Editorial - cerpch.unifei.edu.brcerpch.unifei.edu.br/wp-content/uploads/revistas/revista-16.pdf ·...

28

Transcript of Editorial - cerpch.unifei.edu.brcerpch.unifei.edu.br/wp-content/uploads/revistas/revista-16.pdf ·...

Cenas de um teatro de mentirasGeraldo L. Tiago Filho

E nos intervalos das TVs de todo o Brasil:Cena 1:Na rua, uma senhora se aproxima de um sorveteiro e pergunta:A senhora: - O senhor tem sorvete sabor menta?A sorveteiro - Não. Acabou.A senhora: - Como acabou? Na semana passada também não havia! O que o Senhorestá fazendo? Está estocando para vender na alta? Isso é um abuso!Uma voz oculta diz: - Ninguém é obrigado a aceitar a imposição. As distribuidorasnão são culpadas pelo aumento nos custos de seu produto. Elas não têm capacidadede gerar, apenas de distribuir.Cena 2:Batem à porta e quando o dono da casa abre é um entregador de pizzas.O dono da casa: - Pois não?Entregador de pizzas: - Vim entregar essa pizza!O dono da casa: - Como pizza? Eu não pedi nenhuma pizza!Entregador de pizzas: - Pois é! Mandaram entregar! São trinta reais.O dono da casa paga e vai até a sala de estar onde encontra a mulher, assistindo àTV. Ela pergunta:A mulher: - Quem era?O dono da casa: - Vierem entregar essa pizza! Você pediu pizza?A mulher: - NãoO dono da casa com um semblante resignado conclui: - Nem eu!Uma voz oculta diz - Ninguém é obrigado a pagar pelo que não pediu. Asdistribuidoras de energia elétrica não têm culpa pelas tarifas repassadas aoconsumidor.Assina as duas cenas a Associação das Distribuidores de Energia Elétrica(ABRADEE).

Pode ser que as duas cenas não estejam descritas com fidelidade. Entretanto,ambas procuram incutir nos telespectadores-consumidores que as distribuidorasde energia elétrica não têm responsabilidade alguma pelos altos custos das tarifaselétricas e que as geradoras, elas sim, são as responsáveis pela falta de energia,por estarem ou não estocando energia elétrica. Segundo as cenas, às distribuidorascabe apenas o papel de entregadora da energia.

Ora, é sabido que, para as distribuidoras, fica o filé mingnon: elas têm omonopólio da distribuição e, além de praticar altas tarifas, detêm contratos deconcessão com cláusulas abusivas que garantem uma atividade imune a riscos deprejuízos. Nem mesmo na crise energética em 2001, quando a população foiobrigada a racionar a energia elétrica, elas perderam. Com a justificativa de quetiveram prejuízos e, de acordo com os contratos de concessão, elas se viram nodireito de protestar e receberam pela eletricidade não entregue.

Da mesma forma, o governo, preocupado com a possibilidade de umanova crise de abastecimento de energia, contratou, a toque de caixa e a preçosabusivos, a energia gerada por termoelétricas para atender exclusivamente essefilão. Ao consumidor, ficou a incumbência de pagar pela disponibilidadedessas usinas, além de arcar com o prejuízo das distribuidoras.

Mais uma vez, o consumidor encena o papel de um personagemresignado, obrigado a cobrir as mazelas de um setor que não consegue seestruturar. E ainda tem que agüentar matérias publicitárias que o colocam emseu devido lugar: o de debilóide.

Editorial

Scenes of a theatre of liesTrad. Felipe Moreton Chohfi

In the commercial brakes of the TV channels all around Brazil, the followingscenes will be advertised:Scene 1:In the streets a woman approaches an ice-cream seller and asks:Woman - Do you have an ice cream of mint flavorIce cream seller - No it has finishedWoman - How did it finish, you also did not have any last week, what are youdoing, are you stocking to sell in the high season… This is an abuseA hidden voice - No one is obliges to accept the imposition. The distributorsshould not be blamed for the rise in the costs of their products. They are notcapable of generating, only of distributing.Scene 2:There is a knock in the door and when the house owner opens it is a pizzaseller.House owner - YesPizza delivery man - I have come to deliver this pizzaHouse owner - But how, I have not asked for a pizzaPizza delivery man - Oh well, the order was to deliver it, it costs 30 reaisThe houseowner goes in and asks his wife:House owner - Did you ask for a pizzaWoman - NoHouse owner - Neither did IA hidden voice - No one is obliged to pay for something that they did not askfor. The distributors of electric energy are not to blame for the tariffs passedto the consumers.The association of distributors of electric energy ( ABRADEE ).

It might be that the two scenes are not described with fidelity. Meanwhileboth try to induce to the TV viewers that the distributors of electric energyhave no responsibility for the high electric fares and that energy generatorsare the true ones responsible for the lack of energy, for being or not stockingelectric energy. According to the scenes the distributors are responsible onlyfor the delivery of the energy.

Well, it is known that the distributors have the “fillet mignon” steak:they have the monopoly of distribution and, beyond charging high tariffs,also hold concession contracts with abusive clauses that guarantee a risk-free losses activity. Not even during the energy crisis of 2001, when the popu-lation was obliged to ration their electric energy, they lost. With the justifica-tion that they had losses and according to the contracts of concession, theywere entitled to protest and they managed to get for the non-delivered elec-tricity.

In the same way, the government that was worried about a new energysupply crisis, contracted immediately and at abusive prices the energy gener-ated by thermo power plants, to service exclusively this segment. To the con-sumer remained exclusively the responsibility of paying for the availability ofthese plants as well as to support the loss of the distributors.

Once again, the consumer acts the role of a resigned character obligedto cover the mistakes of as sector that is not capable of getting organized.Beyond all that the consumer has to support TV campaigns that show him inhis proper place: the one of mentally handicapped.

Sumário / Contents

3

AgendaA herança de Lula / The inheritance of Lula

Secretário Executivo do MME fala sobre mudanças no setor elétrico/ Executive Secretaryof the Ministry of Mines and Energy talks about changes in the electric sectorArtigo Técnico / Technical ArticleEspecialistas sobre setor de energia no governo LulaSpecialists of the energy sector in the Lula governmentEspaço do Internauta / Internet roomEspaço Cerpch / Cerpch space

46

811

202324

Novo governo herda setor elétrico com problemasFabiana Gama Viana

É contundente afirmar que o governodo presidente eleito Luís Inácio Lula daSilva herda muitos problemas para a áreade energia. Por isso a preocupação de suaequipe em formular propostas específicaspara o setor. O modelo atual é passível decríticas, pois vários aspectos implantadospelo atual governo merecem ser revistos.No entanto, as deficiências do setor não sãointeiramente conseqüências do modelovigente.

Era estatalO início da formação do parque

energético brasileiro aconteceu a partir dadécada de 1950. Através de tecnologianacional e aproveitando-se da capacidadehídrica do país, investiu-se na construçãode grandes hidrelétricas, viabilizando infra-estrutura necessária ao crescimentoeconômico acelerado, dentro de umapolítica de substituição de importações.

Neste período, o governo sinalizoucomo o grande empreendedor no setor, e oparque energético nacional foi formado porempresas, em sua maioria, estatais. Noentanto, como o Estado tinha o controledessas empresas, estas, muitas vezes,serviam como ferramenta para usospolíticos, estando esses interesses acimados interesses de eficiência.

As herançasInvestiu-se maciçamente em

hidroeletricidade, ficando o paísdependente do regime de chuvas. Da mesmaforma, o crescimento econômico aliado aoaumento da população fez com que os cus-tos marginais de energia crescessem,levados pela necessidade de um maiorinvestimento na transmissão, pois as usinasestavam ficando cada vez mais longes dosmercados de consumo.

Além disso, o aumento da demandaexigia novos investimentos na expansão dosistema, o que era impossibilitado peloendividamento crônico das estatais,conseqüência do uso político que ogoverno fazia delas. A situação financeiradas empresas de energia foi sanada em 1993quando o Tesouro Nacional pagou US$27bilhões para acabar com as dívidas dasconcessionárias.

Era FHCQuando Fernando Henrique Cardoso

assumiu o governo, o modelo estatal nosetor elétrico estava conturbado,enfrentando uma onda de inadimplênciageneralizada, o que acarretou na paralisaçãototal dos investimentos. FHC encontrouuma realidade de 23 projetos de geraçãoparados por falta de investimentos.

Assim, foi implantado um novomodelo no setor que privilegia a livrecompetição em busca da eficiência, atravésde regulação e fiscalização transparentespara atrair o capital privado e retomar osinvestimentos. A desverticalização dasestatais, garantindo maior competitividadeno mercado, e a privatização dasconcessionárias, como condição necessáriapara alocação de recursos, foramos destaques do novo modelo. Damesma forma, foi criado oMercado Atacadista de Energia(MAE), onde são realizadasatividades de compra e venda deenergia por meio de contratosbilaterais e de um mercado decurto prazo, restrito aos sistemasinterligados.

Outras herançasO novo modelo foi

parcialmente implantado. Aprivatização, que começou semmarco regulatório, não foicompleta. As grandes geradorasnão foram vendidas, o queimpossibilitou a instituição domercado livre. O capital privadonão investiu no setor devido aosriscos regulatórios, e o MAE nãofuncionou.

Além disso, o governo FHCenfrentou problemas noabastecimento de energia,conseqüência do não investimentoem geração e transmissão e umsevero regime de chuvas,ocasionando na crise energéticaem 2001. Na verdade, a criseaconteceu porque o antigomodelo falira e o novo modelonão fora totalmente implantado, oque não atraiu investimentosprivados, fundamentais para a

Herança

As heranças de Lula6

expansão do setor. A crise energéticaevidenciou todas as fraquezas do setorelétrico, mostrando sua dependência ao re-gime de chuvas, a falta de investimentos nageração e transmissão e a frustração pornão se ter implantado totalmente um modelode livre concorrência.Pelo menos a curto prazo, o Brasil não correo risco de enfrentar uma nova criseenergética, pois o efeito do racionamentogerou um excedente de produção de energiaem torno de 12% da demanda total. Se seconsiderar um crescimento econômico porvolta de 3%, o que é uma visão otimista,seriam precisos dois anos para que esseexcedente fosse gasto. Dessa forma, o novogoverno tem tempo para respirar e pensarem como solucionar as agruras do setor.

Heritage

The Inheritance of LulaNew government inherits an electric sector with problemsTrad. Felipe Moreton Chohfi

It must be stated that the government ofthe elected president Luiz Inacio Lula da Silvainherited many problems in the area of energy.For this reason the concern of his team informulating specific proposals in this sector.The current model is worthy of critics as manyaspects implanted by the present governmentdeserve to be re-thought. However thedeficiencies of this sector are not entirely aconsequence of the present model.

The beginning of the formation of thebrasilian energy park happened starting fromthe decade of 1950. Through nationaltechnology and making use of the countrieshydro capacity, investments were made in theconstruction of large hydro electric powerplants, making available the infrastructureneeded for the accelerated economic growth,inside an imports substitution politics.

In this period the government was thegreat interpreneur of the sector, and thenational energy park was formed bycompanies that in the majority were stateowned. However as the state started to havecontrol over these companies, these, manytimes served as tools for political use, andthese interests were often above those ofefficiency.

The inheritanceMassive investments were made in

hydroelectricity in such a way that the countrybecame dependent in rainfall. In the sameway economic growth allied to the rise inpopulation made the marginal costs of energyrise, given the need for a greater investmentin transmission, as these plants werebecoming each time more far away from theconsuming markets.

The rise in Demand also meant newinvestments in the expansion of the system,that was impossible because of the cronicdebts of the state owned companies, aconsequence of the political use made of them.The financial situation of the energycompanies was examined in 1993 when thenational treasury had to pay U$27 billiondollars to finish with the debts of theconcessionaries.

The FHC eraWhen FHC assumed the government the

state model in the electric sector was

disturbed, goingthrough a time ofg e n e r a l i z e dinadequacies, thatbuilt on into a totalparalization of theinvestments. FHCfound a reality of 23energy generationprojects stopped due tolack of investments.

Like this, a newmodel in this sectorwas implanted thatprivileged the freecompetition in thesearch for efficiencythrough transparentfiscalization andregulation to attractprivate capital andrecover investments.The new direction ofthe state ownedc o m p a n i e s ,guaranteeing greatercompetition in themarket and theprivatization of theconcessionaries, as a condition for theallocation of resources, were the highlightsof the new model. In the same way theWholesale Power Market (MAE) wascreated, where activities of buying andselling energy were made by means ofbilateral contracts and short-term marketsrestricted to the interlinked system.

Other inheritancesThe new model was partially implanted.

The privatization that started without aregulatory mark, were not completed. Thegreat generators were not sold whatimpossibilitated the implementation of a freemarket. Private capital did not invest in thesector given the regulatory risks and the MAEdid not work.

In addition the FHC government wentthrough problems in the supply of energy, aconsequence of no investments in thegeneration and transmission of electricenergy and a problematic year in terms ofrains, resulting in the energy crisis of 2001.

In reality the energy crisis occurred becausethe previous model went bust and the newmodel was not totally implanted, hence notattracting private investments that werefundamental for the expansion of the sector.The energy crisis made evident all theweaknesses of the electric sector, showinga dependency of the sector in rainfall, alack of investments in generation andtransmission and a frustration for nothaving implanted totally a model of freecompetition.

At least in the short term, Brazil isnot in risk of having to face a new energycrisis, as the effect of the energyrationing has lead to a surplus in theproduction of energy around 12% of thetotal demand. If an economic growth ofaround 3% is considered, that is anoptimistic vision, two years would beneeded for this surplus to be spent. Inthis way the new government has time tobreathe and think about how to solve thefaults of this sector.

7

A nova ministra de Minas e Energia do governo Lula,Dilma Rousseff, assume com a promessa de combater avolatividade das tarifas. Através de uma nova correlação deforças com o mercado, o consumidor poderá ter uma tréguaem meio a uma série de aumentos nas contas de luz.

Nesta edição, a revista PCH Notícias & SHP News trazuma entrevista com o novo secretário executivo do Ministé-rio de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, que fala sobrecomercialização e aumento da oferta de energia, fontesrenováveis e integração energética com os países doMercosul.

A entrevista foi realizada quando Maurício Tolmasquimainda era coordenador do Centro de Economia Energética eAmbiental da Coppe/UFRJ e ainda não havia assumido ocargo de secretário executivo do Ministério de Minas e Ener-gia.

PCH Notícias & SHP News: Eu gostaria que osenhor fizesse uma análise do governo FHC na área deenergia.

Tolmasquim: A política energética do último governofoi catastrófica. O racionamento que tivemos em 2001, a maiorcrise energética da história brasileira, é um fato que atestaque isto é verdade.

O racionamento aconteceu porque se tentou implantaruma reforma no setor elétrico ignorando-se as especificidadesdo país. O Brasil tem uma base majoritariamente hídrica eprecisa expandir a sua oferta de energia em ritmo acelerado,mas é necessário avaliar todas as variantes.

Procurou-se implantar um modelo competitivo no setor.As empresas estatais foram impedidas de fazer investimentosno ritmo que poderiam fazer por causa de uma restriçãomacroeconômica imposta pelo Fundo Monetário Internacional(FMI), que contabiliza os investimentos das estatais comogasto público. Outra restrição imposta foi impedir que asestatais alavancassem recursos através do Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ogoverno pretendia resolver o problema através doinvestimento do capital privado, sobretudo, em termelétricasa gás natural. Mas, ocorreu a desvalorização cambial e, alémde o gás natural ter se tornado mais caro, 70% dosequipamentos das termelétricas são importados. Estes fatoresfizeram com que os investimentos não ocorressem no ritmonecessário e nós ficamos num vácuo: o Estado saiu e o capi-tal privado não entrou.

PCH Notícias & SHP News: Mas o governo vaicontinuar a expandir as centrais hidrelétricas? E oprograma de térmicas?

Tolmasquim: A base brasileira tem que ser hídrica euma percentagem será de termelétricas, justamente para osistema funcionar otimizado. Tanto o sistema térmico quanto

The new mines and energy minister of the Lula government, DilmaRoussef, keeps with her promise of combatting the volatility of thetariffs. Through a new correlation of forces with the market, theconsumer could have a break before a series of rises in the electricitybills.

In this edition, the PCH Noticias and SHP News magazine bringsan interview with the new executuve secretary of the ministry of minesand energy, Mauricio Tolmasquim who talks about commercializationand rise in the energy supply, alternative energy sources and energeticintegration with the countries of Mercosul.

This interview was undertaken when Mauricio Tolmasquim wasthe coordinator of the Center of Environmental and Economic Energyof Coppe/UFRJ and had not yet taken the place of executive secretaryof the Mines and Energy Ministry.

PCH Noticias and SHP News: I would like you to make ananalysis of the FHC government in the energy sector.

Tolmasquim: The energy policy of the FHC government wascatastrophic. The blackout that we had in 2001, the greatest energycrisis in Brazilian history, is a fact that confirms that this is true.

The rationing occurred because the government tried to start areform in the electric sector ignoring the specifications of the country.Brazil is a country with a majority of hydro base, and needs to expandits offer of energy at an accelerated pace but there is a need to accessall the variables.

A competitive model in this sector tried to be implanted. The statecompanies were stopped from making investments in the rhythm thatthey could do given the economic restriction imposed by the FMI, thataccounts the investments of the state companies as an investment.Another restriction imposed was to stop the state companies fromobtaining resources through BNDES. The government intended tosolve the problem with private capital invested mostly in steam plantsfueled by natural gas. But devaluation occurred. In addition to naturalgas having become more expensive, 70% of the thermo powerequipments are imported. These factors resulted in investments notoccurring in the required speed and we stayed in a vacuum: the statewent out and private capital did not come in.

PCH Noticias and SHP News: Will the government continueto invest in the thermo power program? What about the expansionof the hydr electric plants.

Tolmasquim: The Brazilian base needs to be hydroelectric, anda percentage will be from thermo plants, exactly for the system towork optimized. Not only the hydroelectric system but also the thermowill need to be expanded, but the thermal system will be taken care ofin a different rhythm serving only as a complement. In a mainlyhydraulic system, the entry of the steam plants is complicated giventhe variability of the price is too high. During the abundant rainfall

Entrevista

Mudanças no setor elétrico Novo Secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia

fala sobre o futuro da área energética do paísEvana Rosa

The new executive secretary of the Mines and Energy Ministrytalks about the future of the energy area of the country

Changes in the electric sector

Trad. Felipe Moreton Chohfi

8

periods, the price falls and the steam plants are not able tocompete. Steam plants in Brazil, are only favorable if they canenter by complementing the hydraulic base. But, the natural gascontract with Bolivia was made in the Take or Pay mould, meaningconsume all the gas or pay for it. This obliges the steam plants toenter the system.

After the government realized that there were no investmentsin thermo electricity, they tried to make it feasible through the socalled Priority Plan for Thermo Plants, giving a series of incentivesfor the investors.

Even like this there were no investments and the governmentfound a mechanism where Petrobras would pay during a periodof the year the exchange rate devaluation of the gas. Despite thiswhole effort the Priority Program for Thermo Plants ( PPT ) is afailure as only part of the thermo plants will materialize.

PCH Noticias and SHP News: The contract with Boliviashould be reviewed?

Tolmasquim: Yes, actually the letter of the contract withBolivia is a big hurdle for the development of gas in Brazil. Thisis because it obliges the thermo plants to function in the base line,given the situation that the gas must be paid for even withoutconsumption, hence you need to be selling the energy the wholetime, meaning that the thermo plants must be on full time. Anothersolution is to create a secondary market of gas in Brazil, which isalso very complicated.

PCH Noticias and SHP News: How does the governmentintend to guarantee the interest of investors?

Tolmasquim: It is fundamental to re-take a determinativeplanning. One of the measures adopted by the former governmentwas to have an indicative planning meaning, a plan was made,but the execution of this plan was optional.

The state must make a determinative planning, but as thereis a margin for errors it is necessary to create the possibility ofquestioning by the civil society entrepreneurs, businessman andothers. Once defined the list of projects, giving priority to the leastcostly, it is up to the government to prepare bids for the projects.At this stage happens a change.

Presently the one who offers greater value will win the bid.Then comes in the question of the good will that will be recoveredthrough the tariff, or in other words it will be re-passed to theconsumer. In addition the one that acquires the project is not sureif there will be demand for his energy, and will not know the pricethat he will sell his energy. Due to these uncertainties a very highrate of remuneration will be expected given that its risk is very

o hídrico terão que ser ampliados, mas, o térmico será expandidonum ritmo diferente, servindo apenas para complementar o sistema.Num sistema majoritariamente hídrico, a entrada das térmicas édificultada porque a variabilidade de preço é muito alta. Nosmomentos de chuvas abundantes, o preço cai e a térmica nãoconsegue competir. As térmicas no Brasil só têm sentido sepuderem entrar complementando a base hídrica. Mas, o contratodo gás natural com a Bolívia foi feito nos moldes Take or Pay, ouseja, consuma todo o gás ou pague por ele. Isto obriga as térmicasa entrarem na base do sistema.

Depois que o governo percebeu que não havia investimentosem térmicas, tentou viabilizá-las através do Plano Prioritário deTérmicas, dando uma série de facilidades para os investidores.

Mesmo assim, não houve investimentos e o governoencontrou um mecanismo onde a Petrobrás bancava, durante umperíodo do ano, esta variação cambial do gás. Apesar de tudoisto, o Programa Priotário de Térmicas (PPT) é um fracassoporque apenas parte das térmicas prevista vai sair.

PCH Notícias & SHP News: O contrato com a Bolíviadeverá ser revisto?

Tolmasquim: Sim. Hoje, este contrato com a Bolívia é ogrande empecilho para o desenvolvimento do gás no Brasil, jáque ele obrigam as termelétricas a funcionarem na base do sistema.A partir do momento em que se deve pagar pelo gás mesmo semconsumir, a energia tem que ser vendida o tempo todo, o queobriga as termelétricas a ficarem ligadas também o tempo todo.Outra solução é criar um mercado secundário de gás no Brasil, oque também é muito complicado.

PCH Notícias & SHP News: Como o governo pretendegarantir o interesse dos investidores?

Tolmasquim: É fundamental retomar o planejamentodeterminativo. Uma das medidas adotadas pelo último governofoi fazer um planejamento indicativo, ou seja, foi feito um plano,mas construíam as usinas quem quisesse.

O Estado deverá fazer um planejamento determinativo, mas,como ele também pode errar, torna-se necessária a possibilidadede haver contestação da sociedade civil, empresários e outrossetores. Uma vez definida a ordem dos empreendimentos,considerando prioritariamente os menos custosos, cabe aogoverno licitá-los. Nesta etapa, ocorre uma mudança. Durantealgum tempo ganhava a licitação quem oferecesse o maior valor.Aí entra a questão do ágio, que vai ser recuperado através datarifa, ou seja, ele vai ser repassado ao consumidor. Além disso,quem adquire o empreendimento não tem certeza se vai ter

“Tanto o sistema térmico quanto ohídrico terão que ser ampliados, mas, otérmico será expandido num ritmodiferente, servindo apenas paracomplementar o sistema”

“Not only the hydroelectric system butalso the thermo will need to be expanded,but the thermal system will be taken care ofin a different rhythm serving only as acomplement to the system”

Maurício Tolmasquim

Interview 9

big.In the alternative offered by PT, the one who offers

the smallest tariff will win the bid, that will be effectiveduring the concession contract and will be readjustedin such a way as to maintain the projects feasibility.

PCH Noticias and SHP News: How will thecommercialization of energy be made?

Tolmasquim: The idea of the model is to decreasethe risk of the generator. The aim is to guarantee arevenue to the entrepreneur. For this there are twopossibilities: to contract all the energy through the PPAor to rent the whole plant. In this case the entrepreneurwill only need to build it in an efficient manner in thedue date defined by the bid. The most likely hypothesisto be applied is the second one, which is to obtain funds,but the question is to know who will do this. Thepossibility of creating a pool is being studied, thatwould be responsible for buying this energy and sellingit to the distributors. But, there are several modes ofpool. It is possible to have a company like CBEE,Electrobras or even the ONS buying this energy andselling, or there could be a pool where all the generatorsbecome associated and sell. All these possibilities arebeing considered.

The other hypotheses, where the distributors makeproposals of energy purchase through the PPA’s impliesin a problem: very likely we would not have enoughPPA’s to buy everything given that these investmentsoccur in a very long period. We would need to haveanother entity such as Electrobras or any other, buyingpart of this energy to complete so that the ownerguarantees his 100% PPA’s.

PCH Noticias and SHP News: Should thegovernment invest in the diversification of the energymatrix? In this case it would continue to invest inprograms that incentive alternative energy sourcessuch as the Proinfa?

Tolmasquim:: There is an idea to reinforcealternative sources in Brazil, and the Proinfa is a goodstart. It is a first initial step that was made, but it is stillnecessary to solve a few questions. The fact that thetariff is more expensive leads to the followingquestioning: how can this occur to the consumers insuch a distributed way that one region may not bepenalized in relation to others.

The Proinfa makes sense but needs another “leg”that is the industrial policy. The incentive for alternativesources of energy is positive from the environmentalpoint of view, but if all the suppliers are foreigncompanies, the consumers will be financing thesecompanies and this is not correct. We need to have anindustrial policy that stimulates the domesticproduction. There can be companies from othercountries, but it is necessary that they produce theirequipments here.

It is clear that for them to produce they need agood scale. It is that old question: a market must becreated and at the same time the companies need to bestimulated to produce their equipments here. Or else,

demanda para a sua energia e não saberá em que preço vai vendê-la. Porcausa destas incertezas, ele vai exigir uma taxa de remuneração muito altaporque seu risco é grande.

Já na proposta do PT ganha a licitação, aquele que oferece a menortarifa, que vai vigorar durante o contrato de concessão e será reajustada demaneira a manter o equilíbrio do empreendimento.

PCH Notícias & SHP News: Como será feita a comercializaçãoda energia?

Tolmasquim: A idéia do modelo é diminuir o risco do gerador. Procura-se fazer com que o empreendedor tenha a sua receita garantida. Para istoexistem duas hipóteses: contratar a energia através de PPAs ou arrendar todaa usina. Neste caso, o empreender terá apenas que construí-la de maneiraeficiente e no prazo que foi determinado pela licitação. A hipótese maisprovável de ser aplicada é a segunda, ou seja, arrendar, mas a questão ésaber quem fará isto. Estuda-se a possibilidade de se criar um pool, queseria responsável por comprar esta energia e vendê-la às distribuidoras. Mas,existem várias modalidades de pool. Podemos ter uma empresa tipo CBEE,a Eletrobrás ou o próprio ONS comprando esta energia e vendendo ou podehaver um pool onde todos os geradores se associam e vendem. Todas estaspossibilidades estão sendo consideradas.

A outra hipótese, onde as distribuidoras fazem propostas de compra deenergia através dos PPAs implica num problema: muito provavelmente nãoteríamos PPAs suficientes para comprar tudo porque estes investimentosocorrem num prazo muito longo. Teríamos que ter uma outra entidade comoa Eletrobrás, ou seja qual for comprando parte desta energia para completarpara que o dono tenha garantidos seus 100% de PPAs.

PCH Notícias & SHP News: O governo deve estimular adiversificação da matriz energética? Neste caso, ele vai continuar ainvestir em programas de incentivo às fontes alternativas de energiacomo o Proinfa?

Tolmasquim: Existe uma idéia de reforçar as fontes alternativas no Brasile o Proinfa é um bom começo. É um passo inicial que foi dado, mas, aindaé necessário resolver algumas questões. O fato de a tarifa ser mais caraimplica no seguinte questionamento: como isso vai ocorrer aos consumidoresde forma que uma região não seja penalizada em detrimento das outras.

O Proinfa tem sentido, mas, necessita de uma outra perna que é a políticaindustrial. O estímulo às fontes alternativas de energia é positivo para o pontode vista ambiental, mas, se todos os fornecedores forem empresas que estãoem outros países, o consumidor estará financiando empresas estrangeiras eisto não é muito correto.

Nós temos que ter uma política industrial que estimule a internalizaçãoda produção no país. Elas podem até ser empresas de outros países, mas, é

“O MAE nuncafuncionou porque não temcomo funcionar ummercado onde avolatividade do preço éenorme”

“The MAE has neverworked because a marketwhere the volatility ofprices are so high”

Maurício Tolmasquim

Entrevista

(continua na página 19) (to be continue in page 19)

10

GENERADOR DE IMANES PERMANENTES EN LAGENERACIÓN DE ENERGÍA

Msc. Ernesto Yoel Fariñas Wong Dr. Ing. Abdel Jacomino Bermúdez Msc. Idielin Matínez Yong

Centro de Estudios de Termoenergética Azucarera. C.E.T.A.

Palabras ClavesGeneradores, generador de imanes perma-

nentes, turbinas, aeroturbinas

Key wordsGenerator, Permanent magnet generator,

turbine, windturbine.

SíntesisEn lugares apartados de la redes eléctricas

nacionales es necesario un suministro establede energía eléctrica para determinadasaplicaciones, una fuente muy usada en el mun-do es la producción de esta a partir degeneradores de imanes permanentes, si bien escierto la adaptación de alternadores de autospara generar brindan resultados satisfactoriospara ciertas condiciones de cargas yrequerimientos de potencia, no lo son, enaquellos casos donde la fuerza motriz esvariable se necesita otro tipo de equipamiento,entonces se hace necesario el uso de ungenerador de imanes permanentes, este tipo demáquina no necesita sistemas de transmisión nialimentación a un circuito de campo.

El generador de imanes permanentesencuentra también su aplicación en picocentraleshidráulicas, ruedas hidráulicas, río generadores.

La configuración básica consiste en unrotor de imanes permanentes de Neodimioferritico, para establecer el flujo magnético deforma axial. Se opta por esta disposición debi-do a la simplicidad del diseño.

AbstractIn remote places of the national grid it is

necessary a stable supply of electric power forcertain applications, a source very used in theworld it is the production of this starting frompermanent magnet generators, although it iscertain the adaptation of alternators of cars togenerate they offer satisfactory results for certainconditions of loads and requirements of power,and the results are not very satisfactory in thosecases where the motive force is variable, anothertype of equipment is needed, then it becomesnecessary the use of a permanent magnetgenerator, this type of machine doesn’t needtransmission systems

neither feeding to a field circuit.The permanent magnet generator also finds

its application in hydraulic picocentrales,hydraulic wheels, river generators.

The basic configuration consists on a rotorof permanent magnet of Neodimio ferritico, toestablish the magnetic flow in an axial way. It isopted by this disposition due to the simplicityof the design.

IntroducciónLa problemática de la generación de elec-

tricidad en Cuba adquiere en el país una impor-tancia científico - técnica y económica signifi-cativa, dada las necesidades de producción deeste tipo de energía y las condiciones en que seacomete la misma en la etapa actual.

Como resultado de una línea de desarrolloorientada con bases científicas, a partir de es-tudios realizados en varios centros de investi-gación de países desarrollados, dan como re-sultado un trabajo de desarrollo de generado-res a partir de imanes permanentes que tendráuna ineludiblemente repercusión social, pues eldesarrollo de estos equipos además de poseerun variado uso industrial están vinculados al Pro-grama Nacional de Ciencia y Técnica1 , dondeel partido y los organismos de administracióndel estado centran todo su esfuerzo.

Este tipo de generador se viene difundien-do desde hace unos años a partir del desarrolloque a alcanzado la electrónica, lo que a permiti-do el uso de estos equipos por organismoscomo el MINAZ, MINAGRI y el MINBAS.

La producción de estos equipos actual-mente no se ha desarrollado en nuestro paísdada las limitaciones que existían en su uso yexplotación, siendo estos trabajos los prime-ros que se hacen en el campo de los generado-res de imanes permanentes, para aplicacionesindustriales.

Por medio de este estudio se muestra comose puede hacer el diseño de un equipo muy ne-cesario en la industria en general que tiene ungran uso en estos momentos, debido al desa-rrollo que tiene la electrónica que permite la ma-nipulación de estas maquinas con gran preci-sión.

DESARROLLO:Descripción generalRotor de imanes permanentes de 8 polos.Imanesde Neodimio grado N 38.Estator con bobinado calibre AWG 14.Carcasa de aluminio.

Fig. 1 Esquemas de disposiciones de rotoraxial

Las posibles configuraciones para el estator enuna máquina de flujo axial son las que semuestran en la figura 1.La configuración elegida es la correspondientea la disposición (b) Este tipo permite laflexibilidad de conexión estrella o delta deacuerdo al régimen de operación del generador.Representa también una ventaja sobre ladisposición mostrada en (a) el hecho de que enla disposición (a) se requiere la presencia denúcleos lo cual genera mayores pérdidas, asímismo menos perdidas se tienen en unarectificación de onda completa para un circuitotrifásico que para un monofásico.

Consideraciones MagnéticasEl flujo de campo magnético es establecido porlos imanes permanentes, esto a su vez generaráel voltaje inducido de acuerdo a la LEY DEFARADAY. La optimización del flujo de cam-po magnético dependerá del circuito magnéti-co, es decir, los materiales y geometríainvolucrada determinarán un mayor o menoraprovechamiento del campo magnético del imánpermanente.

Artigo Técnico/Technical Article12

Fig 2 CurvaCaracterística de Imán

La principal conclusión que se obtiene paraeste prototipo es que existe dispersión del flujomagnético, debido a la presencia de espacios“de aire” entre bobinas y entre imanes. Adicio-nalmente, las tolerancias de fabricación jueganuna gran importancia debido a que en la medi-da que se logren tolerancias exigentes en lassuperficies de apoyo, determinarán la reluctanciadel circuito magnético que opondrá resistenciaal flujo del campo magnético.

Como puede observarse en la figura 2, elobjetivo es lograr un punto de operación delimán, determinado por la intersección de la curvade carga con la curva de magnetización del imán,por encima del punto de energía máxima delimán (Bhmax).

Consideraciones Eléctricas

El diseño del circuito eléctrico del generadorse basa en la Ley de Faraday, para la tensióninducida en vacío se tiene la siguiente relación:

donde:EA : Tensión inducida.N : Número de vueltas o espiras por bobi-na.m : Número de bobinas.φ : Flujo que atraviesa una bobina.F : Frecuencia eléctrica.

Las perdidas en la tensión inducidadependerán del bobinado del estator y de lascondiciones de operación del equipo.

La forma de conexión puede ser en DEL-TA (TRIÁNGULO) o ESTRELLA. Dadoque las maquinas que operarán en regímenesde cargas variable deben poseer la capacidadde conmutación entre ambas configuraciones.

En el caso de operar con una línea detensión de 12V será conveniente que elgenerador tenga una configuración DELTA(TRIÁNGULO) en el bobinado; para el casode una línea de 24V lo conveniente será unaconfiguración ESTRELLA.

ConclusionesNo se requiere de corriente de excitación

para crear el campo inductor, pues éste es pro-porcionado por los imanes. Esto haceinnecesaria la lectura de la velocidad de giro delrotor para controlar la conexión del generadora las baterías solo cuando se alcanzan las rpmde generación. Por consiguiente se simplificanlos dispositivos de control electrónico.

Dado el diseño particular del generador deimanes permanentes, no se requiere emplear unatransmisión de velocidad, puesto que suacoplamiento con el rotor es directo. De estemodo se consigue generar a bajas velocidades

1. “Design of Brushless Permanent-Magnet Motors” J.R. Hendershot Jr and TJE

Miller Magna Physics Div. TrideltaIndustries Inc., Hilsboro, Ohio andOxford University Press Inc., New York,1994

2. “Permanent Magnet, Reluctance, and Self Synchronous Motors” S.A. Nassar, I.

Boldea, L.E. Unnewehr CRC Press Inc.Florida - USA, 1993

3. “Brushless Permanent-Magnet and Reluctance Motor Drives” T.J.E. Miller

Oxford University Press Oxford, 1993

4. “Materiales Magnéticos en la Industria Eléctrica” P.R. Bardell Ediciones

URMO Bilbao, 1970

5. “Fundamentos de la TeoríaElectromagnética”, Cuarta Edición JohnR. Reitz Addison-WesleyIberoamericana Delaware - EstadosUnidos de América, 1996

6. “Design of permanent-magnet alterna-tors”

Robert H. Weakley AIIE Transactions,Volumen. 70, parte II (1951)

7. “Essentials of Magnet Design” Inc:http://www.magnetsales.com design_guide.html Magnet Sales & Manufacturing Inc.:

8. Página WEB de Magnet Sales & Manufacturing Inc.: http://www.magnetsales.com

Adicionalmente deberá considerarse el usode sistemas electrónicos de control para laregulación de carga y protección de las baterías.Estos equipos tienen como función derivar losexcesos de carga, debido a la presencia de car-gas variables, hacia bancos de resistencias dedisipación; de esta forma se evitan sobrecargasen las baterías. Para el caso en que las bateríasestán sometidas a niveles prohibitivos de des-carga los equipos de protección tienen pormisión desconectar las cargas de las baterías,esto es importante pues descargas excesivas delas baterías implican disminución en su tiempode vida.

Fig. 3 Conexión DELTA

Se muestran a continuación las disposicionesDELTA (TRIÁNGULO) y ESTRELLAcon sus respectivos puentes de diodos rectifi-cadores de onda completa:

Fig. 4 Conexión Estrella

de giro. Si bien es cierto que el empleo de unatransmisión de velocidad en un generador conalternador de auto permitía un aumento de lamisma, también aumentaba el torque mecánicoy además se produce una pérdida de potenciadependiendo de la eficiencia de la transmisión.

Se logra una simplificación notable del equi-po, esto se traduce en un mantenimiento menoscomplejo y en una disminución en laprobabilidad de falla de los componentes delequipo.

Teniendo en cuenta que los equipos men-cionados en la conclusión anterior son de granaplicabilidad práctica tanto en la industriaazucarera como en la industria en general es quese propone la fabricación de dichas maquinaspara usos industriales.

Bibliografía

Artigo Técnico/Technical Article 13

Dr. Ing. Abdel Jacomino Bermúdez Dra. Ing. Idielin Matínez Yong Msc. Jesús BetancourtMena

Centro de Estudios de Termoenergética Azucarera.C.E.T.A.

Palabras ClavesPerfiles, metodología, diseño, turbinas,

turbomáquinas

Key wordsProfile, wind-section, methodology, design,

turbine, turbo machinery, vane.

SíntesisEl trabajo realizado se enmarca en la

temática de la selección de perfiles a emplearen el diseño de turbomáquinas hidráulicas (bom-bas, turbinas y ventiladores), donde el autorrealiza una serie de aportes metodológicos enel cálculo del rodete de estos equipos.

En el trabajo se ha desarrollado unametodología con la cual se puede obtener elperfil mas adecuado para el rodete, pues se hacelogra minimizar los errores de dispersión entrelos valores de las líneas medias, del perfil cal-culado con el perfil seleccionado en la bibliote-ca de estos. El procedimiento ha sidoimplementado a partir de los métodos numéri-cos de análisis por lo que es totalmentecompatibles con los sistemas CAD.

La metodología desarrollada sustituye losmétodos tradicionales para la selección de losperfiles que se deben emplear en los álabes,además se obtiene la ecuación paramétrica dela línea media del perfil del álabe.

AbstractThe carried out work is framed in the the-

matic of the profile selection to be used in thehydraulic turbomachinery design (pumps, tur-bines and fans), where the authors show somemethodological procedures in the calculation ofthe impeller of this equipments.

In the work a methodology has developedwith which the better profile to be used in theimpeller is obtained, and also with this proce-dures the dispersion errors between the valuesof the middle line of the calculated with the se-lected profile in a catalog are minimized. Thisprocedure has being implemented through outthe numerical methods of analysis, therefore istotally compatible with the CAD systems.

The developed methodology substitutesthe traditional methods for the profiles selec-tion which must be used in the blades, besidesthe parametric equation of the middle line of the

profile is also obtained.

IntroducciónEn la producción y desarrollo de las

turbomáquinas el tema de la selección de losperfiles resulta de vital importancia pues es enel álabe donde se produce la primera transfor-mación de la energía que queremos aprovechar.Por lo tanto a partir de los criteios de selecciónde sustentación y arrastre para el perfil en cadasección se necesita de un método eficaz queevalue el perfil adecuado para cada una de lascondiciones.

La producción de las turbomáquinas en elpaís se ha acometido por varias empresas, sinembargo, en los procedimientos de selecciónde perfiles para los rodetes y distribuidores nose ha tenido como fundamento, un desarrolloteórico experimental, lo cual ha atentado contrala eficiencia de estos equipos.

En las metodologías reportadas para la se-lección de perfiles por los métodos tradiciona-les no garantizan un ajuste preciso de las líneasmedias aunque se pueden utilizar considerandoque se incurre en errores los cuales atentan con-tra la eficiencia del equipo.

Por búsquedas realizadas en por el autoren Internet, se ha podido constatar que existenmás de 500 Fabricas de turbomáquinas por todoel mundo que necesitan emplear en sus diseñosestos procedimientos, pero son parte del KnowHow de las mismas y no están disponibles parael resto de los especialistas.

DESARROLLO:Método de selección de perfiles

La selección del perfil a los álabes a utili-zar en el rodete de las turbomáquinas es muyimportante, ya que éste interviene directamenteen la eficiencia del equipo debido a que sufunción es utilizar o entregar la mayor cantidadposible de energía al fluido durante su paso porel rodete.

Debido a esto los autores recomiendanseleccionar el perfil que más se ajusta a lascondiciones hidráulicas calculadas por lametodología de diseño, ya que en la medida enque se garanticen estas condiciones máseficiencia se obtendrá en el rodete y por tantoen la turbomáquina. Usualmente la selección del

MÉTODO PARA LA SELECCIÓN DE PERFILES USA-DOS EN LAS TURBOMÁQUINAS

perfil a utilizar se realiza según la experienciadel diseñador, [1, 4, 7].

Otros clásicos consultados como [3, 8, 9,12, 13] también dan gran importancia a laselección del perfil a utilizar en el rodete de lasturbomáquinas y coinciden en que este factores de extrema importancia, debido a que estoimplica que tanto los equipos de bombeo utili-zados en los centrales azucareros del país ocualquier equipo de flujo que se piense utilizaren la industria deben funcionar no con cualquierálabe sino que éste debe garantizar que ocurranun mínimo de pérdidas en su interior para afectarla eficiencia lo menos posible.

En este caso en la metodología y diseñospropuestos por [7] y por [2, 11, 4, 6, 9, 12] laselección del perfil a utilizar se realiza según laexperiencia del diseñador y no se tiene en cuentalo explicado anteriormente. Para solucionar estainsuficiencia, se propone un método matemáti-co que permite al diseñador seleccionar el per-fil más adecuado para el funcionamiento de laturbomáquina, garantizándose de esta maneraque la misma tenga posibilidades de ser máseficiente y como consecuencia se podrá entre-gar o generar una mayor energía al fluido yaque las pérdidas por choques hidráulicos se venreducidas al mínimo posible.

Uno de los aportes de los autores loconstituye el método de selección del perfil delos álabes mediante un análisis comparativo delas líneas medias de los perfiles dados en catá-logos, con la de un perfil patrón cuya línea mediase considera parabólica respecto al sistema deejes coordenados mostrados en la Figura 1

En la literatura [7, 9, 10], se plantea que lalínea media del perfil sobre la que se basa ladistribución de espesores del álabe es del tipoparabólico lo cual permite fijar la dirección delempuje ascensional nulo que justamente tiendea pasar por le punto C de la línea media, estopuede ser observado en la Figura 2. Lo cualequivale a la determinación del ángulo â0 y estopermite realizar el cálculo del coeficiente deempuje para un perfil cualquiera conociéndosela dirección del empuje nulo.

Artigo Técnico/Technical Article 14

Artigo Técnico/Technical Article

Figura 1 “Línea media del tipo para-bólico”

En esta figura AB representa la cuerda delperfil cuya longitud (L) es conocida. Laselección de una línea media de tipo parabólicocomo patrón de comparación se debe a razonesfísicas. Se sabe que la trayectoria del fluido entrelos álabes tiene la forma de esta línea media, enla que la dirección tangente a la trayectoria re-presenta al vector velocidad del fluido; de esaforma, si A es el punto extremo del perfil en elborde de ataque del álabe entonces á1 repre-senta el ángulo formado entre la velocidad rela-tiva del perfil y la velocidad tangencial en la en-trada, en tanto β2 tiene un sentido análogo en lasalida.

En las turbomáquinas es necesario teneren cuenta que el ángulo de entrada β1, puedeser mayor o menor que el ángulo de salida β2,condición que establece que la curvatura de lalínea media del perfil se encuentre por encima opor debajo de la cuerda AB, por ejemplo siβ1>β2 con lo cual se infiere que la línea media,tramo parabólico , esté completamente pordebajo de la cuerda AB; eso significa que laparte cóncava del perfil esta orientada hacia ar-riba; luego cualquier método de comparacióndebe asumir una similar orientación del perfildado por catálogo.

Para obtener la forma del arco parabólico , considérese la ecuación general de

una parábola dada de la forma:

(1)

Con constantes a, b y c.A partir de procedimientos matemáticos seobtiene:

C = 0 (2)

Sustituyendo a, b y c en 1:

donde:

Haciendo x = x1, en 5 se tiene:

Por tanto

De 7 y 9 resulta que:

De esta manera, pueden relacionarse los ángulos de entrada y salida (β1 y β2 respectivamente)con el ángulo de inclinación del perfil (φ) y finalmente puede escribirse la forma funcional para eltramo de parábola de la siguiente manera.

(10)

(9)

(8)

Con (7)(6)

La cuerda AB, es un segmento de la recta cuya ecuación responde a la forma:

(5)

(4)

(3)

L: Longitud del álabe en mm.φ: Angulo formado entre la cuerda del perfil y el plano degiro del rodete (dirección OX).

(11)

Un perfil cuya línea media coincida con la trayectoria descrita por la parábola 11 posee unamínima pérdida por fricción [79, 80]Una rutina de selección de perfiles puede estar basada entonces en “medir” la aproximación dela línea media del perfil coincidiendo con la dada por la ecuación 11.Para ello se requiere como se había comentado inicialmente que; los perfiles tengan la mismaorientación respecto al plano de giro del rodete eso es que las cuerdas deben coincidir.Los datos disponibles de los catálogos aparecen referidos a una descripción como la dada en laFigura 2a.

Es necesario invertir la posición del perfil según la dada por la Figura 2b, mediante lastransformaciones de los datos de los perfiles referidos a sus líneas medias a partir de las relacio-nes siguientes:

15

Artigo Técnico/Technical Article

(12)

Siendo xmax = L y n: número de puntos de la línea media.La disposición de la línea media en la Figura 2b no es todavía la requerida para establecer lapretendida comparación. Por cuanto la cuerda del perfil coincide con la dirección OX, senecesita orientarla según el ángulo φ, Figura 2c.Cada punto del tramo curvo BA, no necesariamente parabólico Figura 2b será rotado hastatomar la posición dada por la Figura 2c mediante las siguientes relaciones de transformación.

(13)

donde: , i = 1,..., n

Considérese la función que expresa la relación y vs x dada por 13 y a la diferencia:

la medida de la desviación puntual de la línea media del perfil

con respecto a la de la línea media patrón .Esta diferencia puede ser positiva, negativo o nula dependiendo del punto Xi , i = 1, ..., n consi-derado.Conviene establecer entonces como criterio para evaluar la “proximidad” de la curva dada pory(x) a la de la parábola dada por ; al valor de la desviación cuadrática media definidasegún la siguiente expresión:

La integral en 14 conviene resolverla utilizando cualquiera de los métodos de cuadratura numéri-ca disponibles en la literatura; tomando como base los valores Xi, Yi obtenidos para cada perfilsegún la ecuación 13 y por evaluación de la función Y(x), y la ecuación 11 en Xi, (i = 1,..,n)El perfil más factible es aquel que produzca el menor valor de σ, evaluado según la ecuación14.La aplicación de este método es garantiza una rápida y precisa selección del perfil a utilizar,eliminándose con esto las imprecisiones cometidas al realizar este proceso según experienciasde diseño.Conclusiones1. Se establece un método matemático que permite seleccionar que perfil es más adecuado paraconformar los álabes del rodete de una turbomáquina, garantizándose con éste método queocurran las pérdidas mínimas durante el paso del fluido por el rodete.2. El método matemático propuesto puede ser utilizado en el diseño de turbomáquinas en gene-ral ya que el mismo puede ser utilizado para el caso de turbinas, bombas y ventiladores.3. Teniendo en cuenta que los equipos mencionados en la conclusión anterior son de gran

aplicabilidad práctica tanto en la industriaazucarera como en la industria en general esque se establece que este método es de granimportancia y aplicabilidad para un mejordesempeño de nuestros equipos y una mayoreficiencia de la industria cubana.

Bibliografia

1. Bahamonde Roberto: Apuntes para unmanual técnico de diseño, Estandarización yFabricación de Equipos para Pequeñas Cen-trales Hidroeléctricas: Turbinas Axiales(Tubulares). 1988. Vol 3.

2. Cárdenas Sánchez J. C. y col.: Diseñodel rotor y distribuidor de la turbina tubularaxial tipo S diámetro 800 mm. 1994.

3. Krivichenko S.: Hydraulic machines,turbines and pumps. Mir Publishers. 1986.

4. Mataix Claudio: Turbomáquinas hidráuli-cas. Madrid. Ed. Del Castillo. 1965.

5. Mathematics: Programa matemático.UCLV. 2000.

6. Neshleva. M.: Hydráulics Turbines. Theirdesign and equipment. Prague 1957.

7. OLADE: Diseño estandarización y fabri-cación de equipos para pequeñas centraleshidroeléctricas. 1995

8. Pashkov. N. N: Hidráulica y MáquinasHidráulicas. Ed MIR. Moscú 1985.

9. Pfleiderel. K.: Bombas centrifugas yturbocompresores. España. Editorial LaborS.A. 1960

10. Polo, E. M.: Turbomáquinas hidráulicas.Ed. Limusa, México. 1983.

11. Quantz L.: Motores hidráulicos. Elemen-tos para el estudio, construcción y cálculo delas instalaciones modernas de fuerza hidráuli-ca. 6ta edición. Editorial Gustavo Gili. S. A.Barcelona. 1989

12. Sarrate lana I., Albrecht K.: La escueladel técnico Mecánico. Hidráulica. Motoreshidráulicos y bombas. Editorial Labor, S. A.Barcelona. Madrid. 1951.

13. Stepanov A. J.: Centrifugal and axialflow pumps. Theory designing andoptoticatium. 2 Ed. New York, 1957.

(14)

16

what happens is to be making the Brazilian consumer subsidizeforeign companies, not generating jobs and sending hard currencyabroad.

PCH Noticias and SHP News: Lula declares that he willprioritize Mercosul. How do you see the energetic integration Brazil– Argentina? How can the energetic trade with Latin Americancountries be enhanced?

Tolmasquim: The integration is fundamental, however we mustbe careful so that this energetic integration does not turn into a sourceof conflict. There are a series of problems: Brazil and Bolivia havethe problem with the gas that we are wanting to negotiate. Braziland Paraguay have the problem of Itaipu of the tariff in dollar andBrazil and Argentina have the issue of the entry of Petrobras in theArgentine market. In some of these countries an image of Brazil isbeginning to be formed as an imperialist country.

Of course it is important to see the Brazilian interest, so much inthe contract with Bolivia that does not attend our interests and aswell with Paraguay. However all this must be made in a very carefuland diplomatic way, so that the idea of integration does not becomeat risk.

PCH Noticias and SHP News: How will be the participationof the SHP’s in the future government?

Tomasquim: I think that the SHP’s are fundamental for thedevelopment of the country. It is a competitive alternative energy source.Contrary to other sources, only a very small subsidy will be needed tomake the SHP’s feasible, but it is important to idealize financialprograms. I think there are few programs that give the correct financialincentive to the investor. If this is made in adequate conditions, thenthe program of SHP’s is made viable.

Of course that the issue of selling of this energy is not alwaysclear. It is necessary to create the proper mechanisms to guaranteethe financing and the purchase of energy. The community that workswith SHP’s is well developed and has a great knowledge about thisissue. I believe it is one of the sources that have the highest potentialto develop.

PCH Noticias and SHP News: What is going to happen withthe Wholesale Power Market ( MAE )?

Tolmasquim: The MAE has never worked because a marketwhere the volatility of prices are so high that makes the MWh go fromR$ 4.00 to more than R$ 600.00 during the Brazilian blackout, cannever work. The Wholesale Power Market was destined to failurebecause only the big players could take part in it. Just like a casino,the entrepreneur would go in knowing that he could win or lose. Butthe investor wants something stable: bilateral contracts and of longterm.

It is important to have an adjustment market, where any resultingremains can be bought or sold. However this is marginal and it willnot be in the heart of the system as was the Wholesale Power Market(MAE).

necessário que produzam seus equipamentos aqui. Senão,vamos fazer com que o consumidor brasileiro subsidie asfábricas lá fora, não criando emprego e mandando divisas parao exterior.

Mas, é claro que para produzir, elas necessitam de escala.É aquela velha questão: deve ser criado um mercado e ao mesmotempo incentivar as empresas a fabricarem os equipamentosaqui.

PCH Notícias & SHP News: O Lula afirma que vaipriorizar o Mercosul. Como o senhor vê a integraçãoenergética Brasil-Argentina? Como poderia seraumentado o intercâmbio energético com os países daAmérica Latina?

Tolmasquim: A integração é fundamental, mas, nós temosque tomar um certo cuidado para que ela não vire uma fonte deconflito. Existe uma série de questões: o Brasil e Bolívia têm oproblema do gás que estamos querendo negociar. Brasil eParaguai têm o problema de Itaipu, da tarifa em dólar e o Brasile a Argentina têm a questão da entrada da Petrobrás no mercadoargentino. Em alguns destes países está se formando umaimagem do Brasil como um país eventualmente imperialista.

É claro que é importante ver o interesse brasileiro tanto nocontrato com a Bolívia que não atende a nossos interessescomo o contrato com o Paraguai. Mas, tudo isto deve ser feitode uma forma muito cuidadosa e diplomática para que a idéiada integração não seja minada.

PCH Notícias & SHP News: Como será participaçãodas PCHs no futuro governo?

Tolmasquim: Eu acho que as PCHs são fundamentaispara o desenvolvimento do país. É uma fonte alternativa deenergia competitiva. Ao contrário de outras fontes, é necessáriodar um subsídio muito pequeno para viabilizar a PCH, mas, épreciso idealizar programas de financiamento. Eu acho que faltamprogramas que dêem o financiamento certo para o investidor. Seisto for feito em condições adequadas, o programa de PCHs éviabilizado.

É claro que existe a questão da venda desta energia, o que, àsvezes, não é evidente. É necessário criar mecanismos para garantiro financiamento e a compra da energia. A comunidade que trabalhacom PCH é desenvolvida e tem grande conhecimento sobre otema. Eu acredito que é uma das fontes que têm mais potencialpara se desenvolver.

PCH Notícias & SHP News: Como ficará a situação doMercado Atacadista de Energia (MAE)?

Tolmasquim: O MAE nunca funcionou porque não temcomo funcionar um mercado onde a volatividade do preço éenorme, o que faz com que MWh passe R$4,00 a mais de R$600,00 quando estava na época do racionamento. O MAE estavafadado ao fracasso porque só fariam parte dele os grandesjogadores. Como um cassino, o empreendedor entraria sabendoque poderia perder ou ganhar. Mas, o investidor quer algo estável:contratos bilaterais e de longo prazo.

Da maneira como ele foi concebido, ele está encerrado,entretanto, é importante haver um mercado de ajuste onde poderáser comprada ou vendida as eventuais sobras, mas, isto é umacoisa marginal e não estará no coração do sistema como estava oMAE.

“Eu acho que as PCHs são fundamen-tais para o desenvolvimento do país”

“I think that the SHP’s are fundamen-tal for the development of the country”

Interview 19

“Eu não conheço a fundo o programa de energia doPT. Mas, eu costumo dizer que ao sair o PSDB e entrar oPT os problemas do país não vão mudar. A grande ques-tão no Brasil, hoje, continua a ser a necessidade de vari-ar a matriz energética, aumentar a participação das fon-tes renováveis de energia, objetivo que nós propagamosque deva ser em 10%. Também é necessária a entradade outras fontes de energia no processo como o gás na-tural. A entrada do novo governo pode mudar o meio

para se alcançar este objetivo, mas, ele é o mesmo e precisa ser alcançado,independentemente de o governo que esteja assumindo”.

“Eu imagino que com a mudança de governo o setorde energia deve melhorar. A tendência tem que ser esta.Deve-se haver um esforço para que as coisas boaspermaneçam e as outras melhorem. Eu sou otimista e vejoque as pessoas estão percebendo a importância do Brasiljá ter instrumentos para financiar pesquisas. Precisamosmelhorar outros instrumentos como a tomada de decisão,pensamento estratégico e fazer avaliação dosinvestimentos”.

“I do not know in depth the energy program of PT. But Itend to say that as PSDB goes out and PT comes in theproblems of the country will not change. The great problemin Brazil today continues to be the need to vary the energymatrix, increasing the participation of renewable energysources, an objective that is targeted to be around 10%. Inaddition the entering of new enery sources in the processsuch as natural gas. The entry of the new government canchange the way of meeting this aim, but the same aim needsto be reached independently of the government that isassuming”.

“I imagine that with the change of government theenergy sector must improve. The tendency needs to betowards an effort to maintain the good things and improvethe others. I am optimistic and happy to see that the peopleare understanding the importance of Brazil havinginstruments to finance research. We need to improve otherinstruments such as decision making, strategic thinking andthe making of investment assessments”.

“Um desafio é trabalhar a questão social e ambiental deuma forma distinta dos governos anteriores. É necessário re-solver a questão das populações que foram acometidas pelasobras hidrelétricas de uma forma justa. Além disso, existe aquestão da construção das termelétricas a gás natural. Estasquestões necessitam de um fórum nacional e estadual e istonão está ocorrendo. Há motivos sérios para haver restrição aempreendimentos hidrelétricos e termelétricos da forma comoestão concebidos hoje”.

Se eu fosse presidente...

No seu discurso de posse, Luiz Inácio Lula da Silvaafirmou que vai empreender mudanças, mas com cora-gem e sem atropelos ou precipitações. Nesta reportagem,a revista PCH Notícias & SHP News conversa com váriosespecialistas que falam sobre suas expectativas e medi-das que acreditam ser necessárias para o desenvolvi-mento do setor elétrico no pa ís.

Gilberto De Martino Jannuzzi é professor da Unicamp, SecretárioTécnico do CT ENERG (MCT) e Diretor para a América Latina doInternational Energy Initiative.

“Nada mais parecido que o PSDB do que o PT nogoverno. Todo o discurso está exatamente igual. No setorelétrico, eu não vejo muita mudança e acredito que nãohaverá grandes traumas. Mas, será necessário aumentarpoder do planejamento político do Ministério de Minas eEnergia. É necessário valorizar o ministério porque du-rante muito tempo ele ficou relegado a segundo plano e osetor de energia é fundamental para o desenvolvimento dopaís. Em termos mundiais, o maior movimento de dinheiroé em energia, o setor só perde para as indústrias bélicasem época de guerra”.

“Nothing is more similar to PSDB than PT in thegovernment. All the sayings are exactly the same. In theelectric sector I don‘t see any real changes and I believethere will be no big traumas. But it will be necessary toincrease the political planning power of the Ministry ofMines and Energy. It is important to give more value to therole of the Ministry of Mines and Energy because it hasbeen a second plan for a long time and the energy sectoris very important for the development of the country.Worldwide the greatest money movement is in energylosing only to the BELICS industry during war times”.

Afonso Henrique Moreira Santos é professor daUnifei e foi Secretário Nacional de Energia

“One challenge is to work the social andenvironmental issues in a different way from previousgovernments. It is important to solve the case of thepopulations that have been displaced following theconstruction of the Hydroelectric Power Plants projectsand steam plants fed by natural gas. These issuesneed a national and state forum and this is nothappening. There are serious reasons for theserestrictions in the hydroelectric enterprises in the waythat they are conceded today”.

In his inaugural address the new president of Brazil Luiz Inacio Lula da Silvasaid he will make changes, but these changes will be with bravery and withoutany rush. In this article the PCH Noticias and SHP News magazine interviewdvarious specialists that talk about their expectations and measures that theybelieve are necessary for the development of the electric sector.

Afonso Henrique Moreira Santos is a teacher atUnifei and was National Secretary of Energy

If I was president...

Gilberto De Martino Januzzi teaches at Unicamp, is technicalsecretary of CT ENERG ( MCT ) and director for Latin Americaof the international energy initiative

Evana RosaFabiana Gama Viana

Trad. Felipe Moreton Chohfi

Opinião

Manoel Nogueira is General Coordenator of Energy Tecnologiesof the MME

20

Manoel Nogueira é Coordenador Geral deTecnologias de Energia do MME

Célio Bermann é professor do Programa de Pós-graduação emEnergia da USP e é membro do Comitê Diretor do Cerpch

Célio Bermann is a teacherof the posgraduate programme in Energy atUSP and a member of the Director Comitee of Cerpch

“Eu acho que um dos pontos importantes a ser analisadopelo governo é a questão do gerenciamento dos RecursosHídricos. A elaboração dos estudos de inventário hidrelétricodas bacias deve ser assumida pelo Estado. É necessário sa-ber quais são os inventários estratégicos e devem ser alocadosrecursos para eles sejam atualizados. Além disso, estes in-ventários devem ser inseridos dentro dos planos de bacias, ouseja, a Aneel deve trabalhar em conjunto com a Ana, com asecretaria de energia e órgãos ambientais. Assim, quando forconcedida a concessão ao empreendimento solicitado, já houveum procedimento equacionado do ponto de vista ambiental”.

“Nós que trabalhamos com o desenvolvimento ru-ral e redução da pobreza acreditamos que dois aspec-tos são fundamentais: a universalisação dos serviçosde energia elétrica e o desenvolvimento das fontesrenováveis. Pelo compromisso assumido por grande par-te daqueles que estão compondo o governo, eu acredi-to que vai haver um impulso nestas duas áreas. Existeuma relação muito clara entre a expansão da energia eo desenvolvimento de populações rurais carentes. Coma eletrificação, estas comunidades terão oportunidade

de gerar renda e as condições de saúde e higiene são melhoradas”.

“Pela primeira vez, teremos um presidenteda República de origem verdadeiramente dopovo. Por isto, Lula nos enche de esperança,pois conhece muito bem o Brasil real do inte-rior. A escolha do ministério agradou, inclusivea ministra das Minas e Energia, Dilma Rouseff,experiente no setor elétrico. Espero por umreordenamento, pois as mudanças feitas atéagora além de não melhorar a eficiência acaboudesorganizando a área elétrica que se, antestambém não era eficiente, era pelo menos

organizada. O novo governo precisa valorizar as empresas tradicionais dosetor que sempre investiram em energia elétrica”.

“We that work with rural development and reduction ofpoverty believe that there are two fundamental aspects inthe universalization of electric energy services anddevelopment of renewable energy sources. Given thecommittment of a great part of those that are assuming thegovernment, I believe there will be an improvement in thesetwo areas. There is a very clear relationship between theexpansion of energy and the development of rural populationsin need. 0With the electrification these communitites havethe opportunity of generating income and the health andhigiene conditions are improved”.

“I find that one of the important points to beanalysed by the government will be themanagement of the water resources. Theelaboration of hydroelectric inventry studies ofbasins must be assummed by the state. It isnecessary to know what are the strategicinventries and resources must be allocated sothat these can be updated. In addition theseinventries must be inserted within the basinsplans, in other words Aneel must work togetherwith Ana, the energy sectretary and environmental organs. Like this whenthe concession is given to the required project, environmental procedureshave already been taken”.

“Eu não vejo grandes mudanças no setor porque ocenário brasileiro não altera quando entra um novogoverno. Nós vamos precisar de dólares e de geraremprego e, eu imagino que olhando para estescondicionantes, o governo só pode ir na direção do apoioao uso de fontes renováveis de energia. Não existe outraopção.

Eu acredito que um governo composto por pessoasda área acadêmica e do setor produtivo tem a visão degerar emprego e aliviar a pressão sobre a balança depagamentos e eu acho que as fontes renováveis de energiaestão perfeitamente inseridas neste contexto”.

Luís Augusto Barbosa Cortez é professor e coordenador daCoordenadoria de Relações Internacionais da Unicamp

“I don´t see any great changes in the sectorbecause the brazilian scenario will not be affectedbecause a new government comes in. We will needdollars, employment generation and I imagine thatlooking at these conditioning factors the governmentcan only have the option of supporting renewableenergy sources.

I find that the government will be composedof staff from the academic area and productivesector that have a vision of generating income and releasing the pressureon the balance of payments and I think that the renewable sources areperfectly inserted”.

Manoel Otoni Neiva é presidente da CompanhiaForça e Luz de Cataguases-Leopoldina

Claudio Moises Ribeiro é coordenador do Programade Energia Limpa e Eficiente da Winrock

Claudio Maises Ribeiro is the Coordinator of the Program ofClean and Efficient Energy of Winrock

Emílio Lèbre La Rovere é professor e coordenadordo Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambienteda Coppe-UFRJ

Emílio Lèbre La Rovere is teacher and coordinator ofthe Interdisciplinary Laboratory of the Environmentof Coppe, UFRJ

Manoel Otoni Neiva is the presidente ofCataguases-Leopoldina Light and Power Company

Luiz Augusto Barbosa Cortez is a teacher and coordinator of theInternational Relations Section at Unicamp

“For the first time we will have a president whoose rootsare trooly of the people. For this reason, Lula fills us withhope, because he knows very well the real Brazil of theinterior.

The choice of the ministry was very well accepted ingenerall, ii was also well accepted by Dilma Rousseff theminister of Mines and Energy that has a very good experienceof the electric sector. I am expecting a re-ordering becausethe changes made up to date not only did not improveefficiency but also dissorganized the electric area, that beforewas also not efficient but at least was organized”.

Opinion 21

Espaço do Internauta / Internet Room

As matérias abaixo sãodivulgadas pelo site doCERPCH, que possui uma se-ção com notícias atualizadassobre o mercado de energia,PCHs e o setor elétrico. O siteainda contém informações so-bre fabricantes, eventos e cur-sos.

The subjets below are shown by theCERPCH’s home page which hasa sector with current news aboutthe energy market, SHP and theEletric Sector. Besides, the site hasinformation about manufacturers,events and courses.

www.cerpch.efei.brEmpresas investem R$ 30 mi em PCHs

Duas empresas do Paraná foram autorizadaspela Aneel a implantar duas PCHs, no estado.As duas usinas terão 19 MW de capacidadeinstalada e serão instaladas até março de 2005.Prevista para entrar em operação a partir demarço de 2004, o empreendimento da CristalinoEnergia terá 4 MW de capacidade, energia quevai atender a uma população de 29,3 milhabitantes. Os investimentos para o projeto

chegam a R$ 6 mi. A hidrelétrica Novo Horizonte entrará em operaçãocomercial em março de 2005, disponibilizando 15 MW de potência,beneficiando 110 mil habitantes da região.

Nº de usinas outorgadas pela Aneel chega a 9.466 MW

A quantidade de usinas outorgadas pela Aneel já soma 314,chegando a 9.466 MW de janeiro aos primeiros dias de novembro.Os investimentos estão estimados em R$ 15,5 bi. Nos primeiros diasde novembro, a agência expediu 87 MW, com um investimento deR$ 139 mi. Segundo a Aneel, termelétricas lideram o maior númerode autorizações este ano, com 184 outorgas. Logo em seguida, vempequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que somam 85 autorizações.Grandes hidrelétricas e usinas eólicas totalizam 43 outorgas. Desde1998, a agência reguladora já expediu 1.058 outorgas, num total de54.359 MW. Os investimentos somam R$ 76,8 bi.

Distribuidoras tomam iniciativas para prevenirinadimplência

Para combater a inadimplência dos clientes, asdistribuidoras estão se valendo de outras ações, alémdo tradicional envio de correspondência e interrupçãono fornecimento. As iniciativas vão desde a realizaçãode sorteios de carros, como feito pela AES Sul, atécampanhas televisivas, como a da Celtins. SegundoMauro Magalhães, diretor comercial da Coelba, atualmente o valorfaturado é maior do que o arrecadado, em função do pagamento dedívidas. Cerca de 40% dos consumidores pagam a conta em dia. Opercentual sobre para 85% no prazo de dez dias a contar da data devencimento da fatura e em 30 dias o percentual chega a 97,5%. ACoelba segmentou os consumidores, identificando os diferentesperfis para realização de ações compatíveis com cada caso. A AESSul, para os consumidores particulares, realizou, em 2001, promoçãoque sorteava a cada mês um carro entre os clientes adimplentes.Com a ação, o índice de pagamento na data de faturamento oscilouentre 50% e 52%. Para a Celtins o maior problema está nos 210 milclientes residenciais. Dados do mês de outubro apontam que maisde 30% dos pagamentos são efetuado em dia. O índice sobe para40% com o envio de um segundo aviso. Segundo Ângelo Bonfim,diretor de distribuição e comercialização, o aumento da adimplênciaocorreu em função de ações como o envio de “carta envelopada”.

Companies invest R$ 30 million in SHP‘sTwo companies of Parana received authorization from Aneel toimplant two SHP‘s in the state. The two plants will have 19 MW ofinstalled capacity and will be installed up to March of 2005.Previewed to enter in operation starting from March of 2004 thisenterprise from Cristalino energy will have 4 MW capacity, attendingthe energy needs of a population of 29,3thousand people. The investments for thisproject reach R$ 6 million. Thehydroelectric of Novo Horizonte will startcommercial operation in March 2005,delivering 15 MW of power, benefiting 110thousand inhabitants of the region.

Number of plants authorized by Aneel gets to 9.466 MWThe quantity of plants authorized by Aneel sums already 314reaching 9466 MW from January to the first days of November.The agency issued 87 MW, with an investment of R$ 139 million.According to Aneel, the steam plants lead to the highest numberof authorizations this year, with 184 authorized. Following that comethe small hydro plants that sum up to 85 authorizations. Bighydroelectric power plants and wind turbines totalize 43 alreadyauthorized.Since 1998 the regulatory agency already authorized 1058 in atotal of 54359 MW. The investments sum up to R$ 76.8 billion.

Distributors take the initiatives to prevent insol-vency

To attack the insolvency of the clients, distributors are takingdifferent actions beyond the traditional send of mail andinterruption of supply. Actions go from the making of cardraws, as done by AES south, until TV campaigns, as doneby Celtins. According to Mauro Magalhaes the commercialdirector of Coelba, presently the value invoiced is higher

than that collected due to payment of debts. About 40% of theconsumers pay their bills in due date. The percentage rises to85% in a period of 10 days counting from the due date of theinvoice, and in 30 days this percentage can reach 97.5%. Coelbasegmented the consumers identifying the different profiles for themaking of compatible actions for each case. AES south made in2001 a promotion for the particular consumers that draws everymonth a car for the consumers that are in due date. With this actionthe index of payments in the due date was between 50 and 52%.For Celtins the greatest problem lies in the 210 thousandresidential clients. Data from the month of October points out thatmore than 30% of the payments are done in due date. The indexgoes up to 40% with the sending of a second warning. Accordingto Angelo Bonfim, director of distribution and commercialization,the rise of due date payments occurred to the sending of remindletters.

23

Evento discute energiano meio rural

A discussão da realidade energéticado meio rural brasileiro, além de questõesenergéticas nacionais, tais comoalternativas que suportem a universalizaçãono suprimento de energia elétrica no paíse a participação das fontes renováveis namatriz energética brasileira. Essa foi atemática do Agrener 2002 – 4º Encontrode Energia no Meio Rural, realizado de 29a 31 de Outubro de 2002, no campus daUnicamp, em Campinas São Paulo.

O Congresso, organizado peloNúcleo Interdisciplinar de Planejamento

Energético da Unicamp (Nipe) e pela Sociedade Brasileira deEngenharia Agrícola (SBEA), reuniu cerca de 350 pessoas, entrerepresentantes da comunidade científica, das empresas e governosfederal, estadual e municipal e das organizações não-governamentais.

Durante o evento, através dos 130 trabalhos técnicosapresentados e das palestras realizadas, foram debatidos temas comoeletrificação rural, energia solar, eólica, hidroeletricidade e biomassa.Além disso, desenvolvimento sustentável e meio ambiente, novastecnologias, conservação e uso eficiente de energia, planejamentoenergético e regulamentação do setor de energia figuraram entre asdiscussões. No Agrener 2002, também foram oferecidos aosparticipantes dois cursos: Microcentrais Hidrelétricas –Procedimentos Práticos e Tecnologias de Transformação Energéticade Biomassa.

Simultânea ao 4º Encontro de Energia no Meio Rural, aconteceua Agrener Tecno 2002, no Ginásio Multidisciplinar da UnicampParticiparam da feira os centros de referência da área de energia,além de universidades e instituições ligadas ao setor. O Cerpch estavalá.

Paralelamente ao Encontro de Energia no Meio Rural, foirealizado o 1º Workshop Internacional de Células a Combustível,organizado pelo Centro de Referência em Energia do Hidrogênio(CENEH). Nele, foi discutida a organização de estudos em sistemasde células a combustível que são desenvolvidos atualmente no Brasil,além do debate sobre projetos futuros.

Fabiana Gama Viana Event discusses energy in the ruralenvironment

NIPE / UNICAMP holds AGRENER 2002- 4th meeting ofenergy in the rural environment

The discussion about the energy reality of the brazilien ruralenvironment, included national energetic questions and in additionquestions such as alternatives that support the universalization in thesupply of electric energy in the country and the participation of renewablesources in the energy matrix. This was the theme of Agrener 2002- 4th

meeting of energy in the rural environment, held between the 29th and31st of October in the Campus of Unicamp in Campinas, Sao Paulo state.

The congress that was organized by the interdisciplinary nucleus ofenergy planning of Unicamp (Nipe) and the brazilien soiciety ofAgricultural Engineering ( SBEA ), joined about 350 people, among whichrepresentatives of the scientific community, companies, federal, state andmunicipal governments and from non-governmental organizations.

During the event through the 130 tecnical works and seminarspresented, themes such as the eletrification of the rural environment, solar,wind, htdroelectric and biomass energy were debated. In additionsustainable developmet and evironment, new technologies, conservationand efficient use of energy, energy planning and regulamentation of theenergy sector figured in the discussions. In Agrener 2002, two courseswere also offered to the participants: micro-hydro plants, practicalproceedures and technologies for the energetic transformation of biomass.

Simultaneously with the 4th meeting of energy in the ruralenvironment occured Agrener Tecno 2002, in the multidisciplinary gim ofUnicamp. Those that took part in the fair included the centers of referencein the area of energy, in addition to Universities and institutions relatedto this sector. Cerpch was there.

Parallel to the meeting of energy in the rural environment was thefirst international workshop on fuel cells, organized by the Center ofReference in Energy from Hydrogen (CENEH). In it was discussed theorganization of studies about systems of fuel cells that are currentlydeveloped in Brazil, also debating about future projects.

Espaço CERPCH / CERPCH’s Space24

Esta publicação conta com o apoio de: This publication has the support of

NIPE / UNICAMP realiza AGRENER 2002 – 4º Encontro de Energia no Meio Rural

Trad. Felipe Moreton Chohfi

Espaço CERPCH / CERPCH’s Space

CERPCH estuda a implementação demicrocentrais na Bahia

Through a project undertaken inpartnership with Winrock / IESB, stafffrom the National Center of Referencein Small Hydroenergetic Use(Cercpch) went to the region of Ilheusin the state of Bahia, to analyse sitesfor the possible implementation ofmicro hydro plants. In accordance tothe enginner Fabio Horta, thatparticipated in this mission, the firstvisited site was neighbouring thebiological reserve of Una. “The schooland houses situated inside the ecoparkwill be benefitted with the arrival ofenergy, aproximately 60kW, asaffirmed.

As stated by the engineer, thesecond project will attend small ruralproducers from the Recanto dos Anjosfarm, located in the Itacarémunicipality near Ilhéus. “In this casethe amount of power available is verylow, but as a result of the smalldemand, the producers will be wellattended”, he concluded.

Através de um trabalho re-alizado em parceria com aWinrock/ IESB, técnicos doCentro Nacional de Referênciaem Pequenos AproveitamentosHidroenergéticos (Cerpch) es-tiveram na região de Ilhéus, BA,para analisar locais para possívelimplantação de microcentraishidrelétricas. Segundo o enge-nheiro Fábio Horta, que partici-pou da missão, o primeiro localvisitado é vizinho à reservabiológica do Una. “A escola e ascasas situadas dentro doEcoparque serão beneficiadascom a chegada da energia, apro-ximadamente 60kW”, afirma.

De acordo com o enge-nheiro, o segundo aproveitamen-to vai atender a pequenosprodutores rurais do sítio Re-canto dos Anjos, localizado nomunicípio de Itacaré, próximo aIlhéus. “Neste caso, a potênciadisponível é muito baixa. Mas,como a demanda é pequena, osprodutores serão bem atendi-dos”, conclui.

PCH Tudelândia / SHP Tudelândia

O projeto básico da PCH Tudelândia, localizada no município de SantaMaria Madalena, no Estado do Rio de Janeiro, executado pela equipe técnicado Cerpch foi aprovado pela Aneel. De acordo com o engenheiro do CerpchLuciano Pinto, a Tudelândia Centrais Elétricas, proprietária da PCH, éuma empresa caracterizada como um produtor independente de energia.

O empreendimento possui as seguintes característicastécnicas:The undertaking has the following technical caracteristics:

Potência total instalada / Total installed power: 2.400kWVazão de projeto / Flow of the project: 1,50 m3/sQueda máxima líquida / Maximum liquid fall: 197mGeração média de energia / Average energy generation: 21.024 MW/anoComprimento total do conduto forçado / Total length of the forced con-duct: 1.594mDiâmetro da tubulação / Diameter of the ducting: 0,8128 mTurbina Francis eixo horizontal, rotor simples.Horizontal axis Francis turbine with simple rotor.

The basic project of the Tudelandia SHP located in the municipalityof Santa Maria Madalena in the Rio de Janeiro state and executed by thetechnical team of Cerpch was approved by the National Electric EnergyAgency (Aneel). In accordance with the engineer from Cerpch LucianoPinto, Tudelandia centrals the owner of the SHP is a company caracterizedas an independent producer of energy.

IV Encontro Anual do Programa de Energiada Usaid/Brasil / IV Annual Meeting of theUSAID/Brasil Energy Program

Aconteceu no período de três aseis de novembro na Costa do Sauípe(Bahia), o IV Encontro Anual doPrograma de Energia da Usaid /Brasil. O evento contou com aparticipação de instituições nacionaise internacionais do setor público eprivado. O objetivo foi promover atroca de informações, conhecimen-tos e experiências relacionados aosetor elétrico brasileiro, comenfoque especial nas áreas de ener-gia renovável e eficiência energética.Durante o encontro também foirealizada a cerimônia de premiaçãodos parceiros do Programa deEnergia da Usaid/Brasil que mais sedestacaram no decorrer do ano fis-cal passado. Os ganhadores doprêmio foram: José Carlos Costa(MCT), Maria das Graças Gadelha(Pommar), Nena Lentini (Usaid/Brasil), Patrícia Flanagan (Usaid/Washington), Sulamita de Souza(IDER-representada por ArmandoAbreu) e Virgínia Gorsevski (Usaid/Washington-representada por DuaneMuller.

During the period of 3 to 6 ofNovember in Costa do Sauipe- Bahia,occurred the VI annual meeting of theUsaid/Brasil energy program. Theevent counted with the participationof about 80 people representing na-tional and international institutionsof the public and private sectors. Theobjective was to promote the changeof information, knowledge and expe-rience related to the brasilien elec-tric sector, with special focus in re-newable energy and energy efficiency.During the meeting the prizecerimony of the partners of the energyprogram of Usaid/Brasil that that hadbest attainment throughot the yearwas also held.The winners of the prizewere: José Carlos Costa (MCT),Maria das Graças Gadelha(POMMAR ), Nena Lentini (Usaid/Brasil ), Patricia Flanagan (Usaid/Washington ), Sulamita de Sousa(IDER- representada por ArmandoAbreu), e Virginia Gorsevski (Usaid/Washington- representada por DuaneMuller).

O encontro contou com a presença daEquipe da Winrock/Brasil The meeting counted with the presence ofWinrock/Brasil

Evana Rosa

Alexandre Mancuso, da divisão deenergia da Usaid/Brasil, foi um doscoordenadores do eventoAlexandre Mancuso of the Usaid/Brasilenergy division was one of thecoordinators in the event

CERPCH studies theimplementation of

microplants in Bahia

Trad. Felipe Moreton Chohfi

Aproveitamento do rio Maruin, localizado no EcoparqueUse of the Maruin river located in the Ecopark

Evana Rosa Trad. Felipe Moreton Chohfi

Informações retiradas do ‘Informativo BCEEP’ (www.usaidbrasil.org.br)Informations taken from ‘BCEEP Information’ (www.usaidbrasil.org.br)

25