Efeitos da deriva simulada de maturadores em laranjeiras ... · Agradeço à Deus, que me sustentou...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
Efeitos da deriva simulada de maturadores em
laranjeiras cv. Hamlin
Juliano Francisco Martins
Orientador: Prof. Dr. Pedro Luís da C. A. Alves
Trabalho apresentado à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias –
UNESP, Campus de Jaboticabal, para
graduação em Agronomia
JABOTICABAL – SP
2º SEMESTRE DE 2010
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AOS MEUS PAIS,
JOÃO ALBERTO MARTINS
SIBELY TERESINHA CARRAZZONE MARTINS
Pela graça da vida,
Pelo apoio incondicional e conselhos.
AO MEU IRMÃO,
JOÃO ALBERTO MARTINS FILHO
Pelo apoio incondicional e conselhos
DEDICO
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus, que me sustentou em cada etapa desta jornada.
À UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, pela disponibilidade
como instituição e aos professores da graduação pela atenção e presteza
durante o curso.
Ao Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves pela orientação,
ensinamentos, presteza e amizade.
Ao CNPq, que me proporcionou condições para o desenvolvimento
desta pesquisa.
À todos os companheiros do Laboratório de Biologia de Plantas
Daninhas, pelo companheirismo, ensinamentos, pela inestimável ajuda
para a realização deste trabalho, pelas amizades e pelos exemplos de
dedicação e trabalho em grupo.
Aos meus companheiros de república, pelos ensinamentos de
convivência, de disciplina, respeito, amizade e companheirismo:
Bruno N. M. de Oliveira (meteoro)
Everton Sbrama Perressim (Jaka-gay)
Luis Gustavo Rossi (Belo)
Thiago Borghi (Beavis)
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Thiago C. S. Zanatto (Kuração)
William Sbrama Perressim (Melancia)
“Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e
enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de
nós mesmos”.
Miguel Unamuno
À Todos os amigos queridos que conquistei na Universidade, e que
me ensinaram muito e me apoiaram nas minhas decisões.
À Claudia Meloni (Ferida) pelo apoio, carinho, ensinamentos e
paciência para ouvir minhas aflições.
A todos os funcionários da Seção de graduação da FCAV, pelo
auxílio, atenção e pronto atendimento às nossas solicitações.
Finalmente, á todos os colegas de curso pela boa convivência e amizade.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e
sim a caminhada. Caminhando e semeando, no
fim terás o que colher”.
Cora Coralina
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................ 6
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................... 9
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................... 23
3.1 Instalação do experimento .................................................................................... 23
3.2 Delineamento experimental e tratamentos ............................................................ 23
3.3 Análises estatísticas .............................................................................................. 26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................... 28
4.1 Glyphosate ............................................................................................................ 28
4.2 Etefon .................................................................................................................... 33
4.3 Etil-trinexapac ....................................................................................................... 38
4.4 Sulfometuron-metil ............................................................................................... 45
5. CONCLUSÕES ....................................................................... 49
6. RESUMO ................................................................................. 50
7. SUMMARY ............................................................................. 52
8. BIBLIOGRAFIA .................................................................... 54
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1. INTRODUÇÃO
A citricultura é considerada uma das principais fontes de renda da agricultura
brasileira, resultado especialmente decorrente do desempenho das exportações
brasileiras de sucos cítricos, que passaram de 33 mil toneladas no ano de 1970 para
1258 mil toneladas na safra 2008/09 e para safra 2009/10 estima-se 1305 mil toneladas.
A Laranja cv. Hamlin é uma das mais requisitadas pelos produtores por possuir uma das
maiores produtividades e características desejadas para a indústria de suco. Seus frutos
são de maturação de meia estação (junho/julho), época em que as fábricas têm escassez
de laranja de boa qualidade.
O setor citrícola brasileiro apresenta números expressivos que traduzem a grande
importância econômica e social que a atividade tem para a economia do país. Alguns
desses números são mostrados concisamente: a área plantada está ao redor de 1 milhão
de hectares e a produção de frutas supera 17 milhões de toneladas, a maior no mundo há
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alguns anos. O país é o maior exportador de suco concentrado congelado de laranja cujo
valor das exportações, juntamente com as de outros derivados, tem gerado cerca de 1,3
bilhão de dólares anuais.
Contudo, um dos principais segmentos agrícolas do Brasil, está em plena
mutação. A citricultura, que movimenta mais de R$ 9 bilhões por ano, enfrenta uma das
piores crises da sua história. A previsão é de um novo cenário para o setor nos próximos
anos, em conseqüência de fatores como preços baixos, concentração e domínio das
indústrias e, principalmente, problemas sanitários, como a doença do greening.
Além disso, o aumento da concorrência de outros sucos, refrigerantes, isotônicos
e águas aromatizadas ocasionou uma queda de 17% no consumo mundial de suco de
laranja, desde 2001. Hoje, há excesso de oferta do produto no mercado mundial e pouca
demanda
Dada a instabilidade da citricultura, os agricultores procuraram outros mercados
e outras culturas mais seguras e rentáveis para garantir seu próprio sustento. No estado
de São Paulo, a cana-de-açúcar é a principal cultura a assumir o posto da citricultura
graças ao assédio das usinas de açúcar e álcool aliado aos fatores já citados
anteriormente.
Há pouco mais de dez anos, a área de cana-de-açúcar era o triplo da de laranja
no estado, em 2009, já era sete vezes mais. Com isso, explica-se a facilidade de se
encontrar lavouras de cana-de-açúcar circundando pomares de laranja.
Ao inverso do que vem ocorrendo com o setor citrícola, o setor canavieiro, no
Estado de São Paulo, vem ganhando espaços, devido a maiores rentabilidades na
comercialização do álcool e do açúcar, além de outros derivados da cana. Com isto,
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estão havendo investimentos em tecnologia visando minimizar os custos de produção e
tornar a cultura cada vez mais rentável. Um exemplo destes investimentos é a
otimização das pulverizações de produtos fitossanitários, aumentando a demanda por
pulverizações aéreas. Atualmente, a demanda por pulverizações aéreas está
principalmente relacionada à aplicação de herbicidas e maturadores
A ocorrência de riscos de deriva de produtos seletivos à cultura da cana -de-
açúcar em culturas susceptíveis como a de citros, vem causando sérios problemas
devido a pressupostos erros na tecnologia de aplicação. Contudo, os efeitos desta
exposição a doses não letais, são poucos conhecidos.
Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da deriva simulada de
maturadores químicos, frequentemente utilizados na cultura da cana-de-açúcar, em
laranjeiras cv. Hamlin.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
O cultivo dos citros remonta a mais de dois mil anos antes de Cristo, conforme
demonstram escritos encontrados na China. São originários principalmente das regiões
subtropicais e tropicais do sul e sudeste da Ásia, incluindo áreas da Austrália e África.
Foram levados para a Europa na época das Cruzadas. Chegaram ao Brasil trazido pelos
portugueses no século XVI.
Atualmente, a produção mundial de citros é de aproximadamente 102 milhões de
toneladas por ano, sendo a laranja (Citrus sinensis) o gênero mais cultivado. Os maiores
produtores de laranja são o Brasil e os Estados Unidos, que juntos representam
aproximadamente 45% do total mundial. Destacam-se ainda nesse panorama a África
do Sul, Espanha e Israel, com a produção de laranjas para o mercado in natura
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta um aumento de
um pouco mais de 3% na safra da laranja em 2010, apesar da diminuição (0,1%) da área
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plantada. Isso pode ser explicado pelo aumento de áreas com plantas que atingiram
maturidade fisiológica para produzirem (aumento de 0,13% da área colhida) e o
aumento da produtividade por hectare, que na safra de 2010 teve um acréscimo de 2,9%
em comparação com 2009.
O recente Censo Agropecuário Paulista, realizado pela Secretaria de Agricultura
e Abastecimento – Projeto Lupa, trouxe informações de densidade de plantio para a
cultura da laranja. Nota-se que, nas regiões consideradas novas para a laranja a
densidade de plantio chega a 561 pés por hectare ante os habituais 320. Entretanto, nas
regionais contempladas como tradicionais essa relação é menor. Para o Estado de São
Paulo chega-se, em média, a 346 pés por hectare.
No Brasil a produção de laranja está concentrada no estado de São Paulo, o qual
é responsável por 79% de toda a produção nacional, dando ao Brasil o título de maior
produtor e exportador de suco de laranja do mundo, correspondendo a 50% da produção
mundial.
As regionais de Barretos, Araraquara, São João da Boa Vista, Jaboticabal,
Limeira, Mogi Mirim e São José do Rio Preto concentram aproximadamente 60% da
produção para moagem. Por outro lado, as regionais de Jales, São João da Boa Vista,
Jaboticabal, Limeira, Barretos e Jaú convergem para a laranja de mesa, somando
aproximadamente 60% do volume estadual com essa finalidade, de um total de 67,97
milhões de caixas de 40,8 quilos.
Cerca de 70% de toda a laranja produzida no Brasil vai para as indústrias de
processamento de suco. Para a safra 2009/2010 estima-se uma produção de 17.750
milhoes de toneladas de laranja fresca, sendo que 12.600 milhões serão destinados à
fabricação de suco, do qual, 96% deverá ser exportado.
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A pujança da produção brasileira deve-se ao grande mercado mundial de
exportação de suco. Dentre as variedades mais cultivadas no Brasil, destacam-se as
laranjas Pêra, Natal e Hamlin (AMARO & MAIA, 1997).
Os primeiros plantios de laranjeira (Citrus sinensis Osbeck) cv. Hamlin foram
feitos a partir de 1940, no município de Pitangueiras, estado de São Paulo. Esta cultivar
apresenta-se como árvores grandes, com copa cônica e folhagem abundante. A
produtividade é excelente, podendo alcançar mais de 300 kg de frutos por planta e
caracteriza-se pela precocidade à meia estação. Ainda, considera-se como a cultivar
mais produtiva, possuindo frutos de forma ligeiramente ovalada, quase esférica, com
casca de cor laranja clara, de espessura fina. Em média tem 41% do peso do fruto em
suco, com teores de ºBrix de 12%, acidez titulável de 0,96% e “ratio” de 12,5,
características essas fazem com que este cultivar assuma grande importância para a
indústria de suco concentrado (RODRIGUEZ et al. 1991).
Atualmente, devido a uma baixa base tecnológica e a incidência de doenças
graves como a clorose variegada do citrus (cvc) e o greening, por exemplo, que podem
levar a erradicação de pomares, a citricultura passa por tempos difíceis. Tal fato torna-se
crucial para algumas áreas ou regiões produtoras de laranja serem substituídas por
outras culturas mais seguras e rentáveis, como a de cana-de-açúcar. Além disso, tornou-
se comum a proximidade física das duas culturas não sendo difícil encontrar canaviais
circundando pomares de laranja. Timossi (2001) enfatizou justamente que a expansão
do setor sucro-alcoleiro coincide com a erradicação dos pomares de laranja, fazendo
com que uma cultura fosse trocada pela outra ou então que elas se tornassem vizinhas
freqüentes.
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A alta rentabilidade dessas culturas “oportunistas” garante o forte investimento
para que medidas possam ser tomadas com o intuito de torná-las ainda mais rentáveis.
Segundo Timossi (1999), no caso da cana-de-açúcar, parte dessas medidas se
concentraram na busca pela otimização das pulverizações de defensivos agrícolas, o que
acarretou no aumento de pulverizações aéreas, principalmente de herbicidas e
maturadores. Ainda segundo este autor, o despreparo do aplicador associado a um
cronograma de atividades operacionais rígido aumenta os riscos de deriva desses
produtos em culturas não-alvo, tais como nos pomares de laranja.
No caso da cana-de-açúcar é muito comum o uso de maturadores químicos, os
quais agem alterando a morfologia e a fisiologia da planta podendo levar a modificações
qualiquantitativas na produção.
Leite (2005) classifica maturadores químicos como sendo produtos aplicados
com a finalidade de antecipar o processo de maturação, promover melhorias na
qualidade da matéria-prima a ser processada, otimizar os resultados agro-industriais e
econômicos e auxiliar no planejamento da safra da cana-de-açúcar. Pontini (1995)
relatou que a utilização de maturadores químicos na cultura da cana-de-açúcar tem
como objetivo aumentar a produtividade e antecipar o corte, permitindo, pois, o
indispensável manejo da cultura em seu moderno sistema de produção.
Alguns fatos levam a evidência de que vários herbicidas tenham sido
originalmente desenvolvidos como reguladores de crescimento. Posteriormente, maiores
doses ou compostos com maior atividade ocasionaram a morte das plantas. O primeiro e
mais notório exemplo é o do 2,4-D, originalmente desenvolvido como uma auxina e que
em doses elevadas tem efeito herbicida. O segundo exemplo é o dos inibidores da
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síntese de carotenóides, cujo principal efeito relatado em plantas foi a redução da
síntese de ácido abscísico associada à tolerância a estresse hídrico em plantas.
O maturador paralisa o desenvolvimento, induzindo a translocação e o
armazenamento de açúcares e confere resistência ao tombamento em cana-de-açúcar
(FERNANDES, 1984). Dentre os produtos químicos utilizados como maturadores
destacam-se: o etefon (Ethrel®, ZAZ® e Arvest®), regulador de crescimento; o
sulfometuron metil (Curavial®), regulador vegetal; o glyphosate (Roundup®), inibidor
de crescimento; etil-trinexapac (Moddus®), que reduz o nível de giberelina; além de
outros como a hidrazida maléica, o paraquat, o imazapyr, o fluazifop-butil e o ácido
giberélico (LEITE, 2005).
Viana (2007) concluiu que a utilização de maturadores químicos promoveu
aumento significativo sobre as variedades tecnológicas, como: Brix cana(%), Pol
cana(%), TPH, e ATR (Kg t-1
) aos 28 dias após a aplicação, destacando o glifosate e
sulfometuron-metil.
De forma generalizada, o herbicida glyphosate pode ser definido como sendo
não seletivo às culturas, possui ação sistêmica nas plantas daninhas e não agrega efeito
residual no solo (RODRIGUES; ALMEIDA, 2005).
O mecanismo de ação do glyphosate é atribuído à inibição da enzima 5-
enolpiruvilchiquimato-3-fosfato sintase (EPSPs, E.C. 2.5.1.19), que catalisa a reação na
qual chiquimato-3-fosfato (S3P) reage com fosfoenolpiruvato (PEP), formando 5-
enolpiruvilchiquimato-3-fosfato (EPSP) e fósforo inorgânico (Pi) (FRANZ; MAO;
SIKORSKI, 1997). Essa reação ocorre em duas etapas, sendo que inicialmente a enzima
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EPSPs se liga ao S3P, formando o complexo EPSPs-S3P, e posteriormente o PEP se
encaixa nesse complexo, permitindo o prosseguimento da reação, produzindo EPSP.
O glyphosate não se liga à enzima livre, mas ao complexo EPSPs-S3P,
impedindo a ligação com PEP, formando o complexo inativo EPSPs-S3P-glyphosate
(DEVINE; DUKE; FEDTKE, 1993; HERRMANN, 1995). A molécula do herbicida se
liga ao complexo EPSPs-S3P 115 vezes mais firmemente que PEP e apresenta
dissociação 2300 vezes mais lenta (FRANZ; MAO; SIKORSKI, 1997).
Ainda, trabalhos demonstraram que doses não-letais do glyphosate inibem a
produção de fitoalexinas derivadas da rota chiquímica de algumas plantas, aumentando
a susceptibilidade a patógenos. As fitoalexinas são compostos antimicrobianos
sintetizados pela planta que se acumulam nas células vegetais em resposta à infecção
microbiana, limitando a propagação do patógeno (PASCHOLATI; LEITE, 1995).
Patrezze (1994), estudando a resposta de sete variedades de cana-de-açúcar ao
emprego do glyphosate, constatou que houve um aumento do teor de açúcar contido nos
colmos. Devido a um efeito negativo do produto sobre o peso dos colmos, a
recuperação desse açúcar foi prejudicada em algumas variedades. Constatou também
que as condições climáticas, chuva e temperatura, afetaram a resposta da cana-de-açúcar
ao maturador. A melhor resposta foi observada em condições de maior temperatura e
umidade de aplicação e da cultivar.
De acordo com Mutton (1993), o glyphosate apresenta efeito maturador por
propiciar a maturação artificial da cultura da cana-de-açúcar, pela indução de stress
químico, que modifica a participação dos fotoassimilados deslocando-os e acumulando-
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os, na forma de sacarose, mas intensivamente nas partes de aproveitamento econômico,
promovendo, então, uma melhoria no rendimento agroindustrial da cultura.
Nagumo (1993) constatou que o glyphosate é um maturador eficiente para início, meio
e fim de safra. No início, ele amadurece as canas já formadas, no meio acelera a
maturação da cana de renovação e no final, melhora a maturação de soqueiras e cana de
ano.
Para a cultura dos citros são poucos os trabalhos encontrados sobre o efeito do
glyphosate e estes basicamente se limitam à descrição visual dos sintomas. Alguns
autores relatam que plantas novas podem exibir diferentes graus de intoxicação,
variando em função do local de aplicação, da idade da planta, maturidade do tecido e
dose do herbicida.
O ácido 2-cloroetil fosfônico (Etefon), conhecido comercialmente como Ethrel®
também é usado na cana-de-açúcar para se obter precocidade na maturação. A utilização
deste produto químico também evita o florescimento e aumenta o perfilhamento
(MARTINS; CASTRO, 1999).
Guidi (1996), em seu experimento com etefon e glyphosate, concluiu que ambos
anteciparam a maturação cerca de 4 semanas provocando aumentos significativos no
Brix, Pol e ART% caldo, em diversas cultivares de cana-de-açúcar. Tavares (1997)
observou que o etefon inibiu o florescimento em algumas variedades de cana-de-açúcar.
Ainda, Campanhão (1993), no uso de etefon como maturador aplicado no inicio
da safra, constatou vários benefícios, como, por exemplo, a antecipação namaturação.
Concluiu ainda que o maturador controlou o florescimento e a isoporização,
aumentando o peso médio da carga em 0,83 toneladas.
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Vários trabalhos foram realizados utilizando doses de etefon em cafeeiros com
objetivando antecipar e uniformizar a maturação de frutos; contudo, poucos avanços
foram alcançados.
Foloni (2000), estudando o efeito de duas formulações comerciais de Ethrel®
(Ethrel® 720 e 240), verificou que o Ethrel® 240, na dosagem de 1,5 L ha-1, e o
Etrhel® 720, na dosagem de 0,35 L ha-1, mostraram-se eficientes na maturação dos
grãos de café quando aplicados em cafeeiros com cerca de 10% de frutos-cereja e 90%
de frutos, do terço inferior da planta, já granados. Garcia et al. (2000) constataram
níveis baixos de queda de folhas e frutos de cafeeiro quando foi utilizada dosagem
inferior a 800 ppm de Etefon
O etil-trinexapac, conhecido comercialmente como Moddus®, é um redutor de
crescimento utilizado em cereais de inverno, que promove redução acentuada do
comprimento do caule (FAGERNESS & PENNER, 1998) e, conseqüentemente, da
altura da planta, evitando o acamamento (AMREIN et al., 1989).
O Moddus® atua nas plantas, reduzindo a elongação celular no estádio
vegetativo e obstruindo a biossíntese do ácido giberélico (HECKMAN et al., 2002). O
produto reduz drasticamente o nível do ácido giberélico ativo (GA1), por inibir a
enzima 3-hidroxilase (NAKAYAMA et al., 1990), e, assim, aumenta acentuadamente
seu precursor biossintético imediato, o GA20 (DAVIES, 1987). A queda no nível do
ácido giberélico ativo (GA1) é a provável causa da redução do crescimento das plantas
(WEILER; ADAMS,1991).
O Moddus® atua também no metabolismo da cana-de-açúcar reduzindo a
produção de acido giberélico, alarga as paredes celulares, facilitando a acumulação de
açucares. Segundo Resende et al. (2000), citados por Viana et al. (2008), este é um
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fitorregulador que se, aplicado corretamente em época adequada, provoca o acúmulo de
sacarose nos colmos, ajudando o planejamento e a maximização de melhor
aproveitamento da cultura da cana-de-açúcar.
Em ensaios realizados com o etil-trinexapac, Resende et al. (2000) concluíram
que o mesmo apresenta excelente resultado como indutor hormonal na maturação em
cana-de-açúcar quando aplicado no seu inicio e que possibilita uma elevação no teor de
fibra e enriquece precocemente a cana, auxiliando o acúmulo de sacarose.
O sulfometuron-metil é comercializado com o nome de Curavial®, é um
regulador vegetal do grupo químico das sulfoniluréias, recomendado como maturador
para a cultura da cana-de-açúcar caracteriza-se como inibidor de crescimento vegetal.
As sulfoniluréias inibem a síntese de aminoácidos de cadeia ramificada como valina,
leucina e isoleucina, através da ação na enzima ALS (Acetolactato-sintase), a qual sofre
inibição em sua atividade, impedindo a síntese destes aminoácidos a partir do substrato
piruvato alfa-cetobutirato.
Tal substância apresenta ação sistêmica, sendo que após a sua absorção pelas
folhas da cultura, atua nas regiões meristemáticas afetando tanto o crescimento como
inibindo a divisão celular.O sulfometuron-metil não provoca a morte das gemas apicais
(DUPONT 2010).
Alguns autores relatam que o sulfometuron-metil (conhecido comercialmente
como Curavial®) quando utilizado em cana-de-açúcar, aumenta o teor de sacarose
(POL%cana), melhora o período útil de industrialização (PUI), inibe o florescimento e
reduz a isoporização, sem afetar a produtividade e a brotação da soqueira.
Viana (2007), em estudo sobre maturadores químicos na cana-de-açúcar
(Saccharum spp.) aplicados em final de safra, constatou que a aplicação de maturadores
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químicos promoveu um incremento significativo nas características tecnológicas da
planta ao longo das épocas de colheitas avaliadas, tendo um destaque para
sulfometuron-metil na base de 20 g.ha-1.
Stupiello et al. (2002) concluíram ainda que o maturador sulfometuron-metil nas
variedades SP80-1816, SP80-1842 e SP81-3250 conduz a melhora da qualidade
tecnológica da cana, reduzindo o teor de ácidos orgânicos do caldo e uma maior
possibilidade de se produzir açúcar de melhor qualidade.
Contudo, a aplicação de maturadores no sistema de produção, altamente
relevante para o planejamento da safra, propicia industrialização de uma matéria prima
de melhor qualidade. Porém, a viabilidade da utilização depende de uma série de
fatores, sejam eles climáticos, técnicos, econômicos e, sobretudo, depende das respostas
que cada cultivar pode proporcionar a mais a esta prática de cultivo (CAPUTO, 2006).
Além disso, Matuo (1990) constatou um problema ao concluir que a aplicação
de defensivos, principalmente a aérea, quando feita na presença de ventos com
velocidade acima de 5 km/h, pode provocar o carregamento de partículas menores do
produto por longas distâncias (deriva), provocando danos, em alguns casos, às culturas
ou plantas que não eram seus alvos.
Depreende-se, assim, que o maturador deve atingir de modo efetivo a planta
alvo, uma vez que a ocorrência de deriva, além de reduzir a eficiência da aplicação
(Gelmini, 1988), coloca em risco culturas vizinhas suscetíveis. Gotas pequenas podem
ser transportadas em condições variáveis de vento e luminosidade, particularmente em
condições de inversão térmica, atingindo assim áreas agrícolas adjacentes, sendo
possível verificar sintomas de injúrias causados por deriva de herbicidas, por exemplo, a
quilômetros de distância do local de aplicação (Yates et al., 1978).
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Além dos danos que a deriva pode causar em culturas adjacentes a distâncias
consideráveis, dependendo da sua susceptibilidade aos fitoquímicos, a deriva desses
produtos assume atualmente maior importância, devido a conscientização da população
em relação à qualidade da água, dos alimentos e outras questões ambientais. Vários
trabalhos têm sido conduzidos para melhorar a eficiência da aplicação, porém nenhuma
das técnicas disponíveis consegue “confinar” completamente os produtos aplicados nas
áreas alvo (Bode, 1984).
A ocorrência de riscos de deriva de produtos seletivos à cultura de cana-de-
açúcar, em culturas suscetíveis como a de citros, vem causando sérios problemas devido
a pressupostos erros na tecnologia de aplicação (Timossi 1999).
Para Bayley & Kapusta (1993), a iminente possibilidade de ocorrência de
injúrias em culturas, devido à deposição de herbicidas em áreas "não alvo", tem levado
à condução de várias pesquisas envolvendo o conceito de "deriva simulada",
principalmente em culturas nas quais as aplicações são realizadas com equipamento
aéreo.
Segundo Matuo (1990), Ahrens (1994) e FMC (s.d.), a deriva ocorrerá quando
há presença de fatores como gotas muito pequenas ou finas geradas por uma ponta de
bico imprópria, o uso de pressões elevadas ou volume de aplicação reduzido, aplicações
em condições de umidade relativa muito baixa e, principalmente, ao diâmetro de gotas
não ajustado para a altura da barra de pulverização em relação ao alvo desejado.
Hatterman-Valenti et al. (1995) relataram que o uso de bicos “anti-deriva” pode reduzir
a deriva pela metade sem, no entanto, evitá-la.
O ar é o primeiro meio a ser atravessado pelas gotas produzidas pelo
equipamento de aplicação dos defensivos agrícolas, antes que elas atinjam o alvo a que
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se destinam. Entre as fontes de contaminação da atmosfera com defensivos agrícolas, a
pulverização assume posição de destaque, pois as gotas que perdem peso ou se
extinguem no percurso para o alvo deixam o ingrediente ativo no ar, como partícula
flutuante que é captada pela corrente aérea e arrastada à regiões distantes, onde,
posteriormente vem se depositar, de acordo com as condições térmicas (Yates et al.,
1978; Durigan, 1989).
Bode (1984) afirma que a deriva de herbicidas é complexa, envolvendo a
interação de vários fatores tais como os bicos utilizados, características do líquido
pulverizado, condições climáticas e deposição de gotas, entre outras. Isso faz com que
seja difícil determinar com precisão o grau de deriva que ocorre, com conseqüente
queda na produtividade (LYON & WILSON, 1996). Além disso, Russo (1990) afirma
que a deriva pode ser um evento único ou múltiplo, quando as plantas são atingidas
várias vezes pelos produtos, em parte devido às correntes circulatórias de ar.
No caso de aplicação com equipamentos terrestres, Grover et al. (1972) e
Hatterman-Valenti et al. (1995) afirmam que cerca de 1 a 8% do volume de líquido
aplicado se deposita fora da faixa de aplicação. Por outro lado, de acordo com
Schweizer (1998), á medida que se aumenta a distância em relação á faixa de aplicação,
decrescem os danos ocasionados pela deriva, bem como sua concentração.
Para Dexter (1979), citado por Schroeder et al. (1983), e Timossi (1999), a
detecção da ocorrência de deriva na aplicação de defensivos tem grande importância
pois, enquanto as perdas econômicas ocasionadas por este fato não forem facilmente
identificadas, alguns agricultores que cultivam plantas suscetíveis em áreas adjacentes á
aplicação podem ter substancias reduções na produção, sem no entanto, identificar a
verdadeira causa
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Em cultivo de cana-de-açúcar o risco de deriva para plantas cultivadas nas
adjacências torna-se ainda maior, uma vez que grande parte destas aplicações são
realizadas por meio de aeronaves e estão sujeitas ao problema de deriva de gostas
pulverizadas ( Durigan, 1989). Segundo Yates (1978), citado por Schweizer (1978), as
pulverizações com equipamentos aéreos produzem faixas de aplicação com larguras
pouco precisas e podem produzir maior deriva porque o volume de aplicação é menor e
porque a altura de aplicação em relação ao alvo é muito maior.
O grau de injúria e os sintomas observados são afetados por vários fatores, além
do próprio modo de ação da substância, incluindo-se aí o clima, a espécie, o estágio de
desenvolvimento da planta e a dose do produto utilizado (Al-Khatib et al. 1992a).
Em pomares cítricos, o que se tem constatado na maioria das vezes, são erros na
tecnologia de aplicação dos defensivos, acarretando em intoxicações que variam de leve
a muito fortes,dependendo do estágio fenológico. Auch & Arnold (1978), afirmam que
há diferenças de tolerância entre os diferentes estádios de desenvolvimento das plantas,
entre diferentes espécies e/ou variedades, aos herbicidas.
Timossi & Alves (2001 a, b) com o intuito de determinar os possíveis efeitos
tóxicos do herbicida clomazone, isolado ou em mistura com ametryne, citros cultivar
Hamlin, simularam deriva em três estádios de desenvolvimento das plantas (botão
floral, frutos com até 2 cm de diâmetro e frutos “pingue-pong”- frutos pequenos em
desenvolvimento), com dosagens decrescentes (100, 50, 25, 12,5, 6,25 e 3,125%) da
formulação comercial. Os autores constaram aborto apenas no caso de erro de aplicação
com dosagem superior a 25% para o estádio de botão floral.
22
Segundo Hemphill & Montgomery (1981), os efeitos da exposição, da maioria
das culturas comerciais, a doses não letais, o que pode ocorrer em função da deriva, são
poucos conhecidos.
23
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Instalação do experimento
O experimento foi realizado na fazenda experimental da Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Unesp, Câmpus de Jaboticabal – SP, onde em fevereiro de 2009
foi implantado um pomar de laranjeira (Citrus sinensis L. Osbeck), cv. Hamlin em 18 de
Fevereiro de 2009. Foram plantadas 36 mudas em covas de 40 cm de diâmetro por 40
cm de profundidade, em um espaçamento de 5 m nas entrelinhas e de 3 m entre plantas;
foram plantadas nove plantas por linha, resultando em quatro linhas de plantio.
3.2 Delineamento experimental e tratamentos
O experimento foi instalado segundo o delineamento experimental de blocos ao
acaso, com os tratamentos em quatro repetições. Os tratamentos experimentais
24
constaram de aplicações de maturadores químicos em duas dosagens (dose cheia e meia
dose) durante o período de desenvolvimento vegetativo das laranjeiras. Foram
estudados, no total, nove tratamentos com quatro plantas para cada tratamento, sendo
que cada planta correspondeu a uma repetição (Tabela 01).
Tabela 1 - Tratamentos experimentais com as respectivas dosagens dos produtos
utilizados. Jaboticabal, 2010.
Nº Tratamentos Dosagem*
(g i.a.)
1 Glyphosate 288
2 Glyphosate 144
3 Ethephon 480
4 Ethephon 240
5 Ethil-trinexapac 250
6 Ethil-trinexapac 175
7 Sulfumeturon-metil 20
8 Sulfumeturon-metil 10
9 Testemunha 0
*Doses determinadas de acordo com as recomendações do guia de herbicidas
A aplicação dos maturadores foi realizada no dia 23 de outubro de 2009, com
pulverizador costal à pressão constante (CO2), munido de um bico XR11002 e regulado
para um gasto de volume de calda de 200 L ha-1
. Tal aplicação foi realizada a um metro
de distância das laranjeiras, direcionada para a porção mediana dessas, resultando em
uma faixa tratada na copa de 0,45m2
por aplicação. Ainda, uma lona plástica foi
posicionada no lado oposto da aplicação, com o intuito de evitar a deriva do produto
utilizado no tratamento para outra laranjeira, como se observa na Figura 1.
As parcelas experimentais constaram de uma planta, sendo que foram aplicadas
duas faixas em faces opostas de uma mesma planta, correspondendo, cada qual, a uma
25
observação do tratamento. Como testemunhas foram consideradas quatro plantas não
tratadas.
Figura 1. Proteção plástica utilizada para evitar a deriva dos produtos utilizados nos
tratamentos.
Os efeitos dos tratamentos foram avaliados aos 0, 15, 30, 60, 90, e 120 dias após
a aplicação (DAA), quando foram efetuadas contagens de folhas e determinados os
comprimentos dos ramos previamente demarcados com fitilhos (um ramo demarcado
por planta), e determinado o conteúdo relativo de clorofila total em folhas tomadas ao
acaso no terço final destes ramos e no terço médio das folhas nas áreas tratadas,
utilizando um clorofilômetro manual (Minolta, mod. SPAD 502) e determinada a razão
FV/FM de fluorescência da clorofila a, utilizando-se um fluorímetro portátil
(Hansatech, mod. PEA). Nessas ocasiões, foram acompanhadas, descritas e registradas
26
fotograficamente algumas alterações morfofisiológicas nas plantas resultante dos
tratamentos experimentais.
3.3 Análises estatísticas
Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste F e as
médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
28
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Glyphosate
Para as características teor relativo de clorofila total, fluorescência da clorofila a
(Fv/Fm), número de folhas e comprimento do ramo de laranjeiras cv. Hamlin, não se
constatou efeito significativo da interação entre doses de glyphosate e épocas de
avaliação, mas apenas efeito dos fatores isoladamente (Tabela 2).
Constatou-se diferença significativa entre as doses de glyphosate para número de
folhas do ramo demarcado, independentemente da época (Tabela 2), sendo que a dose
recomendada pelo fabricante (DR) resultou em mais folhas quando comparada a
testemunha, enquanto a metade da dose recomendada (MDR) resultou em menor
número de folhas. Para as demais características, não se constatou efeito de doses.
29
Verificou-se efeito significativo da época de avaliação sobre todas as
características avaliadas, independentemente da dose do glyphosate, à exceção do
comprimento do ramo (Tabela 2).
Tabela 2 - Efeito do glyphosate no teor relativo de clorofila total, fluorescência da
clorofila a (FV/FM), número de folhas e comprimento dos ramos.
Jaboticabal, 2010.
Tratamento Clorofila
(UR) Fv/Fm Nº de folhas
Comprimento
do ramo (cm)
Dose (D)
SA 60,7 A 0,778 A 54,9 B 48,6 A
DR 55,9 A 0,792 A 73,9 A 42,5 A
MDR 60,6 A 0,793 A 38,0 C 44,5 A
Épocas (E) Dias após a aplicação
0 58,4 AB 0,783 A 21,7 C 49,0 A
15 68,7 A 0,822 A 60,0 AB 41,7 A
30 63,2 AB 0,792 A 41,7 BC 42,6 A
60 51,4 B 0,733 B 61,8 AB 43,0 A
90 51,6 B 0,800 A 72,6 A 44,9 A
120 61,0 AB 0,796 A 75,8 A 50,0 A
FD 1,7667 NS 1,0161 NS 21,7336 ** 1,7995 NS
FE 5,4675 ** 6,5944 ** 14,1793 ** 1,0629 NS
DxE 1,3229 NS 1,9962 NS 1,0716 NS 0,6856 NS
CV% 16,89 5,11 33,93 25,99
SA – sem aplicação;DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
NS – não significativo pelo teste F; ** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
Médias seguidas por mesma letra, na coluna, não diferenciam entre si pelo teste de Tukeu a 5% de probabilidade.
Tanto para o teor relativo de clorofila total tal como para a fluorescência da
clorofila a (FV/FM), verificou-se redução em seus valores aos 60 dias após a aplicação
(DAA), sendo que para o teor de clorofila esta redução se estendeu até os 90 DAA
(Tabela 2), independentemente da dose de glyphosate. Esta redução pode ter sido
30
decorrente da emissão de novas folhas, uma vez que a época coincidiu com o aumento
da precipitação pluvial (período de chuvas), quando as laranjeiras retomaram seu
desenvolvimento. Embora não tenha sido significativa, observou-se tendência de
aumento no teor de clorofila aos 90 e 120 DAA com ambas as doses de glyphosate
(Figura 1 A)
Da mesma forma, Gravena 2006 em avaliação de doses de glyphosate em mudas
de laranjeiras “valência”, observou que nenhuma das características avaliadas
relacionadas à fotossíntese foi muito afetada pelo glyphosate. Os teores de clorofila
foram crescentes durante o período de avaliação e não foram influenciados pelo
herbicida. A razão FV/FM não
se alterou durante todo o período e também não foi
influenciada pelo glyphosate.
31
Figura 1. Efeito de doses de glyphosate sobre o teor relativo de clorofila total (A),
fluorescência da clorofila (B), número de folhas (C) e comprimento de ramos
(D) de laranjeira Hamlin até os 120 dias após a aplicação. DR – dose recomendada pelo fabricante; MD – metade da dose recomendada pelo fabricante
Quanto ao número de folhas, houve aumento significativo já aos 15 DAA,
seguido de uma tendência de redução aos 30 DAA. A partir dos 60 DAA, as plantas
começam a se recuperar e a emitirem novas folhas, observando-se aos 120 DAA a
recuperação plena das plantas, independentemente das doses de glyphosate (Tabela 2).
A B
C D
32
No decorrer do período experimental, verificou-se a partir dos 15 DAA tendência das
plantas tratadas com metade da dose de apresentarem menos folhas que as da
testemunha, enquanto as tratadas com a dose recomendada mais folhas (Figura 1 C).
Gravena 2006 também constatou em mudas de ‘Valência’ sobre ‘Swingle’ que
alguns ramos apresentaram brotações deformadas, queda de folhas e morte da região
apical. As notas de dano visual neste período chegaram a 25% para a maior dose
aplicada sobre a parte aérea, considerando-se a desfolha, brotações deformadas e a
aparente redução no crescimento.
No entando, este trabalho, em que foram utilizadas sub-doses de glyphosate, não
foi observado efeitos de intoxicação ou qualquer outro, de modo a afetar drasticamente
o desenvolvimentos dos ramos tratados.
A queda de folhas aos 30 DAA pode ter sido ocasionada por outro fator que não
o tratamento com o herbicida, isto porque a testemunha também apresentou queda de
suas folhas no mesmo período.
Ainda, Leite (2005) destacou em seu trabalho o aumento de brotações laterais
(perfilhos) em cana-de-açúcar, causado pela quebra da dominância apical quando se
utilizou a dose recomendada de glyphosate como maturador em final de safra.
O mesmo efeito observado por Leite (2005) em cana-de-açúcar pode ter ocorrido
com as laranjeiras, isto porque foram observados aumento de ramos laterais, embora
não ter havido avaliação que determinasse o número de ramos secundários emitidos.
Além disso, o aumento no número de folhas logo após aos 30 DAA, período em que se
observou queda de folhas, se fez crescente de forma brusca.
Já em relação a época, não se constatou efeito no crescimento dos ramos,
independentemente das doses de glyphosate (Tabela 2). Contudo, embora não
33
significativa, verificou-se tendência dos ramos das plantas testemunhas crescerem mais
do que os tratados com as duas doses de glyphosate a partir dos 90 DAA (Figura 1 D).
4.2 Etefon
Com relação ao etefon, para as características teor relativo de clorofila total,
fluorescência da clorofila a (Fv/Fm) e número de folhas de laranjeiras cv. Hamlin, não
se constatou efeito significativo da interação entre as doses de e épocas de avaliação,
mas apenas efeito dos fatores isoladamente (Tabela 3). No entanto, para a característica
comprimento de ramo, o tratamento com etefon apresentou efeito significativo da
interação entre doses e épocas de avaliação (Tabela 3.1)
Observou-se diferença significativa entre as doses de etefon para número de
folhas do ramo demarcado, independentemente da época (Tabela 3), sendo que a metade
da dose recomendada pelo fabricante (MDR) resultou em menos folhas quando
comparada a testemunha sem aplicação, enquanto a dose recomendada (DR) resultou
em comportamento intermediário, não diferenciando de ambas, embora apresentasse
tendência de menor número de folhas quando comparada ‘a testemunha. Para as demais
características, não se constatou efeito de doses.
Verificou-se efeito significativo da época de avaliação sobre todas as
características avaliadas, independentemente da dose do etefon (Tabela 3).
34
Tabela 3 - Efeito do etefon no teor relativo de clorofila total, fluorescência da clorofila a
(Fv/Fm), número de folhas e comprimento dos ramos. Jaboticabal, 2010.
Tratamento Clorofila
(UR) Fv/Fm Nº de folhas
Comprimento
do ramo (cm)
Dose (D)
SA 60,7 A 0,778 A 53,8 A 48,7 A
DR 56,5 A 0,767 A 43,3 AB 45,2 A
MDR 59,8 A 0,759 A 35,9 B 43,4 A
Épocas (E) Dias após a aplicação
0 64,0 A 0,752 AB 22,8 B 57,3 A
15 64,8 A 0,785 A 30,8 B 40,5 B
30 61,4 AB 0,775 AB 22,0 B 41,8 B
60 51,4 B 0,713 B 47,2 AB 41,5 B
90 51,3 B 0,792 A 69,7 A 45,4 AB
120 61,0 AB 0,790 A 73,4 A 48,1 AB
FD 1,1342 NS 0,8407 NS 3,8827 * 1,8065 NS
FE 4,2148 ** 4,1770 ** 12,6448 ** 4,8713 **
DxE 1,8155 NS 1,4765 NS 0,9972 NS 4,4483 **
CV% 17,3869 6,7496 50,5014 21,7204 SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
NS – não significativo pelo teste F; * significativo ao nível de 5% de probabilidade, ** significativo ao nível de 1%
de probabilidade.
Médias seguidas por mesma letra, na coluna, não diferenciam entre si pelo teste de Tukeu a 5% de probabilidade.
Tanto para o teor relativo de clorofila total tal como para a fluorescência da
clorofila a (FV/FM), verificou-se redução em seus valores aos 60 dias após a aplicação
(DAA), sendo que para o teor de clorofila esta redução se estendeu até os 90 DAA
(Tabela 3), independentemente da dose do etefon. Esta redução pode ter sido decorrente
da emissão de novas folhas, uma vez que a época coincidiu com o aumento da
precipitação pluvial (período de chuvas), quando as laranjeiras retomaram seu
desenvolvimento. Embora não tenha sido significativa, observou-se tendência de
aumento no teor de clorofila a partir dos 90 DAA com ambas as doses de etefon (Figura
2A).
35
Figura 2. Efeito de doses de ethephon sobre o teor relativo de clorofila total (A),
fluorescência da clorofila (B), número de folhas (C) e comprimento de ramos
(D) de laranjeira Hamlin até os 120 dias após a aplicação. DR – dose recomendada
pelo fabricante; MD – metade da dose recomendada pelo fabricante
O etefon é bastante utilizado em frutíferas por promover o raleio (raleio
químico) e, assim, melhorar a qualidade dos frutos remanescentes. Por se tratar de um
A B
C
D
36
fitoregulador, o etefon libera etileno, quando em contato com o vegetal, promovendo a
senescência de folhas, flores e frutos e causa amadurecimento precoce de frutos.
Cruz 2010, verificou que a aplicação de Etefon para promover o raleio melhorou
a qualidade das frutas de tangerineira ‘Ponkan’em todas as posições analisadas na copa.
Já na cultura da cana-de-açúcar, o etefon é utilizado para inibir o florescimento das
plantas, o qual promove aumento da fibra e redução do teor de sacarose. Segundo
Carvalho et al. (2001), o uso do Etefon promoveu uma desfolha de 2,5% a 2,9% maior
na colheita manual do café e Paulo (1989) observou, em aplicações de diferentes doses
de etefon em algodoeiros, senescencia das folhas e aceleração da deiscência de capítulos
das plantas.
Neste trabalho, já aos 15 DAA detectou-se queda nas folhas das laranjeiras,
sendo que as plantas tratadas apresentaram queda de 81% de folhas em relação a
testemunha, ainda aos 30 DAA observou-se a queda de quase a totalidade de suas
folhas. A partir dos 60 DAA, as plantas começam a se recuperar e a emitirem novas
folhas independentemente da dose de etefon (Figura 2C). Além disso, verificou-se a
necrose na ponta dos ramos para as duas dosagens (Figura 3).
Houve também a quebra das partes necrosadas, ocasionados pelos ventos,
reduzindo o seu comprimento, como pode ser observado na Figura 2D. Ainda pode-se
observar uma tendente recuperação dos ramos, no tratamento em que se utilizou a
metade da dose recomendada (Tabela 3.1).
37
Figura 3. Efeito do tratamento simulando a deriva de etefon em laranjeiras cv.Hamlin.
em (A) laranjeira submetida à deriva simulada da dose recomendada (DR) de
etefon. Em (B) laranjeira submetida à de deriva simulada da metade da dose
recomendada (MDR) de etefon.
Com relação ao comprimento dos ramos, não se verificou o efeito das épocas de
avaliação dentro das doses nas laranjeiras testemunhas, sem aplicação, e nem quando se
usou metade da dose; quando se utilizou a dose recomendada, verificou-se que já a
partir dos 15 dias após a aplicação (DAA) houve redução significativa do crescimento
dos ramos, que se prolongou até os 120 DAA, sem haver diferença entre estas épocas.
Quando se analisa o efeito das doses dentro de cada época, verificou-se que sempre as
plantas tratadas com a dose recomendada apresentaram ramos mais curtos que os da
testemunhe e os da meia dose, que por sua vez não diferenciaram entre si.
38
Tabela 3.1 - Desdobramento do efeito da interação entre Doses X Épocas para o
comprimento dos ramos (cm) de laranjeira tratadas com etefon. Épocas
Doses
0 15 30 60 90 120
SA 44,2 Ab1 45,4 Aa 45,7 Aa 45,0 Aa 51,7 Aa 60,5 Aa
DR 79,7 Aa 38,2 Ba 37,8 Ba 37,7 Ba 38,7 Ba 38,8 Bb
MDR 48,0 Ab 37,9 Aa 42,0 Aa 41,7 Aa 45,7 Aa 45,0 Aab
1. médias seguidas por mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste
Tukey, sendo que as letras maiúsculas comparam os efeitos das doses dentro de cada época de avaliação e
as letras minúsculas comparam os efeitos das épocas dento das doses. SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
4.3 Etil-trinexapac
Para o etil–trinexapac, verificou-se diferenças significativas nas interações
Doses X Épocas para as características teor relativo de clorofila total, fluorescência da
clorofila a (Fv/Fm) e número de folhas de laranjeiras cv. Hamlin, enquanto para o
comprimento dos ramos somente efeito dos fatores principais (Tabela 4).
Observou-se diferença significativa entre as doses do maturador para todas as
características avaliadas, independentemente da época (Tabela 4), sendo que para teor
relativo de clorofila e fluorescência da clorofila Fv/Fm, a dose recomendada pelo
fabricante (DR) apresentou melhores resultados quando comparada a metade da dose
recomendada (MDR), sendo que ambos tratamentos resultaram em menores valores em
relação à testemunha. No entanto, para as características, número de folhas e
comprimento de ramo, a DR apresentou piores resultados quando comparada aos
demais tratamentos.
39
Verificou-se efeito significativo da época de avaliação sobre todas as
características avaliadas, com exceção do comprimento de ramo, independentemente da
dose do ethil - trinexapac (Tabela 4).
Pode-se observar queda significativa no teor relativo de clorofila e da
fluorescência da clorofila Fv/Fm aos 60DAA, sendo que para a primeira caracteristica,
esta queda estende-se até os 90DD, após este período observa-se uma tendente
recuperação; enquanto que para a fluorescência da clorofila esta recuperação é detectada
logo após o referido período. Tal fato pode ser explicado pelo período chuvoso e
conseqüente aumento de brotações de ramos e folhas, uma vez que folhas novas
apresentam teores menores (clorofila e Fv/Fm) que as folhas maduras.
Analisando-se o comportamento no decorrer do tempo, pode-se observar queda
no teor relativo de clorofila total aos 60 DAA na simulação de deriva da metade da dose
recomendada e aos 90 DAA para a dose inteira (Figura 4A), após estas épocas
observou-se recuperação no teor. O mesmo comportamento foi observado com a metade
da dose recomendada sobre a fluorescência da clorofila a (Figura 4B), enquanto a dose
recomendada pelo fabricante não surtiu efeito.
Para as características número de folhas e comprimento do ramo não foi
observado efeito significativo. O número de folhas das laranjeiras se fez crescentes no
decorrer das épocas sendo que aos 30 DAA, houve queda significativa das folhas das
laranjeiras submetidas á dose recomendada com posterior tendência de recuperação, ao
passo que, a metade da dose recomendada apresentou redução do seu número de folhas
a partir dos 60 DAA, mantendo-se com valores baixos até os 120 DAA (Figura 4 C)
O comprimento do ramo se manteve constante, ou seja, as laranjeiras não
apresentaram crescimento significativo. Em cana-de-açúcar, o etil-trinexapac é utilizado
40
como maturador por causar inibição temporária ou redução do ritmo de crescimento,
sem afetar porém, o processo de fotossíntese e conseqüente acúmulo de fotoassimilados
nos colmos, tal fato pode ter ocorrido nas laranjeiras, uma vez que observa-se valores
constantes com relação ao comprimento dos ramos, ou seja, paralisação ou redução do
ritmo de crescimento.
Machado (2009) também constatou em seu trabalho que a aplicação de etil-
trinexapac, 0,4 L.ha-1,
na cultura do trigo (CD 104) via pulverização foliar no início do
alongamento (estádio de 1º nó visível), é eficiente em promover uma redução do porte
da cultura, visando reduzir possíveis perdas em produtividade devido ao acamamento.
Em cultura perene, o etil-trinexapac, aplicado via foliar, também se faz eficiente
em regular o crescimento vegetativo, como observado por Mouco (2010) em ramos de
mudas de mangueira ‘Tommy Atkins.
Ainda, podemos constatar que os tratamentos submetidos a dose recomendada
apresentaram ramos menores que os das demais plantas, independentemente da época
de avaliação (Figura 4 D).
41
Tabela 4 – Efeito do etil-trinexapac no teor relativo de clorofila total, fluorescência da
clorofila a (FV/FM), número de folhas e comprimento dos ramos.
Jaboticabal, 2010.
Tratamento Clorofila
(UR) Fv/Fm Nº de folhas
Comprimento
do ramo (cm)
Dose (D)
SA 60,7 A 0,778 A 53,7 A 48,7 A
DR 58,9 A 0,781 A 33,0 B 39,0 B
MDR 52,1 B 0,707 B 57,4 A 46,3 AB
Épocas (E) Dias após a aplicação
0 60,6 A 0,749 B 19,9 B 53,5 A
15 65,5 A 0,782 AB 58,9 A 40,4 A
30 58,3 AB 0,766 AB 52,9 A 42,9 A
60 48,0 C 0,657 C 46,5 A 40,3 A
90 50,6 BC 0,768 AB 56,7 A 43,4 A
120 60,3 AB 0,810 A 53,3 A 47,6 A
FD 7,3518 ** 19,2170 ** 11,5064 ** 4,6244 *
FE 7,8407 ** 14,7365 ** 6,9373 ** 2,2842 NS
DxE 3,0752 ** 4,4598 ** 5,6705 ** 1,2697 NS
CV% 14,3140 6,2456 39,4643 26,0026
SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
NS – não significativo pelo teste F; * significativo ao nível de 5% de probabilidade, ** significativo ao nível de 1%
de probabilidade.
Médias seguidas por mesma letra, na coluna, não diferenciam entre si pelo teste de Tukeu a 5% de probabilidade.
Para o teor relativo de clorofila total (Tabela 4.1.), não se verificou efeito de
épocas dentro da testemunha, enquanto que para as plantas tratadas com a dose
recomendada, o teor relativo de clorofila total aos 90 DAA diferiu dos demais embora
não tenha apresentado efeito do determinado aos 60 DAA. Com relação ás plantas
tratadas com a metade da dose recomendada, este efeito foi observado aos 60 DAA, que
não diferiu dos 90 e 120 DAA.
Dentro das épocas, observou-se efeito das doses apenas a partir dos 60 DAA,
quando plantas tratadas com a metade da dose recomendada apresentaram teor relativo
42
de clorofila total menor que a das testemunhas, sendo que somente aos 90 DAA não
diferiu das tratadas com a dose recomendada.
Tabela 4.1 - Desdobramento do efeito da interação Dose X Épocas para o teor relativo
(UR) de clorofila total em folhas de laranjeira tratadas com ethil -
trinexapac. Épocas
Doses
0 15 30 60 90 120
SA 58,0 Aa1 65,8 Aa 56,4 Aa 53,3 Aa 62,8 Aa 67,9 Aa
DR 62,5 Aa 67,2 Aa 64,1 Aa 55,5 ABa 40,4 Bb 63,8 Aa
MDR 61,3 Aa 63,7 Aa 54,4 Aa 35,3 Bb 48,7 ABb 49,3 ABb
1. médias seguidas por mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste
Tukey, sendo que as letras maiúsculas comparam os efeitos das doses dentro de cada época de avaliação e
as letras minúsculas comparam os efeitos das épocas dento das doses. SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
Para a fluorescência da clorofila a (Fv/Fm), constatou-se apenas um efeito
isolado das doses dentro da época e da época dentro das doses, para as quais as plantas
tratadas com a metade da dose recomendada apresentaram menor valor aos 60 DAA
(Tabela 4.2.).
Tabela 4.2 - Desdobramento do efeito da interação Dose X Épocas para a fluorescência
da clorofila a (Fv/Fm) em folhas de laranjeira tratadas com ethil -
trinexapac. Épocas
Doses
0 15 30 60 90 120
SA 0,776 Aa1 0,808 Aa 0,764 Aa 0,721 Aa 0,792 Aab 0,808 Aa
DR 0,759 Aa 0,795 Aa 0,770 Aa 0,750 Aa 0,796 Aa 0,817 Aa
MDR 0,713 Aa 0,743 Aa 0,764 Aa 0,500 Bb 0,716 Ab 0,804 Aa
1. médias seguidas por mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste
Tukey, sendo que as letras maiúsculas comparam os efeitos das doses dentro de cada época de avaliação e
as letras minúsculas comparam os efeitos das épocas dento das doses. SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
43
Para o número de folhas, os resultados obtidos foram muito variáveis, ainda
mais considerando-se que as plantas sofreram desfolhas naturais associadas às
resultantes dos tratamentos (Tabela 4.3.). Nas plantas testemunhas, o número de folhas
foi superior aos 120 DAA quando comparado aos 0 e aos 30 DAA, sendo que a dos 30
DAA não diferenciaram das demais. Quando as plantas foram tratadas com a dose
comercial, não mais se verificou efeito das épocas de avaliação. Quando foram tratadas
com metade da dose comercial, o número de folhas aos 30 DAA só não foi superior ao
observado aos 15 DAA, que por sua vez não diferenciou dos 60 DAA, enquanto o das
demais épocas não diferenciaram entre si.
Tabela 4.3 - Desdobramento do efeito da interação Dose X Épocas para o número de
folhas de laranjeira tratadas com ethil - trinexapac Épocas
Doses
0 15 30 60 90 120
SA 12,5 Ca1 56,7 ABab 39,0 BCb 58,0 ABa 73,2 ABa 83,0 Aa
DR 24,7 Aa 35,7 Ab 18,7 Ab 32,0 Aa 54,5 Aa 32,5 Ab
MDR 22,5 Ca 84,3 ABa 101,0 Aa 49,5 Bca 42,5 Ca 44,5 Cb
1. médias seguidas por mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste
Tukey, sendo que as letras maiúsculas comparam os efeitos das doses dentro de cada época de avaliação e
as letras minúsculas comparam os efeitos das épocas dento das doses. SA – sem aplicação; DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
44
Figura 4. Efeito de doses de ethil - trinexapac sobre o teor relativo de clorofila total (A),
fluorescência da clorofila a (B), número de folhas (C) e comprimento de
ramos (D) de laranjeira Hamlin até os 120 dias após a aplicação. DR – dose
recomendada pelo fabricante; MD – metade da dose recomendada pelo fabricante.
A B
C D
45
4.4 Sulfometuron-metil
Para as características teor relativo de clorofila total, fluorescência da clorofila a
(Fv/Fm), número de folhas e comprimento do ramo de laranjeiras cv. Hamlin, não se
constatou efeito significativo da interação entre doses de sulfometuron – metil e épocas
de avaliação, mas apenas efeito dos fatores isoladamente (Tabela 5).
Os efeitos de doses, independentemente das épocas de avaliação, só foram
constatados para o comprimento dos ramos, no qual os ramos tratados com
sulfometuron–metil, nas duas doses, ficaram menores que os da testemunha (Tabela 5).
Não foi observado efeito das épocas de avaliação, independentemente das doses
de sulfometuron – metil, somente para o comprimento dos ramos, que praticamente
manteve-se constante no decorrer do período experimental (Figura 5 D). Contudo, o
sulfometuron-metil caracteriza-se como inibidor de crescimento vegetal, e portanto, ele
pode ter atuado como inibidor de crescimento dos ramos das árvores.
É sabido também, que o maturador não provoca a morte da gema apical,
portanto, após um certo período de paralização ou diminuição do crescimento, a planta
retoma seu metabolismo normal. Assim pode ter ocorrido para com as plantas de
laranjeira, uma vez que observa-se uma retomada no crescimento, apesar de não
significativo, a partir dos 90 DAA. Este fato pode representar o inicio da retomada do
crescimento dos ramos, em decorrência do pós período de ação do maturador sobre as
plantas de laranjeira. Contudo, a testemunha apresenta crescimento dos ramos mais
acentuado a partir dos 60 DAA, devido o inicio da época chuvosa, e portanto, retomada
do crescimento após o período de estiagem (Figura 5 D).
46
Tanto para o teor relativo de clorofila total tal como para a fluorescência da
clorofila a (Fv/Fm), verificou-se redução em seus valores aos 60 DAA, sendo que para
o teor de clorofila esta redução se estendeu até os 90 DAA (Tabela 5). Esta redução
pode ter sido decorrente da deficiência hídrica; com a normalização da precipitação
pluvial (época de chuvas), houve a emissão de novas folhas, quando as laranjeiras
retomaram seu desenvolvimento, com aparente recuperação no teor de clorofila total e
na eficiência quântica do fotossistema II (Fv/Fm), mesmo nas plantas tratadas com as
duas doses de sulfometuron–metil (Figuras 5 A e B).
Mechede (2009) constatou que sulfometuron-metil, nas maiores doses testadas,
podem interferir na fotossíntese por alterar os teores de clorofila e carotenóides das plantas
de cana-de-açúcar, já nas primeiras épocas de avaliação. Neste caso, a queda no teor de
clorofila provavelmente não tenha sido em decorrência do efeito do maturador, e sim das
condições climáticas que favoresceu a ramificação e o enfolhamento das plantas de
laranjeiras e, portanto, folhas novas possuem menores teores de clorofila quando compradas
a folhas mais velhas.
Com relação ao número de folhas, este foi crescente com o aumento nas épocas de
avaliação (Figura 5 C), sendo que o valor determinado no dia da aplicação (0 dias) foi
significativamente menor que os demais, fato tecnicamente normal, uma vez que as
plantas apresentavam tamanhos reduzidos. Dos 15 aos 60 DAA os valores para a
caractristica número de folhas não se diferenciaram entre si, mas estes foram
significativamente menores que os de 90 e 120 DAA. Portanto, assim como pode ser
observado no Gráfico 5 C, o número de folhas para as duas doses não se diferenciou
muito da testemunha, logo, o maturador não apresentou efeito com relação a esta
característica.
47
Tabela 5 – Efeito do sulfometuron – metil no teor relativo de clorofila total,
fluorescência da clorofila a (Fv/Fm), número de folhas e comprimento
dos ramos. Jaboticabal, 2010.
Tratamento Clorofila
(UR) Fv/Fm Nº de folhas
Comprimento
do ramo (cm)
Dose (D)
AS 60,7 A 0,778 A 53,7 A 48,7 A
DR 61,0 A 0,749 A 60,0 A 36,2 B
MDR 57,0 A 0,774 A 56,7 A 40,8 B
Épocas (E) Dias após a aplicação
0 57,8 A 0,743 AB 19,7 C 41,0 A
15 67,6 A 0,779 A 51,2 B 39,1 A
30 64,2 A 0,779 A 51,1 B 41,8 A
60 46,6 B 0,703 B 52,1 B 39,2 A
90 57,1 AB 0,791 A 81,4 A 41,4 A
120 63,9 A 0,807 A 85,3 A 49,1 A
FD 1,3789 NS 1,9331 NS 0,4698 NS 10,6683 **
FE 7,9840 ** 5,7918 ** 13,8567 ** 1,8110 NS
DxE 1,2580 NS 0,5328 NS 0,5021 NS 0,5479 NS
CV% 154,890 71,111 393,505 225,968
SA – sem aplicação;DR – dose recomendada pelo fabricante; MDR – metade da dose recomendada pelo fabricante;
NS – não significativo pelo teste F; * significativo ao nível de 5% de probabilidade, ** significativo ao nível de 1%
de probabilidade.
Médias seguidas por mesma letra, na coluna, não diferenciam entre si pelo teste de Tukeu a 5% de probabilidade.
48
Figura 5. Efeito de doses de sulfometuron – metil sobre o teor relativo de clorofila total
(A), fluorescência da clorofila (B), número de folhas (C) e comprimento de
ramos (D) de laranjeira Hamlin até os 120 dias após a aplicação. DR – dose
recomendada pelo fabricante; MD – metade da dose recomendada pelo fabricante.
A B
C D
49
5. CONCLUSÕES
A simulação de deriva do glyphosate em ramos de laranjeiras cv. Hamlin, na
dose recomendada ou metade desta, resultou na quebra da dominância apical dos ramos
e, consequentemente, no aumento do número de folhas e ramos laterais.
A deriva simulada do etefon, dose recomendada ou metade da dose
recomendada, ocasionou necrose das pontas dos ramos e senescência da sua folhagem,
prejudicando o desenvolvimento vegetativo das plantas.
No caso do etil–trinexapac, ele promoveu a paralização do crescimento das
laranjeiras, principalmente as submetidas a dose recomendada pelo fabricante.
A deriva simulada do sulfometuron-metil promoveu a paralisação temporária do
crescimento dos ramos das laranjeiras, com provável retomada a partir dos 90 DAA.
50
6. RESUMO
No Brasil, é muito comum o uso de maturadores químicos na cultura da cana-de-açúcar
por atribuir melhores qualidades tecnológicas à matéria-prima, além de permitir a
antecipação e a programação da colheita. No entanto, este fato vem se tornando um
problema para as culturas vizinhas às de cultivo de cana-de-açúcar, em conseqüência da
deriva desses maturadores em culturas não alvo. Assim, este trabalho teve por objetivo
avaliar os efeitos da deriva simulada de maturadores químicos, frequentemente
utilizados na cultura da cana-de-açúcar, em laranjeiras cv. Hamlin. O experimento foi
conduzido em delineamento em blocos casualizados com os tratamentos: 1. Glyphosate
(Roundup) (288g i.a./ha); 2. Glyphosate (Roundup) (144g i.a./ha); 3. Ethephon (Ethrel)
(480g i.a./ha); 4. Ethephon (Ethrel) (240g i.a./ha); 5. Ethil – trinexapac (Moddus) (250g
i.a./ha); 6. Ethil – trinexapac (Moddus) (175g i.a./ha); 7.Sulfometuron – metil
51
(Curavial) (20g i.a./ ha); 8. Sulfometuron – metil (Curavial) (10g i.a./ha); 9.
Testemunha. Foram realizadas quatro repetições de cada tratamento e os seus efeitos
foram avaliados aos 0, 15, 30, 60, 90, e 120 dias após aplicações (DAA), quando foram
efetuadas contagens de folhas e determinado o comprimento de ramos, estes
previamente demarcados com fitilhos. Também foram realizadas determinações dos
teores relativos de clorofila total e a fluorescência da clorofila – razão FV/FM.
Observou-se que a simulação da deriva de glyphosate resultou em quebra da
dominância apical dos ramos acarretando a formação de novas folhas e ramos laterais
(para as duas doses). A deriva das duas concentrações de etefon ocasionou queda das
folhas e necrose da ponta dos ramos. No caso do etil–trinexapac, principalmente á 250 g
i.a., promoveu a inibição do crescimento das laranjeiras e o sulfometuron–metil, causou
inibição temporária do crescimento das laranjeiras. Todos os tratamentos apresentaram
queda nos teores de clorofila e fluorescência da clorofila (Fv/Fm) aos 60 DAA
ocasionada pelo período chuvoso e conseqüente formação de novas folhas.
52
7. SUMMARY
The use of chemical maturators in sugarcane in Brazil is very common to
improve the technological attributes of the raw material and to anticipate harvest.
However, the use of maturators can affect neighborhood crops, as a consequence of the
drift. Thus, this work aimed to evaluate the effects of the drift simulation of chemical
maturators in the Citrus sinensis cv Hamlin. The experiment was conducted by
randomized block design with the following treatments: 1. Glyphosate (Roundup) (288g
i.a./ha); 2. Glyphosate (Roundup) (144g i.a./ha); 3. Ethephon (Ethrel) (480g i.a./ha); 4.
Ethephon (Ethrel) (240g i.a./ha); 5. Ethil – trinexapac (Moddus) (250g i.a./ha); 6. Ethil
– trinexapac (Moddus) (175g i.a./ha); 7.Sulfometuron – metil (Curavial) (20g i.a./ ha);
8. Sulfometuron – metil (Curavial) (10g i.a./ha); 9.Testmony. Each treatment was
replicated four times. The results were analyzed at 0, 15, 30, 60, 90 and 120 days after
53
the spray by counting the number of leaves and measuring the branches’s lengths (each
plant was previously demarcated). There were also determined the relative chlorophyll
content and the chlorophyll fluorescence (FV/FM). In the drift simulation of glifosate it
was observed the break of apical dominance of the branches which increased the
numbers of leaves and lateral branches (for both dosages). The drift simulation of the
two etefon dosages caused the falling of leaves and necrosis at the end of the branches.
The ethyl-trinexapac promoted the orange growth, mainly to 250 g a.i., and
sulfometuron-methyl caused temporary inhibition on orange growth. All treatments
showed a decrease of chlorophyll contents and chlorophyll fluorescence (FV/FM) at 60
DAA, which was caused by a rainy period. As a consequence the growth of new leaves
was observed.
54
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