Editorial 2012-06-10

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Boletim 326 – 10/06/2012 PAZ: DISCURSO OU REALIDADE? “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27) A partir do capítulo 13 do evangelho de João, podemos perceber uma “despedida” de Jesus aos seus discípulos, pois ele sabia que sua morte já estava próxima. A preocupação de Jesus com o fato de que sua morte provocaria temores aos discípulos está presente em frases, tais como: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14.1). De certa forma, os discípulos estavam angustiados com a perspectiva de ficarem longe de Jesus, e, representados por Tomé, exclamaram: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (14.5). É quando Jesus responde: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (14.6); Em Israel, era comum as pessoas se despedirem fazendo, na saudação, um voto de paz. Quando Moisés vai despedir-se de seu sogro (Ex 4.18), Jetro lhe diz: “Vai-te em paz”. Na fala de Jesus, há fatores importantes sobre a paz para analisarmos. Em primeiro lugar, temos que observar que a paz da qual Jesus fala não é alcançada por nós, mas é dada pelo próprio Jesus. Imaginando toda a condição de perigo pela qual os discípulos, a partir dali, viveriam: apedrejamentos, torturas, maus tratos, entre tantas formas de sofrimento, Jesus afirma que os discípulos não precisavam temer, pois ele mesmo, Jesus, garantiria a paz. Esta paz, então, não tem um caráter passageiro, mas permanente, daí o próprio Jesus dizer: “Não como o mundo, eu vo-la dou”, pois a sensação de paz das pessoas geralmente está relacionada a um sossego passageiro. A diferença é que Jesus está prometendo aos seus discípulos uma paz mesmo em tempos de aflições, guerras e tribulações. Mesmo na dificuldade, sentiremos esta paz que excede todo entendimento. A paz que Jesus dá não é uma ilusão ou só uma promessa, ela é real. Essa é a diferença entre a saudação de paz que existia entre as pessoas e a fala de Jesus, pois ele diz: “A minha paz vos dou...Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Não se “turbar” é não ficar agitado, inquieto, sem paz. Basta confiar no Senhor e ponto final. A conclusão é simples: se você busca a paz, saiba que não há como encontrá-la longe de Jesus. Com ele, mesmo nas dificuldades, temos paz. Pastor Fábio Quintanilha

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Boletim 326 – 10/06/2012 PAZ: DISCURSO OU REALIDADE?

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. (João 14:27)

A partir do capítulo 13 do evangelho de João, podemos perceber uma “despedida” de

Jesus aos seus discípulos, pois ele sabia que sua morte já estava próxima. A preocupação de Jesus com o fato de que sua morte provocaria temores aos discípulos está presente em frases, tais como: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14.1).

De certa forma, os discípulos estavam angustiados com a perspectiva de ficarem longe de Jesus, e, representados por Tomé, exclamaram: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (14.5). É quando Jesus responde: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (14.6);

Em Israel, era comum as pessoas se despedirem fazendo, na saudação, um voto de paz. Quando Moisés vai despedir-se de seu sogro (Ex 4.18), Jetro lhe diz: “Vai-te em paz”.

Na fala de Jesus, há fatores importantes sobre a paz para analisarmos. Em primeiro lugar, temos que observar que a paz da qual Jesus fala não é alcançada por nós, mas é dada pelo próprio Jesus.

Imaginando toda a condição de perigo pela qual os discípulos, a partir dali, viveriam: apedrejamentos, torturas, maus tratos, entre tantas formas de sofrimento, Jesus afirma que os discípulos não precisavam temer, pois ele mesmo, Jesus, garantiria a paz.

Esta paz, então, não tem um caráter passageiro, mas permanente, daí o próprio Jesus dizer: “Não como o mundo, eu vo-la dou”, pois a sensação de paz das pessoas geralmente está relacionada a um sossego passageiro. A diferença é que Jesus está prometendo aos seus discípulos uma paz mesmo em tempos de aflições, guerras e tribulações. Mesmo na dificuldade, sentiremos esta paz que excede todo entendimento.

A paz que Jesus dá não é uma ilusão ou só uma promessa, ela é real. Essa é a diferença entre a saudação de paz que existia entre as pessoas e a fala de Jesus, pois ele diz: “A minha paz vos dou...Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. Não se “turbar” é não ficar agitado, inquieto, sem paz. Basta confiar no Senhor e ponto final.

A conclusão é simples: se você busca a paz, saiba que não há como encontrá-la longe de Jesus. Com ele, mesmo nas dificuldades, temos paz.

Pastor Fábio Quintanilha