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Vol. XX • N° 348 • Montreal, 21 de abril de 2016 Cont. na pág 14 Inês Faro: Nova colaboradora do Ensino de Português • Leia artigo na pág. 3 Sun Life Laval Com agente português • Artigo na pág. 6 Editorial Panama Papers Por Carlos DE JESUS Q uem já passou pela cidade do Panamá deve ter ficado deveras surpreen- dido pelo aspeto moderníssimo da cida- de, pela floresta imensa de arranha-céus que caracteriza o centro da cidade, mas sobretudo pelo número incalculável de bancos, vindos de toda a parte do mundo, que lá estão instalados. Quem um dia aterrou no aeroporto de Panama City deve ter facilmente chega- do à evidente conclusão que aquele é um dos grandes paraísos fiscais onde se vão abrigar, longe do alcance do fisco dos países onde fizeram fortuna, os grandes milionários deste mundo. Com a revelação de milhões de docu- mentos que uma alma sensível à injustiça do mundo capitalista fez chegar às mãos dos jornais internacionais mais prestigio- sos, ficámos assim a saber que muita gen- te, entre as quais muitos homens políti- cos, da Islândia aos países do Golfo Pérsi- co, passando pela Espanha, a Inglaterra e a Rússia, tinham utilizado as leis caducas do Panamá para poderem constituir em- presas de fachada, anónimas, onde não consta o nome dos seus verdadeiros pro- prietários. Mas não havia só gente do mundo da política, havia também gente do desporto e do mundo dos espetáculos, para não falar também do dinheiro bran- queado pelo crime organizado. Aqui não estamos num caso de des- vio fiscal, mas de evasão fiscal. O desvio fiscal é geralmente feito à vista de toda a gente. É legal, mas imoral. É quando as empresas abrem sucursais em países onde os impostos são mais Visit Portugal em Montreal: Põe turismo português em destaque Por Norberto AGUIAR Leia artigo na pág. 11 William Delgado, diretor de Visit Portugal. Foto LusoPresse. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

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Vol. XX • N° 348 • Montreal, 21 de abril de 2016

Cont. na pág 14

Inês Faro:Nova colaboradorado Ensino de Português• Leia artigo na pág. 3

Sun Life LavalCom agente português• Artigo na pág. 6

Editorial

Panama Papers• Por Carlos DE JESUS

Quem já passou pela cidade doPanamá deve ter ficado deveras surpreen-dido pelo aspeto moderníssimo da cida-de, pela floresta imensa de arranha-céusque caracteriza o centro da cidade, massobretudo pelo número incalculável debancos, vindos de toda a parte do mundo,que lá estão instalados.

Quem um dia aterrou no aeroportode Panama City deve ter facilmente chega-do à evidente conclusão que aquele é umdos grandes paraísos fiscais onde se vãoabrigar, longe do alcance do fisco dospaíses onde fizeram fortuna, os grandesmilionários deste mundo.

Com a revelação de milhões de docu-mentos que uma alma sensível à injustiçado mundo capitalista fez chegar às mãosdos jornais internacionais mais prestigio-sos, ficámos assim a saber que muita gen-te, entre as quais muitos homens políti-cos, da Islândia aos países do Golfo Pérsi-co, passando pela Espanha, a Inglaterra ea Rússia, tinham utilizado as leis caducasdo Panamá para poderem constituir em-presas de fachada, anónimas, onde nãoconsta o nome dos seus verdadeiros pro-prietários. Mas não havia só gente domundo da política, havia também gentedo desporto e do mundo dos espetáculos,para não falar também do dinheiro bran-queado pelo crime organizado.

Aqui não estamos num caso de des-vio fiscal, mas de evasão fiscal.

O desvio fiscal é geralmente feito àvista de toda a gente. É legal, mas imoral.É quando as empresas abrem sucursaisem países onde os impostos são mais

Visit Portugal em Montreal:

Põe turismo português em destaque• Por Norberto AGUIARLeia artigo na pág. 11

William Delgado,diretor de Visit Portugal. Foto LusoPresse.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

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Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Português ao raio XL uciana Graça (Leitora de

português do Instituto Camões naUniversidade de Toronto)Rubricaproduzida em colaboração com a Co-ordenação do Ensino Português noCanadá/Camões, I.P.

A sintaxe do verbo «pedir» – «pe-dir para» ou «pedir que»?

Quando utilizamos o verbo «pedir»,é muito comum usarmos a construção«pedir para» (por exemplo: «Eu peço paranão ser incomodada». Ora, a dúvida ana-lisada na rubrica desta semana prende-se,precisamente, com a sintaxe do verbo «pe-dir». Devemos usar a construção «pedirpara» ou a construção «pedir que»?

E a todos os nossos estimados Lei-tores, claro, os votos de uma excelentesemana!

Caso:• «A ministra do Trabalho […] pe-

diu […] aos portugueses […] para lu-tarem contra uma “depressão coletiva”.»(Sábado em linha, 15-04-2011);

• «Ministra do Trabalho pede aosportugueses que lutem contra “depressãocoletiva”» (Sábado em linha, 15-04-2011).

Comentário:• «pedir que» (e não «pedir

para»): i) «pedir» é um verbo transitivo(ou seja, pede um complemento direto);ii) o complemento direto pode ser umnome ou uma expressão nominal («pedium pastel»), um pronome («pedi isso»)ou uma oração completiva («pedi que medessem isso»); iii) a oração completiva,que funciona como complemento diretode «pedir», é introduzida pela conjunção«que» – e não «para» –, se o sujeito da ora-ção subordinada (nos casos acima apre-sentados, «os portugueses») não for omesmo do da oração subordinante (tam-bém nos casos acima apresentados, «aMinistra); iv) logo, deveríamos encontrar«pediu aos portugueses que lutem» e «pedeaos portugueses que lutem».

Em síntese:• «pediu/pede para» X• «pediu/pede que» V

L P

Notas bárbaras (quase diário)• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

A Manuela Bairos, Cônsul dePortugal em Nova Iorque, que colaboroucom o Professor José Mariano Gago eminiciativas transatlânticas de grande en-vergadura quando ele era Ministro da Ci-ência e Tecnologia e ela Cônsul de Portugalem Boston, Massachussets, pediu-me quelhe cedesse uma história que há tempos eulhe contara. Era para ser publicada noportal criado em homenagem do visionáriohomem da ciência no primeiro aniversárioda sua morte, e eu não poderia recusar-mea fazê-lo, participando assim numa home-nagem pública a um saudoso amigo. Láseguiu a nota, que fica também reproduzidaaqui.

12 de abril de 2014

O José Mariano Gago esteve três diaspor aqui. Estava interessado em conhecera universidade por dentro, particularmentenalgumas áreas para ele mais diretas, e orga-nizei-lhe um plano. Palestrou no Programin Science and Technology Studies, almoçá-mos com professores de ciências e jantá-mos com alunos. Levei-o a uma conversana TV, tomámos muitos cafés (ele tomaquatro de manhã e quatro à tarde) e, naquinta-feira, fomos num passeio de seishoras até Newport, que deu para abundantefalatar.

Dá de facto gosto entabular conversacom ele. Contudo, não é para lhe tecer umaapologia que aqui venho. Não deixo, porém,de registar que, depois de duas passagenspelo Ministério da Ciência e Tecnologia,não tenho qualquer notícia de ele estar ago-ra a usufruir das avenças do proverbial tachoque se segue a uma jubilação ministerial. O

que merece registo.Falou muito das alterações no país

no domínio do acesso à pós-graduaçãoque, graças às bolsas do Ministério da Ciên-cia através da FCT, tinham permitido agente sem nenhum passado universitáriofazer brilhantes carreiras na investigação.Como exemplos, contou-me com justifica-do regozijo ter há tempos em Lisboa pormero acaso viajado no carro de um taxistaque o reconhecera e lhe falara entusiasma-do da sua filha, em tempos bolseira daFCT, mas agora nos EUA integrada numcentro de investigação de uma excelenteuniversidade da Costa Leste. Tudo isso,segundo o taxista, impossível de acontecerantes da entrada do seu cliente-passageiropara o Ministério e por isso lhe estavaprofundamente grato.

Deixei-lhe contar a história que coma justificada satisfação narrava, e acrescen-tei: Olha que quase aposto vais conhecê-lalogo ao jantar e depois ao serão em minhacasa.

Inibiam-me algumas dúvidas, mas ti-nha quase a certeza. Chegada, porém, a al-tura, eu sem querer ser direto a fazer a per-gunta. Mas nem foi preciso porque, a pro-pósito de já não sei quê, logo a filha do ta-xista, agora na Brown a fazer investigaçãonum pós-doc em ciências cognitivas, pu-xou da conversa e pôs-se a falar com orgu-lho do pai, taxista em Lisboa, que até deixa-ra tudo para ir à sua festa de doutoramentoem Nova Iorque.

O José Mariano Gago dobrou o sorri-so de contente. Alguma coisa tangível re-sultara do seu empenho na transformaçãode Portugal. E estava ali ao vivo, num ca-sualíssimo momento permitido por estesmall world, piccolo mondo do universolusófono. L P

Dilma Rousseff:Uma Maria da Fonte que antes correu com o Regedor!

• Por Fernando PIRES

Antes de mais, devo dizer que não conheço o atual problema político-económico esocial do Brasil.

Por isso, esta crónica é mais uma crónica de observação e análise de factos explicados pelosmeios de comunicação internacional ultimamente, e também da qual nos dá conta a televisãoGlobo do Brasil, que controlou o circo do Congresso dos 512 deputados reunidos em Basília.

Era uma feira de homens, e muito poucas mulheres, que reinavam sob o controlo e nasombra dos Paulo Maluf e Eduardo Cunha daquele reino de paus mandados da finança e das nu-merosas seitas religiosas de deputados que juravam no Congresso em nome dos avós, dos pais,dos filhos e dos netos. Uns apoiando-se em nome do Deus deles, e outros servindo-se da ban-deira brasileira em jeito de carnaval e futebol, e menos em nome da Nação dos velhos e novos,e escravos.

Citarei aqui Paulo Maluf porque este cacique da finança brasileira foi ministro da ditadura de1964-1985, mas felizmente não conseguiu chegar a presidente. Isto porque ele era o símbolomesmo do Brasil corrupto. Maluf estando sempre ligado à questão económica, aqui sempremanobrou. Apenas esteve preso algumas semanas, por intimidação mas também pela lavagemde 2,2 milhões de reais em 2005. Neste caso nos Estados Unidos (Jersey).

Depois do fiasco de não ter ganho a Presidência, virou-se então para a presidência da Câ-mara de São Paulo, cidade de 30 milhões de habitantes e que é o equivalente da Wall Street brasi-leira! Agora, desde 2010 que dirige mexendo os cordelinhos do Parlamento na capital, Brasília.

Cont. na pág 14

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Página 321 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

Coordenação do Ensino do Português

«Oficializar responsabilidades»• Entrevista conduzida por Carlos DE JESUS

De passagem por Montreal, a Dra. Ana Paula Ribeiro, responsável pela Coordenaçãodo Ensino do Português no Canadá, baseada em Toronto, deu uma entrevista ao nosso jornale à emissão da LusaQ.TV.

O objetivo desta sua visita foi a de oficializar e apresentar à comunidade portuguesa deMontreal aquela que já é e vai ser o seu braço direito para supervisionar, organizar e dinamizara atividade da Coordenação do Ensino do Português, em Montreal, Inês Faro, jornalista e co-laboradora deste jornal e da LusaQ TV.

Da esquerda para a direita, Ana Paula Ribeiro, coordenadora do Ensino de Portu-guês no Canadá, Carlos de Jesus, diretor do LusoPresse, e Inês Faro, jornalista e apartir de agora ligada à coordenação do Ensino em Montreal.

Dra. Ana Paula Ribeiro [APR] – O Canadá é muito grande,a minha missão é muito abrangente, a língua portuguesa está a ir paratodo o lado. Por esse facto vi-me na obrigação de pedir ao InstitutoCamões para obter algum apoio aqui em Montreal. Em Toronto já te-nho uma bolseira a apoiar-me. Cada vez tenho mais cargos que vouacumulando e sozinha não poderei dar conta de tudo. Aqui em Montrealtambém se tornava necessário esta colaboração, porque Montreal éuma comunidade grande, há muita coisa que pode ser feita, mas à dis-tância é um pouco difícil.

Agora posso contar com a colaboração da Inês Faro, para fazer oseguimento junto das escolas e também na organização de algumas ati-vidades culturais.

LusoPresse [LP] – Como é que encara a sua colaboração comas escolas existentes, que são escolas privadas, com professores pagos pe-las escolas daqui e não professores pagos pelo governo português, comoacontece na Europa e na África do Sul.

APR – A nossa colaboração vai ser feita, como aliás já tenho es-tado a fazer desde que cheguei, organizando uma série de atividades. AInês já começou a colaborar neste aspeto.

Inês Faro [IF] – Posso dar alguns exemplos daquilo que maisse vê, para além do trabalho que não se vê, como organizar os contactos,as chamadas telefónicas, a preparação dos eventos. Concretamente, hájá dois programas na Rádio Centre-Ville, um é “Quem conta um contoacrescenta um ponto” que trata da leitura de estórias infantis, às quartas-feiras no programa da Clementina Santos, e o outro que é feito em par-ceria com a biblioteca José d´Almansor na Missão Santa Cruz, que tra-ta de leitura para adultos e procura dar a conhecer autores luso-canadi-anos.

Já organizámos um ciclo de cinema emcolaboração com o Consulado-Geral de Portu-gal em Montreal e em parceria com a MissãoSanta Cruz.

Também já iniciei contactos com as duascomissões escolares de Montreal, francófonae anglófona, para avaliar quantas escolas hácom os programas integrados do Português[PELO], para ver até que ponto é que podemosapoiá-las com materiais, visitas de escritoresàs escolas… tenho estado a trabalhar no sen-tido de aumentar a nossa proximidade com asescolas portuguesas, sobretudo a escola da Mis-são Santa Cruz e a escola de Laval, havendotambém a possibilidade de abrir uma escolaem Brossard.

Pensamos também criar visionamentosde filmes portugueses, que poderíamos chamarCinema e Popcorn, com DVD fornecidos pelaCoordenação, e isto a par da certificação [oficial]dos professores e dos alunos.

APR – Sem a Inês o meu trabalho seriamuito mais difícil. Por exemplo, aproveitámosa minha vinda a Montreal para fazer uma entre-ga de livros à Biblioteca Central e que vão estarem breve à disposição do público. Esta inicia-tiva já a tinha feito noutras cidades; aqui emMontreal levou mais tempo e foi já com a co-laboração da Inês que foi possível fazê-lo tam-bém aqui.

LP – Quais são as estratégias que enca-ram para incentivar os pais a enviar os filhosàs escolas, às aulas de português.

APR – A nossa via principal são os meiosde comunicação, como é o caso agora. Nóspodemos chegar facilmente junto dos profes-sores, dos alunos, mas junto das famílias émais difícil. É por isso que o vosso apoio para

a divulgação da nossa língua é essencial.IF – Há um aspeto que merece ser mencio-

nado: é que há escolas francesas e inglesas queproporcionam o ensino integrado da línguaportuguesa, os chamados PELO e que há talvezmuitos pais que ignoram esta possibilidade.Nem sempre é fácil enviar os filhos à escolaaos sábados, mas se os filhos puderem apren-der o português dentro do programa normalescolar, seria mais outra oportunidade deaprenderem a nossa língua. Para isso basta ha-ver numa dada escola um certo número de alu-nos entre 17 e 21 para que se organize um gru-po de ensino de português.

APR – Isto não significa que estes alunosdeixem de ir à escola do sábado. Em Torontohá muitos alunos do PELO, mas que só têmmeia hora de ensino e assim aos sábados vãocimentar a aprendizagem. Contamos que comestas entrevistas nos órgãos de comunicaçãoa nossa mensagem chegue ao maior númerode famílias e que todos possam beneficiardestes programas de apoio ao ensino da línguaportuguesa.

LP – Fazemos nossos os vossos votos. L P

Telefone e fax: (514) 849-9966Alain Côté O. D.

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FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Carlos Taveira• Luciana Graça• Lélia Pereira Nunes• Fernando Pires• Raul Mesquita• Jules Nadeau• Onésimo Teotónio Almeida• Padre Miguel Peixoto

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-dia(Ver informações: páginas 5 e 16)

wwww.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013

75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

SIAL:

Portugal afirma a sua presença no Salão da Alimentação• Por Jules NADEAU

Em grande estreia, uma iniciativa dignade menção, Portugal marcou a sua presençano Salão da Alimentação de três dias que acabade ter sido apresentado aos Montrealenses.Um encontro internacional impressionantepelo número de países representados na vastasuperfície do Palácio dos Congressos. De fazersalivar todos os cidadãos do mundo.

Evento anual desde 2007, o 13º salão SIALreuniu mais de 900 expositores oriundos dumacinquentena de países de todos os continentes.Toronto e Montreal são os dois hóspedes des-ta incontornável vitrina oferecendo múltiplasatividades profissionais!

Sob o título único de Portugal Foods,cinco sociedades estavam presentes num agru-pamento de cinco quiosques diferentes. PriscaAlimentação, Imperial, RealSabor, Nutricafése Waterbunkers fizeram publicidade aos seusprodutos com a ajuda de amostras. Os visitan-tes podiam provar bocados de presunto e desalpicão de RealSabor, assim como chocolatesda marca Imperial. Havia ainda café, água mine-ral e compotas.

O jovem responsável do marketing, JoãoCarvalho, explicou ao LusoPresse que PortugalFoods (fundada há seis anos) se concentra so-bretudo na exportação para a França, a Alema-nha e a Espanha. Mas a China, os EstadosUnidos e o Canadá são agora o alvo deste grupoindustrial e comercial, cuja sede está situadaem Moreira da Maia, na região do Porto. Asfeiras comerciais como estas de Toronto eMontreal são excelentes instrumentos de pro-moção. Aqui, Portugal Foods transita pelascomunidades portuguesas para se implantar.

Muito café português é vendido nas comunida-des de Vancouver e de Toronto. O mercadomontrealenses está ainda por explorar.

Por seu lado, o diretor dos escritórios daAICEP em Toronto (desde o ano 2000), RaulTravado, insiste sobre o facto que a participa-ção portuguesa de 2016 em Montreal não é se-não um primeiro passo e espera que a delega-ção do seu país seja mais agressiva no próximoano. Ao mesmo tempo que reconhecia a exis-tência de excelentes restaurantes e comérciosportugueses aqui, tantos eventuais parceiros,o veterano da AICEP (1985) espera que osseus produtos de qualidade vão encontrar com-pradores num mercado mais largo de gourmetsde todos os horizontes.

SIAL é uma organização internacional ati-va «nos quatro cantos do mundo», sublinha ocomunicado de imprensa de Bicom Commu-nication expedido por Sarah Massariol – res-ponsável das relações públicas do Café Ferreira.Com efeito, ao percorrer os stands de váriospaíses, é preciso admitir que Portugal afrontauma viva concorrência. O México, a França, aItália e mesmo a Coreia asseguraram-se de umcontacto direto com os 15 000 visitantes ofere-cendo saborosas degustações. Uma ocasiãopara começar uma conversa em francês. «Mes-mo se o inglês se tornou a língua dos negócios»,diz o Sr. Travado (que conhece a língua deMolière). A delegação portuguesa não se aper-cebeu da diferença entre Toronto e Montreal.Teria sido oportuno contratar pessoal localtrilingue para melhor fazer passar a mensagemaos milhares de visitantes. (A AICEP infeliz-mente fechou o seu escritório de Montreal em2008 e ocupa-se do Quebeque a partir de To-ronto.)

Enfim, uma pequena surpresa para o re-pórter do LusoPresse que se interessa pela cul-tura do chá (ver a nossa reportagem recentesobre a plantação de Chá Gorreana na RibeiraGrande): um encontro inesperado no quiosquedo Sri Lanka. Sob a designação «Chá do Ceilão,um presente ao mundo», um Asiático sorriden-te oferece-me umas amostras de chá da marcaHyleys. «Vou-lhe enviar pelo correio chá emfolhas», promete ele para melhor vender a suabebida «aristocrática». No momento de trocar-mos os nossos cartões, apercebo-me do seunome: Perera. «Você tem um apelido portu-guês?» «Sim, e um nome francês: Gaston» res-ponde-me o Cingalês.

Os cinco representantes das empresas que vieram de Portugal na companhia do cônsul-geral de Portugal, José Guedes deSousa, e do diretor da AICEP em Toronto, Raul Travado. Foto de Jules Nadeau/LusoPresse.

O Senhor Gaston Perera faz parte da comuni-dade dos descendentes de portugueses do Sri Lan-ka. Foto de Jules Nadeau/LusoPresse.

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Página 521 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Feliz Natala todos!

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Página 621 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Na cidade de Laval

Sun Life abre um segundo centro financeiro• Por Norberto AGUIAR

Combatentes por PortugalAs celebrações do Dia do Soldado Português, que coin-

cide com a data da Batalha de La Lys – 9 de Abril de 1918 –, ocorrida naFlandres, França, durante a Primeira Grande Guerra, fazendo parte daoperação Georgette concebida pelo general Ludendorf, do ImpérioAlemão – teve lugar no Clube Portugal Montreal neste mesmo dia, or-ganizado pelo Núcleo do Quebeque da Liga dos Combatentes.

No referente ao dia poder-se-á dizer que, sobretudo, celebra o fei-to heróico do conhecido soldado Milhões, de seu nome Aníbal Au-gusto Milhais, nascido em Valongo, concelho de Murça, em Trás-os-Montes, que sozinho com a sua metralhadora, enfrentou uma com-panhia alemã, cobrindo a retirada dos seus camaradas portugueses e es-coceses para lugar seguro. O nome de Milhões foi-lhe dado pelo seucomandante Major Ferreira do Amaral que alguns dias mais tarde ao re-cebê-lo no acampamento português, lhe disse: tens o nome de Milhaismas vales Milhões. E assim ficou rebaptizado… ao ponto de a suaterra natal se chamar depois em sua honra Valongo de Milhais. Entreoutras distinções foi homenageado pelo Governo Português, com ocolar da Ordem da Torre e Espada, a maior distinção nacional. Paraquem visite em Lisboa o Museu Militar, na zona de Santa Apolónia, te-rá ocasião de apreciar a Sala do Milhões, com um grande mural represen-tando a odisseia deste valoroso soldado.

No Clube Portugal, o Núcleo reuniu cerca de oitenta pessoas, en-tre antigos combatentes, familiares e amigos, que confraternizaramcom alegria e com o excelente serviço de cozinha e às mesas dos cola-boradores do prestigiado Clube.

O presidente do Núcleo aproveitou a ocasião das boas-vindas pa-ra informar que no dia 21 de maio pelas 15 horas, terá lugar, no mesmolocal, uma assembleia para eleição de um novo Executivo e para a qualse agradece a maior comparência dos membros efetivos.

O Núcleo, organismo sem fins lucrativos, é um componente daLiga dos Combatentes, aprovado por Decreto em 1924, com váriosobjectivos, entre os quais, promover a exaltação do amor à Pátria e a di-vulgação, especial entre os jovens, do significado dos símbolos naci-onais, bem como a defesa intransigente dos valores morais e históricosde Portugal.

E assim se faz, no melhor dos ambientes, como decorreu este jan-tar comemorativo.

Ser membro do Núcleo, ser membro da Liga dos Combatentes, érespirar Portugal.

Raul MesquitaL P

A Sun Life, uma das maiores compa-nhias de serviços financeiros à escala interna-cional, inaugurou quinta-feira passada, na cida-de de Laval (3131, boul. St-Martin ouest, bureau110), um segundo centro de atividades. A ceri-mónia contou com a presença de agentes, ami-gos e clientes da companhia. Presidiu à inaugu-ração o presidente da Sun Life para o Quebeque,Robert Dumas, e o presidente da Câmara Muni-cipal de Laval, Marc Demers.

Antes do tradicional corte da fita, os con-vidados puderam visitar os amplos escritóriosda Sun Life, secção Laval Sul, na companhiade Anny Corriveau, diretora-geral do novo cen-tro. Um beberete seguiu-se-lhe, onde todosos presentes puderam confraternizar e ao mes-mo tempo falar de negócios.

«Nós temos uma equipa sólida de agentes/conselheiros dedicados. Estamos felizes porpodermos oferecer os nossos serviços nestaregião da cidade, com a convicção de que pode-mos ajudar a população de Laval a determinaros seus objetivos e encontrar soluções que aajude a atingir a segurança financeira em todasas etapas da vida», haveria de dizer Anny Corri-veau a dado passo da sua intervenção.

De seguida falaram o presidente da compa-nhia, Robert Dumas e o «maire» da cidade,Marc Demers. O primeiro disse acreditar noêxito da equipa que vai trabalhar e liderar a no-va estrutura, assim como acredita no grupo deconselheiros ao seu serviço. Já o presidente daCâmara regozijou-se pela criação de mais umaempresa comercial na cidade, «somos uma cida-de que não pára de crescer...».

A Sun Life, para os mais desprevenidos, éuma organização de serviços financeiros deprimeiro plano virada para os particulares eempresas, ao oferecer produtos no domíniodos seguros e da gestão de património. É umacompanhia de reputação mundial, estando es-tabelecida, nomeadamente, em países como oJapão, a China, a Austrália, o Reino Unido, eclaro, o Canadá e Estados Unidos da América.

Manuel Resendes na equipaNesta equipa da Sun Life há um português

inserido. Trata-se de Manuel Resendes, um ami-go de longa data, quase desde os primórdiosda nossa chegada a Montreal, já lá vão 40 e talanos.

Homem do futebol, foi assim que o co-nhecemos, Manuel Resendes é agente da SunLife desde há três anos. Mas já desempenhaesta profissão de agente de seguros desde hácerca de 15 anos. O seu batismo deu-se na

companhia de seguros Assurances RBC. Um amigo sugeriu-lhe a trans-ferência para a Sun Life. Depois de matutar sobre a troca, Manuel Re-sendes acabou por decidir mudar de ares. E pelo que nos disse, está felizpor fazer parte da equipa de Anny Corriveau, que considera uma mulhermuito competente.

Para quem estudou técnica de computadores e, depois, trabalhouno Aeroporto Pierre Elliot Trudeau para a CARA, esta viragem do Ma-nuel Resendes para o domínio dos seguros, não deixa de não surpre-ender. Mas aguerrido como é, a surpresa logo pára aí.

Sobre a sua carteira de clientes, Manuel Resendes acaba por nãoser muito expansivo. Mas sempre lá foi dizendo que a sua clientela «émais quebequense» e que «de portugueses devo ter dois a três por cen-to». E ainda «trabalho essencialmente em Laval e Montreal. Mas tenhoalguns clientes a sul de Montreal e outros a norte de Laval. Digamosque trabalho numa área a rondar os 100 quilómetros».

Manuel Resendes é natural de Rabo de Peixe e chegou a Montrealcom 10 anos de idade. É pai de três filhos adultos, um rapaz e duas ra-parigas.

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Stéphane Beaumier, Anny Corriveau, Anh Ngo e Robert Dumasno corte da fita. Foto LusoPresse.

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Da esquerda para a direita podemos observar Manuel Resen-des, o agente de origem portuguesa da Sun Life de Laval,Anny Corriveau, diretora geral do Centro Financeiro, RobertoDumas, presidente da Sun Life Quebeque, e Marc Demers,presidente da Câmara Municipal de Laval. Foto LusoPresse.

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Página 821 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Ainda o Dia da Mulher do LusoPresse

Uma festa para recordar• Por Norberto AGUIAR

O 16° Dia da Mulher do LusoPresse realizou-se, esteano, um pouco fora de horas, isto é, fora do seu mês natural, queé, como todos sabem, o mês de março. Mas, apesar disso, valeu apena, isto na medida em que nos deu mais tempo para pôr de péuma ideia – mais uma... – inédita: convencer as 15 MulheresMais da Comunidade – escolhidas pelo LusoPresse no ano pas-sado – a escolherem elas, as 15 Mulheres de 2016.

No princípio a ideia pareceu excelente a todas, ou quase todas,as galardoadas do ano passado. Depois, com o decorrer do tempo,as coisas complicaram-se, pois algumas começaram a considerar atarefa difícil... E não adiantava dizer que assim é que era bonito oexercício. «Sabe, tinha pensado em alguém, mas depois vi que pe-los «regulamentos» não dá para escolher a pessoa que pensei...». Elogo outra, «Pensava que a escolha fosse mais fácil...». E aindauma terceira, «Se não for fulana, eu não escolho outra pessoa...».Isto já para não falar naquelas que deixaram as promessas a meio.(Aqui não entra o impedimento, por doença, de uma das inter-venientes.)

Mas houve, também, entre as possíveis 16 escolhas, uma ouduas que declinaram o convite das suas correligionárias. Por pensa-rem que seriam segundas escolhas? Não se sabe. O que se sabe éque declinaram o convite e estavam no seu direito.

Com alguns avanços e recuos, a festa do Dia da Mulher doLusoPresse foi, então, esperando pelo dia certo, mesmo se issoobrigou que saíssemos do mês de março, agravado por haver ofim de semana da Páscoa. Valeu a colaboração da direção do ClubePortugal de Montreal, na pessoa do António Moreira, seu presi-dente. Em duas ocasiões a reserva do dia para o evento esteve emcima da mesa... E nas duas vezes fomos obrigados a pedir a com-preensão dos responsáveis do Clube para concordarem com oadiamento. Na circunstância valeu que a última data escolhida estavadisponível. Fica aqui, nestas linhas, um sentido obrigado ao Antó-nio Moreira pela sua compreensão, paciência e sentido de entreaju-da. Tanto quanto criticamos quando é de criticar, também temosde elogiar quando é merecido fazê-lo, como neste preciso e concretoassunto.

Da festa já todos sabem como se passou. Pela Imprensa e pe-las pessoas que a ela aderiram. No essencial foi muito positiva,com presença de muita gente. E se não andássemos aos soluçoscom a respetiva data, com certeza que ainda teriam aderido maispessoas. Mas o programa e a certeza de que o jantar teria qualidade– vai todinha para a equipa do Clube! – fizeram com que a sala esti-vesse praticamente cheia. Também aqui um obrigado para quemnela participou, não interessando de que maneira.

Este texto não ficava completo sem que disséssemos um ou-tro obrigado a toda a Equipa do LusoPresse e da LusaQ TV peloesforço desenvolvido antes, durante e depois da festa. Sem essaequipa, com certeza que nada disso teria sido possível.

PS – Só para deixar esclarecido que o não aceitar que Mulhe-res da nossa organização fossem escolhidas tem a ver com questõesde transparência.

Karene Aguiar e Anália Narciso, duas pilares na festa doDia da Mulher do LusoPresse. Foto de Jules Nadeau.

L P

Jornalistas nos AçoresLusoPresse e LusaQ TV representados

LUSOPRESSE – A Direção Regional das Comunidadesdecidiu promover um encontro de jornalistas da Diáspora nos A-çores, mais concretamente nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge. Oevento começa hoje e tem participação quebequense, com particulardestaque para a presença do LusoPresse e LusaQ TV, organizaçõessiamesas por pertencerem ao mesmo proprietário, no caso, NorbertoAguiar.

Para o LusoPresse, jornal que comemora 20 anos em 1 de de-zembro próximo, esta não é a primeira vez que toma parte neste ti-po de iniciativa, enquanto que para a LusaQ TV trata-se do seu ba-tismo.

Assim, marcarão presença nos Açores Anália Narciso, peloLusoPresse, e Norberto Aguiar, pela LusaQ TV. Também novidadenestas andanças é a presença de Anália Narciso, mais habituada atrabalhar na retaguarda ou em assuntos de cariz mais comunitário.Já Norberto Aguiar, que tem vários encontros deste cariz no seuativo, também assume o facto de participar neste encontro pela pri-meira vez representando um órgão de comunicação social diferentedo que tem sido até aqui, no caso concreto um programa de televisão.

Entretanto, no decorrer das próximas semanas haverá inter-venções diretas de Norberto Aguiar para a LusaQ TV, via skype.

Quanto a Anália Narciso, o resultado do seu trabalho seráapresentado na primeira edição do LusoPresse do mês de maio, aser publicada mais concretamente na quinta-feira, dia 12.

L P

Governo dos AçoresPromove Encontro de Órgãos de Comunicação Social da Diáspora

PONTA DELGADA, Açores - O Governo dos Açores pro-move, entre 22 e 26 de abril, nas ilhas do Faial,Pico e São Jorge, a realização do Encontro deÓrgãos de Comunicação Social da DiásporaAçoriana, que vai debater os seus principaisdesafios atuais e futuros.

A abertura oficial do encontro, que contacom a participação de 38 órgãos de comuni-cação social oriundos da Bermuda, Brasil, Ca-nadá, Estados Unidos da América e Portugalcontinental, terá lugar sexta-feira, 22 de abril,pelas 10h00, no Centro de Interpretação doVulcão dos Capelinhos, no Faial, e inclui umapalestra de José Lopes de Araújo, Diretor Insti-tucional e de Arquivo da RTP, intitulada “ADiáspora e os Media”.

Esta iniciativa, promovida pela Presidên-cia do Governo dos Açores, envolve tambéma presença, no primeiro dia, dos órgãos de co-municação social da Região, estando previstauma sessão de trabalho conjunta, moderadapor Vamberto Freitas, da Universidade dos A-çores, num espaço de debate aberto que preten-de servir de veículo de discussão sobre os desa-fios atuais da comunicação social e promovero estreitamento das relações e laços que unemos órgãos de comunicação social dos dois ladosdo Atlântico.

O “Encontro de Órgãos de ComunicaçãoSocial da Diáspora Açoriana: Desafios Atuaise Futuros” pretende ainda potenciar a reflexãoe o debate sobre temas como, entre outros, obilinguismo e as novas plataformas de comuni-cação, procurando também, por outro lado,dar a conhecer aos participantes os Açores dehoje, em diversas dimensões e setores de ativi-dades.

Nesse sentido, a iniciativa prevê a realiza-ção de sessões de trabalho nas ilhas do Faial,Pico e São Jorge, promovendo o conhecimentode diversos locais e fomentando a discussão epartilha entre os participantes, abordando te-mas como a valorização do Mar nos Açores,numa sessão a realizar na Fábrica da Baleia, naHorta, os Açores enquanto destino turístico,a realizar na Gare Marítima da Horta, ou aspolíticas ambientais no arquipélago, cujo de-bate terá lugar numa sessão a realizar na Casada Montanha, na Madalena.

Para além das sessões de trabalho, os parti-cipantes neste encontro terão ainda a oportu-nidade de realizar várias visitas nas três ilhasdo ‘Triângulo’, entre as quais à União das Co-

operativas Agrícolasde Lacticínios de SãoJorge e à Fábrica deConservas de SantaCatarina.

Este encontro deórgãos de comunica-ção social da diásporaé organizado peloGabinete do Subse-cretário Regional daPresidência para asRelações Externas,através da Direção Re-gional das Comuni-dades, com a parceriado Gabinete da Su-bsecretária Regionalda Presidência para osAssuntos Parlamen-tares.

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Página 921 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Em 2018TAP quer voar para Montreal

HAMBURGO, Alemanha – A TAP quer voar para o Canadá em2018, o que será possível com a chegada dos primeiros de 53 aviões com-prados pela companhia aérea portuguesa à Airbus, anunciou o adminis-trador Trey Urbahn.

“Está no plano voar para o Canadá, mas ainda não está fechadoquando”, afirmou o administrador da TAP, na exposição de interiores deavião, a decorrer em Hamburgo, onde foi anunciado que a companhia aé-rea portuguesa vai ser a primeira a operar o novo avião A330 [neo].

Em declarações aos jornalistas, Trey Urbahn explicou que o reforçoda frota, com a chegada dos primeiros aviões prevista para o último trimes-tre de 2017, vai permitir expandir a rede servida pela TAP, sendo o Canadáuma das prioridades da companhia liderada por Fernando Pinto.

Sem precisar uma data para o início da operação para o Canadá, oadministrador explicou que o objetivo é começar com ligações a Montreal,com aviões mais pequenos (o A320), devendo numa segunda fase assegurarligações a Toronto.

No interior da cabine Airspace, que vai equipar as novas aeronavesA330-900neo, o administrador da TAP explicou que ter sido a companhiaescolhida para realizar o primeiro voo será muito positivo: “Todos osoperadores vão estar a olhar para o primeiro avião”.

Os aviões A330-800neo e A330-900neo são os dois novos aviões daAirbus lançados em julho de 2014, cujas primeiras entregas estão previstascomeçar no final de 2017.

Em novembro de 2015, a TAP anunciou a encomenda à Airbus de 53 aviõesWidebody e de corredor único, entre os quais 14 A330-900neo e 39 A320neo, subs-tituindo a encomenda anteriormente feita de 12 A350 pelos A330 neo.

A administração da TAP recusou dar valores do investimento na re-novação da frota mas, a preço de catálogo, os 14 aviões A330-900 neo re-presentam um investimento superior a 3 500 milhões de euros, uma vezque cada aeronave destas custa 287 milhões de dólares (253 milhões de eu-ros), a preço de catálogo, que depois é renegociado em cada contrato. L P

No Ontário...

‘Silicon Valley do Norte’ com ajuda dos portuguesesTORONTO, Ontário – A província do Ontário

quer atrair investigação e conhecimento técnico de váriospaíses, entre os quais Portugal, para ajudar a potenciar astecnologias da informação no “Silicon Valley” canadiano.

“Estamos a encorajar os portugueses que venhampartilhar connosco o conhecimento nas novas tecnolo-gias. Portugal já avançou muito nesta área, quer na inves-tigação, informação e pesquisa em física quântica” afirmouà Lusa Charles Sousa, ministro das Finanças do Ontário.

O lusodescendente, filho de emigrantes provenien-tes da Nazaré, distrito de Leiria, salientou que “estasoportunidades vão potenciar as relações económicasentre os países”.

Entre a cidade de Toronto e a região de Waterloo –Kitchener existe um corredor de 114 km, onde estão lo-calizadas empresas ligadas à inovação e às novas tecno-logias, como é o caso da Google, Shopity, Research inMotion (Blackberry), Open Text, Cisco, e milhares de‘startups’.

Neste momento já estão criados cerca de 200 milpostos de trabalho na área das tecnologias, metade doque existe no Silicon Valley, no estado norte-americanoda Califórnia.

Contando ainda com as cidades de London e de O-tava, este corredor “é extremamente importante paraque o Ontário possa competir com a Califórnia, NovaIorque, e com outras regiões da Europa”, explicou o mi-nistro.

A província do Ontário quer continuar a liderar oinvestimento estrangeiro direto na América do Norte,disponibilizando um fundo de dois mil milhões de dóla-

res (1,35 mil milhões de euros) de financiamento numfundo de prosperidade de emprego, algo que está a “con-tribuir bastante para o crescimento da economia”.

Outra das vantagens do novo centro tecnológico‘Silicon Valley do Norte’, é a interligação entre o setorprivado e o ensino superior, pelo que foi criado um cor-redor de investigação quântica onde está localizado o Ins-tituto Perimeter de Física Teórica.

Com um plano de gastos de 1 330 mil milhões dedólares canadianos (890 mil milhões de euros), o orçamen-to apresentado em fevereiro, projeta um crescimento noProduto Interno Bruto (PIB), ultrapassando o crescimen-to nacional, com projeções de 2,4% para 2017, 2,2 % pa-ra 2018, e atingindo os 2,0 % em 2019.

Para 2016/17, o Governo Provincial está a projetarum défice no orçamento de 4 300 mil milhões de dólares(2 900 mil milhões de euros), antes de ficar equilibradoem 2017/18.

A aposta do Governo passa pela aposta no “trânsitopúblico e infraestruturas” e “ensino”.

Para tal, o governo provincial avançou com a reno-vação da Escola de Negócios e Económica da Universi-dade Wilfrid Laurier em Waterloo, através do apoio doempresário e filantropo Mike Lazaritis (fundador da Black-berry) e do Ontário, que contribuíram em 2015 com 35milhões de dólares (23 milhões de euros).

“Uma escola que é vocacionada mais para aperfeiçoara indústria tecnológica, vai possibilitar o aparecimentode ‘startups’. A própria Blackberry podia entrar para outroscaminhos caso tivesse estes profissionais”, concluiu Char-les Sousa.

L P

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Página 1021 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

RECORDES VÁRIOSOnde se fala dum nevão, de dívidas, impostos, e se propõe remédio criativo© Carlos Taveira.

Este artigo é publicado simultaneamente no meu blogue: «O Blog do Beto Piri»

http://blogdobetopiri.blogspot.ca/

Sabes o que é precipitação atmosféricanão sabes? Lá no canto tropical onde nasciera em forma de aguaceiros durante a estaçãodas chuvas. Aqui, neste país de neves, é sobtodas as formas possíveis. No calor são chuva-das e granizos, no frio é chuva, neve e umacoisa abominável a que os francófonos cha-mam verglas, os anglófonos freezing rain e oslusófonos simplesmente chuva congelada.Quanto aos ameríndios não faço ideia, massei que as estações deles não coincidem comas que foram impostas pela Europa. Os Atika-mekw, por exemplo, tinham seis. O degelo (Si-kon) era coisa distinta da primavera (Miroska-min). E estou de acordo com eles, já cá estavamquando, há mais de doze séculos, os primeirosvikings encalharam um dracar nas praias daTerra Nova.

Mas hoje não é de vikings nem deameríndios que te falo. Hoje é de re-cordes...

Acontece que por estas bandas de Otavae Gatineau andamos impantes de orgulho! A16 de fevereiro deste inverno batemos umrecorde importante: há mais de cem anosque não caía tanta neve num só dia. Só visto!O nevão foi tamanho que um manda-chuvados funcionários federais os deixou sair aomeio-dia, não fosse a carga de neve impedi-losde chegar atempadamente a casa. Olha, é bemfeito para eles, não viram um tipo esquiar nopasseio frente ao Parlamento, nem sequeroutro espetáculo inusitado: um jovem (tãoatlético e ágil que até me deu raiva) de pé numaprancha de neve a escorregar em plena ruaWellington, rebocado por um cabo preso àstraseiras duma camioneta. Atrás dele, de câmarafotográfica em riste, corria uma adolescentebonitinha com os cabelos loiros atransbordarem do gorro de lã grossa. Veio-melogo um reflexo de macho latino e disse cápara os meus botões que o surfista andava aocorrico às garinas. Sabes o que é a pesca aocorrico, não sabes? É com a linha lançada à rédum barco em andamento onde, à laia de isco,cintila uma amostra brilhante, em forma depeixe. Foi isso que pensei: que o jovem loucoandava à pesca às namoradas. E que já fisgarauma!

Havia tanta neve que seria de esperar queos funcionários federais fossem isentos detrabalho no dia seguinte, coisa que,infelizmente para eles, não aconteceu: as auto-estradas e estradas principais estavam limpas eos pneus mordiam o asfalto com segurança.Olha como os humanos são capazes deresolver um problema bicudo quandoarregaçam as mangas, enchem as chávenas decafé, penduram mapas nas paredes e se põema fazer brainstorms à volta duma mesa! Atéparecia milagre mas não foi. Ao fio dos anosforam concebidos veículos poderosos comotanques de guerra, equipados com lâminas emvez de canhões. E outros que chupam a neve ea atiram para camiões. Aperfeiçoou-se tambémuma espécie de homens e mulheres que enfren-

tam ventos polares sem frio nos olhos e queatacam os montes de neve, permitindo aoscarros dos cidadãos rolar pelas estradas. Nãofoi milagre, mas quanto a mim foi um recordede remoção de neve.

Por falar em recordes... Olha outros jábatidos ou previstos, que não têm grande coisaa ver com a neve mas que podem causar cala-frios:

• 1% da população mundial controla me-tade das riquezas do planeta1. A estes, pertenceseguramente uma parte dos credores da dívidamundial.

• Essa mesma dívida mundial cifrava-se,no momento em que fiz um clique no conta-dor2, em $58,405,992,221,634 (se o fores con-sultar vais ver que o recorde já foi batido).

• Nunca os particulares pagaram tantosimpostos nem as grandes multinacionais a eles(impostos) tanto fugiram.

• Nunca os paraísos fiscais foram tão soli-citados (as empresas canadianas neles escon-deriam uns 200 bilhões de dólares3).

• Nunca se fez tanto dinheiro no mundo.O Brasil, por exemplo, está em boa posiçãopara bater o recorde do maior exportador mun-dial de alimentos4.

• Nunca se produziu tanto género alimen-tício e nunca houve mais de 800 milhões depessoas na pobreza5, a passar fome. O Brasil,por exemplo, mesmo se o Lula conseguiu bai-xar de 82% a fome6, ainda tem 7 milhões depessoas que não comem como deve ser7.

Somos uma espécie que adora recordes,não achas? Temos o desporto na massa dosangue. Mas atenção, não fiques a pensar queo tal 1% de ricos me incomoda, que sou umesquerdista de garras afiadas prontas a crava-rem-se no bolso deles. Não senhor! Pelo con-trário, até acalento a esperança de fazer partedesse clube restrito... Dessa nata! E não estousozinho nesta esperança, pois não? Se calharés como eu, mesmo quando a lei das probabili-dades nos diz, como diz a vernácula expressão:tira o cavalinho da chuva! Somos como aqueletipo que saiu de Montreal e foi ao país do TioSam comprar o bilhete duma lotaria que ofe-recia um prémio colossal. Estatisticamente ti-nha muito mais probabilidades de sofrer dumacidente em caminho que embolsar os mi-lhões, mas foi na mesma. Somos assim, umaespécie rica em esperança.

Foi com esta esperança ilógica de um diaser bilionário que adormeci naquela noite emque as máquinas atacavam, furiosas, o nevãorecorde. Sonhei muito, mas em vez de me vernuma ilha tropical com um veleiro de três mas-tros a boiar em águas transparentes, frente àminha mansão, e um barco com motor forade borda para ir ao corrico às garinas, sonheicom dívidas, com juros das dívidas, com im-postos e com as fugas a eles... Uma chaticeaparentemente, mas olha a surpresa: em vezde madrugar contrariado com os pesadelos,acordei com uma ideia de génio! Logo eu, quesou tão inocente e ignorante que escrevo estascoisas só para que tu me ajudes a compreendereste mundo e a estranha humanidade que nele

vive. Não sei se alguém já foi atingido pelorasgo de lucidez que me acordou, mas na dúvi-da arrisco-me a partilhá-lo contigo.

É assim, olha...Considerando que 1% cento da humani-

dade detém a maior parte da dívida mundial eque esse mesmo 1% é quem mais foge aos im-postos dos países de quem são credores... Asolução é simples: que os países endividadosdeixem de pagar as dívidas aos credores comomaneira de lhes cobrar os impostos que lhessão devidos e aos quais eles (os do 1%) fogem!

Hã?Como a ideia me surgiu antes da publica-

ção dos dois orçamentos, o provincial do Car-los Leitão e o federal do Bill Morneau, acheique, como cidadão responsável, devia comuni-car-lhes a minha descoberta. Mas antes deciditestá-la com alguém. Inchado de empáfia, tele-fonei ao Rebenta Balões, aquele meu amigoateu e cáustico, corrosivo como o ácido sulfú-rico. É muito inteligente, contudo sofre dumirredutível pessimismo e perdeu toda e qualqueresperança na humanidade. De fé nem lhe falesque lhe dá um fanico. Segundo ele o nossodestino como espécie está selado: com tantaasneira acumulada, corremos inexoravelmentepara o abismo. Para lhe trazer uma lufada deoptimismo, arejar-lhe o bafio dos pensamen-tos sombrios, decidi pô-lo ao corrente do meurasgo de génio. Atendeu-me com o mau humorhabitual e grunhiu quando lhe disse que eraportador duma excelente ideia. Deixou-me ex-por o meu achado genial até ao fim, sem entre-pausas, coisa rara nele, de hábito interrompe-me, chama-me de parvo, de inocente, eu des-ligo e amuo durante algumas semanas. Quando,animado com aquele silêncio inabitual, chegueiao fim da minha exposição, calei-me, retendoo fôlego, esperando pelo julgamento. E sabesqual foi o comentário do energúmeno?

Desatou a rir a bandeiras desprega-das!

Riu-se tanto que até se engasgou. Um risoinsano, desmedido, com tosses, silvos e roncos.De vez em quando parava, recobrava o fôlego,exalava um sofrido «é boa» e retomava o acessodescontrolado das gargalhadas. Os risos trans-formaram-se, viraram guinchos misturadoscom uma espécie de grunhidos de suíno. Tinhacertamente pousado o telefone sobre a mesa

porque ouvi o estalar de palmadas sobre o tam-po, mania dele quando ri descontroladamente.O que é raríssimo, claro.

Ao ouvi-lo prestes a sufocar entrei empânico, desliguei e compus o número do tele-móvel da mulher, porque o bicho tem duaspontes aorto-coronárias (pretende que umalhe vem da esquerda e a outra da direita): quan-do exposto a uma grande excitação corre peri-go de acidente cardiovascular. A esposa acorreu,inquieta, forçou-lhe uma pílula debaixo da lín-gua e voltou ao aparelho quando o sentiu esta-bilizado:

– Encontrei-o lavado em lágrimas à beirado chilique. Não sei que raio de história cómicalhe contaste mas ias-me matando o homem –disse-me num tom acusador – E não desli-gues... Está a fazer sinal que quer falar contigo.

Impedido de desligar por causa dum com-plexo de culpa mal vindo, lá colei o ouvido aotelemóvel, sabendo de antemão que me iria ar-repender. Meu dito, meu feito! O tratante, maugrado a voz fraca de convalescente, não perdeua ocasião para me humilhar:

– Olha meu... Acabámos de bater dois re-cordes. Eu bati um recorde de riso e tu batesteum recorde de inocência.

Desliguei, atirei o telefone para o sofá eamuei durante um mês. E até me esqueci de en-viar o meu rasgo de génio ao Leitão e ao Mor-neau que, como certamente notaste, apresenta-ram orçamentos incapazes de pagar essa dívidaque nos sufoca.

Espero que alguém lhes faça chegar esteartigo, nunca se sabe...

(Footnotes)1 FARIZA, I. 1% da população mundial concentra

metade de toda a riqueza do planeta,El País, 18 out. 2015.2 World debt comparison, The global debt clock,

The Economist (internet).3 TENCER, D. Canadian Corporations Had $200

Billion In World’s Top Tax Havens Last Year: Report, TheHuffington Post, 16 mai. 2015.

4 FAO cita Brasil como candidato a futuro maior ex-portador de alimentos, Globo Rural (Estadão Conteúdo),4 ago. 2015.

5 ONU diz que 800 milhões de pessoas ainda so-frem com fome e pobreza, Mundo (Reuters), 6 jul 2015.

6 Fome cai 82% no Brasil, destaca relatório daONU, Portal Brasil, 27 mai. 2015.

7 SARAIVA A. 7,2 milhões de pessoas passam fo-me no Brasil, mostra IBGE, Valor Económico, 18 dez.2014.

Câmara de LagoaA melhor execução de sempre

A Presidente da Câmara Municipalde Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota, anun-ciou em Reunião da Câmara, que o Municípiode Lagoa obteve, em 2015, a melhor taxa deexecução orçamental de sempre, tendo obtidouma taxa de 93,9% no orçamento global dareceita e de 92,2% no orçamento global dadespesa.

Comparativamente a 2014, o municípiode Lagoa registou em 2015, um aumento nassuas taxas de execução na ordem dos 7 pontospercentuais. Esta situação resulta do maior ri-gor que tem sido implementado na elaboraçãodo orçamento e da forte contenção na despesa.

Em 2015 a Autarquia continuou a verificarum aumento da sua receita corrente global ar-recadada e verificou também uma redução dasua despesa corrente, permitindo assim, que a

Câmara Municipal de Lagoa liquidasse, pelo segundoano consecutivo, a totalidade das suas dívidas a fornece-dores, reduzindo também o prazo médio de pagamen-to em 82%, sendo no final de 2015, de 4 dias apenas.

A atividade durante este ano caraterizou-se pelaobservância, entre outros, dos seguintes objetivos:Consolidação financeira das contas do município; Re-dução dos prazos de pagamento; Redução das dívidasa fornecedores; Conclusão e execução de diversas o-bras, particularmente equipamentos de natureza cole-tiva; Preparação dos projetos para futuras candidaturasdos Fundos Comunitários; Manutenção dos apoiossociais às famílias e às instituições e outros apoios decarácter desportivo, cultural, educativo, ambiental, ci-entífico e de natureza turística.

Neste período a autarquia alcançou um resultadolípquido do exercício no valor de 153 mil euros, o pa-trimónio cresceu mais 2,9 milhões euros, comparati-vamente a 2014. Neste momento, o ativo total do mu-nicípio ascenda a 67 milhões de euros.

No entender de Cristina Calisto Decq Mota, ascontas de 2015, que serão presentes para aprovação napróxima Assembleia Municipal do dia 27 de abril, apre-sentam-se muito positivas. L P

L P

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V I V E R N U M D O I S E M U M : S E R P O R T U G U Ê S E M O N T R E A L E N S E

Concurso para os alunos (entre os 10-13 e entre os 14-17 anos) das escolas portuguesas ou cursos de Português em Montreal

Considerado uma homenagem aos emigrantes portugueses em França o filme “A Gaiola Dourada” é uma homenagem a

todos os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. Valores como a família, a partilha à volta da mesa de jantar, a

dedicação ao trabalho, a celebração das festas religiosas ou a luta pela preservação e transmissão das tradições portugueses às

gerações seguintes, entre outros, unem todas as comunidades portuguesas no mundo. Mas cada comunidade portuguesa tem as

suas próprias características de acordo com o país onde se instala. São essas especificidades da comunidade portuguesa em

Montreal que queremos celebrar: sob o mote “Viver num Dois em Um: ser português e montrealense”, promovemos um concurso

que visa saber a forma como os estudantes das escolas comunitárias ou de cursos de língua portuguesa, jovens das segunda e

terceira geração de portugueses, vivem a sua herança portuguesa em Montreal. Os estudantes que queiram participar no

concurso podem partilhar as suas experiências seja através de um conto (ficção ou não-ficção) com base numa experiência

pessoal, mas podendo também recorrer a fotografias antigas, entrevistas a familiares, etc.. O importante é dar asas à

imaginação. Os trabalhos podem ser apresentados por escrito ou vídeo, etc. Ganha o mais original!

Os trabalhos a concurso serão divididos e avaliados em duas faixas etárias diferentes: haverá assim um grupo de alunos com

idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos e outro grupo de alunos com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos. A

entrega dos trabalhos deve ser feita até sábado dia 14 de maio na secretaria da Missão de Santa Cruz. Deve constar a

indicação do nome, idade, morada, telefone ou email. No caso de ser o vencedor será contactado dois dias antes do dia 28 de

maio, ou seja, dia 26, quinta-feira.

Os vencedores serão anunciados no dia da festa de final de ano das Escolas Santa Cruz e Lusitana no sábado de 28 de

maio. O vencedor do grupo 14-17 anos receberá um cheque-prenda de $60 da Renaud-Bray e o do grupo 10-13 de 40$. Os

segundos e terceiros lugares receberão livros em português. Todos os participantes receberão um diploma de participação. Os

três trabalhados vencedores terão destaque nos meios de comunicação comunitários, assim como na página de Facebook da

Coordenação do Ensino de Português no Canadá – Montreal.

O Concurso “Viver num Dois em Um: ser português e montrealense” é uma iniciativa da Coordenação do Ensino de

Português no Canadá/Camões I.P. em parceria com o Consulado de Portugal em Montreal e com as Escolas da Missão de Santa

Cruz.

Visit Portugal em Montreal:Põe turismo português em destaque

• Por Norberto AGUIAR

Foi na quinta-feira passada que a VisitPortugal, com escritório em Toronto, estevede passagem por Montreal. Com ela, vieramvários representantes de organizações nacio-nais portuguesas, todas elas ligadas ao mundodo turismo. Chefiava-a William Delgado, o ho-mem forte da base torontoense.

O encontro dos agentes turísticos portu-gueses com vários dos seus homólogos locaisteve lugar no Hotel Omni, situado no centroda cidade, a oeste (1050, rua Sherbrooke).

O encontro começou logo pela manhã,com os representantes portugueses distribuí-dos pelo grande Salão Pierre de Coubertin dojá citado hotel. Por detrás das suas secretárias,os fornecedores de serviços turísticos lusitanosnão tiveram mãos a medir e trataram de expla-nar aos convidados locais as razões por que éque Portugal é um dos destinos mais procura-

dos neste momento: estabilidade política,bom clima, preços acessíveis, proximidadecom o Canadá e, muito em voga ultimamente,a boa gastronomia. Outro fator a não menos-prezar é a melhoria evidente nas ligações aéreasentre o Canadá e Portugal, nos dois sentidos,claro, mercê do aparecimento de novas compa-nhias, como a Air Transat, Air Canada e, claro,a SATA Airlines – até há pouco era SATA In-ternacional.

Vieram agentes de várias regiões de Por-tugal. Do Centro, da Madeira, dos Açores, doNorte, de Lisboa... todos eles incumbidos dopropósito de promover o destino nacional. Epelos comentários escutados aqui e ali, a colhei-ta arrisca-se a ser positiva. Recorde-se, paraquem não saiba, que esta vinda de agentes turís-ticos portugueses acontece uma vez por ano,como nos garantiu William Delgado. Mas nemsempre vêm os mesmos protagonistas. A esco-lha é livre e depende dos próprios agentes esuas respetivas empresas.

Esta comitiva, que englobou cerca de trêsdezenas de pessoas, começou a digressão porVancouver, passou por Toronto e terminou-aaqui, em Montreal.

Depois da feira, digamos assim, da partede manhã, o encontro de agentes portuguesese montrealenses prosseguiu durante o almoço,agora no Salão Verão. Aqui intervieram, nome-adamente, o embaixador de Portugal José Fer-nando Moreira da Cunha. Na sua alocução, odiplomata abordou, embora muito ao de leve,como se compreende, as relações Canadá/Por-tugal, mostrando-se orgulhoso pelo que temsido feito em termos de intercâmbio, aflorandoao mesmo tempo a tradição do Quebeque co-

mo mercado turístico virado para Portugal.A parte mais substancial do almoço foi o-

cupada com a intervenção de William Delga-do. O coordenador da Visit Portugal relatouas vantagens de se passar férias em Portugal. DeNorte a Sul, passando pela Madeira e Açores,William Delgado deu explicações do que o turistapode encontrar de bom em cada uma das regiõesrespetivas. Falou da cultura, da gastronomia, dodesporto nacional, ao mesmo tempo que passa-va um vídeo dando conta de todas aquelas quali-dades. As pessoas apreciaram.

No final do belíssimo almoço, houve tira-gem de prémios; algumas viagens, oferta dasempresas presentes. L P

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COMUNICADONo próximo dia 5 de maio vai reali-

zar-se a segunda edição da «Grande Envoléeavec le Commandant Piché». Queria por estemeio convidar a comunidade portuguesa a par-ticipar neste evento que tem como objetivoangariar fundos para a fundação do mesmo,que luta contra o alcoolismo e outros tipos dedependências. As inscrições continuam aber-tas, basta ir ao site internet da fundação que éno www.fondationrobertpiché.org. Este eventoterá a minha colaboração e também a participa-ção do senhor Cônsul de Portugal, Dr. JoséGuedes de Sousa.

Este ano celebra-se o 15 aniversário daaterragem de emergência do Comandante Pi-ché nos Açores. Um evento bem gravado namemória da comunidade portuguesa do Ca-nadá. Nessa data de 2001, o Comandante Pichéconseguiu aterrar o voo da Air Transat quepartia de Toronto com destino a Lisboa.

Por esta razão, principalmente, eu, DanielLoureiro, conselheiro das Comunidades Por-tuguesas, junto-me a este evento e convido acomunidade a participar neste voo festivo. De-pois do voo haverá uma celebração no HotelMarriott do aeroporto de Montreal. O Cocktailserá uma oferta da chefe portuguesa HelenaLoureiro, que também em prol da comunidadeportuguesa se une a este evento.

Convido então a comunidade a participarnesta grande celebração com objetivos nobres.O Comandante Piché tem um enorme carinhopela comunidade portuguesa e a nossa comuni-dade ficou a partir desse dia de 2001 com um

Comunicado

Excursão a OtavaO Centro de Ação Sócio-Comunitá-

ria de Montreal (CASCM) informa que está aorganizar, no quadro das atividades para a 3ªidade, uma excursão a Otava ao festival cana-diano das túlipas dia 17 de maio. Para além dastúlipas estão programadas duas visitas guiadas,uma ao Tribunal Supremo do Canadá e outra àresidência do Governador-Geral do Canadá.O autocarro sai do CASCM, no 32, boul. St.-Joseph Ouest, às 7h30, e regressa ao mesmolocal às 20h00.

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Muito obrigado,Daniel LoureiroConselheiro das Comunidades Portuguesas

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IV Feira Medieval no Externato D. Afonso Henriques – Resende.

No passado dia 15 de abril, o Externato D. Afonso Henriques, em Resende, voltou,pelo quarto ano consecutivo, num notável crescendo de dimensão, a entrar na máquina dotempo que nos levou até à idade média para a IV Feira Medieval da nossa escola.

Muitos foram os alunos, funcionários e professores que tiveram uma semana atarefadapara que fosse possível realizar esta feira, quer contribuindo para a organização, quer preparandoatividades para apresentar ao longo deste dia.

O mau tempo não foi obstáculo à realização da feira que, por isso, se realizou no interiordo pavilhão desportivo do Externato, que nesse dia se transformou numa verdadeira praça daépoca medieval recriada através das barracas com artigos, instrumentos, produtos, jogostradicionais da altura e dos alunos vestidos a rigor.

Tudo começou com o típico desfile no qual se junta toda a gente com os seus disfarcesmedievais, desfile que abre a feira ano após ano, sendo a primeira de muitas atividades queacontecem neste dia, entre danças, teatros, demonstrações e até mesmo refeições medievais,fazendo tudo remontar àquela época. Tudo isto decorre durante todo o dia, prolongando-sepela noite dentro com um sarau onde a comunidade envolvente pôde também participar.

E assim se passou mais um dia em que o Externato, pela quarta vez, recuou no tempo atéà época medieval.

Artigo elaborado por: Pe Miguel Peixoto

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E o Cunha? É esta personagem que está nos comandosda Câmara dos deputados. Que sa-bemos dele? Muitopouco, apenas que é um deputado evangelista. Sabe-se que o seu paraíso fiscal foi para mais longe. Segundoalgumas informações eficazes de caráter internacionalas suas contas na Suíça são em número de no-ve.

Ora este Cunha diz-se que foi o que deitou o ras-tilho, tem sido o promotor daquilo a que a maioriados parlamentares chama Brasília pe-la “Nossa Casa”.Pudera que assim fosse, mas só os ingénuos sem cons-ciência política po-dem acreditar em tal facto.

O golpe da destituição de Dilma Rousseff foi ar-ranjado pelo “lava jacto” dos tubarões da finança bra-sileira, que devido ao contexto económico está ligadoà crise económica mun-dial.

Dilma não é uma Virgem Maria, foi uma Mariada Fonte armada de pau e roca, fal-tando-lhe agora aforquilha para estripar os bandidos do seu País, poisela ajudou a tirar da pobreza milhões de brasileirossem terra e eles querem voltar a sugar-lhes o sangue!

Quem assistiu às quatro horas da nomea-ção dosim e do não em Brasília e tirou daqui um retrato psi-cológico do “circo” já antes con-trolado pelo poder epelo capital, não pode acreditar em tal farsa demo-crática!

EDITORIAL...Cont. da pág 1

baixos do que nos países onde fazem mais lu-cros, e transferem para essas sucursais umaparte dos ganhos para pouparem assim nosimpostos a pagar na origem.

A evasão fiscal é quando as empresas, massobretudo os particulares, abrem contas anó-nimas nos paraísos fiscais e para lá transferemuma boa parte das suas fortunas, ao abrigodos olhos do fisco dos países onde vivem etrabalham.

Tanto num caso como no outro estamosa assistir a uma forma de roubo coletivo. Osgovernos não podem fornecer serviços ade-quados aos cidadãos, como a rede de estradas,o sistema de saúde, de educação e proteção ci-vil senão com o dinheiro dos impostos. Ora,muito desse dinheiro que os ricos poem nosabrigos fiscais, foi ganho em países onde háuma sociedade organizada e apoiada pelos ser-viços públicos. Sem esta organização civil elesnão podiam acumular as fortunas que têm acu-mulado. E, no entanto, a ganância do ganho étanta que não contentes do dinheiro que têmprocuram não devolver à sociedade, pelo siste-ma dos impostos, a parte que em boa justiçadeviam pagar.

Enquanto que a classe média, os trabalha-dores em geral, são obrigados a deixar umaparte dos salários nas mãos do fisco, os ricosarranjam sempre forma de escamotear uma boaparte dos seus rendimentos para não pagaremimpostos.

E contra isto, infelizmente, ou por coni-vências mal disfarçadas, ou por enquistamentodo aparelho governativo, governo após gover-no, em todos os países normais do mundo, ofisco vê-se na impossibilidade de controlar asfugas fiscais dos ricos e poderosos.

Porque cada país é cioso da sua soberaniae não admite que as autoridades de países es-trangeiros venham fiscalizar o seu sistema legale bancário, vemos assim perpetuar-se esta situ-ação que rouba aos nossos governos os biliõesde dólares tão precisados para as nossasestruturas públicas.

Mas a situação não pode perdurar, e estasfugas de documentos vão continuar, porquefelizmente ainda há indivíduos com uma grandeconsciência de justiça social, que embora cor-rendo o risco das suas próprias vidas, são capa-zes de trazer cá para fora estas informações ca-pitais para o saneamento dos hábitos moraisdos grandes capitalistas.

Mas o sistema não se pode basear na cons-ciência de alguns indivíduos. O sistema mereceum policiamento global porque o crime é glo-bal. E para isso não vemos senão outra alter-nativa que a de entregar às agências compe-tentes da ONU a responsabilidade de averiguare sanear estas práticas destrutivas do tecidosocial de todos os seus países membros.

Uma iniciativa que o novo ou nova Secre-tária-Geral que suceder a Ban Ki Moon deveriaassumir no seu novo mandato.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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Uma Ilha na Corrida do Ouro, a verdade histórica• Por Lélia Pereira NUNES

Neste inquieto ano de 2016, o mêsde Abril começa quente na temperatura e noânimo popular, espelhando um crescente des-tempero nacional a tomar conta dos brasilei-ros. “Nunca antes na história deste país” sedesviou tanto dinheiro público e muito menosse assistiu a tantos desvarios na administraçãodo Brasil. Uma mistura de sentimentos de in-tranquilidade, perplexidade, indignação abundae se manifesta por toda parte e de todas as ma-neiras numa reação à impunidade. Esse funestoMarço que fechou o verão revelou a polariza-ção de opiniões e atitudes, com força viral,rompendo limites inaceitáveis da convivênciasocial para ganhar às ruas e ser voz coletiva deum Brasil afrontado, mas nunca sem esperança.Assim, resguardo-me, agora, de emitir opiniãosobre o caos político, econômico e social quesufoca e divide o povo brasileiro, ciente queninguém supera a nossa marca de levantar, sa-cudir a poeira, dar a volta por cima. Sigo,vestindo o verde da esperança, mesmo saben-do-a numa corda bamba e o vermelho sangue,encarnado, do Divino e do coração.

Na verdade, o tema deste artigo está dis-tante no tempo e no espaço. Reflito sobre a“veracidade” da verdade histórica firmada namemória coletiva e reconhecida por todas asgerações. Muitas vezes, ela se perde nas brumasdo tempo, se esconde entre folhas amareladas,comidas de traças, em esquecidas pastas dosarquivos públicos ou, simplesmente, é omitida,escamoteada, silenciada, apagada.

A data da fundação de Florianópolis susci-tou tanta controvérsia que, por muitas décadas,comemorava-se a autonomia municipal. Afi-nal, reconhece-se a data real e Florianó-poliscelebrou seus 343 anos de fundação. Já não erasem tempo! O marco inicial é o ano de 1673,quando Francisco Dias Velho lançou os funda-mentos da póvoa, na Ilha de Santa Catarina.A cidade acerta o passo com a sua verdade his-tórica, apagando um hiato de 53 anos. Por ou-tro lado, celebramos o aniversário de elevaçãoà Vila e, como tal, se estabeleceu o poder muni-cipal. Assim sendo, continua valendo o aniver-sário de 290 anos de predicamento de Vila, doato instituído a 23 de março de 1726. Entretan-to, continuamos sem saber em que “dia e mês”Florianópolis foi fundada. A controvérsia per-siste...

Alguns fatos históricos perdidos no lim-bo do tempo dariam um ótimo enredo paraum romance ou até para uma Escola de Sambano carnaval. É o caso da presença de norte-americanos da Costa Leste na Ilha de SantaCatarina, em meados do século XIX, chegadosàs centenas na pacata Vila de Nossa Senhorado Desterro e que iam ao encontro da fortunana Califórnia. Trata-se, da grande aventura dacorrida de ouro de 1848-1856 com a Ilha deSanta Catarina no meio do caminho. Uma his-tória esquecida pela memória coletiva ou nãorevelada pelos nossos historiadores e agora,deliciosamente, contada pela jornalista MarliCristina Scomazzon e Jeff Franco em A Ca-minho do Ouro – Norte-americanos na Ilhade Santa Catarina (Ed. Insular, 2015). O re-sultado é o precioso resgate de um capítulo dahistória de Santa Catarina que de forma inexpli-cável encontrava-se num “buraco negro”.

Confesso que ao conhecer a incrível histó-

ria desvendada pelos autores, Maria Cristina eJeff, fiquei atônita, corroída pela curiosidade,aturdida. Maravilhada, talvez seja a palavra certapara definir a sensação de euforia que me abra-çou. Imaginar que, há 166 anos, a corrida doouro passou por aqui, em frente a casa, já queatravessar o país, da Costa Leste ao Oeste, eraimpensável e não havia ainda o canal do Pana-má. A solução era descer o Atlântico Sul, atracarna paradisíaca Ilha de Santa Catarina com pou-co mais de 6000 habitantes, a maioria de origemaçoriana e alcançar o Pacífico contornando oCabo Horn. Qualidades já conhecidas dos via-jantes e baleeiros norte-americanos que fre-quentavam o litoral Sul. Nesta louca aventurarumo ao El Dorado passaram pela Ilha cercade 700 navios por ano. Um espanto! Só em1849 “saíram do porto de Nova York 214 na-vios; de Boston, 151; de New Bedford, 42; deBaltimore, 38; de New Orleans, 32; da Philadel-phia, 31 e outros 250 de portos menores, todoscom destino à Califórnia” (p.26). Navios carre-gados de tripulantes tomados pela febre deouro que, após meses de sofrimentos, confina-dos em navios acanhados, espalhavam-se porDesterro, sedentos de tudo, numa verdadeirainvasão à Ilha, atraídos por sua beleza naturale ávidos por diversão em terra firme.

As viagens pelo Cabo Horn foram farta-mente documentadas e ilustradas em diáriosde bordo e noticiadas nos jornais da época.Valiosos registros em cartas, crônicas, frag-mentos de diários e centenas dessas narrativasjá estão publicadas em livro, como bem escla-recem os autores na farta bibliografia citada edisponibilizada. Narrativas de um preciosismoímpar pintam aquarelas da paisagem e cinzelamfiligranas no descrever a vida em Desterro mar-cada por suas idiossincrasias locais.

Histórias de marinheiros deixados paratrás por doença ou porque se apaixonarampor mulheres da Ilha, largaram de seus sonhosna rica Califórnia e se deixaram ficar por cá,enredados na teia da paixão e afortunados porrica prole, tal qual ocorreu com o jovem ThomMcElereth, conta o Capitão Henry Green noseu diário de bordo.

Das poucas mulheres que se aventuraramna corrida do ouro encontra-se a nova-iorquinaElisa Woodson Burhans Farnham. Desejosaem atender à demanda feminina, contratou obarco Angelique e partiu para Califórnia comdois filhos e um grupo de mulheres “casadoi-ras”, fazendo escala na Ilha de Santa Catarinapor nove prazerosos dias.

Surpreendeu-me a memorável descriçãodo capelão da Marinha americana Charles Sa-muel Stewart sobre a Festa do Divino EspíritoSanto em Desterro de 1852. A mais completae deliciosa narrativa sobre os festejos em louvorao Espírito Santo a contar dos nove dias denovena que antecedem à Pentecoste até a coro-ação do Menino-Imperador ricamente trajado,a Menina-Imperatriz, a Irmandade, o cortejoimperial, os mordomos, os foliões com suacantoria gritada, e a emblemática bandeira deseda vermelha, com uma pomba bordada e fi-tas coloridas esvoaçantes pendentes de seumastro. Sem deixar de lado, a alegria dos fol-guedos populares, as comilanças, os fogos deartifício e os leilões. Uma tradição cultural aço-riana que há 240 anos se repete com igual devo-ção e louvor.

Não era fácil a convivência dos ilhéus coma turba de americanos excitados à porta de casa,

por mais hospitaleiros que fossem ou por maislucros que podiam usufruir com esta ruidosapresença. Ânimos acirrados e ocorrências des-confortáveis, beligerantes até às raias da violên-cia e da criminalidade pipocavam entre mari-nheiros e os locais. Contudo, é inegável que“os Ianques” deram sua contribuição à socieda-de catarinense, como a vinda de profissionaisliberais e com a atuação de alguns Cônsulesem 50 anos de Desterro. Os autores, no capí-tulo dedicado à memória de Desterro sobre ainvasão, destacam o papel da imprensa brasilei-ra ao noticiar e lidar com este fenômeno de in-tensa mobilidade humana, motivado pelo “es-topim no imaginário mundial da corrida aoouro da Califórnia” (p.87). Havia um fadáriotecido sobre a dourada costa do Pacífico. Doreal ao fantasioso, o fato é que a febre do ouronão seduziu os catarinenses, talvez por cautela,ou por estarem muito assustados com as in-quietantes reportagens e notas divulgadas naimprensa e com a boataria medonha que corriasolta por Santa Catarina.

Na última parte, o livro traz a relação dosnomes e a atuação dos que responderam peloConsulado norte-americano na Vila de Dester-ro, segue uma nominata de todos os naviosque passaram por Desterro entre 1848 e 1856.

A caminho do Ouro – norte-americanosna Ilha de Santa Catarina, de autoria de MarliCristina Scomazzon e Jeff Franco apresentauma escrita investigativa competente de quembebeu na fonte e sabe da pureza d’água. Aomergulhar na sua leitura voltei à antiga Dester-ro e fui argonauta de sonhos, terminando porlembrar do fascinante e terrível No Coraçãodo Mar (In the Heart of the Sea, EstadosUnidos, 2015), filme dirigido por Ron Howardque reconstitui o naufrágio do baleeiro Essex,em 1820. Episódio que inspirou o grande clás-sico da literatura mundial – Moby Dick de Her-mann Melville, em 1851, uma história gran-diosa na realidade e na ficção.

Finalmente, A caminho do Ouro – norte-americanos na Ilha de Santa Catarina, deMarli Cristina Scomazzon e Jeff Franco é averdade histórica revelada. Nada tem de ficção.É muito real! É um capítulo que faltava na his-tória de Santa Catarina. Haverá mais?

DILMA ROUSSEFF...Cont. da pág 2

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Página 1521 de abril de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Campeonato da MLS

Impacto isola-se no primeiro lugar!• Por Norberto AGUIAR

Com seis jogos disputados, o Impac-to de Montreal segue isolado no primeiro lugarda tabela classificativa da zona Este do Campe-onato da Major League Soccer, com 12 pon-tos, resultado de quatro vitórias, com duas der-rotas pelo meio.

Com efeito, até agora, o Impacto venceu,no primeiro jogo da época, o Whitecaps deVancouver, fora, por 3-2; em casa derrotou oRed Bull de Nova Iorque, por 3-0; foi a Dallas,depois, perder com o clube local, por 2-0; via-jou de seguida até Seattle, onde voltou a perder,agora por 1-0; regressou depois a casa para ba-ter o finalista da Taça MLS de 2015, o Colum-bus Crew, por 2-0; e no sábado passado, emChicago, levou de vencido o Fire, por 2-1, como golo da vitória a surgir no último «fôlego»do desafio. Tudo somado dá um pecúlio de 12pontos conquistados e o primeiro lugar, diantedo União de Filadélfia e do Orlando City, da ci-dade do mesmo nome, que têm nove pontos,com seis jogos igualmente disputados.

Como dissemos na nossa edição passada,só mesmo na MLS para encontrar um campeo-nato tão equilibrado, longe do que se vê noscampeonatos europeus, onde há duas ou trêsequipas que batem tudo e todos, chegando aterem vinte e mais pontos de avanço dos res-tantes antagonistas. Ou, então, duas ou trêsequipas que disputam as provas lado a lado,com os outros clubes afundados na tabela, su-focando pela falta de bons resultados... E de-pois, ainda há aqueles clubes que se vangloriampor levarem uma época inteira sem derrotas,como se isso fosse bom para o futebol...

Na Major League Soccer, quando as equi-pas entram em campo, sejam elas quais forem,o resultado é sempre imprevisível. Não há,como na maior parte dos países europeus e domundo, vencedores antecipados, isto pelos va-lores em presença, por desequilibrados...

Didier Drogba já marcaDepois de alguma polémica em volta do

seu regresso à equipa – para trás ficou o «seu»Chelsea e a sua viragem como treinador... –,agravada pelo facto de ter recusado jogar osprimeiros jogos com o Impacto por seremjogados em terrenos sintéticos, Didier Drogbaaí está em pleno, já com a marca dos seus golos,que é o que sempre soube fazer nos estádiospor onde passou. Jogou menos de que umaparte diante do Chicago Fire, mas o suficientepara marcar um golo sensacional, de calcanhar,que catapultou a sua equipa para uma vitóriadifícil, mas quão merecida.

Parecendo em boa forma e entrando nelana mó de cima, estamos em crer que DidierDrogba pode ajudar o Impacto a ganhar jogose assim a levar a equipa a patamares nunca an-tes atingidos. Terá ele a mesma influência queteve na época passada quando chegou e emmenos de quatro meses fartou-se de marcargolos? Nada é garantido. Mas Didier Drogba,pelo que se viu contra o Chicago Fire, pode fa-zer uma temporada semelhante à da temporadapassada. Se assim for, não há dúvidas que aformação montrealense terá encontro marcadocom a fase eliminatória de fim de época, que éo primeiro dos grandes objetivos de qualquerequipa.

Dos outros jogadores que têm alinhadopelo Impacto neste dealbar de 2016, há aquelesque não enganam e que continuam a marcaruma presença segura. Ciman e Piatti estão aci-ma de todos. Mas há outras confirmações, co-mo o caso de Evan Bush, um guarda-redes queesteve muito tempo tapado mas que agora estáa demonstrar muitas qualidades, as suficientespara guardar a baliza de uma equipa candidata àprova de fim de ano. «Arrumados» até há pou-co, Eric Alexander e Kyle Bekker são outrasconfirmações positivas, que fazem com queMauro Biello terá dores de cabeça para formaro seu novo meio-campo.

Mas também há quem não esteja a confir-mar a razão porque foi contratado. Neste casoestá na linha da frente Johan Venegas, interna-cional costa-riquenho. Mas é novo e ainda temmuito tempo à sua frente para provar que podefazer parte da equipa. Dos outros jogadores,

Campeonato da United Soccer League

FC Montreal perde de novo• Por Norberto AGUIAR

A segunda equipa do Impacto de Montreal, a FC Montreal, disputou domingopassado o seu terceiro jogo da época, defrontando o Hammerheads, em Wilmington(USA), tendo perdido por 2-0. Com esta, o FC Montreal averbou a sua terceira derrota con-secutiva, visto nos dois primeiros embates, sempre em casa, no Estádio Olímpico, ter sidobatido pelo Bethlehem Steel FC (1-0) e pelo Toronto FC (2-1).

No segundo ano nesta liga – antes participava numa liga canadiana – o FC Montrealtem muito que aprender se quiser lutar com armas iguais pelos seus opositores, que são 29,14 deles na sua zona, a Este.

Refira-se que esta liga, que age a título de Terceira Divisão na América do Norte e Cana-dá, é composta por uma grande maioria de equipas reservas dos clubes da Major LeagueSoccer. Apesar disso, ela é muito competitiva, pois até há equipas que têm nos seus jogosassistências que chegam a ultrapassar as vinte mil almas! O FC Montreal está longe de atin-gir esses números...

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novatos ou já com mais traquejo, um dia fala-remos deles individualmente.

Agora, para terminar esta secção ligada àzona Este da MLS, diremos que o ColumbusCrew, finalista em 2015, conseguiu vencer pelaprimeira vez este ano. Foi diante do Nova Ior-que City dos consagrados Pirlo, Villa e Lam-pard, se bem que este esteja por ora lesionado.A vitória (3-2) não foi fácil, mas acabou porser merecida.

Quem continua a dececionar é o Red BullNova Iorque, vencedor do campeonato (Sup-porters Shield) em 2015 e que agora, em setejogos (um a mais disputado) só tem uma vitó-ria, igual aos únicos pontos conquistados. Poressa razão é que o Red Bull se encontra no úl-timo lugar da classificação.

Zona OesteNesta série, os louros atuais vão para o

Dallas FC que caminha em primeiro lugar, com17 pontos, em oito jogos realizados. Logoatrás, com 14 pontos, mas menos dois jogos,está a simpática equipa do Real Salt Lake, aúnica formação que ainda não perdeu de entreas 20 que formam a MLS...

No campo oposto estão o Dynamo deHouston – já foi duas vezes campeão – e oWhitecaps de Vancouver, com cinco e seispontos respetivamente. Mais estranha é a po-sição do Timbers de Portland, o grande vence-dor de 2015 e que agora está em sétimo lugar –a série é composta de 10 – com apenas 8 pontos

em sete jogos disputados. Como se vê, já anove pontos do primeiro lugar...

Mais novidades no nosso próximo jornal.

Jogos do ImpactoDia 23, Estádio Saputo, 16h00Impacto x Toronto FCDia 27, em Nova IorqueNova Iorque City x ImpactoDia 30, Estádio Saputo, 16h00Impacto x Rapids ColoradoDia 7 de maio, em ColumbusColumbus Crew x Impacto.

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Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

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