Edição Nº 83

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Jornal Capital - Edição nº 83

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Page 1: Edição Nº 83

O Ibama determinou aplicação de multa

no valor de R$ 50 mi-lhões à petrolífera Che-vron pelo vazamento de

MERCADO & NEGÓCIOS

Brasil e Uruguai preparam

reunião da Cúpula do Mercosul

Governo quer que Estados

participem mais de exportações

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ DE 22 A 28 DE NOVEMBRO DE 2011

Emissão de gases do efeito estufa bate recorde em 2010

Ano 3 ズ nº 83www.jornalcapital.jor.br

モPÁGINA 7

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 21 DE NOVEMBRO DE 2011

モPÁGINA 5

Sitewww.jornalcapital

.jor.br

R$ 150 milhões de multas

Analistas

mantêm

projeção de

crescimento

Novo mínimo

de R$ 622,73

Baixada no plano de investimentos

Belo Monte: BNDES negou inanciamento de quase R$ 5 bilhões

Analistas do mer-cado financeiro

consultados pelo Ban-co Central (BC) man-tiveram a projeção para o crescimento da economia em 2011 e 2012. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bru-to (soma de todas as riquezas produzidas no país) continua em 3,16%, neste ano, e em 3,5%, em 2012. Essas projeções estão no boletim Focus, pu-blicação semanal do Banco Central.

モPÁGINA 2

O governo anunciou ao Congresso Na-

cional a elevação do valor do salário míni-mo para R$ 622,73 a partir de 1º de janeiro de 2012. A previsão era R$ 619,21, com a revisão aumentou R$ 3,52. O reajuste consta da atualização dos pa-râmetros econômicos utilizados na proposta orçamentária de 2012. O anúncio foi enviado em ofício do Ministé-rio do Planejamento. A política de recuperação do salário mínimo pre-vê reajuste com base na inflação de 2011 mais a taxa de cresci-mento do Produto In-terno Bruto (PIB) de 2010, que foi de 7,5%.

LLX, do grupo de Eike Batista,

assina contrato para instalar

unidade no Superporto do Açu

Ex-presidente Lula passa bem após segunda etapa da quimioterapia

A LLX, empresa de lo-gística do Grupo EBX,

assinou sexta-feira (18), contrato com a Technip Brasil para a instalação de uma unidade de produ-ção de tubos flexíveis para apoio à indústria offshore no Porto do Açu, em cons-trução em São João da

Após passar por mais

uma etapa do seu tra-

tamento contra um câncer

na laringe, o ex-presidente

da República Luiz Inácio

Lula da Silva está bem e o

tratamento ocorreu “sem

nenhuma intercorrência”,

Barra. A previsão é de que sejam investidos R$ 650 milhões na construção da unidade, que deve gerar 600 empregos diretos e cerca de mil indiretos com a cadeia produtiva de suprimentos. Durante a assinatura do contrato, no Palácio Gua-nabara, o governador do

diz o boletim divulgado pelo

Hospital Sírio-Libanês, em

São Paulo. Lula chegou ao

Sírio-Libanês por volta das

8h30 de segunda-feira (21)

para a segunda etapa da

quimioterapia. A doença do

ex-presidente foi diagnosti-

petróleo no Campo de Fra-de, na Bacia de Campos. A empesa levou outra mul-ta, desta vez da ANP, de R$ 100 milhões. Ativistas

do Greenpeace izeram protesto na porta da em-presa, no centro do Rio (foto).

モPÁGINA 7

Emenda da deputada

estadual Claise Maria

Zito inseriu a Baixada

Fluminense no programa

de investimentos de R$

100 milhões do governo

do Estado, para obras

de contenção e proteção

de encostas, drenagem,

recuperação ambiental e

demolição de edificações

localizadas em áreas de

riscos モPÁGINA 5

モPÁGINA 2

PMDC/Márcio Leandro

Banco de Imagens

A nova fábrica da Nestlé inaugurada em Três Rios promete alavancar o desenvolvimento econômico do estado, impulsionando a cadeia produtiva do leite. E os números não são modestos. Com investimento de R$ 163

milhões, a fábrica ocupa uma área de 20 mil m² às margens da Rodovia Washington Luís (BR-040). モPÁGINA 3

Dolar Comercial 1,811 1,813 1,68

Dólar Turismo 1,740 1,930 2,11Ibovespa 56.284,59 0,79

SCERJ/Carlos Magno

Greenpeace/Gilvan Barreto

Rio, Sérgio Cabral, come-morou a geração de postos de trabalho viabilizada pela instalação de novos empre-endimentos na região. Com inauguração prevista para setembro de 2013, a unida-de da Technip ocupará uma área de 289.800 m².

モPÁGINA 8

cada no dia 29 de outubro

último. Ainda na tarde

desta segunda-feira, o ex-

presidente recebeu a vi-

sita do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-

Geral da Presidência da República.

Page 2: Edição Nº 83

2 モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,811 1,813 1,68

Dólar Turismo 1,740 1,930 2,11

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,511 5,511 0,08

Dólar Austrália 0,986 1,986 1,49

Dólar Canadá 1,037 1,038 0,01

Euro 1,350 1,350 0,16

Franco Suíça 0,916 0,916 0,09

Iene Japão 76,970 76,980 0,08

Libra Esterlina Inglaterra 1,564 1,565 0,91

Peso Chile 518,550 518,950 1,58

Peso Colômbia 1.928,000 1.930,000 0,57

Peso Livre Argentina 4,245 4,285 0,00

Peso MÉXICO 13,998 14,003 2,14

Peso Uruguai 19,800 20,000 0,50

Bolsa

Valor Variação %

Ibovespa 56.284,59 0,79

IBX 19.121,63 0,68

Dow Jones 11.547,31 2,11

Nasdaq 2.523,14 1,92

Merval 2.454,00 2,93

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 106,820 106,840 1,69

Ouro onça troy 1.682,100 1.683,300 0,05

Prata onça troy 31,660 31,740 0,13

Platina onça troy 1.543,990 1.555,000 0,03

Paládio onça troy 584,200 591,200 0,00

Indicadores

Poupança 22/11 0,546

Poupança p/ 1 Mês 21/11 0,575

TR 21/11 0,070

Juros Selic meta ao ano 11,50

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00

Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Ponto de Observação

Alberto Marques

MERCADO & NEGÓCIOS

Na internet:

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha, Luiz Linhares,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub, Rodrigo de Castro, e Thais H. Linhares

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

O consumidor empreendedorExiste uma parcela signiicativa de brasileiros que olha para

o futuro com otimismo, que está disposta a realizar seus sonhos e continuar enriquecendo e progredindo na vida. É o que revela cada nova pesquisa que se faz para entender os valores e aspirações dos integrantes da nova classe média, que hoje totaliza mais da metade da população. A mais recente delas, divulgada nesta semana, mostra, por exemplo, que 63% das pessoas matriculadas em faculdades no País já são desse extrato social. E o mais impressionante é que mais da metade dos seus indivíduos, ou 51% deles, aspira ter seu próprio negócio. Esse é um ativo que a sociedade brasileira conquistou com muito sacrifício para atingir o objetivo de criar uma sociedade que não precisa mais conviver com o autoritarismo e com a inlação ele-vada.

A força de vontade desses milhões de brasileiros que se sacrii-cam em jornadas pesadas no trabalho e na faculdade é o que explica o aumento avassalador do empreendedorismo. Hoje, o Brasil possui 19 milhões de empreendedores, quantidade que representa um salto de 26,6% em relação ao ano passado, quando 15 milhões de pessoas estavam à frente do próprio negócio. Segundo os dados divulgados pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2010, o Brasil ocu-pa a segunda posição num ranking de 45 países - que exclui China e Índia – em número absoluto de empreendedores.

O cenário de crescimento econômico com distribuição de renda dos últimos dez anos permitiu que o País chegasse a esse patamar. Esse legado, no entanto, precisa avançar ainda mais e incluir medi-das destinadas a fomentar o empreendedorismo. Ainda é necessário criar no Brasil um ambiente institucional que estimule a qualiicação, o empreendedorismo, a criatividade.

Há muito por fazer para reduzir a burocracia e facilitar o caminho para o sucesso daqueles que sonham em abrir um negócio próprio. As oportunidades para os empreendedores estão batendo à porta. Ge-ralmente, são citados grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, mas creio que estas, nem de longe, alcançam aquelas possibilidades abertas pela dinâmica de crescimento do consumo da nova classe média. Somente neste ano de 2011, esse segmento deve-rá consumir R$ 1,03 trilhão, segundo estimativas do Instituto Data Popular. Desse total, 65% serão gastos em serviços como acesso à banda larga, viagens de avião pela primeira vez e matrículas de ilho em escola particular. Trata-se de um consumo que supera a soma das riquezas geradas por Portugal, Argentina, Chile e Uruguai juntos.

Cada novo negócio que se abre para aproveitar esse cenário de crescimento traz o consigo o sonho e os valores de milhões de brasi-leiros que deixaram a pobreza para trás. Mais do que um segmento de compradores atraídos pelo mercado de consumo, a nova classe média continua se revelando, em cada nova pesquisa, o construtor de nossa economia.

A classe média chegou ao paraíso?

De repente, Governo e Mídia criam uma

nova classe na pirâmide social do Brasil, a nova Classe Média, formada por camadas da popu-lação que, graças à con-corrência dos produtos importados, dos ganhos de renda e à redução do desemprego, ingressaram no chamado mercado de consumo. Para entender a Nova Classe Média, as empresas precisam se preparar melhor para atender às necessidades e aos desejos desses novos consumidores, que detém a maior parte do poder de compra no país. Se-gundo estudo divulgado pelo Data Popular, 53,9% da população brasileira está na chamada classe C, com renda per capita mensal entre R$ 324 e R$ 1,4 mil. Por isso, a clas-se C será responsável por 44,3% dos gastos das fa-mílias este ano, com um poder de compra de R$ 2,3 trilhões.

- É uma massa enorme de consumidores que vêm

de um passado de pobreza e que, agora, estão conse-guindo consumir e já se tornaram maioria em vários segmentos - disse o pesqui-sador do Instituto Data Po-pular João Paulo de Resen-de. “As empresas têm que entender que agora elas es-tão lidando com um públi-co que não é o mesmo que sustentava o negócio delas há dez anos”. Em 2001, a classe C representava ape-nas 38,6% da população e 25,8% do consumo.

Para atender a essa de-manda, o pesquisador su-gere que as empresas não busquem apenas novos pro-dutos e serviços para ofe-recer a esse novo público, mas que mudem, também, a forma de atendimento. “Para alguns mercados é muito importante ter uma clareza, uma simplicidade maior do que se tinha antes para se relacionar com esse cliente”. Resende lembra que muitas dessas pesso-as têm origem humilde e nunca viajaram de avião, por exemplo. Além disso, a classe C tem aspirações próprias e não busca sim-plesmente repetir o padrão de compra das classes mais

altas. “As empresas pre-cisam entender isso para conseguir criar estratégias eicientes para atrair esse público”, assinala o pes-quisador.

O problema é que há um descompasso entre o que pensam esses novos consu-midores e as estratégias das empresas, que se revela nos dados da pesquisa do Data Popular. De acordo com o levantamento, 26% das empresas acreditam que o preço é o fator mais im-portante na escolha de um produto, um pensamento compartilhado por apenas 17% dos consumidores populares. No entanto, en-quanto 44% dos entrevis-tados desse grupo de con-sumo disseram dar mais importância à qualidade do que ao preço, só 18% das empresas defenderam esse ponto de vista.

O pesquisador destacou que o consumo da classe média ascendente deverá se expandir para serviços como alimentação fora de casa, lazer e viagens. De acordo com Resende, com a melhoria de vida, as fa-mílias primeiro buscaram comprar itens básicos que

não tinham, como eletro-domésticos. Agora, além de buscar outros bens e serviços, também querem melhorar a qualidade dos itens que já consomem, "Elas não vão passar a comer mais, mas comer melhor”, explicou o pes-quisador.

É, parece que, inal-mente, a Classe Média chegou ao paraíso do con-sumo, principalmente em itens antes distante das mãos e dos bolsos desse grupo de consumidores, como o automóvel, a mo-tocicleta, o im de semana numa pousada e até uma viagem ao exterior, mes-mo que em ônibus leito. Resta saber até quando essa nova Classe Média vai ser abrigada nesse paraíso diante da debacle de Países chamados de Primeiro Mundo, como Itália, França, Grécia, Ir-landa e, principalmente, os EUA, cuja economia continua patinando com sua dívida trilhionária, enquanto os Republica-nos fazem o possível e o impossível para travar os projetos sociais de Bara-ck Obama.

(*) FECHAMENTO: 21 DE NOVEMBRO DE 2011

Analistas mantêm projeçõesde crescimento da economiaAnalistas do mercado

inanceiro consulta-dos pelo Banco Central (BC) mantiveram a pro-jeção para o crescimento da economia em 2011 e no próximo ano. A esti-mativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as ri-quezas produzidas no país continua em 3,16%, neste ano, e em 3,5%, em 2012. Essas projeções estão no boletim Focus, publicação semanal do Banco Central

(BC), elaborada com base em estimativas do merca-do inanceiro para os prin-cipais indicadores da eco-nomia. A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, caiu novamente ao passar de 1,55% para 1,37%. A es-timativa referente a 2012 passou de 3,74% para 3,68%.

A projeção para a rela-ção entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 38,65%

para 38,60%, em 2011, e permanece em 38%, em 2012. A expectativa para a cotação do dólar continua em R$ 1,75, para o inal de 2011 e do próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positi-vo de exportações menos importações) continua em US$ 28 bilhões, neste ano, e passou de US$ 18,9 bi-lhões para US$ 18 bilhões, em 2012.

Para o déicit em tran-sações correntes (registro

das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa permanece em US$ 55 bi-lhões, em 2011, e em US$ 68,63 bilhões, no próximo ano. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, neste ano, e ajustada de US$ 54 bi-lhões para US$ 55 bilhões, em 2012.

BNDES nega inanciamento dequase R$ 5 bilhões para Belo MonteO Banco Nacional de

D e s e n v o l v i m e n t o Econômico e Social (BN-DES) informou dia 18, por meio de sua assessoria, que o único valor liberado, até agora, para a Norte Energia S/A – consórcio formado por empresas públicas e privadas para construir e operar a Usina Hidrelétri-ca de Belo Monte, no Rio Xingu (PA) – foi um em-préstimo-ponte no valor de R$ 1 bilhão. A informação contradiz denúncia de que o BNDES já teria celebra-do dois contratos com a empresa no total de R$ 4,7 bilhões, como consta em pedido do Ministério Pú-

blico Federal (MPF) para que o Banco Central isca-lize todas as operações de crédito do BNDES em fa-vor da Norte Energia S/A. A requisição, feita no inal de outubro, estabelece pra-zo de 90 dias para que o BC conclua o relatório.

Consultada a respeito, a assessoria do BC informou que ainda não dispõe de elementos que permitam avaliar o caso. Já a asses-soria do BNDES antecipou que o projeto de inancia-mento do empreendimen-to continua sob análise. O banco público de fomento não pretende se pronunciar, especiicamente, sobre a

questão levantada pelo MPF. A requisição, assina-da pelos procuradores Bru-no Alexandre Gütschow e Cláudio Terre do Amaral, de Altamira (PA), determi-na que o relatório de isca-lização do BC deve conter análise sobre o nível de ris-

co e apresentar conclusão sobre a viabilidade econô-mico-inanceira das opera-ções de crédito do BNDES para a Norte Energia S/A, de acordo com normas do Conselho Monetário Na-cional (CMN) e do próprio BC.

Banco de Imagens

Page 3: Edição Nº 83

3モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta: [email protected] [email protected]

GILMAR SALES DOS SANTOS, 37 anos, assistente administrativo em Wanderley (BA) - Há como

aumentar o número de casas com energia elétrica,

especialmente na Bahia?Presidenta Dilma – Gilmar, só no seu estado, a Bahia, o programa Luz para Todos já levou energia elétrica

para 458 mil moradias, desde sua implantação, em 2003. E vamos fazer mais: o governo federal assinou

Termo de Compromisso com a concessionária Coelba

para a ligação de mais 128 mil moradias até 2014. O

Luz para Todos tinha o objetivo inicial de atender 2

milhões de famílias em todo o país, mas ultrapassou

em muito essa meta, chegando a 2,9 milhões de lares.

A nova fase do programa, iniciada em julho e que

irá até 2014, vai priorizar ligações para pessoas

atendidas pelo programa Territórios da Cidadania,

pelo Plano Brasil Sem Miséria e para residentes

em áreas de distribuidoras de energia elétrica

cujo atendimento tenha impacto tarifário elevado.

Continuarão sendo atendidos, entre outros, postos de

saúde, escolas, comunidades indígenas, quilombolas,

comunidades localizadas em reservas extrativistas

e poços de água comunitários. O morador da zona

rural da Bahia ainda sem energia elétrica deve

procurar a agência de atendimento da Coelba para

realizar o seu cadastro. Para mais informações, basta

contatar a coordenação do Comitê Gestor Estadual do Programa, pelo telefone (71) 3281-2200 ou pelo

e-mail [email protected].

LUCAS HENRYQUE DE S. MELO, 16 anos, estudante em Arcoverde (PE) - O que o governo tem

feito para proteger as áreas de patrimônio cultural

e arqueológico? Presidenta Dilma – A proteção ao patrimônio

cultural, histórico e arqueológico é feita pelo Instituto

do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao Ministério da Cultura. Este ano o

Instituto autorizou 1039 pesquisas arqueológicas no

Brasil. O Estado de Pernambuco possui 474 sítios

arqueológicos registrados, dois deles localizados na

sua cidade, Arcoverde. O patrimônio arqueológico da

região, principalmente no Parque Nacional do Vale do Catimbau, localizado em Buique, município vizinho a

Arcoverde, é muito rico, com 29 sítios arqueológicos

registrados no Centro Nacional de Arqueologia (CNA/Iphan). Eles abrigam pinturas rupestres com datação entre 4 mil e 6 mil anos. Atualmente, o Iphan

em Pernambuco está irmando Termo de Parceria com o ICM-Bio visando a promoção desses sítios

arqueológicos. Nestas e outras ações de identiicação e proteção em todo o estado de Pernambuco, os

investimentos foram de R$ 6,5 milhões, em 2010, e de R$ 2,4 milhões, em 2011. O Iphan conta com

27 Superintendências e 25 Escritórios Técnicos espalhados pelo Brasil. O Instituto atua em parceria

com os Estados e também com governos municipais na

busca de proteção aos bens arqueológicos e culturais

de maneira geral, procurando consolidar um sistema

nacional de patrimônio cultural.

MARIA DO NAZÁRIO ARRUDA, 64 anos, aposentada em Ponte Alta (TO) - O governo tem

algum projeto para ajudar a equipar as regiões com grande potencial turístico, mas que são

isoladas geograicamente?Presidenta Dilma - O Ministério do Turismo (MTur),

tem apoiado investimentos em obras de acesso,

sinalização e infraestrutura nos principais destinos

turísticos e em municípios com potencial para

atrair turistas. O estado de Tocantins, por exemplo,

teve investimentos do MTur para um total de 81

projetos, no valor de R$ 10 milhões, em 2009, e de

14,7 milhões, em 2010. E o estado já teve aprovada

a carta-consulta dentro do Prodetur - uma das

principais ações inanciadas pelo MTur -, no valor de US$ 120 milhões, para projetos que serão articulados

nos polos Palmas, Cantão e Jalapão. A sua cidade,

Ponte Alta, que está na região do Jalapão, esta

beleza natural que os brasileiros precisam conhecer,

recebeu apoio para a pavimentação asfáltica. A obra,

ainda em execução, visa facilitar o acesso à Praia

do Tamburi, Pedra Furada, Talhado do Brejo Boi,

entre outros destinos. Um dos programas do MTur é

Turismo de Base Comunitária (TBC), segmento que

atrai um tipo de turista que busca o contato direto

com o modo de vida típico da região. Procura, por

exemplo, estar ao lado das bordadeiras do Nordeste ou acompanhar o trabalho dos artesãos do Tocantins

que produzem belíssimas peças - bolsas, pulseiras,

cintos, bandejas, etc. - a partir do capim dourado.

Com os investimentos e a expansão do TBC por todo

o País, destinos antes isolados passam a se integrar

com centros já conhecidos, gerando emprego e renda

para a população local.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Direito Empresarial

Chega de Refis

O governo vai aban-donar a política de

parcelamento especial de débitos dos contri-buintes com a Receita Federal. De acordo com o secretário da Receita Federal, Carlos Alber-to Barreto, o chamado "Reis da Crise" foi o último. "Trata-se de um expediente que induz o comportamento do con-tribuinte, que deixa de pagar porque sabe que

será acolhido em um novo parcelamento especial".

O "Reis da Crise", lan-çado em 2009, recebeu 577,9 mil inscrições. No entanto, somente 212,4 mil permanecem no pro-grama. Barreto adiantou ainda o próximo passo do Fisco: avaliar, caso a caso, as empresas inscritas no programa. "A empresa pode pedir 60 meses, mas se analisarmos que ela tem condições de pagar em dez ou 20 meses, vamos cobrar", airmou. "Ve-

mos empresas que estão no parcelamento especial como objeto de notícias na imprensa anunciando a compra de concorrentes no exterior, e a divulgação de grandes investimentos. O Estado não pode inanciar uma coisa dessas".

Segundo o Secretário, os esforços da Receita no ano que vem estarão di-recionados a uma revisão da legislação de dois dos principais tributos bra-sileiros, PIS e COFINS, além da regulamentação

da norma geral antieli-são. A idéia é de que os tributos sejam simplii-cados pela Receita, que ainda levará o resultado dos seus estudos técni-cos ao ministro da Fa-zenda e, em seguida, à presidente Dilma Rous-seff.

Já a norma geral antie-lisão, uma antiga deman-da do setor privado e de advogados tributaristas, deve voltar a concentrar a atenção dos técnicos do Fisco no ano que vem.

Arthur Salomão*

Com incentivos iscais, Nestlé inaugura fábrica no RJ

A nova fábrica da Nestlé inaugurada sexta-feira

(18), em Três Rios, na re-gião Centro-Sul luminen-se, promete alavancar o de-senvolvimento econômico do estado, impulsionando a cadeia produtiva do leite. E os números não são modes-tos. Com investimento de R$ 163 milhões, a fábrica ocupa uma área de 20 mil m² às margens da Rodovia Washington Luís (BR-040) e deve receber, inicialmen-te, 200 mil litros de leite por dia. A estimativa é de que sejam gerados mil em-pregos diretos e indiretos. Além disso, cerca de 400 pequenos produtores rurais da região devem ser bene-iciados com a venda de leite para a multinacional. Com incentivos iscais ofe-recidos pelo estado, a Nes-tlé volta ao Rio de Janeiro após o fechamento, em 2007, da fábrica que man-tinha em Barra Mansa, na região do Médio Paraíba, a 123 quilômetros de Três Rios. A empresa vai come-çar produzindo leite UHT (longa vida), achocolata-dos, e sucos à base de soja. Futuramente, a produção deve evoluir para outros produtos da linha. Segun-do estimativas do Estado, a produção de leite deve

ser elevada de 460 milhões de litros por ano, em 2006, para um bilhão de litros em 2015.

- Cada vez mais o Esta-do do Rio de Janeiro vem ganhando importância para os negócios da Nestlé Bra-sil e a inauguração desta fábrica nos permitirá abas-tecer de forma ainda mais eiciente o mercado carioca e os demais Estados da re-gião Sudeste. Além disso, será um estímulo para for-talecer o potencial da bacia leiteira do Rio de Janeiro – disse o presidente da Nes-tlé no Brasil, Ivan Zurita. Em função da localização geográica, a produção da

nova fábrica abastecerá o estado do Rio, além de par-te de Minas, Espírito Santo e São Paulo. Além da nova fábrica da Nestlé, tem a gaúcha Bom Gosto e a de-tentora da marca Parmalat. As três maiores indústrias brasileiras do setor estão no Rio. ‘Estamos ressur-gindo das cinzas - diz o prefeito de Três Rios.

Com capacidade inicial de processar 400 mil litros de leite por dia, a fábrica da Nestlé deve mudar os rumos da economia rural da região. O estado inves-tiu, apenas neste ano, R$ 60 milhões na revitalização de cooperativas de produ-

tores de leite, que recebe-ram a garantia de compra de 100% da produção pela Nestlé por um preço acima do valor de mercado. Para o prefeito de Três Rios, Vi-nícius Farah, a produção e o consumo de leite devem crescer.

Esta é a terceira unidade industrial da Nestlé insta-lada no estado do Rio. Os sorvetes Nestlé são produ-zidos na unidade de Jacare-paguá, na capital luminen-se, de onde saem mais de 100 itens para todo o país. Já em Petrópolis, na região Serrana, está localizada a fábrica de água mineral da multinacional.

SCERJ/Carlos Magno

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4 モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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21 2671-6611

RODRIGO DE CASTRO é jornalista e pós-graduado em Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Derrota do Rio pode ressuscitar a oposição

Há um ano, o governador, Sérgio Cabral parecia destinado a navegar em eterna calmaria. Ostenta-

va prestígio com o governo Lula e se reelegeu no pri-meiro turno, com apoio de 16 partidos e dois terços dos votos. Agora, enfrenta a ameaça da redivisão dos royal-ties do petróleo, que pode ressuscitar a oposição lumi-nense e comprometer seu futuro político. Sem o trânsito que exibia no Planalto, ele teve que dividir os holofotes na passeata “em defesa do Rio” com três políticos que cobiçam sua cadeira em 2014: os senadores Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB) e o deputado fe-deral Anthony Garotinho (PR).

Antes do evento, como forma de se preservar, avisou que nenhum político iria discursar no ato. O veto irritou os adversários, que em público prometem apoio na luta pelo dinheiro do petróleo, mas estão preparados para apontar Cabral como o único culpado se a derrota do Estado se conirmar. “Cabral pode entrar para a história como o governador que entregou as riquezas do Rio”, airmou Garotinho.

“Com uma derrota, seu governo icará inviabilizado. O Rio vai quebrar e embaralha tudo em 2014”, diz Cri-vella. Já Lindbergh faz juras de apoio, mas traça cenário sombrio no caso de Cabral não reverter a situação com Dilma. “O estrago será enorme. Vai fechar prefeitura, posto de saúde e tudo o que vocês possam imaginar”.

Prá não dizer que não falei de AlerjOs deputados aprovaram por unanimidade um pro-

jeto de lei que permite o parcelamento do IPVA em até 6 vezes. Atualmente, o imposto só pode ser dividido em 3 parcelas

Roberto Daiub Alexandre é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensivado Hospital de Clínicas de Teresópolis(Unifeso) e médico plantonista da emergênciado Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

Saúde

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto é uma forma de depressão que afeta mulheres após terem dado a luz a um

bebê. No Brasil cerca de 40% desenvolvem depres-são, sendo que em mais ou menos 5% dos casos as mães apresentam a sua forma mais severa, com re-jeição completa da criança e transtornos psicóticos associados.

A depressão pós-parto, assim como a maioria dos transtornos psicológicos, tem como causa principal os fatores biológicos, psicológicos e sociais. Caso a mãe já apresente depressão antes do parto é provável que ocorra seu agravamento. As grandes alterações hor-monais durante a gravidez e a sua diminuição após o parto é uma dos principais motivos do aparecimento do transtorno, associados a fatores psicossociais, afe-tivos e inanceiros.

O tratamento consiste em acompanhamento psiqui-átrico e/ou psicológico intenso e regular nos primei-ros meses do puerpério, além de remédios especíicos caso haja necessidade de terapia medicamentosa.

Banco de Imagens

PSC discute candidatura deprefeito em Duque de Caxias

O Partido Social Cris-tão (PSC) vai reunir

o seu diretório municipal de Duque de Caxias na noite desta terça-feira (dia 22), às 19h, para discutir o lançamento de uma can-didatura própria à Prefei-tura em 2012. O encontro será na sede do Partido, na Avenida Brigadeiro Lima e Silva nº 292, no bairro 25 de Agosto. Em entrevista ao Capital na edição nú-mero 78, de 18 de outubro, o presidente do Partido no Município, Wanderlei Moreira, disse que a orien-tação do Partido é lançar candidaturas próprias nas cidades com mais de 200 mil moradores, como é o caso de Duque de Caxias.

O nome cogitado no Partido é o do ex-deputado Marcos Figueiredo que, ao longo dos últimos 20 anos, exerceu dois mandatos de vereador e três de deputa-do, tendo, na última elei-ção, obtido 37.714 votos. “Não sou candidato de mim mesmo. Se o meu Partido decidir pelo meu nome, estarei pronto para cumprir a determinação. Sou iel e se assim for de-cidido, irei para as ruas de-fender uma nova postura política, com mais trans-parência e fazer de Duque de Caxias um município com mais qualidade de vida para os moradores”, disse o ex-deputado ao Capital. Marcos Figueire-

do é 1º Secretário do Dire-tório Regional.

Sobre as eleições ao Le-gislativo, Wanderlei infor-mou que o PSC preparou uma nominata representa-tiva para a Câmara, com

44 nomes, dos quais 14 são mulheres. “São lideranças de vários segmentos da ci-dade e nossa estimativa é que façamos um mínimo de cinco vereadores”, ana-lisou o advogado.

Banco de Imagens

Escola do PT faz curso sobre a história de Duque de Caxias

O primeiro curso lan-çado pela Escola de

Formação Política Edi-nha Maia, criada pelo diretório do PT de Duque de Caxias, está enfocan-do a História do Municí-pio e da própria Baixada Fluminense, sob os pon-tos de vista antropológi-cos, políticos, sociais e econômicos. A aula inau-

gural foi dada pelo cientista Ondemar Ferreira Dias Jr., presidente do Instituto Bra-sileiro de Arqueologia, que abordou a situação anterior à colonização portuguesa, quando a Baixada era uma imensa loresta da Mata Atlântica, habitada pelos índios das etnias Una, Tu-pimaré, Tamoio, Maraca-já, Tupinambá e Jacutinga.

Estiveram presentes, entre outros, a historiadora Dalva Lazaroni, coordenadora da Escola, o historiador Gê-nesis Pereira Torres, presi-dente do Instituto de Pes-quisas Históricas e Análises Sociais da Baixada Flumi-nense (IPAHB), o teólogo Antonio Lacerda e o his-toriador Cristiano Campos Azeredo.

Dilma diz que Brasil poderá sera quinta economia do mundo

A presidenta Dilma Rousseff disse dia 18

que o Brasil poderá ser a quinta economia do mun-do. Ao participar do lança-mento de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mo-bilidade Urbana, em Salva-dor, Dilma disse que essa boa fase da economia bra-sileira precisa se reletir na melhor qualidade de vida para as pessoas. De acordo com a presidenta, a meta é que todos tenham um pa-drão de vida pelo menos de classe média. “Nós pode-

mos e seremos a sexta eco-nomia do mundo. Podemos chegar a ser a quinta eco-nomia do mundo, nós po-demos chegar ao lugar que for mais perto do primeiro, mas, o que nós devemos perseguir mesmo é um país que tenha uma qualidade de vida para a sua popula-ção, que lhe dê um padrão de classe média". Hoje o Brasil é a sétima maior eco-nomia do mundo, medida pelo Produto Interno Bru-to (PIB), atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha, do Reino

Unido e da França.Ao analisar a crise inter-

nacional, Dilma traçou um cenário de falta de perspec-tivas para os países desen-volvidos. "Hoje nós esta-mos vivendo um momento em que percebemos que os países desenvolvidos pas-sam por uma grave crise”. Ela disse que a preocupa-ção do governo é manter no nível de investimentos na esfera federal e também dos estados e município

- No nosso país, temos todas as condições de en-frentar essa situação e uma

das condições é ampliar o investimento em infraestru-tura, na melhoria das condi-ções de vida da população. São esses investimentos que formarão a maior blin-dagem contra a crise. É continuar o governo fede-ral, o governo dos estados e dos municípios investin-do. A presidenta disse tam-bém que terá condições de investir mais do que fez o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Terei maior capacidade ainda de investimento pelas condi-ções que eu herdei”.

Arrecadação federal bate recorde em outubro

Impulsionada pelo desem-penho da economia e pelo

parcelamento especial de dí-vidas com a União (no pro-grama de recuperação iscal chamado Reis da Crise), a arrecadação federal ba-teu recorde em outubro. De acordo com a Receita Fede-ral, a União arrecadou R$ 88,741 bilhões em outubro, o melhor resultado registra-do para o mês. Em relação a outubro do ano passado, o crescimento foi 9,05%, descontada a inlação oi-cial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 2011, a arrecadação somou R$

809,395 bilhões, com alta de 12,23%, também consi-derando a evolução do IPCA na comparação com os dez primeiros meses do ano pas-sado. Apesar do crescimen-to, a taxa de expansão da ar-recadação caiu pelo terceiro mês consecutivo. Até julho, o crescimento real acumu-lado era 13,98%.De acordo com a Receita Federal, os principais fatores que con-tribuíram para o aumento na arrecadação em outubro fo-ram o crescimento das ven-das de bens e serviços, da massa salarial e do valor em dólar das importações (que são tributadas).

Inlação pelo IGP-10 diminui para 0,44% em novembro

A inlação medida pelo Índice Geral de Preços

- 10 (IGP-10) diminuiu em novembro para 0,44%, ante a taxa de 0,64% registrada em outubro. Em 12 meses, o índice variou 6,48%. A taxa acumulada no ano é 5,14%, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, dia 18. Dos três subíndices que compõem o IGP-10, O Índice de Preços ao Pro-dutor Amplo (IPA) caiu de 0,81%, em outubro, para 0,48%, em novembro. As maiores contribuições para essa redução partiram do grupo bens intermediários,

cuja taxa passou de 0,91% para 0,46% no período. Dois dos cinco subgrupos apresentaram índices meno-res, com destaque para ma-teriais e componentes para a manufatura (de 1,06% para 0,17%). A taxa referente a matérias-primas brutas tam-bém recuou, de 1,86% para 0,55%, com destaque para soja em grão (de 1,47% para -2,63%), milho em grão (de 2,23% para -2,23%) e miné-rio de ferro (de 5,23% para 3,03%).O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) regis-trou variação de 0,31%, em novembro, ante 0,37%, em outubro.

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5モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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Seminário esclarece dúvidas sobre enchentes em Caxias

O 1º Seminário de Pro-teção Civil, realizado

dia 17 de novembro, sob iniciativa da deputada es-tadual Claise Maria Zito, que reuniu cerca de 500 pessoas no Teatro Muni-cipal Raul Cortez, serviu também, para esclarecer a população sobre o prog-nóstico da Defesa Civil local, sobre a possibilida-de de enchentes e desliza-mentos nos distritos e que estava preocupando a po-pulação. O encontro reu-niu autoridades estaduais e municipais e destacou os levantamentos feitos pelos técnicos do município e do Estado que apontam áre-as de riscos localizadas, principalmente, no segun-do e quarto distritos. Na ocasião, os dois poderes irmaram parceria de inte-gração dos órgãos de De-fesa Civil e do Sistema de Meteorologia do Estado (SIMERJ). O Seminário, além da deputada Claise, contou com a participa-ção do Secretário Estadual de Defesa Civil e coman-dante geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Sér-gio Simões, do Secretário municipal de Integração, Segurança Pública e Defe-sa Civil, Francisco Alves, e técnicos das áreas en-

volvidas, entre outras au-toridades municipais e do Estado.

O público formado por lideranças comunitárias, presidentes de associações de moradores, bombeiros civis, membros da Cruz Vermelha, do Processo Apell, clubes de serviço (Rotary Clubes), secreta-rias municipais e do Poder Legislativo, entre outros segmentos, ouviram com atenção as autoridades. Para a deputada Claise Maria Zito, o objetivo do seminário foi alcançado e reuniu forças importantes. “Conseguimos multipli-cadores e o resultado foi positivo”, assinalou a par-

lamentar, que é autora de emenda, sancionada pelo governador Sérgio Ca-bral, que incluiu a Baixada Fluminense no programa de investimentos de R$ 100 milhões, para obras de contenção e proteção de encostas, drenagem, recuperação ambiental e demolição de ediicações localizadas em áreas de riscos.

- Conheço esses proble-mas bem de perto - disse a deputada ao Capital, lem-brando sua passagem pela Secretaria de Assistência Social do Município. “Um dos maiores desaios foi o de prestar assistência às famílias atingidas pela

fortes chuvas que assola-ram a cidade nos anos de 2009 e 2010”, disse Clai-se Zito. “Agora, agrega-mos mais forças em torno dessa questão”, concluiu a parlamentar. O secretário estadual de Defesa Civil, Sergio Simões, destacou o trabalho do órgão munici-pal e as parcerias irmadas durante o encontro. “Hoje, a ameaça é o processo de mudanças climáticas e es-tamos lidando com chuvas mais intensas. O grande desaio é transformar o conhecimento técnico em ações práticas de defesa civil com o apoio das co-munidades”, frisou o mi-litar.

Marcelo Cunha

Região Sudeste lidera geração de empregos formais em outubro

A Região Sudeste foi a que registrou o maior

número de empregos ge-rados no mês de outubro, 47.850. Em seguida, estão o Sul, com 41.244 novos postos de trabalho, e o Nor-deste, com 29.884. O Norte registrou 10.152 vagas, se-gundo os dados do Cadas-tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A Região Centro-Oeste teve mais demissões do que contratações, o que resultou em um saldo ne-gativo 2.987 empregos.

Isso se deve ao fato de um número menor de contrata-ções nos setores químico e de produtos alimentícios.

Entre os estados, São Paulo foi responsável pelo maior número de novas va-gas, 22.879; seguido do Rio Grande do Sul, com 16.522 e do Rio de Janeiro, com 13.253. Entre os estados que apresentaram saldos negati-vos estão Goiás (-4.661), Mato Grosso (-1.986), o Acre (-40) e Rondônia (-33). No total, foram cria-dos 126.143 empregos em outubro e no acumulado do ano, 2,24 milhões.

Mercado reduz mais uma vez estimativa de inlação oicial em 2012

A projeção de analistas do mercado inanceiro

para a inlação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quinta semana consecutiva. Des-ta vez, a estimativa passou de 5,56% para 5,55%. Para 2011, a projeção foi mantida em 6,48%, quase no limite superior da meta de inlação (6,5%). O centro da meta é 4,5%. Essas projeções es-tão no boletim Focus, pu-blicação semanal do Banco Central, elaborada com base em estimativas do mercado

inanceiro para os principais indicadores da economia. O principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inlação são as alterações na taxa básica de juros, a Se-lic, que atualmente está em 11,5% ao ano. Os analistas continuam esperando por mais uma redução de 0,5 ponto percentual na última reunião de 2011 do Comitê de Política Monetária (Co-pom), marcada para os dias 29 e 30 deste mês. Para o inal de 2012, foi mantida a expectativa de que a Selic icará em 10% ao ano.

Dívida pública federal cai, mesmocom elevação da dívida interna

A dívida pública mobiliá-ria federal interna (em

títulos) subiu 0,51% em ou-tubro passando de R$ 1,723 trilhão para R$ 1,732 trilhão, informou dia 21 o Tesouro Nacional. Isso ocorreu por-que o Tesouro incorporou à dívida R$ 15,37 bilhões em juros, com resgates líquidos de R$ 6,66 bilhões. Mesmo com a elevação da dívida mobiliária interna, a dívida pública federal (que inclui também a dívida externa), administrada pelo Tesouro Nacional, apresentou redu-ção de 0,12% em outubro, em termos nominais, pas-

sando de R$ 1,808 trilhão para R$ 1,806 trilhão. A que-da foi motivada pelo resgate líquido de R$ 11,82 bilhões em títulos. Por outro lado, informou o Tesouro, foram reconhecidos R$ 9,65 bi-lhões em juros. Esses juros são incorporados à dívida do Tesouro porque os investi-dores ao obter os títulos, na prática, emprestam dinheiro para o governo em troca de uma remuneração maior dos papéis.

Com relação ao esto-que da dívida externa, hou-ve redução em outubro de 12,83% sobre a dívida de

setembro, encerrando outu-bro com R$ 73,94 bilhões (US$ 43,78 bilhões), sen-do R$ 63,50 bilhões (US$ 37,60 bilhões) referente à dívida em títulos e R$ 10,44 bilhões (US$ 6,18 bilhões) à dívida contratual. Em 2011, até outubro, a dívida pública federal apresentou variação positiva, em termos nomi-nais, de 6,64%. No perío-do, a variação foi resultado da apropriação de juros, no valor de R$ 170,13 bilhões. No mesmo período, o resga-te líquido chegou a R$ 57,61 bilhões, informou o Tesouro Nacional.

Nesta terça-feira (22), a partir das 14h, os cinco primeiros leitores que ligarem para o Capital no (21) 2671-6611 ganharão

um par de convites para assistir os ilmes em cartaz

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6 モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade Supervia abandona Mergulhão e prejudica milhares de usuáriosO Mergulhão de Du-

que de Caxias, inau-gurado no dia 8 de abril de 2009 pelo governo do Estado e entregue pela Secretaria Estadual de Transportes à adminis-tração da Supervia, está um completo abandono. São muitas as queixas de usuários, que aumen-tam a cada dia, dando conta dos inúmeros pro-blemas: iniltrações, ala-gamentos, iluminação precária, escadas rolan-tes e elevadores parados, falta de segurança e um intenso comércio que vai de chips de operado-ras de celulares até CDs e DVDs “piratas”, além de óculos e peças de rou-pa, entre outros itens. Há queixas inclusive da ação de “trombadinhas” em horários indeterminados. Além da circulação pre-judicada por tudo isso, a população que procura o balcão do Sine que fun-ciona no local também ica bastante prejudicada pela falta de condições de funcionamento daque-le espaço. A obra custou cerca de R$ 40 milhões, com inanciamento do

estado do Rio de Janeiro e do Banco Mundial (Bird). Procuradas pelo Capital para falar sobre o assunto, a Supervia e a Secretaria de Transportes do Estado não se pronunciaram até o fechamento da edição.

A Secretaria de Co-municação da Prefeitura, procurada, informou que o município recebe muitas denúncias sobre o assunto e negou que estaria assu-mindo a administração do local. “O governo do Esta-do tentou entregar o Mer-gulhão à Prefeitura, que não aceitou”, diz a nota en-

viada ao Capital. O órgão acrescentou, além do en-vio de fotos, que o prefeito José Camilo Zito acompa-nhou uma equipe de iscais da Secretaria de Serviços Públicos, juntamente com o secretário Ronaldo Ami-chi, no último dia 18, uma operação de apreensão de CDs e DVDs piratas que estavam sendo vendidos no vão subterrâneo que cruza a linha de trem sob a estação. De acordo com a Prefeitu-ra, mais de 2 mil produtos foram recolhidos. “A ma-nutenção daquele local é de responsabilidade do estado

e da SuperVia, mas não vamos nos furtar de cuidar da ordenação dos ambulantes, que é de nossa alçada”, air-mou o Secretário.

A obra, porém, nun-ca funcionou em sua totalidade, só em raras ocasiões. “Constante-mente isso aqui está fechado, pois tudo ica inundado quando cho-ve. Mesmo sem chuva, sempre há trechos da passagem cobertos de água”, disse o prefeito, que destacou a falta de conservação do local.

PMDC-Márcio Leandro

Nas últimas semanas, o local passou a ser disputado por camelôs,

especialmente de CDs e DVDs piratas

Conferência de Cultura de Caxias ainda recebe inscrições

A Secretaria de Cul-tura e Turismo de

Duque de Caxias re-cebe até quinta-feira (24) as inscrições para a IV Conferência Mu-nicipal de Cultura, bi-ênio 2012-2013, que será realizada na Es-cola Municipal Expe-dicionário Aquino de Araújo, na Rua Gene-ral Manoel Rabelo nº 693, bairro Vila São Luiz. A abertura será no dia 25, às 19h. No dia 26, no mesmo lo-cal, haverá atividade a partir das 8h, com pa-lestras e formação dos grupos de trabalho. As eleições ocorrerão logo após a discussão dos grupos, que serão formados na parte da tarde. Os novos Con-selheiros ocuparão as cadeiras de Música; Artes Plásticas; Artes Cênicas (teatro, dan-ça e artes circenses); Audiovisual; Artesa-natos; Literatura, Bi-bliotecas e Salas de Leitura; História, Pa-

trimônio Arqueológico, Arquitetônico e Cul-tural; Cultura Popular (Assossiações Carnava-lescas, Folclore e Ma-nifestações de Cultura Étnica); Movimentos Populares; Produtores Culturais; e Empresa-riado.

Poderão concorrer instituições com sede no município, com re-gistro no CNPJ ou re-gistro em cartório de pessoa jurídica com comprovação, através dos documentos abai-xo relacionados: ata de fundação, estatuto social, contrato social, declarações, atestados, jornais ou publicações. As inscrições serão re-alizadas na sede da Se-cretaria Municipal de Cultura e Turismo, na rua Ailton da Costa nº 115, 6º andar, na As-sessoria de Projetos Es-peciais e Convênios, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Mais in-formações pelo telefone 2671-1120.

Magé vai emitir nota

iscal eletrônica a partir de janeiro

A Secretaria de Fazen-da de Magé realiza

esta semana uma nova reunião para tirar as dúvi-das das empresas e con-tadores sobre a emissão da nota iscal eletrônica (NFS-e), que será ado-tada pelo município a partir de 1º de janeiro. O encontro, que vai abor-dar também a segurança e economia do sistema,

será realizado quarta-feira (23), às 18 horas, na Igreja Batista, localizada na Rua Brasila, em Pia-betá. Uma nova reunião será realizada no dia 1º de dezembro, também às 18h, deta vez na Casa do Empreendedor Barão de Mauá (na Rua Sebastião Reis, nº21), segundo in-formou a Secretaria Mu-nicipal de Fazenda.

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7モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

País

Internacional

Chevron multada em R$ 150 milhões por vazamento

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de-terminou aplicação de multa no valor de R$ 50 milhões à petrolífera Chevron pelo vazamen-to de petróleo no Cam-po de Frade, na Bacia de Campos. A empesa re-cebeu outra multa, desta vez de R$ 100 milhões, da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O secretário de Ambiente

do Estado, Carlos Minc, vai sugerir que metade do valor da primeira multa seja investida em parques costeiros do estado. Minc determinou que seja feita uma auditoria de padrão internacional na Chevron e na Transocean, que opera o poço, e também decidiu in-gressar com uma ação civil pública em valor que pode chegar a R$ 100 milhões, por danos aos bens difusos, à biodiversidade marinha e ao ecossistema costeiro.

Também na segunda-feira, o presidente da sub-sidiária brasileira da pe-trolífera Chevron, George Buck, calculou que o vaza-mento total de petróleo no Campo de Frade chegue a 381,6 mil litros. O aciden-te ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água. Buck reconheceu a responsabilidade da em-presa pelo vazamento e ga-

rantiu que o óleo será retirado da superfí-cie. Ele isentou de qualquer culpa, pelo acidente, os funcio-nários e equipamen-tos da empresa Tran-socean, responsável pela perfuração do poço. A empresa é a mesma envolvida no desastre do Golfo do México, em 2010, quando operava para a British Petroleum (BP).

ヤAtivistas do Greenpeace derramam óleo na porta da empresa

Transparência e pro-vidência. Esses são

os dois principais pedi-dos endereçados à pe-troleira Chevron sobre o vazamento de óleo que, há mais de uma semana, atinge a Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro. Com banners que diziam “Chevron: sua sujeira, nosso pro-blema”, os ativistas do Greenpeace realizaram, na manhã de sexta-feira (18), um protesto diante do prédio onde icam os escritórios da petrolei-

ra, no centro do Rio. Eles despejaram barris de “pe-tróleo” - na verdade uma substância produzida com

Greenpeace/Gilvan Barreto

tinta atóxica - para lembrar que as causas do vazamen-to e os planos da empresa para contê-lo e reduzir seu

impacto na biodiver-sidade da costa lu-minense continuam muito mal explicados.

ONU diz que Comissão da Verdade é ‘passo vital’ para

lidar com abusos passados

A alta comissária de Direitos Huma-

nos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, considerou "um pas-so vital para lidar com abusos passados" a criação da Comissão da Verdade no Brasil. Para ela, a formação desse grupo, que terá sete pessoas, é tam-bém "uma importante primeira medida para investigar violações" ocorridas entre 1946 e 1988. A lei que cria a Comissão da Ver-dade foi sancionada pela presidente Dil-ma Rousseff e prevê a apuração de atos de desrespeito aos direi-tos humanos em um período que abrange a ditadura militar. A iniciativa tem como objetivo esclarecer fatos, mas não terá ca-ráter punitivo. Em co-municado, o Alto Co-missariado de Direitos Humanos da ONU diz

"esperar que [a comis-são] pavimente o cami-nho para futura presta-ção de contas por parte das pessoas responsáveis por mortes, torturas, de-saparecimentos forçados e outras atrocidades". Para a comissária Navi Pillay, a comissão "mos-tra o comprometimento do Brasil em lidar com [questões relativas a] di-reitos humanos em casa e no mundo".VIOLAÇÕES - A presi-denta Dilma Rousseff sancionou dia 18 a lei que cria a Comissão da Verdade para apurar vio-lações aos direitos huma-nos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. Dilma sancionou também a Lei de Acesso a Informações Públicas, que acaba com o sigilo eterno de docu-mentos. Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a informação não deve ser de poder de quem governa, mas de toda a sociedade.

Emissão de gases do efeito

estufa bate recorde em 2010O ano de 2010 foi o

recordista na emis-são de gases de efeito estufa na atmosfera, se-gundo estudo divulgado dia 21 pela Organização Mundial de Meteorolo-gia (OMM), vinculada às Nações Unidas. A organi-zação concluiu ainda que o crescimento industrial elevou a concentração de óxido nitroso no ar. No período de 1990 a 2010, foi registrado aumento médio de 29% na emis-são de gases de efeito es-tufa. Apenas o dióxido de carbono foi responsável por 80% dessa elevação. De acordo com pesquisa-dores, os fatores que con-tribuem para a emissão de gases do efeito estufa são a queima de combus-tíveis fósseis e produtos agrícolas, assim como o

vapor de água – que coopera para prolongar os efeitos do dióxido de carbono, de me-tano e de óxido nitroso.

No relatório, os especia-listas concluem ainda que alguns halocarbonos, como os cloroluorcarbonos que eram usados na fabricação de refrigerantes, em latas de spray e solventes, estão di-minuindo lentamente como resultado de uma ação in-ternacional para preser-var a camada de ozônio. O secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, alertou que se o nível atual de emissão for mantido, o equilíbrio do planeta será afetado. “Ago-ra, mais do que nunca, pre-cisamos entender o comple-xo e, às vezes inesperadas, as interações entre gases de efeito estufa na atmosfera, a biosfera da Terra e dos oce-anos”, disse.

Jarraud disse ainda que a OMM vai manter a cole-ta de dados, envolvendo 50 países, para ampliar as pes-quisas. Os dados se referem às estações climáticas no alto dos Andes e do Hima-laia, nas áreas isoladas do Alasca e no extremo Sul do Pacíico. Essas regiões pou-co habitadas servem para que o número de elementos inluenciando seja reduzido. A OMM, por intermédio do programa denominado At-mosphere Watch, coordena as pesquisas sobre a emis-são de gases de efeito estufa na atmosfera com o apoio de uma rede que abrange mais de 50 países. Os dados de medição são de qualida-de controlada, arquivados e distribuídos para a organi-zação - sob coordenação da Agência Meteorológica do Japão.

Banco de ImagensBrasil e Uruguai preparam reunião da Cúpula do Mercosul

O ministro das Re-lações Exterio-

res do Uruguai, Luis Almagro, está em Brasília para apro-fundar as parcerias na área de integração re-gional. A visita ocorre a um mês da viagem da presidenta Dilma Rousseff a Montevi-déu. O governo do presidente uruguaio, José Pepe Mujica, está na Presidência temporária do Merco-sul. Em Brasília, Al-magro se reúne com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para revisar os temas da agen-

da bilateral e regional. Ambos também prepa-rarão as reuniões para a Cúpula do Mercosul, em dezembro, na qual estarão Dilma, Mujica e os presidentes da Argen-tina, Cristina Kirchner, e do Paraguai, Fernando Lugo. Nas reuniões em Montevidéu, a previsão dos negociadores é que os impactos da crise econômica internacional e a retomada das nego-ciações com a União Eu-ropeia dominem as dis-cussões. Em maio deste ano, quando Dilma es-teve no Uruguai, foram irmados 16 protocolos de parcerias.

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8 モ22 a 28 de Novembro de 2011MERCADO & NEGÓCIOS

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LLX assina contrato para

unidade no Superporto do AçuA LLX, empresa de lo-

gística do Grupo EBX, assinou sexta-feira (18), contrato com a Technip Bra-sil para a instalação de uma unidade de produção de tu-bos lexíveis para apoio à indústria offshore no Porto do Açu, em construção em São João da Barra. A pre-visão é de que sejam inves-tidos R$ 650 milhões na construção da unidade, que deve gerar 600 empregos diretos e cerca de mil indi-retos com a cadeia produti-va de suprimentos. Durante a assinatura do contrato, no Palácio Guanabara, o governador do Rio, Sérgio Cabral, comemorou a ge-ração de postos de trabalho viabilizada pela instalação de novos empreendimentos na região. “Um conjunto de investimentos por parcerias

público-privadas foi desti-nado à região para atender às empresas que se instala-rem no Porto do Açu, pos-sibilitando o desenvolvi-mento da região”, ressaltou Cabral.

Com inauguração pre-vista para setembro de 2013, a unidade da Technip será localizada na margem direita do TX2 (terminal

onshore do empreendimen-to) e ocupará uma área de 289.800 m². A previsão é que seja gerada receita para a LLX de aproximadamen-te R$ 22 milhões por ano em aluguel de área e uti-lização de infraestrutura. “Vamos criar, no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, a maior e mais soisticada in-dústria de tubos lexíveis do

mundo. Vamos atender com qualidade o mercado, no caso, a Petrobras”, airmou o vice-presidente da Tech-nip, Frédéric Delormel.

O presidente do Grupo EBX, Eike Batista, desta-cou os esforços do Governo do Estado em possibilitar o desenvolvimento e con-solidação do Porto do Açu. “Um projeto desse porte não icaria em pé sem o apoio do governo estadu-al”. O diretor-presidente da LLX, Otávio Lazcano, airmou que a instalação da unidade de produção da Technip vai favorecer a lo-gística de empresas do se-tor. Com matriz na França, a Technip Brasil é um dos líderes mundiais em geren-ciamento de projetos, enge-nharia e construção para a indústria de energia.

Bruno Itan/SCERJ

Etanol: Governo estuda desoneração de

impostos para reduzir custo de produção

O governo federal está estudando a desone-

ração de impostos fede-rais para reduzir o custo de produção de etanol no país. Segundo o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, está sendo avaliada a possi-bilidade de redução do PIS/Coins para o tratamento da

cana-de-açúcar que é pro-cessada para a produção do combustível.

O tamanho da redução dos impostos ainda está sendo avaliado pela equipe econômica do governo. “A barreira de sempre é o espa-ço iscal para fazer isso, que é muito pequeno. E é isso que estamos equacionan-

do”, disse Barbosa dia 17, ao sair de reunião com o mi-nistro de Minas e Energia, Edison Lobão. O governo também deve anunciar nos próximos dias medidas para o inanciamento da produ-ção de etanol.

Barbosa comentou ainda a elevação da nota da dívi-da do Brasil pela agência de

classiicação de risco Stan-dard & Poors, deinida hoje (17). “Relete a qualidade da política econômica brasilei-ra, que é capaz de promover o crescimento, com melhor distribuição de renda e tam-bém robusto o suiciente para suportar choques que, eventualmente, venham do resto do mundo”, avaliou.