EDUARDO ABADE Março 2013 - Alto Rendimento · Quociente respiratório O2 C02 Eduardo Abade ••...

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1 Controlo do treino de Resistência EDUARDO ABADE Março 2013 Capacidade do organismo em resistir à FADIGA numa atividade motora prolongada. Bompa (1990) Definição de Resistência Eduardo Abade TRANSITÓRIO E REVERSÍVEL Ciclo de Auto Renovação da Matéria Viva Fadiga…problema? Eduardo Abade

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Controlo do treino de Resistência

EDUARDO ABADE

Março 2013

Capacidade do organismo em resistir à FADIGA

numa atividade motora prolongada.

Bompa (1990)

Definição de Resistência

Eduardo Abade

TRANSITÓRIO E REVERSÍVEL

Ciclo de Auto Renovação da Matéria Viva

Fadiga…problema?

Eduardo Abade

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Fadiga…problema?

Ciclo de Auto Renovação da Matéria Viva

Eduardo Abade

Fadiga

Eduardo Abade

“Overtraining is a physical, behavioral, and emotional condition that

occurs when the volume and intensity of an individual's exercise exceeds

their recovery capacity.”

Carga externa

Recuperação inadequada

Planificação

Alimentação e repouso

Fadiga

Eduardo Abade

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Princípios do treino

Caracterização específica do esforço

Factores que influenciam o treino

Métodos de treino

Avaliação e controlo do treino

Controlo do treino da resistência

Eduardo Abade

Princípios do treino

BIOLÓGICOS

Pedagógicos

Metodológicos

Eduardo Abade

Princípios Biológicos

Sobrecarga

Especificidade

Heterocronia

Reversibilidade

Princípios do treino

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Eduardo Abade

Caracterização da modalidade

Eduardo Abade

Bangsbo (2005)

Caracterização da modalidade

Eduardo Abade

Bangsbo (2005)

Caracterização da modalidade

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Eduardo Abade

Bangsbo (2005)

Caracterização da modalidade

Eduardo Abade

Eduardo Abade

Bangsbo (2005)

Caracterização da modalidade

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Eduardo Abade

Caracterização da modalidade

Solicitação metabólica

Aeróbia

Anaeróbia

Aláctica

Láctica

Solicitação metabólica

Eduardo Abade

Método contínuo Contínuo uniforme

Contínuo variado

Método por intervalos Pausa completa

Pausa incompleta

Método de competição ou controlo

Métodos de treino da resistência

Eduardo Abade

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A densidade mitocondrial permite aumentar a capacidade

de recuperação, uma vez que a metabolização do lactato

é mais rápida e eficaz.

CARÁCTER INTERMITENTE DO JOGO

Eduardo Abade

Treino Aeróbio

OPTIMIZAR OS PROCESSOS DE RECUPERAÇÃO

• Recuperação após aplicação de cargas (entre UT’s)

• Recuperação após ações intensas (intermitência).

+

Treino Aeróbio

Eduardo Abade

Estabilização da técnica desportiva e da capacidade

de concentração.

Tolerância à fadiga das

redes nervosas

Treino Aeróbio

Eduardo Abade

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Potência vs Capacidade metabólica

Eduardo Abade

Potência (Kcal/min.)

Capacidade (Kcal disponíveis)

CP + -

Glicólise + - + -

Oxidação - +

Barata et al. (1997)

Solicitação metabólica…

Eduardo Abade

Com o passar do tempo, a captação de

O2 diminui e o organismo opta por

utilizar o glicogénio como fonte de

energia.

Desta forma ocorre a ressíntese de ATP,

contudo a concentração de ácido láctico

aumenta.

Aeróbio

Anaeróbio

Solicitação metabólica…

Eduardo Abade

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Alta intensidade

Intermitência

RESISTÊNCIA ANAERÓBIA

Eduardo Abade

Hill-Haas et al. (2011)

Método por intervalos

Eduardo Abade

Método por intervalos

Eduardo Abade

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Método por intervalos

•Elevado impacto fisiológico (FC)

•Aumento significativo concentração de catecolaminas

•Redução da gordura subcutânea e intramuscular

•“EPOC”

Eduardo Abade

ATP/CP resynthesis; lactate removal; tissue

damage restoration; recovery of the

increase of the HR and body temperature.

Método por intervalos

Adaptações aeróbias e anaeróbias significativas

Programas de 2 semanas 7 a 13% VO2max

Programas de 12 semanas 41 a 46% VO2max

Eduardo Abade

Método por intervalos

Os períodos de menor intensidade são importantes para a ressíntese do

ATP…principalmente através da degradação de CP (3 – 4 minutos)....

…caso os tempos de recuperação não sejam cumpridos, a degradação

da glicose aumenta as concentrações de AL (horas de recuperação).

VARIÁVEIS INDISPENSÁVEIS AO PROCESSO DE TREINO – PLANEAMENTO!!!

Eduardo Abade

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1. RESISTÊNCIA AERÓBIA

2. RESISTÊNCIA ANAERÓBIA LÁCTICA

3. RESISTÊNCIA ANAERÓBIA ALÁCTICA

Sucintamente…

Periodização e Planeamento

Eduardo Abade

• Carga ajustada ao momento da época.

• Trabalho específico em função das necessidades da equipa

e do calendário competitivo.

Método de competição

Eduardo Abade

Métodos intervalados vs Métodos contínuos

o Os métodos intervalados permitem que se alcance um

maior volume de trabalho, em simultâneo com uma

maior intensidade.

o Os JDC caracterizam-se por esforços intermitentes, logo o

método intervalado permite uma estimulação mais

próxima da realidade competitiva.

Eduardo Abade

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o Os métodos intervalados podem ser utilizados para o

recrutamento de fibras tipo II (rápidas) – UM’s de alto limiar!

Métodos intervalados vs Métodos contínuos

Eduardo Abade

o Uma metodologia correta combina os dois métodos. Isto

não exclui que, em certos períodos de preparação, se

aplique preferencialmente um dos métodos.

Métodos intervalados vs Métodos contínuos

Eduardo Abade

Avaliação Performance Aeróbia

Eduardo Abade

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Avaliação Performance Aeróbia

Performance Aeróbia

Capacidade aeróbia

Potência aeróbia

VO2 MÁXIMO LIMIAR ANAERÓBIO

Eduardo Abade

Barata et al. (1997) Eduardo Abade

LIMIAR ANAERÓBIO

Avaliação Performance Aeróbia

Acumulação de ácido lático

Ácido lático

Glicose Produção de energia

Eduardo Abade

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Acumulação de ácido lático

QUANDO?

A QUE INTENSIDADE?

Produção de energia

QUANDO OCORRE FADIGA?

Eduardo Abade

RUNNING ANAEROBIC SPRINT TEST (RAST)

6 sprints - 35 metros com 10 segundos de repouso

Power = Peso × Distância ² ÷ Tempo ³

Power = Peso × 1225 ÷ Tempo ³ (PARCIAL)

Índice de Fadiga = Power Máximo – Power Mínimo ÷ tempo total dos 6 sprints

Avaliação da potência anaeróbia

Eduardo Abade

Limiar anaeróbio

Métodos indirectos

Dados Respiratórios

FC

Métodos directos

Lactatemia

Avaliação do Limiar Anaeróbio

Eduardo Abade

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Métodos Indirectos

Eduardo Abade

Quociente respiratório

O2

C02

Eduardo Abade

• •

14 16 18 20 22 12

• • •

2

4

8

6

10

12

14

0

140

150

160

170

180

190

200

PDfc

LA

Fc

(bpm

)

Lactato

(mm

ol/l)

Velocidade corrida (km.h-1)

• •

Avaliação do Limiar Anaeróbio

CONCONI TEST

Eduardo Abade

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Por vezes há dificuldade em encontrar ponto de deflexão da FC

Alguns mecanismos fisiológicos não estão suficientemente descritos

Métodos indirectos LAN

Simples

Não Invasivo

Não implica avaliação laboratorial

VANTAGENS vs DESVANTAGENS

Eduardo Abade

Accusport e yellow springs

Análise de lactatos

Métodos directos

Eduardo Abade

Método invasivo e caro

Métodos diretos LAN

Resultados fiáveis

VANTAGENS vs DESVANTAGENS

Eduardo Abade

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VO2 max.

Métodos indirectos

FC

Métodos directos

Espirometria

Avaliação do VO2 máx.

Eduardo Abade

O VO2máx não é um índice específico/prioritário para analisar a

capacidade aeróbia de atletas de JDC…

…um jogador com maior potência aeróbia não é necessariamente o

mais ativo em jogo.

Eduardo Abade

Avaliação Performance Aeróbia

VO2 MÁXIMO

Avaliação do VO2 máx.

Eduardo Abade

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Soares (2005)

96.0 Espen Bjerke Cross Ski

88.0 Miguel Indurain Ciclismo

84.0 Lance Armstrong Ciclismo

67.2 Rosa Mota Atletismo

VO2 max World Records

Avaliação do VO2 máx.

Eduardo Abade

VO2 max

• Importância do treino em altitude

• Importância do Ferro – constituinte da hemoglobina

• ? Doping ? Hormona EPO ?

2000 m

Eduardo Abade

Métodos directos

Eduardo Abade

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Dispendioso

Dificuldade na transferência de dados do laboratório para prática

Desconfortável

Teste máximo

Métodos diretos VO2max

Protocolos fiáveis e de caráter não invasivo

VANTAGENS vs DESVANTAGENS

Eduardo Abade

Métodos indirectos

Eduardo Abade

Métodos indirectos

Eduardo Abade

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- Metrónomo a uma cadência de 90 pulsações por minuto (22,5 ciclos subir e descer o banco

em cada minuto).

- Homens banco com 38 cm de altura

- Mulheres banco com 33 cm de altura

- Cada pulsação do metrónomo representa apenas um passo:

a) Subir o banco com o pé direito

b) Subir o banco com o pé esquerdo

c) Descer o banco com o pé direito

d) Descer o banco com o pé esquerdo

- Efectuar a prova durante 5 minutos

- Após os 5` deve sentar-se imediatamente e o companheiro deve apanhar o pulso.

- Medir os batimentos cardíacos durante 15`` entre o segundo 15 e 30 após os 5`da prova.

Forest Service

Eduardo Abade

Peso corporal (Kg)

Sharkey (1991)

Tabela

para

homens

Eduardo Abade

Peso corporal (Kg)

Tabela

para

mulheres

Sharkey (1991)

Eduardo Abade

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Eduardo Abade

Yo-Yo IR1 test VO2max (mL/min/kg) = IR1 distância (m) × 0.0084 + 36.4

Yo-Yo IR2 test VO2max (mL/min/kg) = IR2 distância (m) × 0.0136 + 45.3

Yo-Yo Intermittent test

Eduardo Abade

PRÉ TREINO PÓS TREINO

FC repouso (bpm) 71 59

FC máxima (bpm) 185 183

VS máximo (ml/bat)

120 140

Volume coração (ml)

750 820

VO2 máximo (ml.kg.min)

40,5 49,8

Wilmore e Costill (1998)

Adaptações Gerais ao treino de resistência

Eduardo Abade

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Calcular zonas alvo de treino

Eduardo Abade

Frequência cardíaca de treino (Karvonen) - zona alvo

40 a 60%

Indivíduos sedentários; Hipertensos,

diabéticos, cardíacos

Objectivos: perda de peso; desenvolvimento

da capacidade cardiorespiratória em

populações especiais

50 a 75%

Indivíduos activos

Objectivos: perda de peso; desenvolvimento

da capacidade cardiorespiratória

70 a 85%

Indivíduos Treinados

Objectivos: Desenvolvimento da capacidade

cardiorespiratória

90 a 100%

Indivíduos altamente treinados

O treino deve de ser acompanhado por

técnicos especializados

Zona Alvo de treino

Fórmula de Karvonen

FC treino = FC repouso + Intensidade x (FC máxima – FC repouso)

1. Definir objetivo de treino e respetiva intensidade

2. Calcular FC repouso

3. Calcular FC máxima (≈220-idade)

4. Cálculo da zona alvo – limiar superior e limiar inferior Eduardo Abade