Behavioral Group Therapy (CBGT)

The CBGT was conducted in a closed-ended group during the

course of 12 weekly two-hour sessions, based on a structured manual-based developed by one

of the authors (AVC), and has been used in other trials19-21. The treatment started with a

presentation of OCD symptoms, the rationale of ERP therapy and treatment targets, followed

by demonstrations and practical ERP exercises. In the subsequent sessions, commonly held

dysfunctional beliefs about OCD were explained and cognitive techniques for their

corrections were given, followed by practical exercises of ERP and cognitive restructuring. At

the end of each session, homework was given to each patient19,22. The manual is described in

detail elsewhere22.

Motivational Interviewing (MI) + Thought Mapping (TM) plus CBGT group

The MI + TM approach consisted of two 60 minute individual weekly sessions before

starting the 12 CBGT sessions. The interventions were carried out by a doctoral-level

therapist, who did not participate in the CBGT sessions. The two sessions are designed to

allow the patient to discover what he or she can expect from the treatment, as well as

increasing the motivation for change in a collaborative process involving the therapist and

patient. No manual was given, allowing the therapist's autonomy to follow the patient using

MI strategies. The sessions were patient-centered, used open-ended and nonconfrontational

questions, to encourage patients to talk about why, how and when they might change,

reinforcing that the focus of behavior change resides in the patient, not in the therapist. A

key goal in MI is to increase the importance of change from the patient’s perspective. In CBT,

the therapist takes the role of an advocate for change, to at least some degree but, in MI, the

therapist does not argue in favor of change, but helps the patient to become a more effective

advocate for their own change23. Rollnick12 points out that if the patient is placed on centre

stage, and guided through a conversation about why and how to change, outcomes will be

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improved. The two individual sessions were structured as: (1) identifying and exploring

reasons for change; (2) helping the patient to acknowledge and discuss the mixed feelings

about possible benefits in stopping the rituals thereby tipping the balance in favor of change

(e.g., “How do you think your life might be different, both positively, and negatively, if you

were to stop with the rituals?”); (3) using reflective listening when trying to express patient

understanding (e.g., “So you’re saying that you want to stop with all the rituals, but, at the

same time, you’re worried if you can deal with the anxiety during the therapy exercises); (4)

inviting the patient to define goals (e.g. invite the person to describe perceived

barriers/concerns changing); (5) reflecting and summarizing concerns raised by the patient

during the decision-making process; (6) choose personal strategies (e.g., “If you decide to

change how would you do it?”). The purpose of this intervention model was exploring and

resolving ambivalence in avoiding rituals, to increase and renew patient motivation or

readiness to adhere to the ERP exercises which are part of CBGT. Help strengthen the

patient’s self-efficacy (e.g., identify existing skills and how to generalize those to OCD

context) and in addition, the therapist explained the CBGT model, exposed ERP, and

encouraged each patient to tolerate and manage anxiety provoked by ERP.

For this study, the therapist and the patient completed a map together and patients were

encouraged to analyze their TM and to develop strategies to face the anxiety produced by

their obsessions with alternative behavioral responses. TM is a structured and preformatted

mapping approach to link nodes (visually represented as boxes) as feelings, thoughts, and

actions in treatment sessions with links (visually represented by lines) to show relationships on

paper between nodes. Utilizing TM allows the patient to see the role of thoughts/ beliefs/

feelings and behavior and the influences among them all. The first part of the map (Figure 2)

was used to facilitate problem recognition and identification (questions 1-3:

ANTECEDENTS):

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Figure 2 - First part of the map

The second part (questions 4-6; Figure 3) was for problem solutions: CONSEQUENCES, as

showed above:

Figure 3 - Second part of the map

Two-session individual information-only condition plus CBGT (control group)

In order to control the attention, duration and time in contact with the therapist treating the

MI+TM condition, we created a comparison condition. The control condition was two 60-

minute individual weekly sessions before the 12 sessions of CBGT and was administered by

one doctoral-level therapist who did not participate in the group sessions. As an information-

only condition, the therapist provided information about smoking prevention (session 1), and

educational physical activity (session 2). Sessions were conducted in a lecture-style and

presented information such as: (a) Passive smoking exposure causes heart disease and lung

cancer in nonsmoking adults; (b) Exposure to nicotine and passive smoking is measured by

testing the saliva, urine, or blood for the presence of a chemical called cotinine; (c) Most

adults need at least 30 minutes of moderate physical activity at least five days per week; (d)

For all individuals, some activity is better than none. Regular exercise can prevent or delay

diabetes and heart trouble. Participants could ask questions at any time. In the information-

only condition, non-motivational interviewing components or TM were used, and presumably

the intervention did not focus on enhancing commitment to change.

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Assessments

Participants completed the following measures at baseline and post-treatment to evaluate

outcome. The DY-BOCS2 includes a self-report section and an interviewer-administered

section. The scale was simultaneously validated in Portuguese and English, and examines OC

symptoms on six specific dimensions: (1) obsessions about harm due to

aggression/injury/violence/natural disasters and related compulsions; (2) obsessions

concerning sexual/moral/religious and related compulsions; (3) obsessions about

symmetry/‘just-right’ perceptions, and compulsions to count or order/arrange; (4)

contamination obsessions and cleaning compulsions; (5) obsessions and compulsions related

to hoarding, and (6) miscellaneous obsessions and compulsions that relate to somatic concerns

and superstitions, amongst other symptoms. This instrument measures the severity of each

symptom dimensions. For each dimension, there are three questions with a 0-5 point rating

scale to measure time consumed by the symptoms, distress and interference (maximum score

in each dimension = 15). This interview assesses lifetime, current severity, and age at onset.

Therefore, the baseline and post-treatment severity of each dimension was measured

independently.

The Brazilian version24 of the Y-BOCS25 was used to assess severity of OCD symptoms,

which include 10 questions: five for obsessions and five for compulsions, including time

spent with the symptoms, the level of interference in daily activities and distress, resistance

and control of symptoms. Each item was scored from 0 to 4 with a maximum score of 40.

The Clinical Global Impressions Scale - Severity subscore (CGI-S, adapted version)26

investigates the health professional’s impression regarding the patient’s problem severity.

These instruments were administered by independent evaluators at baseline (before the two

individual sessions) and after completing CBGT, by master-level psychologists, trained on the

application of the instruments with experience in treating OCD patients and blinded to group

allocation. Every patient was reviewed at baseline and post-treatment by the same evaluator,

in order to minimize the inter-rater variability.

Patients were also assessed with regard to their sociodemographic and clinical

characteristics, including age, gender, years of education, marital status, use of anti-

obsessional drugs, age at onset, age at which OCD symptoms started to interfere with daily

activities, and the duration of the illness.

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Statistical Analysis

Shapiro-Wilk tests of the distribution of data were performed. Analysis to look for

differences by type of condition (MI+TM+CBGT vs. control group) across all key variables

with t tests, One-way ANOVA, Mann-Whitney test or Wilcoxon test for continuous variables,

and with Pearson χ2 test for nominal variables. We used non-parametric statistics whenever

appropriate. The comparison of pre to post-treatment scores was performed using t-test paired

samples or with McNemar Chi-Square test. Analyses of covariance (ANCOVA) were used to

control potential confounding variables. A positive response to treatment was defined as 35%

or greater reduction in baseline Y-BOCS scores. Pearson χ2 test was used for dichotomic data:

improved (reduction ≥35% on the Y-BOCS) versus non-improved (reduction ≤ 35% on the Y-

BOCS). Patients who responded to treatment were also classified as having full remission for

YBOCS scores ≤ 8 and CGI = 1 and partial remission when there was a reduction ≥35% on

the Y-BOCS, but the total score on this scale was >8 and CGI = 2. To compare the changes in

symptom dimensions from baseline to post-treatment, the results obtained from the two

groups (MI+TM+CBGT and CBGT) were analyzed in two ways: (1) comparing the DY-

BOCS scores (reduction) by dimension, and (2) the frequency (according to the presence or

absence) of symptoms by dimension. The presence of a symptom dimension on the DY-

BOCS was coded as 1 while its absence was coded as 0. DY-BOCS scores on six symptom

dimensions were calculated by summing the scores from the symptom categories under each

dimension. This score was used in all subsequent analyses. To verify which dimensions

improve more and how much, in both groups, a ∆specification of the change was

applied to generate the data presented on Table 3. The mean of the deltas represent

the overall average of the individual deltas of each patient, which was calculated

using the following equation: ∆mean= ((post treatment value – pre treatment value) /

pre treatment value). Rates were compared across the two groups with the Pearson χ2 test.

The last-observation-carried-forward approach was adopted for continuous data. An intention-

to-treat approach was used for patients who dropped out, labeled non-improved. All p values

were two-tailed, the statistical significance was set at the .05 level and the confidence level

was 95%. Statistical assessments were performed by the Statistical Package for Social

Sciences for Windows, version 13.0.

Results

Baseline Data

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The sample included 13 (65%) women in the MI+TM+CBGT and 15 (75%) women in the

control group, aged 18-65 years. Most of the patients were married 17 (42.5%). Fifteen

(37.5%) participants were single, 7 (17.5%) were divorced and one (2.5%) was widowed.

There was no significant difference in the distribution of male and female patients across the

groups (p=0.730) or significant difference in the marital status (p=0.225) of the two groups.

Twenty-eight patients (70%) met criteria for comorbid psychiatric disorders, including Major

Depressive Disorder (n=16; 40%), Social Phobia (n=12; 30%), Simple Phobia (n=10; 25%),

Compulsive Buying (n=5;12.5%), Skin Picking (n=5; 12.5%) and Posttraumatic Stress

Disorder (n=3; 7.5%). No evidence of mismatch was observed at baseline between the

MI+TM+CBGT and the control group for demographic and clinical characteristics. The main

demographic and clinical characteristics of the sample are described in Table 1.

Table 1 - Demographic and clinical characteristics of participant conditions Variable MI+TM CBGT group

(n=20) Control group

(n=20) p

Age (years) 36.5 (10.7) 36.6 (12.4) 0.968 Age at onset of OCD (years) 9.75 (3.21) 10.5 (4.2) 0.505 Mean duration of illness (years) 25.5 (10.5) 23.9 (13.8) 0.769 Mean age at which OCD symptoms started to interfere with daily activities (years)

27.6 (12.8) 28.3 (13.6) 0.859

Education (years) 15.4 (3.26) 14.1 (3.37) 0.206 Stable use of anti-obsessional drugs [n (%)] 6 (30) 7 (35) 0.744

Note: MI= Motivational Interviewing; TM= Thought Mapping; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy Except where otherwise indicated, results are expressed as mean (SD).

When OCD symptom dimensions were examined using the DY-BOCS, 34(85%) patients

reported symmetry, order and arrangement symptoms; 29(72.5%) miscellaneous symptoms;

24(60.5%) had aggression symptoms; 23(57.5%) contamination, cleaning and washing

symptoms; 23(57.5%) hoarding symptoms, and seven (12.5%) sexual–religious symptoms.

There were no statistically significant differences between the MI+TM+CBGT group and the

control group for mean DY-BOCS total score at baseline (t=-1.50, df=38, p=0.142) or when

each dimension was considered separately: aggression dimension (χ2=0.100, df=1, p=0.747);

sexual/religious dimension (χ2=0.173, df=1, p=0.677); symmetry dimension (χ2=0.000, df=1,

p=1.000); contamination dimension (χ2=0.102, df=1, p=0.749); hoarding dimension

(χ2=0.102, df=1, p=0.749) and the miscellaneous dimension (χ2=3.135, df=1, p=0.077).

Mean Y-BOCS baseline scores (t=-1.02, df=38, p=0.313), Y-BOCS Obsessions subscale

(t=-1.12, df=38, p=0.271) and Y-BOCS Compulsions subscale (t=-0.16, df=38, p=0.871) for

the MI+TM+CBGT group and the control group were similar, and did not differ for those

receiving concurrent anti-obsessive medication relative to those who were not (p=0.442).

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Treatment response

Results of pre ⁄ post-treatment outcome measures for the MI+TM+CBGT and the control

groups are presented in Table 2.

Table 2. Mean (SD) scores for a sample of 40 OCD outpatients in all outcome variables at baseline and post-treatment

MI+TM CBGT (n= 20) Control group (n=20)

pre post pre post

DY-BOCS global score 22.6 (2.6) 6.8 (4.4) ** 24.1 (3.5) 11.8 (8.3) ** Aggression 5.9 (5.0) 1.5 (2.6) * 5.5 (5.4) 2.7 (3.4) ** Sexual/religious 1.3 (3.4) 0.8 (2.7) 1.6 (4.2) 0.9 (3.1) Symmetry 8.4 (4.7) 1.9 (2.7) ** 8.9 (4.5) 3.7 (4.3) ** Contamination 5.4 (5.3) 0.6 (1.4) ** 6.5 (5.7) 2.4 (3.3) ** Hoarding 4.2 (4.5) 0.6 (1.3) ** 3.8 (3.6) 1.7 (2.9) * Miscellaneous 5.6 (4.2) 1.1 (1.7) ** 6.0 (5.8) 1.9 (3.8) ** Y-BOCS total score 29.4 (3.7) 7.1 (4.1) ** 30.5 (3.4) 12.2 (10.4) ** Y-BOCS obsession 13.9 (2.4) 4.1 (2.3) ** 14.6 (1.8) 5.8 (5.1) ** Y-BOCS compulsion 15.6 (2.0) 2.9 (2.7) ** 15.9 (1.9) 6.3 (5.5) ** CGI 5.1 (0.5) 1.1 (0.5) ** 5.30 (0.5) 1.9 (1.5) ** Note: paired t-test or Wilcoxon test were used when appropriate; YBOCS= Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; DY-BOCS= Dimensional Yale–Brown Obsessive–Compulsive Scale; CGI= Clinical Global Impressions Severity of Illness scale; MI= Motivational Interviewing; TM= Thought Mapping; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy; OCD= Obsessive-Compulsive Disorder; SD=Standard Deviation; Pre= pre-treatment; Post= post treatment. *p< .05 ** p< .01

The comparison of mean rate of improvement, accessed by the average of the ∆mean of all

outcome variables between MI+TM+CBGT group and control group at the end of the

treatment are presented in Table 3.

Table 3. Comparison of all outcome variables between MI+TM CBGT group and control group

MI+TM CBGT Control group

∆mean (SD)(n) ∆mean (SD)(n) statistics p

DY-BOCS global score 69.0(20.2) (20) 52.8 (31.4) (20) ts=1.94 0.062 Aggression 92.6 (11.2) (13) 49.8 (31.4) (11) ts=4.30 0.001 Sexual/religious* 100 (22.2 to 100) (4) 57.1 (0 to 100) (3) UMW=3.5 0.400 Symmetry 77.2 (26.8) (17) 58.6 (39.1) (17) ts=1.62 0.116 Contamination 91.9 (14.7) (11) 62.9 (29.6) (12) ts=2.93 0.008 Hoarding* 100(57.1 to 100) (11) 66.1(-66.7 to 100)(12) UMW=38.5 0.091 Miscellaneous 78.5 (33.1) (17) 65.3 (38.0) (12) ts=0.99 0.331 Y-BOCS total score 75.0 (15.6) (20) 61.4 (32.2) (20) ts=1.71 0.099 Y-BOCS obsessions 69.3 (17.9) (20) 61.5 (32.0) (20) ts=0.95 0.350 Y-BOCS compulsions 81.0 (17.5) (20) 61.3 (33.6) (20) ts=2.32 0.028 CGI 76.9 (11.2) (20) 64.5 (27.1) (20) ts=1.89 0.070 Note: * Results are shown by median (minimum to maximum); YBOCS= Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale; DY-BOCS= Dimensional Yale–Brown Obsessive–Compulsive Scale; CGI= Clinical Global Impressions Severity of Illness scale; MI= Motivational Interviewing; TM= Thought Mapping; CBGT= Cognitive Behavioral Group Therapy; OCD= Obsessive-Compulsive Disorder; SD=Standard Deviation; ∆mean=((post treatment value – pre treatment value) / pre treatment value); n= sample size; ts= Student’s t test; UMW= Mann-Whitney’s U test

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118

Discussion

The present study examined which obsessive compulsive symptom dimensions could be

changed by adding two individual sessions of MI+TM before CBGT. Participants in both the

MI+TM and control conditions received the CBGT. The treatments differed in the type of

individual sessions received prior to CBGT. Usually, OCD patients believe that using rituals

can be a helpful strategy to manage the anxiety that arises from feared situations. MI+TM was

used to inform patients that the most effective way to reduce their fear is to confront the

feared situations in which they experienced obsessions, without performing any rituals, and to

wait for the reduction of anxiety. MI+TM might help patients to explore and resolve their

ambivalence about utilizing rituals, or not. MI+TM explicitly address motivation to change

before CBGT, and assist the patient in how to make the best use of CBGT. TM ensures that

patients receive an individualized case formulation and that the rationale for the ERP is

thoroughly understood. In contrast, the control group did not explicitly focus on enhancing

commitment to change at the outset. Therefore we conclude that since the MI+TM treatment

encourages patience to change it resulted in better outcome.

At baseline, symmetry, order and arrangement were the most prevalent symptom dimension

in both groups, and were phenomenologically similar to previous trials2,6,27,28. In a recent

article, Leckman and colleagues29 reported that CBT is mostly indicated for patients with

symmetry/ordering, contamination/washing, and aggressive/checking symptoms. Studies from

Mataix-Cols30 and colleagues suggest that the presence of symmetry/ordering symptoms

predicted better response in refractory cases.

CBGT was effective for most symptom dimensions of OCD. Both groups have shown to be

effective to reducing DY-BOCS global score and five of the dimensions scores. Therefore

CBGT might be indicated for patients with contamination, aggressive, symmetry, hoarding,

and miscellaneous symptoms. Nevertheless, the rate of the DY-BOCS global score and each

dimension score reduction (except sexual/religious dimension) were significantly higher in

patients treated with MI+TM+CBGT.

As shown in Table 3, at the end of the treatment, the group MI+TM+CBGT showed

significant improvement in the dimensions aggression and contamination compared to CBGT

alone. Hoarding showed a statistical trend towards improvement. Similarly, the DY-BOCS

total score showed a statistical trend towards improvement. The CGI for the MI+TM+CBGT

group showed a mean rate of improvement with a statistical trend. As Miller31 described,

motivational interviewing can synergistically amplify the effect of other treatments. The

combined effects of individualized treatment with elements of MI and TM obviously have had

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119

a large synergetic effect on the group intervention. These modifications suggest that changes

in the dimensions were not just associated with global improvement of OCD, but could be

associated with the addition of MI+TM to CBGT. One possibility would be that MI+TM

helps patients to “think through” the pros (or benefits) and cons (or costs) of a particular

belief or behavior in order to learn more about what they would identify as an important issue.

After reflecting they can identify their own individual problem–solving strategies.

Clinical implications of this study indicate that special attention should be paid to patients

with sexual/religious symptom dimension. At pre to post-treatment, there were no significant

differences in the scores of sexual/religious symptom dimension for patients treated with

MI+TM+CBGT and for those in the control condition, which supports previous studies4,32.

Our findings suggest that patients with sexual/religious symptoms may have more difficulty

with CBGT than other OCD patients. One possible explanation for our findings is that

patients with sexual/religious symptoms may have more difficulty recognizing the irrational

nature of their symptoms than other patients, and as a result, these symptoms are more

difficult to challenge. Fullana et al.3 and Mataix-Cols et al4 point out that sexual or religious

obsessions have been strongly associated with poor treatment response in previous studies and

might be less likely to respond to serotonin reuptake inhibitors (SRIs) and behavior therapy.

Therefore, more specific treatment strategies tailored for sexual/religious symptom dimension

are probably necessary. Other studies33,34, however, did not confirm these findings.

In this study, patients with hoarding symptoms tended to improve more with

MI+TM+CBGT as compared with those in the control group. It could be speculated that

MI+TM might bring additional benefits to CBGT. Our results are in line with other studies

that suggest that hoarders can be more successfully treated with a multifaceted cognitive-

behavioural intervention than with regular CBT32.

There were no significant differences in the Y-BOCS total scores, but we observed a

statistical tendency of improvement in the MI+TM+CBGT group compared to CBGT alone.

Interestingly, the Y-BOCS compulsion score was significantly improved in the

MI+TM+CBGT group compared to CBGT alone. It is important to point out that the

improvement in compulsion is an extremely relevant result for this study. A possible

explanation may be that addition of MI+TM to CBGT may exert most of its impact on those

dimensions which have a more “compulsive” component. This is in agreement with the

finding that the dimensions which improved most were contamination (i.e., hand washing,

avoidance) and aggression (i.e., checking in order to prevent unwanted outcomes or to make

sure one did not harm anybody). One of the goals of the MI+TM individual sessions was to

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encourage the patients, prior to the CBGT, to face the expected increase in anxiety

experienced during the OCD prevention exercises (ERP). Moreover, the individual sessions

were also used to give the patients in the MI+TM+ CBGT group explanations about how

avoiding the use of rituals will gradually diminish the frequency of obsessions as well as the

affliction elicited by them. Thus, the improvement in compulsion suggests that the

intervention, i.e. MI+TM session, accomplished its objective which was to focus in

ameliorating the compulsions.

Although these results seem promising, important limitations of the present study must be

considered. Firstly, a selection bias could account for the exceptionally large treatment effect

size obtained in this study. Specifically, differently from other clinical studies, patients that

presented several comorbidities were excluded from the sample. The severity of the

comorbidities that were in fact present, such as depression and social phobia, was mild. In

addition, the screening process involved selecting patients who were particularly motivated to

participate in group therapy. The selection of highly motivated patients is evident since the

drop-out rate was considerably smaller than other similar studies have previously reported.

Thus, the selection bias and the small sample size, which renders our findings susceptible of

statistical errors, limit the use of our results to extrapolate the outcome of using the treatment

strategies employed in this study. However, even if our results may not represent the entire

OCD patient population, it does not undermine the contribution of our findings to the field

given that it is the first time that MI+TM were used before CBGT to compare the changes in

obsessive-compulsive symptoms according to six different dimensions in the treatment of

OCD. Future studies using different exclusion criteria, screening process and larger sample

size may show different results. The use of MI and TM may be effective on treating a

different sample although the treatment effect size may not be as large as the one obtained in

this study. The strength of this study is its randomized clinical trial design. Future research is

needed to expand the present findings, for instance, how the elements specific to the MI-TM

intervention might have influenced the response to CBGT and which components of MI-TM

are most prominent. The lack of discriminative measures of the MI and TM interventions

make it difficult to determine which of these interventions are responsible for the results.

Secondly, assessments did not include instruments to measure possible confounding factors

such as motivation to change, fear, adherence to treatment or homework compliance. As a

result, the outcomes may not generalize to the OCD adult outpatients as a whole. It is

important to note that, although the stages of change have not been systematically assessed,

the way a patient responds to interventionist feedback in relation to problem behavior offers

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strong evidence about the patient's motivation and readiness to change that behavior31.

Thirdly, we recognize the limitations that arise from the DY-BOCS not yet having a cut-off

point for the global score and each dimension since it could lead to the inclusion of

subclinical symptoms in some dimensions. However, in this study, we aimed to investigate if

adding two individual sessions of MI+TM to CBGT, which is a completely novel approach

that has not been employed in the treatment of OCD, would influence the outcome of the

treatment by affecting the scores of several dimensions of OCD symptoms compared to

CBGT alone. Finally, the absence of long-term follow-up data limits our findings. Future

studies are needed to evaluate the stability of the therapeutic benefits over time. Despite these

limitations, this is the first randomized study which uses MI+TM before CBGT to compare

the changes in OC symptom dimensions and represents an important contribution to our

knowledge regarding the treatment of OCD.

To conclude, this study used Motivational Interviewing and Thought Mapping approach

which is not routinely employed in OCD treatment programs. The results indicate beneficial

effects of adding MI+TM to CBGT for OCD adult outpatients.

Acknowledgements

We would like to thank the Hospital de Clínicas of Federal University of Rio Grande do Sul

(HCPA-UFRGS) which has made this study possible. We would like to thank Andreia Raffin,

Cenita Borges and Lucas Lovato for their assistance with treatment. We also would like to

thank Kátia Niederauer, Vinícius Dornelles and Ygor Londero for their assistance with

assessment interviews. The authors thank Dr. Manuela Polydoro for her review of the

preliminary forms of this manuscript. Finally, we would like to thank Brian Rush for his

support on research design and scientific matters and Ceres Oliveira for her statistical advice.

Dr. Elisabeth Meyer has a doctoral grant from Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPQ), process number 142030/2006-6. Dr. Roseli G. Shavitt has

a post-doctoral grant from Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(FAPESP), process number 06/61459-7. Conflicts of interest: none.

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8. DIVULGAÇÃO PARCIAL DOS RESULTADOS

POSTER NR43

Treating Obsessive-compulsive Disorders: an Examination of Cognitive Behavioral Group

Therapy versus Cognitive Behavioral Group Therapy plus Motivational Interviewing and

Thought Mapping

Elisabeth M. Silva, Carl Leukefeld, Daniela Benzano, Fernanda Souza, Katia Niederauer,

Paulo Knapp, Aristides Cordioli.

American Psychiatric Association – 158 th Annual Meeting – San Diego, 2007

POSTER WCP134

Treating Obsessive- Compulsive Disorder: an examination of Cognitive Behavioral Group

Therapy (CBGT) vs. CBGT plus Motivational Interviewing and Thought Mapping

Elisabeth M. Silva, Carl Leukefeld, Daniela Benzano, Fernanda Souza, Paulo Knapp,

Aristides Cordioli.

XIV World Congress of Psychiatry, Prague 2008

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Transtorno Obsessivo-compulsivo foi considerado, no passado, raro e intratável.

Atualmente sabe-se que o TOC é uma doença heterogênea, com diferenças em nível da

etiologia e da vulnerabilidade biológica individual, que influem na intensidade dos sintomas,

e consequentemente nos resultados do tratamento, mas é tratável.

A TCC em grupo é reconhecida como um tratamento eficaz para reduzir a intensidade

dos sintomas obsessivo-compulsivos. No entanto, cabe lembrar que ao final do tratamento

uma parcela dos pacientes ainda apresenta uma remissão incompleta em níveis clínicos

(escores na Y-BOCS ≥ 16) o que os predispõe a recaída.

Dessa forma, consideramos ser relevante examinar, com rigor científico, se a adição de

estratégias motivacionais pode favorecer o aumento da resposta à TCCG. Sabemos que a

Entrevista Motivacional e o Mapeamento Cognitivo são estratégias potencialmente efetivas

para aumentar a prontidão para a mudança de um comportamento-alvo do paciente.

Em suma, esta tese aborda aspectos relacionados aos resultados de um ensaio clínico

randomizado quanto à resposta à adição da Entrevista Motivacional e Mapeamento Cognitivo

à TCCG, oferecida regularmente no Ambulatório do Serviço de Psiquiatria – Programa

Transtornos de Ansiedade (PROTAN) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no

que se refere à melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos, bem como possíveis

reajustamentos nos mecanismos de defesa. Verificou-se ainda o quanto as duas modalidades de

intervenção reduziriam o percentual de pacientes nas diferentes dimensões dos sintomas quando

comparado ao tratamento usual.

Os resultados da presente tese apóiam a ideia que a aplicação de algum tipo de pré-

tratamento antes da TCCG, como a Entrevista Motivacional e o Mapeamento Cognitivo, pode

aumentar as taxas de resposta ao tratamento. Estes achados estimulam futuras pesquisas que

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usem delineamentos mais poderosos que permitam elucidar os fatores que podem influenciar

na prontidão e na capacidade para comprometer-se com o tratamento.

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ANEXO A

Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS)

As questões 1 a 5 são sobre PENSAMENTOS OBSESSIVOS.

Obsessões são ideias, imagens ou impulsos indesejados que penetram no pensamento contra a vontade ou esforços para resistir a eles. Geralmente envolvem temas relacionados a danos, riscos ou perigos. Algumas obsessões comuns são: medo excessivo de contaminação, dúvidas recorrentes sobre perigo, preocupação extrema com ordem, simetria ou perfeição, medo de perder coisas importantes. Por favor, responda cada questão assinalando o quadrado respectivo.

1. TEMPO OCUPADO POR PENSAMENTOS OBSESSIVOS P.: Quanto de seu tempo é ocupado por pensamentos obsessivos? � 0 = Nenhum � 1 = Menos de 1 hora/dia ou ocorrência ocasional � 2 = 1 a 3 horas/dia ou frequente � 3 = Mais de 3 horas até 8 horas/dia ou ocorrência muito

frequente � 4 = Mais de 8 horas/dia ou ocorrência quase constante

4. RESISTÊNCIA CONTRA OBSESSÕES

P.: Até que ponto você se esforça para resistir aos seus pensamentos obsessivos? Com que frequência você tenta não ligar ou distrair a atenção desses pensamentos quando eles entram na sua mente? � 0 = Faz sempre esforço para resistir, ou sintomas

mínimos que não necessitam de resistência ativa. � 1 = Tenta resistir a maior parte das vezes � 2 = Faz algum esforço para resistir � 3 = Entrega-se a todas as obsessões sem tentar controlá-

las, ainda que faça isso com alguma relutância � 4 = Cede completamente a todas as obsessões de modo

voluntário

2. INTERFERÊNCIA provocada pelos PENSAMENTOS

OBSESSIVOS P.: Até que ponto seus pensamentos obsessivos interferem

com seu trabalho, escola, vida social ou outras atividades importantes? Há qualquer coisa que você não faça por causa deles?

� 0 = Nenhuma � 1 = Alguma: leve interferência com atividades sociais ou

ocupacionais, mas o desempenho geral não é prejudicado

� 2 = Moderada: clara interferência no desempenho social ou ocupacional, mas conseguindo ainda desempenhar

� 3 = Grave: provoca prejuízo considerável no desempenho social ou ocupacional

� 4 = Muito grave: incapacitante

5. GRAU DE CONTROLE SOBRE OS PENSAMENTOS

OBSESSIVOS P.: Até que ponto você consegue controlar os seus pensamentos obsessivos? É habitualmente bem-sucedido quando tenta afastar a atenção dos pensamentos obsessivos ou interrompê-los? Consegue afastá-los? � 0 = Controle total � 1 = Bom controle: geralmente capaz de interromper ou

afastar as obsessões com algum esforço e concentração

� 2 = Controle moderado: algumas vezes capaz de interromper ou afastar as obsessões

� 3 = Controle leve: raramente bem sucedido quando tenta interromper ou afastar as obsessões, consegue somente desviar a atenção com dificuldade.

� 4 = Nenhum controle: as obsessões experimentadas como completamente involuntárias, raramente capaz, mesmo que seja momentaneamente, de desviar seus pensamentos obsessivos.

3. SOFRIMENTO relacionado aos PENSAMENTOS OBSESSIVOS P.: Até que ponto os seus pensamentos obsessivos o perturbam ou provocam mal-estar em você? (Na maior parte dos casos, a perturbação/mal-estar é equivalente à ansiedade; contudo, alguns pacientes podem descrever as suas obsessões como perturbadoras mas negam sentir ansiedade. (Avalie somente a ansiedade que parece ser desencadeada pelas obsessões, não a ansiedade generalizada ou a ansiedade associada a outras condições). � 0 = Nenhuma � 1 = Não atrapalha muito � 2 = Incomoda, mas ainda é controlável � 3 = Muito incômoda � 4 = Angústia constante e incapacitante

Uso do entrevistador

__________ ESCORE OBSESSÒES

(parcial)

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As questões seguintes são sobre COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS. As compulsões são impulsos que as pessoas têm que fazer para diminuir sentimentos de ansiedade ou outro desconforto. Freqüentemente, elas têm comportamentos intencionais repetitivos, propostos, chamados rituais. O comportamento em si pode parecer apropriado, mas se torna um ritual quando feito em excesso. Lavar, conferir, repetir, organizar, acumular coisas e outros comportamentos podem ser rituais. Alguns rituais são mentais. Por exemplo, pensar ou dizer coisas várias vezes em voz baixa.

6. TEMPO GASTO COM COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS P.: Quanto tempo você gasta com comportamentos compulsivos? Quanto tempo você leva a mais do que a maioria das pessoas para realizar atividades rotineiras por causa de seus rituais? Com que frequência você faz rituais? � 0 = Nenhum � 1 = Leve: menos de 1 hora/dia ou ocorrência ocasional de

comportamentos compulsivos � 2 = Moderado: passa 1 a 3 horas/dia realizando as

compulsões (ou execução frequente de comportamentos compulsivos)

� 3 = Grave: mais de 3 horas/dia até 8 horas/dia ou execução muito frequente de comportamentos compulsivos

� 4 = Muito grave: passa mais de 8 horas/dia realizando compulsões (ou execução quase constante de comportamentos compulsivos - muito numerosos para contar)

9. RESISTÊNCIA às COMPULSÕES P.: Até que ponto você se esforça para resistir às suas compulsões? � 0 = Faz sempre esforço para resistir ou sintomas

tão mínimos que não necessitam de resistência ativa

� 1 = Tenta resistir na maior parte das vezes � 2 = Faz algum esforço para resistir � 3 = Cede a todas as compulsões sem tentar

controlá-las, ainda que faça isso com alguma relutância

� 4 = Cede completamente a todas as compulsões de modo voluntário

7. INTERFERÊNCIA provocada pelos COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS Até que ponto suas compulsões interferem em sua vida social ou

profissional? Existe alguma atividade que você deixa de fazer por causa das compulsões? (se atualmente não estiver trabalhando, avalie até que ponto o desempenho seria afetado se o paciente estivesse empregado)

� 0 = Nenhuma � 1 = Alguma: leve interferência com atividades sociais ou

ocupacionais, mas o desempenho global não está deteriorado

� 2 = Moderada: clara interferência no desempenho social ou ocupacional, mas conseguindo ainda desempenhar

� 3 = Grave: provoca prejuízo considerável no desempenho social ou ocupacional

� 4 = Muito grave: incapacitante

10. GRAU DE CONTROLE SOBRE O COMPORTAMENTO COMPULSIVO

P.: Com que força você se sente obrigado a executar os comportamentos compulsivos? Até que ponto consegue controlar as suas compulsões? � 0 = Controle total � 1 = Bom controle: sente-se pressionado a realizar

as compulsões mas tem algum controle voluntário

� 2 = Controle moderado: sente-se fortemente pressionado a realizar as compulsões e somente consegue controlá-las com dificuldade

� 3 = Controle leve: pressão muito forte para executar as compulsões; o comportamento compulsivo tem que ser executado até o fim e somente com dificuldade consegue retardar a execução dessas compulsões

� 4 = Nenhum controle: a pressão para realizar as compulsões é experimentada como completamente dominadora e involuntária; raramente capaz de, mesmo que seja momentaneamente, de retardar a execução das compulsões

8. SOFRIMENTO relacionado aos COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS P.: Como você sentiria se fosse impedido de realizar sua(s) compulsão(ões)? Quão ansioso você ficaria? � 0 = Nenhum � 1 = Leve: ligeiramente ansioso se as compulsões forem

interrompidas, ou ligeiramente ansioso durante a sua execução

� 2 = Moderado: A ansiedade sobe a um nível controlável se as compulsões forem interrompidas, ou a ansiedade sobe a um nível controlável durante a sua execução

� 3 = Intenso: aumento proeminente e muito perturbador da ansiedade se as compulsões forem interrompidas, ou aumento de ansiedade proeminente e muito perturbador durante sua execução

� 4 = Muito intenso: ansiedade incapacitante a partir de qualquer intervenção com o objetivo de modificar as compulsões, ou ansiedade incapacitante Durante a execução das compulsões

Uso do entrevistador

__________ ESCORE COMPULSÕES

ESCORE TOTAL: ___________ (OBSESSÕES +COMPULSÕES)

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ANEXO B Escala Dimensional de Avaliação da Gravidade de Sintomas Obsessivo-Compulsivo

(DYBOCS) Parte I: Lista de Sintomas Obsessivo-Compulsivos NOTA: Este questionário refere-se aos sintomas obsessivo-compulsivos.

Pedimos para que você complete todo o questionário.

Quando estiver completando o questionário, considere as seguintes definições: Obsessões são pensamentos, medos ou imagens intrusivos e repetitivos. Exemplos incluem o pensamento recorrente de dúvida sobre se a luz foi acesa ou a porta foi trancada. Outros exemplos incluem preocupações sobre germes e doenças. Estes pensamentos ou imagens persistem mesmo que a pessoa tente ignorá-los ou suprimi-los. Compulsões são atos repetitivos, comportamentos ou rituais mentais que a pessoa sente que “tem que” realizar. Por exemplo, verificar repetitivamente se a porta está fechada ou se aparelhos elétricos estão desligados. Outros exemplos incluem lavagem repetitiva de mãos ou a necessidade de colocar as coisas em uma determinada ordem.

Nota: Freqüentemente o conteúdo de pensamentos obsessivos e imagens envolvem “agressão” a si mesmo ou outros, especialmente familiares. Neste questionário gostaríamos que você considerasse cuidadosamente a natureza específica da agressão. Por exemplo, na primeira sessão você será perguntado sobre agressão especificamente relacionada a acidentes, violência, outras formas de comportamento agressivo e desastres naturais ou catástrofes. Na segunda dimensão, você será perguntado sobre preocupações obsessivas relacionadas a agressão secundária a pensamentos ou ações sobre sexo ou religião. Mais adiante, pediremos para concentrar-se em preocupações obsessivas relacionadas a contaminação com sujeira ou germes. Por favor, seja cuidadoso (a) para assinalar apenas os itens que melhor representam suas obsessões lendo os exemplos que são fornecidos em cada questão.

Marque uma vez aem uma ou mais células em cada linha apropriada (“passado” significa que o sintoma esteve presente no passado, mas não durante a última semana). Se um sintoma tiver estado presente (atual ou passado), indique a idade de início. Para crianças, os pais devem completar este instrumento com a ajuda de seu filho.

Dimensão I - Obsessões de Contaminação e Compulsões de Limpeza

A. Lista de Sintomas Nunca Passado Atual

(Última Semana)

Idade de

Início Preocupações com Contaminação e Compulsões de Limpeza

1. Tenho obsessões com sujeira ou micróbios. Por exemplo, medo de pegar germes sentando em determinadas cadeiras, cumprimentando alguém, tocando em maçanetas.

2. Tenho preocupação excessiva com, ou nojo de excrementos ou secreções do corpo (ex.: urina, fezes, saliva, vômito). Por exemplo, medo de entrar em contato com vômito, urina, fezes, sêmen, secreção vagina, suor (de si próprio ou de outra pessoa).

Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Preocupações com Contaminação e Compulsões de Limpeza

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3. Tenho preocupação excessiva com contaminações provenientes do ambiente (ex.: resíduos tóxicos, radiações). Por exemplo, medo de ser contaminado por asbestos ou radônio; medo de substâncias radioativas (por exemplo, o césio 137); medo de coisas associadas com cidades contendo lixo atômico. Medo de ser contaminado por poluição.

4. Tenho obsessões com insetos ou animais. Por exemplo, medo de ser contaminado por moscas ou ao entrar em contato com cachorros, gatos ou outros animais.

5. Fico incomodado com substâncias viscosas ou resíduos. Por exemplo, nojo de fitas adesivas, cola ou substâncias pegajosa que possam conter ou não contaminantes.

6. Fico preocupado em pegar doenças por contaminação. Por exemplo, medo de ficar doente como um resultado direto de ser contaminado. Isto pode incluir medo de contrair doenças específicas como AIDS ou câncer, especificamente por causa de contaminação.

7. Tenho lavagem excessiva ou ritualizada das mãos. Por exemplo, necessidade de lavar repetidamente as mãos por causa de preocupações com sujeira ou germes ou porque você não sente que suas mãos estão limpas o suficiente. Freqüentemente, se esta seqüência de lavagem de mãos é interrompida, todo o processo tem que ser reiniciado. O ritual pode envolver a necessidade de lavar as mãos um certo número de vezes ou ter que lavá-las de uma maneira específica.

8. Tomo duchas, banhos, escovação dos dentes ou rotinas diárias de higiene pessoal compulsivas ou excessivas. Por exemplo, as atividades de higiene no banheiro podem precisar ser realizadas de acordo com uma ordem específica. Você pode precisar de uma quantidade excessiva de papel higiênico. Freqüentemente, caso a rotina de lavagem ou limpeza seja interrompida, é preciso começar tudo de novo.

9. Tenho preocupação excessiva ou nojo de itens na casa ou objetos inanimados. Por exemplo, preocupação ou medo de ser contaminado (a) por torneiras, vasos sanitários, pisos, utensílios de cozinha, produtos de limpeza e solventes. Além disso, sentir nojo da ideia de entrar em contato com qualquer um destes itens.

10. Tenho compulsões que envolvem limpeza excessiva de móveis da casa ou de objetos inanimados. Por exemplo, limpeza excessiva de brinquedos, roupas, material escolar, torneiras, cozinha, banheiros, chão e utensílios domésticos.

11. Tenho rituais mentais além de verificação. Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “na sua cabeça”. Por favor, marque este item somente se estes rituais estiverem especificamente relacionados com preocupações com contaminação.

Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Preocupações com Contaminação e Compulsões de Limpeza

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12. Tomo medidas para prevenir ou evitar/remover o contato com substâncias que podem causar contaminação. Evito fazer certas coisas ou ir a certos lugares por causa das preocupações com contaminação. Por exemplo, pedir para membros da família que removam inseticidas, lixo, latas de gasolina, carne crua, tintas, verniz, medicamentos do armário de remédios, ou limpem a sujeira dos animais domésticos se você não pode evitar estas coisas. Pedir para os familiares abrirem portas, ou usar luvas ou lenços de papel ou toalhas de mão para evitar o contato direto com certas coisas. Não utilizar banheiros públicos, não usar toalhas de hotéis ou não apertar as mãos de outras pessoas (cumprimento).

B. Avaliação de gravidade das Obsessões de Contaminação e Compulsões de Limpeza Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 1 ao número 12 na lista de sintomas. Você marcou algum destes itens (1 a 12)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou "Não", passe para a próxima sessão (Dimensão II), em “Obsessões e Compulsões de Colecionismo”. Se você circulou “Sim”, qual destes sintomas mais lhe incomodou durante a última semana? _________ (Escreva o número do item) Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões relacionadas sobre contaminação e compulsões de limpeza (itens 1 a 12) enquanto responde as próximas questões.

1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

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2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) dessa dimensão (obsessões de contaminação e compulsões de limpeza). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso. 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, por favor inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais, mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Dimensão II - Obsessões e Compulsões de Colecionismo

A. Lista de Sintomas

Nunca

Passado Atual

(Última Semana)

Idade de

Início Colecionismo

13. Tenho obsessões sobre a necessidade de colecionar e guardar coisas para o futuro. Por exemplo, medo de jogar coisas fora (papéis, documentos, recibos, etc.) pela possibilidade de precisar delas no futuro.

14. Tenho obsessões sobre jogar coisas fora. Por exemplo, manter muitas coisas guardadas por seus valores sentimentais, ou por causa de uma necessidade incontrolável de colecionar as coisas.

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Nunca

Passado Atual

(Última Semana)

Idade de

Início Colecionismo

15. Tenho obsessões sobre perder coisas. Por exemplo, preocupações sobre perder um objeto insignificante ou sem importância como um pedaço de papel.

16. Tenho dificuldade em decidir quando guardar ou não algo. Por exemplo, pego objetos sem nenhuma razão em especial e guardo-os porque não consigo decidir se devo ou não jogá-los fora.

17. Tenho compulsões de guardar ou colecionar objetos. Por exemplo, ter quartos cheios de jornais velhos, anotações, latas, toalhas de papel, embalagens e garrafas vazias. Não conseguir jogar estas coisas fora por medo de que possa precisar delas algum dia. Você também pode pegar objetos da rua ou de lixeiras.

18. Tenho rituais mentais referentes a guardar ou colecionar objetos. Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “em sua cabeça” como pensar um bom pensamento após um “mau” pensamento ou necessidade de manter listas que tem de ser relembradas em uma determinada ordem. Por favor, marque este item somente se estes rituais estiverem especificamente relacionados com obsessões de colecionismo.

19. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir compulsões de colecionismo. Por exemplo, não passar por certas lojas ou supermercados, ou não ler o jornal. Pedir a outra pessoa para limpar seu armário e/ou jogar suas coisas fora.

B. Avaliação de gravidade de Sintomas de Colecionismo

Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 13 ao número 19 na lista de sintomas.

Você marcou algum destes itens (13 a 19)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou "Não", passe para a próxima sessão (Dimensão III), em “Obsessões e Compulsões de Simetria, Ordem, Contagem e Arranjo”. Se você circulou “Sim”, qual destes sintomas mais lhe incomodou durante a última

semana? _________ (Escreva o número do item)

Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões relacionadas a colecionismo (itens 13 a 19) enquanto responde as próximas questões.

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1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) dessa dimensão (obsessões e compulsões de colecionismo). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso. 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais

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ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Dimensão III - Obsessões e Compulsões de Simetria, Ordem, Contagem e

Arranjo

A. Lista de Sintomas

Nunca Passado Atual

(Última semana)

Idade de

Início Ordem, Simetria, Contagem, Fazer e Refazer e Necessidade de que as coisas “estejam legais”

20. Tenho obsessões sobre a necessidade das coisas estarem perfeitas ou exatas. Por exemplo, preocupação ou sentimentos desconfortáveis sobre o alinhamento correto de papéis e livros, preocupação com a realização de cálculos, com a necessidade de fazê-los corretamente ou necessidade de escrever de forma perfeita.

21. Tenho obsessões sobre simetria. Por exemplo, estar extremamente preocupado se certas sensações, pensamentos ou coisas não estão simétricas.

22. Verifico se não cometi erros. Por exemplo, verificação repetida enquanto lê, escreve ou faz simples cálculos para certificar-se que não cometeu um erro. Isto pode envolver fazer listas de coisas para fazer, assim como checá-las obsessivamente.

23. Releio ou reescrevo. Por exemplo, levar horas para ler poucas páginas de um livro ou para escrever uma pequena carta porque você fica lendo e relendo. Isto pode também envolver a procura por uma palavra ou frase “perfeita”, ou preocupar-se por não ter realmente entendido o significado do que você leu, ou ficar preocupado com o formato de algumas letras.

24. Tenho necessidade de repetir atividades rotineiras. Por exemplo, entrar/sair de casa várias vezes; sentar/ levantar várias vezes de uma cadeira. Repetir atividades rotineiras como ligar e desligar aparelhos, colocar e tirar um objeto da mesa, pentear o cabelo ou olhar para determinado local. Você pode não se sentir bem até fazer essas coisas um determinado número de vezes ou até que uma certa sensação de simetria seja alcançada. Tente distinguir esse item da repetição realizada como atividades secundárias a um pensamento de conteúdo agressivo, sexual ou religioso, ou de contaminação ou de colecionismo.

25. Tenho compulsões de contagem. Por exemplo, contar coisas como azulejos no teto ou no chão, brinquedos, janelas, telhas, pregos na parede, livros em uma estante ou até mesmo grãos de areia na praia.

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26. Tenho rituais de ordenação e arranjo. Por exemplo, endireitar papéis ou canetas sobre a mesa ou livros na estante. Você pode gastar horas arrumando as coisas na sua casa numa determinada “ordem” ficando muito chateado se esta “ordem” é alterada.

Nunca Passado Atual (Última

semana)

Idade de

Início Ordem, Simetria, Contagem, Fazer e Refazer e Necessidade de que as coisas “estejam legais”

27. Tenho compulsões que envolvem tocar simetricamente ou realizar ações ou movimentos simétricos. Por exemplo, após tocar ou fazer algo no lado direito, precisar tocar ou fazer a mesma coisa no lado esquerdo.

28. Tenho necessidade de tocar, esfregar ou dar pancadinhas. Por exemplo, sentir o impulso de tocar superfícies ásperas como madeira ou superfícies quentes, como o fogão. Sentir o impulso de tocar outras pessoas, ou de tocar um objeto. Necessidade de esfregar ou pegar algo como o telefone para evitar que alguém da família adoeça.

29. Tenho medo de não dizer exatamente o correto. Por exemplo, medo de ter dito coisas erradas, preocupação de não encontrar a palavra ou frase perfeita antes de dizer algo ou responder a alguém.

30. Tenho rituais mentais alem de verificação ou balanceamento. Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “em sua cabeça”. Por favor, marque este item somente se estes rituais mentais estiverem especificamente relacionados a obsessões de simetria, exatidão ou percepções de “estar legal”.

31. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir a ocorrência de obsessões e compulsões sobre simetria ou exatidão. Por exemplo, não olhar para certas coisas na casa porque elas certamente irão desencadear obsessões ou compulsões de ordenação/arranjo ou exatidão.

B. Avaliação de gravidade das Obsessões e Compulsões de Simetria, Ordem, Contagem e Arranjo

Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 20 ao número 31 na lista de sintomas.

Você marcou algum destes itens (20 a 31)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou "Não", passe para a próxima sessão (Dimensão IV), em

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“Obsessões sobre Agressão, Violência, Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas . Se você circulou “Sim”, qual destes sintomas mais lhe incomodou durante a última semana? _________ (Escreva o número do item) Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões relacionadas à simetria, ordem, contagem e arranjo (itens 20 a 31) enquanto responde as próximas questões. 1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) dessa dimensão (simetria, ordem, contagem e arranjo). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance

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ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais, de um modo geral a performance é afetada em algum grau

ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e sociais mas ainda tolerável

ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades sociais e ocupacionais

ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Dimensão IV - Obsessões Sobre Agressão, Violência, Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas

A. Lista de Sintomas

Nunca Passado Atual

(Última Semana)

Idade De

Início Obsessões Sobre Agressão, Violência, Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas

32. Tenho obsessões de que eu posso me ferir. Por exemplo, medo de ferir a si mesmo com uma faca ou garfo, medo de segurar ou estar perto de objetos pontiagudos, medo de se jogar na frente de um carro ou medo de andar perto de janelas de vidro.

33. Tenho obsessões de que eu vou ser ferido. Por exemplo, medo de ser ferido por não estar sendo suficientemente cuidadoso. Medo de que pessoas ou determinados objetos venham a me ferir.

34. Verifico se não me feri ou se não fui ferido. Por exemplo, procurando por feridas ou sangramentos depois de segurar objetos pontiagudos ou quebráveis, ou checando com médicos ou outros para me reassegurar de que não feri a mim mesmo.

35. Tenho obsessões de que posso ferir outras pessoas. Por exemplo, medo de envenenar a comida de outras pessoas, medo de ferir bebês, medo de empurrar alguém para frente de um carro ou de um trem.

36. Tenho obsessões de que vou ferir outras pessoas sem querer. Preocupações de estar evolvido em um acidente de carro, medo de ser responsável por não dar assistência em uma catástrofe imaginada, medo de ferir os sentimentos de alguém, medo de causar ferimentos por dar conselhos/informações errados.

37. Tenho obsessões de que posso ser responsável por algo terrível que aconteça. Por exemplo, medo de começar um incêndio ou ser responsável por um assassinato ou assalto.

38. Verifico se não feri outros ou se outros não foram feridos. Por exemplo, verificar se não feriu alguém sem saber. Você pode perguntar aos outros para reassegurar-se, ou telefonar para certificar-se de que tudo está bem.

39. Tenho imagens violentas ou horrendas na cabeça. Por exemplo, imagens de assassinatos ou acidentes ou outras imagens violentas como corpos desmembrados.

40. Tenho obsessões de que posso dizer obscenidades ou insultos. Por exemplo, medo de falar coisas obscenas em um lugar quieto com muitas pessoas em volta – como uma igreja ou sala de aula. Medo de escrever coisas obscenas.

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41. Tenho obsessões que envolvem fazer algo que cause embaraço. Por exemplo, medo de tirar as roupas em público ou parecer tolo em situações sociais.

42. Tenho obsessões sobre executar impulsos involuntariamente. Por exemplo, apunhalar um amigo, atropelar alguém, bater o carro em uma árvore etc.

Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade De

Início Obsessões Sobre Agressão, Violência, Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas

43. Verifico se algo terrível acontecerá ou aconteceu. Por exemplo, procurar nos jornais e noticiários no rádio ou televisão se aconteceu alguma catástrofe que você acredita que possa ter ocasionado. Pedir para outros lhe reassegurarem.

44. Verifico ou tomo outras medidas (diferentes de verificações) de modo a prevenir ferir-me, ferir outros, ou evitar outras conseqüências terríveis. Por exemplo, ficar longe de objetos pontiagudos ou quebráveis. Evitar manusear facas, tesouras, vidro.

45. Preciso repetir atividades rotineiras para prevenir conseqüências terríveis. Por exemplo, necessidade de realizar a mesma ação repetidas vezes depois de ter tido um “mau” pensamento sobre agressão/ferimentos, com o objetivo de prevenir terríveis conseqüências. Por favor, marque este item somente se a repetição for realizada em resposta aos pensamentos relacionados à violência, comportamentos agressivos ou desastres naturais.

46. Tenho rituais mentais além de verificação. Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “em sua cabeça”, como pensar em um “bom” pensamento para anular um “mau” pensamento ou necessidade de manter listas mentais que você tem que relembrar em uma certa ordem. Por favor, marque este item somente se estes rituais mentais forem especificamente relacionados ou feitos para aliviar obsessões sobre violência, comportamentos agressivos ou desastres naturais.

B. Avaliação de gravidade das Obsessões Sobre Agressão, Violência, Desastres Naturais e Compulsões Relacionadas

Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 32 ao número 46 na lista de sintomas.

Você marcou algum destes itens (32 a 46)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou "Não”, passe para a próxima sessão (Dimensão V) em “Obsessões Sexuais e Religiosas”.

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Se “Sim”, quais destes sintomas incomodaram-lhe durante a última semana? ______________

(Escreva o número do item) Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões relacionadas sobre agressão, violência e desastres naturais (itens 32 a 46) enquanto responde as próximas questões. 1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) dessa dimensão (agressão, violência e desastres naturais). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso. 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

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de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais, mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Dimensão V - Obsessões Sexuais e Religiosas e Compulsões Relacionadas

A. Lista de Sintomas Nunca

Passado Atual

(Última Semana)

Idade de

Início Obsessões Sexuais e Religiosas e Compulsões Relacionadas

47. Tenho pensamentos, imagens ou impulsos impróprios ou proibidos. Por exemplo, pensamentos sexuais involuntários sobre estranhos, familiares ou amigos.

48. Tenho obsessões sexuais cujo conteúdo envolve crianças ou incesto. Por exemplo, pensamentos indesejáveis sobre molestar crianças sexualmente, inclusive os próprios filhos.

49. Tenho obsessões sobre homossexualidade. Por exemplo, medo de ser homossexual ou medo de, subitamente, transformar-se em “gay”, quando não existem razões para estes pensamentos.

50. Tenho obsessões sobre conduta sexual agressiva em relação aos outros. Por exemplo, imagens indesejáveis de comportamento sexual violento com adultos estranhos, amigos ou familiares.

51. Verifico para me certificar de que não fiz nada de errado de natureza sexual. Por exemplo, checando meus órgãos genitais, a cama ou roupas para ver se há alguma evidência de ter feito algo errado. Pergunto para me reassegurar de que nada ruim de natureza sexual aconteceu.

52. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir a ocorrência de obsessões e compulsões sexuais. Por exemplo, não vou a uma seção de revistas em uma livraria por causa de algumas fotos ou títulos.

53. Tenho obsessões com sacrilégios ou blasfêmias. Por exemplo, medo de ter pensamentos blasfemos, dizer sacrilégios, ser punido por estas coisas.

54. Tenho obsessões com o que é o certo/errado e a moralidade. Por exemplo, preocupações sobre estar sempre fazendo coisas de uma maneira moralmente correta ou preocupações sobre ter dito uma mentira ou ter trapaceado alguém.

55. Tenho medo/preocupação de dizer certas coisas. Por exemplo, medo de dizer algo terrível ou impróprio que possa ser considerado desrespeitoso para alguém vivo ou morto. Algumas pessoas têm medo excessivo de dar conselhos errados.

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56. Verifico para me certificar que não fiz nada errado de natureza religiosa. Por exemplo, verifico a Bíblia ou outros objetos. Pergunto ao padre, rabino, pastor ou outras pessoas para me reassegurar de que nada aconteceu.

Nunca

Passado Atual

(Última Semana)

Idade de

Início Obsessões Sexuais e Religiosas e Compulsões Relacionadas

57. Tenho compulsões que envolvem obrigações religiosas ou objetos religiosos. Por exemplo, limpeza ou checagem excessiva de objetos religiosos. Rezar durante várias horas ou procurar por reasseguramentos em líderes religiosos com mais frequência do que a necessária.

58. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir a ocorrência de obsessões e compulsões sobre religião ou moral. Por exemplo, não ir a igreja ou não assistir certos programas de TV porque podem provocar pensamentos de estar sendo possuído pelo diabo ou por alguma influência do diabo.

59. Preciso repetir atividades rotineiras para prevenir conseqüências terríveis. Por exemplo, necessidade de realizar a mesma ação repetidas vezes depois te ter um “mau”, pensamento obsessivo sexual ou religioso com o objetivo de prevenir conseqüências terríveis. Por favor, não marque este sintoma a menos que a repetição seja em resposta a estes pensamentos sexuais, religiosos ou de moralidade.

60. Preciso dizer, perguntar ou confessar coisas. Por exemplo, perguntar para outras pessoas sobre possíveis coisas erradas que tenha feito, confessar algo errado que não tenha acontecido ou contar às pessoas seus pensamentos íntimos para sentir-se melhor.

61. Tenho rituais mentais (diferentes de verificação). Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “em sua cabeça”, como pensar um “bom” pensamento após um “mau” pensamento ou necessidade de manter listas mentalmente que tenha que relembrar em uma certa ordem. Por favor, marque este item somente se estes rituais mentais forem especificamente relacionados ou feitos com o objetivo de aliviar obsessões sexuais ou religiosas.

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B. Avaliação de gravidade das Obsessões Sexuais e/ou Religiosas e Compulsões Relacionadas Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 47 ao número 61 na lista de sintomas. Você marcou algum destes itens (47 a 61)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou "Não", passe para a próxima sessão (Dimensão VI), em “Obsessões e Compulsões Diversas”. Se você circulou “Sim”, qual destes sintomas mais lhe incomodou durante a última semana? _________ (Escreva o número do item)

Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões relacionadas a conteúdo sexual e/ou religioso (itens 47 a 61) enquanto responde as próximas questões. 1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) dessa dimensão (obsessões e compulsões de conteúdo sexual e/ou religioso). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso

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3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, por favor inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais, mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Dimensão VI – Obsessões e Compulsões Diversas

A. Lista de Sintomas

Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Obsessões e Compulsões Diversas

62. Tenho preocupações com doença ou enfermidade. Por exemplo, medo de ter doenças como câncer, cardiopatias, AIDS, apesar dos médicos terem descartado a possibilidade. Separar essas preocupações das preocupações associadas ao medo de contaminação.

63. Tenho rituais de verificação relacionados com obsessões sobre doenças. Por exemplo, procurar reassegurar-se com amigos ou médicos de que não tem uma séria doença como cardiopatias ou um tumor no cérebro ou alguma outra forma de câncer. Checar repetidamente partes do corpo ou tomar o pulso compulsivamente, assim como sua pressão sangüínea ou temperatura.

64. Tenho rituais mentais além de verificação. Por exemplo, rituais mentais são compulsões que você faz “em sua cabeça”. Por favor, marque este item somente se estes rituais mentais estiverem especificamente relacionados às obsessões sobre doenças.

65. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir a ocorrência de obsessões e compulsões sobres doenças. Por exemplo, não passar dirigindo por um hospital porque isto provoca pensamentos sobre doenças.

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Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Obsessões e Compulsões Diversas

66. Tenho necessidade de saber ou recordar certas coisas. Por exemplo, precisar lembrar coisas insignificantes como números de placas de carros, adesivos, “slogans” de camisetas.

67. Tenho medos supersticiosos. Por exemplo, medo de passar por um cemitério, por um carro funerário, por um gato preto, passar debaixo de uma escada, quebrar um espelho ou medo de profecias associadas com a morte.

68. Tenho comportamentos supersticiosos. Por exemplo, não pegar um ônibus ou trem se seu número for um número de azar como o treze. Ser relutante em sair de casa no dia treze do mês. Você pode jogar fora roupas que usou quando passou por uma casa funerária ou por um cemitério.

69. Tenho números de sorte e de azar. Por exemplo, preocupações com certos números como o treze, ter que realizar atividades um determinado número mágico de vezes, ou ter que iniciar uma atividade somente em uma hora de sorte do dia. Outro exemplo é evitar números que poderiam trazer azar.

70. Tenho obsessões e/ou compulsões sobre cores com significado especial. Por exemplo, preto pode ser associado com morte, vermelho pode ser associado com sangue ou ferimentos. Você pode evitar o uso de objetos desta cor.

71. Ouço sons, nomes, palavras ou músicas intrusivas e sem sentido invadem a minha mente. Por exemplo, escutar palavras, canções ou músicas que vem à mente e não consegue pará-las. Ficar preso ao som de certas palavras ou músicas.

72. Imagens intrusivas (não violentas) que vêem a minha mente. Por exemplo, ter imagens com cenas neutras. Fica vidrado, fixado em detalhes visuais de certas figuras.

73. Evito certas ações, pessoas, lugares ou coisas para prevenir qualquer uma destas obsessões e compulsões diversas. Por exemplo, não passar por locais com muito barulho ou não escrever certos números.

74. Fico paralisado realizando comportamentos repetitivos e isso lentifica as minhas ações. Por exemplo, tomar banho, vestir-se ou ir para casa são atividades que tomam horas do dia. Outros podem ficar paralisados comendo ou falando, e estas atividades tomam muito mais tempo do que o necessário.

75. Faço listas mais do que preciso. Fazer muitas listas de coisas ou atividades.

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Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Obsessões e Compulsões Diversas

76. Tenho obsessões sobre a possibilidade de ser separado de um familiar próximo. Por exemplo, preocupação de que algo terrível pode acontecer a um de seus pais, ou criança, ou namorado (a) e que em decorrência disto você nunca mais poderá vê-los novamente.

77. Tenho compulsões ou rituais realizados para prevenir a perda de alguém (ou ser separado de alguém) muito querido. Por exemplo, seguir essa pessoa especial de aposento em aposento, ou telefonar diversas vezes; ter que rezar ou realizar rituais específicos para evitar que coisas más aconteçam a alguém.

78. Tenho obsessões de que posso me tornar uma pessoa em particular. Por exemplo, ter um pensamento de que você pode se tornar uma pessoa em particular ou vir a ser outra pessoa; medo de que uma parte de seu corpo não pertença a você.

79. Tenho compulsões para me livrar de pensamentos sobre me tornar uma outra pessoa. Por exemplo, empurrar os pensamentos para longe ou realizar algum ritual para se livrar destes pensamentos.

80. Tenho rituais de olhar fixamente ou piscar. Por exemplo, necessidade de olhar algo até que seus contornos pareçam “estarem legais”; ou “ter que” olhar para as coisas de uma determinada maneira por um determinado tempo.

81. Tenho necessidade de repetir algo que eu ou outra pessoa tenha dito. Pode ser uma determinada palavra que você não consegue tirar da cabeça ou pode ser o final de uma frase que você acabou de dizer ou ouviu alguém dizer.

82. Tenho preocupação excessiva com certas partes do corpo ou com a aparência física. Por exemplo, preocupação com a aparência, segurança ou funcionamento do rosto, orelhas, nariz, olhos ou alguma outra parte do corpo. Preocupação de que uma parte do corpo seja muito feia ou deformada, apesar dos outros afirmarem o contrário.

83. Verifico coisas relacionadas a obsessões sobre aparência. Por exemplo, procuro reasseguramento sobre a aparência com amigos. Verificar repetidamente se há odores em seu corpo ou verificar a aparência (rosto ou outros pontos do corpo) procurando por aspectos feios. Necessidade de se arrumar continuamente ou comparar alguns aspectos de seu corpo com os do corpo de outra pessoa; você pode ter que vestir certas roupas em determinados dias. Ser obcecado com o peso.

84. Tenho obsessões sobre comida. Por exemplo, preocupação excessiva com receitas, calorias e/ou dietas.

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Nunca Passado Atual (Última

Semana)

Idade de

Início Obsessões e Compulsões Diversas

85. Tenho obsessões e/ou compulsões sobre exercícios físicos. Por exemplo, obsessões com a necessidade de fazer exercícios para queimar calorias. As compulsões relacionadas incluem exercícios que devem seguir certas regras ou ter uma determinada duração.

86. Tenho rituais de alimentação. Por exemplo, ter que arranjar/arrumar a comida, faca e garfo em uma determinada ordem antes de comer. “Ter que” comer de acordo com um ritual rígido, ou ter que esperar para comer até que os ponteiros de um relógio estejam marcando uma determinada hora.

87. Arranco cabelo (Tricotilomania). Por exemplo, puxar os cabelos do couro cabeludo, os cílios, a sobrancelha ou os pelos púbicos. Pode usar os dedos ou pinças para puxar os pelos. Freqüentemente esse comportamento envolve procurar pelo “cabelo certo”, remover o folículo ou morder o cabelo. Causar clareiras (falhas na cabeça) que exijam o uso de uma peruca ou arrancar os cílios e sobrancelhas completamente.

88. Cutuco a pele ou outros comportamentos de automutilação (obsessões e compulsões). Por exemplo, cutucar a pele em volta das unhas ou próxima a machucados. Machucar a si mesmo ou piorar os machucados.

B. Avaliação de gravidade das Obsessões e Compulsões Diversas

Primeiro verifique se você marcou qualquer um dos itens do número 62 ao número 88 na lista de sintomas.

Você marcou algum destes itens (62 a 88)? Sim Não (Circule um)

Se você circulou “Sim”, qual destes sintomas mais lhe incomodou durante a última semana? _________ (Escreva o número do item) Agora tente pensar somente nestas obsessões e compulsões diversas (itens 62 a 88) enquanto responde as próximas questões. 1. Quanto de seu tempo é ocupado por estas obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação.

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Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

2. Quanto incômodo (ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão) estas obsessões e compulsões relacionadas causam? Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere somente incômodo ou desconforto que pareça relacionado aos sintomas dessa dimensão (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação). Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e muito intenso. 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa dessas obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais, mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Gravidade Global dos Sintomas Obsessivo-Compulsivos –

Sintomas Híbridos (envolve mais de uma dimensão)

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(quem preenche essa parte é o entrevistador)

Indique o seu melhor julgamento sobre as dimensões de sintomas presentes. Reveja com o paciente o quanto as obsessões e compulsões se encaixam nas determinadas dimensões, sendo: 2 = presença evidente e os sintomas são entendidos como parte de uma dimensão; 1 = sintomas presentes mas existe uma incerteza importante de que tais sintomas possam ser entendidos em termos da dimensão avaliada; 0 = os sintomas da dimensão dada foram ausentes ou “provavelmente ausentes” durante a última semana.

_____ Obsessões de Contaminação e Compulsão de Limpeza

_____ Colecionismo

_____ Obsessões e Compulsões de Simetria, Ordem, Contagem e Arranjo

_____ Obsessões de Agressão e Compulsão Relacionadas

_____ Obsessões Sexuais e Religiosas e Compulsões Relacionadas

_____ Obsessões e Compulsões Diversas

Classifique as dimensões de sintomas na ordem de maior para menor gravidade na última semana. 1 = mais grave, 2 = próxima mais grave, e assim por diante. Por favor, marque cada dimensão. Se os sintomas estiveram ausentes durante a última semana, marque um “0” no devido espaço.

_____ Obsessões de Contaminação e Compulsão de Limpeza

_____ Colecionismo

_____ Obsessões e Compulsões de Simetria, Ordem, Contagem e Aarranjo

_____ Obsessões de Agressão e Compulsões Relacionadas

_____ Obsessões Sexuais e Religiosas e Compulsões Relacionadas

____ Obsessões e Compulsões Diversas

Liste os sintomas mais notáveis do paciente:

1.__________________________________________________________________

2.__________________________________________________________________

3.__________________________________________________________________

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Qual a pior coisa que o paciente pensa que aconteceria se não respondesse aos seus pensamentos obsessivos ou necessidades de realizar suas

compulsões ou rituais? Por favor, descreva:

Quão certo está o paciente de que esta temida conseqüência é real ou ocorrerá de fato? ο 0 = Está certo de que a conseqüência temida não acontecerá ο 1 = Mais certo de que a conseqüência temida não acontecerá ο 2 = Incerto se a conseqüência temida acontecerá ou não ο 3 = Mais certo de que a conseqüência temida acontecerá ο 4 = Certo de que a conseqüência temida acontecerá Por favor, reveja todos os sintomas obsessivo-compulsivos considerados como ocorridos na última semana (excluindo "outros" sintomas considerados não autênticos do Transtorno obsessivo-compulsivo), faça uma avaliação global da gravidade para a última semana utilizando a escala ordinal a seguir, e complete o quadro de índices.

Gravidade Global das Obsessões e Compulsões

1. Quanto de seu tempo é ocupado por obsessões e compulsões? Ou quão frequentemente estes pensamentos e compulsões ocorrem? Certifique-se de que incluiu o tempo gasto com comportamentos de evitação. Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum ο ο 1 = Raramente, presente durante a última semana, não diariamente,

tipicamente menos do que 3 horas por semana. ο ο 2 = Ocasionalmente, mais do que 3 horas/semana, mas menos do

que 1 hora/dia - intrusão ocasional, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (ocorre não mais do que 5 vezes por dia)

ο ο 3 = Freqüentemente, 1 a 3 horas/dia – frequente intrusão, necessidade de realizar compulsões, ou comportamentos de evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia, mas muitas horas do dia são livres destas obsessões, compulsões ou comportamentos de evitação).

ο ο 4 = Quase sempre, mais do que 3 e menos do que 8 horas/dia – Intrusão muito frequente, necessidade de realizar compulsões ou evitação (ocorre mais do que 8 vezes por dia e ocorre durante a maior parte do dia)

ο ο 5 = Sempre, mais do que 8 horas/dia – Intrusão quase constante de obsessões, necessidade de realizar compulsões, ou evitação (muitos sintomas para serem contados e raramente uma hora se passa sem varias obsessões, compulsões e/ou evitação)

A. Quanto incômodo as obsessões e compulsões relacionadas causam? Na maior parte dos

casos, o incômodo é caracterizado por ansiedade, culpa, um grande sentimento de medo ou um sentimento de exaustão. Pode ser útil perguntar: quanto incômodo você sentiria se fosse impedido de realizar suas compulsões? Quanto incômodo você sente por ter que repetir suas compulsões várias vezes? Como você se sentiria se encontrasse algo (pessoa, lugar ou coisa) que estivesse evitando? Considere o incômodo ou desconforto relacionado aos sintomas (obsessões, necessidade de realizar compulsões ou ao incômodo associado a evitação) de todas as dimensões.

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Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhum incômodo ο ο 1 = Mínimo – quando os sintomas estão presentes eles incomodam

minimamente ο ο 2 = Médio – algum incômodo presente, mas não muito ο ο 3 = Moderado – incomoda, mas ainda é tolerável ο ο 4 = Grave – incomoda muito ο ο 5 = Extremo – incômodo quase constante e incapacitante 3. Quanto estas obsessões e compulsões relacionadas interferem em sua vida familiar, relações com amigos ou habilidade de realizar bem suas atividades no trabalho ou na escola? Há alguma coisa que você não possa fazer por causa das obsessões ou compulsões relacionadas? Quanto esses sintomas incomodam outras pessoas e afetam suas relações com elas? Se você evita coisas por causa destes pensamentos, por favor inclua a interferência resultante desta evitação. Se você não está atualmente estudando ou trabalhando, quanto sua performance seria afetada se você estivesse trabalhando ou estudando? Pior fase Atual ο ο 0 = Nenhuma interferência ο ο 1 = Mínima, leve interferência em atividades sociais e ocupacionais, de

um modo geral não interfere na performance ο ο 2 = Média, alguma interferência em atividades ocupacionais ou sociais,

de um modo geral a performance é afetada em algum grau ο ο 3 = Moderada, interferência bem definida em atividades ocupacionais e

sociais mas ainda tolerável ο ο 4 = Interferência Grave, causa grande interferência nas atividades

sociais e ocupacionais ο ο 5 = Interferência Extrema, incapacitante.

Avaliação Clínica de Prejuízo

Finalmente, gostaríamos que você pensasse sobre quanto prejuízo estes sintomas têm causado à auto-estima do paciente, à sua habilidade de lidar com as dificuldades e ao funcionamento social e profissional. Por favor, escolha o melhor valor entre 0-15, incluindo os que estão entre os pontos de corte abaixo.

0 NADA. Nenhum prejuízo causado pela presença de sintomas obsessivo-compulsivos.

3 MÍNIMO. Obsessões e compulsões associadas com súbitas dificuldades na auto-estima, vida social, aceitação social, ou funcionamento escolar ou profissional (desconforto ou preocupações ocasionais sobre as obsessões e compulsões em situações futuras, periódicas). Leve aumento nas tensões familiares por causa das obsessões e compulsões. Amigos ou conhecidos podem ocasionalmente perceber ou comentar sobre as obsessões e compulsões de uma maneira desconcertada.

6 LEVE. As obsessões e compulsões estão associadas com pequenas dificuldades na auto-estima, na vida familiar, na aceitação social ou no funcionamento acadêmico ou profissional.

9 MODERADO. As obsessões e compulsões estão associadas a alguns problemas evidentes na auto-estima, na vida familiar, na aceitação social ou no funcionamento acadêmico e profissional. Episódios de disforia, períodos de tensão ou desavenças familiares, choros frequentes de pares ou evitações sociais episódicas. Interferência periódica na escola ou na performance profissional por causa das obsessões e/ou das compulsões.

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12 MARCADO. As obsessões e compulsões estão associadas com dificuldades importantes na auto-estima, na vida familiar, aceitação social e funcionamento acadêmico e profissional.

15 GRAVE. As obsessões e compulsões estão associadas com extremas dificuldades na auto-estima, na vida familiar, na aceitação social ou no funcionamento acadêmico ou profissional. Depressão grave com ideação suicida, rupturas familiares (separação/divórcio, mudanças de residências), rupturas de relacionamentos. Vida gravemente restrita por causa dos sintomas obsessivo-compulsivos, de estigma social ou evitação social, abandono de escola ou perda de trabalho.

Confiabilidade do(s) informante(s):

Excelente = 0 Boa=1 Razoável=2 Pobre=3

1.TABELA DE RESULTADOS DY-BOCS (ATUAL)

Dimensões de sintomas Tempo (0-5)

Incômodo (0-5)

Interferência (0-5)

Total (0-15)

Agressão Sexual e Religião

Simetria, Ordem, Contagem e Arranjo

Contaminação e Limpeza Colecionamento

Diversas

B. DY-BOCS Avaliação Global para a última semana

Tempo (0-5)

Incômodo (0-5)

Interferência (0-5)

Prejuízo (0-15)

Total (0-30)

Todas as obsessões e compulsões

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ANEXO C

ESCALA DE DEPRESSÃO DE BECK (BDI)

Neste questionário existem grupos de afirmativas. Leia com atenção cada uma delas e selecione a afirmativa que melhor descreve como você se sentiu na SEMANA QUE PASSOU, INCLUINDO O DIA DE HOJE. Marque um X no quadrado ao lado da afirmativa que você selecionou. Certifique-se de ter lido todas as afirmativas antes de fazer sua escolha.

1. 0 = não me sinto triste 1 = sinto-me triste 2 = sinto-me triste o tempo todo e não consigo sair disto 3 = estou tão triste e infeliz que não posso agüentar

2. 0 = não estou particularmente desencorajado(a) frente ao futuro 1 = sinto-me desencorajado(a) frente ao futuro 2 = sinto que não tenho nada por que esperar 3 = sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não vão melhorar

3. 0 = não me sinto fracassado(a) 1 = sinto que falhei mais do que um indivíduo médio 2 = quando olho para trás em minha vida, só vejo uma porção de fracassos 3 = sinto que sou um fracasso completo como pessoa

4. 0 = obtenho tanta satisfação com as coisas como costumava fazer 1 = não gosto das coisas da maneira como costumava gostar 2 = não consigo mais sentir satisfação real com coisa alguma 3 = estou insatisfeito(a) ou entediado(a) com tudo

5. 0 = não me sinto particularmente culpado(a) 1 = sinto-me culpado(a) boa parte do tempo 2 = sinto-me muito culpado(a) a maior parte do tempo 3 = sinto-me culpado(a) o tempo todo

6. 0 = não sinto que esteja sendo punido(a) 1 = sinto que posso ser punido(a) 2 = espero ser punido(a) 3 = sinto que estou sendo punido(a)

7. 0 = não me sinto desapontado(a) comigo mesmo(a) 1 = sinto-me desapontado(a) comigo mesmo(a) 2 = sinto-me aborrecido(a) comigo mesmo(a) 3 = eu me odeio

8. 0 = não sinto que seja pior que qualquer pessoa 1 = critico minhas fraquezas ou erros 2 = responsabilizo-me o tempo todo por minhas falhas 3 = culpo-me por todas as coisas ruins que acontecem

9. 0 = não tenho nenhum pensamento a respeito de me matar 1 = tenho pensamentos a respeito de me matar mas não os levaria adiante 2 = gostaria de me matar 3 = eu me mataria se tivesse uma oportunidade

10. 0 = não costumo chorar mais do que o habitual 1 = choro mais agora do que costumava chorar antes

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2 = atualmente choro o tempo todo 3 = eu costumava chorar, mas agora não consigo, mesmo que queira

11. 0 = não me irrito mais agora do que em qualquer outra época 1 = fico incomodado(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava 2 = atualmente sinto-me irritado(a) o tempo todo 3 = absolutamente não me irrito com as coisas que costumam irritar-me

12. 0 = não perdi o interesse nas outras pessoas 1 = interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas 2 = perdi a maior parte do meu interesse pelas outras pessoas 3 = perdi todo o meu interesse nas outras pessoas

13. 0 = tomo as decisões quase tão bem como em qualquer outra época 1 = adio minhas decisões mais do que costumava 2 = tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes 3 = não consigo mais tomar decisões

14. 0 = não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser 1 = preocupo-me por estar parecendo velho(a) ou sem atrativos 2 = sinto que há mudanças em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos 3 = considero-me feio(a)

15. 0 = posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes 1 = preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa 2 = tenho que me esforçar muito até fazer qualquer coisa 3 = não consigo fazer trabalho nenhum

16. 0 = durmo tão bem quanto de hábito 1 = não durmo tão bem quanto costumava

2 = acordo 1 ou 2 horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade de voltar a dormir 3 = acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade de voltar a dormir

17. 0 = não fico mais cansado(a) do que de hábito 1 = fico cansado(a) com mais facilidade do que costumava 2 = sinto-me cansado(a) ao fazer qualquer coisa 3 = estou cansado(a) demais para fazer qualquer coisa

18. 0 = o meu apetite não está pior do que de hábito 1 = meu apetite não é tão bom como costumava ser 2 = meu apetite está muito pior agora 3 = não tenho mais nenhum apetite

19. 0 = não perdi muito peso se é que perdi algum ultimamente 1 = perdi mais de 2,5 kg # estou por vontade própria 2 = perdi mais de 5,0 kg tentando perder peso, 3 = perdi mais de 7,0 kg comendo menos: sim não

20. 0 = não me preocupo mais do que de hábito com minha saúde 1 = preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições, ou perturbações no estômago, ou prisões de ventre 2 = estou preocupado(a) com problemas físicos e é difícil pensar em muito mais do que isso 3 = estou tão preocupado(a) em ter problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa

21. 0 = não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual 1 = estou menos interessado(a) por sexo do que acostumava 2 = estou bem menos interessado(a) por sexo atualmente 3 = perdi completamente o interesse por sexo

TOTAL: _____

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ANEXO D

ESCALA DE IMPRESSÕES CLÍNICAS GLOBAIS Versão Adaptada para Apostila de Atendimento – Guy W., 1976

GRAVIDADE DA DOENÇA Considerando a sua experiência com a(s) doença(s) diagnosticada, quão doente está o paciente neste momento? (Marque apenas uma) TOC 1. Normal, não doente; 2. Limítrofe para doença mental; 3. Levemente doente; 4. Moderadamente doente; 5. Marcadamente doente; 6. Gravemente doente; 7. Doença mental extremamente grave.

MELHORA GLOBAL Comparando à condição do paciente no início do tratamento qual o grau de alteração que ocorreu? TOC 1. Muito melhor 2. Melhor 3. Ligeiramente melhor 4. Sem alteração 5. Ligeiramente pior; 6. Pior 7. Muito pior

1. Normal, não doente; 2. Limítrofe para doença mental; 3. Levemente doente; 4. Moderadamente doente; 5. Marcadamente doente; 6. Gravemente doente; 7. Doença mental extremamente grave.

1. Normal, não doente; 2. Limítrofe para doença mental; 3. Levemente doente; 4. Moderadamente doente; 5. Marcadamente doente; 6. Gravemente doente; 7. Doença mental extremamente grave.

1. Normal, não doente; 2. Limítrofe para doença mental; 3. Levemente doente; 4. Moderadamente doente; 5. Marcadamente doente; 6. Gravemente doente; 7. Doença mental extremamente grave.

1. Muito melhor 2. Melhor 3. Ligeiramente melhor 4. Sem alteração 5. Ligeiramente pior; 6. Pior 7. Muito pior

1. Muito melhor 2. Melhor 3. Ligeiramente melhor 4. Sem alteração 5. Ligeiramente pior; 6. Pior 7. Muito pior

1. Muito melhor 2. Melhor 3. Ligeiramente melhor 4. Sem alteração 5. Ligeiramente pior; 6. Pior 7. Muito pior

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ANEXO E DSQ-40 – versão em português brasileiro

Nome:_______________________________________ Idade:___________

Este questionário consiste de 40 afirmativas relacionadas a como você pensa e funciona em sua vida. Não há questão certa ou errada. Marque o grau em relação ao qual você concorda ou discorda de cada afirmativa e assinale sua resposta, de 1 a 9. Por exemplo, um escore de 5 indicaria que você nem concorda e nem discorda da afirmativa, um escore de 3 indicaria que você discorda moderadamente e um escore de 9 que você concorda plenamente.

1. Eu fico satisfeito em ajudar os outros e, se eu não puder fazer isso, eu fico deprimido. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 2. Eu consigo não me preocupar com um problema até que eu tenha tempo para lidar com ele. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 3. Eu alivio a minha ansiedade fazendo coisas construtivas e criativas, como pintura ou trabalho em madeira. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 4. Eu sou capaz de achar bons motivos para tudo que eu faço. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 5. Eu sou capaz de rir de mim mesmo com bastante facilidade. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 6. As pessoas tendem a me tratar mal. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 7. Se alguém me assalta e rouba o meu dinheiro, eu prefiro que essa pessoa seja ajudada ao invés de punida. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 8. As pessoas dizem que eu costumo ignorar os fatos desagradáveis como se eles não existissem. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 9. Eu costumo ignorar o perigo como se eu fosse o Super-homem. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 10. Eu me orgulho da minha capacidade de reduzir as pessoas aos seus devidos lugares. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente

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11. Eu freqüentemente ajo impulsivamente quando alguma coisa está me incomodando. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 12. Eu fico fisicamente doente quando as coisas não estão indo bem para mim. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 13. Eu sou uma pessoa muito inibida. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 14. Eu fico mais satisfeito com minhas fantasias do que com a minha vida real. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 15. Eu tenho qualidades especiais que me permitem levar a vida sem problemas. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 16. Há sempre boas razões quando as coisas não dão certo para mim. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 17. Eu resolvo mais as coisas sonhando acordado do que na vida real. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 18. Eu não tenho medo de nada. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 19. Às vezes, eu acho que sou um anjo e, outras vezes, acho que sou um demônio. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 20. Eu fico francamente agressivo quando me sinto magoado. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 21. Eu sempre acho que alguém que eu conheço é como um anjo da guarda. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 22. Tanto quanto eu sei, ou as pessoas são boas ou más. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 23. Se o meu chefe me repreendesse, eu poderia cometer um erro ou trabalhar mais devagar só para me vingar dele. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 24. Eu conheço alguém que é capaz de fazer qualquer coisa e é absolutamente justo e imparcial. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 25. Eu posso controlar os meus sentimentos se eles interferirem no que eu estiver fazendo. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente

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26. Eu freqüentemente sou capaz de ver o lado engraçado de uma situação apesar de ela ser desagradável. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 27. Eu sinto dor de cabeça quando tenho que fazer algo de que não gosto. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 28. Eu freqüentemente me vejo sendo muito simpático com pessoas com quem, pelo certo, eu deveria estar muito brabo. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 29. Eu tenho certeza de que a vida é injusta comigo. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 30. Quando eu sei que vou ter que enfrentar uma situação difícil, eu tento imaginar como isso será e planejo um jeito de lidar com a situação. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 31. Os médicos nunca realmente entendem o que há de errado comigo. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 32. Depois de lutar pelos meus direitos, eu tenho a tendência de me desculpar por ter sido tão firme. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 33. Quando estou deprimido ou ansioso, comer faz com que eu me sinta melhor. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 34. Freqüentemente me dizem que eu não mostro os meus sentimentos. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 35. Se eu puder prever que vou ficar triste mais adiante, eu poderei lidar melhor com a situação. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 36. Não importa o quanto eu reclame, eu nunca consigo uma resposta satisfatória. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 37. Freqüentemente eu me dou conta de que eu não sinto nada em situações que deveriam me despertar fortes emoções. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 38. Manter-me muito ocupado evita que eu me sinta deprimido ou ansioso. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente 39. Se eu estivesse passando por uma crise, eu me aproximaria de pessoas que tivessem o mesmo problema. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente

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40. Se eu tenho um pensamento agressivo, eu sinto a necessidade de fazer algo para compensá-lo. Discordo completamente 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Concordo plenamente

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Meus Sentimentos O que eu fiz O que outros pensaram e fizeram

PROBLEMA/ EXPERIÊNCIA

Meus Sentimentos O que eu faria O que os outros poderiam pensar e fazer

CONSEQÜÊNCIAS DIFERENTES

1. Qual é o problema ou experiência?

2. O que aconteceu

antes?

3. O que aconteceu?

4. O que eu poderia ter

feito em vez disso?

5. O que seria

diferente?

7. O que eu posso fazer

agora?

6. Como as coisas seriam

diferentes?

Sessão nº______________ Paciente ______________

MAPA COGNITIVO

Data _____________ Aplicador ______________

CONSEQÜÊNCIAS

CONDUTA DIFERENTE

ANEXO F

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APÊNDICE 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

para participar da Pesquisa Intervenções para o TOC

Você está sendo convidado a participar, voluntariamente, de uma pesquisa que

tem como objetivo verificar a eficácia de uma nova técnica de terapia que será

adicionada ao tratamento de Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG),

oferecido regularmente no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre para

pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Leia ou ouça com atenção as

informações a seguir, antes de dar seu consentimento.

Serão adicionados dois encontros individuais, de aproximadamente 60 minutos,

antes de iniciar as 12 sessões de TCCG. Você tem chances iguais de ser incluído no

grupo de pacientes que receberão esta nova técnica ou outras informações de saúde

importantes. Todos os participantes terão a chance de receber esta nova técnica durante

ou após o estudo. Você terá de responder escalas de avaliação no início, durante e ao

término do estudo, que podem durar até uma hora para seu total preenchimento.

Sua participação é voluntária e muito importante para esse estudo.

Caso você aceite participar de nosso projeto, suas informações serão manuseadas

apenas pelos integrantes do grupo de pesquisa diretamente envolvidos com este estudo.

As informações colhidas estarão disponíveis apenas para uso da pesquisa. Você terá

toda a liberdade para interromper sua participação a qualquer momento, não acarretando

nenhum prejuízo na sua participação na TCCG.

Você pode e deve fazer todas as perguntas que julgar necessárias antes de

concordar em participar do estudo, assim como a qualquer momento durante os

encontros.

Eu, ________________________________________________, concordo em participar

voluntariamente dessa pesquisa. Declaro que entendi todas as informações sobre esse

estudo e que minhas dúvidas foram corretamente esclarecidas pela equipe da pesquisa.

Data: ___/___/ ___ Nome do pesquisador: _________________________________________ Telefone: 33282174 Pesquisador Responsável: Aristides Cordioli Principal Investigador: Elisabeth Meyer da Silva

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