EDITORIAL BAR DAS LETRAS CRÔNICAS DE ARAK Por Dejoces … · 2019. 1. 24. · No cumprimento do...
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FORTALEZA, TERÇA, 23/01/2019 * Nº 500 – ANO XI * DESDE JUNHO DE 2008
... E QUE O ÁLCOOL NUNCA DEIXE DE CORRER EM NOSSAS VEIAS!!
... MAS BEBA COM MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE!
EDITORIAL
Caros amigos,
Não sei se notaram, mas essa é a edição 500 desse
jornaleco. Isso mesmo, você leu correto... Edição
número...
Estamos bem no filme e a meio caminho do
Pasquim, que teve um total de 1072 edições
semanais. Mais 10 anos e a gente chega lá. Mas
posso lhes garantir que não é moleza, não. Toda
semana no ar. No mínimo cinco horas de trabalho,
normalmente madruga adentro, para criar e editar.
Multiplicando horas trabalhadas pelo numero de
edições chegamos ao total de 2.500 horas, sem
contar o trabalho na rua, bar em bar. Se
considerarmos o custo de R$ 100,00/hora,
chegamos a um custo de R$ 250.000,00 só com
edição. E aqui estou eu, mais uma vez, de novo,
novamente, para fazer circular mais um numero. E
feliz da vida, viu?
Altino Farias
BAR DAS LETRAS
CRÔNICAS DE ARAK
Por Dejoces Baptista Júnior
BEBER O MORTO
No cumprimento do dever morreu o sargento da
polícia Pantoja Silva da Silva: o tiro saiu pela
culatra.
A pedido do finado, a viúva Mail Silva da Silva
serviu a coleção de cachaça no velório. Entre pai
nossos e Dandiz, ave marias e Douradinha,
credos e Falcão do Vale, Professor Arak, o
empresário Chiquinho Bezerra e Romeu, o que
tomba, mas não cai, inebriados, disputavam, na
porrinha, um raríssimo exemplar da mitológica
Canaã. Helano, travestido de Cauby, rendeu
homenagem ao falecido, o que provocou um
tremendo do reboliço: Seu Aírton insistia em
tirar a viúva para dançar. Por fim, o clube do
tetéu, capitaneado pelo casal Henrique e Aracélia
Parente, se fez presente e o velório entrou pela
madrugada adentro. Beberam o morto até a
última gota.
Arak dormiu mal. Acordou cuspindo bala, bebeu
meio litro de água. Vestiu o calção e foi para o
mar pedir a Iemanjá que guiasse a alma do
amigo, que dá viúva, ele mesmo cuidava.
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FORTALEZA, TERÇA, 23/01/2019 * Nº 500 – ANO XI * DESDE JUNHO DE 2008
... E QUE O ÁLCOOL NUNCA DEIXE DE CORRER EM NOSSAS VEIAS!!
... MAS BEBA COM MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE!
POESIA DO MEU JEITO
Por Concita Farias
ETAPAS
O botão da rosa
Fechado,
Concentrado
Em si mesmo,
É meditação.
A rosa desabrochada,
Aberta para o vento,
Aberta para o tempo,
É contemplação.
Quando a rosa
Perde o vigor
E fenece,
É sublimação!
OPINIÃO
Por Nirton Venâncio
DE VOLTA AO FUTURO
O escritor inglês George Orwell, nascido na
Índia, faleceu com apenas 46 anos, de
tuberculose, em 21 de janeiro de 1950. Foi
poupado de assistir pelo telão da telinha a
vulgarização que fizeram com o personagem
mais significativo da sua literatura, Big Brother,
o Grande Irmão, um ser fictício do clássico e
distópico romance “1984”, que retrata o
cotidiano de um regime político totalitário e
repressivo.
Publicado em 1949, a certa altura lê-se que
“Big Brother is watching you”, algo como "o
Grande Irmão está te observando", o que conota
a vigilância invasiva frequente de uma
sociedade oligárquica coletivista. O livro é
assustador.
FOTO: PORTFOLIO MONDADORI, 1948
Orwell mais do que um futurista, foi um
vaticinador. O mundo em que vivemos é
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FORTALEZA, TERÇA, 23/01/2019 * Nº 500 – ANO XI * DESDE JUNHO DE 2008
... E QUE O ÁLCOOL NUNCA DEIXE DE CORRER EM NOSSAS VEIAS!!
... MAS BEBA COM MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE!
exatamente o que está no romance, ou pior, por
ser dissimulado. A antítese da utopia, onde a
tecnologia é utilizada como ferramenta de
controle, usada pelo Estado, instituições e
corporações.
Um programa de televisão de extrema
imbecilidade como BBB, é a metalinguagem
caricatural desse poder midiático, que
transforma espectadores em néscios operantes
para o nada, dopados e incapazes da reflexão e
discernimento para tudo.
Orwell não imaginaria que sua teoria de um
futuro avassalador chegasse a tanto.
SINGULARMENTE FALANDO...
Por Eliézer Rodrigues
AS PROFECIAS DE MANOEL CABOCLO Em dias tão turbulentos e apreensivos e sem
imaginação, nada criativo, pelos quais estamos
vivendo, como faz falta o almanaque “O Juízo
do Ano”, publicação de Manoel Caboclo,
editada, em Juazeiro do Norte. Caboclo
pressagiava, também, muitas revoltas, crimes
misteriosos, assaltos e vinganças terríveis. Tudo
em versos de cordel.
Semelhantes ao formato dos folhetos de cordel,
distribuídos em todo Nordeste com tiragem que
chegava a 40 mil exemplares, entre 1959 e
1996, os almanaques eram disputadíssimos,
principalmente pela criatividade na abordagem
dos temas.
Além das indicações meteorológicas, tendo o
sertanejo nordestino como alvo predileto, a
publicação trazia conselhos favoráveis ao
cultivo, além de previsões, astrológicas,
parapsicologia, numerologia e até ciências
ocultas.
Tive a felicidade de entrevistá-lo (Jornal Diário
do Nordeste/ edição 20/12/1992), em sua
residência, em Juazeiro do Norte, pouco anos
antes dele falecer, em 1996. Após a sua morte,
o almanaque “O Juízo do Ano”, já em crise,
deixou de circular.
Foto: Manoel Caboclo editava o almanaque, na sua
gráfica, instalada na casa dele.
DIÁRIO GRÁFICO. Por Áureo Castelo Branco
As obras do túnel da avenida Alberto Sá me
fazem ir pra casa, no Papicu dos pobres, por um
atalho por dentro do castelo encantado, que é
repleto de esquininhas curiosas. Como essa aí,
com um lindo pé de jasmim manga todo florido.
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ENTRETENIMENTO
O TUDÓLOGO DO PBV RESPONDE:
Doutor tudólogo,
Qual a diferença entre “descobrir” e “inventar”?
Prezado inventivo leitor,
Boa pergunta. Bem, vejamos... Deixa ver se
descubro uma forma fácil de explicar... Senão
terei que inventar...
Bem, “descobrir” uma é quando alguma coisa
já existe, mas ninguém ainda havia se dado
conta dessa existência, até que uma pessoa, ou
grupo de pessoas, toma conhecimento de sua
existência por alguma circunstância, acaso, ou
mesmo como resultado de uma procura. Vou
dar dois exemplos para facilitar sua
compreensão:
Cabral descobriu o Brasil. O Brasil já existia,
mas os povos mais desenvolvidos da época
simplesmente não conheciam esta parte do
planeta. Ao se aventurem por essas bandas,
descobriram não só o Brasil, mas um continente
inteiro, a América, chamada então de “Novo
Mundo”.
Grahan Bell inventou o telefone, aparelho que
viria a revolucionar as comunicações. O
telefone não existia, e foi fruto da aplicação de
seus conhecimentos científicos e experimentos
práticos.
“Descobrir” pode ser em relação a um espécime
animal ou vegetal desconhecido, ou mesmo a
explicação matemática de um fenômeno natural
observado pelo homem. Já o “inventar” é
resultado essencialmente do raciocínio humano.
Agora que você já sabe a diferença entre um e
outro, sugiro que, quando aprontar pelos bares
da vida, invente uma história muito bem
inventada para sua mulher não descobrir o que
você andou fazendo por aí, ok?
CONSELHO PBV
TENHA SEMPRE UM ÓCULOS RESERVA.
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ATENÇÃO!!
UTLIDADE PÚBLICA DO BURACO
O CARTÃO DE DÉBITO NÃO PASSOU E
O DONO DO BAR TÁ ENCRENCANDO?
E PRA QUE É QUE SERVE O TAL DO “VALE”?
E SE NÃO ACEITAREM SEU VALE...
LIGUE PARA O TELE-ÁLCOOL,
E DENUNCIE O ABUSO!!
FONE: (85) 3999-6666 (procurar o Sr. Belém).
Fico feliz...
Quando chego em casa e, enfim, tiro meus
sapatos e piso o chão.
Fico puto...
Quando piso numa poça de xixi do cachorro de
estimação dos filhos...
DA JANELA DO MEU CARRO
A turma não aprende. Duas da tarde e o pessoal
fazendo manutenção em tampas de esgoto em
plena Virgílio Távora, provocando um belo
congestionamento.
Eu vi da janela do meu carro e fotografei para
vocês...
MISCELÂNIA com Altino Farias
O Gentilândia Bar continua fazendo acontecer na
Gentilândia nesse pré carnaval apoiando o bloco
Hospício Geral. Sucesso total!
TELE ÁLCOOL
ÀS ORDENS!!
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Era sábado, mas naquela mesa estava faltando
ele. Quem? Quem? Ele!
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Na “Segunda sem Leite - O "Dia do
Profissional" da Embaixada, além dos habitués
da casa, apareceram outras autoridades.
*****
E o mulherio da CONVIDA-CE, Confraria
Feminina da Cachaça, fez mais um encontro na
segunda feira, 21/01, na Embaixada da Cachaça,
casa que estimulou a formação da confraria e
vem lhe prestando apoio logístico.
A confraria é uma das sete células da CONVIDA
BRASIL, que tem sede em Belo Horizonte, e da
qual participam nomes de peso do mundo da
cachaça.
Elk, produtora da cachaça Sanhaçu, de Chã
Grande, Pernambuco, sabendo da movimentação
da CONVIDA-CE através da confreira Morena
Brandão, ficou animada para vir ao Ceará
conhecer essa turma pra lá de animada, e já
confirmou com Ana Maria, que dirige o grupo,
sua vinda a Fortaleza em março.
*****
Mais uma vez o Momento Literário da
Embaixada foi muito bacana. Tivemos as
participações de Roberto Paiva, Altino Farias,
Luciano Maia, Humberto Ellery, Paulo Ximenes,
Romeu Duarte, Vicente Alencar e Reginaldo
Vasconcelos. Ao final, Roberto convidou Lui
Duarte, artista plástico presente à ocasião, para
expor seus trabalhos. O violão de Chico Pio fez o
pano de fundo.
Paralelamente, Altino está realizando uma feira
de livros, pondo em prática um projeto antigo.
Na feira serão disponibilizados vários títulos de
escritores cearenses à venda, bem como o espaço
está liberado para autores que queiram expor e
comercializar seus trabalhos. Seguem fotos.
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FORTALEZA, TERÇA, 23/01/2019 * Nº 500 – ANO XI * DESDE JUNHO DE 2008
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Finalizamos com nossa preocupação com relação
à segurança pública, com os cidadãos do estado
sujeitos a ataques e falta de transportes públicos,
e comerciantes acumulando seguidos prejuízos,
resultado da queda de movimento. E ainda tem a
prefeitura com suas zonas azuis e mil exigências
de uma legislação pra lá de complicada.
SENHORES GOVERNANTES:
DEIXEM O POVO SER FELIZ!
E aqui finalizamos a edição 500 e já
vislumbrando o número 1000, mas sabemos que
para chegar lá vai ser FLÓRIDA!
ENCERRANDO,
O POETA DISSE...
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor
(trecho de À Flor da Idade, de Chico Buarque)
PELOS BARES DA VIDA
Edição Nº 500 - ANO X
Desde junho de 2008
Editor: Altino Farias
Conselheiro e Colunista: Robson Menezes
Colaboradores:
Dejoces Baptista Jr.
Áureo Castelo Branco
Nirton Venâncio
Concita Farias
Romeu Duarte
Eilézer Rodrigues