Editorial 2012-04-15

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“Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.” (Mateus 6:9-13) Boletim 318 – 15/04/2012 Pastor Fábio Quintanilha

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Boletim 318 – 15/04/2012

SUPERANDO O NÍVEL INDIVIDUAL

“Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim

como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.”

(Mateus 6:9-13)

No contexto em que Jesus ensinou este modelo de oração conhecido como oração do Pai Nosso ou Oração Dominical, observamos a comparação feita por Jesus entre a oração de um servo fiel e a oração feita por um homem hipócrita.

Um homem hipócrita está muito preocupado com o que os outros estão pensando das suas palavras, da sua vida, da sua postura. Está certo de que é observado, e faz tudo para que sua imagem, como homem piedoso, seja divulgada e creditada. Sua santidade é apenas aparente e está longe de demonstrar o que realmente está no seu coração.

Para fugir dessa hipocrisia, Jesus ensinou que as orações não precisavam ser feitas ao ar livre, na frente de todos, mas em nosso quarto, e com as portas trancadas. Não que as orações não possam ser realizadas em público, com muita gente, mas que nossa prioridade e busca pela comunhão com Deus acontece no silêncio e no isolamento do nosso quarto.

Contudo, não é apenas isolar-me dentro do quarto que caracteriza meu comprometimento com Deus. Posso ficar dentro do quarto, trancado, e não estar em comunhão alguma com Deus. Portanto, o isolamento é um passo no processo de comunhão com Deus. O segundo passo, e talvez o mais importante, é o verdadeiro sentido e significado das nossas orações.

Observarmos, no dia a dia, que as orações, quase que em sua totalidade, referem-se apenas às necessidades concretas. As pessoas pedem por saúde, por emprego, por melhores condições, pelo alívio da dor, etc. Até nas orações mais específicas, ainda observamos expressões que beiram ao imediatismo, a necessidades pessoais e concretas.

O que queremos destacar é que, muitas vezes, nossas orações fogem ao próprio padrão estabelecido por Jesus em sua “oração modelo”.

Nela, observamos uma preocupação que traspassa a individualidade. Quando Jesus pede o pão, ele não apenas pede para si, mas para todos; o mesmo faz com relação ao perdão das dívidas, a não cair em tentação, a ser livre do mal. Em momento algum Jesus destacou apenas a sua necessidade, mas a de seu povo, a das pessoas que conviviam com ele.

Isso nos mostra que nossas orações devem conter não apenas expressões de necessidade pessoal, mas preocupações coletivas. Como exemplo, posso não viver em guerra, mas minhas orações devem pedir a paz tão somente por saber que tantos outros estão vivendo naquele contexto.

Hoje, você pode agradecer um emprego que Deus lhe deu, mas será que terá a mesma disposição de orar por aquele que ficou desempregado? Pense nisso, e supere o nível individual. Igreja é corpo e o corpo se alegra junto, mas também chora junto.

Pastor Fábio Quintanilha