Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na...

87
RENATA GABRIEL FONTINELE Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem Articular do Joelho de Ratas Ooforectomizadas São Paulo 2007

Transcript of Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na...

Page 1: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

RENATA GABRIEL FONTINELE

Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem Articular

do Joelho de Ratas Ooforectomizadas

São Paulo

2007

Page 2: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

RENATA GABRIEL FONTINELE

Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de

ratas ooforectomizadas

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências

Departamento:

Cirurgia

Área de Concentração:

Anatomia dos Animais Domésticos e

Silvestres

Orientador:

Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza

São Paulo

2007

Page 3: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO-NA-PUBLICAÇÃO

(Biblioteca Virginie Buff D’Ápice da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo)

T.1939 Fontinele, Renata Gabriel FMVZ Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas

ooforectomizadas / Renata Gabriel Fontinele. – São Paulo: R. G. Fontinele, 2007. 86 f. : il.

Dissertação (mestrado) - Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

Veterinária e Zootecnia. Departamento de Cirurgia, 2008.

Programa de Pós-Graduação: Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres. Área de concentração: Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres.

Orientador: Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza.

1. Cartilagem Articular. 2. Tíbia. 3. Ooforectomia. 4. Exercícios Físicos. 5. Morfometria. 6. Rato Wistar. I. Título.

Page 4: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada
Page 5: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome: FONTINELE, Renata Gabriel

Título: Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas

ooforectomizadas

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências

Data: _____/_____/_____

Banca Examinadora

Prof. Dr. ___________________________ Instituição: ________________________

Assinatura: _________________________ Julgamento: _______________________

Prof. Dr. ___________________________ Instituição: ________________________

Assinatura: _________________________ Julgamento: _______________________

Prof. Dr. ___________________________ Instituição: ________________________

Assinatura: _________________________ Julgamento: _______________________

Page 6: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

“Senhor, meu futuro está em tuas mãos. Não sei o

que aguarda o amanhã, mas sei que estarás

comigo, aconteça o que acontecer, e isto

enche o meu coração de paz”.

Page 7: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

DEDICATÓRIA

A minha mãe, Adelina da C. G. C. Fontinele e ao meu pai,

Francisco das C. C. Fontinele que são dádivas em minha

vida. Obrigada pelos ensinamentos de fé, pelos caminhos

guiados, pela compreensão, por todo amor e carinho. Esta

jornada não seria possível sem o apoio de vocês.

Eu amo vocês!

Page 8: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao meu orientador Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza pela confiança, atenção,

paciência, orientação, amizade e respeito. Já disse isso antes e repito: “O Senhor é como

um pai para mim nos ensinamentos e na pesquisa”. Obrigada.

As minhas irmãs lindas, Daniela G. Fontinele e Camila G. Fontinele pelo carinho, apoio

e amizade.

Ao meu noivo, Alexandre J. Rosário pela paciência, compreensão e dedicação.

Ao meu cunhado, William T. S. Filho pelo apoio e incentivo.

Aos meus amigos Fabiana Santos Matsumoto, Amanda Messias Vazzoler, Claudia

Kanashiro, Joel Alves de Sousa, Evander Bueno, Guilherme Buzzon, e Ana Paula

Castello por todos os momentos de alegria e companheirismo. Vocês têm um lugar

especial em meu coração.

Page 9: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

AGRADECIMENTOS

A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, pela

oportunidade de aprimoramento científico e profissional.

A Prof. Dra. Maria Angélica Miglino pela confiança, ensinamentos, apoio e também por

disponibilizar o uso do Laboratório de Histologia e Embriologia. Muito obrigada!

Aos técnicos e amigos do Laboratório de Histologia e Embriologia, Dra. Sandra Freiberger

Affonso e Ronaldo Agostinho da Silva. Vocês foram fundamentais para o desenvolvimento

da Microscopia Eletrônica e da Histologia. Obrigada pela força!

Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Ambrósio, por ter cedido gentilmente o espaço para a

realização do protocolo experimental no canil GRMD.

Aos colegas do canil GRMD, em especial ao José Augusto Eulálio e Marina Brolio pelo

apoio e paciência.

Ao Prof. Dr. José Roberto Kfoury, pelos ensinamentos e por disponibilizar o uso do

laboratório LTIAM.

Aos colegas do LTIAM pela paciência e compreensão, em especial a Janaina Munuera

Monteiro, Ana Rita de Lima, Gerlane Medeiros e Rosemary Viola Bosch.

A todos os professores do Programa de Pós-Graduação do Setor de Anatomia dos Animais

Domésticos e Silvestres, em especial ao Prof. Dr. Ii-Sei Watanabe e ao Prof. Dr. Francisco

Javier H. Blasquez pelos ensinamentos.

As minhas avós Sra. Carminda Camila e Sra. Maria Regina C. Fontinele (em memória), ao

meu avô Sr. Henrique Augusto Gabriel (em memória) por todo amor e carinho.

As minhas tias Maria de Fátima Gabriel e Maria da Salete Fontinele, a minha prima Maise

J. Oliveira e ao meu primo Marcio P. Oliveira por todo apoio e carinho.

Aos meus amigos de pós-graduação: Fernando Ladd Lobo, Silvio Pires Gomes, Valquiria

Mariotti, Felipe da Roza Oliveira, Juliana Plácido Guimarães, Renata de Britto Mari,

Daniela Cagnoto, Fernando Garbelotti, Thiago Aloia, Ana Paula Silva, João Carlos Morini,

Page 10: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

Marcelo Mendes, Miryan Lança Alberto Gutierrez, Hugo Andres Gutierrez e Caue

Procópio.

A todos os colegas de pós-graduação pela amizade.

Aos técnicos do setor de Anatomia, Ednaldo Ribas Farias (Indio), Diogo Mader, João do

Carmo Freitas, Raimundo Leal de Sousa e Natalia Garcia de Andrade (Branca), pelo

carinho, respeito e amizade.

Aos funcionários do Departamento de Anatomia, Jaqueline Martins de Santana e Maicon

Barbosa da Silva pela ajuda e carinho.

As funcionárias da secretaria de pós-graduação, Claudia Lima, Deise Maria Alves Flexa e

Joana Ferreira Dias Vasconcelos.

Aos funcionários da biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade de São Paulo, em especial a Elza Maria R. B. Faquim, pela colaboração e

correção desta dissertação.

A Prof. Dra. Laura Beatriz Mesiano Maifrino e Prof. Dra Eliane Gama pela ajuda e

ensinamentos.

Ao pessoal do Laboratório Rhesus Veterinária, em especial a Márcia, pela seriedade.

Page 11: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

RESUMO

FONTINELE, R. G. Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas. [The Effects of the physical activity in the articular cartilage structure in the knee of ovariectomized rats]. 2008. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

A incidência de osteoartose, ou degeneração da cartilagem articular aumenta na pós-

menopausa, condição esta relacionada à deficiência de estrógeno. Por outro lado, tem sido

demonstrado que a atividade física regular e moderada tem efeitos benéficos sobre o sistema

esquelético, em qualquer condição, mas especialmente na menopausa. Utilizando ratos

Wistar, como modelo experimental, os objetivos deste trabalho são: a) verificar se a

ooforectomia produz alterações na estrutura da cartilagem articular da epífise proximal da

tíbia e b) verificar se a realização de exercícios físicos aeróbicos tem efeito sobre estas

alterações. Para a realização deste estudo foram utilizadas 24 ratas com 6 meses de idade, da

linhagem Wistar, distribuídas em 3 grupos de oito ratas cada: GC-Ratas com seis meses de

idade, não submetidas à ooforectomia nem atividade física; GOS-Ratas com seis meses de

idade, que sofreram ooforectomia bilateral, mas que não fizeram atividade física e, GOT-

Ratas com seis meses de idade que foram submetidas à ooforectomia bilateral mais atividade

física (corrida em esteira) durante 3 meses. Todos os animais foram eutanasiados com 9

meses de idade. A avaliação foi realizada através de microscopia de luz em cortes

histológicos corados pela Hematoxilina-Eosina e pelo Picrossírius e estudos à microscopia

eletrônica de varredura. À microscopia de luz, foram feitas medidas da espessura das zonas

da cartilagem articular, contado o número de condrócitos por área, determinados os volumes

dos núcleos dos condrócitos e a densidade de volume das fibras colágenas e à microscopia

eletrônica de varredura foi analisada a superfície da cartilagem nos três grupos. Os dados

quantitativos foram comparados estatisticamente pelo ANOVA e teste de Tukey. Os

resultados mostraram que houve um aumento de peso nos animais do GOS e GOT em relação

ao GC. Quanto ao treinamento, os animais do GOT tiveram melhor rendimento nos TEMs.

Quanto à espessura da cartilagem observamos um aumento da espessura da zona superficial

no côndilo medial da tíbia no GOS em relação ao GC. O número de condrócitos por campo

foi alterado apenas no GOS, que mostrou um aumento de 34% em relação ao GC, o que, ao

que parece, se deveu ao aumento do número de condrócitos da camada profunda. O volume

nuclear dos condrócitos da zona superficial foi menor no GOS que no GC. O mesmo ocorreu

Page 12: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

na zona média do côndilo medial. Quanto aos valores da cartilagem da epífise proximal como

um todo, observamos que o volume nuclear dos condrocitos do GOS e também do GOT

foram menores do que do GC. Para o colágeno observamos um aumento da densidade de

volume do colágeno no GOS e no GOT em relação ao GC. A microscopia eletrônica revelou a

presença de lesões degenerativas semelhantes tanto para o GOS, quanto para o GOT.

Podemos concluir que a depressão dos níveis de estrógeno acarreta alterações importantes na

cartilagem articular da epífise proximal da tíbia tanto no componente celular, quanto na

matriz e que a realização de exercícios físicos, isoladamente, parece não influenciar essas

alterações.

Palavras-Chave: Cartilagem Articular. Tíbia. Ooforectomia. Exercícios Físicos. Morfometria.

Rato Wistar.

Page 13: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

ABSTRACT

FONTINELE, R. G. The effects of the physical activity in the articular cartilage structure in the knee of ovariectomized rats. [Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas]. 2008. 86 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

The incidence of osteoarthritis increase in women in the post-menopausal period. This

condition is relationed with the estrogen deficiency. Otherwise, it’s being demonstrated that

regular or moderate physical activity have beneficial effects on the skeletal system, in any

condition, but especially in the menopause. Using Wistar rats, as an experimental model, the

aims of this work are: a) to check if the ovariectomy produces alterations in the articular

cartilage structure of the tibial proximal epiphysis and b) To check if aerobic physical

exercises have effects on this alterations. To achieve these goals it was used 24 Wistar rats of

6 months of age, distributed in 3 groups of eight rats each: Control group- Rats with six

months of age without ovariectomy and physical activity; GOS- Rats with six months of age

with ovariectomy bilateral and without physical activity and, GOT- Rats with six months of

age with ovariectomy bilateral and physical activity during 3 months. Al rats were

euthanasied with 9 months of age. The results were obtained by using light microscopy to

observe the histological sections stained with Hematoxylin and Eosin, and Picrosirius stain

and the Scanning Electron Microscope. For light microscopy, were measured the thickness of

cartilage, counted the number of chondrocytes, determined the volumes nuclei of

chondrocytes and the density of volume of the collagens fibers. For the Scanning Electron

Microscope, was analyzed the cartilage surface in the three groups. The data were statistically

compared for the ANOVA and Tukey´s test. The results showed that there was an increase in

the weight in the animals of GOS and of GOT. In relation to training, the animals of GOT

obtained the best income in the TEMs. In relation to the thickness of the articular cartilage it

was observed a decrease in the superficial layer of the medial condyle in the GOS and GOT.

The number of chondrocytes was altered only in the GOS, that obtained an increase of the

34% on GC in the deep layer. The nuclear volume of chondrocytes in the superficial layer was

higher in the GC than the GOS .The same occurred in the medium layer when the two tibial

condyles, lateral and medial were assessed separately, but when the values of the epiphysial

cartilage was considered as a whole, we found that the volume nuclei of chondrocytes in the

GC was higher than the GOS and the GOT. For the collagen, the values of density of volume

Page 14: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

of the collagen fibers was higher in the GOS and in the GOT than the GC. The Scanning

Electron microscopy showed the presence of degenerative lesions in both GOS and GOT. We

can conclude that the depression levels of estrogen produced important changes in the tibial

cartilage and that the physical activity doesn't have effects on these changes.

Key Words: Physical activity. Articular cartilage. Oophorectomy. Rat. Morphometry

Page 15: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Médias das pesagens, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística........................................45

Tabela 2 - Valores das velocidades médias em cada TEM, seguidos pelo desvio padrão e significância estatística,

seguidas pelo desvio padrão e significância estatística...........................................................................47

Tabela 3 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular do côndilo lateral da tíbia

nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística.......................52

Tabela 4 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia

nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística.......................52

Tabela 5 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular da epífise proximal da tíbia

nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística......................53

Tabela 6 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das zonas da cartilagem articular do côndilo

lateral da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................55

Tabela 7 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das zonas da cartilagem articular do côndilo

medial da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística................................................................................................................................................ 56

Tabela 8 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das zonas da articular da epífise proximal da tíbia

nos diferentes grupos avaliados seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística................................................................................................................................................ 56

Tabela 9 - Demonstrativo das médias do volume nuclear dos condrócitos das zonas da cartilagem articular do

côndilo lateral da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................59

Tabela 10 - Demonstrativo das médias do volume nuclear dos condrócitos das zonas da cartilagem articular do

côndilo medial da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e

significância estatística............................................................................................................................59

Tabela 11 - Demonstrativo das médias volume nuclear do condrócitos das zonas da cartilagem articular da epífise

proximal da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................60

Tabela 12 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno no côndilo lateral da tíbia entre os

diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................63

Page 16: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

Tabela 13 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno no côndilo medial da tíbia entre os

diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................63

Tabela 14 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno cartilagem articular da epífise

proximal da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância

estatística.................................................................................................................................................63

Page 17: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação esquemática da epífise proximal da tíbia (A), demonstrando os cortes perpendiculares à

superfície da cartilagem (B)....................................................................................................................38

Figura 2 – Representação esquemática do sistema teste utilizado para a determinação da densidade do volume de

colágeno. Picrosirius; aumento 400X. ...................................................................................................40

Figura 3 - Representação esquemática da epífise proximal da tíbia (A), montada em base apropriada para a

microscopia eletrônica de varredura (C).................................................................................................42

Figura 4 - Médias das pesagens obtidas no pré-operatório, em cada um dos três testes de esforço máximo e no dia

da eutanásia, para os animais do GC, GOS e GOT.................................................................................44

Figura 5 - Os dados mostram a velocidade máxima média obtida no GC, GOS e GOT..........................................46

Figura 6 - Os dados mostram a média das velocidades do treinamento do GOT e da atividade do GC e GOS nos

três meses do experimento.......................................................................................................................47

Figura 7 - Cortes histológicos da cartilagem articular da tíbia mostrando as zonas superficial (S), média (M),

profunda (P) e calcificada (C), e o aspecto dos condrócitos (setas) nas lacunas nos três grupos

estudados (GC, GOS e GOT) HE; barra= 10µm.....................................................................................49

Figura 8 - Cortes histológicos da cartilagem articular da tíbia mostrando a distribuição das fibras colágenas nas

zonas da cartilagem nos três grupos estudados (GC, GOS e GOT). Picrosirius; aumento:

400X........................................................................................................................................................61

Figura 9 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GC

demonstrando superfície irregular com a presença de algumas lascas (seta branca) e fissuras (seta

preta). Aumento: 1.000X.........................................................................................................................65

Figura 10 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOS

demonstrando área de degeneração da cartilagem articular com exposição de osso subcondral

(estrela); a seta indica a cartilagem articular nas margens da região degenerada. Aumento:

1.000X.....................................................................................................................................................65

Figura 11 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOT

demonstrando área degenerada com a presença de condrócitos (interior da elipse), lascas (seta negra) e

fissuras profundas (seta branca). Aumento: 1.000X...............................................................................65

Figura 12 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GC

evidenciando superfície irregular com rede colágena. Aumento: 10.000X............................................66

Page 18: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

Figura 13 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOS

evidenciando condrócitos (seta) da cartilagem articular nas margens de região degenerada. Aumento:

10.000X...................................................................................................................................................66

Figura 14 - Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOT

evidenciando fissura profunda (indicada na 11 com uma seta branca). Fibras colágenas (setas brancas);

condrócitos (seta negra). Aumento: 10.000X........................................................................................66

Page 19: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......... .........................................................................................21

2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 25

3 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 27

3.1 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DAS CARTILAGENS ARTICULARES ................................................................................................... 27

3.2 EFEITOS DA DEPRIVAÇÃO E ESTRÓGENOS SOBRE AS CARTILAGENS ARTICULARES ...................................................................... 29

3.3 EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NAS CARTILAGENS ARTICULARES ................................................................................................... 30

4 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................... 33

4.1 ANIMAIS.............................................................................................................. 33

4.2 OOFORECTOMIA.................................................................................................33

4.3 PROTOCOLO EXPERIMENTAL ....................................................................... 34

4.4 CITOLOGIA VAGINAL E EXAME DE SANGUE............................................ 35

4.5 EUTANÁSIA DOS ANIMAIS............................................................................. 35

4.6 MICROSCOPIA DE LUZ..................................................................................... 36

4.6.1 Preparação do Material para Análise ao Microscópio de Luz........................ 36

4.6.2 Análise Morfométrica e Estereológica............................................................... 38

4.6.2.1 Análise da Espessura das Zonas (camadas) da Cartilagem Articular ....................39

4.6.2.2 Análise da Densidade Numérica de Condrócitos .................................................. 39

4.6.2.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos...................................... 39

4.6.2.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno.......................................... 40

4.7 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA ....................................... 41

4.7.1 Preparação do Material para Análise à Microscopia Eletrônica de Varredura..............................................................................................................41

4.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................................42

Page 20: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

5 RESULTADOS .................................................................................................... 44

5.1 VARIAÇÃO DO PESO DOS ANIMAIS ............................................................. 44

5.2 DESEMPENHO FÍSICO ...................................................................................... 45

5.3 RESULTADO DAS ANÁLISES MORFOMÉTRICA E ESTEREOLÓGICA .............................................................................................. 48

5.3.1 Análise da Espessura das Zonas da Cartilagem Articular ............................. 50

5.3.2 Análise da Densidade Numérica dE Condrócitos............................................. 53

5.3.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos.................................. 57

5.3.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno ..................................... 60

5.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA ......................................... 64

6 DISCUSSÃO ........................................................................................................ 68

6.1 VARIAÇÃO DO PESO DOS ANIMAIS ............................................................. 69

6.2 DESEMPENHO FÍSICO ...................................................................................... 70

6.3 ANÁLISE MORFOMÉTRICA E ESTEREOLÓGICA........................................ 70

6.3.1 Análise da Espessura das zonas (camadas) da Cartilagem Articular ........... 70

6.3.2 Análise da Densidade Numérica de Condrócitos.............................................. 71

6.3.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos.................................. 72

6.3.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno ..................................... 73

6.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VAREDURA............................................ 74

7 CONCLUSÕES ................................................................................................... 76

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 78

Page 21: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

INTRODUÇÃO

Page 22: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

21

1 INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo é formado por células e matriz extracelular. A matriz é constituída

principalmente por três tipos de moléculas: colágenos, proteoglicanos (PGs) e glicoproteínas.

A cartilagem articular é um tipo de tecido conjuntivo que reveste as superfícies dos ossos nas

articulações sinoviais e tem funções biomecânicas de absorção de choques e distribuição de

peso, com um baixo coeficiente de atrito (LEVANON; STEIN, 1991; RASCH, 1991;

HARDINGHAM et al., 1992; HEISE; TOLEDO, 1993; TRATTNIG, 1997; HUBER et al.,

2000). É constituída por células (condrócitos) e matriz extracelular (BURSTEIN et al., 2000).

A matriz extracelular cartilagínea é constituída por uma rede de fibrilas de colágeno II,

V e XI e uma grande quantidade de PGs (HARDINGHAM et al., 1992; TRATTNIG, 1997;

HUBER et al., 2000). Variações na quantidade de colágeno têm uma influência direta no

comportamento mecânico da cartilagem articular (O’CONNOR et al., 1988). Desse modo, a

cartilagem depende totalmente da integridade da rede macromolecular que forma a matriz

extracelular. O colágeno é responsável pela resistência à deformação e os PGs atuam frente às

forças de compressão (ROUGHLEY;WHITE, 1980; SCHMIDT et al, 1990).

Os PGs são macromoléculas constituídas por um esqueleto protéico, ligado a cadeias

de glicosaminoglicanos (GAGs) (HASCALL; KIMURA, 1982; VAN KUPPEVELT et al.,

1984; RUOSLAHTI; YAMAGUCHI, 1991; YANAGISHITA, 1993; BRANDAN, 1994;

NISHIMURA et al., 1996; HUBER et al., 2000). Estas moléculas permitem a hidratação da

matriz e estabilização da rede colágena (MAROUDAS, 1976; PALMOSKI; BRANDT, 1981;

O’CONNOR, 1988; WIGHT et al., 1991; HARDINGHAM et al., 1992; SÄÄMÄMEN et al.,

1994; CULAV et al., 1999; HUBER et al., 2000).

O PG predominante da cartilagem articular é o agrecam, um PG de alto peso

molecular. Devido ao arranjo macromolecular das fibrilas colágenas entremeadas por

moléculas de agrecam, a matriz é altamente hidrofílica (MCDEVITT; MUIR, 1976;

GRODZINSKY, 1983; HARDINGHAM et al., 1992; STEVENS; LOWE, 1997; HUBER et

al., 2000).

A estrutura da matriz extracelular da cartilagem articular varia consideravelmente com

diferentes fatores, entre eles, a idade e a deprivação de hormônios estrogênios, no caso da

Page 23: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

22

mulher (ROUGHLEY, 2001; CHRISTGAU et al., 2004). Mudanças na estrutura da matriz

cartilaginosa resultam em um tecido com menor capacidade para suportar o estresse mecânico

(LOESER, 2000; HULDELMAIER et al., 2001) ficando mais sensível a doenças.

A manutenção das propriedades físicas e da estrutura e função da cartilagem articular

dependem do movimento e das cargas sobre ela (PALMOSKI et al., 1980; KIVIRANTA et

al., 1987; AROKOSKI et al., 1993; VAN DEN HOOGEN et al., 1998). Estudos mostram que

em animais jovens, a carga contribui para o desenvolvimento e em adultos para a conservação

da matriz extracelular (SÄÄMÄMEN et al., 1994).

A osteoartrose ou doença degenerativa articular está entre as causas mais comuns de

dor, incapacidade e diminuição da qualidade de vida em indivíduos de meia idade e idosos

(ATRA, 1995; NEWTON et al., 1997). A incidência desta doença aumenta com a idade, mas

não é causada apenas pelo envelhecimento (NEWTON et al., 1997), podendo também ocorrer

devido a vários fatores (NEWTON et al., 1997; PARKER et al., 2003), incluindo a pós-

menopausa (CHRISTGAU et al., 2004; HOEG-ANDERSEN et al., 2004). É mais comum em

mulheres do que em homens e, naquelas, mais comum após a menopausa. Esta alteração

crônica produz problemas econômicos e sociais significantes, principalmente quando incide

sobre joelhos e a coluna vertebral (ATRA, 1995; WALKER, 1996).

Na prática médica é muito importante dirigir a atenção a estes problemas, pois a

prevalência da osteoartrose vai aumentar com o aumento progressivo da idade média da

população nas próximas décadas (WARD; TIDSWELL, 1987; WALKER, 1996).

Mulheres na menopausa podem se beneficiar de exercícios aeróbios tais como

programas de caminhada ou de exercícios na água como estratégias de proteção articular

contra a degeneração da cartilagem, segundo Loeser (2000).

Diversos são os relatos na literatura sobre as alterações morfológicas na cartilagem

articular de animais jovens e em envelhecimento após exercícios moderados (PALMOSKI;

BRANDT, 1981; KIVIRANTA et al., 1988; SÄÄMÄMEN et al., 1988; VAN DEN

HOOGEN et al., 1998; DE GROOT et al., 1999; JONES et al., 2000; HULDELMEIER et al,

2001), excessivos (ARAKOSKI, 1993; BUCKWALTER, 1995; PAP et al., 1998) ou

imobilização (HÄÄPALA et al., 1999), porém, não foram encontradas informações após

atividade física aeróbica. Em relação aos estudos sobre o movimento a maior parte dos

autores se preocupa com parâmetros fisiológicos e não com as alterações morfológicas

Page 24: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

23

articulares relacionadas ao exercício. Deste modo, o presente trabalho visa detectar possíveis

alterações morfológicas na cartilagem articular de joelhos de ratas ooforectomizadas, quando

submetidas ou não à atividade física de corrida em esteira.

Page 25: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

OBJETIVOS

Page 26: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

25

2 OBJETIVOS

• Utilizando como modelo experimental o rato Wistar, verificar as alterações que

ocorrem na cartilagem articular da epífise proximal da tíbia, após a menopausa.

• Verificar se a realização de exercícios físicos aeróbicos aplicados a ratas

ovariectomizadas influencia a espessura da cartilagem, a densidade numérica

dos condrócitos, a densidade de volume do colágeno, e a morfologia

ultraestrutural da superfície articular da cartilagem articular da epífise proximal

da tíbia.

A importância clínica e a inexistência de trabalhos sobre o tema em animais de

experimentação justificam a realização do presente trabalho. Os resultados poderão servir

como base para a realização de trabalhos fisiológicos e em patologia em cartilagens

articulares.

Page 27: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

REVISÃO DE LITERATURA

Page 28: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

27

3 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capitulo será apresentada revisão da literatura sobre o tema, cujos tópicos serão

abordados na seguinte ordem: características estruturais das cartilagens articulares, alterações

da cartilagem articular devidas a deprivação de hormônios estrogênicos e efeitos do exercício

físico nas cartilagens articulares.

3.1 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DAS CARTILAGENS ARTICULARES

As cartilagens articulares, que revestem as superfícies dos ossos nas articulações

sinoviais têm origem a partir de moldes de cartilagem hialina. Quando ocorre a maturidade

esquelética, a cartilagem articular é o único indício do molde de cartilagem original e persiste

durante toda a vida adulta (HUBER et al., 2000).

A cartilagem articular permite a realização de movimentos entre as superfícies

articulares com baixo índice de atrito, serve como suporte de peso, e também transmite estas

cargas igualmente de um segmento do corpo para outro (ECKSTEIN et al., 1999; HUBER et

al., 2000; ECKSTEIN et al., 2006).

Por ser um tipo de tecido conjuntivo, caracterizado como aneural, avascular e alinfático

(ODA, 2005), mecanismos normais de reparo tecidual, como recrutamento de células para o

local da lesão, não ocorrem nas cartilagens articulares (HARDINGHAM et al., 2002). A

cartilagem articular depende principalmente de difusão para o transporte molecular de

nutrientes (FETTER et al., 2006). A cartilagem articular é um tecido aparentemente simples

que contém apenas um tipo de célula (condrócitos). No entanto tem uma matrix extracelular

altamente organizada (MAFFULI; KING, 1992; HARDINGHAM et al., 2002).

Os condrócitos são responsáveis pela manutenção da matriz (BUCKWALTER;

MANKIN, 1998; CORVOL 2000; POOLE et al., 2001; ODA, 2005), através do controle da

produção e renovação dos seus componentes (colágeno, proteoglicanas e proteinas não

colágenas), sendo altamente influenciados por citocinas, fatores de crescimento, sinais

Page 29: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

28

elétricos e mecânicos. A renovação da matriz depende da capacidade dos condrócitos em

detectar alterações na composição macromolecular e organização da matriz, e em responder

através da síntese de tipos e quantidades adequadas de novas moléculas (HARDINGHAM et

al., 1994; BUCKWALTER; MANKIN, 1998). Sua forma e concentração volumétrica mudam

em função da profundidade na cartilagem articular, parecendo estar relacionadas com a

estabilidade mecânica da matriz (WU; HERZOG, 2002). Segundo Buckwalter e Mankin,

(1998) e Huber et al. (2000), as propriedades mecânicas e biológicas da cartilagem articular,

dependem fundamentalmente da interação entre os condrócitos e a matriz.

A matriz extracelular tem 60% de seu volume total representado pela água, enquanto a

matriz orgânica é composta por, aproximadamente, 60% de fibrilas colágenas tipo II (80 –

90%), VI, IX, X e Xl, 30% de proteoglicanas e 10% de proteinas não colágenas

(MOLLENHAUER et al., 1984; MAFFULI; KING, 1992; HARDINGHAM et al., 1994;

BUCKWALTER; MANKIN, 1998; CULAV et al., 1999; HUBER et al., 2000; KIM et al.,

2001; HARDINGHAM et al., 2002; ODA, 2005). As fibrilas colágenas garantem à cartilagem

articular, resistência a forças de tensão. As proteoglicanas proporcionam, resistência à

compressão (BUCKWALTER; MANKIN, 1998; CULAV et al., 1999; HARDINGHAM et

al., 2002; POOLE et al., 2001), enquanto as proteínas não colágenas, parecem influenciar nas

interações entre os condrócitos e a matrix (BUCKWALTER; MANKIN, 1998; CULAV et al.,

1999; POOLE et al., 2001).

As proteoglicanas são caracterizadas por uma proteína central, ligada covalentemente a

uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanas (CULAV et al., 1999; ODA, 2005;

BOGOSLAVSKY, 2006). O principal tipo de proteoglicana, o agrecan, juntamente com as

glicosaminoglicanas, possui cargas negativas e tem propensão a atrair íons, criando um

desbalanceamento osmótico, resultando na absorção de água pelo tecido. Esta absorção de

água fornece à cartilagem resistência a compressão (CULAV et al., 1999; HARDINGHAM et

al., 1992; HARDINGHAM et al., 2002).

A combinação das proteoglicanas da matriz, a orientação das fibras colágenas, e a forma

dos condrócitos parecem estar intimamente ligadas e adaptadas para otimizar a estabilidade

mecânica e a capacidade da cartilagem de suportar peso (WU; HERZOG, 2002).

Page 30: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

29

A habilidade da cartilagem articular, em sofrer deformação reversível depende da

organização estrutural, incluindo a organização especifica das macromoléculas da matriz e

dos condrócitos (KUETTNER, 1991; HUBER et al., 2000).

3.2 EFEITOS DA DEPRIVAÇÃO DE ESTRÓGENOS SOBRE AS CARTILAGENS

ARTICULARES

Diversos estudos indicam que a deficiência de estrógeno acelera a remodelação e

aumenta a erosão da cartilagem articular (CHRISTGAU et al., 2004). Alguns estudos sobre

cartilagem articular em mulheres na pós-menopausa sugerem que depois da menopausa, há

perda de cartilagem articular mais rapidamente do que em homens da mesma idade

(CHRISTGAU et al., 2004;). Wluka et al. (2004) demonstraram que mulheres na pós-

menopausa apresentam uma redução de 2,4% ao ano do volume total da cartilagem articular

da tíbia.

O papel dos hormônios sexuais na osteoartrose permanece controverso. Existem

evidencias epidemiológicas que sugerem que os hormônios sexuais, particularmente o

estrógeno, tem um papel significante em mulheres com osteoartrose (PARKER et al., 2003).

Receptores de estrógeno, progesterona e testosterona estão presentes no tecido cartilaginoso

do feto humano e andrógenos podem estimular a proliferação de condrócitos assim como a

síntese de colágeno e PGs (DING et al., 2003). Vários estudos indicam que a terapia de

reposição de estrógeno reduz a incidência e progressão de osteoartrose em mulheres na pós-

menopausa (MOURITZEN et al., 2003; PARKER et al., 2003; CHRISTGAU et al., 2004).

Mulheres na pós-menopausa podem beneficiar-se com um aumento de volume de cartilagem

fazendo terapia de reposição hormonal (DING et al., 2003).

O colágeno tipo II, corresponde a 85% do total de colágeno da cartilagem articular

(KIM et al., 2001). O produto de degradação do colágeno tipo II (CTX II) é um marcador da

degradação da cartilagem. Sua mensuração é realizada através de amostras de urina

(MOURITZEN et al., 2003; CHRISTGAU et al., 2004). Estudos têm demonstrado que níveis

aumentados de CTX II estão associados com imagens radiológicas de erosão de cartilagem

articular (CHRISTGAU et al., 2001; GARNERO et al., 2001). Mouritzen et al. (2003)

Page 31: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

30

mostraram que a concentração de CTX II na urina de mulheres na pós-menopausa era

significativamente maior do que em mulheres na pré-menopausa. Christgau et al. (2004)

demonstraram que ratas ooforectomizadas apresentam alta excreção de CTX II através da

urina, após nove semanas da remoção dos ovários, comparadas com ratas não

ooforectomizadas. Esta alta excreção de CTX II corresponde radiograficamente a um aumento

da erosão da superfície da cartilagem articular do joelho (GARNERO et al., 2001).

3.3 EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NAS CARTILAGENS ARTICULARES

Existem diversos relatos na literatura, sobre alterações morfológicas na cartilagem

articular de animais após exercícios moderados ou excessivos (BUCKWALTER, 1995). Em

animais jovens, cargas moderadas contribuem para o desenvolvimento e em adultos para a

conservação da matriz extracelular (SÄÄMÄMEN et al., 1994). Tecidos jovens respondem

melhor às forças do que tecidos mais envelhecidos (LANE; BUKWALTER, 1993).

Geralmente, a redução do estresse e da tensão diminui a organização da matriz cartilagínea e a

função de síntese celular, enquanto que o aumento destas forças leva ao aumento das suas

funções.

O exercício moderado melhora as propriedades biomecânicas e biológicas da cartilagem

articular (KIVIRANTA et al., 1988). O exercício de carga moderada na cartilagem de

articulações de joelhos de ratos, cães e coelhos causou aumento da síntese e concentração de

PGs e GAGs (KIVIRANTA et al., 1987), aumento do volume da cartilagem (JONES et al.,

2000) e adaptação ao esforço, além de estimular os condrócitos a produzir os elementos que

compõem a matriz extracelular (BIHARI-VARGA et al., 1984). Da mesma forma, Otterness

et al. (1998), mostraram que o exercício moderado mantém o conteúdo de PGs da matriz

extracelular em animais jovens e a falta do exercício pode acarretar na diminuição destes

elementos. Cargas constantes são importantes para manutenção da saúde da cartilagem

(HALL et al., 1991; KIM et al., 1994).

Estudos mostram que articulações saudáveis de indivíduos de diferentes idades

apresentam boa tolerância a exercícios prolongados, sem conseqüências adversas e sem

promover o desenvolvimento de doença degenerativa (LANE; BUCKWALTER, 1993).

Page 32: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

31

Leanne et al. (1999) sugerem que níveis moderados de atividade física, se realizados

respeitando os limites de conforto não aumentam o risco de desenvolvimento de osteoartrose.

Yasunori et al. (2001) demonstram que a atividade física em ratas ooforectomizadas aumenta

significativamente os níveis de progesterona no sangue.

Entretanto, forças acima de níveis críticos podem levar a ruptura e degeneração do

tecido cartilagíneo. No caso do exercício físico, o estresse continuado nas articulações pode

resultar em microtrauma e degeneração da cartilagem, cuja gravidade depende da freqüência,

intensidade e duração do exercício (MAFFULI; KING, 1992). Assim por exemplo, a

participação em esportes de alto impacto, por período prolongado, pode aumentar o risco de

desenvolvimento de degeneração grave (LEANNE et al., 1999), pois pode estimular um

processo de reparo exagerado (MARTI et al., 1989). O primeiro sinal da degeneração da

cartilagem articular induzida pelo exercício, é provavelmente fadiga e falência, pelo estresse

repetitivo, das fibras colágenas e PGs da matriz (ANDERSON, 1962).

Exercícios forçados causam desagregação da cartilagem com diminuição das PGs em

animais adultos jovens (ARAKOSKI et al., 1993). Ocorre um aumento do fluxo de água

levando a ruptura da matriz, diminuindo a integridade da cartilagem e aumentando a

susceptibilidade às alterações degenerativas (BUCKWALTER, 1995). Estudos de Pap et al.

(1998) demonstraram que o esforço excessivo leva ao aumento da produção e da atividade das

enzimas que degradam as PGs ocorrendo degradação da matriz com diminuição dos

componentes extracelulares (PGs e condroitin-4 e 6 sulfato).

Como se pode deduzir, pela análise da literatura apresentada, são escassos os trabalhos

que relacionam exercícios físicos e alterações morfológicas e quantitativas em cartilagens

articulares após a menopausa.

Page 33: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

MATERIAIS E MÉTODOS

Page 34: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

33

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 ANIMAIS

Para a realização deste estudo foram utilizados 24 ratas com 6 meses de idade da

linhagem Wistar provenientes do Biotério da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

da Universidade de São Paulo.

Os animais foram distribuídos em 3 grupos com oito ratas cada:

• GC (grupo controle). Ratas com seis meses de idade sem ooforectomia e sem

atividade física.

• GOS (grupo operado e sedentário). Ratas com seis meses de idade com

ooforectomia bilateral sem atividade física.

• GOT (grupo operado e treinado). Ratas com seis meses de idade com

ooforectomia bilateral mais atividade física durante 3 meses.

Todos os animais foram eutanasiadas com 9 meses de idade.

4.2 OOFORECTOMIA

As ratas do GOS e GOT foram submetidas a ooforectomia bilateral sob anestesia

geral com injeções intraperitoneais de Ketamina (75mg/kg) e diazepan (5mg/kg). (TUFFERY,

1995).

Com o animal em decúbito dorsal, foi realizada uma pequena incisão na região pré-

umbilical mais precisamente, no centro do abdôme, com a finalidade de expor as vísceras

pélvicas e abdominais. Os ovários e tubas uterinas foram tracionados para fora da cavidade

abdominal, através daquela abertura, por uma pinça, seguindo-se sutura nas tubas dos dois

Page 35: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

34

lados para posterior remoção bilateral dos ovários. Ao final, a parede abdominal do animal foi

novamente suturada.

Após as cirurgias, foi administrado por via subcutânea o antiinflamatório e analgésico

Flunixin-Meglumine uma vez ao dia durante 3 dias consecutivos, a uma dosagem de 2,5

mg/kg (FLECKNELL, 1999).

Depois do procedimento, as ratas ficaram em observação por uma semana,

permanecendo alojadas em caixas de polipropileno providas de bebedouro e comedouro, e

mantidas em condições ambientais controladas de temperatura (22ºC) e de iluminação (ciclo

de 12 horas claro/12 horas escuro. Passado este período foi iniciada a atividade física

(YASUNORI et al., 2001). Os animais do GOT realizaram atividade física, constando de

corrida em esteira, cinco vezes por semana conforme protocolo descrito no item a seguir. Para

todos os grupos foi fornecida ração comercial referência para ratos (Nuvital®) e água ad

libitum).

4.3 PROTOCOLO EXPERIMENTAL

O programa de atividade física teve duração de 3 meses, e foi dividido em períodos de 4

semanas.

Um teste de esforço máximo (TEM) foi realizado no início do experimento em uma

esteira elétrica com velocidade de 0,3k/h. A cada 4 minutos a velocidade da esteira foi

aumentada na mesma proporção (0,3km/h) (SILVA et al., 1997). Os TEMs foram realizados a

cada 4 semanas no GOT.

Após o TEM, os animais do GOT foram submetidos a 3 meses de treinamento em

esteira, 5 dias por semana, com velocidade progressiva até 60% daquela conseguida no teste

de esforço. Na primeira semana após o teste, os animais correram por 30 minutos,

aumentando este tempo em 10 minutos por semana até chegar a 60 minutos na quarta semana,

onde ao final da mesma, outro TEM foi realizado para ajustar a intensidade do exercício para

as próximas 4 semanas.

Page 36: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

35

Os animais do GC e GOS foram submetidos à atividade física apenas uma vez por

semana durante 10 minutos com 30% do seu respectivo teste de esforço. A cada quatro

semanas os animais do GC e GOS foram também, submetidos a testes de esforço máximo. Os

dados obtidos para as velocidades para os três grupos de animais foram tabulados, as médias

calculadas e comparadas estatisticamente.

Os animais de todos os grupos foram pesados antes do experimento, antes de cada

TEM e antes da eutanásia. As médias dos pesos foram calculadas, os dados tabulados e

comparados estatisticamente.

4.4 CITOLOGIA VAGINAL E EXAME DE SANGUE

A duração do ciclo estrogênico de ratas ocorre em torno de 4 dias e é caracterizada por

quatro fases: diestro, próestro, estro e metaestro (MARCONDES et al., 2002; MARTINS et

al., 2005). A fase estro corresponde à máxima estimulação estrogênica no tecido.

Foram realizadas oito citologias vaginais, nos animais do GOS e GOT, divididas em

dois períodos: quatro (uma por dia) e após um mês, mais quatro (uma por dia).

Após a anestesia, no momento da eutanásia, os corações foram evidenciados por meio

de toracotomia e antes da lavagem do sistema, retiramos uma pequena amostra de sangue dos

animais do GC, GOS e GOT, as quais foram enviadas para um laboratório especializado, para

dosagem do estradiol através do método de Radioimunoensaio. Tanto a citologia vaginal

quanto o exame de sangue dos animais do GOS e GOT, mostraram resultados compatíveis

com fêmeas castradas.

4.5 EUTANÁSIA DOS ANIMAIS

O protocolo sob o nº 940/2006 de eutanásia dos animais, foi submetido à Comissão de

Bioética da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

Page 37: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

36

Ao final, os animais foram pesados e eutanasiados com dose excessiva de anestésico,

via peritoneal (Tiopental - Sigma® , USA, 40mg/kg de peso corpóreo).

4.6 MICROSCOPIA DE LUZ

Após a anestesia, em cinco animais de cada grupo, os corações, evidenciados por meio

de toracotomia, foram perfundidos através do ventrículo esquerdo com solução salina

tamponada fosfatada (PBS, Sigma®, USA) a 0,1M e pH 7,4 e heparina a 2% (Roche®, BRA)

para a lavagem do sistema arterial e venoso. Posteriormente, foi realizada perfusão com

solução fixadora (paraformaldeido 40%).

4.6.1 Preparação do Material Para Análise ao Microscópio de Luz

Após a última sessão de corrida, os animais dos três grupos foram eutanasiados e

manipulados em prancha de cortiça. Foram retiradas as articulações dos joelhos esquerdos dos

animais, sob microscópio estereoscópico. Durante o procedimento cirúrgico, foi feita

irrigação contínua com solução fisiológica para manter os espécimes livres de resíduos

(STOCKWELL, 1967; BLOEBAUM; WILSON, 1980).

Foram utilizadas as patas traseiras, pois, são as que mantêm a propulsão durante a

marcha. Foi examinada a cartilagem da epífise proximal da tíbia por ser um local comum de

degeneração devido à relação com a descarga do peso corporal em várias espécies (KÄÁB et

al., 1998). Foram dissecados os músculos das regiões anterior e posterior do joelho, expondo

a articulação. A cápsula foi então aberta, os ligamentos cruzados e colaterais foram

seccionados e a epífise proximal da tíbia separada e isolada.

Para microscopia de luz, as peças foram colocadas em solução de paraformoldeido 40%

em tampão fosfato 0,1M, pH 7,4, durante 24 horas a 4ºC. Após lavagem, foi realizada a

descalcificação das peças em solução de EDTA (ácido etileno diamino tetracético) a 10%

dissolvidos no mesmo tampão, durante 5 meses, ou até que as peças não apresentassem mais

Page 38: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

37

cálcio (esta verificação pode ser feita a partir de uma reação química de 5ml da solução, na

qual os fragmentos estavam imersos, composta por 1ml de oxalato de amônio e 1ml de

hidróxido de amônia). Após a descalcificação, as peças foram lavadas em água destilada,

desidratadas em séries crescentes de álcoois (70% ao 100%), diafanizadas em xilol e incluídas

em parafina a 65ºC formando blocos. Destes blocos foram obtidos 6 cortes histológicos com 6

µm de espessura, perpendiculares à superfície da cartilagem, com intervalo de 300µm (Figura

1). Os cortes foram coletados em lâminas histológicas e corados através dos seguintes

métodos:

• Hematoxilina-Eosina (HE), para análise da espessura das camadas da

cartilagem, da cartilagem como um todo, quantificação dos condrócitos e

determinação dos volumes dos núcleos da cartilagem articular.

• Picrosirius F3BA (JUNQUEIRA et al., 1979) para quantificação de colágeno.

As fibras colágenas fora examinadas por meio de microscópio dotado de luz

polarizada, processo no qual, as fibras são visíveis por sua coloração e

birrefringência.

Page 39: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

38

Figura 1 – Representação esquemática da epífise proximal da tíbia (A), demonstrando os cortes perpendiculares

à superfície da cartilagem (B).

4.6.2 Análise Morfométrica e Estereológica

O estudo morfométrico e estereológico foi feito utilizando-se um sistema digital de

processamento e análise de imagens em computador, do Laboratório de Anatomia da FMVZ.

O sistema consiste de Microscópio Leica, ao qual está acoplada uma microcâmera de vídeo

Sony que capta as imagens das lâminas histológicas, e as transmite para um computador

equipado com processador Pentium IV e placa digitalizadora. A análise foi realizada em

imagens digitalizadas, de maneira semi-automática, com programa de análise Leica. Neste

estudo foram considerados os seguintes parâmetros:

A

B

Page 40: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

39

4.6.2.1 Análise da Espessura das Zonas (camadas) da Cartilagem Articular

A espessura de cada uma das três zonas da cartilagem e da cartilagem total foi

determinada nas imagens digitalizadas com objetivas de aumento de 10X. A exclusão da zona

calcificada deveu-se a dificuldade de diferenciação desta com o osso subcondral, o que

poderia comprometer as análises (ODA, 2005). Foram feitas, em cada um dos 6 cortes de

cada animal, a medida da espessura de cada zona, em 6 locais (3 em cada côndilo),

totalizando 36 medidas para cada zona por animal. A seguir, foram calculados a média e o

desvio-padrão para cada zona, nos 5 animais de cada grupo.

4.6.2.2 Análise da Densidade Numérica de Condrócitos

Para contagem dos condrócitos, foram utilizados 6 cortes não sucessivos por animal,

com intervalo de 300 µm entre os cortes, para evitar a contagem dupla de uma mesma célula.

Segundo Lothe et al. (1979), a contagem de condrócitos é representativa quando se utiliza a

média de 6 cortes. Foram contados os núcleos dos condrócitos de cada zona situados em 4

campos da cartilagem (2 campos no côndilo, medial e 2 no lateral, de cada animal) através de

imagens digitalizadas utilizando o programa de análise Axio Visio (Zeiss).

4.6.2.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos

Foram feitas medidas dos diâmetros maior e menor do núcleo de cada condrócito

situado em cada um dos 6 campos da cartilagem (3 por côndilo, medial e lateral, sendo 1 por

zona da cartilagem) de cada animal, através de imagens digitalizadas utilizando o programa

de análise Axio Visio (Zeiss). O cálculo do volume nuclear foi feito segundo a fórmula: V =

a2 x b/1,91 onde, V = volume nuclear, a = diâmetro menor do núcleo, b = diâmetro maior do

núcleo e 1,91 é uma constante utilizada (SALVATORE; SCHREIDER, 1947).

Page 41: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

40

4.6.2.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno

A densidade de volume expressa a fração do volume ocupado pela estrutura de interesse

pelo volume total (volume referência). Para estimar a densidade de volume, um sistema teste

composto por pontos aleatórios delimitados por linhas de inclusão e exclusão, sistemática e

uniformemente alocados, foi sobreposto sobre as secções de referência usadas para a

estimação da densidade numérica, utilizando objetiva de 40 vezes (Figura 2). O número total

de pontos sobre o espaço referência será obtido (P[CA]); de igual forma, o número total de

pontos sobre as fibras colágenas será registrado (PC) e então, a seguinte equação será utilizada

(BRÜEL; OXLUND, 2002; WULFSOHN et al., 2004):

VV[C] (fibras colágenas) = ∑P[C] (fibras colágenas) / ∑P[CA] (cartilagem articular)

Onde:

P[C] (fibras colágenas) = número de pontos que tocam as fibras colágenas da cartilagem

articular;

P[CA] = número total de pontos que tocam a cartilagem articular.

Figura 2 - Representação esquemática do sistema teste utilizado para a determinação da densidade do volume de colágeno. Picrosirius; aumento: 400X.

Page 42: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

41

4.7 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

Outros três animais de cada grupo foram perfundidos através do ventrículo esquerdo,

utilizando-se uma bomba perfusora Masterflex® S/L® ,com solução salina tamponada

fosfatada (PBS, Sigma®, USA) a 0,1M e pH 7,4 e heparina a 2% (Roche®, BRA) para a

lavagem do sistema arterial e venoso. Posteriormente, foi realizada perfusão com solução

fixadora de Karnovsky modificado (Solução de glutaraldeído 3% [MerchTM] e formaldeído

1% [SigmaTM] em tampão cacodilato de sódio [EMSTM] [0.125M; pH 7.4]).

4.7.1 Preparação do Material Para Análise à Microscopia Eletrônica de Varredura

Após a fixação, as epífises proximais da tíbia foram isoladas do restante do osso através

de corte transversal, com a utilização de uma lâmina apropriada, caudalmente ao nível da

inserção da cartilagem articular. Em seguida, as peças foram lavadas em tampão fosfato 0,1M,

pós-fixadas em tetróxido de ósmio 1%, desidratadas em séries crescentes de álcoois

(50%,70%, 90% e 100%) e no aparelho de ponto crítico (usando CO2), montadas em bases

apropriadas (Figura 3), seguida por recobrimento metálico com ouro por “sputtering” para

posterior observação ao microscópio eletrônico de varredura (LEO 435VP), localizado na

FMVZ/USP.

As eletromicrografias de varredura foram analisadas qualitativamente, observando-se

os aspectos gerais da superfície quanto a: regularidade (presença de elevações e depressões),

continuidade (crateras) e degeneração (existências de fissuras, lascas ou crateras).

Page 43: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

42

B

A

Figura 3 - Representação esquemática da epífise proximal da tíbia (A) montada em base apropriada para a

microscopia eletrônica de varredura (B).

4.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA

As análises foram feitas pelo procedimento ANOVA ara a análise de variância e em

casos de identificação de efeitos significativos (P<0,05), utilizou-se o teste de Tukey. Foram

calculadas as médias de cada variável para cada unidade experimental (rato). As análises

foram feitas com estas médias. Foram testados os efeitos das variáveis: exercício (corrida e

sedentarismo), deprivação de hormônios e a interação exercício X deprivação sobre as

medidas de espessura da cartilagem, número de núcleos por unidade de área, volume dos

núcleos dos condrócitos, quantidade de matriz e condrócitos (em volume ponderado do total

das regiões estudadas).

Page 44: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

RESULTADOS

Page 45: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

44

5 RESULTADOS

Os resultados serão apresentados de acordo com os seguintes itens: variação do peso dos

animais, desempenho físico, análise morfométrica e estereológica, microscopia eletrônica de

varredura.

5.1 VARIAÇÃO DO PESO DOS ANIMAIS

A figura 4 e a tabela 1 mostram os resultados das pesagens dos animais. Como já citado,

os animais foram pesados no pré-operatório, nos testes de esforço máximo (1TEM, 2TEM,

3TEM) e na pré-eutanásia. Temos então, cinco medições para cada um dos grupos (GC, GOS

e GOT), (Figura 4).

Peso dos Animais

200220240260280

Pré-op

ratóri

o1 T

EM2 T

EM3 T

EM

Eutaná

sia

Período

gra

mas Grupo Controle

GOSGOT

Figura 4 - Médias das pesagens obtidas no pré-operatório, em cada um

dos três testes de esforço máximo e no dia da eutanásia, para os animais dos GC, GOS e GOT

Os valores das médias no GC foram de 234,37 (± 22,07) no pré-operatório 235 g

(±22,03) no primeiro TEM, 235,5 g (±19,61) no segundo TEM, 252,75 g (±49,98) no terceiro

TEM e 237g (±29,45 ) no dia da eutanásia. A comparação estatística das médias do pré-

Page 46: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

45

operatório e no dia da eutanásia não mostrou diferença significante (P>0,05), (Tabela1).

O GOS obteve média de 229,75 g (±29,12) no pré-operatório, 231,75g (±23,16) no

primeiro TEM, 250,75 g (±31,90) no segundo TEM, 262,75g (±34,32) no terceiro TEM e

273,75g (±36,58) no dia da eutanásia. A comparação estatística das médias do pré-operatório

e no dia da eutanásia, para este grupo, mostrou diferença significante (P<0,05). Ou seja, os

pesos dos animais ao final do experimento foram significantemente maiores do que no início,

(Tabela1).

Os animais do GOT obtiveram médias de 228,75g (±22,97) no pré-operatório, 232g

(25,47) no primeiro TEM, 252,75g (±20,36) no segundo TEM, 249,25g (±22,72) no terceiro

TEM e 263,5 g (±23,12) no dia da eutanásia. A comparação estatística das médias do pré-

operatório e no dia da eutanásia mostrou diferença significante (P<0.01). Ou seja, do início

ao final do experimento, ganharam peso significantemente, (Tabela1).

A comparação entre os valores das médias dos pesos entre os grupos tanto no pré-

operatório como ao final do experimento, não mostrou diferença significante entre eles

(P>0,05), (Tabela1).

Tabela 1 - Médias das pesagens, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo - 2007

*Significante em relação ao pré-operatório no GOS; **Significante em relação ao pré-operatório no GOT.

5.2 DESEMPENHO FÍSICO

As figuras 5 e 6 e a tabela 2 mostram os resultados obtidos pelos animais nos TEMs. As

médias das velocidades máximas alcançadas no GC, GOS e GOT, foram calculadas a partir

Pesagens GC GOS GOT Pré-operatório 234,37 ± 22,07 229,75 ±29,12 228,75 ±22,97

1TEM 235 ±22,03 231,75 ±23,16 232 ±25,47 2TEM 235,5 ±19,61 250,75 ±31,90 252,75 ±20,36. 3TEM 252,75 ±49,98 262,75 ±34,32 249,25 ±22,72

Eutanásia 237 ±29,45 273,75 ±36,58* 263,5 ±23,12**

Page 47: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

46

dos TEMs (Figura 5).

Velocidade

0

0,5

1

1,5

1 TEM 2 TEM 3 TEM

TEM

Km

/hGrupo ControleGOSGOT

Figura 5 - Os dados mostram a velocidade máxima média obtida no

GC, GOS e GOT

No GC, os animais apresentaram velocidade média de 0,93 Km/h (±0,25) no primeiro

TEM, 0,9 Km/h (±0,22) no segundo TEM e 0,67 Km/h (±0,13) no terceiro TEM. A

comparação estatística das médias das velocidades nos TEMs realizados pelos animais deste

grupo, mostrou diferença significante (P<0.05), ou seja as velocidades médias do 1TEM e

2TEM foram maiores do que do 3TEM, (Tabela 2).

Os animais do GOS apresentaram velocidade média de 0,63 Km/h (±0,25) no primeiro

TEM, 0,78 Km/h (±0,22) no segundo TEM e 0,95 Km/h (± 0,36) no terceiro TEM. A

comparação estatística das médias das velocidades nos TEMs realizados, não mostrou

diferença significante (P>0.05), (Tabela 2).

Os valores referentes à velocidade média dos animais do GOT foram de 0,82 Km/h

(±0,21) no primeiro TEM, 1,38 Km/h (±0,31) no segundo TEM e 1,08 Km/h (±0,31) no

terceiro TEM. A comparação estatística das médias das velocidades nos TEMs realizados,

neste grupo mostrou significância (P<0,01). Os valores das médias das velocidades do 2TEM

foram significativamente maiores que do 1TEM, (Tabela 2).

A comparação entre os valores das médias do 1TEM entre os grupos, mão mostrou

significância (P>0.05), (Tabela 2).

Os valores das médias comparadas entre os grupos no 2TEM, mostrou diferenças

significantes (P<0,01). As médias das velocidades do 2TEM do GC e GOS foram menores

Page 48: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

47

do que do GOT, (Tabela 2).

A comparação entre os valores das médias no 3TEM entre os grupos, mostrou

significância (P<0,05). As velocidades médias do 3TEM no grupo GOT foram

significativamente maiores que no GC, (Tabela 2).

Tabela 2 - Valores das velocidades médias em cada TEM, seguidos pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

TEM GC GOS GOT

1TEM 0,93 ±0,25a 0,63 ±0,25 0,82 ±0,21

2TEM 0,9 ±0,22***a 0,78 ±0,22# 1,38 ±0,31**

3TEM 0,67 ±0,13b 0,95 ± 0,36 1,08 ±0,31* ** Significante em relação ao 1TEM no GOT (P<0,01); *** Significante em relação ao GOT no 2TEM (P<0,01); # Significante em relação ao GOT no 2TEM (P<0,001); *Significante em relação ao GC no 3TEM(P<0,05). Letras diferentes em uma mesma coluna mostram diferença significante (P<0,05).

As médias das velocidades de treinamento para o GOT com 60% da velocidade máxima,

e da atividade física realizada para o GC e GOS com 30% da velocidade média, para os três

meses de treinamento serão mostrados na figura 6.

Velocidade

00,20,40,60,8

1

1º Mês 2º Mês 3º Mês

Período

Km/h

Grupo C (30% TEM)

GOS (30% TEM)

GOT (60% TEM)

Figura 6 - Os dados mostram a média das velocidades do

treinamento do GOT e da atividade GC e GOS nos três meses do experimento

Page 49: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

48

5.3 RESULTADOS DAS ANÁLISES MORFOMÉTRICA E ESTEREOLÓGICA

A figura 7 mostra o aspecto dos cortes histológicos da cartilagem articular dos animais

dos 3 grupos, corados pela HE. Nestas figuras pode ser observada a distribuição dos

condrócitos nas 3 zonas da cartilagem articular da tíbia.

Page 50: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

49

Figura 7 – Cortes histológicos da cartilagem articular da tíbia mostrando as zonas superficial (S), média (M),

profunda (P) e calcificada (C), e o aspecto dos condrócitos (setas) nas lacunas nos três grupos estudados (GC, GOS e GOT) HE; barra= 10µm

Page 51: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

50

5.3.1 Análise da Espessura das Zonas da Cartilagem Articular

As tabelas 3, 4 e 5 mostram os resultados da análise da espessura das zonas superficial,

média e profunda da cartilagem articular, bem como a média da espessura total da cartilagem

nos côndilos lateral e medial no GC, GOS e GOT.

No GC, os animais apresentaram média da espessura de 6,13 (±0,99) para zona

superficial, 95,89 (±20,90) para a média e 58,56 (±10,07) para a profunda, com uma

espessura total média de 160,58 (±28,42) no côndilo lateral, (Tabela 3).

Para o côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observada média da espessura

de 5,30 (±0,71) na zona superficial, 132,84 (±23,05) na média e 61,63 (±1,05) na

profunda, com uma espessura total média de 199,77 (±21,64), (Tabela 4).

As médias totais das espessuras dos côndilos lateral e medial, para este grupo, foram 5,72

(±0,55) para zona superficial, 114,37 (±7,84) para a média e 60,10 (±5,29) para a profunda,

com uma espessura total média de 180,18 (±11,01), (Tabela 5).

No GOS, os valores das médias foram 7,14 (±0,95) para zona superficial, 103,88 (±39,05)

para a média e 64,42 (±13,09) para a profunda, com uma espessura total média de 175,44

(±41,96) no côndilo lateral, (Tabela 3).

Para o côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observada média da espessura de

7,16 (±0,67) na zona superficial, 122,71 (±48,85) na média e 62,76 (±8,21) na profunda,

com uma espessura total média de 192,63 (±50,75), (Tabela 4).

As médias totais das espessuras dos côndilos lateral e medial, para este grupo, foram 7,15

(±0,72) na zona superficial, 113,29 (±32,66) para a média e 63,59 (±10,19) para a profunda,

com uma espessura total média de 184,03 (±34,79), (Tabela 5).

No GOT, os animais apresentaram média da espessura de 6,35 (±0,50) para zona

superficial, 94,70 (±10,30) para a média e 65,57 (±8,79) para a profunda, com uma

espessura total média de 166,62 (±14,43) no côndilo lateral, (Tabela 3).

Page 52: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

51

Em relação ao côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, os valores das médias

foram 6,36 (±0,29) para zona superficial, 116,16 (±36,99) para a média e 58,79 (±14,91) para

a profunda, com uma espessura total média de 181,30 (±45,89), (Tabela 4).

As médias totais das espessuras dos côndilos lateral e medial, para este grupo, foram

6,36 (±0,21) na zona superficial, 105,43 (±22,20) para a média e 62,18 (±9,90) para a

profunda, com uma espessura total média de 173,96 (±31,85), (Tabela 5).

A comparação estatística dos valores das médias da espessura da zona superficial no

côndilo lateral, para o GC, GOS e GOT não mostrou significância (P>0,05), (Tabela 3). Para

o côndilo medial houve significância (P<0,01). As médias da espessura da zona superficial no

côndilo medial dos grupos GOS e GOT foram significativamente maiores que do GC, (Tabela

4). Em relação aos valores bicondilares houve diferença significante (P<0,01). O GC teve

média significativamente menor que o GOS, (Tabela 5).

A comparação estatística dos valores das médias da espessura da zona media tanto no

côndilo lateral quanto no medial, para os três grupos, não mostrou significância (P>0,05),

(Tabelas 3 e 4). O mesmo ocorreu para a zona profunda (P>0,05). O mesmo resultado foi

obtido em relação aos valores bicondilares (P>0,05), (Tabela 5).

A comparação estatística dos valores das médias das espessuras totais tanto no côndilo

lateral quanto no medial, para os três grupos, não mostrou significância (P>0,05), (Tabelas 3 e

4). O mesmo ocorreu para a comparação bicondilar (P>0,05), (Tabela 5).

Page 53: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

52

Tabela 3 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular do côndilo lateral da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Espessura - Côndilo Lateral

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 5,36 7,15 7,26 5,24 5,65 6,13 (±0,99) Média 83,79 79,80 80,12 125,82 109,94 95,89 (±20,90) Profunda 53,84 51,00 51,33 61,83 74,78 58,56 (±10,07) Total 142,99 137,95 138,71 192,89 190,37 160,58 (±28,42)

GOS Superficial 7,42 7,09 8,58 6,14 6,47 7,14 (±0,95) Média 102,15 88,11 57,17 107,63 164,32 103,88 (±39,05) Profunda 58,71 80,77 48,22 74,54 59,86 64,42 (±13,09) Total 168,28 175,97 113,97 188,31 230,65 175,44 (±41,96)

GOT Superficial 6,39 5,86 5,85 6,97 6,68 6,35 (±0,50) Média 99,91 96,12 79,04 106,60 91,83 94,70 (±10,30) Profunda 72,48 51,23 64,56 66,75 72,85 65,57 (±8,79) Total 178,78 153,21 149,45 180,32 171,36 166,62 (±14,43)

Tabela 4 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Espessura - Côndilo Medial

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 5,19 5,15 5,36 6,39 4,41 5,30* (±0,71) Média 162,08 134,00 135,61 97,40 135,10 132,84 (±23,05) Profunda 60,22 61,00 62,00 62,95 62,00 61,63 (±1,05) Total 227,49 200,15 202,97 166,74 201,51 199,77 (±21,64)

GOS Superficial 7,47 6,29 8,00 7,34 6,68 7,16** (±0,67) Média 152,72 81,74 89,97 194,26 94,84 122,71 (±48,85) Profunda 64,43 74,42 56,16 65,10 53,71 62,76 (±8,21) Total 224,62 162,45 154,13 266,70 155,23 192,63 (±50,75)

GOT Superficial 6,02 6,72 6,51 6,43 6,12 6,36 (±0,29) Média 136,71 72,77 96,82 168,11 106,38 116,16 (±36,99) Profunda 65,43 45,83 53,09 81,72 47,86 58,79 (±14,91) Total 208,16 125,32 156,42 256,26 160,36 181,30 (±45,89)

*Significante em relação ao GOT na zona superficial (P<0,05); ** Significante em relação ao GC na zona superficial (P<0,001);

Page 54: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

53

Tabela 5 - Demonstrativo das médias das espessuras das zonas da cartilagem articular da epífise proximal da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Espessura - Bicondilar

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 5,28 6,15 6,31 5,82 5,03 5,72* (±0,55) Média 122,94 106,90 107,86 111,61 122,52 114,37 (±7,84) Profunda 57,03 56,00 56,67 62,39 68,39 60,10 (±5,29) Total 185,24 169,05 170,84 179,82 195,94 180,18 (±11,01)

GOS Superficial 7,45 6,69 8,29 6,74 6,58 7,15 (±0,72) Média 127,44 84,93 73,57 150,95 129,58 113,29 (±32,66) Profunda 61,57 77,60 52,19 69,82 56,79 63,59 (±10,19) Total 196,45 169,21 134,05 227,51 192,94 184,03 (±34,79)

GOT Superficial 6,21 6,29 6,18 6,70 6,40 6,36 (±0,21) Média 118,31 84,44 87,93 137,35 99,11 105,43 (±22,20) Profunda 68,96 48,53 58,82 74,23 60,36 62,18 (±9,90) Total 193,48 139,26 152,93 218,28 165,87 173,96 (±31,85)

* Significante me relação ao GOS na zona superficial (P<0,01).

5.3.2 Análise da Densidade Numérica de Condrócitos

As tabelas 6, 7 e 8 mostram os resultados da análise do número de condrócitos por

campo das zonas superficial, média e profunda da cartilagem articular, bem como o número

total médio de condrócitos da cartilagem nos côndilos lateral e medial no GC, GOS e GOT.

Em relação ao GC, os animais apresentaram número médio de condrócitos de 2,63

(±0,57) para zona superficial, 22,63 (±4,90) para a média e 5,38 (±0,48) para a profunda,

com um número total médio 30,64 de (±5,59) no côndilo lateral (Tabela 6).

Para o côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observado número médio de

condrócitos de 2,15 (±10,74) para zona superficial, 25,83 (±2,30) para a média e 5,72 (±1,21)

para a profunda, com um número total médio de 33,69 (±2,23) (Tabela 7).

As médias totais do número de condrócitos dos côndilos lateral e medial, para este

grupo, foram 2,39 (±0,77) para zona superficial, 24,23 (±1,83) para a média e 5,55 (±0,77)

para a profunda, com um número total médio de 32,17 (±2,82) (Tabela 8).

Page 55: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

54

No GOS, os valores das médias foram 3,25 (±1,33) para zona superficial, 23,28

(±4,88) para a média e 6,73 (±0,75) para a profunda, com um número total médio de 33,26

(±4,35) no côndilo lateral (Tabela 6).

Para o côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observado número médio de

condrócitos de 2,55 (±0,30) para zona superficial, 29,38 (±4,51) para a média e 7,68 (±0,73)

para a profunda, com um número total médio de 39,61 (±4,86), (Tabela 7).

As médias totais do número de condrócitos dos côndilos lateral e medial, para este

grupo, foram 2,90 (±0,67) para zona superficial, 26,33 (±4,32) para a média e 7,21 (±0,66)

para a profunda, com um número total médio de 36,43 (±3,99) (Tabela 8).

No GOT, os animais apresentaram número médio de condrócitos de 2,86 (±0,36) para a

zona superficial, 24,06 (±2,15) para a média e 6,91 (±1,88) para a profunda, com um número

total médio de 33,84 (±4,10) no côndilo lateral (Tabela 6).

Em relação ao côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, os valores das médias

foram 2,78 (±0,69) para zona superficial, 24,93 (±4,98) para a média e 7,06 (±1,24) para a

profunda, com um número total médio de 34,77 (±5,38) (Tabela 7).

As médias totais do número de condrócitos dos côndilos lateral e medial, para este

grupo, foram 2,82 (±0,24) para zona superficial, 24,50 (±3,56) para a média e 6,99 (±1,53)

para a profunda, com um número total médio de 34,31 (±4,73) (Tabela 8).

A comparação estatística das médias do número de condrócitos da zona superficial tanto

no côndilo lateral como no medial, para o GC, GOS e GOT não mostrou significância

(P>0,05). O mesmo ocorreu para os valores bicondilares (P>0,05) (Tabelas 6,7 e 8).

A comparação estatística das médias do número de condrócitos da zona media tanto no

côndilo lateral quanto no medial, para os três grupos, não mostrou significância (P>0,05). O

mesmo ocorreu para os valores bicondilares (P>0,05) (Tabelas 6,7 e 8).

A comparação estatística das médias do número de condrócitos da zona profunda no

côndilo lateral, para os três grupos, não mostrou significância (P>0,05) (Tabela 6). Já no

côndilo medial houve significância (P<0,05). A média do número de condrócitos da zona

profunda no côndilo medial foi significativamente maior no GOS que no GC (Tabela 7). Em

relação aos valores bicondilares não houve significância estatística (P>0,05) (Tabela 8).

Page 56: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

55

A comparação estatística das médias do número total de condrócitos tanto no côndilo

lateral quanto no medial, para os três grupos, não mostrou significância (P>0,05). O mesmo

ocorreu para os valores bicondilares (P>0,05). (Tabelas 6, 7 e 8).

Tabela 6 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das

zonas da cartilagem articular do côndilo lateral da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Número de Condrócitos - Côndilo Lateral

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 2,66 2,00 2,16 3,41 2,91 2,63 (±0,57) Média 18,91 19,00 19,33 28,83 27,08 22,63 (±4,90) Profunda 4,83 5,00 6,00 5,66 5,41 5,38 (±0,48) Total 26,40 26,00 27,49 37,90 35,40 30,64 (±5,59)

GOS Superficial 3,16 2,83 5,50 2,75 2,00 3,25 (±1,33) Média 26,25 19,33 17,41 22,41 31,00 23,28 (±4,88) Profunda 6,75 8,16 6,00 6,41 6,33 6,73 (±0,75) Total 36,16 30,32 28,91 31,57 39,33 33,26 (±4,35)

GOT Superficial 3,25 2,58 2,41 3,16 2,91 2,86 (±0,36) Média 26,83 21,25 23,75 25,41 23,08 24,06 (±2,15) Profunda 10,16 5,41 6,75 6,25 6,00 6,91 (±1,88) Total 40,24 29,24 32,91 34,82 31,99 33,84 (±4,10)

Page 57: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

56

Tabela 7 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das zonas da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Número de Condrócitos - Côndilo Medial

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 1,83 1,00 2,00 3,75 2,16 2,15 (±1,00) Média 26,91 25,00 29,00 22,83 25,41 25,83 (±2,30) Profunda 3,66 6,35 6,41 5,58 6,58 5,72* (±1,21) Total 32,40 32,35 37,41 32,16 34,15 33,69 (±2,23)

GOS Superficial 2,33 2,58 2,91 2,16 2,75 2,55 (±0,30) Média 34,16 27,00 23,50 33,58 28,66 29,38 (±4,51) Profunda 8,25 7,83 6,41 8,00 7,91 7,68 (±0,73) Total 44,74 37,41 32,82 43,74 39,32 39,61 (±4,86)

GOT Superficial 2,16 3,66 2,91 2,00 3,16 2,78 (±0,69) Média 31,33 19,08 24,25 28,42 21,58 24,93 (±4,98) Profunda 8,91 5,50 7,33 6,66 6,91 7,06 (±1,24) Total 42,40 28,24 34,49 37,08 31,65 34,77 (±5,38)

*Significante em relação ao GOS na zona profunda (P<0,05).

Tabela 8 - Demonstrativo das médias do número de condrócitos das zonas da articular da epífise proximal da tíbia nos diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo - 2007

Número de Condrócitos - Bicondilar

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 2,25 1,50 2,08 3,58 2,54 2,39 (±0,77) Média 22,91 22,00 24,16 25,83 26,25 24,23 (±1,83) Profunda 4,25 5,68 6,21 5,62 6,00 5,55 (±0,77) Total 29,41 29,18 32,45 35,03 34,79 32,17 (±2,82)

GOS Superficial 2,75 2,71 4,21 2,46 2,38 2,90 (±0,74) Média 30,21 23,17 20,46 28,00 29,83 26,33 (±4,32) Profunda 7,50 8,00 6,21 7,21 7,12 7,21 (±0,66) Total 40,45 33,87 30,87 37,66 39,33 36,43 (±3,99)

GOT Superficial 2,70 3,12 2,66 2,58 3,04 2,82 (±0,24) Média 29,08 20,16 24,00 26,91 22,33 24,50 (±3,56) Profunda 9,54 5,46 7,04 6,46 6,46 6,99 (±1,53) Total 41,32 28,74 33,70 35,95 31,83 34,31 (±4,73)

Page 58: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

57

5.3.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos

As tabelas 9, 10 e 11 mostram os resultados da análise do volume dos núcleos dos

condrócitos das zonas superficial, média e profunda da cartilagem articular, bem como o

volume nuclear total médio dos condrócitos da cartilagem nos côndilos lateral e medial no

GC, GOS e GOT, em função da ooforectomia e exercício.

Para o GC, os valores do volume nuclear médio dos condrócitos foram de 22,90

(±3,78) para zona superficial, 60,93 (±6,39) para a média e 16,96 (±5,56) para a profunda,

com um volume total médio de 100,79 (±8,62) no côndilo lateral (Tabela 9).

Referente ao côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observado volume

nuclear médio de condrócitos de 27,10 (±9,68) para zona superficial, 63,72 (±6,18) para a

média e 14,25 (±2,76) para a profunda, com um volume total médio de 105,07 (±8,49)

(Tabela 10).

As médias totais do volume nuclear dos condrócitos dos côndilos lateral e medial, para

este grupo, foram 25,00 (±3,58) para zona superficial, 62,33 (±5,02) para a média e 15,61

(±1,99) para a profunda, com um volume total médio de 102,94 (±7,38) (Tabela 11).

No GOS, os valores das médias foram 13,77 (±9,46) para zona superficial, 39,64

(±9,28) para a média e 15,59 (±3,45) para a profunda, com um volume total médio de

69,00 (±15,74) no côndilo lateral (Tabela 9).

Para o côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, foi observado volume nuclear

médio dos condrócitos de 12,02 (±8,18) para zona superficial, 46,63 (±9,61) para a média e

11,58 (±3,30) para a profunda, com um volume total médio de 70,22 (±15,46) (Tabela 10).

As médias totais do volume nuclear dos condrócitos dos côndilos lateral e medial, para

este grupo, foram 12,90 (±8,01) para zona superficial, 43,13 (±8,24) para a média e 13,58

(±2,55) para a profunda, com um volume total médio de 69,61 (±13,77) (Tabela 11).

No GOT, os animais apresentaram volume nuclear médio dos condrócitos de 15,38

(±6,79) para zona superficial, 45,95 (±16,69) para a média e 9,39 (±4,27) para a profunda,

com um volume total médio de 70,72 (±17,14) no côndilo lateral (Tabela 9).

Page 59: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

58

Em relação ao côndilo medial, nos animais do mesmo grupo, os valores das médias do

volume nuclear foram 16,88 (±11,23) para zona superficial, 50,96 (±6,63) para a média e

13,81 (±4,11) para a profunda, com um volume total médio de 81,64 (±13,32) (Tabela 10).

As médias totais do volume nuclear dos condrócitos dos côndilos lateral e medial, para

o seguinte grupo, foram 16,13 (±7,00) para zona superficial, 48,45 (±7,20) para a média e

11,60 (±3,62) para a profunda, com um volume total médio de 76,18 (±8,75) (Tabela 11).

A comparação estatística dos valores das médias do volume nuclear dos condrócitos

da zona superficial tanto no côndilo lateral quanto no medial, para o GC, GOS e GOT não

mostrou significância (P>0,05) (Tabelas 9 e 10). Porém em relação aos valores bicondilares

houve significância (P<0,05). Os valores das médias do volume nuclear dos condrócitos da

zona superficial do GC foram significativamente maiores que no GOS (Tabela 11).

A comparação estatística dos valores das médias do volume nuclear dos condrócitos

da zona media tanto no côndilo lateral quanto no medial, para os três grupos, mostrou

significância (P<0,05). As médias do volume nuclear dos condrócitos da zona média do GC

foram significativamente maiores que do GOS nos dois côndilos (Tabelas 9 e 10). Em relação

aos valores bicondilares houve significância (P<0,01). As médias do volume nuclear dos

condrócitos dos dois côndilos, lateral e medial, do GC foram significativamente maiores que

os do GOS e do GOT (Tabela 11).

A comparação estatística dos valores das médias do volume nuclear dos condrócitos

da zona profunda no côndilo lateral, para os três grupos, mostrou significância (P<0,05). Os

valores das médias do volume nuclear dos condrocitos da zona profunda GC e GOS foram

maiores que do GOT (Tabela 9). No entanto, no côndilo medial e nos valores bicondilares,

não houve significância (P>0,05) (Tabelas 10 e 11).

A comparação estatística dos valores das médias do volume total médio dos núcleos

dos condrócitos tanto no côndilo lateral como no medial, para os três grupos, mostrou

significância (P<0,01). Os valores bicondilares também mostraram significância (P<0,001) As

médias do volume total médio dos núcleos dos condrócitos do GC foram significativamente

maiores que do GOS e do GOT (Tabelas 9,10 e 11).

Page 60: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

59

Tabela 9 - Demonstrativo das médias do volume nuclear dos condrócitos das zonas da cartilagem articular do côndilo lateral da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Volume dos Condrócitos - Côndilo Lateral

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 29,63 20,54 21,48 21,33 21,51 22,90 (±3,78) Média 50,59 65,26 66,86 59,82 62,13 60,93* (±6,39) Profunda 15,00 17,09 26,03 10,94 15,76 16,96a (±5,56) Total 95,22 102,89 114,37 92,09 99,40 100,79** (±8,62)

GOS Superficial 4,74 13,26 23,67 23,04 4,15 13,77 (±9,46) Média 30,47 32,23 38,12 53,13 44,23 39,64 (±9,28) Profunda 17,40 17,44 9,81 18,27 15,03 15,59a (±3,45) Total 52,61 62,93 71,60 94,44 63,41 69,00 (±15,74)

GOT Superficial 7,53 13,77 14,29 26,29 15,02 15,38 (±6,79) Média 40,20 74,06 29,43 43,68 42,38 45,95 (±16,69) Profunda 11,97 5,96 11,01 14,08 3,91 9,39b (±4,27) Total 59,70 93,79 54,73 84,05 61,31 70,72*** (±17,14)

*Significante em relação ao GOS na zona média (P<0,05); **Significante em relação ao GOS no total (P<0,05); *** Significante em relação ao GC no total (P<0,05); Letras diferentes em uma mesma coluna mostram diferença significante (P<0,05). Tabela 10 - Demonstrativo das médias do volume nuclear dos condrócitos das zonas da

cartilagem articular do côndilo medial da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo – 2007

Volume dos Condrócitos - Côndilo Medial

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 13,05 26,53 27,86 27,70 40,38 27,10 (±9,68) Média 65,22 68,96 68,12 53,58 62,72 63,72* (±6,18) Profunda 15,19 12,97 12,13 18,67 12,28 14,25 (±2,76) Total 93,46 108,46 108,11 99,95 115,39 105,07** (±8,49)

GOS Superficial 9,65 0,61 20,66 19,28 9,90 12,02 (±8,18) Média 51,56 33,30 48,38 58,38 41,51 46,63 (±9,61) Profunda 14,16 15,46 11,62 8,82 7,80 11,58 (±3,30) Total 75,38 49,38 80,66 86,48 59,21 70,22 (±15,46)

GOT Superficial 0,00 22,48 27,88 11,21 22,82 16,88 (±11,23) Média 51,43 42,00 47,19 55,37 58,81 50,96 (±6,63) Profunda 13,73 6,79 16,18 17,01 15,32 13,81 (±4,11) Total 65,16 71,27 91,25 83,60 96,95 81,64*** (±13,32)

*Significante em relação ao GOS na zona média (P<0,05); **Significante em relação ao GOS no total (P<0,01); *** Significante em relação ao GC no total (P<0,05).

Page 61: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

60

Tabela 11 - Demonstrativo das médias volume nuclear do condrócitos das zonas da cartilagem articular da epífise proximal da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo - 2007

Volume dos Condrócitos – Bicondilar

Animal Grupo Zona 1 2 3 4 5 Média

Controle Superficial 21,34 23,54 24,67 24,52 30,95 25,00* (±3,58) Média 57,91 67,11 67,49 56,70 62,43 62,33 (±5,02) Profunda 15,09 15,03 19,08 14,81 14,03 15,61 (±1,99) Total 94,34 105,68 111,24 96,03 107,40 102,94 (±7,38)

GOS Superficial 7,20 6,94 22,17 21,17 7,03 12,90 (±8,01) Média 41,02 32,77 43,25 55,76 42,87 43,13** (±8,24) Profunda 15,79 16,45 10,72 13,55 11,42 13,58 (±2,55) Total 63,99 56,15 76,13 90,46 61,31 69,61# (±13,77)

GOT Superficial 3,77 18,13 21,09 18,75 18,92 16,13 (±7,00) Média 45,81 58,03 38,31 49,52 50,59 48,45*** (±7,20) Profunda 12,85 6,38 13,60 15,55 9,62 11,60 (±3,62) Total 62,43 82,53 73,00 83,82 79,13 76,18## (±8,75)

*Significante em relação ao GOS na zona superficial (P<0,05); ** Significante em relação ao GOS na zona média (P<0,01); *** Significante em relação ao GOS na zona média (P<0,05); # Significante e relação ao GC no total (P<0,001); ## Significante em relação ao GC no total (P<0,01).

5.3.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno

A figura 8 mostra o aspecto das fibras colágenas nos cortes histológicos da cartilagem

articular da tíbia, corados pelo Picrossirius e examinados à luz polarizada, nos três grupos

estudados.

Page 62: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

61

Figura 8 – Cortes histológicos da cartilagem articular da tíbia mostrando a distribuição das fibras colágenas nas

zonas da cartilagem nos três grupos estudados (GC, GOS e GOT); Picrosirius; aumento = 400X.

Page 63: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

62

Através da avaliação dos cortes corados pela técnica de Picrosirius, examinados à luz

polarizada, obtivemos o resultados referentes à densidade de volume do colágeno da

cartilagem articular nos côndilos lateral e medial do GC, GOS e GOT.

Para o GC, A média total da densidade de volume do colágeno dos côndilos lateral e

medial, para este grupo, foi 0,36 (±0,05) (Tabela 14). Os valores das médias da densidade de

volume do colágeno foram de 0,39 (± 0,06), no côndilo lateral (Tabela 12) e 0,34 (± 0,04)

no côndilo medial (Tabela 13).

No GOS, a média total da densidade de volume do colágeno dos côndilos lateral e

medial foi de 0,49 (±0,02) (Tabela 14). Os animais apresentaram valores das médias da

densidade de volume do colágeno de 0,49 (±0,02) no côndilo lateral (Tabela 12) e 0,48

(±0,05) no côndilo medial (Tabela 13),

No GOT, a média total da densidade de volume do colágeno dos côndilos lateral e

medial, para este grupo, foi de 0,56 (±0,03) (Tabela 14). Os valores das médias da densidade

de volume do colágeno foram de 0,57 (±0,04) no côndilo lateral (Tabela 12) e 0,55 (±0,02)

no côndilo medial (Tabela 13).

A comparação estatística dos valores das médias da densidade de volume do colágeno

nos côndilo lateral e medial, em conjunto, mostrou significância (P< 0.0001). Os valores

foram maiores para o GOT em relação ao GOS e GC e para o GOS em relação ao GC (Tabela

14).

A comparação estatística dos valores das médias da densidade de volume do colágeno

em cada côndilo mostrou que no côndilo lateral, para o GC, GOS e GOT houve significância

(P<0,001). Os valores foram maiores para o GOS e GOT em relação ao GC (Tabela 12).

A comparação estatística dos valores das médias da densidade de volume do colágeno

no côndilo medial, para os três grupos mostrou significância (P< 0.0001). Os valores foram

maiores para o GOT em relação ao GOS e GC e para o GOS em relação ao GC (Tabela 13).

Page 64: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

63

Tabela 12 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno no côndilo lateral

da tíbia entre os diferentes grupos avaliados , seguidas pelo desvio padrão e

significância estatística - São Paulo - 2007

Densidade de volume do Colágeno - Côndilo Lateral Animal

Grupo 1 2 3 4 5 Média Controle 0,28 0,41 0,41 0,43 0,43 0,39* (±0,06)

GOS 0,49 0,45 0,50 0,51 0,52 0,49 (±0,02)

GOT 0,50 0,60 0,62 0,54 0,58 0,57** (±0,04)

* Significante em relação ao GOS (P<0,05); ** Significante em relação ao GC (P<0,001).

Tabela 13 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno no côndilo medial da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo - 2007

Densidade de volume do Colágeno - Côndilo Medial

Animal Grupo 1 2 3 4 5 Média

Controle 0,26 0,36 0,38 0,33 0,36 0,34* (±0,04)

GOS 0,45 0,47 0,57 0,46 0,44 0,48** (±0,05)

GOT 0,51 0,58 0,57 0,55 0,55 0,55*** (±0,02)* Significante em relação ao GOS (P<0.001); ** Significante em relação ao GOT (P<0.05); Significante em relação ao GC (P<0.001).

Tabela 14 - Demonstrativo das médias da densidade de volume do colágeno cartilagem articular da epífise proximal da tíbia entre os diferentes grupos avaliados, seguidas pelo desvio padrão e significância estatística - São Paulo - 2007

Densidade de volume do Colágeno - Bicondilar

Animal Grupo 1 2 3 4 5 Média

Controle 0,27 0,38 0,40 0,38 0,40 0,36* (±0,05)

GOS 0,47 0,46 0,53 0,49 0,48 0,49** (±0,02)

GOT 0,50 0,59 0,60 0,55 0,56 0,56*** (±0,03)* Significante em relação ao GOS (P <0.01); ** Significante em relação ao GOT (P<0.05); *** Significante em relação ao GC (P<0.001)

Page 65: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

64

5.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

A análise ultraestrutural da superfície da cartilagem articular foi realizada de forma

qualitativa, utilizando-se para isso a microscopia eletrônica de varredura, no qual três animais

de cada grupo foram estudados, nos aumentos de 1.000 e 10.000 vezes.

Através da análise das eletromicrografias observamos que os três animais do GC,

apresentaram superfícies irregulares com sinais de processos degenerativos na superfície da

cartilagem articular, como pequenas lascas e fissuras. Porém não foram encontradas crateras,

nem exposição de osso subcondral (Figuras 9 e 12).

No grupo GOS, notamos que dois animais apresentaram superfícies irregulares com a

presença de alterações degenerativas na superfície da cartilagem articular, como pequenas

lascas e fissuras. Em um único animal, foram encontradas crateras profundas com exposição

do osso subcondral em uma delas (Figuras 10 e 13).

Nos três animais do grupo GOT, encontramos superfícies irregulares com a presença

de grandes alterações degenerativas na superfície da cartilagem articular, formando grandes

lascas, fissuras e crateras. Porém, nenhumas dessas alterações degenerativas levaram a

exposição do osso subcondral (Figuras 11 e 14).

Page 66: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

65

Figura 9 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GC demonstrando superfície irregular com a presença de algumas lascas (seta branca) e fissuras (seta preta). Aumento: 1.000X

Figura 10 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOS

demonstrando área de degeneração da cartilagem articular com exposição de osso subcondral (estrela); a seta indica a cartilagem articular nas margens da região degenerada. Aumento: 1.000X

Figura 11 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOT demonstrando área degenerada com a presença de condrócitos (interior da elipse), lascas (seta negra) e fissuras profundas (seta branca). Aumento: 1.000X

Page 67: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

66

Figura 12 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GC evidenciando superfície irregular com rede colágena. Aumento: 10.000X

Figura 13 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOS

evidenciando condrócitos (seta) da cartilagem articular nas margens de região degenerada. Aumento: 10.000X

Figura 14 – Eletromicrografia da superfície articular da epífise proximal da tíbia esquerda de ratas do GOT

evidenciando fissura profunda (indicada na figura 11 com uma seta branca). Fibras colágenas (setas brancas); condrócitos (seta negra). Aumento: 10.000X

Page 68: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

DISCUSSÃO

Page 69: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

68

6 DISCUSSÃO

Nos últimos anos, tem-se observado uma valorização da prática de atividade física como

meio de manutenção da saúde, especialmente em mulheres após a menopausa. Na literatura

são encontrados numerosos trabalhos mostrando os efeitos benéficos da prática de exercícios

sobre os componentes do aparelho músculo-esquelético (PAP et al., 1998; EGRI et al., 1999;

CULAV et al., 1999; FITZGERALD et al., 2002). Na prática diária, tanto em Fisioterapia

quanto em Educação Física, são conhecidos os benefícios da atividade física sobre aqueles

componentes. Entretanto, são poucas as referências sobre efeitos combinados da atividade

física e deprivação de hormônios nas cartilagens articulares. O presente trabalho teve como

objetivo estudar as alterações da cartilagem articular da tíbia em função da deprivação de

estrógenos e desse fator acrescido da realização de exercícios físicos. Para tanto, utilizamos

como modelo animal, o rato Wistar. Os dados obtidos visam dar subsídios para a melhor

compreensão de processos patológicos, como a osteoartrose, prevalente após a menopausa. A

osteoartrose é doença na qual ocorre a degradação da cartilagem articular, representando um

dos mais importantes problemas de saúde da população em geral (MOURITZEN et al., 2003).

É uma das causas mais comuns de dor, incapacidade e diminuição da qualidade de vida em

indivíduos de meia idade e idosos. Esta doença não está relacionada apenas ao

envelhecimento (NEWTON et al., 1997), mas pode também ocorrer devido a vários fatores

(NEWTON et al., 1997; PARKER et al., 2003), incluindo a pós-menopausa (CHRISTGAU

et al., 2004; HOEG-ANDERSEN et al., 2004). É mais comum em mulheres do que em

homens e, naquelas, mais comum após a menopausa. Antes dos cinqüenta anos de idade, a

incidência desta doença é baixa em homens, tendo uma pequena prevalência em mulheres.

Porém, depois do cinqüenta anos, torna-se mais freqüente em mulheres com grande

prevalência no sexo feminino (DING et al., 2003; PARKER et al., 2003). A razão para esta

diferença ainda é desconhecida, porém diferenças no volume da cartilagem articular parece

influenciar (DING et al., 2003). O estudo da osteoartrose em humanos é difícil devido à

variação genética, a variedade nutricional, as diferenças bioquímicas e também, pela

dificuldade em identificar claramente os estágios iniciais da doença (PRITZKER, 1994).

Além disso, é difícil a elucidação dos eventos primários da osteoartrose, pois os pacientes

geralmente não procuram atenção médica até que a patologia esteja avançada (THORNDIKE;

TURNER, 1998). Todas estas dificuldades justificam que os estudos sobre a osteoartrose

utilizem modelos como o rato Wistar, tal como fizemos.

Page 70: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

69

Para facilidade de compreensão, os resultados da discussão serão apresentados segundo

os mesmos itens, utilizados no capítulo de resultados: variação do peso dos animais,

desempenho físico, análise morfométrica e estereológica e microscopia eletrônica de

varredura.

6.1 VARIAÇÃO DO PESO DOS ANIMAIS

Os efeitos da ooforectomia no peso dos animais pelos dados que obtivemos demonstram

que as ratas do GOS e do GOT ganharam peso após a ooforectomia. O ganho de peso do GOS

foi de 19% e do GOT de 15%. Não houve diferença entre estes dois últimos grupos quanto a

este aspecto. O ganho de peso dos animais de ambos os grupos pode ser explicado pela

deficiência do estrógeno. Christgau et al. (2004) também demonstraram aumento de peso em

ratas após a ooforectomia. Um estudo recente avaliou os efeitos do climatério no peso

corporal e na distribuição de gordura, comparando mulheres na pré-menopausa, na peri-

menopausa e na pós-menopausa. O peso corporal e a massa corpórea foram

significativamente maiores na peri-menopausa e na pós-menopausa do que na pré-menopausa.

A média total de gordura corporal dos tecidos moles foi significativamente maior na peri-

menopausa e na pós-menopausa do que na pré-menopausa (GENAZZANI; GAMBACCIANI,

2006).

O valor um pouco menor do ganho de peso dos animais do GOT pode ser atribuído à

atividade física. O treinamento adequado é fator reconhecido para preservar o peso corpóreo

(ASIKAINEN; KUKKONEN-HARJULA; MIILUNPALO, 2004). Mesmo na menopausa, um

programa de exercícios de carga moderada, em sedentárias e com sobrepeso, mostrou ser

significante para a redução de peso corporal e gordura corporal total (IRWIN et al., 2003).

Nossos dados sugerem que a ooforectomia induziu a um aumento de peso e que o exercício

físico não interferiu de maneira significante nesses resultados. É possível que o tipo e a

intensidade do exercício não tenham sido suficientes para alterar os resultados.

Page 71: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

70

6.2 DESEMPENHO FÍSICO

Segundo os dados que obtivemos, os resultados dos animais do GOT no 3TEM foram

significativamente maiores do que do GC (61%). Nesse 3TEM houve uma pequena queda no

rendimento do GOT, e, portanto, não houve significância em relação ao GOS. Os resultados

mostram uma diminuição no desempenho dos animais do GC ao final do 3TEM (39%),

enquanto que em relação ao 2TEM, o GOT obteve o seu melhor rendimento (68%),

confirmado quando realizada a comparação com os animais dos outros dois grupos, que

mostrou um melhor resultado para o GOT em relação ao GC e GOS (53% e 77%

respectivamente). Podemos dizer, então, que o treinamento produziu condicionamento no

GOT em relação ao GC e GOS. Estes resultados contradizem alguns autores quando sugerem

que a menopausa pode representar uma importante causa para a depreciação da capacidade de

realização de exercício (MERCURO et al., 2006).

6.3 ANÁLISES MORFOMÉTRICA E ESTEREOLÓGICA

6.3.1 Análise da Espessura das Zonas (camadas) da Cartilagem Articular

Os resultados sobre os efeitos da ooforectomia sobre a espessura da cartilagem

mostraram que a espessura da cartilagem como um todo, teve um aumento na zona superficial

no GOS (23%) em relação ao GC. Considerando apenas o côndilo medial da tíbia, na zona

superficial, observamos médias maiores para o GOS (35%) em relação ao GC. Assim sendo,

houve alteração da espessura da cartilagem apenas no côndilo medial, sugerindo que os

côndilos lateral e medial da cartilagem articular da tíbia respondem de modo diferente a

ooforectomia e ao exercício. A causa é desconhecida. A resposta da cartilagem frente a

diferentes fatores tem mostrado resultados discordantes. Karvonen et al. (1994), observaram

diminuição da espessura da cartilagem articular de ambos os côndilos femorais nos pontos de

maior descarga de peso com o envelhecimento e também como conseqüência de osteoartrose.

Porém, Bruyere et al. (2007), mostraram que o côndilo medial da tíbia é mais afetado do que

o lateral na diminuição da espessura da cartilagem articular com a osteoartrose. A assimetria

nos resultados parece, portanto, refletir fatores mecânicos.

Page 72: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

71

Observamos que a atividade física também produziu médias maiores na espessura da

camada superficial do côndilo medial para o GOT (20%) em relação ao GC, mas não

diferente do GOS. Um trabalho recente demonstrou que a espessura da cartilagem aumentou

com grandes cargas de peso (ANDRIACCHI; MÜNDERMANN, 2006). Estudos recentes

mostram que grande adução do joelho durante a deambulação é freqüentemente relacionada

com a progressão de desgaste da cartilagem do côndilo medial da tíbia. O treino intenso

parece não promover este desgaste e, pelo menos em animais, pode causar aumento da

espessura da cartilagem articular (INGELMARK, 1957; KIVIRANTA et al., 1988). Herzog et

al. (1998), demonstraram aumento da espessura da cartilagem da articulação patelofemoral

em gatos após transecção do ligamento cruzado anterior, considerado como um modelo

experimental de osteoartrose. Por outro lado, foi demonstrada, uma diminuição da espessura

da zona superficial da cartilagem articular do côndilo lateral do fêmur e da patela, com um

concomitante aumento da zona profunda após osteoartrose induzida por uma osteotomia da

tíbia em cães (PANULA et al., 1998). Nossos resultados demonstram que parece haver

correlação entre depressão estrogênica e aumento da espessura da cartilagem.

6.3.2 Análise da Densidade Numérica de Condrócitos

Os resultados obtidos na análise da densidade numérica de condrócitos mostraram aumento

significativo na zona profunda da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia em relação à

ooforectomia, sendo maior no GOS (34%) em relação ao GC. Isto pode ser explicado pela

discreta redução da espessura da camada profunda no GOS, o que concentra mais as células e

não por efeito da ooforectomia em si. Ao contrário, na camada superficial, embora tenha

ocorrido um aumento da espessura desta camada no GOS em relação ao GC, não houve

alteração significante na densidade de condrócitos em função da deprivação de estrógenos. É

possível que este resultado seja devido a um aumento da matriz extracelular, com conseqüente

aumento da espessura da camada. A densidade numérica dos condrócitos da cartilagem

articular parece estar relacionada com a estabilidade mecânica da matriz (Wu; HERZOG,

2002). Isto é facilmente compreensível, pois a matriz extracelular da cartilagem articular é

mantida pelos condrócitos, que controlam a produção e rotatividade dos componentes da

matrix (HARDINGHAM et al., 1994). Dados da literatura mostram associação dos níveis de

Page 73: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

72

estrógeno com o número de condrócitos em cartilagens. Takano et al. (2007), mostram uma

diminuição do número de condrócitos da cartilagem do disco epifisário de coelhas

ooforectomizadas. Em outro trabalho, foi mostrado que a suplementação de estrógeno

diminuiu a espessura da cartilagem articular do côndilo da mandíbula de ratas através da

inibição da proliferação e aumento da maturação de condrócitos (TALWAR et al., 2006).

O exercício parece não ter influenciado este resultado, pois os dados relativos ao GOT

não diferiram dos GOS e do GC.

6.3.3 Determinação do Volume dos Núcleos dos Condrócitos

Os resultados da análise do volume nuclear demonstraram uma diminuição do volume

nuclear dos condrócitos da zona superficial da cartilagem articular da epífise proximal da tíbia

em função da deprivação de estrógeno, pois houve redução do volume nos animais do GOS

(94%) em relação ao GC. Na zona média, em relação aos valores bicondilares, notamos uma

diminuição do volume nuclear dos condrócitos nos animais do GOS (45%) quando

comparados com o GC. Ainda na zona média, observamos uma diminuição do volume dos

núcleos dos condrócitos da cartilagem articular tanto no côndilo lateral, quanto no medial nos

animais do GOS (54% e 37% respectivamente) em relação ao GC. A ooforectomia não

influenciou os volumes nuclear dos condrócitos da zona profunda da cartilagem articular do

côndilo lateral da tíbia, pois não houve significância entre os valores do GC e GOS.

O exercício não impediu a s alterações no volume dos núcleos da cartilagem, pois

ocorreu também uma diminuição do volume nuclear dos condrócitos nos animais do GOT

(29%), em relação ao GC. Esta ação foi maior ainda na camada profunda pois a ooforectomia

associada a atividade física produziu uma diminuição importante do volume nuclear dos

condrócitos nesta camada em relação ao GC e GOS (81% e 81% respectivamente). É possível

que o tipo e/ou duração do exercício não tenham sido suficientes para estimular os

condrócitos e produzir aumento do volume nuclear, com conseqüente aumento da síntese de

matriz. Entretanto, o estresse mecânico acima de níveis fisiológicos pode influenciar

profundamente a cartilagem articular causando danos a matriz, alterações no metabolismo dos

Page 74: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

73

condrócitos e morte celular. Ele também tem sido implicado como um fator de risco no

desenvolvimento da osteoartrose (BUSH et al. 2005).

6.3.4 Determinação da Densidade de Volume do Colágeno

A rede colágena é a estrutura chave que suporta a arquitetura tridimensional da

cartilagem articular (MOLLENHAER et al., 1984; PANULA et al., 1998). As propriedades

físicas, bioquímicas, biomecânicas e fisiológicas do colágeno são modificadas pelo exercício

(SOMMER, 1987).

A análise da densidade de colágeno mostrou um aumento na densidade do volume do

colágeno nos animais ooforectomizados, pois houve aumento no GOS (27%) em relação ao

GC no côndilo lateral. Também observamos um aumento nos valores do GOS (41%) em

relação ao GC no côndilo medial.

O exercício influenciou significativamente as alterações produzidas pela ooforectomia,

pois houve aumento de colágeno no GOT (45%) em relação ao GC no côndilo lateral.

Também observamos um aumento nos valores do GOT em relação ao GOS (16%) e GC

(63%) em relação ao GC no côndilo medial.

Em relação aos efeitos do exercício sobre a densidade de colágeno na cartilagem

articular, os resultados são discrepantes. Arokoski et al. (1996), demonstraram não haver

diminuição da concentração de colágeno da cartilagem articular do joelho de cães após 15

semanas de 40Km/h de corrida diária. Porém Saamamen et al. (1994), mostraram uma

diminuição da concentração de colágeno da cartilagem articular do côndilo lateral do fêmur

de cães após 15 semanas de 20Km/h de corrida diária, concluindo que um programa de

corrida extenuante, induziu a mudanças locais semelhantes aos estágios iniciais de

degeneração da cartilagem articular.

Ghristgau et al. (2004), mostraram um aumento significante nos níveis de marcadores de

degradação dos colágenos tipo I e II em ratas ooforectomizadas, mostrando alta remodelação

do colágeno. Os níveis elevados do marcador de colágeno I, não correspondiam a erosão da

cartilagem articular do joelho. Porem níveis elevados do marcador de colágeno II estavam

Page 75: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

74

altamente associados com danos da cartilagem articular. Mouritzen et al. (2003), também

encontraram um aumento dos níveis do marcador de colágeno II na urina de mulheres na pós-

menopausa.

A presença do estrógeno parece ser fundamental para o equilíbrio na produção de

quantidades adequadas dos componentes da matriz extracelular. Portanto, quando há

diminuição deste hormônio, ocorre maior produção do colágeno, o que torna a cartilagem

mais endurecida e menos resistente mecanicamente. É possível que estas alterações possam

servir de base para ulteriores processos deletérios, levando à degradação da cartilagem, tal

como observado em fases mais adiantadas por Tesche e Miosge (2005).

6.4 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

A análise dos resultados sobre a superfície da cartilagem articular demonstram

alterações degenerativas progressivas como conseqüência da deprivação de estrógenos.

Diversos tipos de irregularidades da superfície articular, incluindo depressões e

elevações têm sidos descritos em estudos de microscopia eletrônica de varredura

(GARDNER; MCGILLIVRAY, 1971). Estudos descrevem uma superfície articular normal

como sendo lisa (TAN et al., 2004). Em estudos da superfície articular em diversas condições

como condromalácia da patela, osteoartrose e artrite reumatóide, características semelhantes

com fissuras, lascas e crateras foram observadas em doenças da cartilagem (REDLER et al.,

1970; GULISANO et al., 1993).

Os animais que realizaram atividade física (no GOT) mostraram as mesmas

irregularidades, que os do GOS, o que nos permite supor que o exercício não modificou os

efeitos da ooforectomia. Essas alterações podem decorrer do ganho de peso durante o

experimento, associado à ooforectomia no GOS e pela deficiência do estrógeno e realização

do exercício no GOT, pois segundo alguns autores, dentre os fatores que podem influenciar a

incidência de osteoartrose são citados o excesso de peso e a obesidade (WLUKA et al., 2004)

e pós-menopausa (CHRISTGAU et al., 2004; HOEG-ANDERSEN et al., 2004).

Page 76: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

CONCLUSÕES

Page 77: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

76

7 CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, podemos concluir que:

• A ooforectomia contribui para um aumento de peso em ratas de laboratório

mesmo com um treinamento físico com intensidade submáxima de 60%, com

duração de 3 meses.

• O treinamento físico com intensidade submáxima de 60%, com duração de 3

meses é capaz de melhorar o desempenho físico de ratas ooforectomizadas.

• A cartilagem articular dos côndilos medial e lateral da tíbia respondem de maneira

diferente à ooforectomia e à atividade física.

• A deprivação de estrógenos provocou um aumento da espessura da zona

superficial da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia, também observada

com o treinamento, porém em menor grau.

• A ooforectomia produziu um aumento relativo da densidade numérica dos

condrócitos na zona profunda da cartilagem articular do côndilo medial da tíbia. O

exercício associado com a ooforectomia não produziu este efeito.

• A deprivação de estrógenos produziu uma diminuição do volume dos núcleos dos

condrócitos das zonas superficial e média da cartilagem articular dos côndilos

lateral e medial. O exercício também não influenciou este dado.

• A ooforectomia não produziu efeito no volume nuclear dos condrócitos da

cartilagem. Porém o exercício provocou uma diminuição do volume nuclear dos

condrócitos da zona profunda da cartilagem articular do côndilo lateral da tíbia.

• Tanto a ooforectomia isoladamente como em conjunto com a atividade física

provocaram um aumento da produção de colágeno na matriz da cartilagem.

• Tanto a ooforectomia isoladamente, quanto a ooforectomia associada à atividade

física, causam lesões semelhantes na cartilagem articular da epífise proximal da

tíbia.

Page 78: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

REFERÊNCIAS

Page 79: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

78

REFERÊNCIAS

ANDERSON, C. E. The structure and function of cartilage. Journal of Bone and Joint Surgery, v. 44A, p. 77-786, 1962.

ANDRIACCHI, T. P.; MÜNDERMANN, A. The role of ambulatory mechanics in the initiation and progression of knee osteoarthritis. Curr Opin Rheumatol, v. 18, n. 5, p. 514-518, 2006.

AROKOSKI, J.; KIVIRANTA, L.; JURVELIN, J.; TAMMI, M. E.; HELMINEN, H. J. Long-distance running causes site-dependent decrease of cartilage glycosaminoglycan content in the knee joints of beagles dogs. Arthritis Rheum, v. 36, n. 10, p. 1451-1459, 1993.

AROKOSKI, J.; HYTTINEN, M.; LAPVETELAINEN, T.; TAKACS, P.; KOSZTACZKY, B; MOIS, L.; KOVANEN, V.; HELMINEN, H. Decrease birefringence of the superficial zone collagen network in the canine knee (stifle) articular cartilage after long distance running training, detected by quantitative polarized light microscopy. Ann Rheum Dis., v. 55, n. 4, p. 253-264 1996.

ASIKAINEN, T. M.; KUKKONEN-HARJULA, K.; MIILUNPALO, S. Exercise for health for early postmenopausal women: a systematic review of randomised controlled trials. Sports Med., v. 34, n.11, p. 753-778, 2004.

ATRA, E. Artrose, reumatologia prática. Rio de Janeiro: Eleá CiênciaEditorial: 1995, p.58-63.

BIHARI-VARGA, M.; FRAKAS, T.; BIRÓ, T. Changes in the cartilage proteoglycans in relation to age and osteoarthrosis. Acta Biol Hung., v. 35, p. 325-331, 1984.

BLOEBAUM , W. The morphology of the surface of artcular cartilage in adult rats. J Anat, v. 131, p. 333-346, 1980. (Supplement, 2).

BOGOSLAVSKY, A. Alterações da cartilagem hialina da cabeça do fêmur de ratos Wistar corredores, em função do envelhecimento. 2006. 96 f. – Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

BRANDAN, E. Proteoglycans in skeletal muscle. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v.27, p.109-16, 1994.

BRÜEL, A.; OXLUND, H. Growth hormone influences the conten and composition of collagen in the aorta from old rats. Meach Ageing Dev., v. 123, n. 6, p. 627-635, 2002.

Page 80: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

79

BRUYERE, O.; GENANT, H.; KOTHARI, M.; ZAIM, S.; WHITE, D. Longitudinal study of magnetic resonance imaging and standard X-rays to assess disease progression in osteoarthritis. Osteoarthritis Cartilage, v. 5 n. 1, p. 98-103, 2007.

BUCKWALTER, J. A. Osteoarthritis and articular cartilage use, disuse, and abuse: experimental studies. J Rheumv., v. 22, p. 13-15, 1995. (Supplement, 43).

BUCKWALTER, J. A.; MANKIN, H. J. Articular cartilage: tissue design and chondrocyte-matrix interactions. Instr Course Lect., v. 47, p. 477-486, 1998.

BURSTEIN D.; BASHIR, A.E.; GRAY, M.L. MRI techniques in early stages of cartilage disease. Investigative Radiology, v.35, n.10, p.622-638, 2000.

BUSH, P.G.; HODKINSON, P.D.; HAMILTON, G.L.; HALL, A.C. Viability and volume of in situ bovine articular chondrocytes-changes following a single impact and effects of medium osmolarity. Osteoarthritis Cartilage, v. 13, n.1, p.54-65, 2005.

CHRISTGAU, S.; GARNERO, P.; FLEDELIUS, C.; MONIZ, C.; ENSIG, M. Collagen type II C-telopeptide fragments as an index of cartilage degradation. Bon, v. 29, p. 209-215, 2001.

CHRISTGAU, S.; TANKÓ, L.; CLOOS, P. A. C.; MOURITZEN, U.; CHRISTIANSEN, C. M. D.; DELAISSÉ, J. M.; HOEGH-ANDERSON, P. Suppression of elevated cartilage turnover in postmenopausal women and ovariectomized rats by estrogen and selective estrogen receptor modulator (SERM). Menopause, v. 11, n. 5, p. 508-518, 2004.

CORVOL, M. T. The chondrocyte: from cell aging to osteoarthritis. Joint Bone Spine, v. 67, p. 557-560, 2000.

CULAV, E. M.; CLARK, C. H.; MERRILEES, M. J. Connective Tissues: Matrix composition and its relevance to physical therapy. Physical Therapy, v. 79, n. 3, p. 308-319, 1999.

DEGROOT, J.; VERZIJ, N.; BANK R.A.; LAFEBER, F.P.J.G.; BIJLMSA, J.W.J.; TEKOPPELE, J.M. Age-related decrease in proteoglycan synthesis of human articular chondrocytes. Arthr. Rheum, v.19, n.1, p.87-93, 1999.

DING, C.; CICUTTINI, F.; SCOTT, F.; GLISSON, M.; JONES, G. Sex differences in knee cartilage volume in adults: role of body and bone size, age and physical activity. Rheumatology, v. 42, p.1317-1323, 2003.

ECKSTEIN, F.; HUDELMAIER, M.; PUTZ, R. The effects of exercise on human articular cartilage. J.Anat., v. 208, p.491-512, 2006.

ECKSTEIN, F.; TIESCHKY, M.; FABER, S.; ENGLMEIER, K. H.; REISER, M. Functional analysis of articular cartilage deformation, recovery, and fluid flow following dynamic exercise in vivo. Anat Embryol., v. 200, p. 419-424, 1999.

Page 81: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

80

EGRI, D.; BATTISTELLA, L.R.; YOSHIARI, N.H. Envelhecimento da cartilagem articular. Revista Brasileira de Reumatologia, v.39, n.1, p.45-48, 1999.

FETTER, N. L.; LEDDY, H. A.; GUILAK, F.; NUNLEY, J. A. Composition and transport properties of human ankle and knee cartilage. J Orthop Res, v. 24, n. 2, p. 211-219, 2006.

FITZGERALD, G.K.; CHILDS, J.D.; RIDGE, T.M.; IRRGANG, J.J.Agility and perturbation training for a physically active individual with knee osteoarthritis.Phys Ther, v.82, p.4, p.372-82, 2002.

FLECKNELL, P. Pain - assessment, alleviation and avoidance in laboratory animals. ANZCCART News, v.12, n. 4, p. 1-10,1999.

GARDNER, D. L.; MCGILLIVRAY, D. C. Surface structure of articular cartilage. Annals of Rheumatic Disease, v. 30, p. 10-14, 1971.

GARNERO, P.; PIPERNO, M.; GINEYTS, E.; CHRISTGAU, S.; DELMAS, P. D.; VIGNON, E.Cross sectional evaluation of biochemical markers of bone, cartilage, and synovial tissue metabolism in patients with knee osteoarthritis: relations with disease activity and joint damage. Ann Rheum Dis., v. 60, p. 619-626, 2001.

GENAZZANI, A. R.; GAMBACCIANI, M. Effect of climacteric transition and hormone replacement therapy on body weight and body fat distribution. Gynecol Endocrinol., v. 22, n. 3, p. 145-150, 2006.

GRODZINSKY, A.J.; Eletromechanical and physiochemical properties of connective tissue. CRC Critical Reviews in Biomedical Engineering, v.9, n.2, p.133-9, 1983.

GULISANO, M.; DELRIO, A.N.; FADDA, M.; MARCED, D.U.S. Human articular cartilage during osteoarthrosis: a study under the scanning electron microscope.Ital J Anat Embryol, v.98, n.3, p.175-85, 1993.

HAAPALA, J.; AROKOSKI, J.P.A. HYTTINEN, M.K.; LAMMI, M.; TAMMI, M.; KOVANEN, V.; HELMINEN, H.J.; KIVIRANTA, I. Remobilization does not fully restore immobilization induced articular cartilage atrophy. Clin. Otrthop. Rel. Res, v.362, p.218-229, 1999.

HALL, A. C.; URBAN, J. P. G.; GEHL, K. A. Effects of compression on the loss of newly synthetized proteoglycans and proteins from cartilage explants. Arch Biochem Biophys, v. 286, p. 20-29, 1991.

HARDINGHAM, T.; FOSANG, A. J. Proteoglycans: many forms and many functions. FASEB J, v. 6, n. 3. p. 861-870, 1992.

HARDINGHAM, T.; RAYAN, V.; LEWTHWAITE, J. C. Regulation of cartilage matrix synthesis by chondrocytes. Rev Rhum Ed Fr., v. 61, n. 9, p. 93-98, 1994(Supplement, 2).

Page 82: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

81

HARDINGHAM, T.; TEW, S.; MURDOCH, A. Tissue engineering: chondrocytes and cartilage. Arthritis Res, v. 4, n. 3, p. 63-68, 2002.

HASCALL, V.C.; KIMURA, J.H.; Proteoglycans: isolation and characterization. Methods in Enzymology, 82,p.769-800 1982, Pt A.

HEISE, N.; TOLEDO, O.M.S. Age-related in glycosaminoglycan distribution in dfferent anatomical sites on the surface of knee-joint articular cartilage in young rabbits. Anals of Anaomy, v.175, n.1, p.35-40, 1993.

HERZOG, W.; DIEL, S.; SUTER, E.; MAYZUS, P. LEONARD T.; MULLER, C.; WU, J. Z. Material and functional properties of articular cartilage and patellofemoral contact mechanics in an experimental model of osteoarthritis. J Biomech., v. 31, n. 12, p. 1137-1175, 1998.

HOEG-ANDERSEN, P.; TANKO, L. B.; ANDERSEN, T. L.; LUNDBERG, C. V.; MO, J. A.; HEEGAARD, A. M.; DELAISSE, J. M.; CHRISTGAU, S. Ovariectomized rats as a model of postmenopausal osteoarthritis: validation and application. Arthritis Rest Her., v. 6, n. 2, p. 169-180, 2004.

HUBER, M.; TRATTNIG, S.; LINTNER, F. Anatomy, biochemistry and physiology of articular cartilage. Invest Radiol., v. 35, n. 10, p. 573-580, 2000.

HUDELMAIER, M.; GLASER, C.; ENGLMEIER, K.H.; REISER, M.; PUTZ, R.; ECKSTEIN, F. Age-related changes in the morphology on deformational behavior of knee joint cartilage. Arthritis and Rheumatism, v.44, n.11, p.2556-2561, 2001.

INGELMARK, B. E. Morpho-physyological aspects of gymnastic exercise. Federation Internationale de I’Education Phydique Bullettin, v. 27, p. 37-41, 1957.

IRWIN, M. L.; YASUI, Y.; ULRICH, C. M.; BOWEN, D.; RUDOLPH, R. E.; SCHWARTZ, R. S.; YUKAWA, M.; AIELLO, E.; POTTER, J. D.; MCTIERNAN, A. Effect of exercise on total and intra-abdominal body fat in postmenopausal women: a randomized controlled trial. JAMA, v. 289, n. 3, p. 323-330, 2003.

JONES, O.; GLISSON, M.; HYNES, K.; CICUTTINI, F. Sex and site diferences in cartilage development – a possible explanation for variations in knee osteoarthritis in later life. Arthritis Rheum., v. 43, n. 11, p. 2543-2549, 2000.

JUNQUEIRA, L. C. U.; BIGNOLAS, G.; BRENTANI, R. R. Picrossirius red staining plus polarization microscopy, a specific method for collagen detection in tissue sections. Histochem J., v. 11, p. 447-455, 1979.

KAAB, M. J.; ITO, K.; CLARK, J. M.; NOTZLI, H. P. Deformation of articular cartilage collagen structure under static and cyclic loading. J Orthop Res., v. 16, n. 6, p. 743-751, 1998.

Page 83: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

82

KARVONEN, R. L.; NEGENDANK, W. G.; TEIGE, R. A.; REED, R. A.; MILLER, P. R.; FERNANDEZ, F. Factors affecting articular cartilage thickness in osteoarthritis and aging. J Rheumatol., v. 21, n. 7, p. 1310-1318, 1994.

KIM, Y. J.; SAH, R. L.; GRODZINSKY, A. J.; PLAAS, A. H. K.; SAND, Y. J. D. Mechanical regulation of cartilage biosynthetíc behavior: Physical stimuli. Arch Biochem Biophys., v. 311, n. 1, p. 1-12, 1994.

KIM, H. A.; SUH, D.; SONG, Y. W. Relationship between chondrocyte apoptosis and matrix depletion in human articular cartilage. J Rheum., v. 28, n. 9, p. 2038-2045, 2001.

KIVIRANTA, I.; JURVELIN, J.; TAMMI, M.; SÄÄMÄNEN, A. M.; HELMINEN, J. H. Weight bearing controls glycosaminoglycan concentration and articular cartilage thickness in the knee joints of young beagle dogs. Arthritis Rheum, v. 7, n. 30, p. 801-809, 1987.

KIVIRANTA, I.; TAMMI, M.; JURVELIN, J.; SÄÄMÄNEN, A. M.; HEIMINEN, J. H. Moderate running exercise augments glycosaminoglycans and thickness of articular cartilage in the joint of young beagle dogs. J Orthop Res., v. 6, n. 2, p. 188-195, 1988.

KUETTNER, K. E.; AYDELOTTE, M. B.; THONAR, E. J. Articular cartilage matrix and structure: a minireview. J Rheumatol Suppl, v. 27, p. 46-48, 1991.

LANE, N. E.; BUCKWALTER, J.A. Exercise: a cause of osteoarthritis? Rheum Dis ClinNorth Am, v. 19, n. 3, p. 617-33, 1993.

LEANNE, S.; CAROLINE, F.; SHONA, B. Sports participation, sports injuries an osteoarthritis. Sports Med., v. 28, n. 2, p. 123-135, 1999.

LEVANON, D. STEIN.;H. The articular cartilage of the rabbit knee: A scanning electron microscopy study. Cells and Materials, v.1, p.219-229, 1991.

LOESER, R.F., Aging and the etiopathogenesis and treatment of osteoarthritis. Rheumatic Diseases Clinics of North America, v.26, n.3, p.547-567, 2000.

LOTHE, K.; SPYCHER, M. A.; RUTTNER, J. R. Human articular cartilage in relation to age, A morphometric study. Exp Cell Biol., v. 47, n. 1, p. 22-28, 1979.

MAFFULLI, N.; KING, J. B. Effects of physical activity on some components of skelectal system. Sports Medicine, v. 13, n. 6, p. 393-407, 1992.

MARCONDES, F. K.; BIANCHI, F. J.; TANNO, A. P. Determination of the estrous cycle phases of rats: some helpful considerations. Braz. J. Biol., v. 62. n. 4A, p. 609-614, 2002.

MAROUDAS, A. Balance between swelling pressure and collagen tension in normal and degenerative cartilage. Nature, v.260, n.5554, p.808-809, 1976.

Page 84: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

83

MARTI, T.; KNOBLOCH, M.; TSCHOPP, A.; JUCKER, A.; HOWALD, H. Is excessive running predictive of degenerative hip disease? Controlled study of former elite athletes. Brsitish Medical Journal, v. 299, p. 91-93, 1989.

MARTINS, R. R.; PEREIRA, N. M. L. SILVA, T. M. A. Liquid-base cytology: a new method for estral cycle study in wistar's rats, Acta Cir. Brás., v. 20, n. 1, p. 46-49, 2005.

MCDEVITT, C.A.; MUIR, H. Biochemical changes in the cartilage of the knee in experimental and natural osteoarthritis in the dog. Journal of Anatomy,v.58, n.1, p,94-101, 1976.

MERCURO, G.; SAIU, F.; DEIDDA, M.; MERCURO, S.; VITALE, C.; ROSANO, G. M. Impairment of physical exercise capacity in healthy postmenopausal women. Am Heart J., v. 151, n. 4, p. 923-927, 2006.

MOLLENHAUER, J.; BEE, J. A.; LIZARBE, M. A. VON DER MARK, K. Role of anchorin CII, a 31,000-mol wt membrane protein, in the interaction of chondrocytes with type II collagen. J Cell Biol., v. 98, p. 1572-1579, 1984.

MOURITZEN, U.; CHRISTGAU, S.; LEHMANN, H. J.; TANKO, L. B.; CHRISTIANSEN, C. Cartilage turnover assessed with a newly developed assay measuring collagen type II degradation products: influence of age, sex, menopause, hormone replacent therapy and body mass index. Ann Rheum Dis., v. 62, p. 332-336, 2003.

NEWTON, P. M.; MOW, V. O.; GARDNER, T. R.; BUCWALTER, L. A.; ALBRIGHT, J. P. The effect of Iifelong exercise on canine articular cartilage. Am J Sports Méd., v. 25, n. 3, p. 282-287, 1997.

NISHIMURA, T.; HATTORI, A.; TAKAHASHI, H. Arrangement and identification of proteoglycans in basement membrane and intramuscular connective tissue of bovine semitendinosus muscle. Acta Anatomica, v.155, p.257-265, 1996.

O’CONNOR, P.; ORFORD, C.E.; GARDNER, D.L. Differential response to compressive loads of zones of canine hyaline articular cartilage: micromechanical, light and electron microscopic studies. Annals of the Rheumatic Diseases, v. 47, n.5, p.414-420, 1988.

ODA, J. Y. Estudo Morfoquantitativo das alterações decorrentes do envelhecimento na cartilagem articular da epífise distal do fêmur de ratos. 2005. 77 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

OTTERNESS, I. G.; ESKRA, J. D.; BLIVEN, M. L.; SHAY, A. K.; PELLETIER, J. P.; MILICI, A. J. Exercise protects against articular cartilage degeneration in the hamster. Arthritis Rheum, v. 41, n. 11, p. 2068-2076, 1998.

PANULA, H. E.; HYTTINEN, M. M.; AROKOSKI, J. P. A.; LANGSJO, T. K.; PELTTARI, A.; KIVIRANTA, I.; HELMINEN, H. Articular cartilage superficial zone collagen

Page 85: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

84

birefringence reduced and cartilage thickness increased before surface fibrillation in experimental ostoarthritis. Ann Rheum Dis., n. 57, p. 237-245 1998.

PALMOSKI, M.J.; COLYER, R.A.; BRANDT, K.D. Joint motion in the absence of normal loading does not maintain normal cartilage. Arthritis and Rheumatism, v.23, n.3, p.325-334, 1980.

PALMOSKI, M.J.; BRANDT, K.D. Running inhibits the reversal of atrophic changes in canine knee cartilage after removal of leg cast. Arthritis an Rheumatism, n.11, p.1329-37, 1981.

PAP, G.; EBERHARD, T. R.; STÜRMER, I.; MACHNER, A.; SCHWARTZBERG, H.; ROESSNER, A.; NEUMANN, W. Development of osteoarthritis in the knee joints of Wistar rats after strenous running exercise in a running wheel by intracranial self-stimulation. Path Res Pract., v. 194, p. 41-47, 1998.

PARKER, D.; HWA, S. Y.; SAMBROOK, P.; GHOSH, P. Estrogen replacement therapy mitigates the loss of joint cartilage proteoglycans and bone mineral density induced by ovariectomy and osteoarthritis. APLAR Journal of Rheumatology, v. 6, p. 116-127, 2003.

POOLE, A. R.; KOJIMA, T.; YASUDA, T.; MWALE, F.; KOBAYASHI, M.; LAVERTY, S. Composition and structure of articular cartilage: a template for tissue repair. Clin Orthop Relat Res., v. 391, p. 26-33, 2001.

PRITZKER, K. P. Animal models for osteoarthritis processes, problems and prospects. Ann Rheumatic Dis., v. 53, p. 406-420, 1994.

RASCH,.J. Cinesiologia e anatomia aplicada. In:___ RASCH, P.J. Cinesiologia, 7ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991, p.12-21.

REDLER, I; ZIMNY, M.L. Scanning electron microscopy of normal and abnormal articular cartilage and synovium. J Bone Joint Surg Am, v. 52, n.7, p.1395-404, 1970.

ROUGHLEY, P..; WHITE, R. J. Age-related in the structure of proteoglycan subunits from human articular cartilage. The Journal of Biological hemistry, v.225, n.1, p. 217-224, 1980.

ROUGHLEY, P.J. Age-associated changes in cartilage matrix – implications for tissue repair. Clinical Orthopaedics and Related Research, v.391, s.153-160, 2001.

RUOSLAHTI, E.; YAMAGUCI, Y.C. Proteoglycans as modulators of growth factor activities. Cell, v.64, n.5, p.867-869, 1991.

SÄÄMÄMEN, A.; TAMMI, M.; KIVIRANTA, I.; JURVELIN, J.; HELMINEN, H.J. Running exercise as a modulator of proteoglycans matrix in the articular cartilage of young rabbits. International Journal of Sports Medicine, v.9, n.2, p.127-132, 1988.

Page 86: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

85

SÄÄMÄMEN, A.; KIVIRANTA, I.; JURVELIN, J.; HELMINEN, H. J.; TAMMI, M. Proteoglycan and collagen alterations in canine knee articular cartilage following 20 km daily running exercise for 15 weeks. Conn Tis Res., v. 30, p. 191-201, 1994.

SALVATORE, C. A.; SCHREIDER, G. Pesquisas cariométricas no ciclo estral e gravídico. Mem Inst Butantã, v. 20, p. 39-78, 1947.

SCHMIDT, MB.; MOW, V.C.; CHUN, L.E.; EYRE, D.R. Effects of proteoglycan extraction on the tensile behavior of articular cartilage. Journal of Orthopaedic Research, v.8, n.3, p.353-363, 1990.

SILVA, G. J. J.; BRUM, P. C.; NEGRÃO, C. E.; KRIGER, E. M. Acute and Chronic Effects of Exercise on Baroreflexes in Spontaneoously Hypertensive Rats. Hipertesion, v. 30, p. 714-726, 1997.

SOMMER, H. M. The biochemical and metabolic effect os a running regime on the Achilles tendon in the rat. Orthopaedics, v.11, p. 71-75, 1987.

STEVENS, A.; LOWE, J. J. Tecido Conjuntivo In:____ STEVENS, A.; LOWE, J. Human Histology, 2ª.ed. USA: Morby, 1997, p.49-64.

STOCKWELL, R. A. Lipid content of human costal and articular cartilage. Ann Rheum Dis., v.26, n. 6, p. 481-486, 1967.

TAKANO, H.; AIZAWA, T.; IRIE, T.; KOKUBUN, S.; ITOI, E. Estrogen deficiency leads to decrease in chondrocyte numbers in the rabbit growth plate. J Orthop Sci., v. 2, n. 4, p. 366-374, 2007.

TALWAR, R. M.; WONG, B. S.; SVOBODA, K.; HARPER, R. P. Effects of estrogen on chondrocyte proliferation and collagen synthesis in skeletally mature articular cartilage. J Oral Maxillofac Surg., v. 64, n. 4, p. 600-609, 2006.

TAN, A.H.; MITRA, A.K.; CHANG, P.C.; TAY, B.K.; NAG, H.L.; SIM, C.S.Assessment of blood-induced cartilage damage in rabbit knees using scanning electron microscopy. J Orthop Surg, v.12, n.2, p.199-204, 2004.

TESCHE, F.; MIOSGE, N. New aspects of the pathogenesis of osteoarthritis: the role of fibroblast-like chondrocytes in late stages of the disease. Histol Histopathol., v. 20, n. 1,p. 329-337, 2005.

THORNDIKE, E. A.; TURNER, A. S. In search of an animal model for postmenopausal diseases. Front Biosci., v. 3c, p. 17-26, 1998.

TRATTNIG S. Overuse of hyaline cartilage and imaging. Euopean Journal of Radiology, v.25, n.3, p.88-198, 1997.

Page 87: Efeitos da Atividade Física na Estrutura da Cartilagem ......Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular do joelho de ratas ooforectomizadas Dissertação apresentada

86

TUFFERY, A. A. Anaesthesia. In: _____Laboratory animals. An introduction for experiments. 2. ed. UK: John Wiley & Sons Ltd, 1995, p. 324.

VAN DEN HOOGEN, B.M.; VAN DE LEST, C.H.A.; VAN WEEREN, P.R.; LAFEBER, F.P.J.G.; LOPES-CARDOZO, M,; VAN GOLDE, L.M.G. Loading-induced changes in synovial joints affect cartilage metabolism. British Journal of Rheumatology, v.37, n.6, p.671-676, 1998.

VAN KUPPEVELT, H.M.S.M.; DOMEN, J.G.W.; CREMERS, F.P.M.; KUYPER, C.M.A. Staining of proteoglycans in mouse lung alveoli. Ultrastructural localization of anionic sites. The Histochemical Journal, v.16, n.6, p.657-669, 1984.

WALKER, J.M. Epidemiology and economics of arthritis. In:____WALKER, J>M.; HELEWA, R. Physical Therapy in Arthritis. USA: WB. Saunders Company, 1996.

WARD, D.J.; TIDSWELL, M.E. Osteoartrite. In:____ DOWNIE, P.; CASH, L. Fisioterapia em Ortopedia e Reumatologia, São Paulo: Panamericana, 1987; p.263-279.

WIGHT, T.N. HEINEGARD, D.K.; HASCALL,V.C. Proteoglycans :Structure and functions, In: ____HAY, E. Cell Biology of Extracellular Matrix. 2ª.ed. New York: Plenum Press, 1991.

WLUKA, A. E.; WOLFE, R.; DAVID, S. R.; STUCKEY, S.; CICUTTINI, F. M. Tibial cartilage volume change in healthy postmenopausal women: a longitunal study. Ann Rheum Dis, v. 63, p. 444-449, 2004.

WU, J. Z.; HERZOG, W. Elastic anisotropy of articular cartilage is associated with the microestrutures of collagen fibers and chondrocytes. J Biomech., v. 35, n. 7, p. 931-942, 2002.

WULFSOHN, D.; GUNDERSE, H. J.; VEDEL JENSE, E. B.; NYENGAARD, J. R. Volume estimation from projections. J Microsc., v. 215, p. 111-120, 2004. (Supplement, 2).

YANAGISHITA, M. Function of proteoglycans in the extracellular matrix. Acta Pathologica Japonica, v.43, n.6, p.283-93, 1993.

YASUNORI, S.; NORIYUKI, S.; EICHI, T.; KAZUHARU, I.; TOSHIHIKO, Y. Effects of running exercise on the mandible and tíbia of ovariectomized rats. J Bone Miner Metab., v. 19, p. 159-167, 2001.