Efeito da aplicação de diatomite vs adubação mineral (NPK) no controlo da mosca branca Bemisia...

Efeito da aplicao de diatomite vs adubao mineral (NPK) no controlo da mosca branca Bemisia tabaci L. Genn. (Homoptera: Aleyrodidae) na cultura de pepino (Cucumis sativus L.), no Vale do Umbelzi

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL


Projecto final a ser submetido ao Departamento de Produo e Proteco Vegetal como condio para obteno do grau acadmico de Licenciatura em Engenharia Agronmica

Autora: Mavis Tomaz Navesse Supervisor: Doutor Carvalho Carlos Ecole, PhD

Maputo, Maro de 2008Projecto final 1 Navesse, Mavis Tomaz


minha me Octvia Titos Matlava (In memorian) Homenageio

Aos meus Padrinhos Albertina e Miqueas Massango e ao meu padrasto Eduardo Albuquerque Freire (In memorian) Ofereo

Aos meus irmos Srgio Tivane e Bento Navesse e a minha sobrinha Octvia Dedico

Projecto final

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Navesse, Mavis Tomaz


Agradecimentos Deus, por me providenciar sade, inteligncia e fora para estudar e continuar a estudar. Endereo os mais profundos agradecimentos todos docentes da FAEF, que directa ou indirectamente contriburam para minha formao, com especial destaque ao meu supervisor Doutor Carvalho Ecole, PhD, pelo contnuo acompanhamento e encorajamento; pela disponibilizao de materiais e meios para realizao deste trabalho; sem me esquecer do apoio prestado na reviso bibliogrfica e anlise dos dados, Enga Amlia Sidumo, MSc e ao Doutor Rafael Massinga, PhD, pelas sugestes prestadas para melhoria deste trabalho. Este trabalho foi realizado graas aos fundos disponibilizados pelo MIREM ( Ministrio dos Recursos Minerais) e FNI (Fundo Nacional de Investigao) no projecto diatomites no controlo de sugadores e minadores (FNI_ 005Agro); ao IIAM - Estao Agrria de Umbelzi e a Associao dos Regantes de Mafuiane pelo espao concedido para a realizao dos ensaios. minha famlia, pela confiana e apoio incondicional, em especial minha av, Marta Manhia, pelo incentivo e credibilidade que sempre depositou em mim e ao tio Bonifcio Cossa, que sempre me dedicou ateno e apoio nos momentos mais dificeis. Especial agredecimento vai tambm ao Osvaldo Aleluia, por estar sempre do meu lado, me apoiando quer nos momentos de alegria assim como de tristeza. Ao Lus Nhamucho pelas orientaes e sugestes prestadas durante a execuo deste trabalho e sobre tudo pela grande amizade, Vernica Chongo pelo apoio material e financeiro, Dirce pela experincia durante o monitoramento dos ensaios, e ao Eng Guilherme Mussane pelo estudo antropolgico em Mafuiane. A todos os colegas e amigos do Curso de Engenharia Agronmica, em especial a Julieta Nhacale, Gracinda Abdul, Ana Abudrasse, Drcia Bai Bai, Joo Singo, Antnio Magaia,Projecto final 3 Navesse, Mavis Tomaz


Clio Guila, Manuel Loureno, Jossefa Chaisse, e a toda a gente que de certa forma, deu um grande contributo para que este trabalho se tornasse possvel. RESUMO

O presente trabalho foi realizado nos distritos de Namaacha e Boane, na Associao dos Regantes de Mafuiane e Estao Agrria de Umbelzi (EAU) -IIAM. O mesmo tinha como objectivo avaliar o efeito da aplicao de diatomite vs adubao mineral (NPK) no controlo da mosca branca (Bemisia tabaci L.) na cultura de pepino. Este trabalho consistiu na montagem de um ensaio em cada local, usando-se o delineamento de blocos completos casualizados em factoriais de 2*2 com 10 repeties para Mafuiane e 2*2*2 com 4 na EAU. Os factores estavam desdobrados em dois nveis, nomeadamente adubao mineral (NPK) (a0 ausncia e a1 presena= 25g/planta), diatomite (d0 ausncia= 0 kg/ha e d20 presena= 20k g/ha ) e pesticida Imidacloprid (p0 - ausncia e p1 - presna), tendo sido casualizados em 4 tratamentos (sem incluir Imidacloroprid) para Mafuiane e 8 na EAU. Os dados obtidos foram analisados no pacote estatstico SAEG5, e com base nos resultados dos dados do Regadio de Mafuiane, a interaco no foi significativa na densidade da mosca branca. Ainda em relao a Mafuiane, a diatomite e a adubao mineral, de forma independente, tiveram efeitos significativos na densidade deste insecto, sendo a presena da diatomite e ausncia da adubao mineral, os tratamentos que demostraram densidades baixas. Em relao ao resultados da EAU, as interaces no foram significativas, tendo-se observado diferenas significativas nos factores diatomite e adubao mineral de forma independente. Neste factores verificam-se baixas densidades da mosca branca na presena da diatomite e da adubao mineral de forma independente. Para a intensidade de ataque, apenas a diatomite teve diferenas significativas, sendo que a sua presena demostrou nveis baixos de intensidade de ataque nos dois locais. Na produo, a componente de interaco e a diatomite no foram significativos nos dois locais, tendo-se observado diferenas significativas para o factor adubao quando analisado de forma independente. A maior produo do nmero de frutos comerciais, produo comercial e total foram obtidos na presena da adubao mineral em Mafuiane, adiciona-se a isso a percentagem de frutos comerciais na EAU.Projecto final 4 Navesse, Mavis Tomaz


NDICE P Contedo Dedicatria.... Agradecimentos Resumo..... Lista de Tabelas Lista de figuras. Lista de anexos. Lista de formulas . Lista de abreviaturas. I. INTRODUO... 1.1 Problema de estudo e ustificao... 1.2 bjectivos:... 1.2.1 eral:. 1.2.2 specficos:... II. REVISO BIBLIOGRFICA. 2.1 Origem e distribuio de C. ativus. 2.2 Taxonomia e morfologia do Cucumis sativus .............................................................. 2.3 Importncia do epino. 2.3.1 Importncia alimentar e conmica.. 2.3.2 Mercado de trabalho 2.4 Produo no mundo e em oambique.. 2.5 Constrangimentos no desenvolvimento do epino.. 2.5.1 No undo.. 2.5.2 Em oambique... 2.6 Factores edafo-climticos para o desenvolvimento da cultura do epino... 2.7 Consideraes gerais sobre Bemisia tabaci L. (Genn.) (Homoptera: leyrodidae)... 2.7.1 axonomia. 2.7.2 Sistemtica e aspectos morfolgicos e biolgicos do complexo Bemisia tabaci L. 2.7.3 Distribuio geogrfica e hospedeiros de B. tabaci 2.7.4 Danos e importncia econmica da mosca ranca 2.7.5 Controlo de B. tabaci................................................................................................. 2.8 Diatomites... 2.8.1 Composio e propriedades.. 2.8.2 Produo da diatomite no mundo e em Moambique.. 2.8.3 Importncia da diatomite.. 2.9 O Silcio (Si)... 2.9.1 Silcio na planta. 2.9.2 Silcio e transpirao. 2.9.3 Silcio na proteco das plantas.Projecto final 5 Navesse, Mavis Tomaz

g. i ii iii vi vii viii ix ix 1 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 5 6 6 7 7 8 8 8 9 10 11 14 14 15 16 17 17 18 18


III. MATERIAIS E MTODOS.......................................................................................... 3.1 rea de estudo. 3.2 Descrio dos tratamentos.. 3.3 Desenho experimental. 3.3.1 Delineamento. 3.3.2 Dimenses do ensaio e layout... 3.3.3 Prticas culturais 3.3.4 Colecta de dados 3.3.5 Anlise estatstica e redaco do relatrio 3.4 Variveis em estudo 3.4.1 Densidade populacional 3.4.2 Intensidade de ataque 3.4.3 Produo da cultura... 3.4.4 Anlise de custo-benefcio da produo IV. RESULTADOS E DISCUSSO. 4.1 Dinmica da mosca branca (densidade populacional e intensidade de ataque).. 4.1.1 Densidade populacional na Associao dos regantes de Mafuiane.. 4.1.2 Densidade populacional da mosca branca na Estao Agrria de Umbelzi 4.1.4 Intensidade de ataque na Estao Agrria de Umbelzi... 4.2 Rendimento da cultura. 4.2.1 Rendimento da cultura em Mafuiane 4.2.2 Rendimento da cultura na Estao Agrria de Umbelzi. 4.3 Anlise do Custo-Benefcio. V. CONCLUSO E RECOMENDAES. 5.1 Concluso 5.2 Recomendaes... VI. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS... LISTA DE TABELAS

19 19 19 20 20 21 21 23 23 26 26 26 26 27 28 28 28 30 33 34 34 35 36 37 37 38 40

Tabela 1. Composio qumica da diatomite............................................................................ 15 Tabela 2. Cdigo dos tratamentos............................................................................................ 20 Tabela 3. Densidade populacional da mosca branca em pepino, em funo da adubao...... 29 Tabela 4. Caractersticas agronmicas do pepino em funo da adubao mineral (NPK) na Associao dos regantes de Mafuiane.......... Tabela 5. Caracteristicas agronmicas do pepino em funo da adubao mineral (NPK) na Estao Agrria do Umbelzi IIAM.......... Tabela 6. Custo-Beneficio na Associao dos Regantes de Mafuiane............................. ...... Tabela 7. Teste de Lilliefors para a densidade populacional em Mafuiane............................. Tabela 8. Teste de Cochran e Bartlett para a densidade populacional em Mafuiane....... 32 35 35 36 52

Tabela 9. ANOVAF da densidade populacional em Mafuiane, 1 observao........................ 52 Tabela 10. ANOVAF dadensidade populacional em Mafuiane, 2 observao....................... 52 Tabela 11. ANOVAF da densidade populacional em Mafuiane, 3 observao...................... 53Projecto final 6 Navesse, Mavis Tomaz


Tabela 12. T estede Lilliefors para a Intensidade de ataque em Mafuiane.............................. Tabela 13. Teste de Cochran e Bartlett para Intensidade de ataque em Mafuiane................... Tabela 14. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 1 observao......................... Tabela 15. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 2 observao......................... Tabela 16. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 3 observao......................... Tabela 17.Teste de Lilliefors para a produao do pepino em Mafuiane...... Tabela 18. Teste de Cochran e Bartlett em Mafuiane...... Tabela 19. ANOVAF do nmero de frutos comerciais em Mafuane....... Tabela 20. ANOVAF da percentagem do nmero de frutos comerciais em Mafuane......... ... Tabela 21. ANOVAF do peso de frutos comerciais em Mafuane...................................... .... Tabela 22. ANOVAF da produo total em Mafuane...... Tabela 23. Teste de Lilliefors para a densidade populacional na EAU.................................... Tabela 24. Teste de Cochran e Bartlett para densidade populacional na EAU........................ Tabela 25. ANOVAF da densidade populacional na EAU, 1 observao...... Tabela 26. ANOVAF da densidade populacional na EAU, 2 observao..... Tabela 27. ANOVAF da densidade populacional na EAU, 3 observao...... Tabela 28. ANOVAF da densidade populacional na EAU, 4 observao.......... Tabela 29. Teste de Lilliefors para a Intensidade de ataque na EAU....... Tabela 30. Teste de Cochran e Bartlett para a Intensidade de ataque na EAU.................... ... Tabela 31. ANOVAF da Intensidade de ataque na EAU, 1a observao................................. Tabela 32. ANOVAF da Intensidade de ataque na EAU, 2a observao............................... . Tabela 33. ANOVAF da Intensidade de ataque na EAU, 3a observao............................. ... Tabela 34. Teste de Lilliefors para a producao do pepino na EAU.......................................... Tabela 35. Teste de Cochran e Bartlett para a producao do pepino na EAU........................... Tabela 36. ANOVAF do nmero de frutos comerciais na EAU.......................................... ... Tabela 37. ANOVAF da percentagem do nmero de frutos comerciais na Eau...................... Tabela 38. ANOVAF do peso de frutos comerciais na EAU................................................... Tabela 39. ANOVAF da produco total do pepino na EAU.................................................... Tabela 40. Factores de produo por tratamento na Associao dos Regantes de Mafuiane.. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Mosca branca (Bemisia tabaci L.) alimentando-se de tecido vegetal....................... Figura 2. Diatomite explorada na mina 12 Km da Vila de Manhia..................................... Figura 3. Mina de diatomite localizada 12 km da Vila de Manhia...................................... Figura 4. Qualidade do pepino (comercial e no comercial).................................................... Figura 5. Densidade populacional da mosca branca em funo da aplicao de diatomite em Mafuiane..... Figura 6. Densidade populacional da mosca branca em funo a aplicao de diatomite na EAU......... Figura 7. Intensidade de ataque pela mosca branca em relao a aplio da diatomite emProjecto final 7 Navesse, Mavis Tomaz

53 54 54 54 55 55 56 56 56 57 57 58 59 59 60 60 61 61 62 62 63 63 64 65 65 66 66 67 68

9 14 16 23 28 31 33


Mafuiane................................................................................................................................... Figura 8. Intensidade de ataque pela mosca branca em funo da aplicao da diatomite na EAU.......... LISTA DE ANEXOS Anexo 1. Esquema do ensaio na Associaao dos regantes de Mafuiane................................ Anexo 2. Esquema do ensaio na EAU..................................................................................... Anexo 3. Ficha de recolha de dados de infestao por pragas/doenas em Mafuiane............. Anexo 4. Ficha de recolha de dados de infestao por pragas/doenas na EAU..................... Anexo 5. Ficha de recolha de dados de rendimento do pepino em Mafuiane.......................... Anexo 6. Ficha de recolha de dados do rendimento do pepino na EAU.................................. Anexo 7. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA dos dados da densidade em 46 47 48 49 50 51 34

Mafuiane................................................................................................................................... 52 Anexo 8. Output da ANOVA dos dados da densidade populacional em Mafuiane................. 53 Anexo 9. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA da Intensidade de ataque em Mafuiane................................................................................................................................... 54 Anexo 10. Output da ANOVA dos dados da Intensidade de ataque em Mafuiane.................. 55 Anexo 11. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA dos dados da produao em Mafuiane................................................................................................................................... 56 Anexo 12. Output ANOVA dos dados da produao em Mafuiane......................................... 57 Anexo 13. Output da ANOVA dos dados de produao em Mafuiane..................................... 58 Anexo 14. Output da normalidade e homogeneidade dos dados da densidade populacional na EAU..................................................................................................................................... 59 Anexo 15. Output da ANOVA dos dados da densidade populacional na EAU...................... 60 Anexo 16. Output da ANOVA dos dados da densidade populacional na EAU...................... 61 Anexo 17. Output da normalidade e homogeneidade dos dados da Intensidade de ataque na EAU.......................................................................................................................................... Anexo 18. Output da ANOVA dos dados da Indensidade de ataque na EAU......................... Anexo 19. Output da ANOVA dos dados da Indensidade de ataque na EAU......................... Anexo 20. Output da normalidade e homogeneidade dos dados da produao na EAU........... Anexo 21. Output da ANOVA dos dados da producao na EAU............................................. Anexo 22. Output da ANOVA dos dados do rendimento na EAU.......................................... Anexo 23. Output dos factores de produo na Associao dos Regantes de Mafuiane LISTA DE FORMULAS 1.1 Modelos estatsticos............................................................................................................ 1.2 Densidade populacional..................................................................................................... 1.3 Intensidade de ataque......................................................................................................... 1.4 Valor de produo.............................................................................................................. 1.5 Custo total...........................................................................................................................Projecto final 8 Navesse, Mavis Tomaz

62 63 64 65 66 67 68

25 26 26 27 27


1.6 Margem Bruta..................................................................................................................... 27 LISTA DE ABREVIATURAS ANOVA: ANOVAF: G.L.: SIG.: DENS: INF: Diat/Diato: Adu/adub: Pest: NFC: PERC/PEFC: PFC: PROD: Anlise de varincia Anlise de varincia factorial Graus de liberdade Significncia Densidade Intensidade de ataque Diatomite Adubao Pesticida Nmero de frutos comerciais Percentagem de frutos comerciais Peso de frutos comerciais Produo total

I. INTRODUO O pepino (Cucumis sativus L.) tem crescido de importncia na comercializao de hortcolas (Nomura e Cardoso, 2000). muito apreciado e consumido, na forma de fruto fresco em saladas, na forma de pickles e raramente cozido (Cardoso e Silva, 2003). Todavia, a produo desta cultura limitada por perdas devido a infestao por pragas e doenas (De Moura et al., 2003). Vrios tipos de pragas atacam o pepino, reflectindo-se pelas perdas de qualidade e quantidade do fruto, deteriorando o seu valor comercial. Os danos provocados por essas pragas dependem da sua densidade populacional, estgio de desenvolvimento e vigor da planta. Destas pragas destaca-se a mosca branca pela sua habilidade de sobrevivncia e reproduo muito dinmica (De Moura et al., 2003). A mosca branca um vector de vrus do grupo Geminivirus causadores de nanismo, debilidade da planta, amarelecimento, diminuio da rea fotossinttica de muitas hortcolas, em todo mundo (Salvador, 2004). Os virus deste grupo podem provocar perdas de rendimento que variam de 20% 100% (Brown & Bird, 1992). A mosca branca

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responsvel por grandes perdas na produtividade do pepino em muitos pases (De Moura et al., 2003), incluindo em Moambique (Segeren et al., 1994), com prejuzos incalculveis.

O presente trabalho pretende investigar a incidncia da mosca branca na cultura do pepino e determinar os seus danos, bem como, tcnicas de controlo com nfase para o uso de diatomite, como forma de contribuir para o aumento do valor da cultura de pepino no sector familiar, tendo como estudo de caso a Associao dos Regantes de Mafuiane e a Estao Agrria de Umbelzi (EAU).

1.1 Problema de estudo e justificao A mosca branca Bemisia tabaci L. Gennaudis (Homoptera: Aleyrodidae) uma praga sugadora que afecta a produo de pepino atrves da transmisso de vrus injectado junto com as toxinas. O efeito final consiste na reduo da rea fotossinttica e da qualidade comercial do pepino. Este problema tem sido reportado como um dos maiores factores limitantes na produo do pepino no mundo, principalmente na produo em estufas (Franco, 2004). A mosca branca tem se apresentado em vrios bitipos, sendo a Bemisia tabaci bitipo B, uma das principais pragas da agricultura mundial, tanto pela sua agressividade como pela diversidade de hospedeiros que apresenta. Vrias estratgias de conteno tm sido adoptadas, mas a propagao da mosca branca continua alta e a constituir um problema srio para o pepino (Barros et al., 2006). Os vrios mtodos de controlo desta praga, convecionalmente usados, tm-se mostrado pouco efecientes, txicos, e muitas vezes inacessveis para o sector familiar devido aos custos de aquisio bastante altos (Segeren, 1996).

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Face a esses inconvenientes, mtodos mais sustentveis e ecologicamente saudveis tm sido investigados, com destaque para o uso de produtos naturais, no txicos no controlo deste insectos (Mourier e Tembe, 1996). Neste contexto, a diatomite aparece como uma alternativa vivel, pois um minrio natural, abudante, no txico e de baixo custo (Diatomite de Moambique, 2005). O uso deste mineral na agricultura pode contribuir de forma significativa no maneio de pragas e na reduo da necessidade de importao de pesticidas. As diatomites integradas no solo podem desempenhar um papel importante na induo da resistncia das culturas a aco de pragas, podem tambm contribuir para a melhoria da fertilidade dos solos e a melhoria da produtividade das culturas por incrementar nutrientes (Ecole, 2006). No entanto, estudos sobre a sua aplicabilidade nas condies climatricas de Moambique, em especial na cultura de pepino, ainda no foram realizados, tornando-se necessrio a recolha e sistematizao dessa informao para posterior definio de estratgias de maneio desta praga. neste mbito que se insere o presente trabalho cujo objectivos so a seguir mencionados.

1.2 Objectivos: 1.2.1 Geral: Avaliar o efeito da aplicao de diatomite vs adubao mineral (NPK) no controlo da mosca branca Bemisia tabaci L. Genn. (Homoptera: Aleyrodidae) na cultura de pepino (Cucumis sativus L), no Vale do Umbelzi (Associao dos Regantes de Mafuiane e Estao Agria de Umbelzi).

1.2.2 Especficos: Avaliar a densidade e a Intensidade de ataque pela mosca branca; Avaliar o rendimento do pepino em funo do maneio da mosca branca; Fazer anlise econmica de Custos-Benefcios para justificar a viabilidade de produo na Associao dos Regantes de Mafuiane.

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II. REVISO BIBLIOGRFICA

2.1 Origem e distribuio de C. sativus O pepino uma hortcola originria das regies tropicais do sul da sia, sendo cultivado na ndia a mais de 3000 anos. Da ndia se extendeu Grcia e Roma e posteriormente se introduziu na China. O cultivo do pepino foi introduzido pelos Romanos em outras partes da Europa. Aparecem registos do seu cultivo na Frana no sculo IX, na Inglaterra no sculo XIV e na Amrica do Norte nos meados do sculo XVI (Annimo, 2003). Esta cultura distribuda em quase todas as regies do mundo, sendo encontrada em alguns pases dos seguintes continentes: sia, Amrica, Europa e frica. Em alguns destes pases, o seu cultivo feito em estufas (De Sousa e Da Mata, 2002). Em Moambique, especialmente na zona sul, esta cultura cultivada juntamente com outras hortcolas, sobretudo nas zonas baixas junto s margens dos rios Incomti, Limpopo e Umbelzi. Em Maputo o pepino produzido pelo sector familiar nas Mahotas (periferias da cidade de Maputo), nos distritos de Boane, Namaacha e Moamba, para auto-consumo e aumento da renda familiar.

2.2 Taxonomia e morfologia do Cucumis sativus L. O pepino pertence famlia Cucurbitaceae, ordem Cucurbitales, diviso Angiospermae e a classe Dicotyledoneae. uma planta herbcea anual, com caule principal anguloso, de porte rastejante e dotada de gavinhas. As folhas apresentam um pecolo largo, com um grande limbo, com trs lbulos de cor verde. As flores tm um curto pednculo e ptalas amarelas e podem ser hermafroditas ou monicas. A polinizao feita por insectos, indispensvel formao dos frutos cilndricos com 10 a 20 centmetros de comprimento (Annimo, 2003). O fruto do tipo pepnio, e em geral, eles tm formatos cilndricos, alongados e inteiramente verdes ou verdes com manchas claras de diferentes tamanhos. Conforme as variedades, ocorrem grandes variaes no tamanho, comprimento, formato, colorao e sabor dos frutos,Projecto final 13 Navesse, Mavis Tomaz


alm de diferenas nas caractersticas vegetativas como porte, hbito de crescimento e ciclo (De Sousa e Da Mata, 2002).

2.3 Importncia do pepino 2.3.1 Importncia alimentar e econmica Os frutos das Cucurbitceas so ricos em gua, com destaque para o pepino com 95% do seu contedo. O pepino dos produtos mais pobres em protenas, calorias e tiamina, portanto no so nutritivos. Apesar do reduzido valor nutritivo, as Cucurbitceas desempenham um importante papel na alimentao humana, especialmente nas regies tropicais onde o consumo muito elevado (Almeida, 2002). O Valor nutricional do pepino em 100 g de substncia comestvel de 94,84% de gua, 3,2% de carbohidratos e 1,38% de proteinas. Tem ainda energia de 42 kj (10 kcal) (Van Luijk, 2004). fonte de gerao de renda para empresas e famlias produtoras do pepino.

2.3.2 Mercado de trabalho Alm do valor alimentar e econmico, o cultivo de Cucurbitceas tambm tem grande importncia social, na gerao de empregos, pois demanda grande quantidade de mo-deobra, desde o cultivo at a comercializao (Almeida, 2002). O pepino tido como cultura de alta produtividade por rea, contribuindo assim para o desenvolvimento do comrcio (De Sousa e Da Mata, 2002).

2.4 Produo no mundo e em Moambique O pepino a segunda principal cultura Cucurbitcea ao nvel da produo mundial com cerca de 27%, depois da melncia (40%) (Almeida, 2002). De acordo com dados da FAO, o continente com maior produo de pepino no ano de 2002, foi a sia (91,57%), seguida pelas Amricas (5,64%, sendo 5,27%, 0,14% e 0,24% para as Amricas do Norte, Central e do Sul, respectivamente), frica (1,54%) e Europa (1,18%), sendo que nos dados da Amrica do Sul no est includa a produo brasileira ( De Moura et al., 2003).14

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Em 2002 a rea mundial total produzida com pepino foi estimada em 2 milhes de hectares, com um total de 36 milhes de toneladas de produo. A sia o maior produtor do mundo, com uma produo mdia anual de 60% na china (Van Luijk, 2004). Em frica, o pepino produzido em todos pases tropicais em pequena escala. Em 2002 frica produziu 507,000 toneladas em 25,000 ha. O Egipto o maior produtor de frica chegando a atingir 360,000 toneladas (Van Luijk, 2004). Em Moambique, esta cultura cultivada como meio de melhoria na dieta alimentar, mas principalmente como fonte de aquisio de renda familiar. Em geral, as curcubitceas so produzidas em quantidades relativamente pequenas para consumo local e no costumam figurar nas estatsticas de produo de uma forma mais significativa, embora constituam itens importantes na dieta alimentar de muitos povos, na medida em que uma ou mais espcies sempre esto presentes nas reas de cultivo, sejam em escala comercial ou no (Lopes et al., 2002).

2.5 Constrangimentos no desenvolvimento do pepino 2.5.1 No mundo Alguns dos factores limitantes no desenvolvimento da cultura do pepino so as temperaturas baixas do inverno nas regies de climas temperados e a seca nas regies tropicais e subtropicais, reduzindo o perodo de crescimento. Outros factores so as pragas e doenas (De Moura et al., 2003). A prtica do cultivo sem o uso de insumos agrcolas tais como pesticidas e fertilizantes nos pases em desenvolvimento, particularmente em frica tem causado um impacto negativo no desenvolvimento desta cultura e consequentemente baixos rendimentos (Van Luijk, 2004).

2.5.2 Em Moambique A produo do pepino feita junto aos grandes centros urbanos, por pequenos produtores, mas os rendimentos so muito baixos, resultado da incidncia de pragas e doenasProjecto final 15 Navesse, Mavis Tomaz


combinado com efeitos de stress hdrico durante o perodo de crescimento e baixa fertilidade dos solos. Das vrias pragas e doenas que causam danos cultura as mais importantes so: a mosca branca (Bemisia tabaci), mosca-do-melo (Dacus spp.), lagarta mineira (Liriomyza spp.), nemtodo-da-galha (Meloidogyne spp.), Odio (Erysiphe spp.), Mosaico (cucumber mosaic virus) e o Mldio (Pseudoperonospora spp.) (Segeren et al., 1994), pois sem o seu controlo efectivo no se obtm rendimentos elevados.

2.6 Factores edafo-climticos para o desenvolvimento da cultura do pepino

Temperatura O cultivo do pepino indicado para regies com clima quente. A temperatura ptima para o seu desenvolvimento de 30C. No tolera ventos frios e geada, comporta-se melhor em locais com temperaturas mnimas de 20oC noite e 24oC durante o dia (De Sousa e Da Mata, 2002). Segundo Martins et al. (1995), para uma germinao mais rpida e uniforme necessita temperaturas de solo entre 25oC a 30C, com limite mnimo no inferior de 12oC.

Humidade: o pepino uma cultura com elevados requerimentos de humidade, devido a sua grande superficie foliar, sendo a humidade relativa ptima de 80% (Annimo, 2003). Luminosidade: a planta de pepino cresce, floresce e frutifica com normalidade, mesmo em dias curtos (com menos de 12 horas de luz), tambm suporta elevadas intensidades luminosas e maior quantidade de radiao solar (Annimo, 2003).

Solo O pepino pode ser cultivado em qualquer tipo de solo de estrutura solta, mas prefere solos com textura mdia, terrenos profundos, leves, frteis e bem drenados, com pH entre 5,5 e 6,5 (De Sousa e Da Mata, 2002).Projecto final 16 Navesse, Mavis Tomaz


2.7 Consideraes gerais sobre Bemisia tabaci L. (Genn.) (Homoptera: Aleyrodidae) 2.7.1 Taxonomia A B. tabaci um insecto da ordem Homoptera e famlia Aleyrodidae. Foi descrita inicialmente como Aleurodes tabaci por Gennadius na Grcia em 1889, atravs de espcimes colectadas em plantas de Nicotina spp., sendo posteriormente, descrita vrias vezes. Todas essas descries podem ter sido efectuadas devido s variaes morfolgicas apresentadas pelo 4 nstar, que a estrutura usada na identificao e descrio das espcies. Esta espcie mais tarde foi agrupada em duas espcies que so a B. tabaci e Trialeurodes vaporariorum (Gennadius). comumente referida como mosca branca (whitefly)(Queiroz et al., 2003).

2.7.2 Sistemtica e aspectos morfolgicos e biolgicos do complexo Bemisia tabaci L. Segundo Torres (2006), as moscas brancas tm um ciclo de vida que inclui o estgio de ovo, ninfa (com 4 nstares) e a fase adulta. A ninfa do 1o nstar mvel, isto , apresenta pernas e capaz de se mover pela folha ou planta a procura de local adequado para se alimentar. A partir do 2o nstar perde as pernas e se torna imvel at o final do desenvolvimento juvenil. Aps o 3 o nstar fica mais visvel e, quando atinge o estgio de pupa (4o nstar) passa a apresentar duas pequenas manchas avermelhadas que correspondem aos olhos do adulto que ir emergir (Stein, sem data).

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a. Ninfa Fonte: Stein, Sem data

b. Adulto

Figura 9. Mosca branca (Bemisia tabaci L.) alimentando-se de tecido vegetal

A temperatura o principal agente externo que influencia a metamorfose progressiva da mosca branca, fazendo com que o seu ciclo de vida possa variar de 14 a 21 dias (Stein, sem data), sendo a longevidade da fmea de aproximadamente 18 dias (Bedin et al., 1999). Sob condies climticas seu ciclo de vida pode variar de 2 a 4 semanas, podendo produzir at 15 geraes por ano (Stein, sem data).

2.7.3 Distribuio geogrfica e hospedeiros de B. tabaci A B. tabaci indica uma forte limitao pelas temperaturas frias e alta pluviosidade, podendo ser encontrada nos mais diversificados biomas como: florestas e pastagens. Os tipos de vegetao vo de cultivos agrcolas herbceos, sistemas perenes at culturas em campo aberto ou em estufas (De Oliveira e Lima, 2006). Ela encontrada em praticamente todas as regies do mundo, como a Austrlia, Nova Zelndia, pases Asiticos, Europeus, Africanos e nas Amricas. Este insecto ocorre em uma ampla faixa de plantas hospedeiras, coloniza principalmente espcies anuais e herbceas e apresenta alto potencial reprodutivo (Takahashi, 2005). Nas Amricas do Sul e Central, a B. tabaci tem sido responsvel por grandes perdas em culturas de elevada importncia econmica como batata-doce, melncia, melo, pepino,Projecto final 18 Navesse, Mavis Tomaz


abbora, quiabo, pimenta, tomate, tabaco, berinjela, batata, gergelim, algodo, feijo, soja, entre outras (De Oliveira e Lima, 2006). O bitipo B de B. tabaci tem como hospedeiros preferenciais plantas como feijo, soja, algodo, pepino, quiabo, alface, brcolos, repolho, tomate, berinjela, pimenta, batata, melncia, melo, uva, tabaco. Para alm destas culturas, esta praga foi observadas em plantas ornamentais do gnero Poinsetia, em infestantes como Bidens pilosa L., Euphorbia heterophylla L., entre outras (Takahashi, 2005). Em Moambique, a espcie B. tabaci ocorre em todo o pas causando srios prejuzos agrcolas nas hortcolas, razes e tubrculos e leguminosas. Nas hortcolas, esta praga infesta culturas como tomate, pimenta, couve, pepino, entre outras de importncia econmica (Segeren et al., 1994).

2.7.4 Danos e importncia econmica da mosca branca Este organismo um insecto picador-sugador que provoca danos directos e indirectos. Os primeiros ocorrem pela suco da seiva da planta causando a diminuio do seu vigor, desfoliao, murchamento e manchas clorticas nas folhas e queda prematura levando reduo na produtividade (De Oliveira e Lima, 2006). A B. tabaci excreta substncias aucaradas, promovendo o crescimento de fungos (fumagina) sobre a seiva excretada, reduzindo o potencial fotossinttico das plantas e o valor comercial de qualquer produto, injecta ainda toxinas durante o processo de alimentao. Os danos indirectos so a transmisso de vrus do grupo Geminivirus s plantas, inviabilizando economicamente o negcio agrcola (De Oliveira e Lima, 2006). Os adultos e ninfas se alimentam atravs da suco de seiva do floema, podendo levar a planta a morte ou a queda de produo. As folhas atacadas tornam-se amarelas, secam e caem prematuramente. Em curcubitceas, esta praga quando se alimenta injecta uma toxina que causa distrbios na planta acarretando os sintomas conhecidos como talo branco e folha prateada (Stein, sem data).Projecto final 19 Navesse, Mavis Tomaz


Nos ltimos anos, B. tabaci causa perdas em culturas anuais em todo o mundo. Sua alimentao directa e a excreo de substncias aucaradas afectam o rendimento e qualidade dos frutos (Torres, 2006). Em frica, vrios so os prejuzos agrcolas causados por estes insectos em vrias plantas cultivadas, tais como o tomate, algodo, melncia, mandioca, feijo, entre outras de importncia econmica (De Oliveira e Lima, 2006). Em Moambique, a mosca branca causa srios prejuzos econmicos em culturas de grande importncia alimentar e comercial, tais como a mandioca, tomate, batata, entre outras (Segeren et al., 1994).

2.7.5 Controlo de B. tabaci. As tcnicas utilizadas no controlo da mosca branca englobam mtodos culturais, controlo qumico, controlo biolgico e resistncia de plantas hospedeiras, porm, muitas informaes bsicas so necessrias para a implementao destes mtodos (Norman et al., 1996). O conhecimento da fenologia das plantas hospedeiras muito importante para se detectar, monitorar e controlar qualquer praga, visto que a susceptibilidade das plantas varia ao longo do seu desenvolvimento (Torres, 2006).

2.7.5.1 Controlo qumico O desenvolvimento de resistncia aos insecticidas uma particularidade das moscas brancas, principalmente quando aplicaes de um nico produto so repetidas vrias vezes (Torres, 2006). Segundo Brown et al. (1995), a resistncia aos insecticidas organofosfatos e piretrides surgiu antes de 1985. O processo de resistncia o principal responsvel pelo constante aumento do emprego de insecticidas, constituindo-se na aco mais cmoda para manter controlada uma praga, a qual cada vez apresenta menor resposta s doses originais recomendadas para os produtos convencionais. Esse problema tem causado, em inmeras ocasies, o abandono de culturasProjecto final 20 Navesse, Mavis Tomaz


em diversas regies agrcolas devido ao aumento exponencial dos custos do controlo qumico (Covarrubias, 1998). Devido dificuldade de se obter sucesso no controlo de moscas brancas, em muitos casos o maneio integrado tem sido visto como a soluo mais vivel, na qual o controlo qumico s usado quando necessrio (Flint, 1995).

2.7.5.2 Controlo cultural A utilizao do controlo cultural de fundamental importncia para o maneio deste insecto (Haji, 1996). De acordo com Flint (1995), essa medida consiste em modificar o ambiente de modo a torn-lo menos favorvel reproduo, disperso, sobrevivncia e aos danos causados por esta praga. Hilje et al (2001) salientaram que prticas culturais e fsicas so importantes no maneio da mosca branca e devem incluir a escolha de espcies de plantas ou cultivares apropriadas, uso de mudas sadias, destruio de restos culturais e infestantes hospedeiras, seleco de pocas de sementeira, rotao de culturas, irrigao e uso de barreiras fsicas (sorgo, milho e outras gramneas), entre outras.

2.7.5.3 Controlo biolgico O controlo biolgico da B. tabaci atravs de libertao de inimigos naturais tem sido muito usado nos ltimos anos. Recentemente, estudos sobre essa praga, incluindo levantamentos de inimigos naturais de ocorrncia mundial, testes de laboratrio e de campo, tm sido desenvolvidos (Gerling et al., 2001). Os predadores de B. tabaci incluem artrpodes pertencentes a nove ordens e 31 famlias. A maioria so joaninhas (Coccinellidae), percevejos (Miridae, Anthocoridae), crisopdeos (Chrysopidae, Coniopterygidae), caros (Phytoseiidae) e aranhas (Aranae) (Gerling et al., 2001).

Projecto final

21



Embora a lista de parasitides de moscas brancas seja extensa, poucas espcies foram pesquisadas ou usadas para o controlo dessa praga. Dentre os mais estudados podem ser citados as espcies da ordem Hymenoptera (Eretmocerus spp. e Encarsia spp.), alm de Metaphicus sp. (Hymenoptera: Encyrtidae) e Amitus spp. (Hymenoptera: Platygasteridae) (Gerling et al., 2001). Segundo Van Lenteren & Martin (1998), os fungos consistem nos nicos patgenos associados s espcies de Aleyrodidae, visto que somente eles so capazes de infect-las, colonizando o seu interior depois de penetrarem atravs da cutcula. Os gneros de fungos frequentemente mencionados so Aschersonia, Verticillium e Paecilomyces. De acordo com Van Lenteren & Martin (1998), as moscas brancas tambm podem ser mortas por vrus e bactrias, mas, provavelmente, devido a infeces secundrias pela entrada atravs de ferimentos j existentes.

2.7.5.4 Uso de variedades resistentes Outra alternativa de controlo da mosca branca que vem sendo estudada o uso de variedades resistentes, que de acordo com McAuslane (1996), um mtodo que pode ser bastante explorado por apresentar grande potencial como estratgia de maneio em um programa integrado. A resistncia de plantas a insectos pode ser utilizada em diversas culturas. Vrias caractersticas da planta podem conferir-lhe resistncia, tais como nmero, comprimento, tipo e arranjo espacial de tricomas, forma da folha, pH e concentrao de taninos e fenis. Caracteres morfolgicos que afectam o desenvolvimento populacional da B. Tabaci compromentendo o seu abrigo, alimentaao, o que pode favorecer o desenvolvimento das culturas em campo (Meagher Jr. et al., 1997). Outros mtodos de controlo desta praga incluem o uso de extratos aquosos da Leucaena leucocephala (Lam.) e Sterculia foetida L. (Barros et al., 2006), do silcio e acibenzolar-s methyl (Correa et al., 2005), entre outros.

Projecto final

22



2.8 Diatomites 2.8.1 Composio e propriedades A diatomite uma rocha sedimentar, originria de uma acumulao de esqueletos fsseis de algas diatomceas. Ela constituda para alm de restos fossilizados de diatomceas, em mais de 80% por slica (Diatomites de Moambique, 2005). O valor da diatomite sem tratamento baseado principalmente na natureza das particulas das diatomceas, o ndice de silcio, os carbonatos, argilas ou impurezas solveis. Em geral a diatomite extremamente porosa, baixa condutividade de calor e electricidade, quimicamente inerte, capaz de absorver e reter grande quantidade de lquidos com os quais tem grandes superficies de contacto (Web1).

In natura o minrio apresenta-se estratificado, formando camadas, pouco ou muito contaminadas de materiais tais como: matria orgnica, argilas, areias e outros materiais de menores quantidade (Figura 2). Dependendo do nvel de contaminao a anlise qumica da diatomite mostra uma variao de slica de 58% a 91% (Diatomite de Moambique, 2005).

Figura 10. Diatomite explorada na mina 12 Km da Vila de Manhia. A diatomite natural (extrada da mina) passa por uma unidade de tratamento e transformao, que permite o fornecimento do produto final ao mercado consumidor. Esta consiste na retirada de contaminantes como areias, argilas e outros.

A Diatomite uma substncia natural com muitos compostos que incluem:Projecto final 23 Navesse, Mavis Tomaz


Tabela 1. Composio qumica da diatomite. Compostos constituientes da diatomite SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO K2O 89% 5,95% 0,88% 0,10% 0,63% Compostos constituientes da diatomite MgO Na2O TiO2 H2O P2O5 0,20% 0,32% 0,29% Valor (p= 0,05 ou p= 0,01) = houve diferenas significativas a 5% ou 10% de probabilidade = os dados seguem distribuio normal e/ou as varincias so homogeneias (de acordo com o teste) ;

****** = no houve diferenas significativas a 5% ou 10% de probabilidade= os dados no seguem distribuio normal e/ou as varincias no so homogeneias (de acordo com o teste).

As tabelas da ANOVA devem ser comparadas ao longo da mesma linha para cada tratamento:

Valor de F < (SIG.*100) a 5% de probabilidade = no houve diferenas significativas entre os factores ou a interaco no significativa;

Valor de F > (SIG.*100) a 5% de probabilidade = houve diferenas significativas entre os factores ou a interaco significativa;

****** = no houve diferenas significativa as 5% de probabilidade entre os factores ou a interaco no significativa.

Os modelos estatsticos usados na anlise estatstica foram representados pelas equaes (1.1). Yijk= + i + j + k+ ( )ij + ijk, ijk _ N (0, 2) i= 1, 2; j= 1, 2; k= 1, 2, ..., 10 Yijkl= + i + j + k + l+ ( )ij + ( )ik +( )jk + ( )ijk + ijkl, ijkl _ N (0, 2) i = 1, 2; j = 1, 2; k = 1, 2 e l=1, 2, ..., n Onde: = mdia geral i = efeito do nvel i do factor adubao mineral j = efeito do nvel j do factor DiatomiteProjecto final 33 Navesse, Mavis Tomaz

(1.1)


k = efeito do bloco k (Mafuiame) ( )ij = interaco entre o nvel i do factor adubao mineral e o nvel j do factor diatomite k= efeito do nivel k do factor pesticida (Imidacloroprid) l = efeito do bloco l (EAU) ( )ij = interaco entre o nvel i do factor adubao mineral e o nvel j do factor diatomite ( )ik= interaco entre o nvel i do factor adubao mineral e o nvel k do factor pesticida ( )jk= interaco entre o nvel j do factor diatomite e o nvel k do factor pesticida ( )ijk= interaco entre o nvel i do factor adubao mineral, o nvel j do factor diatomite e o nvel k do factor pesticida ijk = erro experimetal 3.4 Variveis em estudo

3.4.1 Densidade populacional A avaliao da densidade da mosca branca foi feita atravs dos resultados obtidos durante o monitoramento do ensaio e para tal usou-se a formla:N de indivduos presentes nas plantas observadas N total de plantas observadas

Di =

(1.2)

Di: densidade populacional da praga (no de indivduos/planta)

3.4.2 Intensidade de ataque A intensidade de ataque do campo foi considerada consoante a presena de pragas ou sinais do vrus do amarelecimento das plantas. Para tal usou-se a seguinte formla:Numero de plantas atacadas * 100 N

IA =

(1.3)

Onde: N = Nmero total de plantas observadas por talho IA = Intensidade de ataque (%)Projecto final 34 Navesse, Mavis Tomaz


3.4.3 Produo da cultura

3.4.3.1 Produo comercial e total Esta varivel foi medida seleccionando-se todo o pepino que estava livre de doena, pragas e defeitos fisiolgicos. Depois de se seleccionar, fez-se a pesagem do mesmo com auxlio de uma balana seguidas de contagem, peso obtido, representa a produo comercial. A produo total foi obtida atravs da soma da produo das duas categorias (comerciais e no comercial). 3.4.3.2 Percentagem de frutos comerciais Esta varivel foi obtida atravs da raso entre o nmero de frutos comerciais e frutos totais (frutos no comerciais e comerciais) multiplicado por 100.

3.4.4 Anlise de custo-benefcio da produo A anlise de custo/benefcio foi feita com base no clculo da margem bruta, que foi usada para comparar o lucro obtido nos diferentes tratamentos (nveis de diatomite e pesticida), para tal, calculou-se o valor de produo comercial, o custo total, e por fim, calculou-se a margem bruta comercial para cada tratamento (MADER, 2003).

i.

Valor de Produo

O valor de produo foi obtido pela multiplicao do preo de venda do pepino na altura da colheita pela quantidade comercial de pepino produzido em cada tratamento.

Projecto final

35



Valor de produo

= preo quantidade

(1.4)

ii.

Custo Total

No clculo do Custo total, o custo de todos outros factores de produo com excepo da diatomite e pesticida foram assumidos como constantes. O custo total foi obtido pelo somatrio dos produtos dos preos e as respectivas quantidades usadas de cada factor, como se pode observar na frmula abaixo.Custo total =Pr eo Quantidade do factor

(1.5)

iii.

Margem Bruta

Segundo Boellje e Eidmen (1984), a margem bruta dos tratamentos obtida atravs da subtraco dos valores de produo de cada tratamento pelos custos totais utilizados para produzir o pepino.M arg em bruta =valor de produo custo total

(1.6)

IV. RESULTADOS E DISCUSSO

4.1 Dinmica da mosca branca (densidade populacional e intensidade de ataque)

Projecto final

36



4.1.1 Densidade populacional na Associao dos regantes de Mafuiane Com relao a esta varivel, a 5% de significncia, a anlise da varincia no mostrou efeitos significativos na interaco entre os factores em estudo, mas verificam-se diferenas significativas para os factores adubao mineral e diatomite de forma independente. Portanto, a presena da diatomite de forma independente foi o tratamento que apresentou baixas densidades da mosca branca relativamente a sua auncia (Figura 5). Em relao ao factor adubao mineral, a ausncia da adubao mineral demostrou baixas densidade desta praga (Tabela 3).

Densidade Media (moscas/planta)

16 14 12 10 8 6 4 2 0 1 Observao 2 Observao 3 Observao 2,7 b 5,7 b 5,5 a 13,9 a 12,89 a Sem diatomite Diatomite 14,4 a

Figura 13. Densidade populacional da mosca branca em funo da aplicao de diatomite em Mafuiane.*Observao: Mdias seguidas de mesma letra, no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott & Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita na vertical, isto , compara-se cada ponto de cada linha pelo outro, em cada observao (Fonte: anlise estatstica dos dados de campo).

Projecto final

37



Com base no grfico acima, no se observam diferenas significativas na primeira observao, isto deveu-se provavelmente ao facto de nesta observao estava a ser avaliado o estabelecimento da praga e ainda no tinham sido aplicada a diatomite. E houve diferenas significativas na segunda e terceira observaes, onde a aplicao de diatomite foi mais eficiente no controlo desta praga e apresentou densidades baixas.

Tabela 3. Densidade populacional da mosca branca em pepino, em funo da adubao mineral em Mafuiane. Densidade Media (mosca/planta) 1 Observao 2 Observao 3 Observao Adubao mineral (NPK)* Ausncia Presena 12,1 b 10,3 a 4,3 a 15,8 a 9,8 a 3,8 a

*Par de mdias seguidas de mesma letra na linha , no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott & Knott a 5% de probabilidade. As comparaes so feitas entre a ausncia e presena da adubao mineral, em cada observao, (Fonte: anlise estatsca de dados de campo).

As altas densidades populacionais da mosca branca verificadas neste local no incio da amostragem podem ser resultantes do cultivo ciclco de culturas hospedeiras desta praga sem obdincia dum plano de rotaco e/ou o uso de medidas conjuntas de maneio.

Acrescentando-se a isto o facto de que a maioria dos agricultores do regadio fazem a retirada ou incorporao tardia do restolho aps a colheita. Facto este que pode contribuir para que as densidades sejam elevadas, pois esta praga pode migrar para outras culturas ou refugiar-se nestes restolhos e na poca seguinte resultar em maiores densidades da mesma de acordo com as condies climticas.

Salvador (2004) salienta que o controlo cultural envolve a modificao do habitat, tornandoo menos favorvel reproduo, desenvolvimento e sobrevivncia da praga. Por esse motivo, geralmente, recomendam-se vrias prticas culturais, como a remoo e destruio de plantasProjecto final 38 Navesse, Mavis Tomaz


hospedeiras, evitar plantar prximo s culturas j infestadas, a rotao de culturas, entre outras. As condies climticas (temperaturas 30oC e peridos secos) tambm contribuiram para estes aumentos da densidade populacional da mosca branca, pois eram favorveis para o seu desenvolvimento (Salvador, 2004). Com relao ao factor adubao mineral, as altas densidades observadas na primeira observao provalvemente tem a ver com o desenvolvimento das plantas, pois as parcelas que receberam adubao mineral tiveram maior taxa de germinao e de crescimento foliar, o que ocasiona maior fonte de alimento para estas pragas.

4.1.2 Densidade populacional da mosca branca na Estao Agrria de Umbelzi Com base no teste de F ao nvel de significncia de 5 %, a anlise de varincia mostra que as interaces entre os factores do estudo (adubao mineral, diatomite e Imidacloprid) e o factor Imidacloroprid no foram significativos, mas a diatomite e a adubao de forma independente apresentaram diferenas significativas. Portanto, verifica-se que a presena da diatomite apresentou menores densidades mdias da mosca branca em relao a sua ausncia (Figura 6).

Projecto final

39



5 4.5 Dens 4 idad 3.5 e medi 3 a 2.5 (mos 2 cas/p 1.5 lanta 1 ) 0.5 0

4,5 a 3,8 a 2,6 b 1,9 b 2,6 a 1,3 b 0,9 a 0,7 a1 Observao 2 Observao 3 Observao 4 Observao

Sem diatomite Diatomite

Figura 14. Densidade populacional da mosca branca em funo a aplicao de diatomite na EAU-IIAM.*Observao: Mdias seguidas de mesma letra, no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott & Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita na vertical, isto , compara-se cada ponto de cada linha pelo outro, em cada observao (Fonte: analise estatstica dos dados de campo).

As altas densidades da mosca branca na primeira observao verifica-se na ausncia da adubao mineral com 4,851 moscas/planta em relao a sua presena (3,462) (Tabela 4). Estes resultados so contraditrios aos encontrados na Associao dos Regantes de Mafuiane, onde as baixas densidades desta praga ocorrem na ausncia da adubao mineral. Segundo Purohit e Deshpande (1991) em ensaio sobre avaliao do efeito de fertilizantes sobre a populao da mosca branca, detecteram que o aumento na adubao com NPK ocasiona aumento da populao deste insecto.

Projecto final

40



Tabela 4. Densidade populacional da mosca branca em pepino, em funo da adubao na EAU-IIAM. Densidade Mdia Adubao mineral (NPK)* (moscas/planta) 1 Observao 2 Observao 3 Observao 4 Observao Ausncia 4,9 a 2,9 a 2,6 a 0,1 a Presena 3,5 b 2,7 a 1,4 a 0,0 a

*Par de mdias seguidas de mesma letra na linha , no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott & Knott a 5% de probabilidade. As comparaes so feitas entre a ausncia e a presena da adubao mineral, em cada observao, (Fonte: anlise estatsca dos dados de campo).

Nos tratamentos com ausncia da diatomite e adubao mineral, a densidade da mosca branca tende a reduzir com o desenvolvimento da planta. Contrariamente a isto, Demolin et al. (2006) no seu estudo sobre os factores que afectam o ataque da mosca branca, observaram maior nmero de adultos e de ninfas de mosca branca por folha com o aumento de idade das plantas de pepino. O tratamento qumico com o pesticida Imidacloprid no demostrou diferenas significativas, provavelmente devido as altas temperaturas durante o decorrer dos ensaios o que poderia ter favorecido um rpido desenvolvimento da mosca branca ou pode ser que tenham ocorridos surtos da populao da mosca branca. 4.1.3 Intensidade de ataque em Mafuiane Em relao esta varivel, no foram detectados efeitos significativos na adubao e na componente de interaco entre os factores de estudo, apenas foram encontradas diferenas significativas a 5% de probabilidade no factor diatomite. A aplio de diatomite teve melhor desempenho relativamente a sua no aplicao porque apresentou valores baixos de intensidade de ataque (Figura 7).

Projecto final

41



100 90 80 n Inte70 sidad 60 e de 50 ataq ue 40 30 (%) 20 10 0

90,0 a 67,0 a 71,0 a Sem diatomite 36,0 b 36,5 b 34,0 b Diatomite

1 Observao 2 Observao 3 Observao

Figura 15. Intensidade de ataque pela mosca branca em relao a aplio da diatomite em Mafuiane.*Observao: Mdias seguidas de mesma letra, no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott & Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita na horinzotal, isto , compara-se o tratamento sem diatomite com o que recebeu este mineral, em cada observao (Fonte: analise estatstica dos dados de campo).

As altas intensidades de ataque pela mosca branca, provavelmente esto relacionadas com a alta capacidade reprodutiva deste insecto e a sua movimentaco no campo (migrao dos adultos). Verifica-se uma flutuao na intensidade de ataque pela mosca branca para os tratamentos com ausncia de diatomite. Contrariamente a isto, Ramiro (sem data) no seu estudo sobre o maneio integrado da mosca branca, observou que a intensidade de ataque desta praga (adultos) cresce linearmente com o tempo.

4.1.4 Intensidade de ataque na Estao Agrria de Umbelzi Com relao a esta varivel, no foram encontrados efeitos significativos nos factores adubao e Imidacloprid de forma independente, bem como para a componente de interaco nos factores do estudo, apenas o factor diatomite apresentou diferenas significativas na primeira observao durante a anlise de varincia a 5% de probabilidade. A menor intensidade de ataque verifica-se para o tratamento que recebeu diatomite com 41,25% em relao a sua no aplicao (79,37%).

Projecto final

42



Intensidade de ataque (%)

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

79,37 a

41,25 b

Ausncia Diatomite

Presena

Figura 16. Intensidade de ataque pela mosca branca em funo da aplicao da diatomite na EAU.*Observao: Mdias seguidas de mesma letra, no diferem entre si, pelo teste de comparao de mdias de Scott-Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita entre o tratamento com ausncia de diatomite e o que recebeu este mineral (Fonte: analise estatstica dos dados de campo).

4.2 Rendimento da cultura 4.2.1 Rendimento da cultura em Mafuiane Os dois factores do estudo de forma combinada no apresentaram efeitos significativos mas quando analisados de forma independente, apenas a adubao teve diferenas significativas a 5% de significncia. Deste modo, notou-se que a aplicao da adubao mineral apresentou maior nmero de frutos comerciais, produo comercial e total relativamente sua no aplicao (Tabela 5).

Projecto final

43



Tabela 5. Caractersticas agronmicas do pepino em funo da adubao mineral (NPK) na Associao dos regantes de Mafuiane. Caractersticas Agronmicas avaliadas Frutos comerciais (nmero) Frutos comerciais (%) Produo comercial (ton/ha) Producao total (ton/ha) Adubao mineral (NPK)* Ausncia Presena 21.602 b 64.688 a 70,81 a 75,24 a 5,049 b 18,18 a 6,57 b 26,15 a

*Pares de mdias seguidas pela mesma letra na linha, no diferem entre si pelo teste de Scott & Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita entre os tratamentos com a presena e a ausncia da adubao mineral (NPK) (Fonte: anlise de dados de campo).

4.2.2 Rendimento da cultura na Estao Agrria de Umbelzi Com relao a esta varivel, os reultados da ANOVA no tm efeitos significativos para diatomite e Imidacloprid de forma independente, bem como na componente de interaco. Contudo, a adubao mineral teve efeitos significativos a 5% de probabilidade. Assim, notou-se que a aplicao do adubo apresentou maiores produes em termos de nmero de frutos, percentagem e peso de frutos comerciais e produo total (Tabela 6). Tabela 6. Caracteristicas agronmicas do pepino em funo da adubao mineral (NPK) na Estao Agrria do Umbelzi - IIAM. Caractersticas Agronmicas avaliadas Frutos comerciais (nmero) Frutos comerciais (%) Produo comercial (ton/ha) Produo total (ton/ha) Adubao mineral (NPK)* Ausncia Presena 15.703 b 41.250 a 58,20 b 71,43 a 5,68 b 14,06 a 8,74 b 19,14 a

*Pares de mdias seguidas pela mesma letra na linha, no diferem entre si pelo teste de Scott & Knott a 5% de probabilidade. A comparao feita entre o tratamento com presena e ausncia da adubao mineral (NPK), (Fonte: anlise de dados de campo).

O aumento da produo comercial e total do pepino com a aplicao da adubao mineral,Projecto final 44 Navesse, Mavis Tomaz


pode ser explicado pelo fato das parcelas que receberam este tratamento terem apresentado um maior crescimento vegetativo, possibilitando a formao de maior nmero de flores por planta e, consequentemente um maior nmero de frutos. Este resultados esto em concordncia com os obtidos pelos autores Santos et al. (2001) que encontraram resposta da produo comercial e total a nveis crescentes de adubao com NPK.

4.3 Anlise do Custo-Benefcio Para resultados deste gnero, importante proceder-se a anlise de Custo-Beneficio para avaliar a viabilidade da produo nas condies locais. Para tal necessrio satisfazer a condio Benefcios maiores que Custos. Embora o rendimento a cultura no tenha tido diferenas estatsticas a 5% de probabilidade para a interaco este tratamento teve resultados rentveis. A aplicao do adubo NPK e o controlo tambm foram econmicamente rentveis (Tabela 7). Tabela 7. Custo-Benefcio na Associao dos Regantes de Mafuiane. Tratamentos Controlo Adubao mineral (NPK) Diatomite Adubao*diatomite Custo Total (Mt) 350 565 376,65 531,5 Produo (kg) 69,89 182,19 31,07 181,46 Valor do Produto (Mt) 698,90 1821,90 310,70 1814,58 Margem Bruta (Mt) 348,90 1256,90 |- 65,95| 1283,08

A interco entre adubao mineral e diatomite foi o tratamento que teve maior Margem Bruta com 1283,08 Mt, seguida da adubao e controlo. O tratamento controlo embora tenha tido menores custos de produo, este demostrou uma margem bruta maior (348,90 Mt) que o uso da diatomite, que teve um prejuzo na ordem de 65,95Mt. V. CONCLUSO E RECOMENDAES

5.1 Concluso Com base nos objectivos traados e nos resultados obtidos durante a realizao do presente trabalho pode-se constatar que:Projecto final 45 Navesse, Mavis Tomaz


Com relao a densidade da mosca branca, no houve uma interaco significativa entre adubao e diatomite. A diatomite e adubao mineral de forma independente mostaram diferenas significativas em Mafuiane, sendo que a sua aplicao demostrou densidade baixas da mosca branca. Estes resultados so prliminares, pelo que ainda incipiente determinar se a baixa densidade dessas pragas depende apenas do papel das diatomites. Entretanto, a aplicao de diatomite pode estar a colaborar na regulao da populao desta praga;

Ainda em Mafuiane, o tratamento que recebeu a adubao mineral (NPK) teve maior densidade da moscas brancas por planta em relao a sua ausncia;

Na EAU, no se verificou nenhuma interaco entre os factores em estudo (adubao, diatomite e Imidacloprid). O factor Imidacloprid de forma independente, tambm no mostrou diferenas significativas na a densidade da mosca branca. A diatomite e adubao mineral tiveram diferenas significativas de forma independente, sendo que a aplicao de diatomite demostrou densidades baixas, o que provalvelmente poder comprovar a sua eficcia insectos sugadores;

A aplicao da adubao mineral demostrou densidades baixas da mosca branca na EAU;

Com relao a intensidade de ataque, no foram encontradas diferenas significativas na componente de interaco entre os factores de estudo e na adubao de forma independente. Apenas a diatomite teve diferenas significativas tendo evidenciado nveis baixos de intensidade de ataque em Mafuiane;

Nos resultados do ensaio da EAU, no houve diferenas significativas no factor adubao de forma independente e nas interaces entre os factores em estudo. A diatomite mostrou diferenas na primeira observao, sendo a menor intensidade de ataque observada na presena de diatomite com 41,25% ;

Projecto final

46



Para a produo, a componente de interaco e a diatomite no foram significativos mas o factor adubao quando analisado de forma independente apresentou efeitos significativos. Assim, o maior nmero de frutos comerciais, produo comercial e total foram obtidos na presena da adubao mineral em Mafuiane;

Com relao a Estao Agrria de Umbelzi, a produo do pepino no foi afectado pelos factores diatomite e Imidacloprid de forma independente. O mesmo se verifica em relao a diferentes combinaes dos factores em estudo. Apenas a componente adubao mineral demostrou melhores resultados na produo do pepino (nmero e percentagem de frutos comerciais, produo comercial e total);

Embora o rendimento a cultura no tenha tido diferenas estatsticas a 5% de probabilidade para a interaco, este demostrou uma margem bruta maior com1283,08 Mt.

5.2 Recomendaes Com base nos resultados obtidos no presente trabalho e nas concluses, recomenda-se: Aos agricultores Organizao que permita o uso de medidas colectivas para o controlo da mosca branca, como rotao de culturas, eliminao de restos culturas, destruio de infestantes hospedeiras. As Instituies Que as actividades de extenso, possam incidir no reconhecimento da importncia da mosca branca, para explicar aos agricultores sobre a importncia do maneio e controlo da mesma; Que realizem estudos que permitam a incorporao da diatomite tecnolgico de produo para o controlo da mosca branca. Aos tcnicos e investigadoresProjecto final 47 Navesse, Mavis Tomaz

no pacote


Que realizem outros estudos do gnero, testando novamente estas e outras dosagens de diatomite em outros locais, abrangindo as duas pocas, fresca e quente;

Projecto final

48



VI. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS AFONSO, R. e MARQUES, J. 1998. Recursos Minerais de Repblica de Moambique: contribuio para o seu reconhecimento. Direco Nacional de Geologia, p.130. ALMEIDA, D. 2002. Cucurbitceas Hortcolas. Faculdade de Cincia - Universidade do Porto. 2p. ANNIMO, 2003. El Cultivo Del Pepino. Brasil 10p. Disponivel em

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Projecto final



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Projecto final



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Projecto final

53



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Projecto final

54



ANEXOS Anexo 24. Esquema do ensaio na Associaao dos regantes de Mafuiane.blocos

I a0d0 a020 a1d0 a1d20 IV a1d0 a1d20 a1d0 a1d20 IX a0d0 a020 a1d0 a1d20 a0d0 a0d20 VII a0d0 a0d20 a1d20 a1d0 1m a1d20 a1d0

II a0d0 a0d20 V a0d20 a0d0 VIII a1d20 a1d0 X a1d20 a1d0 a0d0 a0d2 a0d20 a0d0 a1d0 a1d20 a0d0 a020

III a1d0 a1d20 VI a0d0 a0d20

1m

Anexo 25. Esquema do ensaio na EAU.Blocos a1d0p0 a0d20p0 a1d20p0Projecto final

I a0d0p1 p1d20 0,8m a0p0d055

3m a1p0d20 a1p0d0 a1p1d20

II a0p1d20 a0p1d0 a1p1doNavesse, Mavis Tomaz


a1d0p1 3m

0,8m III

a1p1d20

a1p1d0

0,8m IV

a0p0d0

a1p1d20 a0p1d0 a0ppd20 a0p0d0

a0p1d0 a0p1d20 a1p0d20 a0p1d0



Anexo 26. Ficha de recolha de dados de infestao por pragas/doenas em Mafuiane. Data ___/ ___/ 2007No Planta Diat d0 d20 d0 d20 d20 d0 d0 d20 d20 1 2 3 4

Amostragem de ________________________5 6 7 8 9 10 Total Media perc (%)

Blocos I

II

Adub a0 a0 a1 a1 a1 a1 a0 a0 a1

Projecto final

56



III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

a1 a0 a0 a0 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a0 a0 a1 a1 a1 a1 a0 a0

d0 d0 20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d0 d20 d20 d0 d0 d20

Anexo 27. Ficha de recolha de dados de infestao por pragas/doenas na EAU. Data ___/___/ 07 Amostragem de: ________________________

Blocos

I

Adub a0 a1 a0 a0 a0 a1 a1

Pest p0 p0 p1 p0 p1 p0 p1

No Planta Diat d0 d0 d0 d20 d20 d20 d0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Total

Media

perc (%)

Projecto final

57



I

II

IV

a1 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a0 a0 a0 a1 a1 a1 a1 a0 a0 a0 a0

p1 p0 p0 p1 p1 p1 p1 p0 p0 p1 p1 p1 p1 p0 p1 p0 p0 p1 p1 p0 p0 p0 p0 p1 p1

d20 d20 d0 d0 20 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d0 d20 d20 d0 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d20 d0 d20 d0

Anexo 28. Ficha de recolha de dados de rendimento do pepino em Mafuiane.

Data N colheitaso

Rendimento Blocos Adub a0 I a0 a1 a1 a1 II a1 a0 a0 a1 III a1Projecto final

Diat d0 d20 d0 d20 d20 d0 d0 d20 d20 d0

___/___/ 07 1 No frutos Peso C NC C NC




58



IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

a0 a0 a0 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a0 a0 a0 a0 a1 a1 a0 a0

d0 20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d20 d0 d0 d20 d20 d0 d20 d0 d0 d20 d0 d20

Anexo 29. Ficha de recolha de dados do rendimento do pepino na EAU.Data No colheitas Rendimento Bloco Adub s a0 a1 a0 a0 I a0 a1 a1 a1 a1 a1 a0 ___/___/ 07 1 No frutos Peso Pest p0 p0 p1 p0 p1 p0 p1 p1 p0 p0 p1 Diat d0 d0 d0 d20 d20 d20 d0 d20 d20 d0 d0 C NC C NC ___/___/ 07 2 No frutos Peso C NC C NC ___/___/ 07 3 No frutos Peso C NC C NC ___/___/ 07 4 No frutos Peso C NC C NC

Projecto final

59



II

III

IV

a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0 a0 a1 a0 a0 a0 a1 a1 a1 a1 a0 a0 a0 a0

p1 p1 p1 p0 p0 p1 p1 p1 p1 p0 p1 p0 p0 p1 p1 p0 p0 p0 p0 p1 p1

20 d20 d0 d20 d0 d20 d0 d0 d20 d20 d0 d0 d20 d0 d20 d0 d20 d20 d0 d20 d0

Anexo 30. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA dos dados da densidade em Mafuiane. Tabela 8. Teste de Lilliefors para a densidade populacional em Mafuiane. Variveis DENS1 DENS2 DENS3 Valor Calculado .1651 .1960 .2280 Valor (P=0.05) .140 .140 .140 Valor (P=0.01) .163 .163 .163

Tabela 9. Teste de Cochran e Bartlett para a densidade populacional em Mafuiane. Variveis DENS1 DENS1 DENS2Projecto final

Nome do Teste COCHRAN BARTLETT COCHRAN

Valor Calculado .5882 .5854 .538060

Valor (P=0.05) ******* 3.840 *******

Valor (P=0.01) ******* 6.635 *******



DENS2 DENS3 DENS3

BARTLETT COCHRAN BARTLETT

.1073 .5446 .1481

3.840 ******* 3.840

6.635 ******* 6.635

Tabela 10. ANOVAF da densidade populacional em Mafuiane, 1 observao. Fontes de Variao G.L. Soma de Quadrado Bloco 9 1091.345 Adubao 1 136.5301 Diatomite 1 .1224963E-01 Diat*Adub 1 3.080232 Resduo 27 549.9797 Total 39 1780.948 Coeficiente de Variao = 32.452 Mdia Geral = 13.907 Quadrado Mdio 121.2606 136.5301 .1224963E-01 3.080232 20.36962 F 5.95 6.70 .00 .15 SIG. .0001 .0153 ****** ******

Anexo 31. Output da ANOVA dos dados da densidade populacional em Mafuiane. Tabela 11. ANOVAF dadensidade populacional em Mafuiane, 2 observao. Fontes de Variao G.L. Soma de Quadrado Bloco 9 222.2022 Adubao 1 2.450247 Diatomite 1 761.2562 Diat*Adub 1 .1225029E-01 Resduo 27 463.3988 Total 39 1449.320 Coeficiente de Variao = 41.315 Mdia Geral = 10.028 Tabela 12. ANOVAF da densidade populacional em Mafuiane, 3 observao. Fontes de Variao G.L. Soma de Quadrado Bloco 9 62.41525 Adubao 1 2.970243 Diatomite 1 78.68023 Diat*Adub 1 .2249874E-02 Resduo 27 76.41974 Total 39 220.4877 Coeficiente de Variao = 41.361 Mdia GeralProjecto final

Quadrado Mdio 24.68914 2.450247 761.2562 .1225029E-01 17.16292

F 1.44 .14 44.35 .00

SIG. .2213 ****** .0000 ******

Quadrado Mdio 6.935028 2.970243 78.68023 .2249874E-02 2.830361

F 2.45 1.05 27.80 .00

SIG. .0347 .3147 .0000 ******

=

4.067561 Navesse, Mavis Tomaz


Anexo 32. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA da Intensidade de ataque em Mafuiane. Tabela 13. T estede Lilliefors para a Intensidade de ataque em Mafuiane. Variaveis INF1 INF2 NF3 Valor Calculado .1753 .1740 .1784 Valor (P=0.05) .140 .140 .140 Valor (P=0.01) .163 .163 .163

Tabela 14. Teste de Cochran e Bartlett para Intensidade de ataque em Mafuiane. Variaveis INF INF1 INF2 INF2 INF3 INF3 Nome do Teste Cochran Bartlett Cochran Bartlett Cochran Bartlett Valor Calculado .6281 1.2578 .5777 .4529 .6570 1.9212 Valor (P=0.05) ******* 3.840 ******* 3.840 ******* 3.840 Valor (P=0.01) ******* 6.635 ******* 6.635 ******* 6.635

Tabela 15. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 1 observao. Fontes de Variao Total Total de Reducao Bloco Adub Diat Diat*Adub Residuo Media Geral = G.L . 39 12 9 1 1 1 27 51.500 Soma de Quadrado 21710.00 13330.00 2260.000 250.0000 9610.000 1210.000 8380.000 Quadrado Medio F SIG.

1110.833 251.1111 250.0000 9610.000 1210.000 310.3704

3.58 .81 .81 30.96 3.90

.0029 ****** ****** .0000 .0586

Coeficiente de Variao = 34.20862

Projecto final



Anexo 33. Output da ANOVA dos dados da Intensidade de ataque em Mafuiane. Tabela 16. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 2 observao. Fontes de Variao Total Total de Reducao Bloco Adub Diat Diat*Adub Residuo Media Geral = G.L. 39 12 9 1 1 1 27 63.250 Soma de Quadrado 33677.50 31430.00 2502.500 2.500000 28622.50 302.5000 2247.500 Quadrado Medio 2619.167 278.0555 2.500000 28622.50 302.5000 83.24074 F 31.46 3.34 .03 343.85 3.63 SIG. .0000 .0072 ****** .0000 .0673

Coeficiente de Variao = 14.425 Tabela 17. ANOVAF da Intensidade de ataque em Mafuiane, 3 observao. Fontes de Variao Total Total de Reducao Bloco Adub Diat Diat*Adub Residuo Media Geral = G.L. 39 12 9 1 1 1 27 52.500 Soma de Quadrado 21350.00 16340.00 2150.000 10.00000 13690.00 490.0000 5010.000 Quadrado Medio 1361.667 238.8889 10.00000 13690.00 490.0000 185.5556 F 7.34 1.29 .05 73.78 2.64 SIG. .0000 .2885 ****** .0000 .1158

Coeficiente de Variao = 25.946

Anexo 34. Output da normalidade, homogeneidade e ANOVA dos dados da produao em Mafuiane. Tabela 18.Teste de Lilliefors para a produao do pepino em Mafuiane. Variaveis NFCProjecto final

Valor Calculado .2348

Valor (P=0.05) .14063

Valor (P=0.01) .163Navesse, Mavis Tomaz


PERC PFC PROD

.0945 .2294 .2416

.140 .140 .140

.163 .163 .163

T

Efeito da aplicação de diatomite vs adubação mineral (NPK) no controlo da mosca branca Bemisia...

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