Editorial Experimentemos Jesus - Revista O Espírita · 2017-09-03 · mesmo deprimente e desolador...

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Set /dezembro - 2012 O prussiano Arthur Schopenhauer (1788-1860), conhecido como filó- sofo do pessimismo, após viajar pelos principais países europeus, redigiu melancólicas considerações sobre a miséria moral da Humanidade, suge- rindo a contemplação artística, em especial a música, para se conviver com a infelicidade. O atavismo social apresenta-nos hoje, passados quase dois séculos, o mesmo deprimente e desolador quadro de falência moral. Não há lideres exponenciais no comando das pátrias, a política con- verteu-se num jogo mesquinho de interesses pessoais, a corrupção atinge níveis alarmantes, multiplicam-se doenças, a obsessão campeia e a so- ciedade vai se degradando perigosamente, sem esboçar qualquer reação mais expressiva. Schopenhauer, exprimindo o pensamento filosófico de sua época, afir- mava que a “felicidade seria apenas interrupção temporária da infelicidade” e concluía: “viver é sofrer”. Era um homem amargo, mas sincero. Embora inteligente, deixou-se bater pelo superficialismo dos fatos. Ao desencarnar aos 72 anos, “O Livro dos Espíritos” já era sucesso editorial com sua versão final sobre os problemas existenciais e apresenta proposta definitiva de recuperação moral e engrandecimento da família humana. Disseca todas as crises e apresenta o antídoto à dor. Exaltando regras essenciais, a nova Doutrina identifica no Evangelho a saída honrosa para os males de todos. Quantos leram “O Livro dos Espíritos”? Desses, quantos seguiram seus conselhos? A Humanidade só é ousada para as coisas mate- riais, mormente às ligadas ao estômago, ao sexo, ao conforto físico. A Bíblia é o livro mais vendido em todo mundo, no entanto, paradoxalmente, é o menos lido e muito menos vivido. Enfim, é objeto de decoração. Como Schopenhauer, há muitos pensadores que não creem em recomposição de valores morais, desa- creditando completamente a capacidade humana. Supõem que todas as fórmulas salvadoras foram tentadas sem resultados práticos. Há ainda ou- tros que propõem a anarquia existencial e a revolução armada para mudan- ças radicais, como se isso não tivesse acontecido ao longo dos milênios. Verdadeiramente, só nos resta uma saída: Experimentar Jesus! Editorial Set /dezembro - 2012 Experimentemos Jesus

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�Set/dezembro - 2012

O prussiano Arthur Schopenhauer (1788-1860), conhecido como filó-sofo do pessimismo, após viajar pelos principais países europeus, redigiu melancólicas considerações sobre a miséria moral da Humanidade, suge-rindo a contemplação artística, em especial a música, para se conviver com a infelicidade.

O atavismo social apresenta-nos hoje, passados quase dois séculos, o mesmo deprimente e desolador quadro de falência moral.

Não há lideres exponenciais no comando das pátrias, a política con-verteu-se num jogo mesquinho de interesses pessoais, a corrupção atinge níveis alarmantes, multiplicam-se doenças, a obsessão campeia e a so-ciedade vai se degradando perigosamente, sem esboçar qualquer reação mais expressiva.

Schopenhauer, exprimindo o pensamento filosófico de sua época, afir-mava que a “felicidade seria apenas interrupção temporária da infelicidade” e concluía: “viver é sofrer”. Era um homem amargo, mas sincero. Embora inteligente, deixou-se bater pelo superficialismo dos fatos. Ao desencarnar aos 72 anos, “O Livro dos Espíritos” já era sucesso editorial com sua versão final sobre os problemas existenciais e apresenta proposta definitiva de recuperação moral e engrandecimento da família humana. Disseca todas as crises e apresenta o antídoto à dor. Exaltando regras essenciais, a nova Doutrina identifica no Evangelho a saída honrosa para os males de todos.

Quantos leram “O Livro dos Espíritos”? Desses, quantos seguiram seus conselhos?

A Humanidade só é ousada para as coisas mate-riais, mormente às ligadas ao estômago, ao sexo, ao conforto físico.

A Bíblia é o livro mais vendido em todo mundo, no entanto, paradoxalmente, é o menos lido e muito menos vivido. Enfim, é objeto de decoração.

Como Schopenhauer, há muitos pensadores que não creem em recomposição de valores morais, desa-creditando completamente a capacidade humana. Supõem que todas as fórmulas salvadoras foram tentadas sem resultados práticos. Há ainda ou-tros que propõem a anarquia existencial e a revolução armada para mudan-ças radicais, como se isso não tivesse acontecido ao longo dos milênios.

Verdadeiramente, só nos resta uma saída: Experimentar Jesus!

Editorial

�Set/dezembro - 2012

ExperimentemosJesus

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Jamais uma doutrina filosófi-ca dos tempos modernos causou tanta emoção quanto o Espiritis-mo e nenhuma foi atacada com tamanha obstinação. É prova evi-dente de que lhe reconhecem mais vitalidade e raízes mais pro-fundas que nas outras, já que não se toma de uma picareta para ar-rancar um pé de erva. Longe de se apavorarem, os espíritas de-vem regozijar-se com isto, pois prova a importância e a verdade da Doutrina.

(...) Vide, na história do mun-do, se uma única ideia grande e verdadeira deixou de triunfar, o que quer que tenham feito para entravá-la. A esse respeito o Es-piritismo nos apresenta um fato inaudito e sem paralelo: o da ra-pidez de sua propagação. Essa ra-pidez é tal que os próprios adver-sários ficam estupefatos; por isso o atacam com o furor alucinado dos combatentes que perdem o sangue-frio e se deixam ferir por suas próprias armas. Entretanto, a luta está longe de terminar; ao contrário, é de esperar que tome maiores proporções e um outro caráter. Seria por demais prodi-gioso e incompatível com o esta-do atual da Humanidade que uma Doutrina, que traz em si o ger-me de toda uma renovação, es-tabelecesse-se pacificamente em alguns anos. Ainda uma vez, não nos lamentemos; quanto mais rude for a luta, mais estrondoso

será o triunfo. Ninguém duvida que o Espiritismo cresceu pela oposição que lhe fizeram; deixe-mos, pois, essa oposição esgotar os seus recursos: ele crescerá mais ainda quando ela tiver reve-lado sua própria fraqueza a todos os olhos. O campo de comba-te do Cristianismo nascente era circunscrito; o do Espiritismo se estende por toda a superfície da Terra. O Cristianismo não pôde ser abafado sob ondas de sangue; cresceu com seus mártires, como a liberdade dos povos, porque era uma Verdade. O Espiritismo, que é o Cristianismo apropriado ao desenvolvimento da inteligên-cia e isento dos abusos, crescerá do mesmo modo sob a persegui-ção, porque ele também é uma Verdade.

(...) O Espiritismo, cujos princípios têm tantos pontos de semelhança com os do Cristia-nismo, também deve ter os seus Judas, para que tenha a glória de sair triunfando dessa nova prova. (...) Quanto aos que nos abando-naram, para os quais esses princí-pios eram muito rigorosos, neste, como em vários outros pontos, é que sua simpatia era superficial e não do fundo do coração, não havendo nenhuma razão para nos prendermos a eles. Temos que nos ocupar com coisas mais importantes que a sua boa ou má vontade a nosso respeito. O presente é fugidio; amanhã não

Trechos da “Revista Espírita”, junho de 1865, Ed. FEB , p. 254-

Nova Tática dos Adversários do Espiritismo

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existirá mais; para nós nada é; o futuro é tudo, e é para o futuro que trabalhamos. (...) O Espiri-tismo, repetimos, ainda tem de passar por rudes provas e é aí que Deus reconhecerá seus ver-dadeiros servidores, por sua co-ragem, firmeza e perseverança. Os que se deixarem abalar pelo medo ou por uma decepção são como esses soldados, que só têm coragem nos tempos de paz e recuam ao primeiro tiro. Entretanto, a maior prova não será a perseguição, mas o conflito das ideias que será susci-tado, com cujo auxí-lio esperam romper a falange dos adeptos e a imponente unidade que se faz na Doutri-na. Esse conflito, em-bora provocado com má intenção, venha dos homens ou dos espíritos maus, é, contudo, necessário e, ainda que causasse uma perturbação momentânea em algumas cons-ciências fracas, terá por resulta-do definitivo a consolidação da unidade. (...) O Espiritismo ain-da está em ebulição; deixemos, pois, que a escuma suba à super-fície e se derrame: ele apenas fi-cará mais depurado. Deixemos aos adversários a alegria maligna e pueril de soprar o fogo para provocar essa ebulição, porque, sem o querer, eles apressam a sua depuração e o seu triunfo e eles próprios se queimarão no

fogo que acendem. Deus quer que tudo seja útil à causa, mes-mo aquilo que é feito com a in-tenção de prejudicá-la.

(...) A Doutrina não é am-bígua em nenhuma de suas par-tes; é clara, precisa, categórica nos mínimos detalhes; só a ig-norância e a má-fé podem en-ganar-se sobre o que ela aprova ou condena. É, pois, um dever de todos os espíritas sinceros e devotados repudiar e desapro-var abertamente, em seu nome,

os abusos de todo gênero que pudes-sem comprometê-la, a fim de não lhes as-sumir a responsabili-dade. Pactuar com os abusos seria acum-pliciar-se com eles e fornecer armas aos adversários. Os perí-odos de transição são sempre difíceis de passar. O Espiritismo

está nesse período; atravessa-o com tanto menos dificuldade quanto mais os seus adeptos forem prudentes. Estamos em guerra; lá está o inimigo a espiar, prestes a explorar o menor pas-so em falso em seu proveito, e disposto a meter o pé na lama, se o puder. Contudo, não nos apressemos em lançar pedras e suspeições com muita levianda-de, sobre aparências que pode-riam ser enganosas; a caridade, aliás, faz da moderação um de-ver, mesmo para os que estão contra nós. (...) Allan Kardec

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“O orgulho de sujeitar-se à opinião universal, à fraqueza de querer aparecer por ideias repulsi-vas, e principalmente a deficiência de estudos, e a impropriedade do método; eis as princi-pais causas da nega-ção.”

“A luz não deixa de ser luz, porque alguns cegos não a percebem! A Terra não deixou de girar em torno do Sol, enquanto a maioria de seus habitantes sus-tentou o princípio da sua imobili-dade!”

“Efetivamente, o Espiritismo ensina: que, se a alma não come-teu faltas na vida, o que quer dizer: purificou-se de todas, não voltará mais a outro corpo. A novo cor-po só volta a alma que na vida não cumpriu sua missão de provas e reparações.”

“Os espíritos que progredi-

ram nas existências anteriores a esta, em que os vemos, nascem com disposições superiores àque-

les que fizeram pouco, ou nenhum progresso fizeram, em suas pas-sadas existências.”

“Aqueles fizeram mérito, estes fizeram demérito; e eis expli-cado o fato da diversi-dade de nossas disposi-ções na Terra, sem que

se precise recorrer a preferências e exclusões da parte do Criador.”

“O castigo nasce da culpa, como a moléstia do corpo proce-de da má nutrição do corpo.”

“Aquele que desceu até o cri-me é punido na razão de sua cul-pa, mas dá-lhe também o Pai uma ou mais existências para lavar-se do mal que fez, e desde que isso aconteça, subirá ao lugar dos pri-meiros. Sempre justiça, e sempre amor.”

Da série publicada no jornal O PAIZ,no Rio de Janeiro, a partir de 1886.

Bezerra de MenezesPensamentos Doutrinários XXI

FRASES MEMORÁVEIS

Bezerra de Menezes

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CaridadePresença de Emmanuel/Chico XavierPresença de Emmanuel/Chico Xavier

Caridade é, sobretudo, amizade.Para o faminto – é o prato de sopa fraterna.Para o triste – é a palavra consoladora.Para o mau – é a paciência com que nos compete ajudá-lo.Para o desesperado - é o auxílio do coração.Para o ignorante – é o ensino despretensioso.Para o ingrato – é o esquecimento.Para o enfermo – é a visita pessoal.Para o estudante – é o concurso no aprendizado.Para a criança – é a proteção construtiva.Para o velho – é o braço irmão.Para o inimigo – é o silêncio.Para o amigo – é o estímulo.Para o transviado – é o entendimento.Para o orgulhoso – é a humildade.Para o colérico – é a calma.Para o preguiçoso – é o trabalho sem imposição.Para o impulsivo – é a serenidade.Para o leviano – é a tolerância.Para o maledicente – é o comentário bondoso.Para o deserdado da Terra – é a expressão de carinho.

Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente.É o sol de mil faces, brilhando para todos, é o gênio de mil mãos,

ajudando, indistintamente, na obra do Bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor, aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.

Livro “Viajor”, cap. 14, Ed. IDE.

Emmanuel

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Um jovem buscou a JesusE, quando se aproximou,Dirigindo-Lhe a palavra,Assim se pronunciou:

- Bom e amado Mestre,De que forma devo agirPara que a vida eterna

Eu possa adquirir?

E Jesus lhe respondeu:- Por que Me chamas bom?Bom, tão-somente, é Deus.

Falou-lhe, portanto, nesse tom.

- Se quiseres entrar na vida,Guardas os mandamentos.- E quais são eles, Senhor?

E Jesus disse os fundamentos:

- Não cometerás adultério,Como também não matarás,Não darás falso testemunho,

Nem tampouco furtarás;

A teu pai e a tua mãe,Igualmente, honrarásE, como a ti próprio,Teu próximo amarás.

O mancebo replicou-Lhe:- Desde cedo tenho guardadoTodos esses mandamentos;O que mais tem me faltado?

Porém Jesus lhe disse:- Se queres a perfeição,Vai e vende o que tens,

E aos pobres dás, então.

E terás um tesouro,No céu, acumulado;

E, após, venhas e me segues.Falou-lhe o Mestre amado.

Ouvindo tais palavras,O jovem foi-se emboraTriste e desconsoladoNaquela mesma hora,

Porque possuía muitos bensE não estava preparadoPara se desfazer de tudoO que havia conquistado.

E, voltando-se, Jesus disse aos discípulos:- Em verdade, vou lhes falar:

É difícil para um ricoNo Reino dos Céus entrar;

Em verdade, é mais fácilA um camelo passar

Por um buraco de agulhaDo que um rico no céu entrar.

Seus discípulos, espantados,Perguntaram-Lhe, por fim:

- Quem poderá, então, ser salvo?E Jesus respondeu-lhes, assim:

- Isto, para os homens,Decerto que é impossível;Contudo, não para Deus,A Quem tudo é possível.

(Mateus, 19: 16-26)

Prova da riqueza

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ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITAMédium: Divaldo Pereira Franco

Pergunta 1:

Vianna de Carvalhoresponde

Com o desenvolvimento tecnológico, temos verificado o aumen-to do desemprego. Isto não poderá gerar sérios problemas para a população de vários países?

Sem dúvida o desemprego é um fantasma que sempre ameaça as comu-nidades humanas, respondendo por várias expressões da miséria econômica, social e, por consequência, de natureza moral, favorecendo a agressividade e a violência, as fugas espetaculares para os vícios e a delinquência em geral. To-davia, à medida que o desenvolvimento tecnológico anuncia novas conquistas, abrem-se diferentes áreas de serviços, convocando trabalhadores qualificados para o desempenho dos mesmos. Simultaneamente, a consciência coletiva deve superar o egoísmo destruidor dos empresários e administradores que somente pensam em lucro, olvidando-se do compromisso de promoção e dignificação da criatura humana, afinal, a meta do próprio progresso.

Com uma visão humanitária dilatada, será possível perceber-se que o acú-mulo de recursos em poucas mãos é sempre responsável pela abundância da miséria em outros segmentos sociais compreendendo-se, então, a necessidade de uma renovação de compromissos, que abrirão espaço para o trabalho digno de todos os indivíduos que, igualmente, perseguirão o bem-estar geral, ao invés de buscarem somente as compensações salariais exclusivistas e pessoais.

Por meio do avanço tecnológico, os instrumentos precisos pode-rão ser utilizados como meio de comunicação entre dois planos da vida, trazendo a mensagem dos Mentores Espirituais?

Sem qualquer dúvida, porquanto aí se encontram os obreiros da Transco-municação Instrumental, demonstrando a possibilidade tornada factível e re-alizável. Ademais, estão reencarnados na Terra, os Missionários da Nova Era, que irão aprimorar as técnicas pertinentes à mesma, de forma que não pairem quaisquer dúvidas a esse respeito.

Convém, porém, não olvidarmos que o médium será sempre necessário como instrumento por oferecer a energia indispensável à obtenção do fenôme-no, mesmo que, para tanto, não tenha consciência do fato.

Pergunta 2:

Um jovem buscou a JesusE, quando se aproximou,Dirigindo-Lhe a palavra,Assim se pronunciou:

- Bom e amado Mestre,De que forma devo agirPara que a vida eterna

Eu possa adquirir?

E Jesus lhe respondeu:- Por que Me chamas bom?Bom, tão-somente, é Deus.

Falou-lhe, portanto, nesse tom.

- Se quiseres entrar na vida,Guardas os mandamentos.- E quais são eles, Senhor?

E Jesus disse os fundamentos:

- Não cometerás adultério,Como também não matarás,Não darás falso testemunho,

Nem tampouco furtarás;

A teu pai e a tua mãe,Igualmente, honrarásE, como a ti próprio,Teu próximo amarás.

O mancebo replicou-Lhe:- Desde cedo tenho guardadoTodos esses mandamentos;O que mais tem me faltado?

Porém Jesus lhe disse:- Se queres a perfeição,Vai e vende o que tens,

E aos pobres dás, então.

E terás um tesouro,No céu, acumulado;

E, após, venhas e me segues.Falou-lhe o Mestre amado.

Ouvindo tais palavras,O jovem foi-se emboraTriste e desconsoladoNaquela mesma hora,

Porque possuía muitos bensE não estava preparadoPara se desfazer de tudoO que havia conquistado.

E, voltando-se, Jesus disse aos discípulos:- Em verdade, vou lhes falar:

É difícil para um ricoNo Reino dos Céus entrar;

Em verdade, é mais fácilA um camelo passar

Por um buraco de agulhaDo que um rico no céu entrar.

Seus discípulos, espantados,Perguntaram-Lhe, por fim:

- Quem poderá, então, ser salvo?E Jesus respondeu-lhes, assim:

- Isto, para os homens,Decerto que é impossível;Contudo, não para Deus,A Quem tudo é possível.

(Mateus, 19: 16-26)

Prova da riqueza

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10 Set/dezembro - 2012

CURIOS IDADESQUE EDIF ICAM

Intercâmbio mental entre mãe e filho

Nos dias atuais, a cha-mada psicologia moderna propõe, abertamente, o di-álogo entre a gestante e o feto, como forma de aproximação po-sitiva entre ambos.

O autor, no li-vro em foco, capí-tulo 10, “Dolorosa perda”, mostra o duelo psíquico en-tre duas criaturas, a mãe e o reencar-nante, numa troca impressionante de forças sutis que escapam aos olhos e aos ouvidos humanos. Em-bora se tratem de almas ini-migas, o fenômeno revelado é o mesmo.

Escolha de sexoEm pleno século XXI,

pesquisas médicas indicam a

possibilidade de escolha de sexo interferindo nas estru-turas cromossômicas. “No Mundo Maior”, editado em 1947, há 65 anos, em seu ca-pítulo 11 – “Sexo”, o autor

afirma claramente: “A genética, mais hoje, mais amanhã, poderá interferir nas câmaras secre-tas da vida humana, perturbando a har-monia dos cromos-somos, no sentido de impor o sexo ao embrião; todavia,

não atingirá a zona mais alta da mente feminina ou mas-culina”.

Tal afirmativa implica dizer que a medida poderá acentuar o homossexualis-mo, por produzir um corpo automaticamente inverso à condição psicológica do re-encarnante.

Extraídas da obra “No Mundo Maior”Autoria de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Ed. FEB.

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Espíritos inferiores volitam

S u p ú n h a m o s que só os espíritos elevados podiam levitar. André Luiz revela-nos, no capí-tulo 17, “No limiar das cavernas”, que obsesso-res também volitam, embora em baixa altura.

O poder de volição está na mente que, pela força de vontade, pode imprimir impulsos ao perispírito, le-vitando-o. No entanto, o fenômeno corresponde à condição evolutiva do espíri-to. Os inferiores conseguem apenas nas regiões baixas, diferente dos superiores que podem alcançar regiões mais elevadas, por terem corpos espirituais mais leves.

Nas cavernasO autor, no capítulo

17, manifesta o seu espanto diante dos pavorosos sofri-mentos e das perturbações que jamais vira em outras áreas do umbral. São cenas que reproduzem as imagens descritas por Dante Alighie-

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ri, quando descreve a “selva escura”, em sua obra centenária e clássica “A Divina Comédia”.

Benfeitores es-pirituais atuam pes-soalmente nesses ambientes de dor

absoluta porque, diz-nos An-dré Luiz, “(...) uma das maio-res alegrias dos céus é a de esvaziar os infernos”.

Revelação surpreendenteNo capítulo 9 – “Me-

diunidade” – André Luiz faz impressionante declaração, afirmando que “(...) dentre os mais arrojados pensado-res da Humanidade, desde o pretérito até os nossos dias, logrou jamais utilizá-los na décima parte”. Refere-se à região cerebral chamada de “lobos frontais” onde estão as mais preciosas condições de nossa espiritualização, ca-nal de exteriorização da von-tade espiritual.

Significa dizer que os mais notáveis filósofos, sá-bios e gênios de todos os tempos pouco usaram esta parte do cérebro.

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12 Set/dezembro - 2012

O Sistema Brasileiro de Televi-são - SBT, durante 4 meses mo-vimentou o País para saber quem é o maior brasileiro de todos os tempos.

Houve mais de 1 milhão de participações e Chico Xavier venceu com 71% dos votos.

Concorreram personalidades como: Pelé, Juscelino Kubitschek, Ayrton Senna, Getúlio Vargas, Irmã Dulce, Princesa Isabel, San-tos Dumont, Tiradentes, Oscar Niemeyer etc.

Seguem algumas curiosidades sobre Chico Xavier:

- Nasceu em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

- Sua mãe, Maria João de Deus, morreu em 1915, deixando-o ór-fão aos 5 anos de idade. Seu pai chamou-se João Cândido Xavier.

- Tornou-se espírita aos 17 anos, após ver sua irmã enlou-quecida ser curada por espíritas da cidade de Curvelo.

- No ano de 1927, colaborou com a fundação do Centro Es-pírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, recebendo exempla-

res de “O Evangelho segundo o Espiritismo” e de “O Livro dos Espíritos”.

- No dia 8 de julho de 1927, vi-nha ao mundo a primeira mensa-gem psicografada pelo maior mé-dium da Humanidade em todos os tempos. Eram 17 páginas ex-plicando passagens de “O Evan-gelho segundo o Espiritismo”.

- Emmanuel, seu mentor espi-ritual, só foi visto mediunicamen-te por Chico em 1931.

- Neste mesmo ano de 1931, psicografou a extraordinária obra “Parnaso de Além-Túmulo”, com dezenas de poesias transmitidas por famosos poetas brasileiros e portugueses. O livro foi publica-do pela FEB em 1932.

- Em 1937, surpreende cien-tistas da Escola Politécnica de São Paulo, ao psicografar uma mensagem em inglês de trás para frente, obrigando o uso de um espelho para ser lida. O papel e o lápis, para não deixar suspei-ção, foram cedidos pelo Dr. C.G. Shalders.

- Declarou-se virgem e celiba-tário.

- A conhecida jornalista da FO-LHA DE SÃO PAULO, Joyce Pas-cowitch, afirmou que Chico é o escritor mais lido no Brasil, tendo várias obras traduzidas para mais de 50 idiomas.

- Em 75 anos de atividades mediúnicas, Chico Xavier psico-grafou aproximadamente 440 li-vros.

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1�Set/dezembro - 2012

Senhor Jesus,Ao acordar, nas manhãs chuvosas ou ensolaradas, que eu jamais me

esqueça da infinita bondade de Nosso Pai e Criador do Universo.Ao sair do meu pobre lar, que eu possa cantar a alegria de viver, pronun-

ciando o “Pai Nosso”, a doce melodia que Você nos trouxe do Céu.Nas ruas, arrastando o peso do meu carrinho, que a revolta não tome

conta do meu coração, lembrando-me daqueles que não possuem carrinho nem saúde para a conquista digna do pão de cada dia.

Diante da incompreensão dos outros, que o suor do meu rosto seja a mensagem do exemplo silencioso, ao invés da revolta que leva ao suicí-dio pelos vícios.

Confiante na Justiça Divina, não cairei nas tentações do mal, por guardar no coração a certeza de que o Reino dos Céus pertence aos bons, aos humildes, aos que servem honestamente em busca de um mundo melhor.

Sei que meus esforços e sofrimentos pagam os meus erros e pecados do passado e que serei recompensado por continuar até o fim dessa vida na prática do Bem. Por isso, Jesus, Você nos falou das “muitas moradas da casa do Nosso Pai”, onde os justos viverão felizes.

Em Suas mãos amorosas, Senhor, entrego confiante o meu destino. Em Sua luz, andarei pelos vales de sombra e tristeza desse mundo, sem medo, porque Você é o meu Pastor e conduzir-me-à pelos caminhos da salvação.

Prece do Carrinheiro

- “Nosso Lar”, de autoria de André Luiz, das obras que Chico psicografou é a mais vendida e já ultrapassou 2 milhões de exem-plares.

- Com o corpo minado por doenças, tomava 18 pílulas por dia. Mesmo assim continuava trabalhando. Dizia-se feliz e não perdia o bom humor.

- Poderia ter sido milionário com o resultado de seus direitos autorais. Doou tudo para a divul-gação do Espiritismo e para insti-tuições de caridade, ficando com a modesta casinha em que morou na cidade de Uberaba - MG, ad-quirida com seus próprios recur-sos de aposentado do Ministério da Agricultura.

“Além da aura de paz e pacificação que parte dele, há outro elemento pode-roso a explicar o fascínio e durabilidade da impressionante figura de comu-nicação de Chico Xavier, a grande seriedade pessoal do médium, a dedica-ção integral de sua vida aos que sofrem e o desinteresse material absoluto.”

Arthur da Távola - crítico literário, escritor e político.

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Verificação de ConhecimentosDoutrinários

Baseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de

Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinale a opção correta e confirao resultado na página 24:

1. A propósito dos fatos espíritas, é autor da frase: “Não digo que isso é possível, mas sim que é real”.

William Crookes. Gabriel Delanne. Arthur Conan Doyle. Camille Flammarion.

2. Embora as ideias espíritas houvessem penetrado o Brasil, logo depois de 1850, a instalação da primeira entidade espírita no País, oficialmente, ocorreu em 1865 em Salvador/Bahia. O nome da instituição era:

Grupo Familiar do Espiritismo. Grupo Confúcio. Federação Espírita Brasileira - FEB. Centro Espírita Obras do Senhor.

3. A colônia “Nosso Lar” divide-se em seis Ministérios, orientados cada qual por doze Ministros, quais deles ligam a colônia ao plano superior?

Ministérios da Regeneração e do Auxílio Ministérios do Esclarecimento e da Elevação Ministérios da Elevação e da União Divina Ministérios da Elevação e da Comunicação

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4. Que obra do Pentateuco Espírita contém os princípios da Doutrina sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade, segundo os ensinos dados por espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns recebidos e coordenados por Allan Kardec?

O Livro dos Médiuns O Céu e o Inferno A Gênese O Livro dos Espíritos

5. No livro “Sexo e Destino”, André Luiz relata a influência de desencarnados em desequilíbrio sobre o personagem Cláudio, induzindo-o à bebida (ilustração ao lado) num processo de associação recíproca e integração entre encarnado e desencarnado denominado:

Enxertia fluídica. Fascinação. Subjugação. Possessão.

6. Conhecido como o “Bandeirante do Espiritismo”, fundou o jornal “O Clarim”, em 1905, e a “Revista Internacional de Espiritismo”, em 1925, ambos circulam até hoje, estamos falando de:

Augusto Elias da Silva. Cairbar Schutel. Frederico Fígner. Elias Curi. 7. De acordo com os registros bíblicos, quem foi obrigado pelos soldados a ajudar Jesus a carregar Sua cruz rumo ao Gólgota onde foi crucificado?

O apóstolo João Simão Pedro Simão de Cirene Um centurião

8. Que obra da FEB, psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira, registra no seu capítulo 31, vinte questões respondidas pelo espírito de Gabriel Delanne?

Instruções Psicofônicas Entre Irmãos de Outras Terras Religião dos Espíritos Entre a Terra e o Céu

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O médico carioca residente em Porto Alegre, Dr. José Lacerda, desde os anos 50, espírita que era então, começou a realizar numa pequena sala do Hospital Espírita de Porto Alegre, chamada “A Casa do Jardim”, atividades mediúnicas normais. Com o tempo ele recebeu instruções dos espíritos e realizou investiga-ções pessoais que desaguaram em um movimento ao qual ele deu o nome de Apometria.

Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria porque eu não sou apômetra, eu sou espírita e o que posso dizer é que a apometria, segundo os apô-metras, não é Espiritismo. Porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de “O Livro dos Médiuns”.

Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não pratico a apo-metria, mas segundo os livros que têm sido publicados, a apometria, segundo a presunção de alguns, é um passo avançado do Movimento Espírita no qual Allan Kardec estaria ultrapassado.

Allan Kardec foi a proposta para o século XIX e para parte do século XX e a apometria é o degrau mais evoluído no qual Allan Kardec encontra-se totalmente ultrapassado. Tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em absoluto.

Na prática e nos métodos de libertação dos obsessores, a violência que ditos métodos apresenta, a mim, pessoalmente parecem tão chocantes que fazem re-cordar-me da lei de Talião que Moisés suavizou com o código legal e que Jesus sublimou através do amor.

Quando as entidades são rebeldes os doutrinadores, depois de realizarem uma contagem cabalística ou de terem o gestual muito específico, expulsam pela violência esse espírito para o magma da Terra, a substância ainda em ebulição do nosso Planeta. O colocam em cápsulas espaciais e disparam para o mundo da erraticidade. Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado em um lugar pedindo misericórdia e apoio na minha loucura, e outrem, o meu pró-ximo, exilasse-me para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico ou ser desintegrado, eu o renegaria àquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão. Ou se me mandasse numa cápsula espacial para que fosse expulso da Terra. Com que autoridade?

Jesus disse que o Seu Reino é dos miseráveis. Na parábola do Festim das Bodas, Ele manda buscar os mendigos, aqueles que estão nos lugares escabro-sos já que os eleitos recusaram e mataram os seus embaixadores.

A Doutrina Espírita centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psicotelérgicas, para nós es-píritas merecerem todo o respeito, mas não têm nada a ver com o Espiritismo. Seria o mesmo que as práticas de Terapia de Existências Passadas dentro da

Divaldo afirma: Apometria não é EspiritismoTranscrito do programa “Presença Espírita” da Rádio Boa Nova, Guarulhos-SP, em agosto/2001.

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casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, fugindo totalmente da nossa finalidade. A casa espírita não é uma clínica alternativa, não é lugar onde toda experiência nova vai colocada em execução.

Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos, primeiro, não conhecem as bases kardequianas e ao conhecerem-nas nunca vivenciaram para terem certeza. Seria desmentir todo o material revelado pelo mundo espi-ritual nestes 144 anos de Codificação, no Brasil e no mundo, pela mediunidade incomparável de Chico Xavier, as informações que vieram por este médium ím-par, pela notável Ivone do Amaral Pereira, por Zilda Gama, por tantos médiuns nobres conhecidos e nobres desconhecidos no seu trabalho de socorro.

Então, se alguém prefere a apometria, divorcie-se do Espiri-tismo. É um direito! Mas não misture para não confundir.

A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorân-

cia.Poderia haver alguém mais cruel do que o jovem Saulo de

Tarso? Ele havia assassinado Estevão a pedradas, havia assas-sinado outros, e foi a Damasco para assassinar Ananias.

Jesus não o colocou em uma cápsula espacial e disparou para o infinito. Apa-receu a ele! Conquistou-o pelo amor: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”

Pode haver maior ternura do que isso? E ele tomado de espanto perguntou: “O que é isto?”: “Eu sou Jesus, aquele a quem persegues”. E ele então caiu em si. Emmanuel usa esta frase: E caindo em si, quer dizer aquela capa do ego cedeu lugar, indo ao encontro com o ser profundo, caindo em si. Ele despertou, e graças a ele nós conhecemos Jesus por sua palavra, pelas suas lutas, e pelo alto preço que pagou. Apedrejado várias vezes, até ser considerado morto, jogado junto dos muros nos lugares do lixo, dos dejetos, foi resgatado pelos amigos e continuou pregando.

Então, os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repú-dio. Coloquemo-nos no lugar deles, quando nós éramos maus e ainda somos. Basta que alguém nos pise no calcanhar ou nos tome aquilo que supomos que é nosso, para ver como irrompe a nossa tendência violenta e nós nos transforma-mos de um para outro momento.

Não temos nada contra a apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudo-científicos. Não temos nada. Mas como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta espírita. E da minha condição de espírita, exercendo a mediunidade há mais de 54 anos, os resultados têm sido todos colhidos da árvore do amor e da caridade. Não entrarei no mérito dos métodos, que são bastante chocantes para a nossa mentalidade espírita, que não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos, porque a única força é aquela que vem de dentro. Para esta classe de espíritos são neces-sários jejum e oração.

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Extraídas da obra “Religião dos Espíritos”, autoria de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.

“Efetivamente, perante a visão da Esfera Espiritual, o homem afortuna-do na Terra surge sempre à feição de alguém que enorme risco ameaça.”

“Cede a lente de teus olhos às ares-tas do mal e, a breve espaço, não apreenderás senão sombras.”

“Dizes-te desanimado, sem te recor-dares, porém, de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza de teus pés e a bênção de teus braços.”

“Não deixes, assim, para amanhã o trabalho bendito da caridade que te pede ação ainda hoje.”

“No campo da mediunidade, não ol-vides que o dever retamente cumpri-do é bússola que te propiciará rumo certo.”

“Tens do que deste, tanto quanto recolhes compulsoriamente do que semeaste.”

“Toda crença é respeitável. No en-tanto, se buscaste a Doutrina Espíri-ta, não lhe negues fidelidade.”

“É imprescindível estudar educando, e trabalhar construindo.”

meditaçãoFrases que merecem

“A oração não suprime, de imedia-to, os quadros da provação, mas renova-nos o espírito, a fim de que venhamos a sublimá-los ou removê-los.”

“Igualmente, o sexo é energia criati-va, mas o amor necessita estar junto dele, a funcionar por leme seguro.”

“Fiscaliza, assim, teus próprios de-sejos. Todo pensamento acalentado tende a expressar-se em ação.”

“A família consanguínea é o grupo estudantil a que pertencemos.”

“Na hora da crise, emudece os lábios e ouve as vozes que falam, inarticu-ladas, no imo de ti mesmo.”

“Não vale, pois, reclamar a abnega-ção dos outros para a melhoria do mundo, porque o próprio Cristo nos ensinou, à força de exemplos, que a melhoria do mundo começa de nós.”

“Sempre que te reportes à justiça, repara que Deus a fez assistida pelo amor, a fim de que os caídos não sejam aniquilados.”

“Não há felicidade, contudo, sem dever corretamente cumprido.”

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Pergunta:Recentemente, um companheiro de

trabalho, que não é espírita, disse-me que a obsessão não existe e que os re-médios descobertos são a maior prova disso, porque curam acessos, fobias, distúrbios etc. Como os editores dessa Revista analisam esta afirmação? Resposta:

Há uma ânsia incontida de irmãos de outras crenças em negar sistematica-mente os princípios espíritas. No início do século passado, o filósofo Heuzé, em artigos publicados na revista parisiense L’OPINION, também afirmava que o Espíritismo iria desaparecer na medida em que a Metapsíquica fosse crescen-do. Deu-se o inverso, a Metapsíquica desapareceu e o Espiritismo cresceu. Léon Denis e Jean Meyer combateram e venceram todas as teorias opostas.

Inicialmente, gostaríamos de lem-brar que a obsessão, o “encosto” na designação umbandista ou “possessão” como tratam os católicos, está presen-te na história de todos os países. A Bí-blia, consoante anotações de todos os evangelistas, está repleta de casos de obsessão que foram curados por Jesus, sem a ingestão de qualquer remédio. Há loucuras cujas causas estão em le-sões de caráter apenas físico, mas as obsessões, de todos os níveis, têm sua origem no espírito.

Qualquer cristão que negue a ob-sessão desconhece os textos evan-gélicos, que, em grande quantidade, atestaram a veracidade do processo obsessivo.

Assinalamos alguns: Mt: 4-23 (Je-sus cura os vindos da Síria), Mc: 1-23/25 (Jesus expulsa espírito imundo em Cafarnaum), Mc: 3-11 (Espíritos imundos se prostam diante de Jesus),

Tribuna Livre O ESPÍRITA responde

Lc: 4 - 33/36 (Espírito imundo desafia Jesus), Mt: 12-22 (Um endemoniado e mudo é curado por Jesus), Mc: 7-25/30 (Jesus cura a filha perturbada da mulher Cananéia), Mt: 17-14/18 (Jesus cura um lunático), Mt: 12-43/50 (Jesus explica como agem os espíritos do mal), Lc: 8-2 (Jesus expulsou 7 espíritos perversos de Maria Madalena), Paulo na Epístola aos Efésios: 6-12 (O apóstolo alerta so-bre as forças espirituais do mal), João na I Epístola: 4-1 (João orienta a res-peito da qualidade dos espíritos e pede que se verifique se eles vêm de Deus).

Remédios do tipo Luvox, como o Serzone e o Efexor, e outros semelhan-tes, são eficientes no trato dos efeitos, mas não erradicam as causas que, como bem afirmou Sigmund Freud, têm origens mais profundas. Eles atuam quimicamente no cérebro, interferem nos neurônios, alteram a produção de substâncias como a serotonina, a dopa-mina, chamada de hormônio do prazer, e a noradrenalina.

Dando-se a ativação do cérebro humano, com o bloqueio químico de certos fulcros, a obsessão desaparece, porque o pensamento do obsessor não encontra passagem. No entanto, ces-sando o efeito do remédio, a obsessão reaparece, numa prova cabal e insofis-mável de que o mal não foi curado.

Ficam duas opções: primeira, tomar remédio a vida toda, com graves conse-quências para o organismo e, segunda, sanar o processo, sem custos e sem traumas físicos, fazendo a desobses-são com palestras, leituras, passes, ati-vidade social, mudança de ambientes nocivos, buscando o amor ao próximo no trabalho com crianças carentes, no apoio a idosos albergados, visitações a hospitais, distribuindo agasalhos, ali-mentos, carinho e atenção etc.

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Adulações elogiosas sãopeçonhas na forma verbal

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O que uma pessoa tende a valorizar mais: satisfação sexual, dinheiro, comi-da, álcool, amigos ou elogios? “Pesqui-sadores avaliaram os desejos e gostos de alguns estudantes universitários so-bre uma série de desejos e gostos e os resultados, para surpresa dos estudio-sos, indicaram que os voluntários dão mais valor a um elogio ou uma avalia-ção positiva do que comer sua comida preferida, satisfazer-se sexualmente, beber, receber o salário do mês e até encontrar um melhor amigo1.”

Portanto, embora surpresos, os pesquisadores confirmaram que o de-sejo de se “sentir valorizado”, por meio de elogios, triunfa sobre qualquer outra situação prazerosa. Cremos que es-tamos observando gerações em que uma parcela gigantesca de cidadãos é constituída de adultos condescen-dentes, imaturos para os obstáculos, decepções e desafios da vida, incapa-zes de lidar com conflitos e dotados de uma alucinante certeza de que o mun-do lhes deve algo, por isso, exigem ser adulados.

Não há dúvida de que a ausência de palavras e frases motivadoras, cada vez mais incomuns nos ambientes do-mésticos, prejudica a relação parental. Raramente observam-se muitos ho-mens estimulando com palavras edi-ficantes suas mulheres e vice-versa, não se constata regularmente chefes estimulando com sinceridade o traba-

lho de seus subordinados, não é muito comum pais e filhos estimulando-se com palavras afetuosas.

Óbvio que o bom profissional, ino-bstante não almeje, valoriza uma pala-vra de estímulo, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe exultam de ser avaliados positi-vamente, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se dedica, enfim, vivemos numa sociedade em que um precisa do outro; é impossível um homem viver sozinho, e as palavras motivadoras (que não podem resvalar para elogios) são a oxi-genação de ânimo na vida de qualquer pessoa.

Desde que adentramos nos portais dos ensinos kardecianos, aprendemos que o elogio (ainda que bem intenciona-do) nos amolece e ilude. E nada existe de mais frágil que uma criatura iludida a seu próprio respeito. É verdade, os benfeitores nos advertem a fim de que não percamos nossa independência construtiva a troco de considerações humanas (bajulações), posto que a ar-madilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário ne-gligente.

Até mesmo nos momentos de agru-ras de alguém, “nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despe-nhar-se nas sombras interiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo, é tão desaconselhável a condenação, quan-

Jorge Hessen - DF

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to o elogio”.

Sussurra a prudência cristã que nunca cederíamos campo à vaidade se não vivêssemos reclamando o deleté-rio coquetel da lisonja ao nosso ego-centrismo doentio.

Invariavelmente ficamos submissos às injunções sociais quando buscamos aprovação (bajulações) dos outros, “quando permanecemos na posição de permanentes escravos e pedintes do aplauso hipócrita e do verniz, da li-sonja, condicionando-nos a viver sem usufruir de liberdade de consciência, submetendo-nos a ser manipulados pelos juízos e opiniões alheias3”.

O elogio nos arremessa à presun-ção, a afetação nos remete à vaidade. Nesse insofreável desejo de chamar a atenção alheia, queremos ser aplaudi-dos e reverenciados perante os outros. Atualmente adota-se assustadoramen-te o hábito dos dirigentes incautos de elogiar e exaltar oradores em público. Essas pompas e grandiloquências, ob-servadas à volta de alguns oradores fa-mosos, é bem a repetição dos faustos do Cristianismo sem o Cristo.

A rigor, se alguém vem a público dizer que um orador é “maravilhoso”, “fantástico”, “brilhante”, “inesquecível”,

“insubstituível” e outras bajulices, logi-camente está elogiando e jamais esti-mulando ou motivando tal “homenage-ado”.

Por essas razões, importa vigiarmos as próprias manifestações, não nos jul-gando indispensáveis e preferindo a autocrítica ao autoelogio, recordando que o exemplo da humildade é a maior força para a nossa transformação mo-ral. “Toda presunção evidencia afasta-mento do Evangelho4”.

É imprescindível não elogiar (adu-lar) as pessoas que estejam agindo de conformidade com as nossas conveni-ências, para não lhes criar empecilhos à caminhada enobrecedora, embora nos constitua dever prestar-lhes assis-tência e carinho para que mais se agi-gante nas boas obras. O elogio (adula-ção) é peçonha em forma verbal. Por essa razão, não esqueçamos que “ain-da quando provenha de círculos bem-intencionados, urge recusar o tóxico da lisonja, pois no rastro do orgulho, segue a ruína5”.

Referências bibliográficas:

1Site http://super.abril.com.br/blogs/ciencia-maluca/o-que-a-gente-valoriza-mais-sexo-dinheiro-comida-alcool-amigos-ou-elogios.2 Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel, Ed. FEB, cap 37.3 Xavier, Francisco Cândido. Saudação do Natal – Mensagem “Trilogia da vida”, dita-do pelo espírito Cornélio Pires, Ed. CEU.4 Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo espírito André Luiz, Ed. FEB, cap 18.5 Idem cap 20.

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22 Set/dezembro - 2012

Relações pretéritas obscuras. O crime, o julgamento, a condenação, a pena. O cárcere se apossa do conde-nado, cegando-lhe a luz da liberdade.

Um lampejo de arrependimento, mas é inexoravelmente tarde. Começa-se a con-vencer de que a prisão compreende uma abran-gência maior do que a pri-vação da liberdade.

Os laços anteriores, de envolvimentos ilícitos, temporariamente se afrou-xam, mas estabelecem-se outros. A confraria do cri-me, com senhores e vassalos, onde qualquer vacilo pode representar a liberdade, liberdade da alma, exorta-o à irmandade. És conosco, ou contra nós?

Ao caráter flexivo, plástico, do en-carcerado, assoma-se a inextrincável maldade insana dos fortes fracos do crime, mais um covil de ovelhas, cujos “pastores”, agregam ao seu carma, e de seus liderados, dores tantas outras, sofrimentos sem medida.

Passam-se os dias, afasta-se a fa-mília, outros vínculos se criam. Com-panheiros, muitas vezes de modesta evolução moral, completam o ciclo perverso: o sexo, o vício, as confabu-lações vãs, o vazio. Constrangimento aos familiares que persistiram.

Se durante a luz do dia, os minutos são incontáveis, na escuridão da noi-te, eterna negritude assola-se à pri-são, prisão do corpo e da alma, uma interminável sentença.

Se uma centelha de arrependimen-

to sincero vem a lume, sofrimento pe-las dores que causou, brota resquícios de perdão. Uma oração sentida nasce do coração ressequido, e se clama ao Pai, um perdão sentido.

Embora alguns prefiram protelar a ocasião da nuança, não são esses os planos da Providência. Inicia-se um lento e gradativo processo de mudan-

ça, que emboca em espe-rança, de dias melhores no porvir.

Saúde debilitada, pelo tempo maltratada, a alma que se percebe devorada, deixa essa morada e clama pelo momento de suas dí-vidas saldar.

Liberto do cárcere dos homens, mas ainda preso

à corrente dos seus atos, solicita ao carcereiro, sua própria consciência, que o liberte do passado.

Como o arrependimento é um prêmio, um prêmio sem igual, recebe do plano espiritual, uma grande lição: “fora da caridade, não há salvação”. E aguarda um novo dia, que possa re-encarnar, e de alguma forma saldar, as dívidas que provocou.

Reencarna em família pobre, mas de grande evolução moral. Com gran-de dificuldade, mas guiado pelo amor, se torna um professor. Um professor exemplar, que com exemplo e com-paixão, trabalha numa prisão, alfabeti-zando e ensinando que dias melhores virão.

A irmã Coralina vai me perdoar, se um nobre verso dela furtar: “feliz da-quele que ensina o que sabe e apren-de o que ensina”.

O tempo, esse nosso aliado, pela Providência guiado, é também pro-fessor da alma.

O cárcere Eder da Silva Santana - SP

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Os limites éticos do mercadoNem tudo pode ser precificado pelo mercado. Duas correntes em

linhas opostas de pensamento se destacam: de um lado fica Richard Posner, jurista americano, o qual defende a tese de que, se há um ven-dedor e um comprador que, livres de pressões, entram em um acordo comercial, a transação é legítima, seja qual for o produto, desde que não cause mal a terceiros; do outro, Michael Sandel, filósofo america-no, que diz haver uma linha mestra de retidão nos seres humanos, e essa força elementar repudia a precificação de valores fundamentais da civilização. Seu pensamento gravita em torno do consenso de quem acha que pode comprar tudo na verdade não valoriza nada. “Vender a virgindade e comprar o apoio de partidos políticos são duas atitudes que revelam em seus autores a mesma concepção utilitarista e rasa da vida. Uma deprecia a intimidade. A outra ultraja a democracia.” (VEJA-Ed. 2296, Carta ao Leitor)

O cerne da questão é se valores éticos e morais podem ter preços e serem vendidos no mercado como outro produto qualquer. A linha de pensamento do Prof. Michael Sandel é aquela que se alinha à Doutrina Espírita. Joanna de Ângelis ensina que: “Um dia, sem que o queiras, deixarás todas as coisas e valores, ante o impositivo da desencarna-ção, seguindo contigo, apenas, os valores morais legítimos, decorrentes dos bens materiais que converteste em esperança, alegria, progresso e paz, qual semeador de estrelas que, após transitar por um caminho de sombras, conseguiu transformá-lo numa via-láctea de brilhantes celes-tes”. “O dinheiro não compra a felicidade e muitas vezes torna-se res-ponsável por incontáveis desditas.” “A aplicação que se lhe dá, torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis desgraças.” “Sua correta aplicação impõe responsabilidade e discernimento, tornando-se fator decisivo na edificação dos alicerces das nações e estabilizando o intercâmbio salutar entre os povos.” (As Leis Morais da Vida – Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco - caps. 9 e 19).

Fica bem claro que a utilização do dinheiro e dos mecanismos de mercado é que devem se subordinar aos valores éticos e morais, e não o contrário, embora possam ser coadjuvantes desses valores se utiliza-dos corretamente. Reflitamos sobre isso.

O cérebro virtualA busca para compreender o cérebro humano acaba de dar um

Notícias comentadas

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passo importante. Um estudo publicado na revista americana “Scien-ce” apresentou o primeiro modelo computacional do cérebro capaz de simular comportamentos humanos complexos, como realizar somas e completar séries de números.

(...) O modelo, produzido por cientistas da Universidade de Water-loo, no Canadá, e batizado de Spaun, busca simular o cérebro compu-tacionalmente, mimetizando os detalhes fisiológicos de cada neurônio, os impulsos elétricos que fluem entre eles e os neurotransmissores. (Folha de São Paulo - 4/12/2012 - http://www1.folha.uol.com.br/ciencia).

A ciência hoje sabe que no cérebro estão concentradas complexas funções que regulam o funcionamento do organismo autonomamente. A inteligência que o criou deixou pré-impressas funções que se aper-feiçoam com o desenvolvimento corporal e outras que somente se ma-nifestam anos após o nascimento, a par daquelas que se desenvolvem com as aptidões e a experiência da criatura, associadas às funções comportamentais do cérebro.

No entanto, o grande diferencial trazido pela Doutrina Espírita é a revelação de que a sede que o dirige não “mora” dentro dele e sim a ele se liga pelo perispírito, que por sua vez é regido pelo espírito, fonte da inteligência que o anima. (O Livro dos Espíritos - questões 71 a 75)

Os experimentos estão caminhando na direção que aproveita, o mundo virtual, sutilizando os meios para sensibilizar a inteligência, até atingir o ponto nodal: a sede da inteligência reside no espírito e não no meio material, por mais complexo e sofisticado que seja, como o cérebro humano.

RespostasVerificação de conhecimentos doutrinários

Páginas 14 e 15

Q.1 - William Crookes.Q.2 - Grupo Familiar do Espiritismo.

Q.3 - Ministérios da Elevação e da União DivinaQ.4 - O Livro dos Espíritos

Q.5 - Enxertia fluídica.Q.6 - Cairbar Schutel.Q.7 - Simão de Cirene

Q.8 - Entre Irmãos de Outras Terras

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Carta ao atual e futuroASSINANTE MANTENEDOR

Querido(a) irmão(ã),

A revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 34 anos de existência.

Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propostas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo.

Cabe colocar, que muitas casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍRITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciência, que contribua anualmente com um valor sugerido de R$ 15,00 (quinze reais), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as três edições da revista (abril/agosto/dezembro), as postagens dos exemplares que serão remetidos em seu nome e a distribuição gratuita para centenas de instituições espíritas.

Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabilizará a continuação deste trabalho e apoiará os editores, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte dos custos desta produção, sem nada receberem pelos serviços prestados.

Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, entendendo que a luta pela vitória do bem é da responsabilidade de todos.

Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita.Preencha o formulário no verso.

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