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1 ISSN 2317-661X Vol. 12 – Num. 01 – Abril 2017 www.revistascire.com.br EDUCAÇÃO ESPECIAL: REFLEXÕES SOBRE AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DE UMA TURMADA ESCOLA MARIA AMÉLIA DE PAULA BARBOSA-PE Emanuelly Maria BarbosaLEAL 1 ; Jéssica Souza daROCHA 1 ; Maria Adrielly Pereira da SILVA 1 ; Nair Barbosa da SILVA 1 ;Massillania GomesMEDEIROS 2 1. Alunos do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UVA/UNAVIDA[email protected] 2. Professor Orientador do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UVA/UNAVIDA. [email protected] RESUMO: Este trabalho teve por objetivo refletir sobre as dificuldades que professores encontram ao trabalhar com alunos com necessidades especiais em suas salas de aula. Neste sentido, nos dirigimos a uma turma do Infantil I da escola Maria Amélia de Paula Barbosa, localizada no município de Surubim-PE, objetivando aplicar, durante três dias, uma sequência didática previamente elaborada, cujos objetivos eram, a partir do conteúdo de leitura, despertar nos alunos a vontade pela busca do conhecimento, bem como a reflexão a partir das diferenças, principalmente no que se refere ao autismo. A experiência nos mostrou que ainda precisamos desenvolver muitas estratégias que facilitem a inclusão de fato, e não apenas para cumprimento a lei, mas percebemos que o trabalho que se dá por meio da leitura lúdica pode se mostrar bastante eficaz para envolver a turma e despertar o prazer pela leitura e suas capacidades interpretativas. Para tanto, tivemos por base Araújo (1996), Ferreira (2002) e Rizzato (2001). Palavras-Chave: Leitura lúdica; Inclusão; Autismo. ABSTRACT: This study aimed to reflect on the difficulties that teachers are working with students with special needs in their classrooms. In this sense, we turn to a class of Child I school Maria Amélia Paula Barbosa, located in Surubim-PE district, aiming to apply for three days, a previously prepared didactic sequence, whose objectives were, from reading content , awaken in students the desire for the pursuit of knowledge and the reflection from the differences, particularly with regard to autism. Experience has shown us that we still need to develop many strategies that facilitate the inclusion of fact, not only to comply with the law, but we realized that the work is done through the playful reading can prove very effective to engage the class and awaken joy of reading and its interpretative capabilities. To this end, we based Araujo (1996), Ferreira (2002) and Rizzato (2001). Keywords: ludic reading; Inclusion; Autism. 1. INTRODUÇÃO Este trabalho teve por objetivo refletir sobre as dificuldades que professores encontram ao trabalhar com alunos com necessidades especiais em suas salas de aula. Neste sentido, nos dirigimos a uma turma do Infantil I da Escola Maria Amélia de Paula Barbosa, localizada no município de Surubim-PE, objetivando aplicar, durante três dias, uma sequência didática previamente elaborada, cujos objetivos eram, a partir do conteúdo de leitura,

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EDUCAÇÃO ESPECIAL: REFLEXÕES SOBRE AS NECESSIDADES

EDUCACIONAIS DE UMA TURMADA ESCOLA MARIA AMÉLIA DE

PAULA BARBOSA-PE

Emanuelly Maria BarbosaLEAL1; Jéssica Souza daROCHA1; Maria Adrielly Pereira da

SILVA1; Nair Barbosa da SILVA1;Massillania GomesMEDEIROS2

1. Alunos do Curso de Licenciatura em Pedagogia da

UVA/[email protected]

2. Professor Orientador do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UVA/UNAVIDA.

[email protected]

RESUMO: Este trabalho teve por objetivo refletir sobre as dificuldades que professores encontram ao trabalhar

com alunos com necessidades especiais em suas salas de aula. Neste sentido, nos dirigimos a uma turma do

Infantil I da escola Maria Amélia de Paula Barbosa, localizada no município de Surubim-PE, objetivando

aplicar, durante três dias, uma sequência didática previamente elaborada, cujos objetivos eram, a partir do

conteúdo de leitura, despertar nos alunos a vontade pela busca do conhecimento, bem como a reflexão a partir

das diferenças, principalmente no que se refere ao autismo. A experiência nos mostrou que ainda precisamos

desenvolver muitas estratégias que facilitem a inclusão de fato, e não apenas para cumprimento a lei, mas

percebemos que o trabalho que se dá por meio da leitura lúdica pode se mostrar bastante eficaz para envolver a

turma e despertar o prazer pela leitura e suas capacidades interpretativas. Para tanto, tivemos por base Araújo

(1996), Ferreira (2002) e Rizzato (2001).

Palavras-Chave: Leitura lúdica; Inclusão; Autismo.

ABSTRACT: This study aimed to reflect on the difficulties that teachers are working with students with special

needs in their classrooms. In this sense, we turn to a class of Child I school Maria Amélia Paula Barbosa, located

in Surubim-PE district, aiming to apply for three days, a previously prepared didactic sequence, whose

objectives were, from reading content , awaken in students the desire for the pursuit of knowledge and the

reflection from the differences, particularly with regard to autism. Experience has shown us that we still need to

develop many strategies that facilitate the inclusion of fact, not only to comply with the law, but we realized that

the work is done through the playful reading can prove very effective to engage the class and awaken joy of

reading and its interpretative capabilities. To this end, we based Araujo (1996), Ferreira (2002) and Rizzato

(2001).

Keywords: ludic reading; Inclusion; Autism.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho teve por objetivo refletir sobre as dificuldades que professores

encontram ao trabalhar com alunos com necessidades especiais em suas salas de aula. Neste

sentido, nos dirigimos a uma turma do Infantil I da Escola Maria Amélia de Paula Barbosa,

localizada no município de Surubim-PE, objetivando aplicar, durante três dias, uma sequência

didática previamente elaborada, cujos objetivos eram, a partir do conteúdo de leitura,

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despertar nos alunos a vontade pela busca do conhecimento, bem como a reflexão a partir das

diferenças.

Diante deste contexto, um aluno em especial chamou-nos a atenção, pois ele é

portador de autismo (transtorno global do desenvolvimento caracterizado pela não interação

social e comunicativa) e, com um foco especial nele, desenvolvemos atividades que

promovessem a sua inclusão de fato, tendo por base o conteúdo de leitura lúdica, enfatizando

o conto Os músicos de Bremen.

Nesta perspectiva, destacamos a literatura infantil no contexto da inclusão de

alunos/as especiais no ensino regular, com a finalidade de sugerir novas práticas e fazer com

que os alunos sejam provocados a algo novo e diferente.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A educação especial é a parte da educação que se ocupa de disponibilizar

atendimento adequado para pessoas com deficiência, seja em escolas regulares e/ou em

ambientes especializados, como exemplo escolas para deficientes auditivos, deficientes

visuais e deficientes mentais. No Brasil, a educação inclusiva é uma realidade que se faz

presente. Desde a Declaração de Salamanca (1994), as escolas de ensino regular têm a

obrigação de se adequar para atender alunos com necessidades educacionais especiais.

Sabemos que a inclusão de um indivíduo na sociedade depende do patrimônio

cultural que ele recebe isto faz da educação um pilar fundamental para o desenvolvimento

deste, pois é objetivo da educação adaptar e ajudar no desenvolvimento das potencialidades,

contribuindo na construção da personalidade e caráter de cada ser humano.

A educação inclusiva é uma temática que vem ganhando significativo espaço nos

debates em torno da construção de uma educação de qualidade. No entanto, discutir a

educação inclusiva implica também refletir sobre as políticas públicas educacionais, sobre os

modelos construídos para abordarem o fenômeno educativo e sobre as dificuldades e

obstáculos que a instituição escolar deve transpor para que, de fato, venha a ser uma escola

para todos. Nesta perspectiva, discutiremos a importância da educação inclusiva para a

formação de alunos com necessidades especiais, em destaque os autistas, (as crianças autistas

apresentam transtorno global do desenvolvimento, caracterizado pela não interação social e

comunicativa).

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O autismo é considerado um dos desvios comportamental mais estudado e debatido,

entretanto, tem ainda suas causas desconhecidas, levando pesquisadores a se posicionarem em

dois grandes segmentos de teorias que se opõem: a psicogenética e a biológica. Em nosso

trabalho não abordaremos nenhum destes segmentos, visto que nosso objetivo principal é

discutir acerca de como alunos/as autistas estão sendo incluídos no ensino regular.

Ao analisarmos historicamente o contexto da educação inclusiva, tomamos

conhecimento de que as crianças autistas necessitam de abordagens educativas específicas,

visto que, não há como separar o desenvolvimento cognitivo, do afetivo e, de sua essência

biológica. O/a aluno/a autista deve ser analisado em sua particularidade. Nesta perspectiva,

podemos entender melhor como se dá o caminho conceitual da proposta da integração e da

inclusão de crianças autistas no âmbito institucional.

No que diz respeito à institucionalização, percebemos que a escola tanto em seu

aspecto físico quanto social, continua do mesmo jeito. Não houve nenhuma mudança para

adequá-la a nova realidade. Ou seja, pela LDB/96 a escola não pode se recusar a receber o

aluno com necessidades especiais, mas antes ela precisa se adequar. Entretanto, o aluno é

inserido no contexto escolar, mas não recebe o tratamento necessário para realmente fazer

parte deste sistema de inclusão. Na realidade, a integração que deveria promove a interação

nos grupos sociais, de maneira ativa com direitos e deveres estabelecidos, não passa de uma

teoria. Pois, o processo de integração que visa ao ajustamento do aluno à escola não depende

exclusivamente do professor que irá trabalhar com este aluno.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em vigor “haverá,

quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às

peculiaridades da clientela de Educação Especial”, e, quando isso não for possível, “o

atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados”.

Entretanto, não é bem isso o que vemos. Na prática, os alunos estão sendo inseridos nas

escolas regulares, mas suas necessidades educacionais não estão sendo supridas porque a

escolar não disponibiliza de recursos que os atendam e/ou porque os profissionais da

educação ainda não estão sendo preparados para atender estas necessidades. Integrar/inserir

não significa incluir.

Complementando este discurso, Mantoan (2006, p.) diz que:

Os termos integração e inclusão, muitas vezes, são utilizados para expressar

situações consideradas semelhantes, mas adverte que os seus processos de

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construção teórico-metodológicos são distintos e fundamentam-se em momentos

históricos diferentes.

O processo de inclusão vivenciado pela educação brasileira está longe de ser uma

realidade satisfatória. Pois como já foi mencionado, integrar não significa incluir. E é

justamente a integração o que vem ocorrendo nas escolas brasileiras. Complementando esse

discurso, Sassaki (2006, p.33), explica que “a integração é representada pelo esforço

unilateral por parte da criança ou da família e considera as diferenças como uma dificuldade

para a aceitação”. O processo de integração visa ao ajustamento do aluno à escola e, o de

inclusão visa à adequação da escola para atender o alunado com necessidades especiais.

Diante dessa realidade, podemos dizer que o movimento de inclusão apresenta sérios

problemas. Muitos deles ocasionados pela má organização do sistema nacional de educação,

pela falta de comprometimento por parte dos órgãos públicos e também pela má formação dos

profissionais que trabalham com alunos que apresentam algum tipo de necessidade, isso sem

falar das não adequações das escolas.

Diante das mudanças nas legislações, as práticas de ensino têm originado algumas

confusões conceituais. Segundo Oliveira (2009) é necessário repensar o cotidiano,

possibilitando transformações no âmbito educacional e mudanças no ambiente escolar. Já

Mendes (2003, p.33) diz que “a inclusão não é algo para ser feito para uma pessoa, mas sim

um princípio que fornece critérios através dos quais os serviços devem ser planejados e

avaliados”.

Assim sendo, devemos levar em conta que o objetivo do movimento de inclusão é

uma proposta de ensino que atenda todos os alunos com necessidades especiais, respeitando

seu estilo de aprendizagem, ritmo, nível de desenvolvimento intelectual e característica do

funcionamento cognitivo.

No Brasil, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva (2008) inclui uma variedade de deficiências. Entretanto, esta realidade brasileira

nem sempre se fez presente no decorrer do processo histórico.

Complementando este discurso, Araújo (2000, p. 2) argumenta que:

[...] na antiguidade Clássica as crianças deficientes eram abandonadas e mesmo

eliminadas por não serem consideradas aptas para a arte de guerrear, durante a Idade

Média, com a difusão da doutrina cristã, instituições asilares foram criadas para

recolher indiscriminadamente loucos, prostitutas, mendigos e excepcionais, uma vez

tratarem-se “filhos de Deus”, incapacitados para uma vida social e econômica

aceitável.

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Nesta perspectiva, podemos dizer que ensinar crianças e jovens com necessidades

educacionais especiais (NEE) ainda é um grande desafio. Pois, nos últimos dez anos, período

em que a inclusão se tornou realidade, o que se viu foi a escola atendendo a essa nova

clientela sem ter uma preparação adequada, ou seja, não estava e nem está capacitada para

receber tais alunos.

Se analisarmos o cotidiano escolar de alguns municípios, encontraremos muitos

professores que acolhem alunos com deficiências ou transtorno global de desenvolvimento

(TGD) em suas salas de aula, mas não trabalham adequadamente atendendo tais necessidades

por falta de apoio governamental, de recursos e de formação especializada.

No que diz respeito a este fato, vejamos o depoimento abaixo de uma professora que

no ensino regular atende crianças com necessidades especiais:

Trabalhar com alunos especiais requer muita atenção e formação profissional. Mas,

infelizmente nós professores não somos preparados para atender essa clientela.

Existem leis que nos obrigam a receber tais alunos em nossas salas de aulas,

entretanto, os governos não nos fornecem nenhum recurso apropriado para isso.

Muitas vezes, pedimos apenas uma auxiliar e não somos atendidos (Luzinete

Barbosa da Silva, 2016).

Geralmente, as salas de aula regulares, estão abarrotadas de alunos/as e, mesmo

incluindo alunos/as com necessidades especiais, não há a preocupação dos responsáveis em

diminuir essa quantidade ou fornecer um profissional que auxilie o professor titular. Não há

nenhuma lei que ampare os educadores diante desta questão, diminuir o número de alunos nas

salas que tem NEE não é cogitado pelas autoridades. Assim, cabe aos professores brincar de

faz de conta, faz de conta que realmente está ocorrendo uma educação inclusiva de qualidade.

Diante desta perspectiva, percebemos que a educação especial é uma educação

organizada para atender especifica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades

especiais. Apesar de possuir os mesmos objetivos da educação vivenciada no ensino regular, a

educação especial enfatiza o atendimento, ou seja, cada aluno irá receber atendimento de

acordo com suas necessidades. No caso de alunos autistas, existe uma metodologia apropriada

que o educador deverá dominar para trabalhar de maneira satisfatória com estes alunos.

No que diz respeito à legislação que assegura a inclusão no ensino regular,

destacamos o art. 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394 de 20 de

dezembro de 1996 que diz que “entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a

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modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

um educando portador de necessidades especiais”.

Sabendo disso, percebemos que educar uma criança com necessidades especiais

autista exige encantos, magias, compromisso e preparo. Pois, ensinar não pode ter padrão

específico, ideias específicas. Se quisermos mudanças temos que trabalhar com algo novo,

estabelecer ideias dinâmicas, capazes de manter o/a aluno/a com atenção voltada para o

universo da sala de aula, apesar de suas necessidades fazer com que ele/a interaja com

seus/suas colegas. Ou seja, temos que inovar diariamente para que haja interação e

comunicação dos/as alunos/as autistas com seus pares.

Uma dessas inovações que podem ser utilizadas em sala de aula, e a literatura

infantil. Esse método é bastante utilizado pelos professores do ensino regular, pois desperta a

curiosidade do aluno ao mostra histórias que possam refletir de forma imaginária. Como por

exemplo, animais falantes, objetos que se mexem e assim por diante. Neste sentido, é que

observamos que o poder público não está cumprindo com seus deveres, pois se os alunos não

estão tendo este direito de usufruírem de profissionais capacitados, logo, percebemos que seus

direitos não estão sendo respeitados. De acordo com FREIRE, em relação aos direitos do

cidadão:

[...] se faz necessário, neste exercício, relembrar que cidadão significa

indivíduo no gozo os direitos civis e políticos de um Estado e que cidadania

tem que ver com a condição de cidadão, quer dizer, com o uso dos direitos e

o direito de ter deveres de cidadão. (Freire, 2001:45).

No que diz respeito à prática educacional destinada ao atendimento as crianças com

necessidades especiais autistas, percebemos que nas últimas décadas vem sofrendo

modificações em seus aspectos históricos, culturais e sociais. Inovar todos os dias não é tarefa

fácil, mas se houver desejo, assessoria e disponibilidade, podemos testar muitas habilidades

em salas de aulas. Tais habilidades, com toda certeza irão ajudar no desenvolvimento

intelectual destes alunos. Pois, o progresso apesar de lento está acontecendo. E, hoje, a

educação especial, lançar olhar para o futuro, e assim, busca refazer a prática pedagógica,

observando as modificações estruturais do mundo com a finalidade de aliar cada vez mais

teoria com a prática para desta forma obter resultados positivos.

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A escola tem um papel fundamental neste processo de aprendizagem, pois é a partir

dela que os/as alunos/as autistas terão acesso ao mundo do conhecimento, a escola juntamente

com os órgãos governamentais tem o objetivo de fornecer materiais didáticos adaptados,

oferecer cursos aos educadores com a finalidade de conhecer novas práticas de ensino e

adaptação no currículo escolar.

De acordo com Coll (2004, p.43) “Quando uma escola estabelece entre seus

objetivos prioritários a inclusão de todos os alunos fica mais simples transferir a estratégia

posteriormente à prática educativa nas salas de aula”. Desta forma a escola deve estar

empenhada com a mudança, com a modificação da cultura e da organização da escola, para

desta forma poder oferecer uma educação de boa qualidade, principalmente, para aquelas

crianças com necessidades especiais autistas.

A educação especial é uma modalidade do sistema educacional que deve ser

oferecido para todos que dela necessitam. Entretanto, ainda há alunos/as com necessidades

especiais vivendo no interior das salas, abandonados, só contando em ser mais um número,

quando na verdade, deveriam estar incluídos nas salas de aula e recebendo uma educação com

qualidade, capaz de responder a todas as suas necessidades. E hoje, apesar das pessoas com

necessidades especiais terem seus direitos garantidos por várias leis e estarem cientes disso,

ainda existem aquelas que continuam excluídas do processo de ensino/aprendizagem.

3. DESCRIÇÃO DA ESCOLA

O nosso campo de estudo foi a Escola Municipal Maria Amélia de Paula Barbosa,

que é uma instituição de ensino inserida na perspectiva inclusiva. Já a turma onde o trabalho

foi realizado apresenta uma situação precária, principalmente quanto ao fato de que há muitos

alunos com necessidades especiais, e somente uma professora para atendê-los, sem auxiliar.

A escola, que tem como proposta educacional acolher e dar condições para que seu

alunado possa exercer suas atividades de maneira satisfatória no processo de

ensino/aprendizagem, está localizada na zona urbana da cidade de Surubim – PE. A clientela

da escola são alunos/as da educação Infantil e do Ensino Fundamental I.

Grande parte da comunidade escolar é constituída por pessoas de baixa renda, o

bairro em que a escola se localiza é de fácil acesso, a escola apresentar cômodos amplos e

arejados para melhor comodidade das crianças, principalmente as salas de aula que

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comportam adequadamente os alunos. Mesmo assim, ela ainda não está totalmente adequada

à realidade inclusiva.

4. RELATO DA EXPERIÊNCIA

No primeiro dia em que fomos para a sala de aula, iniciamos com uma breve

apresentação da nossa equipe, destacando o que iríamos trabalhar durante os três dias de

estágio. Em seguida, abordamos a história “Os músicos de Bremen” a mesma foi trabalhada

durante nossos encontros. Depois mostramos a “Caixa Surpresa”, pois iniciamos a história a

partir desta dinâmica. Ao vê-la, todos ficaram radiantes, ansiosos, formamos um círculo e, na

medida em que a caixa ia circulando entre eles, cada um ia retirando de dentro uma gravura e

ficavam se perguntando qual seria a função de cada elemento daqueles dentro da história,

neste momento o aluno em observação demonstrou um grande interesse pela dinâmica ,

Quando todos estavam entrosados com as gravuras, começamos a questioná-los: se gostavam

de histórias, se gostavam de instrumentos e se gostavam de animais, e a partir das respostas

fomos contando a história com a ajuda dos próprios alunos.

Em nossos encontros, sempre estávamos retomando a discussão acerca da história

“Os músicos de Bremen” e percebemos que todos ainda continuavam impressionados. Eles

gostaram tanto da história que nos lançaram várias perguntas, dentre elas uma nos

impressionou muito, animais falam? Naquele momento, paramos um pouco e, em seguida,

apresentamos trechos que mostravam animais falando, assim fizemos com que eles

compreendessem que nessa história todos os animais falavam!

Percebemos que, quando possibilitamos aos alunos que exponham a sua opinião, eles

conseguem expandir a sua imaginação e verdadeiramente participar daquilo que é proposto

como conteúdo. A aluna que nos fez a pergunta não era das mais tímidas da turma, mas a sua

pergunta demonstrou a sua capacidade imaginativa evidenciada, possibilitando aos demais a

ideia de que também poderiam reagir da mesma forma.

Continuamos trabalhando a mesma história com pinturas, entregamos uma atividade

onde nela estavam todos os personagens da história e pedimos para que eles a colorissem da

melhor maneira possível, neste momento nos chamou atenção à atitude do aluno já citado,

pois o mesmo apenas rabiscou a atividade e logo após amassou fazendo a mesma rotina,

rabiscando e amassando. Depois deste momento montamos um cantinho da leitura com vários

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livros que levamos para proporcioná-los novas experiências no mundo da fantasia. Eles

ficaram felizes com a presença de tantas histórias, ficaram tão curiosos que queriam conhecer

todas ao mesmo tempo. Como não teríamos tempo de contar todas elas, escolhemos outra

versão da história “Os músicos de Bremen” e sugerimos que os mesmo procurassem tais

livros para ler nos momentos livres, nos momentos de descontração.

Observamos um grande encantamento por eles, principalmente pelo aluno em

observação, pois tudo isso não fazia parte do seu roteiro escolar, contamos a segunda versão e

finalizamos nossos encontros com o agradecimento à professora e aos alunos por terem se

empenhado tanto, em nosso trabalho. Realizamos um momento de descontração onde

fazíamos perguntas relacionadas ao texto trabalhado onde cada resposta correta os alunos

ganhariam uma bala como prêmio.

Percebemos que eles ficaram muito felizes, pois, observamos que nosso objetivo foi

realmente alcançado, pois nestas aulas conseguimos a participação do aluno autista, a história

foi realmente compreendida não apenas pelas crianças ditas “normais”, mas também por

aquelas que apesar de suas dificuldades de interação compreenderam a história e participaram

da aula.

O nosso destaque foi o aluno já mencionado, ele se sentiu muito a vontade e quis

sempre participar de todas as brincadeiras, todas as atividades, de todos os momentos em que

nós proporcionamos a toda à turma.

5. AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Esse ciclo de nosso estudo foi de grande importância a nós universitários,

principalmente no que diz respeito a nossa formação acadêmica, pois, conseguimos alcançar

parte dos nossos objetivos, contribuindo assim para o processo de ensino/aprendizagem do

alunado da escola Maria Amélia de Paula Barbosa. Tais experiências contribuíram bastante

para nossa vida profissional, já que através delas passamos a refletir sobre a importância do

papel do professor na sala de aula. Também descobrimos como trabalhar com crianças

especiais no contexto da escola regular. Mesmo com tantas dificuldades, vimos que é possível

desenvolver atividades que despertem nas crianças com necessidades especiais, o gosto e o

prazer pela aprendizagem. Dentre outras possibilidades, percebemos que isso é possível

trabalhando sempre de maneira lúdica.

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Sentimos prazer ao término de nossa experiência, porque além de cumprir com nosso

dever, percebemos que os alunos aprovaram a nossa participação, porque nos receberam de

forma positiva, carinhosa e realizaram todas as atividades propostas com entusiasmo. A

professora titular também nos apoiou bastante, ficou todo o tempo observando, e, sempre que

necessário nos dava total apoio. Diante deste contexto, podemos dizer que estamos realizadas

ao termino desta fase de nossos estudos porque alcançamos todas as metas que foram

colocadas em questão.

Entretanto, nota-se o quanto foi necessário que déssemos o nosso melhor para que

nada saísse errado. Houve alguns contratempos, mas nada que pudesse impedir a realização

de nossas atividades. O importante é que no final ficou o sentimento e a satisfação do dever

cumprido. Nós conseguimos interagir como pudemos e sempre buscando uma maneira muita

divertida para chamar a atenção dos alunos, em especial a criança com necessidade especial,

que sempre vinha atrás de algo diferente que não tinham no seu meio. Enfim, o trabalho foi

difícil, mais valeu à pena.

Por meio desse período vivenciado em sala de aula, percebemos as dificuldades com

que muitos profissionais da educação se deparam ao receber uma criança com necessidades

especiais, e como eles têm que se adaptar aquela realidade, onde muitas vezes não há

materiais adequados para trabalhar com elas. Além da não capacitação para a dura realidade

da inclusão no ensino regular, o maior desafio dos professores, é tentar motivar as crianças

com necessidades especiais sem nenhum material de apoio.

Procuramos utilizar uma metodologia em que o aluno pudesse apropriar-se de

conhecimentos de forma diferente e através de uma aula expositiva com histórias infantis,

destacando a história “Os Músicos de Bremen” que despertasse nos alunos o gosto pela leitura

tornando a aula mais dinâmica e também prazerosa. Os resultados foram muito satisfatórios e

significativos porque eles amaram a história que foi lida para os mesmos com muito

entusiasmo e alegria, pois mostramos que é possível aprender com o universo da leitura,

deixando um gostinho de quero mais e sentiram-se motivados.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nossa produção, refletimos acerca da inclusão das crianças com necessidades

especiais, em destaque as autistas, no ensino regular, enfatizando a carência dos profissionais

que trabalham diariamente com tais crianças. Para tanto, analisamos o contexto da escola

Maria Amélia de Paula Barbosa, instituição de ensino regular que trabalha com alunos/as

autistas.

Uma das questões mais complexas que se apresenta em nosso estudo é a falta de

coerência entre as leis de inclusão e a dura realidade das escolas brasileiras e de seus

profissionais. Por isso, nos deparamos com muita inserção e pouca inclusão, ou seja, muitos

alunos/as são inseridos anualmente no espaço escolar, mas os responsáveis nem

disponibilizam de recursos que atendam suas necessidades, nem seus professores são

preparados para essa realidade.

Para compreendermos melhor nosso objeto, fizemos um apanhado historiográfico,

destacando alguns exemplos de inclusão no cenário educacional brasileiro, tentando discutir

se realmente a forma como os/as alunos/as especiais, em destaque os autistas, estão sendo

inseridos no ensino regular, contribui para uma aprendizagem satisfatória.

Assim, objetivando contribui de alguma forma com os profissionais que trabalham

com alunos/as especiais, o presente estudo que tem propósitos que se aproximam dos estudos

de autores como Amaral (1995), Araújo (2000), MANTOAN (2002) dentre outros, busca

destaca a inclusão de crianças especiais no ensino regular, discutindo a inserção de alunos/as

autistas na Escola Maria Amélia de Paula Barbosa.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, L. A. Conhecendo a deficiência em companhia de Hércules. São Paulo: Hobe

Editorial, 1995.

_____________. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de deficiências físicas, preconceitos e

superação. In: Diferenças e preconceitos na escola, alternativas teóricas e Práticas. São

Paulo: Summus Editorial, 1998.

ARAÚJO, Alessandra de. Relações entre o processo de integração/ inclusão na educação

Especial e o processo de desinstitucionalização na saúde mental: uma pesquisa-

intervenção por meio do acompanhamento terapêutico com pacientes psiquiátricos com longa

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