Edificações I_Capitulo 5

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    CAPTULO 5 - FUNDAES

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    5.1

    NDICE DO CAPTULO

    Pg.

    5.1 - Fundaes 5.3

    5.2 - Tipos de fundaes 5.6

    5.3 - Muros de suporte 5.15

    5.4 - Legislao especfica 5.235.5 - Bibliografia especfica 5.23

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    5.3

    5.1 FUNDAES

    5.1.1 Conceito

    Chama-se fundao parte (normalmente enterrada) de uma edificao que

    transmite ao terreno subjacente o conjunto de cargas (peso prprio, sobrecargas

    normais de utilizao e sobrecargas acidentais) decorrentes quer da prpria

    edificao quer da sua utilizao.

    Quando uma fundao transmite ao terreno que a suporta uma determinada

    carga, o terreno tem tendncia a deformar-se e a fundao tem, como

    consequncia, tendncia a assentar. A deformao maior ou menor do terreno

    depende, como evidente, da sua maior ou menor coeso.

    O problema da determinao da capacidade de carga dos terrenos assim, dos

    mais importantes partida, sendo necessrio caracterizar o subsolo do ponto de

    vista geolgico, tendo como objectivo que o terreno no se deforme quando

    carregado.

    O estudo (clculo e desenho) das fundaes compreende como etapas

    preliminares:

    - estudo geolgico do terreno(1)

    - clculo das cargas a transmitir a esse terreno

    No entanto, existem outros factores a considerar, como seja a existncia de

    guas de constituio e de embebio dos solos, bem como eventuais lenis

    subterrneos de gua. O movimento (escoamento) de gua nos solos pode ser

    laminar ou turbulento, temporrio ou permanente.

    Nvel fretico o nvel abaixo do solo (permanente ou oscilante) a que se

    localiza um eventual lenol de gua.

    (1)Atravs de prefuraes ou sondagens, que podem ser rotativas ou de percusso. A profundidade a atingir e a distncia

    entre fundaes consecutivas dependem das caractersticas do terreno e da tipologia construtiva.

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    5.4

    Fig. 5.1 - Corte num terreno (ciclo da gua)

    5.1.2 Natureza dos solos

    Fundaesso, conforme atrs se disse, os elementos da edificao cuja misso

    degradar para o solo o total das cargas da edificao, transmitidas atravs de

    pilares ou paredes macias.

    O clculo e dimensionamento de uma fundao dever tomar em considerao os

    seguintes aspectos:

    a) a natureza e constituio hidro-geolgica do terreno devero ser conhecidas,

    bem assim como a profundidade do bed-rock ou seja a camada de terra

    com efectiva capacidade de carga (e seu valor).

    b) nunca se devero calcular fundaes por defeito, ou seja, tentando uma

    certa economia.

    c) nas reas onde tal possa vir a ocorrer, as fundaes devero localizar-se

    abaixo da zona de terreno onde se possa formar gelo,

    d) evitar (ou tomar as medidas adequadas) os solos no consolidados (por

    exemplo aterros recentes) ou heterogneos,

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    5.5

    e) detectar e evitar (ou tomar as medidas adequadas) os lenis de gua

    subterrneos (ou o seu nvel fretico)

    Conforme atrs se referiu, o clculo, o dimensionamento e at a escolha do tipo

    de fundao, esto directamente ligados capacidade de carga dos terrenos, a

    qual se expressa em kgf/cm, ou N/ cm, existindo evidentemente, para cada

    caso, uma capacidade ou nvel de rotura e um nvel (inferior) de segurana, o qual

    usado no clculo.

    Fig. 5.2 - Uma fundao directa

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    5.6

    Assim,

    Qualidade do terreno Capacidade de carga

    Lamas

    Areias moles e porosas

    Areias argilosas

    Argilas compactas

    Rocha

    0,2 a 0,8 Kg/cm

    1 Kg/cm

    2 Kg/cm

    3 - 4 Kg/cm

    10 - 20 Kg/cm

    Quadro 5.I - Terrenos

    5.1.3 Melhoramento de solos

    Os maus terrenos de construo podem, em certa medida, ser melhorados,

    recorrendo a:

    a) cilindragem ou compactao mecnica (esttica ou vibratria)

    b) estabilizao com caldas de cimento, argilas, areias argilosas, calia,

    ligantes betuminosos, materiais de aterro que vo absorver humidade, etc.

    c) execuo de leitos de fundao em materiais ptreos incompressveis

    d) rebaixamento mecnico (bombagem) de nveis freticos, etc.

    5.2 TIPOS DE FUNDAES

    De uma forma simplificada geral pode dizer-se que as fundaes dos edifcios

    podem ser:

    a) superficiais, simples ou directas

    b) profundas, especiais ou indirectas

    conforme atingem ou no, directamente o bed-rock.

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    5.7

    5.2.1 Fundaes superficiais, simples ou directas

    a) Fundao isolada

    Suporta a carga de um s pilar e pode ter a forma de um bloco ou de uma

    sapata

    Fig. 5.3 - Fundao directa, isolada

    O bloco corresponde forma antiga de construir e sai to ou mais caro

    que a sapata, devido ao elevado custo da cofragem, pelo que actualmente

    j no se usa.

    A sapata isolada deve estar centrada em relao ao pilar que suporta,

    mas pode eventualmente ser excntrica, ou seja, a resultante das cargas

    que suporta no passa pelo centro da sua base.

    Fig. 5.4 - Relao pilar-sapata

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    5.8

    b) Fundao corrida

    A fundao corrida transmite continuamente ao terreno as cargas de

    sucessivos pilares ou paredes (ou de uma parede macia autoportante),

    soluo tpica da construo macia autoportante e ainda utilizada para

    edifcios de pequeno porte.

    Fig. 5.5 - Fundao corrida

    Esta fundao corrida comporta-se um pouco como uma viga de

    fundao.

    Quanto a esta ltima, a sua funo solidarizar as vrias sapatas defundao de uma edificao.

    Casos existem em que uma viga perifrica suficiente, outras situaes

    necessitam de vigas de fundao entre todas as sapatas. Assim:

    Fig. 5.6 - Vigas de fundao

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    5.9

    Como regularizador dos fundos das escavaes e para impedir que o

    contacto com a terra d origem oxidao das armaduras metlicas das

    sapatas de fundao, usa-se colocar uma camada de beto de limpeza (a)

    com 5 a 10 cms de espessura.

    Fig. 5.7 - Beto de limpeza

    c) Fundao em laje de ensoleiramento geral

    Em terrenos pouco coesos (p.ex. areias argilosas) e em casos de edifcios

    baixos (1 a 2 pisos) pode recorrer-se execuo de uma fundao

    contnua geral sob a forma de uma laje que suporte todas as cargas dos

    pilares e as transmita degradadas ao terreno. Esta uma soluo habitual

    por exemplo na Holanda.

    Fig. 5.8 - Ensoleiramento geral

    (a) Beto de limpeza, beto magro, massame, beto pobre, ou seja, beto com fraca dosagem de cimento (at 200 Kgs) e

    sem caractersticas estruturais, p.ex. Classe B15.

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    d) Fundao em terrenos inclinados

    Independentemente da inclinao do terreno, as fundaes devero ser

    sempre horizontais, embora neste caso em vrios nveis ligados entre si.

    Fig. 5.9 - Fundao em terrenos inclinados

    Sempre que a topografia dos terrenos implique a ocorrncia de

    compartimentos semi-enterrados recomendvel o recurso a drenos que

    afastem das paredes a humidade do terreno e a conduzam a um qualquermeio de escoamento (esgoto, valeta, linha de gua, etc.).

    Fig. 5.10 - Drenos

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    5.2.2 Fundaes profundas, especiais ou indirectas

    Quando o terreno firme est a uma profundidade superior a aprox. 5 metros, as

    fundaes simples tornam-se demasiado caras e complicadas.

    ento necessrio operar a transmisso das cargas ao solo firme atravs de

    pontos de apoio separados, os quais podem ser:

    a) poos de fundao, afastados entre si e de grande seco

    b) estacas de fundao, de seco menor e mais prximas umas das

    outrasc) microestacas ou estacas de frico, de pequena seco e alta

    densidade de colocao

    a) Os poos de fundaoso elementos de forma cilndrica, com ou sem base

    alargada (em pata de elefante), por vezes tambm com forma prismtica,

    executados em beto e destinados a transmitir as cargas da estrutura ao solo

    firme.

    Tambm se podem chamar peges e tm um dimetro de aprox.

    1,00 - 1,20 m.

    Fig. 5.11 - Peges

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    5.12

    b) As estacas de fundao so peas alongadas, cilndricas ou prismticas,

    que se cravam ou executam no solo, a fim de transmitir as cargas da

    estrutura ao solo firme e profundo (bed rock).

    Para tal, usam-se bate-estacas (para cravar estacas metlicas ou de madeira)

    ou perfuradoras (para executar estacas de beto armado in situ).

    Fig. 5.12 - Estacas

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    5.13

    As estacas de fundao podem ser em:

    - madeira, normalmente de aroeira ou eucalipto, com dimetro at 30 cms e

    comprimento at 12 metros, de durao praticamente ilimitada, desde que

    estejam permanentemente enterradas ou submersas.

    Para proteger a madeira dos golpes do bate-estacas que as crava no solo,

    usa-se colocar um colar metlico; do mesmo modo, para proteger a ponta

    da abraso, usa-se colocar um cone metlico.

    Este processo est em desuso.

    Fig. 5.13 - Estaca de madeira

    - metlicas, cuja principal vantagem reside na facilidade de cravao(atravs do bate-estacas), aliada grande capacidade de carga: so

    normalmente utilizados os perfis comerciais mais conhecidos como os H e

    os U tendo no entanto como inconveniente o problema da corroso,

    excepto no caso de serem em ao inox (processo pouco utilizado).

    - beto armado, de longe as mais utilizadas e podendo ser feitas com

    seces quadradas, poligonais ou circulares, normalmente com o dimetrode 0,50 - 0,60 m (estas so as mais vulgares); possibilitam, em relao s

    de madeira, uma grande reduo dos volumes de escavaes e de

    construo dos macios de encabeamento.

    Uma das tcnicas de execuo possveis consiste na cravao de um tubo

    metlico no terreno (bainha), o qual, depois de removida a terra e lama, se

    enche com beto (estacas encamisadas).

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    5.14

    As estacas so, em seguida, solidarizadas entre si, ao nvel das suas cabeas,

    atravs de um macio de encabeamento (no fundo semelhante sapata de

    fundao e assumindo a mesma funo).

    c) As microestacasno atingem o bed-rock, funcionam por atrito com o terreno

    e utilizam-se especialmente em:

    - recalces ou consolidao de fundaes de edifcios ou construes em

    estado precrio ou runa latente

    - execuo de fundaes de obras em locais de acesso difcil ou espaocondicionado

    - melhoria das condies de estabilidade de taludes, encostas, etc.

    Tm como principais vantagens:

    - no provocarem distrbios nas construes existentes prximas

    - no transmitirem choques ou vibraes significativas s estruturas

    prximas- causarem pequena perturbao nos terrenos de fundao, normalmente de

    fraca compacidade e bed rock profundo.

    Tm normalmente dimetros entre 100 e 150 mm e suportam cargas at 100

    toneladas.

    So constitudas por: cabea, comprimento livre e comprimento injectado, e

    executam-se do seguintemodo:

    d) furo at profundidade necessria

    e) colocao da armadura

    f) enchimento sem presso, atravs da armadura, com calda de argila

    bentontica, para forar a sada das lamas

    g) enchimento com presso, atravs da armadura, com beto, para formao

    da cabea de ancoragem e forar a sada da argila bentontica

    h) enchimento do resto do furo, com beto e formao da cabea damicroestaca, forando igualmente a sada do resto da argila bentontica

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    5.15

    5.3 MUROS DE SUPORTE

    Designam-se por muros de suporte aqueles elementos da edificao cuja

    misso conter um determinado volume de terras que, de outro modo ocuparia

    espaos destinados a utilizao. A sua forma tpica :

    Fig. 5.14 - Muro de suporte

    5.3.1 Tendncia ao derrube

    Os muros de suporte so constitudos normalmente em beto armado, de seco

    e armaduras devidamente calculados para evitar o derrube. Para o seu clculo

    concorrem factores como as foras, presses ou empuxos que o terreno exerce

    sobre o muro, agravadas ou no pela maior ou menor quantidade de gua

    existente no solo. Assim:

    Fig. 5.15 - Tringulo das foras

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    5.16

    O derrube ocorre diferentemente, consoante o muro de suporte seja fixo ou rgido

    em baixo, em cima, ou em ambos os pontos. Assim:

    Fig. 5.16 - Derrube

    Um muro de suporte bem construdo deve ter uma sapata assimtrica cuja maior

    extenso se prolonga para dentro do terreno a montante, de modo a beneficiar do

    peso prprio P desse terreno, o que lhe permitir um acrscimo de segurana

    contra a possibilidade M de derrube devido aco A das foras ou empuxes do

    terreno, aliadas aco da gua infiltrada ou existentes nesse mesmo terreno.

    Fig. 5.17 - Fundao do muro

    No entanto, se o muro se situar no limite de propriedade provvel que a sua

    sapata se prolongue para jusante, evitando-se assim que fique enterrada no

    terreno do vizinho.

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    5.3.2 Drenagem

    Em relao aco da gua devero ser previstos, a intervalos regulares, drenos

    transversais que possibilitem o seu escoamento.

    No entanto, esses drenos ou orifcios entupir-se-o, a menos que por detrs do

    muro se constitua um filtro de reteno de lamas. Uma drenagem perifrica

    longitudinal igualmente recomendada, na base do tardoz do muro, desde que

    evidentemente, haja forma de escoar as guas captadas.

    Fig. 5.18 - Drenagem

    5.3.3 Materiais

    Os materiais normalmente utilizados em muros de suporte so:

    - pedra seca

    - pedra argamassada

    - tijolo

    - beto simples

    - beto armado

    - madeira

    - pranchas metlicas- gabies (pedra solta, arrumada mo dentro de gaiolas de malha metlica)

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    5.18

    Tambm se podem constituir paredes ou muros de suporte em elementos de

    madeira, estacas prefabricadas de beto ou estacas metlicas, sendo que neste

    ltimo caso estas devero ser protegidas contra a corroso. Ressalta-se a

    propsito que, quanto mais cidos so os solos maior a corroso, devido

    maior aco dos ies de hidrognio.

    Fig. 5.19 - Construo de um muro de suporte em beto armado

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    Fig. 5.20 - Estacas - pranchas

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    5.20

    igualmente possvel criar paredes ou cortinas, executadas em estacas-pranchas

    (com larga aplicao em obras porturias), proteco de taludes e fundaes de

    construes adjacentes. Diferem dos muros de suporte por serem flexveis e

    terem peso prprio desprezvel, em ordem s demais foras actuantes.

    Podem-se executar com ou sem ancoragem acessria.

    Fig. 5.21 - Ancoragens

    5.3.4 Tipos especiais

    a) Ensecadeiras

    So estruturas provisrias de suporte, destinadas a manter seca uma

    determinada rea, tendo em vista a construo de uma obra submersa.

    So normalmente constitudas em estacas-pranchas celulares de ao,calculadas em funo da presso da gua nas suas paredes.

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    5.21

    Fig. 5.22 - Ensecadeira medieval

    b) Paredes moldads no solo

    Trata-se de um tipo especial de parede contnua de suporte, que por vezes

    substitui com vantagem as cortinas de estacas-pranchas. Consiste

    genericamente na abertura de uma vala contnua segundo o eixo da

    parede e com a profundidade desejada, vala que se enche em seguida

    com lama tixotrpica de bentonite. Em seguida colocam-se as armaduras

    metlicas e inicia-se a betonagem de baixo para cima, bombando o beto

    por uma tubagem apropriada. O beto ocupa assim progressivamente o

    espao da lama, a qual expulsa para a superfcie.

    Obtm-se assim paredes contnuas de suporte, de espessuras variando

    entre 0.50 e 1.00 m e com profundidades que podem atingir os 30 m.

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    5.22

    Fig. 5.23 - Paredes moldadas

    c) Ancoragem por tirantes

    Em determinadas circunstncias, torna-se necessrio reforar aestabilidade de paredes e muros de suporte atravs da ancoragem das

    mesmas ao terreno suportado, utilizando para tanto tirantes metlicos que

    as agarram ao terreno a montante.

    Fig. 5.24 - Ancoragens

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    5.23

    5.4 LEGISLAO ESPECFICA

    A principal legislao em vigor e aplicvel consta de:

    - RGEU, Regulamento Geral de Edificaes Urbanas

    (ver artos18 a 22)

    - Disposies camarrias (ver caso a caso)

    5.5 BIBLIOGRAFIA ESPECFICA

    Os temas introduzidos e os conceitos apresentados so, de uma maneira geral,

    esquemticos e sucintos.

    Para uma abordagem mais aprofundada recomenda-se a consulta da seguinte

    bibliografia:

    - COSTA F., Vasco

    Estacas para fundaes

    Lisboa, ed. LNEC - M3, 1946

    - HAEFELI, R.

    La compressibilit des sols

    Lisboa, ed. LNEC - M16, 1951

    - HAEFELI, R.Notes sur la rsistance au cisaillement des sols argileux

    Lisboa, ed. LNEC - M17

    - NASCIMENTO, lpio

    Capillarity and soil cohesion

    Lisboa, ed. LNEC - M37, 1953

    - NASCIMENTO, lpio

    Fsica dos solos. Estudo dos solos de LisboaLisboa, ed. LNEC - M56, 1954

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    5.24

    - NASCIMENTO, lpio

    O comportamento da gua dos solos

    Lisboa, ed. LNEC - M71, 1955

    - NASCIMENTO, lpio

    A aco do tempo e das intempries nos solos

    Lisboa, ed. LNEC - M72, 1955

    - SIMES, Abel

    Classificao dos solos

    Lisboa, ed. LNEC - M73, 1955

    - FOLQUE, J.

    Macios terrosos e sua estabilidade

    Lisboa, ed. LNEC - M74, 1955

    - FOLQUE, J.

    Capacidade de carga dos solos

    Lisboa, ed. LNEC - M75, 1955

    - ROCHA, Manuel Serafim; J. Laginha; SILVEIRA, A. F. da

    Deformability of foundation rocks

    Lisboa, ed. LNEC - M82, 1956

    - CASTRO, Guy de

    Deformabilidade das fundaes e sua considerao no clculo das

    estruturas

    Lisboa, ed. LNEC - M353, 1978

    - ROCHA, Manuel

    Mtodo para amostragem integral de macios rochososLisboa, ed. LNEC - M374, 1971

    - MELO, F. Guedes de

    Efeito do tempo nas caractersticas mecnicas do solo

    Lisboa, ed. LNEC - M405, 1972

    - FOLQUE, Jos

    Melhoria de solos

    Lisboa, ed. LNEC - M673, 1986

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    5.25

    - FOLQUE, Jos

    Investigao em mecnica dos solos

    Lisboa, ed. LNEC - M677, 1986

    - CASTRO, Guy de

    Acerca do projecto de fundaes em estacas de beto armado

    Lisboa, ed. LNEC - M743, 1989

    - Limites de consistncia de solos. Ensaios

    Lisboa, ed. LNEC - E27

    - Solos

    Lisboa, ed. LNEC - E195 at E205

    - Fundaes directas correntes. Recomendaes

    Lisboa, ed. LNEC - E217, 1968

    - Prospeco geotcnica de terrenos. Colheita de amostras

    Lisboa, ed. LNEC - E218, 1968

    - Prospeco geotcnica de terrenos. Vocabulrio

    Lisboa, ed. LNEC - E219, 1968

    - Prospeco geotcnica de terrenos. Simbologia

    Lisboa, ed. LNEC - E220, 1968

    - Solos

    Lisboa, ed. LNEC - E239 at E244

    - Solo-cimento. Ensaio de compactao

    Lisboa, ed. LNEC - E262, E263, E264

    - Solos. Determinao dos limites de absoro

    Lisboa, ed. LNEC - E305, 1975- FOLQUE, J.

    Fundaes superficiais

    Lisboa, ed. LNEC - ITG1, 1980

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    5.26

    - FOLQUE, Jos

    Geotxteis. Resumo crtico de bibliografia recente

    Lisboa, ed. LNEC - ITG4, 1987

    - FOLQUE, Jos

    Notas sobre eroso superficial

    Lisboa, ed. LNEC - ITG5, 1987

    - FOLQUE, Jos

    Taludes naturais. Alguns aspectos particulares

    Lisboa, ed. LNEC - ITG7, 1987

    - FOLQUE, Jos

    O uso de drenos verticais para acelerar a consolidao

    Lisboa, ed. LNEC - ITG8, 1987

    - FOLQUE, Jos

    Assentamentos de argilas fortemente sobreconsolidadas

    Lisboa, ed. LNEC - ITG9, 1987

    - FOLQUE, Jos; RODRIGUES L. Fialho

    Ensaios dinmicos de estacas

    Lisboa, ed. LNEC - ITG10, 1988

    - ESTEVES, J. Moura; RODRIGUES, L. Fialho

    Ensaios snicos para avaliao da integridade de estacas de beto

    Lisboa, ed. LNEC - ITG12, 1988

    - FOLQUE, Jos

    Pronturio de engenharia de solos

    Lisboa, ed. LNEC - ITG13, 1989- FERREIRA, H. Novais

    Casos de obra. Runas devidas s fundaes

    Lisboa, ed. LNEC - ITG16, 1989

    - FOLQUE, Jos

    Algumas notas sobre solos reforados

    Lisboa, ed. LNEC - ITG17, 1989

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    5.27

    - FOLQUE, Jos

    Notas sobre escorregamento de encostas

    Lisboa, ed. LNEC - ITG18, 1989

    - FERREIRA, H. Novais

    A funo de filtro dos geotxteis

    Lisboa, ed. LNEC - ITVC4, 1988

    - Curso de consolidao de taludes

    Lisboa, ed. LNEC - CS1

    - Escavao de macios rochosos

    Lisboa, ed. LNEC - C519

    - Fundaes em terrenos no rochosos

    Lisboa, ed. LNEC - S208, 1976

    - Ancoragens

    Lisboa, ed. LNEC - S217, 1979

    - Paredes moldadas

    Lisboa, ed. LNEC - S229, 1979

    - Enrocamentos

    Lisboa, ed. LNEC - S235, 1978

    - Termos de tectnica em engenharia civil

    Lisboa, ed. LNEC - NS2, 1967

    - Termos de petrografia mais utilizados em engenharia civil

    Lisboa, ed. LNEC - NS4, 1971

    - PINTO, A. Veiga

    Modelao de enrocamentosLisboa, ed. LNEC - NS31, 1982

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    - FOLQUE, J. Brito

    Fundaes. Recomendaes gerais

    Lisboa, ed. LNEC - NS11, 1979

    - Solos e fundaes

    Lisboa, ed. LNEC - T4, 1967

    - Fundaes. Injeces no subsolo e em estruturas. Directivas para

    o planeamento e execuo. Norma DIN 4093

    Lisboa, ed. LNEC - T22, 1968

    - Estacas de beto moldadas no terreno. Construo e cargas

    admissveis. Directivas gerais. Norma DIN 4014

    Lisboa, ed. LNEC - T28, 1968

    - Determinao da consistncia, teor de humidade e limites de

    liquidez e plasticidade de solos argilosos por meio de ensaios de

    penetrao

    Lisboa, ed. LNEC - T128

    - Fundaes em solos expansivos

    Lisboa, ed. LNEC - T224

    - Carcatersticas mecnicas de solos argilosos

    Lisboa, ed. LNEC - T315

    - Clculo de estacas sujeitas aco de foras horizontais

    Lisboa, ed. LNEC - T369, 1970

    - Estabilizao trmica dos solos

    Lisboa, ed. LNEC - T387, 1969

    - Anlise tridimensional da estabilidade de taludesLisboa, ed. LNEC - T403, 1979

    - Impermeabilizao e drenagem na construo. Proteco contra

    as guas freticas

    Lisboa, ed. LNEC - T467, 1974

    - Resumo de algumas solues recentes para o comportamento

    terico de estacas

    Lisboa, ed. LNEC - T476, 1969

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    - Mtodos de clculo de assentamentos em diferentes tipos de solos

    Lisboa, ed. LNEC - T479, 1980

    - Definio de segurana em construes em rocha

    Lisboa, ed. LNEC - T614, 1977

    - Clculo da capacidade de carga de estacas a partir de resultados

    de ensaios dinmicos

    Lisboa, ed. LNEC - T653, 1977