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Educação em Saúdepara Pré-escolares

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Sobre a autora:Suzana de Azevedo Greenwood - Mestranda em Educação em Ciências e Saúde pelo Núcleo

de Tecnologia Educacional para a Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro, missionária da BMS World Mission, enfermeira, graduada pela Universidade Federal de São Paulo, especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração, HCFMUSP, especialista em Saúde da Família pela Escola de

Saúde Pública do Ceará.

Organizadora:Terezinha Aparecida de Lima Candieiro - Mestre em Artes no Programa de Desenvolvimento

Integral da Criança pelo Malaysia Baptist Theological Seminary; Licenciatura Plena em

Pedagogia com especialização em Magistério e Orientação Educacional pelas Faculdades

Integradas Campos Salles; Bacharel em Teologia com especialização em Educação Religiosa

pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Curso de consultoria do Programa Claves

Brasil de Prevenção contra a violência sexual de crianças e adolescentes. Atualmente é a

coordenadora do PEPE Internacional na Junta de Missões Mundiais da CBB.

Parceiros promotores do PEPE:ABIAH – Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem

JMM – Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira

JMN – Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira

Revisão de textos: Valéria Dias e Carmem Lúcia Purens Sarkovas

Criação original do Pepito: Samuel J. Christine

Projeto Gráfico: Eliene de Jesus Bizerra

Ilustrações: Rômulo Careca, Marcos Dias e Rosimar Costa

© PEPE NETWORK/ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem, 2012. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução desta obra,

no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa e por escrito dos parceiros promotores do PEPE.

ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao HomemEscritório: Rua André Saraiva, 783 - Vila Sônia - São Paulo - SP - Brasil

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Educação em Saúdepara Pré-escolares

Suzana de Azevedo Greenwood

“Cumprindo nossa missão, alcançamos nossa visão”

ABIAH – JMM – JMN

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“A criança não pode esperar. Agora é a hora que seus ossos estão sendo formados, seu sangue está sendo feito e o

seus sentidos estão sendo desenvolvidos. Para a criança a resposta não pode ser amanhã. Seu nome é HOJE.”

Gabriela Mistral, 1948.

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Prefácio

“Ao Senhor pertencem a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24: 1).

É com muita alegria que apresentamos esta obra preparada para ajudar educadores/facilitadores a adquirirem e a compartilharem princípios e conhecimentos sobre Educação em Saúde, por meio de lições práticas e criativas, para crianças na fase pré-escolar. Cremos que esta oportunidade se estenderá aos familiares e à comunidade, contribuindo, assim, para a promoção da saúde integral das pessoas em ambientes saudáveis.

Esta é uma das nossas tarefas, enquanto cooperadores do Pepe – programa missionário que pro-move o desenvolvimento da criança nas comunidades desfavorecidas ao redor do mundo, através de atividades de Educação Infantil.

Esperamos que este seja mais um recurso útil e abençoador no cumprimento da missão da Igreja, “levando o evangelho todo ao homem todo”, em todo o mundo, em todo tempo e de todas as formas possíveis.

Terezinha Ap. de Lima Candieiro

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Sumário

Lição 1 - Crescer ................................................................12Lição 2 - Mosca ..................................................................18Lição 3 - Lavar as mãos .....................................................20Lição 4 - Água ....................................................................22Lição 5 - Dengue não ........................................................24Lição 6 - Gostoso ...............................................................26Lição 7 - Tosse não ............................................................28Lição 8 - Tudo limpo ..........................................................30Lição 9 - Água ....................................................................32Lição 10 - Banho ..................................................................34Lição 11 - Cuidar ..................................................................36Lição 12 - Cuidado ..............................................................38Lição 13 - Frutas ...................................................................40Lição 14 - Crescer bem........................................................42Lição 15 - Saúde .................................................................. 44Lição 16 - Diarreia ................................................................46Lição 17 - Remédios .............................................................48Lição 18 - Cuidado ..............................................................50Lição 19 - Olhos ...................................................................52Lição 20 - Ouvir ....................................................................54Lição 21 - Respirar ................................................................56Lição 22 - Coração ..............................................................58Lição 23 - Dentes ..................................................................60Lição 24 - Dor na barriga ....................................................62Lição 25 - Cuidado ..............................................................70Lição 26 - Malária I ..................................................72Lição 27 - Malária II .................................................74Lição 28 - Malária III .................................................76Lição 29 - Pediculose do couro cabeludo - Piolho ..........78Lição 30 - Saúde é alegria ..................................................80Bibliografia ..............................................................................82

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Educação em Saúde | 13

Introdução às Lições de Educação em Saúde

A Educação em Saúde é um instrumento valioso que temos nas mãos. Utilizando-o com eficiência podemos mudar a história de muitas crianças. O que a criança recebe hoje está diretamente ligado à sua vida adulta: estímulo e ambiente adequados favorecem o desenvolvimento da inteligência, e cada infecção é um potencial atraso de crescimento. A maioria das doenças que afetam as crianças pode ser evitada. Condições de higiene inadequadas e falta de recursos para uma boa alimentação são grandes empecilhos para o desenvolvimento ideal de uma criança. Não podemos mudar toda a situação de ca-rência das comunidades onde trabalhamos, no entanto, a nossa intervenção oportuna é de grande valor para a vida de cada cidadãozinho.

Para um aprendizado efetivo, faz-se necessário questionar os conhecimentos existentes no grupo a fim de que se promova mudança de comportamento, quando for pertinente. As lições de saúde aqui apresentadas oferecem esta oportunidade de questionamento ao intercalar assuntos e retomar temas com frequência. Aos missionários educadores/facilitadores, juntamente com as coordenadoras e meren-deiras, compete não somente o ensino da Educação em Saúde, mas também o estímulo do aprendizado, assumindo atitudes e proporcionando um ambiente que valorizem a saúde. Ao ser exposta a atividades e atitudes que valorizem a saúde no dia a dia do PEPE, a criança terá oportunidade de reavaliar os seus conceitos e raciocinar em cima dos mesmos, incorporando, desta forma, os conceitos básicos de saúde. Nesta realidade, será um processo natural para a criança compartilhar com seus familiares, com seus vi-zinhos e com a comunidade os novos conhecimentos adquiridos e levá-los para a vida adulta.

Este compartilhar de novos conceitos de saúde com os familiares e com a comunidade é um dos nossos grandes objetivos, pois, para que as crianças do PEPE tenham uma vida saudável, é necessário que o ambiente doméstico também o seja. O contato constante do missionário educador/facilitador com os familiares, as visitas domiciliares e as reuniões no PEPE com os responsáveis são oportunidades fre-quentes de promover a saúde.

Neste manual, os temas abordados serão:

1. Alimentação; 2. Crescimento e desenvolvimento infantil;3. Doenças que podem ser evitadas;4. Higiene;5. Imunização;6. Cuidado com medicamentos;7. Prevenção de acidentes;8. Saúde dos órgãos dos sentidos.

Dentro de cada um destes temas, desenvolveremos diferentes lições utilizando diversas técnicas de ensino, a fim de estimular as distintas maneiras de aprendizado das crianças. Cada lição tem a duração de 15 a 30 minutos e poderá ser incorporada no currículo do PEPE, com uma lição semanal. Ao prepará--la, não se esqueça de planejar o horário mais adequado, pois algumas lições necessitam de um horário específico (por exemplo: antes da merenda/lanche) e de garantir que todas as crianças participem das atividades.

Cantinho da Saúde: É de grande valia que a criança possa rever o material utilizado em lição para melhor fixação do conteúdo. Para tanto, a criação de um Cantinho da Saúde para a exposição do mate-rial é muito importante. Para manter a novidade, coloque sempre o material da última lição no Cantinho da Saúde, retirando o material mais antigo.

Suzana de Azevedo Greenwood

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14 | Educação em Saúde

Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: Fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento saudável da criança.

Objetivos da lição: • Conscientizar a criança a respeito dos elementos que favorecem o crescimento saudável;• Fazer a criança sentir-se parte do seu crescimento e desenvolvimento.

Lição 1

Consolidando o conhecimento

O nosso crescimento acontece de forma bastante lenta, portanto, não há benefício nenhum em nos medirmos todos os dias. No entanto, podemos fazer muitas coisas para ajudar o nosso crescimento. Mostre novamente as gravuras, pedindo que as crianças repitam cada item. Coloque estas gravuras ao lado do gráfico de crescimento para que as crianças possam relacionar o crescimento a bons hábitos.

Fechamento

Comunique às crianças que toda semana haverá a Lição de Saúde e em cada lição elas irão aprender novas dicas de como crescer bem. Elogie o gráfico de cada um e combine que uma nova medida será feita periodicamente.

Observação:A próxima medição será feita na lição 14, e depois na

lição 30.

Recorte as seis gravuras desta lição e cole-as em pa-pel mais grosso. Estas gravuras serão utilizadas novamente na lição 14.

Fazendo as crianças pensarem

Toda criança gosta da ideia de crescer e adora brincar de ser gente grande. Comece perguntando o que a criança quer ser quando crescer. Deixe que algumas delas falem; depois, use suas ideias como gancho para lhes perguntar o que acham necessário para uma pessoa crescer. Encoraje-as a responderem. À medida que forem falando, mostre cada uma das seis figuras que acompanham esta lição e comente sobre as ideias que elas trouxerem.

Lembre às crianças de que cada pessoa tem sua ve-locidade de crescimento. A altura de cada um vai depender da genética da família e de outros fatores; portanto, não dá para comparar a altura de uma criança com a de outra, mas é importante que cada pessoa cresça.

Atividade:Separe um canto da sala para medir as crianças. Isto

pode ser marcado na própria parede, atrás da porta ou em um papel. Se for marcar em papel, será importante que es-teja fixo na parede ou na lateral de um armário, para que seja possível medir as crianças novamente. (Se o papel sair do lugar é necessário recolocá-lo na parede, exatamente no mesmo lugar, para que se possa avaliar o crescimento da criança. Como medida de segurança, fixe o cartaz a 50 cm do chão e faça uma marca discreta na parede/armário para saber onde é que colocou, caso necessite recolocá-lo).

Faça um gráfico assim:

José Maria João Paula ----- ----

----23/03/07

----23/03/07

----23/03/07

Como medir: Coloque a criança de costas contra a parede, cabeça

reta, olhando para frente, joelhos retos, pés juntos e descalços. Com um lápis na horizontal, marque na coluna de cada crian-ça a sua altura, anotando ao lado a data em que você mediu.

Desencoraje comparações, enfatizando que cada um de nós é único e especial.

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Crescer

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16 | Educação em Saúde

beber água

tomar banho

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bom sono

boa alimentação

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higiene

amor e carinho

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brincar

evitar acidentes

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20 | Educação em Saúde

Tema Geral: Higiene

Assunto específico: Moscas

Objetivo da lição:Encorajar as crianças a perceberem que lixo e alimentos descobertos proporcionam a contaminação dos alimentos pe-

las moscas.

Fazendo as crianças pensarem

Inicie o diálogo perguntando: Quem gosta de comer lixo? Provavelmente as crianças responderão que não gostam. Faça um suspense e diga que você conhece uma amiguinha que gosta de comer lixo, mas vai apresentá-la mais tarde.

Observação: É possível que alguma criança do seu grupo viva uma

situação familiar onde os pais são catadores de lixo e, por vezes, ofereçam às crianças comidas retiradas do lixo. Seja sensível a esta situação; no entanto, é de extrema importância ensinar às crianças os conceitos desta lição.

Atividade:Antes da lição, faça um modelo de uma mosca utilizando

materiais recicláveis e coloque um ganchinho (pode ser um clipe de papel) em suas costas para que ela possa deslizar sobre um barbante ou um fio.

Separe as crianças em dois grupos e peça-lhes que realizem uma das seguintes tarefas:

Grupo 1:

• desenhar figuras de coisas encontradas no lixo; • recolher lixo encontrado ao redor, utilizando sacos

plásticos para protegerem as mãos.

Grupo 2:

• desenhar vários alimentos em um papel grande; ou • buscar alimentos na cozinha do PEPE; ou • buscar frutas no quintal, quando possível.

Quando as tarefas estiverem concluídas, coloque os re-sultados do grupo 1 em uma mesa e os do grupo 2 em uma cadeira, afastadas uma da outra, de forma que o material do grupo 1 esteja em um nível acima do material do grupo 2.

Neste momento, apresente a dona Mosquinha. Diga que a dona Mosquinha gosta muito de comida, mas não se importa se a comida é limpa ou suja. Encaixe dona Mosqui-nha no barbante fazendo com que ela deslize do lixo para a comida; depois, com a mão, deslize a dona Mosquinha nova-mente para o lixo, mostrando o trajeto que ela faz o dia inteiro.

Consolidando o conhecimento

Converse com as crianças sobre a experiência, levan-tando as seguintes questões:

• Você já viu moscas fazendo o que foi demonstrado aqui? Onde?

• O que acontece quando a mosca voa entre os ali-mentos e o lixo?

• O que acontece com a comida sobre a qual a dona Mosquinha pousa? Que mal traz à nossa saúde?

• O que a gente pode fazer para evitar que isto acon-teça?

• O que a gente pode fazer no PEPE para evitar que isto aconteça?

• O que você pode fazer na sua casa para evitar que a dona Mosquinha carregue lixo e sujeira nas suas patinhas para os alimentos?

Diga às crianças que, ao pousar nos alimentos e no lixo, além de contaminarem os alimentos, as moscas põem ovinhos que se transformarão em mais mosquinhas.

Enfatize que é importante não somente colocar o lixo na lixeira, mas também colocar tampa na lixeira, pois, do con-trário, as moscas ainda poderão pousar no lixo. Mostrando a gravura, pergunte: o que está faltando nesta lixeira?

Fechamento

Encerre de maneira positiva, afirmando às crianças que é possível garantir que os alimentos não sejam contaminados pelas patas da dona Mosquinha, com os cuidados corretos. Pendure a dona Mosquinha na sala: se utilizou desenhos como modelo, cole-os no Cantinho de Saúde e deixe-os até a próxima lição de saúde, a fim de que as crianças possam ter mais tempo para assimilar o conteúdo.

Sugestão: Em algum momento, nos próximos dias, peça para as crianças desenharem uma lata de lixo com tampa e sem lixo em volta. Coloque os desenhos das crianças no Cantinho da Saúde.

Lição 2

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Mosca

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22 | Educação em Saúde

Tema geral: Higiene.

Assunto específico: Lavagem das mãos.

Objetivo da lição: Ensinar às crianças a importância de lavar as mãos com sabão, regularmente.

Fazendo as crianças pensarem

Conte a seguinte história:

O que aconteceu com Pepito?

Era uma segunda-feira. — Pepito, acorde, está na hora de ir para o PEPE.Depois de dois meses de férias, Pepito estava com sau-

dades do PEPE.Havia um sol bonito. Pepito ficou feliz porque na hora do

lanche iria poder brincar de Cola-Cola (Pega-Pega). Pepito corria muito rápido e quase ninguém conseguia pegá-lo.

Quando Pepito colocou o pé na escola, tinha uma no-vidade enorme. Era um novo aluno na sala, o Paulo. Ele era muito joia e tinha uma risada engraçada. Pepito logo ficou amigo dele:

— Vamos brincar de Cola-Cola (Pega-Pega) na hora do recreio? – Pepito convidou.

— Legal! – animou-se Paulo.— Eu também vou! – responderam todas as crianças,

empolgadas.— Já está na hora do pátio? Vamos brincar? – pergun-

tou o Paulo, ansioso.Depois da educadora ensinar a letra ''L'' de ''Laranja'' e

de ''Lavar as mãos'', estava na hora do recreio. As crianças estavam muito animadas, mas, para a surpresa de todos, Pepito fez uma carinha triste e disse que não queria brincar.

— Não quer brincar, Pepito? O que aconteceu? – es-tranhou a educadora.

— Não sei, educadora – Pepito explicou – eu queria brincar, mas agora estou sem coragem e a minha barriga está doendo.

As outras crianças foram correr no pátio e Pepito ficou ao lado da educadora.

— Pepito – disse a educadora, curiosa – como foram as suas férias?

— Foram muito boas – empolgou-se Pepito – eu pas-sava os dias brincando e não entrava em casa nem para comer; eu sentava na porta da frente e minha mãe trazia a minha comida ali mesmo. Assim que eu terminava, eu já saia para ir correr com os meus primos.

— Mas, Pepito! – retrucou a educadora – como é que você lavava as mãos antes de comer?

— Chiiiiiii, educadora, eu nem lembrava... Será que é por isso que a minha barriga está doendo?

— Pode ser, Pepito – concordou a educadora – Em nos-sas mãos acumulam-se muitos bichinhos tão pequenininhos que não podemos nem ver. Quando a gente come com as mãos sujas, alguns destes bichinhos entram na nossa barriga junto com a comida e ficam morando lá dentro.

Estes bichinhos só saem da nossa mão se a gente lavar bem e com sabão.

— Mas se estes bichinhos são tão pequeninos então, não tem problema.

— Estes bichinhos são pequeninos, mas poderosos. É que eles ficam com uma vida tão boa lá dentro da nossa barriga... comem a nossa comida, crescem, ficam fortes e a gente vai ficando fraco.

— E agora, educadora, o que é que eu faço? Estes bi-chos estão na minha barriga? Eu vou ficar com esta dor de barriga para sempre? – perguntou Pepito, assustado.

— Não se preocupe meu filho, – disse a educadora gentilmente – eu vou falar com a sua mãe e a gente vai cuidar de você. Mas tem uma coisa que você não pode mais se esquecer...

— Já sei, educadora. Eu sempre vou me lembrar de lavar bem as mãos antes de comer!

Consolidando o conhecimento

Vamos brincar?! Combine com as crianças que quan-do você disser:

Lava a mão! – As crianças terão que repetir esta frase e fazer o gesto de lavar a mão.

Com sabão! – As crianças deverão repetir esta frase e fazer o gesto de pegar o sabão.

Seca a mão! – Elas devem fazer os gestos de pegar a toalha e secar a mão com uma toalha.

Mostre para as crianças cada gesto e dê um tempinho para praticarem.

Comece a brincadeira: a criança que errar, ou seja, a que fizer o gesto errado na hora errada, sai da brincadeira e vai para a fila a fim lavar a mão. O último a errar será o vencedor da brincadeira, mas será o último na fila para la-var as mãos.

Atividade:Neste momento, leve todas as crianças para lavarem as

mãos. Explique a importância de lavar as mãos com sabão, ensaboando entre os dedos, esfregando as costas das mãos, enxaguando bem e secando com toalha limpa. Enfatize to-dos os dias a boa lavagem das mãos, a fim de se tornar um hábito para as crianças.

Lição 3

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Educação em Saúde | 23

Lavar

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24 | Educação em Saúde

Tema geral: Alimentação

Assunto específico: Água potável

Objetivo da lição: Ensinar às crianças a importância de tomar água potável.

Fazendo as crianças pensarem

Explique para as crianças que, muitas vezes, a água parece limpa porque não podemos ver a sujeira. No entan-to, mesmo invisível, a sujeira pode ser prejudicial. Faça a se-guinte atividade: leve dois copos de vidro transparente para a sala de aula. Na frente das crianças, encha os dois copos com água. Explique que você vai colocar um pouquinho de sujeira na água para ver se dá para notar. Peça que três crianças se escondam e coloque um pouquinho de “sujeira” (uma gota de café, uma gota de suco, etc.) dentro de um dos copos de água. Mexa. Os dois copos devem ficar com a mesma cor (faça esta experiência em casa, primeiramente, para ter ideia da quantidade de “sujeira” necessária). Peça para as crianças escondidas retornarem e identificarem qual dos copos contém água suja. As crianças, certamente, não conseguirão identificar.

Desta forma, mostre a importância de beber água fil-trada, fervida ou tratada, pois, mesmo que não seja possível ver a sujeira, a água pode conter germes.

Atividade:Você precisará de um filtro para esta atividade. Caso o

PEPE não utilize filtro para a purificação da água, explique o processo que é utilizado no PEPE, mas veja a possibilidade de obter um filtro para esta lição, pois será mais acessível para as crianças em casa.

Leve as crianças até o filtro do PEPE. Deixe a parte de cima do filtro vazia, retire a vela e explique para as crianças o processo de filtração, ou seja, como a água passa pela vela. Se possível, tenha uma vela suja, e lave-a na frente das crianças para que elas possam perceber a quantidade de su-jeira que se acumula na vela. Depois de lavar a vela, coloque água na parte de cima do filtro e deixe filtrar um pouco, a fim que as crianças possam visualizar o processo. Enfatize que é importante que a vela seja lavada periodicamente, pois a sujeira da água é retida nela.

Sugerimos fazer a adaptação desta atividade de acor-do com o processo de purificação da água mais utilizada no seu contexto.

Consolidando o conhecimento

Ofereça água filtrada para as crianças beberem, re-lembrando a importância de sempre beber água que esteja limpa, caso contrário podemos estar ingerindo germes que causam doenças como verminoses e diarreia.

Fechamento:Pergunte às crianças quantas delas têm filtro em casa.

Use este momento para descobrir a situação da água que as crianças do PEPE usam em casa, e guarde esta informação para trabalhar a questão com os pais, se possível.

Lição 4

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Água

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26 | Educação em Saúde

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Dengue

Objetivo da lição: Levar as crianças a compreenderem o que é a dengue e o que podem fazer para combatê-la.

Fazendo as crianças pensarem

Inicie a roda de conversa perguntando às crianças o que é dengue e o que pode ser feito para evitá-la. Deixe--as falarem por alguns minutos e depois conte esta história:

O Homem da Bandeira Amarela

Pepito tinha convidado Paulo para ir brincar na casa dele, mas Paulo não apareceu.

Então, Pepito perguntou à sua mãe: — Mamãe, Paulo está demorando tanto! Já está na hora

dele chegar?Quando Pepito já estava quase desistindo de esperar,

um homem com uma bandeirinha amarela apareceu na casa deles.

— Você sabe onde está o Paulo? – Pepito perguntou, esperançoso.

— Paulo? Não, eu não conheço nenhum Paulo, mas eu conheço um mosquito muito danado que está fazendo mal a muita gente...

— Mosquito mal? Onde ele mora?— Ah, ele tem uma família grande e mora em muitas

casas; principalmente na casa de gente que deixa água parada.

— Não, seu moço, aqui a gente nem tem água direito e nem sobra água...

— É, mas o mosquito é bem pequenininho e bota ovi-nhos em qualquer quantidade de água, até numa tampi-nha de garrafa.

— Igual esta aqui? – Pepito apontou para uma tampinha de garrafa com água da chuva.

— Isto mesmo. Aqui nesta tampinha ou em qualquer ou-tro lugar que juntar água limpa e parada, como garrafas, pneus, casca de coco... O mosquito bota os ovos e logo nascem muitos outros mosquitinhos. Todos eles são muito chatinhos e vão querer nos picar!

— Nos picar? – assustou-se Pepito. E o que acontece quando eles nos picam?

— A gente pode pegar uma doença muito chata e perigo-sa chamada dengue – falou o homem da bandeira amarela.

— Criança também pega? – perguntou Pepito.— Pega e sente muita dor no corpo, febre, perde a von-

tade de comer, às vezes fica com manchas vermelhas no corpo e coceira. Eu não queria que esta criança inteligente sentisse estas coisas.

— Então, o que é que a gente deve fazer? Eu também não quero pegar dengue, não!

— O que você pode fazer, Pepito, é nunca deixar nada juntando água, mesmo que seja alguma coisa pequena. E quando precisarem juntar água dentro de casa, sempre coloquem tampa no depósito de água.

Neste momento eles viram o Paulo passando no colo do pai.

— O Paulo está com dengue, falou o pai.Pepito ficou muito preocupado e fez um plano: juntou

outros amiguinhos, a sua própria mãe e, como detetives, foram em todas as casas do quarteirão orientar as pessoas a não deixarem água parada em utensílios sem tampa em canto nenhum. Assim, o mosquito da dengue não teria onde por seus ovos e se multiplicar.

O Paulo ficou muito doente por uma semana, mas, quan-do ele sarou, passou o dia brincando com Pepito.

Atividade:Se possível, leve as crianças aos arredores do PEPE e

procure nas ruas, lixos que possam armazenar água parada. Proteja a mão com uma sacola plástica e recolha o lixo que encontrar. Caso isto não seja adequado no seu PEPE, traga alguns exemplos de coisas que podem armazenar água pa-rada como: casca de coco, sacola plástica ou pedaço de al-gum vasilhame. Encha-os com água e peça para as crianças os esvaziarem.

Consolidando o conhecimento

Coloque as crianças na roda de conversa e faça duas perguntas:

1) O que é dengue?

É uma doença que dá dor no corpo e febre e é trans-mitida pela picada de um mosquito.

2) Como a gente pode combater esta doença?

Colocando tampa em todos os recipientes que contêm água, não permitindo que esta fique acumulada em lugares ou objetos, tomando cuidado especial com água de chuva.

3) Vamos pensar em todos os lugares que poderiam acumular água e o mosquito poderia se esconder?

Pense em tudo que tem em seu ambiente que possa se tornar criadouro do mosquito: caixa d’água, calhas, pneus, garrafas e objetos da figura ao lado.

Fechamento:Encoraje as crianças a serem detetives, assim como

Pepito e seus amigos, vasculhando os quintais de suas casas e retirando qualquer material que possa juntar água. No dia seguinte, lembre-se de perguntar que tipo de coisas as crian-ças retiraram de seus quintais, pois, desta forma, você estará ajudando a comunidade de uma maneira bastante direta.

Lição 5

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Dengue não

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28 | Educação em Saúde

Tema geral: Alimentação

Assunto específico: Alimentos coloridos

Objetivos da lição: Ensinar às crianças o valor de alimentos diversificados e encorajá-las a ingerirem estes alimentos.

Fazendo as crianças pensarem

No centro da roda de conversa coloque um papel bran-co, tamanho grande, com um prato desenhado no centro. Ofereça lápis de cor às crianças e pergunte-lhes quais são os alimentos que elas mais gostam e qual a cor deles. Pode ser fruta, verdura, arroz ou feijão; só não vale guloseimas como bombom, bala etc. Cada criança que mencionar um alimento deve pintar uma bolinha da cor do alimento dentro do prato. Quando os alimentos começarem a se repetir, peça que as crianças façam a mesma coisa com alimentos que conhe-cem, mesmo que não sejam os seus favoritos. Se necessário, ajude-as a pensarem.

Quando o “Prato” estiver bem colorido, diga-lhes que para crescerem fortes, inteligentes, saudáveis e bonitas, é muito importante comerem todos os tipos de alimento, por-que cada um deles tem uma coisa diferente para ajudá-las.

Atividade:Combine com a merendeira para servir uma alimen-

tação diferente neste dia, preparada da seguinte forma: no fundo do prato coloque arroz, macarrão ou cuscuz cozido e temperado. Prepare fatias finas de frutas ou verduras para decorar o rosto do senhor Macarrão. A boca pode ser de to-mate ou beterraba cozida; os olhos, de pepino ou acerola; o cabelo, de alface ou repolho; o nariz, de cenoura crua ou pi-mentão e a orelha, de ovo cozido ou um pedacinho de carne ou feijão. Use a sua imaginação! Só um filetinho é o bastante; uma cenoura é, provavelmente, suficiente para toda a classe.

Diga para as crianças que elas vão conhecer um amigo novo, o senhor Macarrão (ou senhor Arroz ou senhor Cuscuz). Coloque um prato decorado no formato de um rosto para cada criança.

Faça uma brincadeira para que todos comam ao mesmo tempo, encorajando-as a experimentarem de tudo:

— Bom dia, senhor Macarrão; eu vou comer sua boca! (e todos comem juntos).

— Agora vou comer seu nariz!

E assim por diante.

Consolidando o conhecimento

Chame as crianças para a roda e engaje-as em uma conversa, perguntando-lhes o que acharam mais gostoso: o nariz ou a boca do senhor Macarrão.

Fechamento:Reforce a importância de comerem alimentos de cores

diferentes para crescerem fortes, inteligentes, saudáveis e bo-nitas. Encoraje as crianças a comerem alimentos coloridos em casa também, como frutas da época.

Observação: Procure inserir o senhor Macarrão no cardápio semanal

do PEPE. Desta forma, com certeza você ajudará as crianças a crescerem melhor e a adoecerem menos.

“Deus fez crescerem árvores lindas que davam frutas boas de se comer.” (Gênesis 2: 9)

Lição 6

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Educação em Saúde | 29

Gostoso

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30 | Educação em Saúde

SIM – coisas que ajudam

evitar e comba-ter a tosse e o

resfriado:

PORQUE

Frutas amarelas ou alaranjadas

Contêm vitamina A, que ajuda a combater a tosse e o resfriado.

Papel higiênico ou lenço

Limpa o nariz, fazendo com que a pessoa respire melhor, ajudando a curar a tosse e o resfriado e a não passar a gripe para outras pessoas.

Amamentação materna

O leite materno é o melhor alimento para a criança. No leite materno o bebê que mama recebe substâncias

que combatem a gripe.

RoupasÉ importante que a pessoa não passe frio nem calor, mas que esteja sempre com a roupa ideal para cada clima.

Água

A água lava o corpo, ajudando a evitar doenças. Ingerir bastante água deixa a secreção mais líquida, facili-tando a expectoração, ou seja, ajuda

na expulsão do catarro.

CalçadoO calçado protege da friagem do

chão, na época de chuva, e do chão muito quente, quando está sol.

NÃO – coisas que não evitam

nem comba-tem a tosse e o resfriado:

PORQUE

Bala ou bombom

A criança que come muito doce não tem muita força para lutar

contra a gripe.

Caixa de remédios

Remédios podem ser caros e só o médico pode resolver se devem ser tomados, mas não ajudam muito na gripe. Muitas vezes, é melhor gastar

o dinheiro com frutas.

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Tosse e resfriado

Objetivo da lição: Levar as crianças a perceberem que medidas simples podem ajudá-las a não ficarem resfriadas constantemente.

Observação:Muitas crianças adoecem na época de chuvas. A

umidade de muitas casas e o grande número de pessoas dormindo em um mesmo lugar facilitam este processo. É importante ensinar às crianças e às mães mecanismos que as ajudem a enfrentar o período de chuvas de maneira mais saudável. Lembre-se que a alimentação saudável é um forte aliado para combater infecções.

Fazendo as crianças pensarem

Inicie a roda de conversa com as seguintes perguntas:

• Quem está gripado?• Quem tem alguém na família que está gripado?• O que a família de vocês faz quando tem alguém

resfriado?• O que a gente poderia fazer?

Atividade:Leve gravuras ou objetos para demonstrar: frutas ama-

relas ou alaranjadas, caixas de remédios, sapatos e roupas, um copo de água, bala ou bombom, mãe amamentando, papel higiênico ou lenço.

Leve dois papéis grandes para a roda. Previamente, es-creva a palavra SIM em um deles e a palavra NÃO no outro.

Coloque os dois papéis no centro da roda. Mostre os objetos ou gravuras, um a um, e pergunte para as crianças em qual dos papéis deve colocá-los. Envolva-as em uma conversa, explicando o porquê de cada coisa, como na tabela ao lado.

Consolidando o conhecimento

Peça a cada criança que recorte figuras de revistas ou faça um desenho que represente uma coisa do papel SIM (que evita e combate a tosse e o resfriado). Cole todas as produções em um cartaz e coloque no Cantinho da Saúde.

Fechamento:Enfatize a importância de fazer coisas que evitam a tosse

e o resfriado. Reforce que é necessário continuar fazendo estas coisas mesmo quando a pessoa já não estiver mais gripada.

Lição 7

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Educação em Saúde | 31

Tosse não

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32 | Educação em Saúde

Tema geral: Higiene.

Assunto específico: Cabelos e unhas.

Objetivo da lição: Levar as crianças a perceberem a importância de manter cabelos e unhas sempre limpos e desejarem fazê-lo.

Fazendo as crianças pensarem

Conte a seguinte história:

A Guerra dos Monstrinhos

Era de tardezinha e os monstrinhos estavam brincando. Eles moravam... Sabe onde? Nas mãos e nos pés do Zezé. E Zezé nem sabia que eles moravam lá. A educadora da escola e a mãe do Zezé bem que lhe diziam para lavar as mãos e ele as lavava, mas os monstrinhos eram muito mais espertos que isso... Eles tinham um esconderijo! (Nes-te momento, pergunte para as crianças onde elas acham que é o esconderijo dos monstrinhos).

Toda vez que Zezé lavava a mão, os monstrinhos cor-riam para debaixo das suas unhas compridas, onde havia muita sujeirinha e era fácil se esconder.

Os monstrinhos gostavam muito do Zezé e não que-riam sair de lá. Mas existia um grande medo... Eles tinham ouvido dizer que quando a Tesourinha chegava, não es-capava ninguém, como já tinha acontecido com alguns monstrinhos amigos.

Numa manhã, um dos monstrinhos estava muito triste... Ele tinha visto a mãe do Zezé passar com a Tesourinha na mão. Tesourinha de cortar unha! Cortar unha? Não, isto não! As unhas compridas eram o único esconderijo garantido dos monstrinhos. Tinham que pensar em um plano e tinha que ser rápido! Os monstrinhos eram mui-to poderosos, mas muito pequeninos e não tinham como carregar uma tesoura... O que fazer?

De repente, tiveram uma ideia genial! Pediram ajuda para os primos deles, os Piolhos que moravam nos cabelos do Zezé. O plano era o seguinte: toda vez que a mãe do Zezé tentasse cortar as unhas dele, os Piolhos iam fazer o Zezé coçar a cabeça, assim ficaria muito difícil para a mãe dele conseguir cortar suas unhas. O plano parecia bom... mas... mas... não deu certo.

É que a mãe do Zezé também era muito esperta e perce-beu que o Zezé, além de unhas compridas e sujas, estava com piolho... Ela não só cortou as unhas como também catou os piolhos do Zezé.

Esse foi o triste fim dos monstrinhos. Quanto ao Zezé, foi aí que ele percebeu o quanto

aquele coça-coça o estava incomodando e sentiu-se muito mais confortável com as unhas curtas e limpas, e o cabelo sem piolhos!

Atividade:Dê às crianças uma folha de papel em branco e peça-

-lhes que façam o contorno de uma de suas mãos, acrescen-tando, depois, as unhas nos dedos. Neste desenho, as unhas devem estar curtas e limpas.

Consolidando o conhecimento

Faça uma roda de conversa com as seguintes perguntas:

• Onde é que os monstrinhos se escondem? • Por que devemos cortar as unhas? • Que mal fazem os piolhos?

Os piolhos chupam o sangue da criança, diminuin-do a sua concentração e dificultam a higienização. • Como podemos nos livrar dos piolhos?

Fechamento:Sem constranger as crianças, encoraje-as a manterem

as unhas curtas e os cabelos sem piolhos. Se você perceber que isto é um problema real entre elas, procure expandir esta lição com outras ideias e mais atividades para solucionar o problema.

Obs.: Na lição 29 trataremos sobre pediculose (pio-lhos) novamente.

Lição 8

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Educação em Saúde | 33

Tudo limpo

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34 | Educação em Saúde

Tema geral: Alimentação

Assunto específico: Necessidade de beber água

Objetivo da lição: Encorajar as crianças a beberem água abundantemente todos os dias.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, engaje as crianças numa discus-são com as seguintes perguntas:

— É importante a gente lavar a roupa? E o corpo?

— Como a gente lava a roupa? E a louça? E o corpo?

— E por dentro do corpo?... Também precisamos lavar? Como a gente lava por dentro do corpo?

Deixe as crianças pensarem um pouco sobre o assunto, dando-lhes a oportunidade de raciocinarem. Lembre-se de que a criança raciocina melhor se ela tiver a oportunidade de pensar sobre o assunto primeiro.

Atividade:

(É aconselhável praticar esta experiência antes de fazê--la em frente às crianças, para poder medir a quantidade de “sujeira” que será colocada na garrafa).

Corte a parte de baixo de uma garrafa plástica de re-frigerante. Encha a parte de cima até a metade com uma mistura de cascalho, areia e terra. Coloque oito copos de água enfileirados.

Providencie um balde ou uma bacia para aparar a água. Explique para as crianças que beber água é importante para lavar o nosso corpo por dentro e que, para ele ficar bem lim-po, é necessário beber bastante água.

Peça para uma criança derramar um copo de água so-bre o cascalho, observando que a água sai bem suja. Peça para outra criança derramar o segundo copo de água e assim por diante, sempre enfatizando que é necessário beber água o suficiente para limpar bem o organismo.

Continue derramando os copos de água na garrafa. Gradualmente, a água ficará mais clara até ficar transparente.

Fechamento:Explique para as crianças que cada pessoa deveria

beber pelo menos oito copos de água por dia. Isto mantém o organismo saudável, pois as impurezas são eliminadas pela água.

Observação:Lembre-se de colocar a ingestão constante de água na

rotina do PEPE, garantindo a qualidade da mesma.

Lição 9

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Água

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36 | Educação em Saúde

Tema geral: Higiene

Assunto específico da lição: Banho

Objetivo da lição: Levar as crianças a entenderem a necessidade de lavar todas as partes do corpo, incluindo as dobrinhas.

Observação:Para esta lição, o ideal é que as crianças tomem ba-

nho no PEPE, neste dia. Planeje um dia especial, comunique os pais e aproveite para fazer disto não somente uma lição, mas, também, um momento de recreação. Se não existir um chuveiro no local, um banho de mangueira poderá ser bem--vindo em um dia de sol. Se for banhar meninos e meninas juntos, peça para os pais trazerem roupa de banho ou uma roupa que possa ser molhada, assim como uma troca de rou-pa para usarem depois do banho.

Fazendo as crianças pensarem

Leve uma boneca para a sala de aula e cole ou desenhe dois “machucados” nela. Na roda de conversa, coloque a bo-neca na mão de uma criança e dê a ela um pequeno pedaço de sabonete, pedindo-lhe que “lave” a boneca. Encoraje-a a lavar todas as partes da boneca: atrás da orelha, o pes-coço, entre os dedos dos pés e das mãos, e até em cima do machucado, mas com cuidado. Ensine as crianças a come-çarem a banhar-se pela parte mais limpa do corpo, ou seja, rosto, braços, peito, costas, depois genitais, pernas e pés, lembrando-os de lavar entre os dedos dos pés.

Atividade:Leve as crianças para um banho de chuveiro ou man-

gueira, pedindo que comecem pelo rosto, cabelo, e assim por diante, lembrando-se de todas as dobrinhas. Após o banho, as crianças devem se enxugar, tomando o cuidado de secar todas as partes e entre os dedos. Se alguma criança tiver al-gum ferimento na pele, ela deve lavar em cima do ferimento com água e sabonete, mas a barra de sabonete não deve tocar o ferimento. É importante enxaguar bem.

Consolidando o conhecimento

Se possível, coloque o banho como rotina no PEPE, tal-vez mensalmente ou trimestralmente.

Lição 10

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Banho

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38 | Educação em Saúde

Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: Desenvolvimento de crianças pequenas (0 a 4 anos)

Objetivo da lição: Encorajar as crianças a perceberem o desenvolvimento de seus irmãos e/ou amigos menores e a sentirem-se parte deste

processo.

Consolidando o conhecimento

Coloque os desenhos e os nomes na parede para que a criança tenha a oportunidade de lembrar o que foi traba-lhado durante toda a semana. Na lição seguinte, as crianças farão outra atividade para ser colocada ao lado deste dese-nho. Explique que quanto mais elas brincarem e conversarem com os seus irmãos (primos/vizinhos) menores, mais espertos eles ficarão.

Fechamento:Juntamente com as crianças, escolha uma música canta-

da no PEPE para que eles ensinem à criança escolhida. Avise que na próxima lição de saúde eles terão oportunidade de contar se a criança aprendeu a música ou qual a reação que teve (bateu palmas, sorriu, etc.).

Observação:Durante a semana relembre os seus alunos de cantarem

com os irmãos (primos/vizinhos) menores.

Esta lição visa também despertar os pais em casa, por meio das ações das crianças do PEPE, para a importância de estimular crianças pequenas.

Observação:Os bebês aprendem rapidamente desde o momento

do nascimento. Os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento do comportamento e da personalidade da criança. Ao final do segundo ano de vida a maior parte do cérebro humano já está formada, portanto, quanto mais es-tímulos um bebê receber, melhor será o seu desenvolvimento. O ambiente familiar é fundamental neste processo. Irmãos maiores são de grande ajuda para o desenvolvimento das crianças menores. Ao perceberem isto, as crianças do PEPE sentir-se-ão importantes, e isto lhes acrescentará autoestima.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, peça para cada criança escolher um irmão menor para falar sobre ele: dizer o seu nome, a idade dele, o que ele(a) come, o que ele(a) sabe fazer (chorar, sorrir, engatinhar, andar, correr, mamar na mãe, tomar banho ou comer sozinho) ou qualquer outra coisa que ela observou no(a) irmão(ã). Se o aluno não tiver irmão menor, sugira que escolha um vizinho ou um primo.

Atividade:Dê a cada aluno um papel e peça para a criança escre-

ver (ou copiar, se ela não souber escrever) o nome da crian-ça que escolheu. Em seguida, solicite que desenhem alguma coisa que o irmão faz, como: chorar, sorrir, engatinhar, an-dar, correr, mamar na mãe, tomar banho ou comer sozinho.

Lição 11

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Cuidar

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Tema geral: Prevenção de acidentes

Assunto específico: Como evitar acidentes no lar

Objetivos da lição:• Salientar os riscos de acidentes presentes em cada lar. • Despertar nas crianças uma atitude de cuidado com elas mesmas e com as crianças menores.

Observação: Acidentes domésticos são causas comuns de morte ou

sequelas em crianças. As crianças do PEPE ainda são muito pequenas e precisam de cuidados para não se acidentar, por isso, trazer este assunto à discussão é importante para ensinar as crianças a cuidarem de si mesmas e de crianças menores.

Fazendo as crianças pensarem

Baseado na atividade da semana anterior, pergunte às crianças o que elas descobriram sobre seus irmãos me-nores, qual a idade deles e como foi ensinar a música para eles (segundo orientação da lição 11). Eles riram? Cantaram? Bateram palmas?

Fale às crianças sobre a importância de brincar com os seus irmãos menores e também de cuidar deles para que não se machuquem.

Atividade:Leve 8 a 10 círculos de cartolina vermelha, de cerca

de 10 cm de diâmetro, para a sala de aula. Peça que os alu-nos identifiquem perigos para crianças menores ao redor da sala. Incentive-as a pensarem por si mesmas. Ajude-as, sem dar respostas prontas. Ofereça um círculo vermelho para a criança que pensou em algum perigo e peça que ela o cole sobre o objeto identificado.

Os maiores perigos na sala de aula são: tomadas; fios elétricos; objetos pontiagudos como lápis e tesouras; objetos pequenos (que podem levar a criança a se engasgar) como borracha e moeda; cadeiras baixas, nas quais a criança que engatinha pode bater ou puxá-las para cima de si mesma; mesas e cadeiras baixas nas quais crianças que engatinham podem subir e cair; copos de vidro; filtros que podem não estar bem acomodados, com perigo de cair; brinquedos pontiagudos, pequenos demais ou com tinta tóxica; pote de plantas do qual a criança pode comer a terra ou a planta; porta com degrau e outros.

Consolidando o conhecimento

Depois que todos os círculos vermelhos forem coloca-dos ao redor da sala, dê às crianças um pedaço de papel, semelhante ao que foi oferecido na semana anterior, e peça para elas desenharem tudo o que há em suas casas que re-presente perigo para seus irmãos menores. Exemplos: botijão de gás, fogão, lixo e itens semelhantes aos da sala de aula.

Fechamento:Quando o desenho estiver pronto, peça para cada

criança verbalizar onde está o perigo e ponha o desenho na parede, próximo ao desenho da semana anterior.

Observe a sua sala de aula com novos olhos e perceba se há algum perigo em potencial para as crianças do PEPE. Caso encontre, procure resolver a situação o mais rápido possível.

Lembre-se: a maioria dos acidentes poderia ter sido evitado!

Sugestão: Com a participação das crianças, mostre este cartaz para os pais na próxima reunião.

Lição 12

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Cuidado

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42 | Educação em Saúde

Tema geral: Alimentação

Assunto específico: A importância da vitamina A

Objetivo da lição: Ajudar as crianças a compreenderem que é importante comer frutas de cor alaranjada e amarela e folhas verde-escuras

para poder enxergar bem e evitar doenças.

Consolidando o conhecimento

Pergunte às crianças o que o Pepito disse à Raposa.

Atividade:Ofereça o lanche com frutas frescas cortadas em peda-

ços pequenos. Não tenha medo de oferecer um pouquinho, mesmo que as crianças não tenham o costume de comer, por-que elas só aprenderão a gostar quando puderem experimen-tar várias vezes. Uma boa sugestão é fazer o senhor Cuscuz ou o senhor Macarrão, como foi feito na lição 6.

Observação:Neste dia, procure servir frutas frescas para as crian-

ças. Todos sabem como é fundamental comer frutas e ver-duras, mas depende dos adultos oferecê-las constantemente às crianças, para que estas se acostumem a comer e tenham uma saúde melhor.

Fazendo as crianças pensarem

Conte a seguinte história:

A Raposa e o Coelho

A Raposa estava muito mal. Ela não enxergava mais no escuro. Ela se sentia muito fraca. Os outros animais riam dela, principalmente o Coelho. Gordo e saudável, de tanto comer cenouras e folhas verdes, o Coelho caçoava da Raposa, sem piedade, mas sempre ficava longe dela.

— Olhos de galinha velha! – chamava o Coelho. Desesperada, a Raposa foi perguntar para Pepito o que

fazer. Pepito, que é muito esperto, falou para a Raposa que a educadora do PEPE sempre comenta que comer frutas e verduras é muito bom para a vista. A raposa, mais do que depressa, começou a comer cenoura, laranja, manga, caju, acerola, cheiro-verde, e muitas verduras. Todos os dias, a Raposa fazia questão de achar uma frutinha para comer. Ela até plantou cheiro-verde no pote para não faltar! Aos poucos, ela percebeu que Pepito tinha razão, porque co-meçou a enxergar melhor; mas não contou para ninguém.

O Coelho continuou a caçoar dela todas as noites. Mesmo enxergando melhor a cada noite que passava, a Raposa parecia mais cega; ela até começou a usar ócu-los, e o Coelho continuava rindo dela e chegando cada dia mais perto.

Numa noite, ele chegou perto demais e a Raposa, que continuava fingindo que não conseguia enxergar, já estava bem da vista. Assim que o Coelho chegou bem pertinho, a Raposa pulou sobre ele!

O Coelho levou um enorme susto e nunca mais riu dela, mas perguntou:

— Que milagre foi esse? Como é que você ficou boa da vista?

— Ah, Coelho, o Pepito é um amigão, pergunte para ele o que foi que ele me ensinou.

Lição 13

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Frutas

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44 | Educação em Saúde

Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: Fatores que auxiliam o crescimento e desenvolvimento saudável da criança – II.

Objetivo da lição: Revisar com as crianças o conteúdo das lições anteriores, fazendo-as compreender a importância de fatores diversos para

o crescimento e desenvolvimento saudável.

Observação:Para esta lição, leve os seguintes itens utilizados nas

lições anteriores:

• 8 gravuras da lição 1;• a dona Mosquinha da lição 2; • alimentos coloridos (frutas, por exemplo) que são

excelentes para o crescimento saudável, bons para a vista e evitam gripe e resfriado;

• uma das mãos desenhadas na lição 8, que explica a importância de lavar as mãos e cortar as unhas;

• um boneco que represente o Pepito ou outra bo-neca qualquer, para encorajar comentários sobre a necessidade de lavar as mãos, cortar as unhas e cuidar para não ter piolho.

• um círculo vermelho da lição 12.

Fazendo as crianças pensarem

Coloque todos estes objetos no centro da roda de conversa e peça que cada criança escolha um objeto e fale como ele pode ajudar no desenvolvimento. Esteja preparada para auxiliar as crianças a relembrarem o que foi ensinado. Como são muitos itens, é importante que seja só uma recor-dação rápida.

Atividade:Enfatize a importância de tomar os cuidados de saúde

necessários para um bom crescimento. Leve as crianças ao gráfico de altura feito na lição 1 e, seguindo a mesma orien-tação, meça cada uma delas na mesma coluna da medida anterior. Deixe cada criança apreciar o quanto cresceu, elo-giando cada gráfico.

Fechamento:Parabenize cada uma por seu crescimento e comunique-

-lhes que nas próximas lições de saúde elas aprenderão novas dicas de como escrever bem.

Observação:Durante este intervalo de tempo, aproximadamente 13

semanas desde a primeira medição na Lição 1, cada criança deve ter crescido de 1 a 3 centímetros.

Caso isto não tenha ocorrido com alguma delas, duas coisas podem estar ocorrendo:

1) a criança não está crescendo por um problema hormonal ou de desnutrição e, neste caso, deve ser encaminhada para acompanhamento médico

ou

2) pode ter sido simplesmente um erro na medição. Portanto, observe esta criança mais de perto por um ou dois meses e faça uma nova medição, atentando para a técnica correta descrita na lição 1.

Lição 14

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Crescer bem

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46 | Educação em Saúde

Tema geral: Imunização

Assunto específico: Calendário vacinal

Objetivo da lição: Falar sobre a importância da vacina e dar oportunidade aos pais ou responsáveis de conferir o calendário vacinal de

seus filhos, inclusive dos menores.

Consolidando o conhecimento

Olhe o cartão de vacina de cada criança e conte quan-tas vacinas cada uma já tomou. Talvez nem todas as crianças tenham trazido o cartão no mesmo dia; mesmo assim, anali-se os cartões presentes juntamente com as crianças. Mostre o nome delas no cartão, a data de nascimento, e onde es-tão registradas as vacinas que já receberam. Incentive cada criança a perguntar à mãe sobre o calendário vacinal dos irmãos menores.

O calendário vacinal pode apresentar diferenças de uma região para outra. Em muitos lugares, a criança deve receber um reforço vacinal por volta dos 4 a 6 anos de ida-de. Enfatize ao responsável a importância dos reforços das vacinas e encoraje-o a ir a um Posto de Saúde para checar se o cartão está em dia, inclusive levando os cartões de irmãos menores, se for o caso.

Fechamento:Relembre as crianças que não trouxeram o cartão de

vacina no dia da aula para que o tragam no dia seguinte a fim de que haja a oportunidade de conversar com o respon-sável sobre a situação vacinal delas.

Observação:Para esta lição, peça ao responsável pela criança que

traga o cartão de vacina para o PEPE. Lembre-se de que o cartão de vacina é um documento muito importante, portan-to, deve ser manuseado com cuidado e devolvido na mão do responsável, no final da aula.

Fazendo as crianças pensarem

A maioria das crianças tem algum conhecimento so-bre vacinas: a lembrança de quando elas foram vacinadas ou de terem visto algum irmão menor ser vacinado. Inicie a conversa deixando as crianças falarem sobre as experiências que elas têm com vacinação. Depois que elas falarem o que recordam, mostre, no braço direito1 de cada uma, a cicatriz da vacina BCG, explicando que esta vacina nos protege de uma doença muito perigosa chamada tuberculose.

(Algumas cicatrizes de BCG são difíceis de identificar, no entanto, é possível que alguma criança não tenha tomado a vacina. Em caso de dúvida, encaminhe a criança na qual você não encontrou a cicatriz da BCG ao Posto de Saúde, pois é de extrema importância que todos tomem esta vacina).

Explique que antigamente as vacinas ainda não haviam sido inventadas e muita gente morria de doenças como saram-po ou ficavam paralíticas por causa da paralisia infantil. Hoje em dia, por causa das vacinas, as pessoas têm mais saúde, mas é importante ir até o posto para ser vacinado.

Atividade:Leve até as crianças umas “gotinhas” feitas de papel e

uma seringa para injeção (sem agulha) feita de papel ou com-prada na farmácia (seringas têm um preço bastante acessível). Deixe as crianças manusearem a seringa para perderem o medo e matarem a curiosidade. Explique que vacinas podem ser administradas oralmente (gotinhas na boca) ou por uma picadinha (injeção). Explique às crianças que é melhor tomar vacina do que contrair doenças sérias.

1 Em alguns países a BCG é dado no braço esquerdo.

Lição 15

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Saúde

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48 | Educação em Saúde

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Diarreia

Objetivo da liçãoLevar as crianças a compreenderem algumas das causas da diarreia e os cuidados necessários para tratá-la.

2) Repita a mesma experiência, mas desta vez sem dar um nó na “boca” do balão/bexiga; apenas amarre com um barbante que pode ser retirado. Quando a bexiga começar a se esvaziar, desamarre a “boca” e coloque mais água de forma que o balão/bexiga nunca fique vazio.

Diga para as crianças que, se bebermos líquido to-das as vezes que tivermos um episódio de diarreia, o “saco” nunca ficará vazio, ou seja, nós nunca fica-remos totalmente “secos”, sem líquido, o que é muito melhor.

Observação:Se a pessoa com diarreia também apresentar vômitos,

ela não conseguirá fazer esta ingestão de líquidos, portanto, correrá perigo e deve receber atendimento hospitalar.

Consolidando o conhecimento

Ao ver esta explicação, Joãozinho entendeu tudo:— Ah educadora, se eu tivesse tomado água ou soro

toda a vez que eu tive diarreia, provavelmente eu não te-ria ficado tão mal.

— Isto mesmo, disse a enfermeira, e se você tivesse lavado a mão antes de comer, provavelmente não teria nem ficado com diarreia.

Joãozinho aprendeu a lição e ensinou para os amigos.

Observação:Diarreias ocorrem por vários motivos e muitos deles

podem ser evitados. Falta de higiene, água e alimentos con-taminados são causas comuns de diarreia.

Fazendo as crianças pensarem

Conte a seguinte história:

Joãozinho e o Balão

Joãozinho era um menino muito esperto, que gostava de brincar. Um dia ele ficou brincando na rua até tarde e, quando chegou em casa, estava com tanta fome que pegou um pedaço de pão e começou a comer, sem lavar as mãos. A fome era tanta que ele nem percebeu. E, de tão cansado que estava, deitou-se e dormiu, sem banho e sem beber água.

No dia seguinte, ele acordou mole; pensou que fosse do cansaço. Foi para o banheiro e percebeu que estava com diarreia... ficou mais mole ainda. Voltou a deitar-se... sentiu-se mole... foi para o banheiro... teve mais diarreia... ficou mais mole... teve mais diarreia... Quando a mãe de Joãozinho percebeu, ele já estava com os olhos fundos. Ela, mais do que depressa, levou-o ao hospital.

No hospital, Joãozinho tomou soro e sentiu-se bem me-lhor. Antes de ir para casa, a enfermeira conversou com Joãozinho sobre a importância de lavar bem as mãos antes de comer e depois contou a ele um segredo:

— Joãozinho – cochichou a enfermeira – saco vazio não para em pé!!!

Joãozinho não entendeu o segredo, então a enfermeira o levou para uma sala e fez com ele a seguinte experiên-cia... (faça com as crianças a atividade abaixo).

Atividade:Faça duas experiências:

1) Pegue um saco plástico ou uma bola de encher (be-xiga, balão) e encha-a com água, dando um nó na “boca”. Coloque-o na frente das crianças. Em segui-da, faça um furo no balão, com alfinete ou agulha, e deixe pingando até ficar quase vazio e não parar mais “em pé”.

Explique para as crianças que o vazamento da água é como a diarreia: quando a pessoa está com diarreia, o líquido do corpo dela fica saindo, até a pessoa ficar totalmente “seca” por dentro, podendo até morrer.

Lição 16

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Educação em Saúde | 49

Diarreia

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50 | Educação em Saúde

Tema geral: Medicamentos

Assunto específico: Manter medicamentos fora do alcance de crianças

Objetivo da lição: Conscientizar as crianças sobre o perigo que os medicamentos representam.

do Paulo, mais do que depressa, colocou os remédios É só com gente grande! dentro de um armário alto, longe

do calor e da luz. — Muito obrigada, Pepito Menino esperto! , por me

alertar para isto. Uma vizinha minha tinha uma criança pequena que, certa vez, sentiu muita dor porque tinha to-mado remédio É só com gente grande! escondido da mãe, só porque era bem docinho!

— Eu sei, disse Pepito Menino esperto! , remédio É só com gente grande! pode nos deixar doente se a gente

tomar errado. Só os adultos podem dá-los para a gente, e só se for necessário.

Atividade:De preferência, mas não necessariamente, as caixas

poderão ser cobertas anteriormente pelas educadoras/faci-litadoras, utilizando papel-madeira, ou algum outro material, para ficar mais estético.

Para esta lição, as crianças deverão preparar material para cobrir dois dos lados da caixa.

Dê a elas dois pedaços de papel, um por vez:

• no primeiro, elas deverão escrever a palavra CUI-DADO com letras grandes;

• no segundo, elas deverão desenhar um adulto ofe-recendo remédio para uma criança.

Estas folhas de papel devem ser coladas em dois dos lados da caixa. Na próxima aula de saúde, cobrirão os ou-tros dois lados da caixa. Observe o tamanho do papel em relação à caixa.

(Esta atividade continuará na Lição 18).

Consolidando o conhecimento

A consolidação do conhecimento ocorrerá com a repe-tição deste assunto na próxima lição.

Observação:As crianças confeccionarão uma caixa para guardar

os remédios da casa. Com uma semana de antecedência, peça para trazerem para o PEPE uma caixa de sapato ou de papelão pequena, que elas poderão conseguir no comércio local. É importante que a caixa seja limpa e não tenha cheiro forte, como cheiro de sabão em pó, por exemplo. Medica-mentos precisam sempre ser guardados fora do alcance das crianças, e em local fresco e protegido da luz. Quando es-tes cuidados não são tomados, as crianças, por curiosidade, podem ingerir medicamentos e sofrer sérias consequências. Medicamentos expostos à luz e ao calor podem perder seu valor e tornarem-se tóxicos.

Fazendo as crianças pensarem

Antes de começar a confecção da caixa conte a histó-ria a seguir.

Faça o seguinte acordo com as crianças:

Na história, toda vez que eu falar a palavra:

Vocês devem dizer:

Pepito Menino esperto!

Remédios ou remédio É só com gente grande!

Pepito e os Remédios

Pepito Menino esperto! foi visitar o Paulo assim que soube que o pai dele tinha feito uma cirurgia. Quando chegou à casa do Paulo, Pepito Menino esperto! ficou bastante preocupado porque viu que a mãe do seu ami-go estava tão ocupada que não tinha guardado todas as caixas dos remédios É só com gente grande! , deixando duas caixas de remédio É só com gente grande! em cima de uma mesinha. Pepito Menino esperto! já sabia que remédio É só com gente grande! é coisa séria e nunca pode ficar perto de criança, porque tem criança peque-nininha que não sabe que se a gente tomar o remédio É só com gente grande! de forma errada, a gente pode

ficar muito doente e até morrer. Como a mamãe do Paulo era muito gentil, Pepito

Menino esperto! perguntou para ela se não era melhor guardar os remédios É só com gente grande! num lugar mais escondido, porque, se aparecesse alguma crian-ça para visitar o pai do Paulo, não teria perigo. A mãe

Lição 17

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Remédios

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52 | Educação em Saúde

Tema geral: Medicamentos

Assunto específico: Prevenção de acidentes

Objetivo da lição: Reforçar para as crianças a importância de não se aproximarem de medicamentos e destacar para os pais a importância

de manter os medicamentos longe das crianças

Atividade:Para esta lição, as crianças deverão preparar material

para cobrir os dois lados restantes da caixa.

Dê a elas dois pedaços de papel, um por vez:

* no primeiro, elas deverão escrever a palavra REMÉDIOS com letras grandes;

* no segundo, elas deverão desenhar caixas e vidros de remédios.

Estas folhas devem ser coladas nos dois lados restan-tes da caixa.

Consolidando o conhecimento

Na próxima reunião que você fizer como os pais, entre-gue as caixas, enfatizando a importância de armazenar me-dicamentos em local seco e fresco e os cuidados necessários para prevenir acidentes com medicamentos em casa.

Fazendo as crianças pensarem

Como foi feito na lição anterior, combine com as crianças:

Na história, toda vez que eu falar a palavra:

Vocês devem dizer:

Pepito Menino esperto!

Remédios ou remédio É só com gente grande!

Um Encontro na Praça

No outro dia pela manhã, Paulo e Pepito Menino esperto! foram brincar na praça. Em frente à praça, havia uma far-mácia e um mercadinho que vendia frutas. Os dois co-meçaram a brincar de pega-pega (Cola-Cola) com ou-tras crianças. Pepito Menino esperto! correu muito para o Paulo não pegá-lo e, sem querer, trombou de frente com um adulto que ia passando. Meio sem graça, Pepito Menino esperto! olhou para cima para pedir desculpa e

viu que era a educadora do PEPE. — Oi! Desculpe-me, educadora, – disse Pepito

Menino esperto! , um pouco sem jeito.— Não... atchim! tem... atchim! problema... atchim!

Pepito Menino esperto! ... atchim! – disse a educadora, muito gripada.

— Você está muito gripada, não é, educadora? Você está indo comprar remédio? É só com gente grande!

— Não, eu vou comprar umas frutas: laranja, acerola... São a melhor coisa para a gripe.

— Eu gosto muito de laranja! – disse Pepito Menino esperto! , animado.

— Mas depois eu vou passar na farmácia e comprar um remédio É só com gente grande! para a pressão da minha mãe.

— Educadora, você também tem caixa para guardar remédios É só com gente grande! na sua casa?

— Tenho s im; eu sempre guardo remédio É só com gente grande! dentro da caixa, num lugar alto

e fresco.— Você é esperta, educadora! — Obrigada! Mais tarde, vamos terminar a caixa de

remédios! É só com gente grande! — Legal, até mais! — Até mais, atchim! – despediu-se a educadora.

Lição 18

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Cuidado

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Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Cuidado com os olhos

Objetivo da lição: Levar as crianças a perceberem a importância da visão e os cuidados necessários para manter os olhos saudáveis.

Observação:

Íris• É a parte colorida dos olhos.

Canal da lágrima• Fica no canto inferior dos olhos, próximo ao nariz. A

lágrima é importante para manter os olhos úmidos.

Branco do olho (esclera)• Protege as estruturas que ficam dentro do olho.

Consolidando o conhecimento

Quando o desenho estiver completo, converse com as crianças sobre os olhos, levantando os seguintes aspectos:

Por que os olhos são importantes?

Os olhos são de extrema importância para interagir-mos com o mundo.

Os olhos são bastante frágeis. O que Deus fez para ajudar a manter a saúde dos olhos?

Deus fez estruturas como as sobrancelhas, os cílios, as pálpebras e as lágrimas.

Os alimentos que a gente come ajudam na visão?

Como já vimos nas lições anteriores, como na história da Raposa e o Coelho, frutas e verduras fazem a gente en-xergar melhor.

O que podemos fazer para evitar que nossos olhos fiquem doentes?

Lavar sempre o rosto e evitar colocar as mãos nos olhos, principalmente se elas estiverem sujas.

Quais tipos de acidentes podem ocorrer com os nos-sos olhos?

Objetos com pontas ou quinas de armários podem machucá-los. Nunca devemos deixar nenhum líquido entrar nos nossos olhos, a menos que seja algum medicamento prescrito pelo médico.

Antes do início desta atividade todas as crianças devem lavar as mãos e o rosto, pois elas irão tocar o rosto uma das outras. Caso alguma criança esteja com os olhos vermelhos ou irritados, deverá fazer a atividade com a Missionária edu-cadora/facilitadora, que deve tomar o cuidado de não tocar o seu próprio rosto após ter tocado o rosto da criança.

Alternativamente, leve as crianças a se observarem num espelho.

Fazendo as crianças pensarem

Peça que cada criança observe o olho de um colega. Faça perguntas como:

O que temos nos olhos? Quais as cores que temos nos olhos? Por onde sai a lágrima?

Ensine as crianças a abaixarem delicadamente a pál-pebra inferior dos olhos do colega para perceberem a parte vermelha e o canal da lágrima.

Atividade:Em um papel grande ou na lousa, desenhe o formato

de um olho e peça para as crianças dizerem quais são as partes que formam o olho. Vá desenhando de acordo com o que elas falarem. Quando o desenho estiver pronto, aponte cada parte e pergunte para que serve. Conduza a conversa de acordo com a lista abaixo:

Sobrancelhas• Não são exatamente parte do olho, mas são impor-

tantes para proteção, pois os pelos evitam que sujei-ras caiam nos olhos.

Pálpebras inferiores e superiores• Funcionam como a tampa dos olhos. Permitem que

fechemos os olhos ao dormir, impedindo o resseca-mento, e também nos faz piscar quando os olhos começam a secar.

Cílios• Protegem os olhos de sujeiras, poeiras e dos raios

solares.

Pupila• É a bolinha preta no meio dos olhos. Ela se abre e se

fecha de acordo com a luminosidade.

Lição 19

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Olhos

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Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Cuidados com a audição

Objetivos da lição: • Ensinar para as crianças o valor da audição.• Conscientizar as crianças sobre os riscos de colocar objetos estranhos no ouvido.

Atividade:Brinque de telefone sem fio usando as seguintes frases:

Ouvir é muito bom!Não podemos colocar nada dentro do ouvido.Eu posso ouvir os pássaros!Ouvido é só para ouvir!Dentro do ouvido, só os sons!

E assim por diante...

Consolidando o conhecimento

Reforce com as crianças a importância de cada sen-tença, enfatizando o perigo e a dor que podem ocorrer se qualquer coisa cair dentro do ouvido.

Observação:Algumas vezes, ao dizer a uma criança que ela não deve

fazer alguma coisa aguçamos a sua curiosidade, fazendo-a querer testar o proibido para saber se é assim mesmo. Por-tanto, nesta lição, é de extrema importância que haja um bom diálogo com as crianças, para que elas possam realmente en-tender que colocar objetos no ouvido é bastante prejudicial.

Fechamento:Peça para as crianças contarem para os pais o que

aprenderam e a ajudarem a fiscalizar os irmãos menores.

Fazendo as crianças pensarem: Conte a seguinte história:

A princesa e a pedrinha

Há muitos e muitos anos atrás, em um castelo rodeado de flores, morava uma linda princesa. Ela possuía olhos alegres e um sorriso amigo. Todos no reino gostavam muito dela. Pelas manhãs, a princesa caminhava pelo jardim do castelo para curtir a beleza das flores e olhar os pássaros voando, coisas que a enchiam de felicidade. Mas o que a princesa mais apreciava era ouvir o canto dos pássaros. Nestas horas ela agradecia a Deus por poder escutar, pois uma coisa muito triste tinha acontecido quando esta-va com cinco anos. Ela se lembrava do acontecido, como se fosse aquele dia.

Ela tinha apenas cinco anos e estava brincando com o seu primo no quintal do castelo quando ele teve uma ideia:

— Vamos pegar pedrinhas? – disse ele, animado.A princesa e o seu primo, então, começaram a cole-

cionar pedrinhas pequeninas e redondas. Eles juntaram muitas pedrinhas de cores variadas.

— Já sei – disse o priminho – vamos fazer um colar com estas pedrinhas?

— Colar é difícil de fazer – disse a princesa, inocen-temente – mas eu vou colocar uma pedrinha branca na minha orelha para fingir que é um brinco.

Que ideia infeliz! A pedrinha rolou para dentro do ouvi-do da princesa e provocou uma dor muito forte. Choran-do de dor, a princesa correu para a sua mãe que a levou ao hospital. Com muito jeito, o médico tirou a pedra do ouvido da princesa, mas mesmo assim ficou doendo um pouco. Quando a dor passou, a princesa percebeu que não podia mais escutar com aquele ouvido por causa da pedrinha. Demorou muitos dias até que a surdez daquele ouvido passasse.

Lição 20

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Ouvir

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58 | Educação em Saúde

Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: A importância da respiração

Objetivo da lição: Explicar às crianças o conceito do funcionamento do sistema respiratório.

Este conhecimento irá ajudá-las a compreender melhor o funcionamento do seu corpo, aprimorando a sua consciência corporal, o que resultará em um melhor cuidado com o corpo e com a saúde.

Consolidando o conhecimento

Por que a respiração está mais rápida agora?

Isto ocorre porque o corpo precisa de mais oxigênio para fazer o movimento rápido. Então, é preciso respirar mais rápido a fim de receber mais oxigênio.

O que a gente pode fazer para garantir uma boa respiração?

A gente deve prevenir gripes, manter o nariz sempre limpo e evitar lugares muito poluídos.

Como a gente pode prevenir as gripes?

Comendo fruta, tomando suco, e nos vestindo de acor-do com a temperatura: roupa de frio no frio e roupa de calor no calor.

Observação:Esta lição terá continuação na próxima lição de saúde,

com o tema sistema circulatório.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, pergunte às crianças:

Como a gente respira? Peça que observem a respiração, inspirando e expirando lentamente umas três ou quatro vezes.

Importante: Não permita que as crianças res-pirem muito rapidamente e muitas vezes, pois isto pode levar a uma hiperventilação que causa mal-estar.

Permita que cada uma observe sua respiração.

Encoraje o raciocínio delas com as questões abaixo. Deixe-as darem suas respostas. É importante estimulá-las a pensar sobre o assunto, assim elas estarão mais prontas para receber as informações.

Para onde vai o ar quando entra no nosso corpo?

O ar entra no nosso corpo pela boca ou pelo nariz e, depois, vai para o pulmão, que fica dentro do nosso peito. É por isso que a gente “enche o peito de ar” quando respira.

Neste momento, exiba a figura ao lado, que mostra a localização do pulmão. Se achar conveniente e estiver certa de que isto não causará nenhum problema com os pais, mar-que onde fica o pulmão no tórax de uma criança voluntária. O pulmão preenche o tórax, não só na frente, mas também nas costas.

O que tem no ar que a gente respira que é importan-te para o corpo?

No ar que a gente respira, entre outras coisas, tem oxi-gênio. O oxigênio é usado pelo corpo para muitas coisas, por exemplo, como para se movimentar.

Podemos parar de respirar?

Podemos ficar sem respirar somente por alguns segun-dos. Se pararmos de respirar, ficaremos sem oxigênio, e sem oxigênio morreremos.

Atividade 1: Leve as crianças a fazerem um exercício físico intenso

por 3 a 5 minutos. Use músicas com movimento, como “Ca-beça, ombros, joelho e pé” ou “Pai Abrão”.

Logo em seguida, peça para as crianças observarem novamente a respiração. Elas devem perceber que está mais rápida do que antes do exercício físico.

Lição 21

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Respirar

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Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: A importância do coração

Objetivo da lição: Ensinar às crianças o conceito do funcionamento do sistema circulatório.

Este conhecimento vai ajudá-las a compreender melhor o funcionamento do corpo, aprimorando-lhes a consciência corporal, o que fará com que tenham um melhor cuidado com o corpo e com a saúde.

Por que a pulsação, ou seja, as batidas do nosso co-ração, fica mais rápida depois do exercício físico?

Isto ocorre porque os músculos precisam de mais oxigê-nio para se movimentar mais rapidamente. Então o coração tem que mandar mais sangue para os músculos, pois é no sangue que o oxigênio fica guardado.

Consolidando o conhecimento

Relembre o conteúdo da lição anterior, que salienta a importância da boa respiração para a boa saúde. Diga-lhes que para nos movimentarmos satisfatoriamente precisamos cuidar dos músculos e do coração. Para isto é importante, além de manter uma boa respiração, sempre comer alimentos saudáveis e fazer atividades físicas.

Termine a aula com um bom ciclo de movimentos ao som de música.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, relembre o conteúdo da lição de saúde anterior: respiração, oxigênio, localização dos pulmões. Em seguida, pergunte:

Onde fica o nosso coração?

O coração fica quase no centro, mas mais para o lado esquerdo do nosso peito.

Copie e recorte a figura do coração ao lado e cole no local certo, no peito de uma criança.

Para que serve o nosso coração?

O nosso coração é como uma bomba que leva sangue para os músculos, a fim de que possamos nos movimentar.

Atividade 1: Peça que cada criança coloque o dedo polegar e o

indicador na parte de cima do pescoço, abaixo do queixo, para que ela perceba a própria pulsação (algumas crianças podem achar mais fácil perceber a pulsação colocando o dedo “indicador” e o “pai de todos” no punho, na região mais próxima do polegar). Auxilie cada criança, certificando-se de que todos conseguiram perceber esta pulsação e permita que um observe a pulsação do outro.

Explique para as crianças que esta pulsação reflete as batidas do coração.

Em seguida, pergunte-lhes:

Onde ficam os nossos músculos e para que eles servem?

Os músculos nos fazem movimentar, portanto, temos músculos em todo lugar que precisa de movimento, por exem-plo: para fechar a mão precisamos dos músculos das mãos e, para andar, precisamos dos músculos da perna.

Atividade 2:Leve as crianças a fazerem um exercício físico intenso

por 3 a 5 minutos. Use músicas com movimento, como “Ca-beça, ombros, joelho e pé” ou “Pai Abrão”.

Logo em seguida, peça para as crianças observarem a pulsação novamente. Eles devem perceber que está bem mais rápida do que antes do exercício físico.

Lição 22

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Coração

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62 | Educação em Saúde

A amiga de Dente Doce, chamada Pérola, aparece:— Oi, Pérola! – diz Dente Doce, você tem dentes tão

branquinhos! Como é que você faz?Pérola: — Eu escovo os dentes todos os dias e não como um

monte de doces. Deixa-me ver os seus dentes, Dente Doce?

Dente Doce abre bem a boca e, como Pérola já previa, todos os dentes estão podres:

— Realmente, eles estão precisando de cuidados, Den-te Doce!

— Você quer dizer que os meus dentes ficaram assim porque eu como muito doce? Dente Doce pergunta.

— Sim, e também porque você toma muito refrigerante e não escova os dentes – afirma Pérola.

Chega mais um amigo, o Bombom:— É, mas tem gente que não tem dinheiro para com-

prar escova de dente e creme dental, como lá em casa por exemplo.

Bombom abre a boca para mostrar os seus dentes, também podres:

— Mas dinheiro para comprar doces e refrigerantes você tem, não é mesmo? Olha os meus dentes! – diz Pérola.

Pérola abre bem a boca e mostra os dentes brilhantes. — Lá em casa, quando estamos sem dinheiro para com-

prar pasta e escova de dente, limpamos os dentes com um pedacinho de pano áspero enrolado em um pauzinho. Em vez de pasta de dente, a gente molha a “escova” em água e sal. É ótimo!

Escove os dentes do fantoche.— Pode ser que você tenha razão. O meu avô tem os

dentes perfeitos e escova os dentes com água e sal. Ele também nunca come doce! – diz Bombom.

— O importante é não deixar de escovar os dentes e parar de comer tantos doces!

— Você tem razão, Pérola. Vale a pena escovar os dentes todos os dias e não comer tanto doce para ter os dentes bons como os seus!

E, olhando para as crianças, Pérola diz:— Oi crianças! Quem é que se lembra de escovar os

dentes após as refeições e depois de comer doces? Deixa as crianças responderem e, depois, Dente Doce diz:— E nós, que gostamos muito de doce, vamos parar de

comer tanto doce e começar a escovar os dentes todos os dias, combinado?

Consolidando o conhecimento

Ao finalizar o teatro, na roda de conversa, repasse os conceitos ensinados pelos fantoches, com a ajuda das crian-ças, deixando-as manusearem a escova.

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Cuidado com os dentes

Objetivo da lição: Conscientizar as crianças sobre o papel de cada uma no cuidado com os dentes.

Gravura retirada de: Werner, D. et al. Onde não há médico. Hesperian Foundation. Londres: 2009, p. 549. Reprodução permitida.

Lição 23

Material: Três fantoches: Dente Doce, Bombom, Pérola.

Caso não tenha fantoches disponíveis, fabrique-os com papel, sacos de papel ou meias. Os fantoches devem ter bo-cas que se movimentam e dentes.

Sugestões de confecção de fantoche:

Uma escova de dente caseira: feita com um pedaço de tecido áspero, como toalha, amarrado na ponta de um pauzinho, conforme o desenho.

Fazendo as crianças pensarem:

Teatro de Fantoche

O teatro começa com Dente Doce sozinho, comendo doce:

— Nhoc, Nhoc! Hummm eu gosto tanto de doce que eu seria capaz de ficar o dia todo comendo!...

Dente Doce mastiga uns doces: — Puxa, isto está me dando sede! Acho que vou tomar

um refrigerante.Coloca-se uma garrafa de refrigerante na boca do

fantoche: — Glu, glu, glu!

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Dentes

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AtividadeNeste momento, coloque os cartões à frente das crian-

ças e pergunte a cada uma quais das gravuras representam coisas que ajudam e coisas que evitam a verminose.

Mostre os cartões para as crianças, um a um, dizendo a categoria de cada um.

Ajudam a evitar e combater a verminose...

Favorecem a con-tração de vermes...

Só beber água filtrada Defecar no chão

Lavar sempre a mão antes de comer e depois de ir ao banheiro

Andar sem calçado ou sem chinelo

Usar chinelo Roer as unhas

Usar sapato

Tomar remédio para verme segundo orientação do médico

Lavar bem frutas e verduras antes de comer

Cortar as unhas e mantê-las limpas

Consolidando o conhecimento

Voltando à história, peça para as crianças mostrarem os cartões para o Pepito e o Daniel, colocando na parede as atitudes corretas e colocando um X com caneta vermelha sobre os cartões que indicam atitudes erradas.

Fechamento:Leia o poema Saúde (página 64) para as crianças,

perguntando o que elas entenderam. Faça uma segunda leitura, pedindo que elas inventem gestos de acordo com o que o poema fala.

Este poema pode ser ensinado às crianças para apre-sentarem em alguma ocasião especial.

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Verminoses

Objetivo da lição: Levar as crianças a conhecerem as desvantagens de contraírem verminoses e as maneiras de evitá-las.

Lição 24

Material: Gravuras das próximas páginas, xerocadas e coladas

em papel mais grosso, formando um jogo.

Alternativamente, encontre em jornais e revistas outras gravuras similares a estas para formar o jogo.

Fazendo as crianças pensarem:

Pergunte às crianças:

Quem aqui já teve verme? O que sentiu? Como tra-tou? O que a gente pode fazer para evitar ter vermes?

Se o educador/facilitador já tiver sofrido com verminose, é bom começar assim:

“Gente, eu já sofri com vermes, é horrível; quem mais aqui já teve verme?”

Conte esta pequena história:Pepito estava preocupado com o Daniel. Daniel tinha

chegado à escola com muita dor de barriga:— Deve ser fome – disse Pepito – você tomou o café

da manhã?— Não, estou sem fome – respondeu Daniel.— Você? Sem fome? Não acredito!Daniel era sempre o mais comilão da sala, mas nas

últimas semanas estava desanimado, sem coragem para nada, nem para comer.

— Educadora, como a gente pode ajudar o Daniel? – perguntou Pepito.

— O que você está sentindo, Daniel? — Não sei direito, educadora, mas já faz dias que eu

não tenho muita coragem para nada e minha barriga dói. Para falar a verdade, em casa está todo mundo assim.

— Pode ser que você esteja com verme. Quando um da família está com verme, é fácil para os outros contraírem a mesma coisa. Vamos dar uma olhada nestes cartões para ver se eles nos ajudam a resolver este problema.

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Dor na barriga

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SaúdeAutora: Ana Muriel de Azevedo Greenwood

Lavo sempre as minhas mãos,

Corto sempre as minhas unhas,

E nunca ando de pés no chão

Pra que, quando eu comer,

Um bom apetite eu possa ter.

Eu bebo água filtrada

Todo dia, toda hora

E minha fruta é sempre lavada

Pra que, quando eu correr,

Muita energia eu possa ter.

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Tema geral: Prevenção de acidentes

Assunto específico: Perigos dentro de casa.

Objetivo da lição: Levar as crianças a perceberem que dentro de casa há muitos perigos que devem ser evitados.

Observação:Lembre-se de que diariamente crianças morrem ou são

hospitalizadas em decorrência de acidentes domésticos; por-tanto, a ação preventiva é de suma importância.

Material: Revistas e jornais com muitas gravuras.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, pergunte às crianças quem já se machucou dentro de casa, ou quem já teve algum irmãozinho que já se machucou. Deixe-as contarem algumas das histórias, pontuando qual foi o perigo que causou o acidente.

Atividade:Entregue jornais e revistas para as crianças e peça-lhes

para recortarem objetos que possam causar acidentes. Mas lembre-se de que algumas das crianças do PEPE podem ter a curiosidade de experimentar alguns dos objetos que foram mencionados como perigosos. Portanto, deixe a seleção de perigos no nível das crianças, isto é, deixe que elas escolham, e enfatize o mal que cada um dos acidentes pode causar.

Os acidentes mais frequentes em crianças são:

• Queimaduras: fogo, panela quente, cabo da pa-nela para o lado de fora do fogão, café e outros líquidos quentes.

• Quedas: da cama, de lugares altos, da escada, na calçada.

• Tropeço: em tapetes, objetos no chão, degraus, chão desnivelado ou molhado.

• Intoxicação: com veneno para ratos, baratas ou formigas, com material de limpeza, com medica-mentos.

• Objetos cortantes: facas, facões, tesouras, vidros que podem quebrar na mão da criança, mesas de vidro.

• Afogamentos: crianças sozinhas, sem supervisão, próximas a poços, piscinas, rios ou lagos.

Consolidando o conhecimento

Quando todas as crianças tiverem falado sobre um objeto ou situação que representa perigo de acidentes (cada criança deve apontar pelo menos um objeto, para que todos participem), peça que cada um escolha um objeto/situação que recortou da revista e todos juntos devem pensar em como prevenir acidentes com aquele objeto/situação.

Exemplo: Objeto: Faca.

Como prevenir acidentes: as facas devem ser colo-cadas longe do alcance das crianças e nenhuma criança do PEPE ou irmãozinho menor deve pegá-las, mas deve sempre pedir ao pai, à mãe ou ao responsável para cortar o que for necessário, a menos que seja uma faca apropriada para criança, isto é, sem corte e com ponta redonda.

Depois de discutir cada gravura, cole uma a uma em um cartaz. Quando todas as gravuras estiverem coladas, co-loque o cartaz na parede.

Lição 25

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Educação em Saúde | 73

Cuidado

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74 | Educação em Saúde

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas

Assunto específico: Malária - 1. (Esta lição deve ser dada somente se o PEPE estiver em região endêmica.)

Objetivo da lição: Encorajar a criança a tomar medidas preventivas contra a malária.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, desperte o interesse das crianças sobre o assunto: Quem aqui já teve malária? Quem conhece alguém que já teve malária? O que a pessoa sentiu?

Deixe as crianças falarem por alguns minutos, depois explique que a malária é uma doença perigosa e muito co-mum em alguns lugares.

Neste momento, mostre para as crianças um desenho em tamanho grande ou um modelo do mosquito da malária, baseado na gravura abaixo. Chame a atenção para o fato de o mosquito transmissor da malária ter a cabeça para baixo. Mosquitos que tem a cabeça em outra posição não transmi-tem a malária.

Diga que o nome do mosquito é Anopheles (este é o nome científico do vetor da malária, mas poderá ser usado como nome próprio; as crianças acharão interessante).

Explique sobre a contaminação: o Anopheles é um mosquito muito esperto, que tem bastante fome. Para comer, o Anopheles precisa picar as pessoas e sugar o sangue de-las. Esta é a única maneira que ele tem para se alimentar. O que o Anopheles não sabe é que através de sua picada as pessoas podem ficar contaminadas com a malária. Por isto, estas crianças espertas precisam fazer de tudo para evitar que o mosquito as pique.

Atividade:Com o Anopheles na mão, pergunte às crianças: De

que maneiras podemos evitar que o mosquito nos pique?

Observação à educadora: existem várias formas de se evitar a picada do mosquito. Procure saber qual a maneira mais comum na comunidade e comece a lista por aí. Mencio-ne somente duas ou três destas maneiras e faça as atividades sugeridas na página ao lado. Esta lição pode ser repetida em outro momento, no qual podem ser enfatizados outros modos de se prevenir da picada do mosquito.

Consolidando o conhecimento

Isto acontecerá ao se repetir este assunto nas lições posteriores.

Fechamento Faça uma oração em favor das pessoas que estão so-

frendo com a malária, pedindo que Deus nos ajude no com-bate à doença.

Lição 26

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Educação em Saúde | 75

Atividade: Maneiras de se evitar picadas de mosquito.

O que fazer: Atividade:

Cobrir a maior parte do corpo, onde os mosquitos mais picam, com roupas grossas, principalmente ao

anoitecer, mas também durante toda a noite.

Vestir um boneco com blusa de manga comprida, meias e sapatos.

Usar mosquiteiro para dormir (em alguns lugares os mosquiteiros são tratados com inseticida que matam

os mosquitos).

Trazer um mosquiteiro e mostrar às crianças como colocá-lo adequadamente para evitar que o mosquito pique (é

importante que o mosquiteiro esteja longe do corpo).

Matar os mosquitos em casa.Cantar uma musiquinha, batendo palmas e fazendo

mímicas de matar mosquitos.

Molhar roupas com repelente e pendurá-las no teto da casa durante a noite.

Fazer este exercício com as crianças utilizando água em vez de repelente.

Cobrir-se durante toda a noite, pois o mosquito pica à noite.

Cobrir bem uma boneca.

Limpar valas, riachos e igarapés.

Levar as crianças para visitar valas ou riacho, se houver ao redor do PEPE, e mostrar onde os mosquitos podem se

esconder atrás de plantas ou lixos.

Conseguir um adulto para fazer a limpeza, se possível.

Evitar entrar na mata e tomar banho em igarapés e riachos, principalmente no começo da manhã e ao

anoitecer.

Solicitar que cada criança desenhe pessoas tomando banho em riacho durante o dia, com sol.

Proteger as casas com telas e fechar as janelas e portas ao entardecer.

Mostrar uma janela com tela, ou fazer uma pequena janela com papel grosso e cobri-la com tela.

Evitar construir casas perto de riachos e igarapés.Mostrar desenhos de casas construídas longe de

riachos.

Deixar o Agente de Saúde borrifar as paredes da casa com veneno.

Perguntar se já receberam alguém que tenha vindo borrifar veneno em suas casas. Ressaltar o fato de que esta

pessoa deve ser bem recebida e ajudada, pois o veneno que ela coloca mata o mosquito da malária.

Malária I

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76 | Educação em Saúde

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas.

Assunto específico: Malária - 2 (Esta lição deve ser dada somente se o PEPE estiver em região endêmica.)

Objetivo da lição: Encorajar a criança a tomar medidas preventivas contra a malária.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, relembre os conceitos aprendidos na lição anterior e, apresentando o material utilizado, recorde as maneiras de se evitar a doença impedindo que o mosquito Anopheles pique.

Logo em seguida, explique: além de impedir o mosquito de picar, se impedirmos o nascimento dos mosquitos, melhor ainda, pois não haverá mosquitos para nos picarem.

Como podemos impedir o mosquito de nascer?

Para nascerem os mosquitinhos precisam de água, como as que ficam paradas em potes, plantas ou poças d’água. Então, se não deixarmos água parada descoberta, os mos-quitinhos não terão onde nascer.

Atividade:Copie a folha de atividades desta lição ou desenhe

uma folha semelhante, onde as crianças devem desenvolver as seguintes atividades:

• Desenhar tampa para o balde e a garrafa de água.• Cobrir a água dos potes de planta com terra (pintar

de lápis marrom).• Cobrir as poças d’água com terra (pintar de lápis

marrom).

Consolidando o conhecimento

Isto acontecerá ao se repetir este assunto na próxima lição sobre malária.

Fechamento: Peça para as crianças mostrarem os seus desenhos e

verbalizarem cada atividade.

Lição 27

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Educação em Saúde | 77

Malária II

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78 | Educação em Saúde

Tema geral: Doenças que podem ser evitadas.

Assunto específico: Malária – 3 (Esta lição deve ser dada somente se o PEPE estiver em região endêmica.)

Objetivo da lição: Conscientizar as crianças sobre a importância do tratamento adequado contra malária.

Fazendo as crianças pensarem

Na roda de conversa, mostre os desenhos feitos na lição anterior e relembre rapidamente alguns dos conceitos apren-didos. Em seguida pergunte:

Mas, se a pessoa, mesmo tomando todo o cuidado, ainda for picada e ficar com malária, o que fazer?

Observação:Para este momento, prepare um copo de água e uma

caixa de remédio. Remédios para malária podem ser admi-nistrados como injeção, comprimido, líquido ou supositório. A escolha do tratamento é uma decisão do médico ou ser-viço de saúde e dependerá do local, da idade, do tipo e da gravidade da doença.

O sistema de prevenção e tratamento da malária difere de uma localidade para outra. Procure informar-se como isto acontece em sua região e adéque o conteúdo desta lição à sua realidade.

Converse com as crianças: 1. Para curar a malária, a primeira coisa é perceber que se

está com a doença. Às vezes, crianças pequenas nem per-cebem. Quando nós não estamos nos sentindo bem ou achamos que o nosso irmãozinho ou amiguinho não está bem, é preciso que falemos com as pessoas que cuidam de nós para que elas possam nos levar para o serviço de saúde, onde seremos cuidados e tratados. Isto é muito importante.

2. (Neste momento mostre o copo d’água). Quando a pessoa tem a doença, ela sente febre. Febre faz a pessoa perder muita água do corpo; é como se fosse uma panela com água fervendo, de onde a água vai evaporando aos pou-cos. Por isto, é muito importante que a pessoa que está com malária tome bastante água. Aliás, tomar líquido é essencial para a saúde sempre, mas, principalmente, quando a pessoa está com esta doença.

3. Para sarar, é importante tomar o remédio direitinho, como foi recomendado pelo serviço de saúde: tomar remédio na hora certa, engolir tudo e não parar o tratamento até o final.

Atividade:Conte esta história às crianças:

Pedro e o remédio

Pepito ficou triste porque Pedro, seu amiguinho, não pode ir ao passeio do PEPE pois estava com malária.

— Logo teremos outro passeio, Pepito, e aí o Pedro vai também! – consolou a educadora/facilitadora.

Em casa, Pedro estava fazendo o tratamento direitinho, e logo se sentiu melhor. Uma amiga da mãe de Pedro veio visitá-lo e viu que Pedro estava melhor, então disse:

— Não precisa mais dar o remédio para o Pedro. Ele já está quase bom! Deixe o menino brincar.

A mãe de Pedro não entendeu direito o conselho da ami-ga. A família de Pedro tinha mudado para aquela vila havia pouco tempo, e não sabia muito sobre a malária. Na manhã seguinte, a família foi para a casa da avó de Pedro passar uns dias e a mãe de Pedro resolveu não levar o remédio.

Que pena! Ela não devia ter ouvido o conselho da ami-ga, que também não entendia direito de malária. A mãe de Pedro deveria ter seguido a recomendação do serviço de saúde e ter dado o remédio ao menino até o fim, mes-mo que ele já estivesse se sentindo bem. No dia de voltar para casa, Pedro acordou chorando:

— Mãe, estou me sentido mal, acho que preciso ir para o hospital!

Mais do que depressa foram ao hospital e descobriram que a malária não tinha sarado. Pedro começou tomar os remédios novamente e, desta vez, só parou quando o tra-tamento terminou.

Perto do Natal, a educadora do PEPE organizou um pas-seio muito legal e Pedro foi o primeiro da lista.

Consolidando o conhecimento

Esta lição deve ser dada somente se o PEPE estiver em região endêmica. Neste caso, é importante trazer este assunto com frequência para consolidar estas informações.

Fechamento: Cante uma música fazendo mímica de matar mosquitos,

como a utilizada em lição anterior.

Lição 28

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Malária III

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Tema geral: Higiene.

Assunto específico: Pediculose do couro cabeludo - Piolho.

Objetivos da lição: 1. Ensinar às crianças os principais conceitos sobre o que é e como prevenir a pediculose do couro cabeludo; 2. Fazer prevenção e tratamento desta infestação com as crianças em sala de aula.

Pediculose do couro cabeludo é uma doença provocada pela infestação de piolhos que atinge principalmente crianças em fase escolar. O piolho é um parasita que se alimenta do sangue humano, vive por volta de 30 dias e, durante este período, as fêmeas colocam até 300 ovos. A pessoa que está infestada com piolhos sente muita coceira na cabeça. O ato de coçar pode provocar feridas, além de irritação que pode prejudicar o sono e o rendimento escolar.

Fazendo as crianças pensaremRapidamente, relembre a história da Lição 8, A GUERRA

DOS MONSTRINHOS, enfatizando a parte que fala sobre os piolhos e a coceira que eles provocam. Em seguida, conver-se sobre o conhecimento e experiências que as crianças têm sobre o piolho, enfatizando:

• Qualquer pessoa pode pegar piolho, mesmo a pes-soa que se cuida e lava o cabelo.

• Para pegar piolho, basta ter contato próximo ou usar pente, touca ou enfeite de cabelo de alguém que es-teja com piolho.

• Se a cabeça da criança começar a coçar é importante que ela peça para a mãe ou à educadora do PEPE ve-rificar se ela está com piolho e nunca tentar esconder.

• Quanto mais tempo demorar a começar a tratar do piolho, mais “piolhinhos” nascem e mais coceira provocam, portanto, é importante cuidar logo.

• Quando piolhos ficam na nossa cabeça e a gente não trata, é comum que feridinhas comecem a apa-recer, por isto é importante cuidar logo. Além disso, a coceira incomoda muito, atrapalhando os estudos, a brincadeira e até o sono.

• Ter piolho não é nenhuma vergonha, e ninguém deve rir de quem está com piolho.

Atividade:Neste dia, a atividade na sala de aula é fazer a preven-

ção e, se necessário, o tratamento de piolhos na sala de aula. Portanto, olhe a cabeça das crianças para detectar se elas estão com piolho e retire-os, se for o caso. Para isto:

• Comunique antecipadamente aos responsáveis o que estará sendo feito e convide alguns familiares ou pessoas da igreja para ajudarem.

• Todas as pessoas que estiverem inspecionando o ca-belo das crianças devem estar de cabelo preso.

• Prepare um filme para que parte das crianças possa assistir enquanto os adultos estão inspecionando a outra parte das crianças.

Como fazer a inspeção:• A inspeção pode ser feita olhando cuidadosamente

os fios perto do couro cabeludo e retirando, manual-mente, com a unha, cada piolho ou lêndea.

• A utilização do pente fino também é recomendada, principalmente os de metal, que são mais eficientes, duradouros e removem lêndeas.

• Condicionador de cabelo, aplicado antes de passar o pente fino, facilita a retirada de piolhos e lêndeas.

• Um pano branco deve ser posicionado embaixo da cabeça, onde existe a possibilidade do piolho cair,

para melhor visualização, evitando assim, que os piolhos se espalhem.

• Para retirar o piolho ou lêndea do pente fino, utilize um alfinete de cabeça e deposite os piolhos retirados em um recipiente com água e vinagre por pelo menos 30 minutos, para que morram. Cuidado com o ma-nuseio do alfinete para que acidentes não aconteçam.

• Sempre que terminar a inspeção do couro cabeludo de uma criança, e antes de começar a inspecionar outra, lave as mãos, o pente fino e certifique-se que nenhum piolho ou lêndea ficou no pano branco.

Consolidando o conhecimentoEm momento oportuno, converse com as crianças sobre

estas outras formas de evitar a pediculose do couro cabeludo.

Os piolhos precisam respirar para viver. Portanto, uma maneira de tratar é molhar os cabelos completamente, de pre-ferência com óleo ou condicionador, cobrir com uma touca e deixar por 2 horas ou dormir com a touca. No dia seguinte é só lavar os cabelos, pentear com o pente fino e inspecionar.

Os ovos (ninfas) colocados pelo piolho se abrem a cada 7 dias, por isto é preciso manter um olhar atento “nas cabeças”, mesmo quando parece que a infestação de pio-lhos já acabou.

Em alguns casos, a infestação é constante, devido à si-tuação familiar. Se isto ocorrer, procure orientação médica, pois existem medicações orais que podem ser utilizadas para matar o piolho e prevenir novas infestações.

Importante: Nunca usar querosene, “neocid” ou qualquer outro in-

seticida, pois são tóxicos ao ser humano.

Nunca afaste do PEPE os que estão com piolhos. A criança com piolho precisa de cuidado e o convívio do PEPE. Afastá-la só vai piorar a situação e não garante que as crianças do PEPE não venham contraí-lo em outros lugares. O certo é cuidar da criança, aproximar-se da família, envolver outras pessoas para ajudar a checar as cabeças rotineiramente, encorajando todas as crianças que têm cabelo comprido a manterem o cabelo preso.

Fechamento: Converse com as crianças sobre a importância de ficar aten-

to, checando sempre a cabeça para ver se há piolhos.

Observação:Planeje uma rotina de checar as cabeças, mas não deixe

de envolver a família neste processo, trazendo o assunto para as reuniões com os pais e responsáveis.

Lição 29

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Educação em Saúde | 81

Piolho

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82 | Educação em Saúde

Tema geral: Crescimento e desenvolvimento infantil

Assunto específico: Fatores que auxiliam o crescimento e desenvolvimento saudável da criança – III

Objetivo da lição: Revisar com as crianças o conteúdo das lições anteriores, fazendo-as compreender a importância de fatores diversos para

o crescimento e desenvolvimento saudável.

Observação Para esta lição, leve os seguintes itens utilizados nas

lições anteriores:

• Cartão de vacina• Bola de encher• Caixa de guardar remédios• Uma boneca para conversar sobre olhos, ouvi-

dos, coração e pulmão• Os fantoches e a escova de dente utilizados na

Lição 23• Os cartões de combate à verminose da Lição 24• O cartaz sobre prevenção de acidentes da Lição 25

Nas áreas endêmicas para malária, leve um dos mate-riais utilizados nas Lições 26 a 29.

Fazendo as crianças pensarem

Coloque todos estes objetos no centro da roda de con-versa e peça que cada criança escolha um objeto. Fale como ele pode ajudar no desenvolvimento de cada uma delas. Esteja preparada para auxiliá-las a relembrarem o que foi ensinado, portanto, faça uma revisão das Lições 15 a 29. Como são muitos itens, é importante que seja só uma recordação rápida.

Enfatize a importância de tomar os cuidados com a saú-de, necessários para um bom crescimento e desenvolvimento.

Atividade:Leve as crianças ao gráfico de altura feito na Lição

1 e utilizado na Lição 14. Seguindo a mesma orientação, meça cada uma delas na mesma coluna da medida anterior. Deixe cada criança apreciar o quanto cresceu, elogiando cada gráfico.

FechamentoParabenize cada criança por seu crescimento durante o

ano. Enfatize que o importante não é só crescer, mas crescer saudável. Por isto, cada um precisa cuidar da sua saúde e ajudar o próximo no cuidado com a saúde dele.

ObservaçãoDurante este intervalo de tempo, aproximadamente 15

semanas desde a segunda medição na Lição 14, as crianças devem ter crescido de 1 a 3 centímetros.

Caso isto não tenha ocorrido com alguma criança, duas coisas podem estar ocorrendo:

1) a criança não está crescendo por um problema hormonal ou de desnutrição e, neste caso, deve ser encaminhada para acompanhamento médico ou

2) pode ter sido simplesmente um erro na medição.

Compare esta medição com as medições das Lições 1 e 14. Se houver alguma criança que parece não estar se desenvolvendo, encoraje os responsáveis a levarem-na para acompanhamento no posto de saúde. Esta Lição 30 fecha um ciclo, e é possível que a criança não tenha mais contato com o PEPE no ano seguinte, portanto a intervenção da educadora do PEPE neste momento é muito importante.

Lição 30

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Saúde é alegria

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84 | Educação em Saúde

Brincando de CrescerAutor: Guilherme de Oliveira

O meu futuro, de vários jeitos pode ser,

Mas o que importa é o que eu quero ser:

Engenheiro, pedreiro, médico ou professor,

Sempre tentarei um futuro promissor.

Mas, enquanto isto, o que faço é brincar.

Não importa o que aconteça, alegre eu devo estar.

Brincar de amarelinha, pega pega ou gente grande

E o mais divertido é brincar de esconde esconde.

Devo sempre ter cuidado

E saber por onde ir.

Não importa o que aconteça

Com Deus devo seguir.

Sempre alegre e divertido

É assim que deve ser,

Brincando de crescer

E nunca de Deus me esquecer.

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Bibliografia

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