Boletim 332 – 22/07/2012 DEUS TEM A RESPOSTA

“Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos." (Salmo 90.17)

Não sei de você, mas, algumas vezes, me pego colocando Deus no banco do carona do carro quando eu mesmo dirijo a minha vida, e acabo fazendo aquilo que acho certo. Fazer aquilo que eu acho certo pode não corresponder à vontade de Deus. Parece estranho, mas é assim mesmo, e espero que você leia isto com muita atenção:

Quando tomamos decisões, levamos em conta muitos fatores: o nosso interesse, a nossa necessidade, a urgência em determinada situação, etc. Um dos fatores importantes e, com certeza, o mais relevante é: o que Deus está me mandando fazer?

Dizer que tudo o que acontece é a pura vontade de Deus é um erro. Entende-se por vontade de Deus aquilo que é correto, que é certo e ensinado em sua Palavra. Por mais que algumas coisas aconteçam e que elas estejam, sem dúvida, debaixo da vontade soberana do Senhor, não significa que Deus está aprovando o acontecimento delas. Se fosse assim, alguém que matou outrem ou que cometeu um adultério, por exemplo, poderia justificar sua atitude dizendo ter cometido um ato da vontade de Deus. Contudo, a própria Palavra de Deus condena tais práticas. Isto prova que situações como estas que acontecem na história e estão sob o controle de Deus, não recebem a aprovação dele.

O salmo 90 fala de uma experiência de vida interessante. Moisés, o autor do salmo, dirige-se a Deus pedindo-lhe que confirme as obras das suas mãos. Uma leitura equivocada nos poderia fazer entender que Moisés fez o que bem quis e, depois, pediu para que Deus aprovasse trazendo bênção sobre todas as coisas realizadas. Contudo, este versículo só pode ser entendido dentro do seu contexto, que fala justamente da soberania de Deus e da fragilidade da vida humana.

Moisés foi completamente consciente da sua fragilidade como homem e da necessidade que tinha de depender somente de Deus. Por isso, mesmo fazendo aquilo que entendia ser aprovação de Deus, seu pedido era para que o próprio Deus mostrasse isso confirmando todas as obras realizadas.

Na próxima semana, a Igreja participará de um momento importante. Ressalto a relevância de pedirmos a orientação de Deus. Nossos critérios podem nos levar a decisões equivocadas. Portanto, que você tenha certeza de que o seu voto, quando submetido à vontade de Deus, é a boa resposta de Deus. Sendo assim, que Deus mesmo confirme a decisão tomada trazendo sobre nós as suas bênçãos.

Pastor Fábio Quintanilha