Efeito Do Ultra-som Na Permeação Cutânea Do Tiratricol

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    56

    P

    olacow M L O.

    et a/

    R

    ev bra

    s

    fisio

    t

    i

    gura1

    Fotomicrografia s

    da pele de sunos

    das reas control

    e- C, gel - G

    g

    el + tiratricol - T

    gel + ultra-som

    - U S , g el + t iratri

    col +

    ultra-so

    m- T USe m

    esoterapia- M.

    Observa-se epid

    erme e) mais es p

    essa no grupo gel ,

    principalmente a

    camada cr nea c)

    . J nas reas

    tratadas com ti

    ratricol e ultra-som

    T +US) nota-se

    reduo dessa ca m

    ada. Com mesote

    rapia M), obser v

    a-se espessam ento

    da epiderme, ma

    s

    des truio da camada crnea HE 400x).

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    Polacow,

    M. L. O. et ai.

    Rev.

    bras jisioter

    Associado a isto h, ainda, os efeitos li polticos do tiratricol.

    8

    Como os insterstcios da epiderme so ricos em glicolipdios.

    eles podem sofrer alteraes

    com

    esse tratamento. Mitragotri

    t

    al

    sugerem que

    a aplicao

    do ultra-som, de

    baixa

    freqncia geraria canais aquosos no estrato crneo, atravs

    dos quais

    o

    transporte transdermal

    poderia ocorrer.

    1

    Entre os tratamentos para o fibra-edema gelide (FEG),

    a

    mesoterapia

    um dos mais freqentes.

    No

    entanto, trata

    se de um mtodo invasivo, que pode resultar reaes adversas,

    como reao alrgica, bem como inflamatria. O US tambm

    tem sido

    empregado

    no

    tratamento

    dessa

    afeco em

    razo

    de

    seus

    efeitos fisiolgicos,

    alm da associao

    de

    sua

    capacidade de veiculao de substncias.

    16

    Em relao aos

    tratamentos tpicos, h dvidas se so eficazes e se o frmaco

    absorvido pela pele.

    Pelos resultados obtidos neste trabalho observa-se

    (Tabela

    1 que

    a

    rea de tratamento que provocou maior

    reduo

    na

    hipoderme

    foi a

    submetida

    mesoterapia.

    A

    anlise histolgica (Figura

    2

    mostra destruio dos adipcitos,

    com achatamento dos lbulos de tecido adiposo.

    No

    entanto,

    o

    exame das lminas histolgicas desse grupo apontou

    a

    presena de clulas

    inflamatrias,

    denunciando o

    carter

    agressivo

    do

    mtodo, j

    documentado em

    outros trabalhos,

    que observaram uma resposta macrofgica com subseqente

    regresso

    de

    adipcitos.

    28

    Lise adipocitria com

    reduo estatisticamente signi

    ficativa

    da espessura da hipoderme

    tambm

    foi

    encontrada

    no tratamento

    com

    tiratricol

    +ultra-som

    (Figura 3). O tiratricol

    induz a liplise por meio

    da mobilizao de

    cidos graxos

    e glicerol, pela inibio

    da

    fosfodiesterase.

    Quando

    o glicerol

    e

    cidos graxos so liberados do tecido adiposo, circulam

    livremente

    no

    plasma,

    ligados

    albumina,

    sendo

    que,

    na

    ausncia desta, a solubilidade dos cidos graxos de apro

    ximadamente I0 -

    6

    M. Acima dessa concentrao,

    os cidos

    graxos formam

    micelas

    que

    atuam como detergentes,

    rom

    pendo protenas e estruturas

    de membranas,

    o que, portanto,

    txico para as clulas adipocitrias, levando lise das mes-

    mas.

    29

    Como neste trabalho no houve suplementao

    de

    albumina

    na dieta dos

    sunos,

    pode-se concluir que alise

    adipocitria ocorreu por formao

    das micelas.

    Esses resultados apontam, portanto, para o efeito faci

    litador

    que

    o ultra-som

    promove sobre

    a permeao cutnea

    do

    tiratricol.

    Pode-se tambm considerar que

    o ultra-som

    consegue

    potencializar ou

    aumentar

    a efetividade de alguns

    frmacos.

    30

    A

    cavitao ultra-snica

    tida como responsvel pela

    permeabilizao de clulas e tecidos de interesse para aplica

    es farmacuticas,

    sendo que

    o

    aumento da

    permeabilidade

    da membrana promovido pelo ultra-som o que torna possvel

    a

    maior

    penetrao

    de

    frmacos no organismo.

    1

    1.1

    23

    Trabalhos como

    o

    de

    Tang et

    a . sugerem

    que o ultra

    som provoca aumento do coeficiente

    de difuso

    em

    decorrncia ela alterao estrutural

    dos

    poros da pele, por

    meio

    de

    trs mecanismos: ala rgando o dimetro desses poros

    ou

    criando mais poros e/ou tornando-os menos

    tortuosos.

    1

    O ultra-som

    isoladamente no promoveu alterao de

    lise adipocitria, nem

    na

    espessura ela hipoclerme (Tabela

    1 ,

    provando que as alteraes encontradas nas reas tratadas com

    gel + tiratJicol +ultra-som so decorrentes do efeito elo hrmaco.

    As reas tratadas

    com

    gel + tiratricol apresentaram para

    a hipoclerme reduo no significativa (Tabela

    1 ,

    mesmo com

    massagem at hiperemia. Isso refora a hiptese de que o fator

    que

    mais favoreceu a

    permeao desse frmaco

    no foi o

    trmico. Pesquisa recente tambm mostra que outro mecanismo

    que no o trmico, muito

    provavelmente

    a cavitao, ores

    ponsvel

    pelo

    aumento de permeao na fonoforese.

    3

    CONCLUSES

    A aplicao tpica do

    tiratricol

    por intermdio ele

    massagem no produziu reduo do tecido adiposo.

    US capaz

    de

    acelerar a permeao

    elo

    tiratricol atravs

    ela

    pele ou

    acentuar sua

    ao lipoltica, evidenciado pela

    reduo ele tecido

    adiposo na h i

    poderme.

    Tabela

    1. Mdia desvio-padro da espessura da epiderme. camada crnea derme

    e

    hipoderme de sunos

    (n

    =

    5). nos v:rios tratamentos:

    controle,

    G

    gel.

    G+US-

    gel

    +ultra-som,

    0+

    T

    gel + tiratricol,

    G+US+

    T

    gel

    +ultra-som+

    tiratricol.

    M

    mesotcrapia.

    Tratamentos

    Epiderme

    Camada

    crnea

    Denne Hipoderme

    ( J.m)

    ( J.m)

    ( J.m)

    (mm)

    c

    74,33 6,76

    19.732,90

    1,72 0,20 2,63 0.37

    G

    99,68 7,91'

    32,00 2,59 ' 1,89 0,29

    2,640.10

    G+US

    93,50 13,47'

    33,35 3,87'

    I 93 0.34

    2,82 0.29

    G+T

    103,69 6,01'

    35,27 2.37' 1.84 0,24

    2.47 0,26

    G+US+T

    85.43 24, I

    24.15 10,14

    1,68 0,11

    2,0 I 0.45'

    M

    87.99 14,34' 17,52 9.30

    1,25 0.13

    I 74 0,47

    ''Difere significativamente (p

    ms . .fisioli i:

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