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    Educao Ambiental: Educao Ambiental no Ensino Mdio deBiologia

    sis Samara RuchelPasquali1

    Jader Tomazetti daCunha2

    Jacsson Massing 2 Alexandre de MeloAbicht2

    [email protected] [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    1 Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), PPGEP Santa Maria, RS, Brasil

    2 Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Curso de Administrao, Campus Santa Maria Santa Maria, RS,Brasil

    RESUMO

    Partindo-se da certeza de que aulas exclusivamente tericas so insuficientes para um bomaprendizado do contedo de Biologia do ensino mdio e, de que, entre muitas tcnicas que

    complementam tais aulas, a atividade prtica, se bem trabalhada, uma das melhores formas

    de se complementar a teoria, mas que, tais atividades no podem ser adotadas por muitas

    escolas devido ao custo elevado dos materiais e a falta de laboratrios, o presente estudo se

    props a buscar materiais alternativos de baixo custo, como os descartveis, que pudessemsubstituir os materiais caros de laboratrio (Beckers, pipetas, etc.), proporcionar com a

    valorao dos resduos, atravs da reutilizao de materiais, o desenvolvimento de uma

    educao ambiental na escola e, assim, explorar a importncia de uma aula atualizada edinmica frente ao aprendizado do aluno. Tambm se props a mostrar que a maioria das

    atividades pode ser desenvolvida na prpria sala de aula, provando que possvel adotar

    aulas prticas e dinmicas em qualquer escola, com qualquer estrutura econmica.

    Palavras-chave: 1. Educao. 2. Ambiental. 3. Biologia. 4. Escola.

    1. INTRODUO

    Todo conhecimento humano formado por habilidades mentais que se desenvolvemcom a aprendizagem, sendo uma delas o pensamento retentivo, caracterizado pelamemorizao, o qual, no ambiente escolar, depende diretamente do professor e da formacomo aborda sua aula, pois depende da ao conjunta do que se aprende atravs da prtica,das informaes tericas e das emoes vividas ao longo da vida, para se desenvolver.Portanto, para que haja a formao do conhecimento dos educandos em fase escolar, a escoladeve oferecer aulas dinmicas e atualizadas, que permitam a ao simultnea desses trs

    fatores: teoria, prtica e pr-concepes.Dentre as mais variadas metodologias dinmicas de ensino, as atividades prticas, setrabalhadas paralelamente a teoria, sob os trs momentos pedaggicos (questionamento inicial conhecimento das pr-concepes, desenvolvimento da atividade e teoria e avaliao daatividade), so eficazes em relao dinmica e a formao e reteno do conhecimento, mas,apesar de se conhecer sua eficincia, poucos professores as adotam por, muitas vezes,necessitar de local especfico (laboratrio) e/ou de equipamento caro, o que para muitasescolas invivel.

    Sobre esses vrios aspectos, este trabalho busca estimular a aplicao de aulas terico-prticas atravs da substituio dos materiais de alto custo, exigidos por muitas prticas, por

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    materiais alternativos, como os descartveis, o que no necessita de local especfico para aaplicao das atividades (podendo desenvolve-las na sala de aula), possibilitando assim, aadoo de uma metodologia dinmica e atual por qualquer escolas, de qualquer nveleconmico.

    O projeto visa a disciplina de biologia do ensino mdio, por ser a fase escolar que

    menos apresenta atividades prticas, fase a qual possui muitos conflitos intelectuais e,portanto, a qual mais necessita de uma metodologia que comprove suas suposies, dvidastericas.

    2.METODOLOGIAO presente trabalho baseia-se em encontrar e modificar atividades prticas do ensino

    mdio, para que se adeqem s aulas dinmicas, desenvolvidas simultaneamente a teoria eque busquem partir das informaes que os alunos j possuem sobre o tema a ser abordado,utilizando materiais reciclados e/ou de baixo custo.

    2.1 MATERIAIS UTILIZADOS

    Os materiais utilizados na produo deste trabalho foram materiais bibliogrficos paraestudo e pesquisa, no levantamento de dados e desenvolvimento de aulas, e materiaisalternativos de baixo custo basicamente resduos slidos descartveis/reciclveis paratestagem das atividades aps substituio dos materiais originais, e para a construo dos kitscontendo todo material a ser utilizado por cada atividades.

    Os resduos anteriormente citados so: copos, potes, talheres e pratinhos plsticosdescartveis, canudos, barbante, vidros de conservas, de caf, de maionese, etc.

    2.2 PROCEDIMENTO SEGUIDO

    A metodologia utilizada constou de 6 etapas:A primeira etapa foi realizada atravs da reviso de um trabalho iniciado pela antiga

    equipe de biologia do Setor de Ensino de Biologia, do Ncleo de Educao em Cincias(NEC), do Centro de Educao, da UFSM (da qual a autora deste trabalho fazia parte). Essareviso proporcionou o primeiro levantamento de dados que foi uma lista de atividadesprticas j testadas como material alternativo.

    A partir dessa reviso foi realizada a segunda etapa, que consistiu em uma novaseleo de atividades que fossem aprovadas pelos seguintes critrios de avaliao:

    Aulas terico-prticas que pudessem ser desenvolvidas: em sala de aula; no tempo regulamentar de 1 (um) a 2 (dois) perodos de 45 min cada ou que

    possa ficar exposto em sala de aula para observaes contnuas;Esse novo levantamento de atividades, teve o objetivo de atualizar os dados j

    adquiridos.

    A terceira etapa foi realizada atravs da testagem das novas atividades com asubstituio dos materiais, selecionando aquelas que no apresentaram alterao do resultadoproposto.

    As atividades aprovadas em todas as etapas anteriores foram reescritas na forma de umplano de aula terico-prtica, seguindo os trs momentos pedaggicos e o pensamentoconstrutivista, dando sugestes de questes, geradora e de avaliao para ser aplicado emescolas.

    Ainda, como uma quinta etapa, foram construdos Kits sobre algumas atividades, paraservirem de auxlio e incentivo adoo de prticas para interessados da biologia ou outra

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    ecologia, preservao, higiene, etc., levando a formao de uma conscincia ecologicamentecorreta em seus alunos, formando novas condutas e atitudes necessrias e urgentes a todoplaneta.

    O presente trabalho objetiva o estmulo adoo de aulas mais dinmicas como asterico-prticas pelas escolas de ensino mdio atravs da substituio de materiais de custo

    elevado, cobrado pela maioria das atividades prticas, por materiais alternativos e baratos,incentivando principalmente a reutilizao de materiais descartveis.Objetiva, ainda, reescrever as atividades selecionadas de forma que fiquem de acordo

    com os seguintes tens:1.Ensino mdio: atividades relacionadas ao primeiro, segundo e terceiro ano do ensino

    mdio normal.2.Aulas terico-prticas: as aulas prticas devero ser desenvolvidas juntamente com

    a terica, de forma que uma complemente a outra;3.Sala de aula: aulas terico-prticas podem ser desenvolvidas em sala de aula, sem a

    necessidade de um local especfico (como laboratrio);4.Tempo de realizao: no mnimo um e no mximo dois perodos de 45 minutos cada

    salvo atividades que possam ficar expostas em sala de aula, para observao a longo prazo;

    5. Materiais alternativos de baixo custo: os materiais de laboratrio, como Becker,pipeta, proveta, caros e portanto de difcil acesso pelas escolas, so substitudos por materiaisalternativos como canudinhos de refrigerante, potes, garrafas e talheres de plstico, entreoutros de baixo custo, sem alterao do resultado;

    6.Metodologia de ensino: as aulas devem ser desenvolvidas, preferencialmente,seguindo os trs momentos pedaggicos, para estimular a participao do aluno; e seguindo opensamento construtivista, partindo da viso que o aluno j possui sobre o assunto;

    7.Papel do professor: O professor, ainda, dever exercer um papel deorientador/motivador deixando que o aluno, ou o grupo de trabalho, faa suas sugestes eatinja a compreenso, sem seguir uma receita de bolo.

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    4.1 SUBSTITUIO DE MATERIAIS

    Ao testar as atividades com material alternativo, obteve-se um resultado excelente,pois se pde confirmar que possvel substituir a maioria, pois no h como substituir omicroscpio e reagentes, como alguns utilizados para o exame de tipagem sangnea (comaglutinognios anti-A e anti-B) e vidrarias que devem ser aquecidas, dos materiais exigidospelas atividades prticas encontradas na bibliografia escolar, possibilitando assim, a adoodessa metodologia por escolas com qualquer nvel econmico.

    A seguir, alguns dos materiais substitudos:

    Material Original Material Alternativo- Becker ou Erlenmeyer Potes de iogurte ou PETs- Frasco lavador Mini-PET com furinho na tampa- Funil de vidro Funil de plstico ou parte superior das garrafas de

    PET- Pina de laboratrio Pina de farmcia- Pipeta Conta-gotas ou canudinho- Placa de Petri Pratinho plstico, tampa de vidro ou fundo de pote

    de margarina- Proveta ou cilindro graduado Seringas- Vareta de vidro Colher de metal ou plstico

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    Outros materiais podem ser utilizados, como: pratinhos e copos descartveis, pregadorde roupa, bandejas de isopor (que vem com os frios comprados em supermercado), vidros deconserva, de maionese, de caf, potes de manteiga, alfinetes, restos de cartolina, entre outros.

    Importante: como pode-se notar, pela qualidade dos materiais alternativos, estes no podemir ao fogo, por isso, s podero substituir os materiais de laboratrio, quando a atividade noexigir tal execuo (aquecimento de lquidos para diluio ou evaporao, entre outros).Portanto, deve-se ter cuidado, pois nem sempre possvel substituir os materiais originais.

    4.2 DESENVOLVIMENTO DAS PRTICAS DE BIOLOGIA

    Utilizar-se- a atividade prtica denominada Transfuses Sangneas, comoexemplo, para expor a organizao da atividade e as etapas sugeridas segundo os trsmomentos pedaggicos. Tal atividade refere-se ao assunto sobre alelos mltiplos alusivo aocontedo de gentica.

    Para aplicao desta aula terico-prtica, o professor deve preparar com antecednciatodo o material (est explicado na atividade descrita a seguir) e recomenda-se que seja

    desenvolvida em dois perodos escolares de no mnimo 30min cada. Esta atividade, semdvida, esclarecer o assunto fazendo com que o aluno memorize e aprenda sobre essecontexto to importante para sua vida.

    Assim segue:

    TRANSFUSES SANGUNEAS

    I. Introduo (para o professor):

    Na transfuso de sangue de uma pessoa para outra, apenas alguns tipos sanguneospodem doar para outros, isto , nem todos os tipos de sangue podem se misturar no corpo deuma pessoa. Vejamos por que ocorre isso.

    II. Objetivo:Identificar os grupos sangneos e determinar as diversas possibilidades de transfuso

    de sangue no sistema ABO1, atravs da manipulao de peas referentes a quebra-cabea.

    III. Material:- Carto espesso colorido ou isopor com espessura mnima de 1cm.- Tesoura ou estilete (dependendo do material anterior)- Caneta hidrocor

    - Rgua- Compasso

    IV. Procedimento: (Figura 1).- Confeco do material:

    10 (dez) peas de 7 a 8 cm de dimetro de cada uma das figuras 1, 2, 3 e 4, para cadagrupo de alunos (aconselha-se grupo de no mximo 5 alunos).

    1 Sistema da tipagem sangunea humana.

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    20 (vinte) peas iguais figura 5, para cada grupo de alunos.

    20 (vinte) peas iguais figura 6, para cada grupo de alunos.

    Nota: As peas, representadas pelas figuras 5 e 6, devero possuir um tamanho que

    possam ser encaixadas nos recortes (aglutinognios) das figuras 2, 3 e 4.

    V. Questo Geradora:O que uma transfuso de sangue? Voc acha que qualquer pessoa pode doar seu

    sangue para qualquer outra pessoa?

    VI. Execuo da atividade:- Formar grupos de 5 alunos.- Distribuir cada grupo o material.-Explicar que as peas de cada uma das figuras 1, 2, 3 e 4, representam as hemceas

    com seus respectivos aglutinognios, que esto simbolizados pelos diferentes recortes junto superfcie das mesmas.

    E que as peas de cada uma das figuras 5 e 6 representam os anticorpos, que seencontram no plasma (parte lquida) do sangue.

    - Solicitar aos alunos que separem sobre suas mesas as hemceas, formando conjuntosde peas iguais, segundo o tipo de aglutinognio que possuem.

    - Separar as peas 5 e 6, os anticorpos, segundo suas respectivas formas (tipos: anti-Ae anti-B).

    - Deixar que os alunos formem, sozinhos, grupos de anticorpos que encaixam nashemcias e grupos de anticorpos que no se encaixam nas hemcias. Deixar que eles anotem epercebam as diferenas de cada grupo (mesmo ainda sem entender bem o porqu).

    - Neste ponto explicar que: Quando peas se encaixam (aglutinognio + anticorpo)formam-se grumos, aglutinao das hemceas. (Figuras 2, 3 e 4). A aglutinaosangnea poder interromper a circulao em determinados vasos, provocando:derrames, enfartes etc., por isso, em cada tipo sanguneo s existe antgeno que no v

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    aglutinar o prprio sangue e que em uma transfuso no pode ocorrer o risco de haveraglutinao no sangue do receptor, etc.

    - Solicitar, agora, que os alunos formem grupos de hemcias e anticorpos de forma queno se encaixem, explicando que para que no ocorra aglutinao, estes sero os tipos desangue. (Figuras 5, 6, 7 e 8).

    - Fazer com que eles preencham o quadro 1 (abaixo): tipos de sangue do sistema ABO,de acordo com o que eles aprenderam, a partir da constituio destes novos conjuntosformados pelo grupo.

    Quadro 1 Tipos Sanguneos do sistema ABO com seus respectivos aglutinognios eanticorpos.

    Questes de anlise dos dados:

    1.Um indivduo que possui na superfcie de suas hemcias aglutinognio A, a quegrupo sangneo pertence?

    2. Uma pessoa que possui, na superfcie de suas hemceas, o aglutinognio A e B,pertence a que grupo sangneo?

    3. Uma pessoa que no possui aglutinognios, pertence a que grupo sangneo?

    4. Com base nos questionamentos anteriores, qual o critrio utilizado para seclassificar os tipos de sangue, quanto ao sistema ABO?

    5. Sangue de tipo B possui que tipo(s) de anticorpo(s)? Justifique sua resposta.

    6. Em uma transfuso sangnea, deve-se ter cuidado para que as hemcias do doadorno aglutinem quando da sua entrada no sistema circulatrio do receptor. A partir dissopergunta-se:

    O que voc acha mais importante considerar no sangue de um doador, seus

    aglutinognios ou seus anticorpos? Por qu? O que mais importante, levar em considerao, no sangue de um receptor, seus

    aglutinognios ou seus anticorpos? Por qu?7. Atravs das peas, determinar quais as alternativas possveis de transfuso. Aps,

    preencher o quadro 2, usando a simbologia contida na legenda.

    G R U P O S A N G N E O

    D O A D O R R E C E P T O R

    A B A B OAB

    A BO

    Tipo de Sangue Hemcias com Aglutinognio Plasma com Anticorpos

    A

    B

    AB

    O

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    8. O que se entende pelos termos doador e receptor universal?

    OBS: importante levar em considerao que, as explanaes tericas devem serdesenvolvidas paralelamente ao avano da atividade prtica, de acordo com a agilidade de

    raciocnio dos alunos.

    5. CONCLUSO

    Atravs da fundamentao terica, dos resultados das testagens ao substituir osmateriais e de observao de professor sobre o mtodo sugerido, pode-se concluir que osobjetivos propostos foram alcanados.

    Em material bibliogrfico, foram encontradas vrias atividades prticas referentes aosassuntos dos trs anos do ensino mdio, sendo estas mais presentes em bibliografia maisatualizada. Nestas, ainda, foram encontradas algumas atividades j contendo materiaisbaratos, portanto, so atividades que esto acessveis a qualquer um.

    Ainda, ao se testar a substituio dos materiais nas atividades escolhidas obteve-se

    uma grande variedade de materiais de baixo custo que puderam ser utilizados para substituiros de laboratrio, sendo as garrafas PET, conta-gotas, canudinho, pratinho e copo plstico,tampa de vidros, pote de margarina e iogurte, colher de metal ou plstico, entre outros. Essesmateriais exerceram, na maioria das vezes, o mesmo papel do material original, barateandomuito o custo de aplicao de tais prticas; com algumas excees, como o microscpio,reagentes qumicos e equipamento que so aquecidos, pois sua substituio altera o resultadodesejado.

    As atividades que no sofreram alterao foram reescritas seguindo os trs momentospedaggicos e o pensamento construtivista, com sugestes de pergunta geradora e deavaliao, o que proporcionar um melhor desenvolvimento das atividades, auxiliando,portanto, o professor a conduzir uma boa metodologia de ensino.

    Ainda, pode-se trabalhar com aulas terico-prticas em sala de aula, sem precisar de

    um laboratrio para tal, o que ajuda em muito a adoo dessa metodologia, sem acarretar maiscustos. Mostrando que possvel aplicar atividades prticas em qualquer escola, com qualquersituao financeira.

    Mas, pode-se ainda perceber que, no basta apenas dar aulas prticas. Para que sejamrealmente produtivas, o professor deve ter alguns cuidados:

    - sempre vincular a prtica teoria (aula terico-prtica), nunca aplic-la comoatividade extra e isolada do contedo;

    - gerar curiosidade e motivao no aluno logo no incio da aula, partindo de perguntasque incitem o aluno a falar sobre o que ele conhece ou imagina do assunto que vai ser

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    abordado isto permite que ele situe seus pensamentos e compreenda melhor o que estsendo ensinado de novo (construtivismo);

    - cumprir o papel de orientador, desenvolvendo a aula de acordo com a agilidade doaluno, nunca dar as respostas prontas e nem passar para a etapa seguinte sem o alunocompreender a anterior (no seguir a atividade como se fosse uma receita de bolo).

    Este trabalho pretende ter uma continuao, de forma que mais atividades sejamselecionadas e possam integrar um catlogo que fique a disposio de qualquer interessado.Mas, um dado muito preocupante foi levantado atravs de conversas durante a

    execuo do projeto, que foi a dificuldade de muitos professores em querer mudar a ttica dedesenvolvimento de suas aula. Uma boa parte deles possui mais de um emprego ou atua emmais de uma escola, o que no lhes permite muito tempo para realizar atividades que somuitas vezes consideradas extras, e outra parte infelizmente se acomodou, utiliza ummesmo caderno amarelado pelo tempo, o qual contm seus planos de aula, que passam de anoem ano, com o mnimo de modificao, de atualizao. Referente a isso sugere-se o seguinte:

    Sugestes:1.Em primeiro lugar, o professor e a escola tm que ter mais vontade de mudar, de

    melhorar. Com alguma criatividade, poucos recursos e sem despender de muito tempo,

    possvel desenvolver aulas mais dinmicas e at divertidas para seus alunos, isto, alm deajud-los a compreender melhor o assunto e aprender. E, ainda, possibilita ao professor odesenvolvimento de aulas mais produtivas, o que lhe trar mais prazer no que faz, por estarexercendo tudo a seu alcance para cumprir da melhor forma sua responsabilidade em quantoprofissional.

    2.O professor deve preparar o material necessrio para desenvolver uma atividadeprtica antes de iniciar tal atividade, esse material o Kit. Depois, esse kit pode ficar adisposio na escola para que possa ser utilizado por mais professores e mais vezes; alis,vrios professores podem construir os kits juntos e incentivar professores de outras reas doensino.

    6. CONSIDERAES FINAIS

    Este trabalho pontual, mas visa dar subsdios para que os professores possam adotaraulas alternativas para incrementar e melhorar a relao ensino-aprendizagem de sua escola;assim, realizou-se este, na certeza de que ser de grande valia para professores do ensinomdio e alunos de graduao que tenham o conhecimento do quo importante uma aulaprtica de biologia para o aprendizado do aluno. Alm de que, o uso de materiais alternativos com copos e canudos descartveis, vidros de conservas, garrafas PET, entre outros gera aviso de importncia da reutilizao de materiais que normalmente vo para o lixo,aumentando a valorao dos resduos slidos e, conseqentemente, a proteo ao meioambiente.

    7. REFERNCIAS

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