Editorial 2012-10-28

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Boletim 346 – 28/10/2012 SEM AMOR NÃO DÁ! “Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.” (Colossenses 3.14) Imagine que você foi convidado para uma festa. Você está todo empolgado com o convite, e, por isso, procura a melhor roupa e vai à festa. Quando chega lá descobre que você foi convidado por “tabela”, ou seja, você foi convidado apenas por um interesse qualquer. Talvez porque você seja alguém importante, ou porque é parente de alguém importante. Na verdade, a pessoa que fez o convite tem uma leve consideração por você, mas apenas isto. É claro que você ficaria triste por saber que não havia tanta consideração assim por parte de quem lhe fez o convite. Diante de um quadro como esse, você come dos salgadinhos, bebe refrigerante e, certamente, murmura com as pessoas da mesa. Já que está lá, não há mais nada a fazer além de se fartar. Sem dúvida, esse é o pensamento de muitas pessoas, pois não estão preocupadas com os laços que os une, mesmo que este laço seja uma festa. Pensando no vínculo que existe entre as pessoas, percebo que algumas estão unidas tão somente pelos hobbies em comum: pelas festas, pela geografia (levando em consideração o lugar em que moram). Podem, ainda, estar unidas porque têm amigos em comum; por isso, acabam sendo amigas de amigos. No entanto, todos estes laços de vínculo são frágeis e temporais. Quando acabar aquilo que os aproxima, certamente não serão mais amigos. Lembro quando eu preguei no sepultamento da minha avó. Muito emocionado com o momento, fiz a seguinte afirmação: “hoje enterramos quem nos unia como família”. Hoje, anos depois, verifico que disse apenas a verdade. O vínculo de união entre alguns familiares estava fixado na minha avó. Quando ela partiu, o vínculo morreu. O que nos une como irmãos em Cristo Jesus? Talvez esperemos que os eventos nos unam, e vejo isso quando percebo tristeza pelo não comparecimento de algumas pessoas. Investimos nossos esforços em coisas temporais e não nas permanentes. Não há dúvidas de que ficaremos mais desmotivados ainda. O vínculo que nos une é o amor. Significa dizer que, mesmo quando discordarmos, olhar-nos-emos como irmãos. Mesmo quando falharmos uns com os outros, isso não será motivo para um afastamento. Como chegamos, então, a este amor? Quando nos entregamos sem reservas e sem intenções, quando permitimos que o outro ocupe um importante lugar em nosso coração. Pastor Fábio Quintanilha

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Boletim 346 – 28/10/2012 SEM AMOR NÃO DÁ!

“Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.” (Colossenses 3.14)

Imagine que você foi convidado para uma festa. Você está todo empolgado com o convite, e, por isso, procura a melhor roupa e vai à festa. Quando chega lá descobre que você foi convidado por “tabela”, ou seja, você foi convidado apenas por um interesse qualquer. Talvez porque você seja alguém importante, ou porque é parente de alguém importante. Na verdade, a pessoa que fez o convite tem uma leve consideração por você, mas apenas isto. É claro que você ficaria triste por saber que não havia tanta consideração assim por parte de quem lhe fez o convite.

Diante de um quadro como esse, você come dos salgadinhos, bebe refrigerante e, certamente, murmura com as pessoas da mesa. Já que está lá, não há mais nada a fazer além de se fartar. Sem dúvida, esse é o pensamento de muitas pessoas, pois não estão preocupadas com os laços que os une, mesmo que este laço seja uma festa.

Pensando no vínculo que existe entre as pessoas, percebo que algumas estão unidas tão somente pelos hobbies em comum: pelas festas, pela geografia (levando em consideração o lugar em que moram). Podem, ainda, estar unidas porque têm amigos em comum; por isso, acabam sendo amigas de amigos. No entanto, todos estes laços de vínculo são frágeis e temporais. Quando acabar aquilo que os aproxima, certamente não serão mais amigos.

Lembro quando eu preguei no sepultamento da minha avó. Muito emocionado com o momento, fiz a seguinte afirmação: “hoje enterramos quem nos unia como família”. Hoje, anos depois, verifico que disse apenas a verdade. O vínculo de união entre alguns familiares estava fixado na minha avó. Quando ela partiu, o vínculo morreu.

O que nos une como irmãos em Cristo Jesus? Talvez esperemos que os eventos nos unam, e vejo isso quando percebo tristeza pelo não comparecimento de algumas pessoas. Investimos nossos esforços em coisas temporais e não nas permanentes. Não há dúvidas de que ficaremos mais desmotivados ainda.

O vínculo que nos une é o amor. Significa dizer que, mesmo quando discordarmos, olhar-nos-emos como irmãos. Mesmo quando falharmos uns com os outros, isso não será motivo para um afastamento.

Como chegamos, então, a este amor? Quando nos entregamos sem reservas e sem intenções, quando permitimos que o outro ocupe um importante lugar em nosso coração.

Pastor Fábio Quintanilha