Educação Especial

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Educação Especial Equipe de Educação Especial Supervisora Elenira PCOP Ana Silvia 31/08/2011

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Educação Especial

Equipe de Educação Especial

Supervisora Elenira

PCOP Ana Silvia

31/08/2011

- Inclusão é um tema bastante amplo, pois ela não se restringe as pessoas com necessidades especiais.- A inclusão se faz hoje uma realidade presente na maioria das escolas e, preparados ou não, os professores estão recebendo os alunos especiais.- A inclusão só é inclusão porque faz uma série de adaptações, de grande e pequeno porte, para melhor receber o aluno e promover a aprendizagem.

Consideramos um aluno de fato incluído quando ele está experimentando situações de aprendizagem, além da socialização.

Para promover a inclusão, é necessário, ainda, trabalhar junto à escola, à família e ao próprio sujeito. A família funciona como co-autora da inclusão, pois poderá ser um elemento reforçador das aprendizagens realizadas na escola, além de prestar informações importantíssimas para os profissionais que cuidam e atendem seu filho.

A formação dos profissionais da educação é tarefa, sem dúvida, essencial para a melhoria do processo de ensino e para o enfrentamento das diferentes situações que implicam a tarefa de educar.

Aprendizagem: o que é e como se processa na visão psicopedagógica

Para Alícia Fernandez, todo sujeito tem a sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.

Para a autora, esse processo inicia-se desde o nascimento e constitui-se em molde ou esquema, sendo fruto do nosso inconsciente simbólico. O desejo de aprender reside no inconsciente (Bossa, 2000) e, é claro, é fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida.

Para Sara Pain, a aprendizagem é resultado da articulação de fatores internos e externos do próprio sujeito, do organismo (substrato biológico), do desejo de aprender, das estruturas cognitivas e do comportamento em geral. Estes aspectos convergem para o mesmo objetivo que é o ato de aprender.

Alunos que não aprendem são um desafio. Não conseguir acompanhar o seu grupo destrói a auto-estima e deixa o aluno à margem de um processo que deveria ser plenamente integrador.As causas do não-aprender podem ser diversas.

Para Lúcia Weiss, deve-se considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. O aspecto orgânico diz respeito à construção biológica do sujeito; portanto, a dificuldade de aprender de causa orgânica estaria relacionada ao corpo.

O aspecto cognitivo está relacionado ao funcionamento das estruturas cognitivas (estruturas do pensamento do sujeito).O aspecto afetivo diz respeito à afetividade do sujeito e de sua relação com o aprender, com o desejo, pois o indivíduo pode não conseguir estabelecer um vínculo positivo com a aprendizagem.

O aspecto social refere-se à relação do sujeito com a família, com a sociedade, seu contexto social e cultural.Um aluno pode não aprender por sofrer privação cultural em relação ao contexto escolar. O aspecto pedagógico relacionado à forma como a escola organiza o seu trabalho, o método, a avaliação, os conteúdos, a forma de ministrar aulas.

Para a autora a aprendizagem é a constante interação com o meio. Podemos dizer também que é a constante interação de todos os aspectos apresentados.A dificuldade de aprendizagem é o não-funcionamento ou funcionamento insatisfatório de um dos aspectos apresentados.

Para Jorge Visca, a aprendizagem representa uma construção intrapsíquica, considerando os componentes genéticos e as diferenças nascidas da evolução da espécie, resultantes das pré-condições biológicas, das condições energético-estruturais (condições afetivas) e das circunstâncias do meio.

Para Fonseca (1995), a aprendizagem é o comportamento mais importante dos animais superiores e significa uma resposta modificada, estável, durável, interiorizada e consolidada no cérebro do indivíduo.Aprendizagem - Memória

Na escola tradicional:

- Memorização sinônimo de aprendizagem.- O uso do conhecimento era pouco importante.- Não considerava se o aluno tinha adquirido uma noção espacial real e visão crítica: por ex da utilização do meio ambiente.

Educação: para a abordagem sociocultural, a recomendada pela educação da contemporaneidade, o indivíduo se constitui sujeito à medida que toma consciência de sua história e se apropria da realidade, sendo um agente transformador da sua realidade, da sociedade e dele mesmo.

Consideramos importante uma leitura social das dificuldades para que não se cristalize a idéia de que o problema do não-aprender está localizado somente no aluno, professor ou no método.

É importante que o professor, ao analisar a dificuldade de seus alunos, faça de maneira consciente, pois, no senso comum, encontramos profissionais da área de educação classificando crianças como disléxicas, DI, TDAH entre outros,

quando na verdade, há um forte hiato social e econômico entre o mundo do professor e o universo

do aluno.

Para Refletir:No cotidiano escolar, em que momentos você consegue perceber a integração dos aspectos cognitivos, afetivos e sociais de seus alunos?