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1 Edição n.º93 maio - agosto 2019 Comemoração do dia das Residências Foi algo inovador, o que ocorreu no dia treze de maio, e as utentes das Residên- cias foram participati- vas, espontâneas e viam-se sorrisos nos rostos.-P.5 Mesa Redonda - Cuidadores Formais e Informais - Pro- cessos de decisão ética em situações difíceis Se por um lado a evolução da medicina permite curar doen- ças e prolongar a vida, por outro não deixa que a morte aconteça de forma natural..” -P.8 Hospitalidade - Uma Travessia em Três Sécu- los a Recriar o Amor No dia 31 de maio cele- brámos na Clinica Psi- quiátrica de S. José a Fes- ta de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Je- sus e o 138º Aniversário da Fundação da nossa Congregação.-P.10 Passeios anuais das Unidades ... com o objetivo princi- pal de conceder, às uten- tes mais autónomas e que mostram vontade de participar, uma saída da Clínica, num dia onde são proporcionadas novas experiências e num local à escolha.-P.16

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    Edição n.º93 maio - agosto 2019

    Comemoração do dia

    das Residências

    “Foi algo inovador, o

    que ocorreu no dia

    treze de maio, e as

    utentes das Residên-

    cias foram participati-

    vas, espontâneas e

    viam-se sorrisos nos

    rostos.”

    -P.5

    Mesa Redonda - Cuidadores

    Formais e Informais - Pro-

    cessos de decisão ética em

    situações difíceis

    “Se por um lado a evolução da

    medicina permite curar doen-

    ças e prolongar a vida, por

    outro não deixa que a morte

    aconteça de forma natural..”

    -P.8

    Hospitalidade - Uma

    Travessia em Três Sécu-

    los a Recriar o Amor

    “No dia 31 de maio cele-

    brámos na Clinica Psi-

    quiátrica de S. José a Fes-

    ta de Nossa Senhora do

    Sagrado Coração de Je-

    sus e o 138º Aniversário

    da Fundação da nossa

    Congregação.”

    -P.10

    Passeios anuais

    das Unidades

    “... com o objetivo princi-

    pal de conceder, às uten-

    tes mais autónomas e

    que mostram vontade de

    participar, uma saída da

    Clínica, num dia onde são

    proporcionadas novas

    experiências e num local

    à escolha.”

    -P.16

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    Editorial

    Caros Leitores e Amigos,

    No último “Passo a Passo” falá-

    mos do evento que estamos a

    celebrar: o 125º aniversário da

    presença das Irmãs Hospitaleiras

    do Sagrado Coração de Jesus

    em Portugal.

    Nesta edição vamos recordar a

    cofundadora da Congregação,

    Maria Angustias Giménez, pois

    no dia 02 de agosto recordámos

    a sua vida e a partida para o Pai

    (1849-1897).

    Vários aspetos caracterizam esta

    hospitaleira, nascida em Grana-

    da há 122 anos. Chamamos-lhe

    a Mulher do Sonho… e que so-

    nho? Precisamente a intuição

    de, com o Padre Bento Menni,

    se sentir chamada a criar algo

    de novo, pois quando manifes-

    tou com Maria Josefa Récio o

    desejo de se entregarem inteira-

    mente a Deus no serviço ao

    próximo, Bento Menni abriu-lhe

    várias portas, apresentando-lhes

    congregações existentes, não

    estando no seu espírito a aven-

    tura de ser fundador. Ele encon-

    trava-se ocupado em restaurar a

    sua Ordem, a Ordem de S. João

    de Deus, respondendo assim ao

    envio do Padre Alfieri, Superior

    geral e ao Papa Pio IX que o

    abençoou e lhe disse: “Vai, meu

    filho, restaurar a Ordem no seu

    próprio berço”. Este era o pro-

    jeto incumbido a Bento Menni.

    Não vou descrever a fundação

    125 anos da presença das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em Portugal

    da nossa Congregação, fica ape-

    nas a alusão à importância da

    intuição e à persistência de Ma-

    ria Angustias.

    Maria Angustias foi a cronista

    das origens da Congregação. A

    pedido de Bento Menni, relata-

    nos, e com que enlevo, essas

    origens:

    ▪ O tempo, as dificuldades e in-

    sistências até se desenhar no

    espírito do Padre Menni a fun-

    dação da Congregação como

    vontade de Deus e com aquelas

    duas granadinas.

    ▪ O êxodo hospitaleiro, a saída

    de Granada para Ciempozuelos-

    Madrid, após convite do Pe.

    Menni sem qualquer despedida

    dos familiares; a dinâmica dolo-

    rosa e feliz de deixar tudo.

    ▪ As condições de extrema po-

    breza, austeridade, abnegação e

    sacrifício na aventura da funda-

    ção, mas também a determina-

    ção, a resiliência, o ardor/fervor,

    a alegria; uma fé inabalável, uma

    confiança sem limites com a cer-

    teza de que a Obra que enceta-

    vam era de Deus, constituindo

    Bento Menni e elas simples ins-

    trumentos, com os quais Ele quis

    realizar “prodígios de misericór-

    dia”.

    ▪ A comunidade fraterna com

    um único ideal, expresso na pro-

    digiosa ”união de corações” –

    um só coração e uma só alma,

    assente na vida de união com

    Deus, na interajuda e compreen-

    são reciproca, no perdão frater-

    no e na entrega laboriosa e ale-

    gre à missão hospitaleira.

    ▪ O acolhimento à primeira do-

    ente. O respeito, a veneração, a

    transcendência que expressam

    no gesto de lhe beijarem os pés

    e toda a solicitude que lhe pro-

    porcionam, aplicando os ensina-

    mentos que o Pe. Menni lhes

    tinha dado.

    Tanto que poderíamos dizer,

    todavia termino fazendo refe-

    rência à imagem que Maria An-

    gustias atribui ao desenvolvi-

    mento da Congregação no iní-

    cio, sobretudo referindo-se ao

    número de jovens que aderiam

    ao projeto hospitaleiro:

    “Apesar da minha simplicida-

    de, imagino a nossa nascente

    instituição como uma frondo-

    sa árvore que, plantada junto

    às correntes das águas cristali-

    nas, começa a dar tantos e for-

    mosos rebentos que depressa

    se enche de frutos…”

    (Relação Sobre as Origens da

    Congregação das IHSCJ, p. 220)

    Ir. Isabel Morgado

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    Calendário

    O que é que aconteceu no 2º

    Semestre de 2019 na CPSJ?

    Atividades mensais

    - Preparação para o Crisma -

    Colaboradores;

    - Encontros de Leigos Hospita-

    leiros;

    - Encontros às quintas;

    - Celebração dos Aniversários

    da Família Hospitaleira;

    maio

    - Celebração do 105º aniversá-

    rio da Morte de S. Bento Menni

    (Padroeiro da Unidade 6);

    - Dia de Nossa Senhora de Fáti-

    ma (Padroeira das residências);

    - Passeio a Arouca (Parceria da

    CPSJ com a JFC);

    - Feira de Expressões;

    - Celebração da Fundação da

    Congregação de N. S. Sagrado

    Coração de Jesus

    - Mesa redonda "Cuidadores

    formais e informais – Processo

    de decisão ética em situações

    difíceis” (Comissão de Ética)

    junho

    - Peregrinação Hospitaleira;

    - Arraial da Junta de Freguesia

    de Carnide;

    - Passeio surpresa (Parceria da

    CPSJ com a JFC);

    - Dia do Sagrado Coração de

    Jesus (Padroeiro da Unidade 7)

    - Encontro de Familiares e Ami-

    gos dos utentes da Clínica Psi-

    quiátrica de S. José (Parceria

    CPSJ e ASAP)

    julho

    - Animações de Verão (Parceria

    da CPSJ com a JFC);

    - Dia do Sagrado Coração de

    Maria (Padroeira da Unidade 4);

    - Passeios anuais das unidades

    (organizados pelo Serviço Social)

    - Caminhadas na Luz;

    - Passeios ao exterior;

    - Tardes de cinema (organizadas

    pela Terapia Ocupacional);

    agosto

    - Sessão de Partilha “Vamos co-

    nhecer Maria Angústias Gimé-

    nez”;

    - Dia Vocacional;

    - Saídas ao exterior: “ver o

    mar” (organizadas pela Terapia

    Ocupacional);

    - Caminhadas por Telheiras.

    Agora que tiveram uma peque-

    na ideia das atividades dinami-

    zadas vamos deixar-vos uns pe-

    quenos textos e algumas foto-

    grafias desses momentos para

    que possam ter noção do quan-

    to nos divertimos. Esperamos

    que gostem desta pequena via-

    gem.

  • 4

    Foram assim os encontros

    às quartas!

    Desde novembro de 2018 que

    um grupo de colaboradores se

    tem encontrado “quarta-feira

    sim, quarta-feira não”! Para fa-

    zer o quê? Para caminharem

    juntos, aprofundarem a sua rela-

    ção com Deus-Trindade, com o

    Pai que nos ama, com o Filho

    que nos salva e com o Espírito

    Santo que nos anima e para ce-

    lebrarem o Sacramento do Cris-

    ma.

    Esta iniciativa da Pastoral da Sa-

    úde, em colaboração com a Pa-

    róquia de S. Lourenço (Carnide),

    permitiu que seis dos nossos

    colaboradores e uma pessoa

    encaminhada pela paróquia, fi-

    zessem este percurso que cul-

    minou (ou se iniciou!) no dia 2

    de junho com a celebração do

    sacramento do Crisma na paró-

    quia.

    Cada uma das pessoas do grupo

    sentiu-se e sente-se motivada a

    continuar a crescer, a viver cada

    vez mais em intimidade com

    Deus e a integrar-se na Igreja.

    Aqui ficam alguns dos testemu-

    nhos vivos:

    Quero agradecer do fundo do

    Coração à Dra. Cláudia e ao Frei

    Hermínio que nos prepararam

    para esta caminhada das nossas

    vidas. Uma caminhada de fé e

    esperança que fez de nós pesso-

    as diferentes, mais calmas, rece-

    bendo no nosso coração o Espi-

    rito Santo que nos acompanha

    pela nossa vida: seremos pesso-

    as mais felizes! Uma festa linda e

    especial! Agradeço também à

    minha madrinha que esteve

    sempre presente e disponível, a

    todas as minhas colegas e à Di-

    reção da Clínica que nos propor-

    cionou o horário para a nossa

    preparação. Beijinhos a todos e

    que Deus nos ilumine. (Maria

    Antónia)

    Fiz o percurso cristão normal, fui

    batizada, fiz a primeira comu-

    nhão e a profissão de fé, tinha

    ficado por receber o Sacramento

    do Crisma! Quarenta anos de-

    pois de ter recebido o batismo,

    senti que era importante trazer

    até mim a inspiração e o poder

    do Espírito Santo, tenho agora o

    dever acrescido de ser testemu-

    nho de fé e a responsabilidade

    de divulgar a doutrina da igreja.

    Desejo que o selo de Cristo fi-

    que impresso no meu coração e

    passe a ser a minha imagem de

    marca, esta marca não tem pa-

    tente, mas só um coração a

    transbordar de amor, a pode

    manter líder de “mercado”! Não

    posso deixar de agradecer ao

    grupo, à catequista que é um

    sinal vivo de fé e por isso uma

    inspiração para mim, e à minha

    madrinha que foi abençoada

    com o selo da hospitalidade há

    mais de cinquenta anos! (Carla

    Marques)

    Ao receber do Sr. Bispo o Espíri-

    to Santo, desceu sobre mim um

    sentimento tão especial e dife-

    rente que não consigo traduzir

    por palavras. Foi uma sensação

    única! (Andreia)

    Este caminho que todas juntas

    percorremos, foi dos mais im-

    portantes e marcantes que vivi,

    pelo simples facto de que me

    ajudou a confirmar a minha fé

    em Deus, o amor a Deus, que

    me fez perceber a importância

    dos valores e crenças que Ele

    nos transmite em cada dia da

    nossa vida. Cada um de nós irá

    encontrar a explicação e o signi-

    ficado para o sacramento que é

    o Crisma mas para mim foi um

    momento muito aguardado, es-

    pecial, onde tive presente as

    pessoas mais importantes na

    minha vida e onde senti a verda-

    deira presença de Deus e do Es-

    pírito Santo em cada um de nós.

  • 5

    Acima de tudo, sei que será o

    início de uma caminhada, em

    que com a ajuda de Deus con-

    seguirei tornar-me uma pessoa

    melhor, na relação comigo mes-

    ma e com os outros. Será um

    momento que jamais irei esque-

    cer, assim como as pessoas que

    percorreram esta caminhada

    comigo e junto a mim. Obriga-

    da! (Vanessa Carvalho)

    A caminhada deste grupo ainda

    continuará por mais algumas

    quartas-feiras mas principal-

    mente ao longo das suas vidas.

    Que mais alguns de nós se sin-

    tam estimulados a conhecer Je-

    sus, a sentir o amor do Pai e a

    receber a força do Espírito San-

    to. Peçamos isto por intercessão

    de S. Bento Menni.

    Até breve em “alguma quarta-

    feira”!

    Grupo de preparação para o Crisma

    Comemoração do dia das

    Residências

    Na Clínica Psiquiátrica de S. José

    das Irmãs Hospitaleiras do Sa-

    grado Coração de Jesus, em Te-

    lheiras, existem duas Residên-

    cias que passo a citar os nomes

    pelas quais são conhecidas: a

    Residência Galileia, dentro do

    edifício da Clínica e a Despontar

    ou Unidade de Vida Protegida,

    cita em Carnide, junto da Ponti-

    nha.

    Foi com grande satisfação e ad-

    miração que recebemos o se-

    guinte convite: “Comemoração

    do dia de Nossa Senhora de Fá-

    tima, padroeira da Província de

    Portugal das Irmãs Hospitaleiras

    do Sagrado Coração de Jesus e

    Protetora das Residências”, para

    um lanche convívio, a fim de

    implementar mais e melhor a

    socialização, as vivências e as

    experiências.

    Seguido de uma eucaristia, pre-

    sidida pelo Frei Hermínio, de

    acordo com a festividade.

    Este também abençoou os ele-

    mentos que vivem nas mesmas

    e todos os que trabalham para

    que sejam atingidos os objetivos

    destas.

    Foi algo inovador, o que ocorreu

    no dia treze de maio, e as uten-

    tes das Residências foram parti-

    cipativas, espontâneas e viam-se

    sorrisos nos rostos. Afinal, já não

    havia só o dia de cada unidade

    de saúde mas também o dia das

    Residências!

    Não deverei mencionar o nome

    de todos os que tornaram este

    dia feliz, especial, pois certamen-

    te correrei o risco de me esque-

    cer de alguém, contudo não

    consigo deixar de mencionar

    todo o esforço das Irmãs, da

    Dra. Cláudia Antunes, do Dr. Élio

    Borges, das Monitoras, do pró-

    prio Amigo Frei Hermínio, etc.

    Sim, o “sonho” de termos tam-

    bém nós um dia de festividade,

    de gratidão, tornou-se realidade

    nesta “casa” devota, dedicada e

    humanitária.

    A todos, aqui vai o nosso Muito

    Obrigada, singelo mas sincero, e

    até para o ano.

    Deus nos abençoe a todos com

    o seu imenso Amor e Perdão!

    Bem-haja!

    Paula Guedes

  • 6

    IV Encontro Nacional das

    Famílias "Financiamento

    Global em Saúde Mental"

    O IV Encontro Nacional, sob o

    tema “Financiamento Global em

    Saúde Mental”, teve lugar no

    dia 24 de maio, no cine teatro

    Paraíso, em Tomar, sendo orga-

    nizado pela FamiliarMente

    (Federação Portuguesa das As-

    sociações das Famílias de Pesso-

    as Com Experiência de Doença

    Mental) e pela a Direção do Pro-

    grama Nacional para a Saúde

    Mental da Direção Geral de Saú-

    de.

    A sessão de abertura teve início

    pelas 10h00 e contou com a

    participação de Joaquina Caste-

    lão, presidente da FamiliarMen-

    te, Miguel Xavier, Diretor do

    Programa Nacional para a Saú-

    de Mental I DGS e Anabela Frei-

    tas, Presidente da Câmara Muni-

    cipal de Tomar.

    Perto das 10h30 realizou-se a

    mesa redonda em torno do te-

    ma “Sobrecarga das Famílias na

    Doença Mental Grave”, seguin-

    do-se o primeiro painel de ora-

    dores, intitulado “Modelo de

    Governação e Financiamento da

    Saúde Mental”. O regresso aos

    trabalhos depois de almoço foi

    assinalado com um momento

    musical proporcionado pela Tu-

    na.

    Pouco depois, pelas 14h30, teve

    início o segundo painel e os ora-

    dores falaram sobre o tema

    “Cuidados Continuados Integra-

    dos de Saúde Mental”, seguindo

    -se a segunda mesa redonda

    dedicada à questão: ”A Saúde

    Mental no Médio Tejo”.

    A sessão de encerramento teve

    início perto das 17h15 e os últi-

    mos intervenientes do dia foram

    Paula Domingos, Assessora do

    Programa Nacional para a Saúde

    Mental/DGS, Miguel Durães, vice

    -presidente da FamiliarMente, e

    Hélder Henriques, vereador da

    Câmara Municipal de Tomar.

  • 7

    Passeio a Arouca

    No dia 24 de maio fomos a mais

    um passeio organizado pela

    Academia Sénior da Junta de

    Freguesia de Carnide. Arouca é

    uma freguesia portuguesa do

    concelho de Arouca, no vale do

    Rio Arda, sendo a sede do con-

    celho.

    Foi uma viagem longa e chegá-

    mos à hora do almoço, ao hotel

    São Pedro onde já tinham pre-

    parado para nós o tão desejado

    almoço. De seguida fomos visi-

    tar o Geopark Arouca, que é re-

    conhecido pelo excecional Patri-

    mónio Geológico de relevância

    internacional, com particular

    destaque para as “pedras pari-

    deiras” da Castanheira, as Trilo-

    bites Gigantes de Canelas e os

    Icnofósseis do Vale do Paiva. O

    fenómeno das pedras parideiras

    que ocorre em Arouca é tido

    como único no mundo.

    Depois de uma longa subida

    pela serra da Freita chegámos

    finalmente à Casa das Pedras

    Parideiras, que tem como obje-

    tivo contribuir para a conserva-

    ção, compreensão e valorização

    deste geossítio de relevância

    internacional, apoiando as visi-

    tas turísticas e educativas a este

    espaço.

    Também pudemos ver o fenó-

    meno das pedras parideiras, fe-

    nómeno de granitização único

    no país e raríssimo no mundo

    inteiro. Trata-se de um aflora-

    mento granítico que tem incrus-

    tados nódulos envolvidos por

    uma capa de biotite em forma

    de disco biconvexo os quais, por

    efeito da erosão, se soltam da

    pedra-mãe e daí a denominação

    de “parideiras”.

    Já pela hora do lanche, fomos à

    procura dos doces tradicionais

    de Arouca, a doçaria é requinta-

    da e ancestral, confecionada,

    inicialmente pelas freiras do

    Mosteiro de Arouca, a sua conti-

    nuidade foi preservada, por

    transmissão familiar, até ao pre-

    sente. São exemplos da doçaria

    conventual de Arouca o pão de

    ló, as castanhas doces, as mor-

    celas doces…

    Depois de um bom lanche de-

    mos início à viagem de regresso,

    que como se previa foi longa…

  • 8

    Mesa Redonda - Cuidadores

    Formais e Informais - Pro-

    cessos de decisão ética em

    situações difíceis

    Face aos avanços da ciência e

    da medicina, os profissionais de

    saúde, deparam-se com dilemas

    éticos no cuidado diário à pes-

    soa assistida, principalmente em

    doenças terminais e agudas. Se

    por um lado a evolução da me-

    dicina permite curar doenças e

    prolongar a vida, por outro não

    deixa que a morte aconteça de

    forma natural. Sabe-se que o

    direito à vida é inerente a condi-

    ção de ser Pessoa, conduzindo

    os profissionais de saúde a en-

    carar a última etapa da vida co-

    mo algo que não deve aconte-

    cer, levantando questões muitas

    vezes sem resposta, porque efe-

    tivamente envolve valores, direi-

    tos universais próprios de cada

    sociedade com a sua cultura e

    hábitos religiosos e espirituais.

    Esta e outras temáticas foram

    abordadas na Mesa Redonda

    intitulada: "Cuidadores Formais

    e Informais - Processo de deci-

    são Ética em situações difíceis",

    que ocorreu na Clínica Psiquiá-

    trica de S. José.

    Como moderadora contou-se

    com a presença da Presidente

    da Comissão de Ética da Clínica,

    a Dra. Maria Manuela Pinho e

    como oradores estiveram pre-

    sentes a Dra. Rita Abril, Médica

    no Hospital da Luz, a Enfermeira

    Ana Sofia Wangricken Simões a

    exercer no IPO de Lisboa e a

    Presidente da Familiarmente

    Dra. Joaquina Castelão.

    Comissão de Ética

    Feira de Expressões

    Esta atividade decorreu no dia

    30 de maio de 2019. A nossa

    instituição marcou presença com

    o teatro “O rapaz de bronze”, da

    escritora Sophia de Mello Brey-

    ner Andresen.

    Tivemos o grande prazer de ob-

    servar esta grande interpretação,

    tão bem executada pelos vários

    atores desta instituição, que nos

    deram o prazer de ofertar os

    seus grandes préstimos.

    Foi contagiante o seu desempe-

    nho, principalmente as canções

    em que os ouvintes colabora-

    ram. O guarda-roupa estava es-

    petacular e felicito as artistas

    que os elaboraram.

    Parabéns a todos!

    Esta feira foi representada por

    diversas instituições, cada uma

    mostrando da melhor maneira

    as suas aptidões em várias ten-

    das ali montadas. Colaborámos

    também elaborando várias más-

    caras num material de fácil ma-

    nuseamento, por nós desconhe-

    cido.

    Cecília Guida Jardim Camacho da

    Fonseca

  • 9

    Fundação da Congregação

    Celebrar 138 anos de inspiração

    e realização da Missão Hospita-

    leira na Igreja e para o mundo, é

    acolher a sua transcendência

    como Obra de Deus e agrade-

    cer, ao Senhor Jesus e à Senhora

    do Seu Coração, as maravilhas

    que vão realizando, com a cola-

    boração de todos nós, na recria-

    ção do Amor de Caridade, pela

    Prática da Hospitalidade.

    Ancorados nessa força carismá-

    tica das origens, que humilde-

    mente acolhemos e queremos

    irradiar, comungamos da alegria

    da expansão da Congregação

    para Timor e da celebração dos

    125 anos de Presença Hospita-

    leira em Portugal.

    Neste dia as Irmãs Hospitaleiras

    do Sagrado Coração de Jesus,

    nos diversos contextos e latitu-

    des em que se encontram, cele-

    bram 138 anos de inspiração e

    realização da Missão Hospitalei-

    ra, na Igreja e para o mundo.

    Com as Irmãs estão os destina-

    tários da missão, os colaborado-

    res, os voluntários e outros

    membros das respetivas comu-

    nidades hospitaleiras.

    Concretamente, na Clínica Psi-

    quiátrica de S. José realizamos,

    no dia de hoje, uma Eucaristia,

    momento peculiar de louvor, de

    ação de graças e de anúncio dos

    125 anos de presença das Irmãs

    Hospitaleiras em Portugal.

    Pelas 14h30, realizou-se no au-

    ditório da Clinica a I Tertúlia

    Hospitaleira: Hospitalidade –

    uma Travessia em Três Séculos a

    Recriar o Amor, sendo aborda-

    dos, e colocados ao diálogo dos

    participantes, os temas: os iní-

    cios da fundação em Portugal;

    Carisma-espiritualidade-missão;

    evolução dos centros hospitalei-

    ros – Casa de Saúde da Idanha e

    Clínica Psiquiátrica de S. José;

    irradiação para outros países:

    Moçambique, Brasil e Angola.

    Encerramos o programa celebra-

    tivo deste dia com um momento

    vivencial de expressão carismáti-

    ca das origens da Congregação.

    Partilhamos com a Comunidade

    Hospitaleiras alguns aponta-

    mentos deste dia Especial.

  • 10

    I TERTÚLIA HOSPITALEIRA

    Hospitalidade - Uma Tra-

    vessia em Três Séculos a

    Recriar o Amor

    No dia 31 de maio celebrámos

    na Clinica Psiquiátrica de S. José

    a Festa de Nossa Senhora do

    Sagrado Coração de Jesus e o

    138º Aniversário da Fundação

    da nossa Congregação.

    Foi também o dia escolhido pa-

    ra, formalmente, anunciarmos à

    Comunidade Hospitaleira do

    Centro e as todas as pessoas,

    que participaram nalgum dos

    eventos do programa, o 125º

    aniversário da presença das Ir-

    mãs Hospitaleiras em Portugal,

    com a fundação da Casa de Sa-

    úde da Idanha, que ocorreu em

    1894.

    Após a celebração solene da

    Eucaristia, como momento pe-

    culiar de louvor e de ação de

    graças, e de um almoço convívio

    com todos, ocorreu no auditório

    da Clínica, com início às 14h30,

    a I Tertúlia Hospitaleira, tendo

    como tema de fundo “A Presen-

    ça das Irmãs Hospitaleiras em

    Portugal e Expansão da sua

    Obra”.

    Para facultar uma informação de

    base e provocar o diálogo, fo-

    ram convidadas quatro pessoas,

    que intervieram pela seguinte

    ordem: Irmã Isabel Morgado,

    Padre Hermínio Araújo, Dr. Pe-

    dro Varandas e Irmã Sílvia Maria

    Moreira.

    A Irmã Isabel Morgado falou

    sobre os inícios da implantação

    da Congregação em Portugal: as

    três primeiras hospitaleiras, Tri-

    nidad Franqueza, Maria da Luz

    Martins e Maria do Carmo Gil

    Manso, enviadas por Bento

    Menni; o trabalho de preparação

    já aberto pelo Padre Menni com

    o apoio do Irmão Bernardo da

    OH e pela benfeitora D. Mariana

    Ferreira Silva.

    O Padre Hermínio Araújo, fran-

    ciscano e capelão da Clinica,

    abordou a questão Carisma-

    espiritualidade-missão, elucidou

    -nos sobre o sentido teológico e

    eclesial do conceito e referiu-se

    à especificidade dos carismas e

    da sua importância na missão da

    Igreja.

    O Dr. Pedro Varandas, diretor

    clínico da CPSJ e da CSI, falou da

    evolução dos dois centros e suas

    especificidades. Acentuou como

    o lema dinamizador do Padre

    Menni “caridade e ciência” se

    conjugam na atuação quotidia-

    na, e como a Hospitalidade con-

    grega e dinamiza a todos num

    projeto comum.

    A Irmã Sílvia Moreira, Superi-

    ora provincial falou da expansão

    da Província de Portugal, subli-

    nhando o desenvolvimento da

    missão hospitaleira no Conti-

    nente e Regiões autónomas da

    Madeira e Açores e outras para-

    gens mais longínquas, como

    África, em Moçambique, Angola

    e Brasil. Aludiu ainda à colabora-

    ção com outras províncias como

    Espanha, Inglaterra e França.

    Após este giro de intervenções a

    Dra. Cláudia, assistente espiritual

    na Clínica e dinamizadora da

    tertúlia, devolveu a palavra aos

    participantes, tendo surgido

    questões interessantes, sobretu-

    do por parte dos utentes, refe-

    rentes à Clinica e expressão de

    vários acentos de admiração so-

    bre a evolução da Província de

    Portugal, confiada à proteção de

    Nossa Senhora de Fátima.

    A tertúlia encerrou com a atua-

    ção de um grupo de elementos

    da Comunidade Hospitaleira que

    representou pela música, o ges-

    to e a palavra, um momento vi-

    vencial de expressão carismática

    das origens da Congregação,

    dinamizado pelo serviço de tera-

    pia ocupacional do Centro.

  • 11

    Dia da Peregrinação Hospi-

    taleira a Fátima

    Todos os anos se aguarda com

    gosto e expetativa o dia da Pe-

    regrinação Hospitaleira a Fátima

    e meses antes já alguns pergun-

    tam. “Quando vai ser?! Eu gos-

    tava muito de ir!” Este ano não

    foi exceção! E assim foi no dia 6

    de junho sob o lema “125 Anos:

    Um Amor que recria»”, dia em

    que muitos peregrinos oriundos

    de todas as casas hospitaleiras,

    se reuniram junto aos pés da

    Mãe, Nossa Senhora de Fátima.

    A Peregrinação Hospitaleira a

    Fátima este ano teve um motivo

    adicional para celebrar: agrade-

    cer a Deus, junto a Maria, a pre-

    sença das irmãs em Portugal ao

    longo de 125 anos, recordando

    todos os que beneficiaram e

    beneficiam da sua presença en-

    tre nós. Para assinalar de forma

    especial esta data, e adicional-

    mente à celebração da eucaris-

    tia e da tarde cultural, a Provín-

    cia organizou um momento de

    concentração de todos os pere-

    grinos no recinto do Santuário

    junto à Cruz Alta, que de segui-

    da caminharam juntos até à pre-

    sença de Nossa Senhora na Ca-

    pelinha das Aparições. Aí, reza-

    mos juntos e podemos expressar

    o nosso agradecimento a Deus.

    Foi um momento profundo e de

    comunhão entre todos os que

    participamos nesta grandiosa

    Obra de Deus.

    Da nossa casa fomos 55 peregri-

    nos, entre utentes, colaborado-

    res, voluntários e irmãs. Pode-

    mos participar ativamente em

    todos os momentos celebrati-

    vos. A Eucaristia na Capela da

    Morte do Senhor foi presidida

    por D. Jorge Ortiga. Em determi-

    nado momento houve uma di-

    nâmica com a participação de

    pessoas de cada um dos nossos

    Centros, com as quais se cons-

    truiu uma árvore: todos temos

    as mesmas raízes e é desta fonte

    que bebemos e vivemos o dia-a-

    dia em cada um dos Centros. A

    tarde cultural no Salão do Bom

    Pastor do Centro Paulo VI foi um

    tempo de festa em que cada ca-

    sa deu cor ao mote «Um Amor

    que recria». No nosso caso foi

    “«Um Amor que recria - os Afe-

    tos”. A Terapia Ocupacional em-

    penhou-se na conceção e mon-

    tagem deste momento. Foi uma

    preparação exigente mas com

    resultados muito bons, segundo

    os ecos de alguns peregrinos.

    Este ano, envolveu várias pesso-

    as da Comunidade Hospitaleira:

    utentes, irmãs, colaboradores,

    voluntários e familiares. Levou-

    nos a recordar a história hospi-

    taleira em Portugal desde a che-

    gada das primeiras irmãs até aos

    dias de hoje. A peça terminou de

    forma muito animada com um

    grande colorido de chapéus-de-

    sol, várias pessoas a participa-

    rem neste colorido e a cantar o

    cântico: “Vives sempre no Se-

    nhor, forte e incansável semea-

    dor, graças pela tua fidelidade,

    querido fundador”

    No regresso ainda houve tempo

    para lanche, foto de grupo e

    descanso na camioneta, apesar

    da chuva que muitos ainda apa-

    nharam!

    Agradecemos ao Instituto e à

    nossa Casa esta oportunidade

    de viver um dia em grande junto

    da nossa Mãe!

    Cláudia Antunes

    (Pastoral da Saúde)

  • 12

    Convívio alusivo aos Santos

    Populares

    A direção da Junta de Freguesia

    de Carnide com a presença do

    Sr. Presidente Fábio Sousa e o

    altruísmo de muitos voluntários

    trabalharam para cerca de 500

    pessoas, promovendo um alegre

    e confraternizante Arraial de

    Santo António.

    O evento ocorreu no dia 07 de

    junho e, diga-se de passagem,

    as sardinhas e os carapaus esta-

    vam “no ponto”, sem falar na

    quantidade e na sobremesa de

    fruta. A música ao vivo, popular,

    fazia o corpo abanar e os sumos

    e a sangria a escorregar o de-

    gusto.

    Por fim, os vários voluntários e o

    Sr. Presidente ofereceram os

    anuais Pirilampos Mágicos, cujo

    provento reverterá para a Cerci.

    Carnide, na direção da Junta de

    Freguesia, sempre em parceria

    com as associações da área

    abrangente, foi mais uma vez

    incentivadora, criadora de mo-

    mentos de interação, sentimen-

    tos de felicidade e dignidade

    como seres humanos, partici-

    pantes numa sociedade chama-

    da “Mundo”.

    Esperemos que os nossos bilhe-

    tes já estejam reservados para

    2020.

    Paula Guedes

    Passeio surpresa

    No dia 21 de Junho, saímos da

    Clínica por volta das 7h30 em

    direção à Junta de Freguesia de

    Carnide, para o almoço surpresa.

    Saímos de Lisboa e fomos pela

    Ponte 25 de Abril até Setúbal,

    onde fomos ver o Mercado.

    Vimos as bancadas de coisas

    para vender, como peixe, legu-

    mes, manjericos e flores. Tam-

    bém vimos o talho.

    Depois de irmos ao Mercado,

    fomos para o jardim do centro

    histórico de Setúbal, onde co-

    memos o lanche da manhã!

    Nesta praça estavam muitos

    pombos, que queriam comer as

    nossas migalhas todas!

    De seguida, continuámos o nos-

    so passeio e fomos ver os Moi-

    nhos da Maré, junto ao Estuário

    do Sado. Vimos estátuas de gol-

    finhos e de cegonhas e também

    vimos barcos antigos, que os

    pescadores usavam para pescar.

    Dentro do moinho vimos uma

    exposição de várias espécies de

    aves, e um poço de onde se tira-

    va água. Tirámos muitas fotos

    para recordar o passeio. No ca-

    minho, em direção ao sítio do

    almoço, vimos animais, como

    vacas e ovelhas. O almoço-

    surpresa foi na Quinta do Acor-

    deão. A comida foi muito boa, e

    tivemos muitos pratos à escolha.

    No final do almoço, tivemos

    uma festa com muita música.

    Dançámos muito!

    Gostámos muito de tudo! Voltá-

    mos cansadas, mas muito satis-

    feitas! Muito obrigada e até pa-

    ra o ano!

    Gostei muito de ver as vaqui-

    nhas e as ovelhas. O restaurante

    parecia de casamentos e a co-

    mida era muito boa. Quero re-

    petir! (E. F.)

    Gostei de ver tudo, ovelhas e

    vaquinhas. Dancei muito, a co-

    mida estava muito boa. O res-

    taurante era muito bonito e o

    baile estava animado, com mui-

    ta alegria. Para o ano, se puder,

    quero ir outra vez! (J. O.)

    Gostei muito de tudo! Gostei do

    jardim, parecia um paraíso, um

    jardim perfeito. Na Quinta do

    Acordeão dancei muito, todas

    as músicas. Estavam uns senho-

    res a dançar, que diziam como

    eram as danças, e eu fui dançar

    com eles. Quero lá voltar muitas

    vezes, porque para mim foi uma

    alegria! (L. G.)

  • 13

    Animações de verão

    Acordámos às 6h30 para estar

    na portaria às 7h30. Bebemos

    um café e fomos a pé até à Jun-

    ta de Freguesia de Carnide para

    apanhar o autocarro que nos

    levou até às piscinas de Santa-

    rém. Nas piscinas tomámos ba-

    nho, almoçámos, bebemos café

    e comemos um gelado na espla-

    nada. A meio da tarde regressá-

    mos a Lisboa e o autocarro pa-

    rou junto ao Continente para

    ficarmos mais perto da Clínica.

    Nos dias seguintes fomos às

    praias da Saúde, do Paraíso, da

    Figueirinha, de Sesimbra e à

    praia fluvial dos Olhos d’Água,

    esta última uma praia pequena

    com muitas pedras. Tal como no

    primeiro dia, almoçámos e be-

    bemos café. Nas praias tomá-

    mos banho, a água estava boa.

    No último dia das Animações

    fomos à Lourinhã almoçar a um

    restaurante chamado “O teimo-

    so”. O almoço estava ótimo, com

    muita variedade de comida. O

    bacalhau estava muito bom,

    com as entradas que tinham lei-

    tão. Depois dançámos e antes

    de regressarmos comemos cal-

    do verde, chá e sonhos. De se-

    guida regressámos a Carnide e

    saímos novamente junto ao

    Continente. Foram umas férias

    muito boas e divertidas.

    Rosário Miguel, U.5

    Dia do Sagrado Coração de

    Jesus

    O dia especialmente consagra-

    do ao Sagrado Coração de Jesus

    é sempre vivido com muita ale-

    gria e intensidade nas casas das

    Irmãs Hospitaleiras do Sagrado

    Coração de Jesus. «É um dia que

    está no nosso nome», dizia-me,

    logo pela manhã, com um sorri-

    so, a Irmã Isabel Morgado, Su-

    periora da Comunidade residen-

    te na Clínica Psiquiátrica de S.

    José.

    Naturalmente, o momento mais

    solene e importante foi o que se

    viveu na Eucaristia. Sendo, tam-

    bém, dia de festa para a Unida-

    de 7, as suas Utentes estiveram

    presentes e participaram ativa-

    mente, sob a orientação da Dra.

    Cláudia Antunes. Para a cerimó-

    nia ser mais bonita, houve cânti-

    cos bem escolhidos, cantados e

    acompanhados por vários ins-

    trumentos, tocados por Irmãs e

    Utentes.

    No tempo destinado à homilia,

    as palavras inspiradoras do nos-

    so Capelão, Frei Hermínio Araú-

    jo OFM, encheram o nosso cora-

    ção de paz, esperança e confi-

    ança em Deus. Baseando-se nos

    belíssimos textos bíblicos lidos

    nesse dia, o Frei Hermínio falou-

    nos do «Pastor que cuida com

    Amor» de cada um de nós e

    lembrou-nos as sábias palavras

    de São João Paulo II, que nos

    ensinou que o Amor

    (verdadeiro) é o que nasce no

    coração, é desinteressado e tor-

    na-se visível nas ações

    (pequenas e grandes) do quoti-

    diano.

    Tudo isto nos remeteu, logica-

    mente, para a vocação das Irmãs

    Hospitaleiras, cuja atividade

    principal, a exemplo do Bom Sa-

    maritano, consiste, precisamen-

    te, em cuidar, com (e por) amor

    dos que sofrem.

    Para terminar a Eucaristia, o Frei

    Hermínio convidou-nos a ler, em

    voz alta, a pagela que nos tinha

    sido distribuída, na qual se en-

    contrava a Oração jubilar dos

    125 anos das Irmãs Hospitaleiras

    em Portugal. Na mesma pagela,

    uma curta mas profunda frase

    de S. Bento Menni evoca o Cora-

    ção Misericordioso de Jesus:

    «Este amor não conhece limi-

    tes.»

    Maria Teresa Maia Gonzalez

    (Voluntária)

  • 14

    XXVI Encontro das Famí-

    lias e Amigos dos Utentes

    da Clínica Psiquiátrica de

    S. José

    No passado dia 29 de junho

    de 2019, aconteceu o XXVI

    encontro de famílias e amigos

    dos utentes, este evento é

    organizado pela ASAP

    (Associação de Familiares e

    Amigos dos doentes da Clíni-

    ca), com a colaboração da

    Clínica de S. José, contamos

    sempre com o apoio de to-

    dos os que são importantes

    para os utentes, com muita

    ansiedade e expectativa

    aguardam os seus familiares e

    amigos para uma tarde de

    confraternização na alegria e

    na partilha daquilo que temos

    e somos. Estes acontecimen-

    tos são marcantes para a vida

    dos utentes e para o seu pro-

    cesso reabilitador.

    Partilhamos alguns momen-

    tos da Festa da Família que

    contou com um grande pro-

    grama.

  • 15

    Coração Imaculado de Ma-

    ria, intercede por nós!

    A memória litúrgica do Imacula-

    do Coração de Maria é come-

    morada no sábado seguinte à

    solenidade do Sagrado Coração

    de Jesus, celebrada na segunda

    sexta-feira depois da solenidade

    do Corpo de Cristo. No entanto,

    a devoção ao Imaculado Cora-

    ção de Maria remonta aos iní-

    cios da Igreja, pois tem as suas

    raízes mais profundas nas Sa-

    gradas Escrituras. Nelas, encon-

    tramos referências ao Imaculado

    Coração no Evangelho segundo

    São Lucas, o “pintor” da Santís-

    sima Virgem: “Maria conservava

    todas estas palavras, meditando

    -as no seu coração” (Lc 2,19).

    “Em seguida, desceu com eles a

    Nazaré e lhes era submisso. Sua

    mãe guardava todas estas coisas

    no seu coração” (Lc 2,51).

    https://

    formacao.cancaonova.com/

    nossa-senhora/devocao-nossa-

    senhora/conheca-origem-da-

    devocao-ao-imaculado-coracao

    -de-maria/ (adaptado)

    Também S. Bento Menni recor-

    ria em oração ao Coração de

    Maria. Das suas cartas podemos

    verificar que indicação do Cora-

    ção de Maria acompanha quase

    sempre as referências ao Cora-

    ção de Jesus: “Se te oferece oca-

    sião de prestar algum serviço,

    mesmo que te custe, faz tudo

    por amor do Coração Divino de

    Jesus e do Imaculado Coração

    de Maria Santíssima” (carta nº

    740).

    Este ano a comemoração do Sa-

    grado Coração de Maria realizou

    -se dia 3 julho 2019.

    A Unidade 4 (Unidade do Sagra-

    do Coração de Maria), foi o local

    onde a comemoração foi realiza-

    da.

    À semelhança dos anos anterio-

    res, foi celebrada uma missa, na

    unidade, que teve a participação

    das pessoas assistidas, seus fa-

    miliares/amigos, colaboradores,

    Irmãs e voluntários. Missa cele-

    brada pelo nosso capelão, Frei

    Hermínio, tendo como tema

    central o Coração de Maria.

    Durante a missa as pessoas as-

    sistidas tiveram a oportunidade

    de receber a Santa Unção. É um

    momento de partilha, uma

    oportunidade de familiares, co-

    laboradores, voluntários e irmãs

    poderem todos juntos louvar e

    agradecer a Maria pelas Graças

    recebidas.

    Relembradas, durante esta cele-

    bração, (no momento de ação

    de Graças), todas as pessoas que

    de alguma forma se relacionam

    com a Unidade, pessoas assisti-

    das, seus familiares/amigos, co-

    laboradores, Irmãs e voluntários,

    irmãos defuntos (em especial os

    que no último ano faleceram na

    unidade) as pessoas idosas

    abandonadas, os governantes

    das nações e o Santo Padre pe-

    dindo: “Coração Imaculado de

    Maria, intercede por nós”.

    Evocado o Coração de Maria no

    amor ao próximo, na docilidade,

    no alívio do sofrimento, no refú-

    gio e que toda a Comunidade

    Hospitaleira viva na alegria e

    compromisso com o Mistério

    Pascal de Cristo e com a docili-

    dade semelhante à de Maria de

    Nazaré.

    Ainda a título de agradecimento

    sobre as graças recebidas duran-

    te este ano, partilhámos com

    todos, um vídeo com fotografias

    sobre o mais importante da nos-

    sa atuação: A Pessoa Assistida,

    aquela a quem prestamos cuida-

    dos e a quem acima de tudo

    procuramos que viva momentos

    de alegria, bem-estar, momen-

    tos de contacto com o mundo

    exterior, com a natureza, pro-

    porcionados momentos de laser,

    de estimulação e de felicidade.

    A festa continuou com um lan-

    che farto e alegre, que contou

    com a partilha da Clínica, de al-

    guns colaboradores e familiares.

    Foi um dia de festa, vivido em

    alegria e profundidade.

    Agradecemos, de coração, a pre-

    sença de todos!

    Sandra Rodrigues e Fátima Gar-

    rido

    https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/devocao-nossa-senhora/conheca-origem-da-devocao-ao-imaculado-coracao-de-maria/

  • 16

    Passeios anuais

    das Unidades

    Todos os anos, e de acordo com

    as preferências e escolhas das

    utentes das unidades assistenci-

    ais, o Serviço Social da Clínica

    Psiquiátrica de S. José, organiza

    o passeio anual de cada unida-

    de, com o objetivo principal de

    conceder, às utentes mais autó-

    nomas e que mostram vontade

    de participar, uma saída da Clí-

    nica, num dia onde são propor-

    cionadas novas experiências e

    num local à escolha.

    Este ano a Unidade 4

    (Psicogeriatria) e a Unidade 6

    (Deficiência Intelectual Profun-

    da) visitaram o Oceanário. Co-

    mo a especificidade das unida-

    des é diferente, o dia também

    foi preparado de forma diferen-

    te.

    Da unidade 6, foram um grupo

    de 11 utentes, 3 auxiliares e uma

    enfermeira que foram visitar o

    Oceanário e regressaram à Clíni-

    ca para o almoço, que nesse dia

    foi especial uma vez que se ca-

    prichou na sobremesa (petit ga-

    teux com bola de gelado) e o

    lanche foram bolas de Berlim.

    Quanto à unidade 4, 11 utentes

    (7 das quais em cadeira de ro-

    das), 2 auxiliares, uma enfermei-

    ra e estagiárias de enfermagem,

    saíram da Clínica, em táxis de

    mobilidade reduzida, em direção

    ao Oceanário de Lisboa onde

    efetuaram a visita à exposição

    permanente e à exposição tem-

    porária.

    Seguidamente efetuaram um

    pequeno passeio pelo Parque

    das Nações, com vista privilegia-

    da para o Tejo e seguiram para

    o almoço no Mac Donald (a pe-

    dido de algumas utentes que

    desejavam comer hambúrguer)

    onde passaram um bom mo-

    mento de convívio.

    O regresso à Clínica efetuou-se

    por volta das 16 horas. Foi um

    excelente dia para todos e uma

    gratificação; regressamos todos

    de coração cheio!

    Opinião das utentes:

    “ O passeio foi bom, gostei mui-

    to. Acho que só lá tinha ido uma

    vez e foi ótimo lá voltar. Eu não

    queria ir por não conseguir an-

    dar, mas ainda bem que me

    convenceram. Valeu a pena!”

    Manuela Ferreira

    “Gostei muito, correu bem. Ado-

    rei ver os peixes grandes. Revivi

    passeios dados anteriormente o

    que me trouxe alguma paz. Os

    peixes e a água dão Paz!” Julieta

    Ferreira

    A unidade 7 (deficiência intelec-

    tual) teve o privilégio de ir visitar

    o Jardim zoológico, as utentes

    ficaram extasiadas com o espe-

    táculo dos golfinhos, adoraram

    as músicas as habilidades e a

    interação com estes mamíferos.

    Além da visita a todos os outros

    animais, outro dos momentos

    altos foi a visita de comboio pe-

    lo jardim zoológico, onde pude-

    ram admirar animais de grande

    porte como os elefantes, búfa-

    los, leões, macacos e zebras.

    Uma vez mais foi vontade ex-

    pressa pela maioria das utentes

    de almoçar no macdonals para

    se deliciarem com um

    hambúrguer. A tarde não podia

    ter acabado melhor com um ge-

    lado à hora do lanche.

    “Gostamos de tudo, obrigado

    por tudo o que vimos. Adora-

    mos ver os golfinhos a saltar e a

    fazer piruetas e um deles ainda

    saiu da água e disse adeus com

    a barbatana” Flávia

    A Unidade 5 (Psiquiatria) visitou

    a cidade de Coimbra. Eis as opi-

    niões das utentes:

    “O nosso passeio foi à bela cida-

    de de Coimbra, onde fomos visi-

    tar o maravilhoso Portugal dos

    Pequeninos. Todas o adoramos

    e principalmente ficamos encan-

    tadas com a igreja que lá existe.

    Fomos almoçar a um restaurante

    que fica situado mesmo em

    frente, onde nos serviram Bito-

    que com ovo estrelado que

    tínhamos tantas saudades.

    Grupo da unidade 5

  • 17

    Depois do almoço, debaixo

    de uma grande sombra,

    repousamos, convivemos e

    desfrutamos da música que

    lá se ouvia. Foi muito agra-

    dável estar à beira rio e ver

    as crianças a brincar e a fa-

    zer outras atividades. Não

    esquecendo o geladinho

    antes da hora do regresso.

    Grupo da unidade 4

    Grupo da unidade 6

    Grupo

    da

    unidade

    7

  • 18

    Acontece brevemente…

    Dia 25 e 26 de setembro

  • 19

    E ainda, a não perder…

    Dia 27 de setembro

  • 20

    Contacte-nos

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    muitas novidades