Edicao de Dezembro

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SANTA EDWIGES JORNAL www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 242 * Dezembro de 2010 Santo do Mês Santo Tomás Becket Maria Maria no Evangelho de Lucas Pág. 13 Pág. 10 Pág. 09 Pág. 15 Maria é a eleita de Deus para uma missão especial. “Morro feliz pelo nome de Jesus e a defesa da Igreja”, foram suas últimas palavras. Ano Marelliano Ensinamentos Espirituais de São José Marello Pág. 12 Um ano de graças e de renovação do compromisso de dedicação aos interesses de Jesus, a exemplo de São José Marello Natal do Senhor Especial II Jornada da Juventude Marelliana II Jornada da Juventude Marelliana

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Edicao de Dezembro

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Dezembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 1

SANTA EDWIGESJORNAL

www.santuariosantaedwiges.com.br - Padres e Irmãos Oblatos de São José - Arquidiocese de São Paulo - Publicação Mensal * Ano XX * Nº 242 * Dezembro de 2010

Santo do Mês

Santo Tomás Becket

Maria

Maria no Evangelho de Lucas

Pág. 13

Pág. 10

Pág. 09

Pág. 15

Maria é a eleita de Deus para uma missão especial.

“Morro feliz pelo nome de Jesus e a defesa da Igreja”, foram suas últimas palavras.

Ano Marelliano

Ensinamentos Espirituais de São José Marello

Pág. 12

Um ano de graças e de renovação do compromisso de dedicação aos interesses de Jesus, a exemplo de São José Marello

Natal do SenhorEspecial

II Jornada da Juventude Marelliana

II Jornada da Juventude Marelliana

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2 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

Editorial Nossa Santa

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJResponsável e Editora: Juliana Sales

ExpEdiEntE

Diagramador: Victor Hugo de SouzaFotos: Gina, Marilande e Tiago LopesEquipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Helena Garcia; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha e Pe. Alexandre A dos Anjos Filho.

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 31/11/2010 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Juliana Sales

DFeliz Natal!

iante de tantos anún-cios e do comér-cio, devemos ficar

atentos e não deixarmos que tantas “luzes” nos ofus-quem. No tempo do Advento e do Natal, devemos buscar o sacramento da confissão e nos empenharmos na pre-paração do povo para as festas que se aproximam. É preciso celebrar com ale-gria e emoção, envolvendo todos da comunidade para que possam experimentar estes mesmo sentimentos que Maria, José, os pas-tores e os reis magos, vi-venciaram com a vinda do Menino Jesus.

Também estamos nos aproximando do final do ano, quando é comum fa-zermos uma reflexão sobre os projetos feitos há quase 12 meses atrás, o que foi cumprido ou não, as experi-ências adquiridas, algumas despedidas, enfim, as lem-branças de um ano que se foi. Como cristãos, devemos refletir sobre as nossas ati-tudes perante a Deus, sobre os nossos compromissos de fé e de serviço à Igreja.

Amigos leitores, no Natal, Deus é que nos dá o grande presente: seu Filho. E é ele, que nos dá Vida e Paz! Há presente melhor que este?

Agradeço a todos que colaboram com este periódi-co, todos os articulistas, pa-dres, freis e as senhoras que fazem a dobra do jornal. De-sejo a todos um abençoado Natal e um Ano Novo cheio de realizações e Paz!

Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desva-lidos e o Socorro dos Endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, supli-cante te peço que sejais a minha advoga-da, para que eu obtenha de Deus o auxí-lio de que urgentemente preciso: (fazer o pedido). Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém.

Oração de Santa Edwiges

Dia 24 de DezembroVígilia de Natal às 20h Dia 25 DezembroNatal do Senhor (25 dezembro) às 9h e 18h30 Dia 31 de Dezembro às 20hAção de Graças pelo ano

Natal no Santuário Santa EdwigesDia 01 de janeiroMissa às 9h e 18h30 4ª Mostra de PresépiosDurante todo o mês de DezembroSáb. das14h às 18h eDom. das 8h às 18h30min.Salão São José Marello

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Ungidos com o sinal da salvação no ba-tismo, somos convidados a viver a san-tidade na comunidade a serviço da Igre-ja do povo de Deus, desenvolvendo os

dons para o bem comum. Sendo assim o batis-mo nos impulsiona a nos entregar na totalidade e na liberdade de filhos de Deus aquilo que nós temos de melhor.

Nas primeiras comunidades muitos entre-garam sua vida sendo batizados pelo san-gue, estes foram os mártires. Eles deram o que tinham de melhor ao Pai Eterno, por seu Filho Jesus. Hoje podemos assim também fa-zer, não mais com o martírio, mas “SIM” nos doar na totalidade no nosso lar, na socieda-de e no serviço pastoral. Tal experiência faz do cristão sinal de salvação, pois é chamado diariamente a responder este convite feito no BATISMO de participar da vida divina.

No início deste novo ano litúrgico, os membros da Igreja de Deus são convidados a renovar-se interiormente e fortalecer suas esperanças no menino Deus. Como batiza-dos, a Comunidade Nossa Senhora Apareci-da respondeu positivamente neste ano que se passou, e agora lança suas esperanças neste período do advento, com firme propó-sito de continuar crescendo espiritualmen-te e intelectualmente, para melhor servir os seus propósitos firmados em cada pastoral após análise do ano que se passou.

“Um menino nos foi dado. Seu nome é Deus forte, Pai Eterno, príncipe da Paz!” Is 9,5

No ano 2010 tivemos diversas realiza-ções, um ano em que crescemos espiritual-mente e pastoralmente, graças a contribui-ção de leigos convictos de sua fé.

Queremos demonstrar o nosso carinho a

Comunidade Nossa Senhora Aparecida

Viver em Comunidade

Manter a casa limpa é essencial para ter um am-biente saudável e convidativo. Acolher bem os visitan-tes é de extrema importância, para que esta visita se sinta à vontade e retorne sempre à sua casa. E o San-tuário Santa Edwiges, como casa de Deus e lugar de oração, também se preocupa em acolher bem a todos.

Homens e Mulheres de diversas pastorais e movi-mentos da paróquia se encontraram cedo na manhã de sábado, do dia 20 de novembro, para o mutirão da limpeza. Desde o piso até o teto, tudo foi limpo por es-tas pessoas, que de forma voluntária, cuidaram com muito esmero deste local de oração.

Agradecemos a todos que colaboraram com este dia e pedimos a todos os fieis, devotos e paroquianos que nos ajudem na manutenção da casa de Deus e local de peregrinação daqueles que veneram nossa padroeira Santa Edwiges.

A todos o nosso muito OBRIGADO!

Mutirão da Limpeza

Frei Edenilson, [email protected]

todos que contribuíram diretamente ou indire-tamente para que tivéssemos êxito nas nossas atividades. Mas de maneira especial somos gra-tos a cada pastoral: Terço, Grupo de Oração, Catequese, Batismo, Dízimo, Crisma, Acolhida, Jovens e Canto

Estamos em um período de preparação para receber Jesus no natal e com Ele aden-trar em um novo ano. Motivados nesta es-

perança e em comunhão com toda a Igre-ja, a coordenação da Comunidade Nossa Senhora Aparecida deseja a todos os seus membros e colaboradores um Feliz e Santo Natal,Repleto das Bençãos de Deus, e um Próspero Ano Novo.

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Encíclica do Papa Bento 16

68. O tema do desenvol-vimento dos povos está in-timamente ligado com o do desenvolvimento de cada indivíduo. Por sua nature-za, a pessoa humana está dinamicamente orientada para o próprio desenvolvi-mento. Não se trata de um desenvolvimento garantido por mecanismos naturais, porque cada um de nós sabe que é capaz de reali-zar opções livres e respon-sáveis; também não se tra-ta de um desenvolvimento à mercê do nosso capricho, enquanto todos sabemos que somos dom e não re-sultado de auto-geração. Em nós, a liberdade é ori-ginariamente caracterizada pelo nosso ser e pelos seus limites. Ninguém plasma arbitrariamente a própria consciência, mas todos for-mam a própria personalida-de sobre a base duma natu-reza que lhe foi dada. Não são apenas as outras pes-soas que são indisponíveis; também nós não podemos dispor arbitrariamente de nós mesmos. O desenvol-vimento da pessoa degra-da-se, se ela pretende ser a única produtora de si mesma. De igual modo, de-genera o desenvolvimento dos povos, se a humani-dade pensa que se pode re-criar valendo-se dos “prodígios” da tecnologia. Analogamente, o progres-so econômico revela-se fictício e danoso quando se abandona aos “prodígios” das finanças para apoiar incrementos artificiais e consumistas. Perante esta pretensão prometeica, de-vemos robustecer o amor por uma liberdade não ar-bitrária, mas tornada ver-dadeiramente humana pelo reconhecimento do bem que a precede. Com tal ob-jetivo, é preciso que o ho-mem reentre em si mesmo,

para reconhecer as normas fundamentais da lei moral natural que Deus inscreveu no seu coração.

69. Hoje, o problema do desenvolvimento está estreitamente unido com o progresso tecnológico, com as suas deslumbrantes aplicações no campo bio-lógico. A técnica — é bom sublinhá-lo — é um dado profundamente humano, ligado à autonomia e à li-berdade do homem. Nela exprime-se e confirma-se o domínio do espírito so-bre a matéria. O espírito, tornando-se assim ‘‘mais liberto da escravidão das coisas, pode facilmente elevar-se ao culto e à con-templação do Criador’’. A técnica permite dominar a matéria, reduzir os riscos, poupar fadigas, melhorar as condições de vida. Dá resposta à própria vocação do trabalho humano: na técnica, considerada como obra do génio pessoal, o homem reconhece-se a si mesmo e realiza a própria humanidade. A técnica é o aspecto objetivo do agir hu-mano, cuja origem e razão de ser estão no elemento subjetivo: o homem que atua. Por isso, aquela nun-ca é simplesmente técnica; mas manifesta o homem e as suas aspirações ao de-senvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual supera-ção de certos condiciona-mentos materiais. Assim, a técnica insere-se no man-dato de “cultivar e guar-dar a terra” (Gn 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há de ser orientada para re-forçar aquela aliança entre ser humano e ambiente em que se deve refletir o amor criador de Deus.

70. O desenvolvimento tecnológico pode induzir à ideia de auto-suficiência

da própria técnica, quando o homem, interrogando-se apenas sobre o como, dei-xa de considerar os muitos porquês pelos quais é im-pelido a agir. Por isso, a técnica apresenta-se com uma fisionomia ambígua. Nascida da criatividade humana como instrumen-to da liberdade da pessoa, pode ser entendida como elemento de liberdade ab-soluta; aquela liberdade que quer prescindir dos li-mites que as coisas trazem consigo. O processo de globalização poderia subs-tituir as ideologias com a técnica, passando esta a ser um poder ideológico que exporia a humanidade ao risco de se ver fechada dentro de um a priori do qual não poderia sair para encontrar o ser e a verda-de. Em tal caso, todos nós conheceríamos, avaliarí-amos e decidiríamos as situações da nossa vida a partir do interior de um ho-rizonte cultural tecnocrá-tico, ao qual pertencería-mos estruturalmente, sem poder jamais encontrar um sentido que não fosse pro-duzido por nós. Esta visão torna hoje tão forte a men-talidade tecnicista que faz coincidir a verdade com o factível. Mas, quando o único critério da verdade é a eficiência e a utilidade, o desenvolvimento acaba au-tomaticamente negado. De fato, o verdadeiro desen-volvimento não consiste primariamente no fazer; a chave do desenvolvimento é uma inteligência capaz de pensar a técnica e de individualizar o sentido ple-namente humano do agir do homem, no horizonte de sentido da pessoa vista na globalidade do seu ser. Mesmo quando atua me-diante um satélite ou um comando electrônico à dis-

tância, o seu agir continua sempre humano, expres-são de uma liberdade res-ponsável. A técnica seduz intensamente o homem, porque o livra das limita-ções físicas e alarga o seu horizonte. Mas a liberdade humana só o é propria-mente quando responde à sedução da técnica com decisões que sejam fruto de responsabilidade moral. Daqui, a urgência de uma formação para a respon-sabilidade ética no uso da técnica. A partir do fascínio que a técnica exerce sobre o ser humano, deve-se re-cuperar o verdadeiro sen-tido da liberdade, que não consiste no inebriamento de uma autonomia total, mas na resposta ao apelo do ser, a começar pelo ser que somos nós mesmos.

71. Esta possibilidade da mentalidade técnica se desviar do seu originário álveo humanista ressalta, hoje, nos fenômenos da tecnicização do desenvol-vimento e da paz. Frequen-temente o desenvolvimento dos povos é considerado um problema de engenha-ria financeira, de abertura dos mercados, de redução das tarifas aduaneiras, de investimentos produtivos, de reformas institucionais; em suma, um problema apenas técnico. Todos estes âmbitos são muito importantes, mas não po-demos deixar de interro-gar-nos por que motivo, até agora, as opções de tipo

técnico tenham resultado apenas de modo relativo. A razão de ser procura-da mais profundamente. O desenvolvimento não será jamais garantido com-pletamente por forças de certo modo automáticas e impessoais, sejam elas as do mercado ou as da po-lítica internacional. O de-senvolvimento é impossível sem homens retos, sem operadores econômicos e homens políticos que sin-tam intensamente em suas consciências o apelo do bem comum. São necessá-rias tanto a preparação pro-fissional como a coerência moral. Quando prevalece a absolutização da técnica, verifica-se uma confusão entre fins e meios: como único critério de ação, o empresário considerará o máximo lucro da produção; o político, a consolidação do poder; o cientista, o resultado das suas desco-bertas. Deste modo sucede frequentemente que, sob a rede das relações eco-nômicas, financeiras ou políticas, persistem incom-preensões, contrariedades e injustiças; os fluxos dos conhecimentos técnicos multiplicam-se, mas em benefício dos seus pro-prietários, enquanto a situação real das popula-ções que vivem sob tais influxos, e quase sempre na sua ignorância, per-manece imutável e sem efectivas possibilidades de emancipação.

Partimos para o sexto capítulo da encíclica do Santo Padre.O Desenvolvimento dos Povos e a técnica

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Jubileu de 50 anos

E stamos já no final do ano de 2010 e às portas de um novo ano, espe-ramos que ele seja repleto de paz e bênçãos do Senhor. O jubileu da Pa-

róquia Santa Edwiges ainda continua com entusiasmo e agradecido ao Senhor Jesus Cristo, pelas inúmeras celebrações e ações feitas durante o ano que termina. Muito te-mos o que comemorar!

Dentro deste espaço destinado a eviden-ciarmos alguns aspectos comemorativos de nosso jubileu – crianças, catequistas, jo-vens, pastorais e movimentos, etc. – que-remos destacar agora a figura dos pastores que nos guiaram ao longo destes cinquenta anos: os bispos.

Nossa história jubilar dá seus primeiros passos com a elevação da capela Santa Edwiges para a condição de paróquia, dada pela bênção profícua de nosso finado Arce-bispo Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos que em 21 de abril de 1960 oficializava a Pa-róquia Santa Edwiges como local destinado à reunião do povo do Sacomã, para honrar e celebrar Jesus Cristo através do exemplo da santa polonesa.

Avançando de modo rápido nesta história, chegamos ao pastoreio vivo e exemplar de Dom Paulo Evaristo ‘Cardeal’ Arns, que algu-mas vezes esteve presente em nossa comu-nidade para animar-nos na fé e na esperan-ça; esperança esta que, aliás, era além de seu lema de bispo, era uma de suas grandes motivações ao povo da Arquidiocese de São Paulo, que por 28 anos esteve à frente: De esperança em esperança!

Depois do longo bispado do Cardeal Arns, em 1998 a igreja de São Paulo ganhara um novo Arcebispo, o frei franciscano Cláudio Hummes criado Cardeal em 2001 pelo Papa João Paulo 2º. Dom Cláudio foi o bispo que na confirmação de que todos somos irmãos (cf. Mateus 23,8) guiou a Arquidiocese de São Paulo com firmeza e presteza reavivando e reorganizando muitos de seus organismos e pastorais. No nosso santuário Dom Cláu-dio esteve algumas vezes: para ordenar um padre e inaugurar e abençoar a Capela da Reconciliação. Depois ter celebrado a soleni-dade de Santa Edwiges em 16 de outubro de 2006, Dom Cláudio fora nomeado pelo Papa Bento 16 como prefeito da Congregação para o Clero no Vaticano, organismo que cuida da vida, ministério e animação dos padres da nossa igreja no mundo inteiro, função que deixou no mês de outubro que passou.

Nosso atual cardeal-arcebispo Dom Odi-lo Pedro Scherer também por uns pares de vezes esteve presente em nossa Paróquia-Santuário. Aqui ele celebrou diversas vezes a Eucaristia na memória do Senhor, que é o seu lema (in meam commemorationem, cf. Luca 22,19). Justamente depois de ter presi-dido a solenidade de Santa Edwiges, em 16 de dezembro de 2007, Dom Odilo foi nome-ado cardeal pelo Papa Bento 16. Hoje Dom Odilo segue incansavelmente os passos de seus antecessores promovendo a Igreja de São Paulo na fidelidade do discipulado e da missão, principalmente incentivando a nós leigos a sermos as testemunhas da esperan-ça na cidade onde Deus habita.

Além dos arcebispos de São Paulo que foram e ainda são uma marca indelével de nossa existência e caminhada como paró-quia, o Santuário Santa Edwiges dentro da Região Episcopal Ipiranga é agradecido pelo ministério dos bispos auxiliares que, nes-tes cinquenta anos, também nos ajudaram a crescer e caminhar até o Reino de Deus, em Jesus Cristo. Destacamo-los a seguir: Dom Celso Antonio Queiroz (de 1975 até 2000), o bispo que “amou até o fim” (cf. Jo 13,1) esta parcela do povo de Deus em São Paulo, sendo nosso bispo auxiliar no Ipiranga por 25 anos; Dom Gil Antonio Moreira “sabendo amar o Senhor”, também dedicou parte de seu ministério episcopal por alguns anos em São Paulo (de 2002 até 2004), promovendo bastante a cultura da Igreja e as vocações; Dom José Maria Pinheiro “certo de que em quem colocou a sua fé” (cf 2Timóteo 1,12) veio expressá-la e vivê-la em meio nós de 2004 até 2005. O nosso atual bispo auxiliar desde 2005, Dom Tomé Ferreira da Silva, um dom amável do Senhor, nos ensina através da santidade, verdade e caridade que somos propriedade do Senhor Jesus ao qual fomos dados pelo Pai.

O nosso coração sempre fica em estado de alegria e contentamento, pelo fato de nes-tes cinquenta anos, termos bispos tão zelo-sos e prestativos na confirmação de nossa caminhada de igreja no Brasil e na Arquidio-cese de São Paulo, onde caminhamos nas estradas de Jesus até a plena realização de seu Reino, que já está no meio de nós.

Deo gratias!

“De esperança em esperança e na certeza de que somos todos irmãos, celebrando a eucaristia na memória do Senhor, celebramos com os Bispos da Igreja particular de São Paulo mais uma intenção do nosso jubileu”.

Jubileu dos Bispos

Martinho [email protected]

Bispo Dom Celso

Dom Gil

Dom Paulo Evaristo Arns

Dom José Maria Pinheiro

Dom José Maria Pinheiro

Dom Tomé Ferreira

Dom Odilo Pedro Scherer

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6 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

lgumas semanas após a sua or-denação, ainda sentindo vibrar no

coração a emoção do sa-cerdócio que tanto ansia-va e que vaticinou desde a infância, padre Calvi lem-brando os primeiros mis-sionários partirem de Asti rumo ao Brasil, sentiu atra-ção especial por essa mis-são e decidiu-se também viajar para trabalhar pela Congregação dos Oblatos de São José.

Porém, a realização de seu propósito esbarrava em dois obstáculos: primeiro, a saúde; segundo a obri-gação de prestar o servi-ço militar na Itália. Mesmo assim, Calvi não desistiu. A Congregação solicitou for-malmente ao Ministério da Guerra da Itália a dispensa

aríssimo (a) leitor (a) do Jornal Santa Edwiges, ao di-zer “Ano Novo” referimo-nos há um ano bom, um ano diferente. O que é a novidade de um ano? Afinal, o que

podemos realizar, onde e o que pode acontecer? Dá-se em um ano uma revolução na terra, uma giro completo dos planetas em torno do grande astro, um tempo integral de semear, crescer, e recolher das culturas agrícolas, um ciclo completo de uma programação, um período inteiro de formação escolar, enfim um tempo, e no ano novo, uma nova oportunidade, de poder sonhar novamente o mesmo projeto, ou com mais experiên-cia poder superá-lo.

A Igreja começou no dia 28 de novembro deste ano, o tempo do Advento, é a marca do ano novo da liturgia, onde reinicia-mos a caminhada cristã, tempo de espera, de preparação para o nascimento de Jesus. Com o início deste novo ano, acontecem também às novenas de Natal que são uma ajuda para sublinhar a expectativa de Jesus que deve ser sempre novo e vivo na mi-nha vida e na minha fé. Sejamos atentos, como Marta que ao encontrar Jesus reclama a morte de seu irmão, e também afirma a certeza do poder do Amigo que poderia resolver esta situação, neste caso a morte de Lázaro. (Jo 11,21-27)

O Ano Novo é um tempo de rever, e neste sentido, olhando para trás, trago aqui algumas notas do que escrevi e pronunciei no dia de minha posse como pároco no santuário no dia 7 de fe-vereiro deste ano, “O Pe Paulo não tem selo de validade, e nem titulação de absoluto, Ele é um com os Oblatos, portanto, não se iludam com uma estabilidade perene de um religioso, saudável é a mudança, pois ela trás ainda que abruptamente a necessidade de crescer, hoje assumo esta missão, em comunhão com a Igre-ja de São Paulo, na direção de sua Eminência o Cardeal Scherer auxiliado nesta Região por Dom Tomé, para amanhã, ou seja, em tempo certo poder mudar e ter a minha consagração con-tinuada em cada sim que eu necessitar responder, mesmo que isso custe”. Assim, convido as pastorais e movimentos a olhar os seus projetos e revê-los, tomar atitudes que possam gerar vida, mas com responsabilidade. Nesta mesma data eu apelava: “Façamos de nossos planejamentos ação do Reino de Deus em nossa comunidade, as ações decididas na Assembléia sejam to-madas de modo autentico eficaz, efetivo” dessa forma podemos nos colocar nas mãos do Cristo que vem.

Ao olhar para o Ano que vem, convido você em sua vida a fazer um projeto, a colocar metas, se estas forem de cunho pes-soal as escreva e deite-as em um local que diariamente possa as retomar, se forem comunitárias, não se iluda de fazer só suas, ou impor as suas a outrem, dialogue ao máximo, e jun-to com os demais amadureça, reze-as, estude-as, e assim sairão ótimos projetos que poderão ser geradores de muita vida nas vidas dos envolvidos e nas metas a serem atingidas com estes ideais de conjunto.

Concluo, desejando um ótimo ano novo para você e sua fa-mília. Que a paz se geste na expectativa do ano que se aproxi-ma. Da mesma forma a liturgia te aponte de modo muito sólido, novo, eficaz e eficiente os sinais do Cristo que nasce em Belém , e neste ano na sua casa e na sua vida. Que o ato de rever se transforme numa fonte límpida de muita responsabilidade, sem-pre se perguntando: “o que me propus?” Se não, ainda é tempo, e se sim, é momento de celebrar a alegria e superar o já alcan-çado e ir mais além. Somos cidadãos do infinito, do Ano Novo. Da Paz.

Bom Natal, e Bom Ano Novo.

Palavra do Pároco O Servo de Deus

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

A

CAno Novo

do Exército para as mis-sões, que, com muito cus-to, foi deferida. No Exérci-to, os médicos o liberaram para o serviço militar, o que para muitos foi considerado um absurdo.

Calvi estava decidido a partir para o Brasil, embora muitas pessoas o aconse-lhassem do contrário, devi-do à sua debilidade física, motivada por seus proble-mas respiratórios que o afligiam desde a mais ten-ra infância. Apesar desses conselhos, o seu ardor mis-sionário falava mais alto.

- Se sou hábil para o serviço militar, significa que posso também ser missio-nário em terras distantes – argumenta Calvi.

No dia 16 de setembro de 1926, padre Calvi, en-tão com 25 anos de ida-

de, parte rumo ap Brasil, acompanhado dos padres Alfonso Rivellino e Carlos Ferrero, além do irmão Te-odoro Boiochi.

Depois de onze dias de navegação, o grupo de-sembarcou no Rio de Janei-ro, no dia 28 de setembro. Quatro dias depois, Calvi e os demais padres josefinos chegavam a Paranaguá, onde a missão dos Oblatos de São José já estava insta-lada desde 1919, portanto, há sete anos. No dia 4 de outubro, Calvi seguia para Curitiba, onde permanece-ria nos seus primeiros me-ses de missão.

(Continua)

Padre José CalviContinuamos a transcrever alguns relatos da vida do Pe. José Calvi

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Júlio CesarPe. AlexandreKauan Honorio

Thaina Deodato

Maria Fernanda Lucas Ryan

BatismoBatismo em 28 de Novembro de 2010

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Ingred Conceição

Kevin CarvalhoLaura KartariDiogo dos anjos

Isabelle Holanda

Giovanna PontesGiovanna Pontes

(Mateus 28-19)

Thaina Deodato Isabelle Holanda

Diogo dos anjos

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8 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

Pastorais

s Diretrizes para a Pastoral do Batismo indicam que: O Santo Batismo, sacra-mento da fé, é o fundamento de toda a

vida cristã, o pórtico da vida no Espírito e a por-ta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e re-generados como filhos e filhas de Deus, tornan-do-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão (cf. Catecismo da Igreja Católica, n.º 1213).

O Batismo é necessário para a salvação da-queles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sa-cramento. É por isso que a Igreja cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer ‘renascer da água e do Espírito’ todos aqueles que podem ser batizados. (Catecismo da Igreja Católica, n.º 1257).

A celebração do Sacramento do Batismo, como uma fonte de água viva (cf. Jo 7,38), é um ponto alto na existência das pessoas e no processo de conversão desencadeado pela evangelização. Nesse momento importante, vivenciamos a íntima comunhão com Deus e com os irmãos e as irmãs, pois esta é a nossa vocação. (CNBB - Animação da Vida Litúrgica no Brasil, n.º 85).

Percebe-se nitidamente que “o significado e a graça do sacramento do Batismo aparecem com clareza nos ritos da sua celebração”. (Ca-tecismo da Igreja Católica, n.º 1234). Mergulha-das no mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo, as pessoas se tornam novos mem-

bros da Igreja, acolhidas pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.

A primeira tarefa da Igreja, anterior a qual-quer outra, é a formação do Povo de Deus e a construção da própria unidade. (CNBB - Igreja: Comunhão e Missão, n.º 84). “Como batizados, sentimo-nos atraídos pelo Espírito de Amor, que nos impele a sair de nós mesmos, a abrir-nos para os irmãos e a viver em comunidade. A experiência de comunidade de fé se concre-tiza de modo crescente na família, nas peque-nas comunidades eclesiais, nas paróquias que, em comunhão com o bispo, formam a diocese”. (CNBB - Catequese Renovada, n.º 215).

Ao celebrar o Sacramento do Batismo, a Igre-ja não descuida daqueles que acolhe em seu seio, mesmo que tenham, pelas mais variadas razões, afastado-se da comunidade eclesial. “Muitas portas desses irmãos afastados espe-ram o chamado do Senhor (cf. Ap 3,20) através dos cristãos que, assumindo missionariamente seu Batismo e Confirmação, vão ao encontro daqueles que se afastaram da casa do Pai”. (CELAM - Santo Domingo, n.º 131).

Uma Equipe de Pastoral do Batismo é cons-tituída por cristãos, preferencialmente por ca-sais, constantemente renovada nas suas mais diversas dimensões na forma de servir, cele-brar e acolher as pessoas, na perspectiva de novo ardor missionário, novos métodos e no-vas expressões.

Na Paróquia-Santuário Santa Edwiges há uma equipe de Pastoral do Batismo que é res-

PASTORAL DO BATISMO

ponsável pela preparação e formação dos no-vos cristãos da comunidade. O primeiro passo é a conscientização dos pais e padrinhos sobre o compromisso e a participação na vida da co-munidade e fé.

Constituída por sete pessoas sob a coorde-nação da Sra. Maria Rita de Carvalho Mirabelli e assessoria do Frei João Andrade a equipe atua da seguinte forma:

Inscrições: no 1º, 2º e 3º Sábado de cada mês, das 14h às 16h.

Curso Preparatório para pais e padrinhos: Todo 4º Sábado de cada mês, das 17h30 às 22h.

Celebração do Batismo: Todo 4º Domingo de cada mês, às 16h.

·Os padrinhos devem ser maiores de 16 anos;·Se os pais e padrinhos forem de outra pa-

róquia, podem fazer a preparação na sua paró-quia e trazer o certificado e a transferência;

·A celebração do Batismo é gratuita (oferta espontânea e voluntária).

·A documentação exigida é a Certidão de Nascimento da criança, Xerox do RG dos pa-drinhos e comprovante de endereço de pais e padrinhos.

“ Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito San-to” (Mt 28,19).

A

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

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NotíciasEI JUVENTUDE ACORDA...

A MISSÃO TEM QUE CONTINUAR

esse o grito que saiu da cidade de Ouri-nhos e hoje ecoa por todas as comunida-des josefinas espalhadas pelo Brasil.

Mas o que aconteceu nesta cidade? Respon-do: Nos dias 13, 14 e 15 de novembro de 2010 em Ourinhos aconteceu a II Jornada da Juventude Ma-relliana. Com o tema “Ei juventude acorda” e o Lema “A missão tem que continuar”, cerca de 500 jovens realizaram atividades durante os três dias.

Participaram desse grande encontro várias ci-dades da nossa província brasileira: Ourinhos, São Paulo, Curitiba, Londrina, Cascavel e Três Barras do Paraná, além de cidades próximas à Ourinhos, dentre elas Salto Grande, Piraju e Santa Cruz do Rio Pardo.

A manhã de sábado foi reservada para a recre-ação e integração entre as cidades. Muita música, animação e esportes. Na parte da tarde após a abertura oficial realizada no Teatro Municipal da ci-dade, a jornada prosseguiu, agora em sintonia com a Campanha Nacional Contra Violência e Extermí-

nio de Jovens. Dessa forma a moçada reunida em Ourinhos, juntamente com a Pastoral da Juventude local e todo povo, iniciaram uma marcha para pro-testar contra os índices de violência que têm provo-cado a morte dos jovens brasileiros. Essa mobiliza-ção parou a cidade! Foi um momento marcante, em que a juventude esteve à frente, gritando por justiça, com suas músicas, camisetas, bandeiras e danças.

Para terminar o dia nada melhor do que um en-contro intimo com Deus. Dessa forma aconteceu a Noite de Taizé. Com o tema: “Talita cum” (Levante-te) os jovem se colocaram diante do Cristo para adorá-lo e rezar por seus anseios, através do silên-cio e de muitos mantras.

Com a celebração da Santa Missa, iniciaram-se as atividades no domingo, e em seguida as apre-sentações de cada cidade. Para participar da jor-nada, cada realidade precisou se preparar e realizar algumas tarefas. Dentre elas, a criação de um hino, teatro ou dança e a confecção de roupas utilizando materiais recicláveis sendo que as melhores rece-

beram premiações. É a juventude gritando para cui-darmos também da natureza!

Paralelo com a Jornada acontecia o 5º Dança Ourinhos, um festival de dança que tinha como ob-jetivo contribuir na formação cultural de artistas e de público através do Sentir e do Olhar para a Dança dentro de uma temática religiosa. Neste sentido os grupos participantes da Jornada que trouxeram dan-ças, também se inseriram na programação do festi-val. Numa troca de experiências, a juventude mais uma vez se unia através da cultura para evangelizar.

Para terminar a noite, a juventude se reuniu para celebrar a sua alegria de viver. Com o tema “Sonhos de Criança” a festa à fantasia, estreitou os laços de amizade na jornada, uma vez que foi um espaço para celebração e divertimento da galera.

Já que estamos em uma jornada, não poderia faltar a caminhada!!! E segunda-feira foi o grande dia! 10 km de caminhada até a cidade de Salto Grande - SP. Durante o trajeto a juventude rezou terço missionário dividido entre os próprios jovens com muita música e animação.

Para finalizar esses três dias de Jornada, na chegada em Salto Grande aconteceu a entrega dos prêmios. Dessa forma, o hino da jornada ficou com Três Barras e a melhor roupa reciclável com Ouri-nhos. Uma mensagem final motivou toda a juventu-de a nunca desistir da missão e principalmente para estar atenta a necessidade de protagonismo, contra a violência e extermínio de jovens.

É por tudo isso que a voz que ecoa ainda hoje nos nossos ouvidos é: EI JUVENTUDE ACORDA... A MISSÃO TEM QUE CONTINUAR!!!

Frei José Alves de Melo Neto, OSJAdaptação da matéria de www.osj.org.br

É

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10 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

Maria

Aprimeira referência a Maria que surge no evangelho de Lucas se dá no episódio da anunciação por meio do anjo Gabriel (Lc 1,26). Tal anúncio possui estreitas se-

melhanças com o de Zacarias à respeito de João Batista. Literalmente se percebe a mesma estru-tura de anunciação se repetindo em episódios do Antigo Testamento como Abraão (Gn 17, 1-8) e Gedeão (Jz 6, 11-18).

No caso de Maria trata-se de um anúncio de maternidade, algo sublime para aquela jovem: “Alegra-te, Cheia de Graça” (Lc 1,28)

É uma expressão maravilhosa e intrigante ao mesmo tempo! Imaginemos a confusão que deve ter sentido Maria diante da saudação.

No episódio narrado em Lc 1,34-37, sobre o diálogo entre Maria e o anjo, quando ela comu-nica ao anjo a sua virgindade e logo questiona sobre a paternidade, o anjo revela-lhe a ação do Espírito Santo.

A “sombra” do Espírito é uma realidade que in-funde graça em Maria por toda a sua vida, mas que sempre foi real presença na história. O Espíri-to é que conduz toda a ação de Jesus segundo o evangelista Lucas. Desde a concepção de Maria já o temos agindo.

O Profeta Isaías em 7,14 diz: “Eis que a jovem concebeu e dará à luz um filho e dar-lhe-á o nome de Emanuel”. O evangelista Mateus se serve des-ta mesma passagem para confirmar o nascimento de Messias no seio de Maria (MT 1,23). Embo-ra Lucas não faça confirmação tão formal como este, contudo e perceptível nas palavras: “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,31).

A presença de Deus trindade no diálogo com Maria é uma identificação realizada da seguinte forma: o Pai por meio do anjo Gabriel, convida Maria; o Filho se encarna por obra do Espírito Santo. Maria participa santamente com sua ade-são: “faça-se em mim tua palavra” (Lc 1,38). Maria é exemplo de fé, pois ela viveu plenamente sua fé, e se colocou numa posição de relação com a “infalível providencia de Deus.

A saudação do anjo com o “Alegra-te cheia de graça” revela verbalmente uma pessoa agraciada ou favorecida por Deus. Maria é a eleita de Deus para uma missão especial. Uma graça reservada a um coração totalmente devotado a Deus.

A Constituição Dogmática Lumen gentium so-bre a Igreja, em seu número 53 declara que Ma-ria é sacrário do Espírito Santo. É justamente o caminho por onde percorre o Espírito Santo para tornar sensível entre os homens a presença de Deus, o Filho entre a humanidade faz com que esta via até o Pai.

A mesma graça experimentada por Maria al-cançou a família de Zacarias, Izabel e João (Lc 1,5-25. 36-37. 44-45). Deus os agraciou e por meio deles preparou a vinda de Jesus, pois João concebido já em idade avançada pela estéril Isa-bel fê-la exclamar de alegria ao ser saudada por Maria (Lc 1,42).

Duas entre as muitas virtudes características

próprias de Maria devem ser assinaladas: a obe-diência à palavra de Deus e o amor e dedicação à família de Isabel, a ponto de deixar tudo para estar à serviço da parenta.

Em Lc 1,31 e 2,21 verifica-se a presença do nome Jesus, cujo significado é Deus salva. É uma identidade dada ao Filho de Maria, e incumbe tan-to a ela como a José dar-lhe este nome, designan-do assim a missão daquela criança.

Embora com pouquíssimas menções, José surge como o Pai que recebe o menino, dá-lhe um nome, apresenta-o no Templo, protege e sus-tenta, Lucas ainda destaca a submissão de Jesus a José e Maria. Isso tudo, faz José merecedor de um rol alto nos santos depois de Maria. O evange-lho de Lucas o nomeia Pai pelas palavras de Ma-ria (Lc 2, 48) ao mencionar a aflição da procura.

Maria se autodenomina como a “serva do Senhor” (Lc 1,38)! Afirmação esta, proferida de seus próprios lábios em resposta ao anjo e que corresponde com o chamado do próprio Jesus a quem quiser ser grande que seja o servo de to-dos, pois Ele não veio para ser servido, mas para servir (Lc 22, 24-27).

Ela assim se fez “Serva” (Lc 1,38.48) total-mente dedicada ao seu Senhor. Toda a sua vida foi desdobramento deste ser serviço prestado ao seu Senhor e Filho. Sendo a mãe, ela o en-sinou a falar, a caminhar a se comportar e bem mais tarde foi a serva fiel na edificação de sua Igreja (At 1,14).

A afirmação de Isabel “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre” (Lc 1,42) e “Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?” (Lc 1,43) foi um instante so-lene de revelação da dignidade de Maria, como a Mãe de Deus.

A primeira prova de seu serviço foi justamen-te a dedicação à Isabel, pois o evangelista narra que imediatamente ao seu diálogo com o anjo e a adesão à vontade de Deus, se colocou às pressas ao encontro desta mulher:

Mais adiante Maria surge agora confirmando a saudação do anjo. Ela mesma sente sua alma exultante e profere o Magnificat: “Minha alma engrandece o Senhor” (Lc 1,46)

Além de muito lindo, o magnificat é um canto de um denso conteúdo de glorificação a Deus, pronunciado por uma pessoa muito agraciada, que reconhece as maravilhas da ação e da von-tade de Deus. Esta é Maria!

Ao dizer “olhou para a humildade de sua ser-va” se vê declarada uma importante virtude: a humildade ou pobreza evangélica o que propi-cia abertura ao outro e mais ainda, ao grande Outro que é Deus.

“Ninguém, porém, na Igreja dos pobres, jamais ultrapassou Maria, “a humilde serva do Senhor”, a mais “pobre em espírito”, a cristã perfeita, de coração de pobre: “Ele voltou os olhos para a hu-mildade de sua serva”. (Audálio Neves)

Sendo serva, ela glorifica a Deus como nin-guém. É sabido que o louvor proferido pela boca dos pequenos é que mais agrada ao Se-nhor: “É atitude que convém às criaturas que de Deus tudo recebem”. Maria se associa à humildade de seu Filho que veio para servir e dar a vida pela salvação da humanidade.

Os pastores também entram nesta dinâ-mica da humildade, a alegria lhes inundou o coração com a notícia do nascimento do salvador (Lc 2,15-18). É difícil de imaginar a cena que certamente deixou intrigados José e Maria, como aos pastores, isto é, o fato de se contemplar a Deus numa manjedoura! Tanto Maria como os pastores ensinam que para aproximar de Jesus, é preciso antes de tudo, ser pobre em espírito.

Caríssimos leitores: é tempo de Natal! “Tempo de esperança e de viver! Tempo de ser novo e renascer!” Já dizia uma antiga canção. Com Maria é tempo de exultar de alegria no Senhor que fez e faz Maravilhas em nossas vidas!

“ALEGRA-TE, CHEIA DE GRAÇA!”

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

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Dezembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 11

Igreja em São Paulo vive um momento privilegiado de despertar para um esta-do permanente de missão. Neste novo ardor missionário o Espírito convida to-

das as comunidades à conversão pessoa e pasto-ral, a fim de que a Palavra do Senhor se divulgue em toda parte (cf. 1 Tes 1,8). Leigos e leigas ou-vem a voz do Espírito que chama à santidade e ao apostolado todos os batizados, para atrair os que abandonam a comunidade, os distantes da influência do Evangelho e os que ainda não expe-rimentam o dom da fé. Atentos à palavra de Deus, fortes no amor e constantes na esperança do Se-nhor (1 Ts 1,3), renovam seu encontro com Jesus, caminham com ele, enraizados nele, firmes na fé, transbordantes em ação de graças (cf. Cl 2,7) (Manual do Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo p. 76).

O Jornal Santa Edwiges em sintonia com o Congresso de Leigos e seguindo na reflexão so-bre o lugar e a importância do leigo na Igreja em especial na Paróquia-Santuário Santa Edwiges dialoga neste mês com duas figuras ímpares em nossa comunidade.

ANDERCI SILVA (desde criança conhecido como Tomás Tomate), 41 anos, casado com Antô-nia de Souza Brito nesta Paróquia, onde também recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e Crisma. Pai de quatro filhos: Micheli (18 anos), Fernanda (15 anos), Gabriela (13 anos) e Ma-theus (6 meses).

Moro em São Paulo há 28 anos. Vim de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, para o Ipi-ranga na Rua Lino Coutinho, até hoje permaneço neste bairro.

Em 1992 comecei a participar da comunidade Paroquial Santa Edwiges, tempo do Padre Miguel e da irmã Maria Mourão, com quem fiz o curso de crisma e a primeira comunhão e comecei a parti-cipar do coral Santa Edwiges onde estou até hoje.

Ser um cristão hoje para mim é participar das missas aos domingos com a minha família. Ser útil à comunidade, nunca deixar Jesus fora do co-ração e não dar atenção às coisas maldosas.

Minhas principais funções como agente de pastoral, eu as tenho exercido como coordenador do grupo de canto, participo do CPS (Conselho de Pastoral Setorial), liturgia da palavra e também tenho participado do Congresso dos Leigos da ar-quidiocese.

Talvez as pessoas perguntem como pode fa-zer tudo isso, será que não tem mais gente? É que para Deus tudo é muito simples e existe muita gente que participa tanto como eu. Tenho reunião uma vez por mês, o grupo de canto se encontra para ensaiar toda semana e atua nas missas nos domingos e dias de semana. Aproveito a ocasião para convidar os leitores interessados em cantar conosco no coral! Serão bem vindos!

Com tudo isso, me sinto muito feliz, todas es-sas atividades vieram com o tempo, aliás no tem-po certo, isto é de 2007 para 2008 foi a hora em

Entrevista

A que Deus falou: “Vamos agir um pouco?” e soma-do a esse chamado fui muito incentivado por pes-soas como o Sr. Manoel, Dona Elza, Nossos An-ciões, André nosso maestro e de muitas pessoas recebi forças positivas, dentre elas, o Padre Paulo nosso pároco, inclusive ele teve muita paciência. Eu só tenho que agradecê-lo.

Viver em comunidade é uma alegria, é poder co-laborar, respeitar, conhecer as palavras que Deus nos deixou, é caminhar com Jesus e ouvir mais.

MARIA DE LOURDES SOUZA DOS SANTOS (Lurdinha) natural da Bahia (Jeremoabo) 44 anos mãe de três filhos e duas netas. 19 anos em São Paulo.

Faz treze anos que participo da Paróquia Santa Edwiges. No início apenas acompanhava os meus filhos na catequese e no grupo de Co-roinhas. Quando eles cresceram e se afastaram aí foi que comecei a atuar em pastorais como a Missionária, Fraternidade Josefina, sou Ministra da Acolhida, da Palavra e da Eucaristia.

Na Pastoral Missionária tenho realizado umas experiências marcantes. Acompanhei as missões Josefinas em Paranaguá e Apucarana no Para-ná e em Cristino Castro, no Piauí, mas é no meu bairro que tem sido a melhor experiência, pois os desafios, as dificuldades com as quais me deparo, fazem-me aprender muito.

Eu posso dizer que minha vida mudou muito de-pois que fui assumindo estes compromissos, pois quando se envolve, a confiança que se tem em tudo o que se faz, o envolvimento no trabalho, a união que se vive na comunidade é algo gratificante.

Conto uma experiência que vou levar para a vida toda: Há 15 anos atrás eu precisava de aju-da, vim ao santuário procurar auxílio pedindo uma cesta básica. Encontrei uma senhora que me dis-se que eu era simplesmente muito jovem. Ao in-vés de desanimar ou ficar revoltada, fui aos pés da imagem de Santa Edwiges e disse: Minha San-ta! Eu quero voltar muitas vezes aqui, mas não para pedir e sim para participar! Não me esqueço deste episódio. Dias depois, encontrei trabalho como diarista em cinco famílias e até hoje estou com elas. O que me deixa mais feliz ainda é que estas famílias nestes 15 anos são para mim não só patrões, mas amigos, companheiros e irmãos. Sinto-me muito bem nos meus trabalhos.

Tenho acompanhado o Congresso de Leigos e vejo que o objetivo é algo muito bom. Eu creio que não ficará só no papel. Há muito que fazer! É pre-ciso ter continuidade e não deixar que esfrie esta chama importante em nossa Arquidiocese.

Como uma leiga de espírito josefino, Lurdinha conclui suas palavras deixando este recado:

Por mais dificuldades que encontremos na co-munidade, vale a pena perseverar e nunca desistir dos sonhos, lembrar das palavras de Jesus é impor-tante, pois ele também foi perseguido, mas venceu!

ENTREVISTA COM TOMÁS E LURDINHA

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Page 12: Edicao de Dezembro

12 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

São José

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Um ano de graças e de renovação do compromisso de dedicação aos interesses de Jesus, a exemplo de

São José Marello1. As inquietações, tenhamos claro em nossa mente, são sempre da “parte do demônio”. Re-novemos o espírito a cada momento e descan-semos na misericórdia do Senhor, que absorve todas as debilidades de nossa natureza enferma.

2. Direi-lhe unicamente que reafirme a cada mo-mento a confiança no bom Deus, e fique seguro, por que às vezes ele nos nega os consolos do espírito, mas não nos retira a resignação à sua vontade, que é a raiz de todo nosso mérito.

3. Coragem! Abaixa a cabeça e segue em frente.

4. Bendito seja Deus que faz fecundar os cam-pos... e seja duas vezes bendito quando casti-gando os pecados, desperta também nos cora-ções a fé e a piedade.

5. Seja dócil às inspiraçõs do Espírito Santo, dei-xando-se conduzir por Ele em todas as coisas. diga ao Senhor: “Eu sou todo teu e não tenho outro desejo senão de que se cumpra tua santa vontade, ainda que a custa de sacrifícios, e priva-do de consolos, também cheio de aflições; estou pronto para tudo, ó Senhor: faze de mim o que quizeres”.

6. Deus vela sobre nós com a mais terna solicitude.

7. O abandono total na Providência constitui o mais alto grau da perfeição. Para conhecer os demais Ensinamentos Espiri-tuais de São José Marello, recomendamos aces-sar: www.saojosemarello-ensinamentos.blogs-pot.com

abemos que o país de origem de José é a Palestina, onde hoje se situa o território de Israel, localizado na parte oriental do Mar

Mediterrâneo formado por uma faixa de terra de 240 por 150 quilômetros quadrados. Uma região de terras férteis, embora composta também de desertos desoladores e de regiões montanhosas com colinas que vão de 500 a 900 metros, espalhadas por suas regiões denominadas de Galiléia, Samaria e Judéia.

Destacava-se no tempo de José, como de sorte ainda hoje, o Mar da Galiléia, ou também denomina-do de Lago de Genesaré, sua profundidade é de até 45 metros, um dos principais palcos da vida do povo de José, sobretudo pela pesca.

Era de suma importância também o Rio Jordão que, ao percorrer 350 Km, despeja suas águas no Mar Morto, o qual possui uma extensão de 85 Km e 16 Km de largura com sua profundidade de até 400 metros e com suas águas densas de sal, não permi-tindo portanto nenhum tipo de vida.

São José nasceu sob a dominação dos Roma-nos, pois seu povo passou a viver sob o jugo dos Romanos desde o ano 63 antes do nascimento de Jesus. Seu povo tem uma longa história marcada de lutas, conquistas, derrotas, deportações, exílios, mo-narquias e infidelidade a Deus, embora sempre com uma fé forte no Senhor (Adonai), também se muitas vezes contaminada por idolatrias.

Quando José nasceu, seu país era palco de um certo progresso e de novidades por parte dos Roma-nos, os quais gostavam de construções imponentes e de artes. Entretanto, seu povo era de certa maneira escravo dos dominadores, e pouco se podia progre-dir a não ser os privilegiados. Por serem os Romanos de uma índole eclética, seus comportamentos eram incompatíveis com as aspirações do povo de José, o que deu ocasião para muitas revoltas, guerrilhas e revoluções armadas organizadas por facções do próprio povo e em tudo isso estava o desejo enorme de livrar-se da dominação estrangeira.

O país de José era governado por Herodes. Um homem cruel que mandou matar todos aqueles que se opunham à sua política, mas apesar de tudo foi um administrador hábil e um político astuto.

Como povo dominado pelos Romanos, era tam-bém explorado, portanto era pobre, com exceção de alguns que constituíam a classe dos privilegiados. Agravava-se ainda mais a situação de precarieda-de se levarmos em conta que além da dominação dos Romanos, havia muitas e altas taxas impostas pelo império romano, que toda pessoa era obrigada a pagar. Soma-se a isso o solo pobre e pouco produ-tivo, castigado pelas condições climáticas hostis por causa da escassez de chuva e por uma agricultura rudimentar. Além de tudo isso havia também a explo-ração por parte da classe dominante.

Como todo pobre, José morava em uma casa

muito simples, construída com paredes de pedras calcárias, com tijolos de barro cozido ao sol. Dormia como era o costume, em esteiras apropriadas para esse fim e sua alimentação era constituída de pão e peixes provenientes do Lago de Genesaré, não dis-tante de Nazaré. Não faltavam também variedades de frutas tais como: romãs, figos e tâmaras. A carne era muito rara na mesa do pobre, mas em compen-sação havia sempre o azeite, o leite e até o vinho.

Toda a vida religiosa do povo hebreu, mas tam-bém a política e a social, girava em torno do Tem-plo de Jerusalém, este construído pelo Rei Salomão dez séculos antes de Jesus nascer. Destruído por Nabucodonosor em 516 aC, fora reconstruído por Zorobabel. Porém, por volta do ano 20 antes do nas-cimento de Jesus, novamente fora destruído por He-rodes para que em seu lugar fosse edificado outro mais suntuoso e rico pela sua imponência. Este ficou pronto no ano 64 dC.

O Templo era o lugar das orações e das ofertas dos sacrifícios e imolações de animais por parte dos hebreus. Pela sua importância e constante movi-mentação, devido ao fluxo de gente que o freqüenta-va, este possuía 20 mil funcionários, desde o mais alto grau sacerdotal até o mais humilde emprega-do. Naturalmente para sustentar todo este funcio-namento, cada hebreu pagava 10% de impostos do que produzia.

Outro fator importante que constituía o contexto religioso da época era a divisão dos grupos ou clas-ses, constituídos pelos Saduceus, que eram as pes-soas mais ricas e influentes. Estes geralmente eram os sacerdotes e os administradores do Templo; era o grupo dos privilegiados.

Seguiam depois os Fariseus, inimigos dos Romanos e distinguidos pela ostentação religio-sa, com suas práticas de orações, purificações, normas de comportamento e pela observância estrita da lei.

Havia ainda um grupo de revolucionários e guerrilheiros denominados de Zelotas e também outra classe conhecida como Essênios. Estes viviam em comunidades monacais às margens do Mar Morto, numa localidade hoje conhecida como Quamrám, onde levavam uma vida ascé-tica e rígida.

Por fim, devido a uma divisão dos hebreus no século X aC, a região da Samaria era consi-derada pelos judeus como uma terra maldita e seus habitantes eram tidos como pagãos, heré-ticos e impuros, e por isso odiados, ainda mais porque adoravam a Deus no monte Garizim, onde haviam construído um Templo.

O dia a dia de São José Nesta edição vamos conhecer alguns dados sobre a geografia, política, situação

religiosa e social do tempo de José de Nazaré. Para isso vamos tomar mais umas páginas da obra do Pe. Bertolim “100 Questões de Josefologia.”

Ano Marelliano

S

Ensinamentos Espirituais de São José Marello

Page 13: Edicao de Dezembro

Dezembro de 2010 www.santuariosantaedwiges.com.br Jornal Santa Edwiges 13

omás nasceu em Londres em 1118. Co-locou-se à disposição do arcebispo de Can-

tuária, e apresentava uma bri-lhante folha de serviço, quando o novo rei da Inglaterra, Hen-rique 2º, o escolheu para grão chanceler do reino. A mais pro-funda amizade unia ao jovem rei o seu ministro.

Em 1162 a sede primacial de Cantuária ficou vacante. Henrique decide nomear uma pessoa de sua absoluta con-fiança para poder governar também a Igreja. Ante a pro-posta do rei de apresentá-lo para tão elevado cargo, Tomás responde gravemente: “Eu perderia logo o favor de Vossa Majestade e o afeto com que me honrais se tornaria em ódio, porque não poderia aceder às vossas exigências com o res-peito aos direitos da Igreja”. Mas Henrique 2º insistiu, e fi-nalmente Tomás Becket recebe a consagração episcopal.

No primeiro tempo do seu ministério Tomás mostrou-se um tanto fraco ao aprovar com outros bispos, vários decretos de Henrique 2º ofensivos aos direitos da liberdade eclesiás-tica. A velha questão da inves-tidora dos príncipes (direito e ingerência destes nas eleições aos cargos da Igreja) ainda es-tava viva. O papa rechaçou ter-minantemente as pretensões do monarca, o que fez com que Tomás chorasse amargamente sua fraqueza e se penitencias-se a ponto de deixar de cele-brar a santa missa.

O papa escreveu-lhe, ani-mando-o, e mandando que não deixasse suas celebrações

litúrgicas. Tomás saiu forte da provação. Daí por diante as coisas mudaram e ele tornou-se defensor intrépido, às ve-zes, até intransigente demais dos direitos da Igreja, frente ao soberano.

A tal ponto chegou o conflito entre o rei e seu antigo amigo, o chanceler, que o monarca che-gou a chamar Tomás de perju-ro e traidor. Henrique 2º, orgu-lhoso e violento, não tolerava oposições; procurava isolar o arcebispo manejando os lordes e bispos contra ele. Tomás teve que se refugiar no estrangeiro. Seis anos de desterro, confisco de seus bens, perseguição de seus parentes e amigos”.

Quando finalmente retor-nou à sua sede pela pressão do papa, o ambiente carregou-se mais e mais de prenúncios trágicos. Numa reunião com seu conselho, o rei exclama: “Covardes! Esse homem que eu me acumulei de honras se levanta contra mim e ninguém dentre os meus é capaz de vingar minha honra e livrar-me deste bispo insolente?” Estas palavras soaram com uma sen-tença de morte.

Uns cavalheiros aduladores do rei partem para Cantuário para matar o arcebispo. Ele re-cebe o aviso, mas recusa toda defesa. Ao entrar na catedral para a oração da noite é agredi-do e morto e golpes de espada.

“Morro feliz pelo nome de Jesus e a defesa da Igreja”, foram suas últimas palavras. Era o dia 29 de dezembro de 1170. Contava somente 52 anos de idade. Durante três séculos o túmulo de Tomás Be-cket foi atrativo de milhares de romeiros que o venerava como santo. Em 1558 os reformado-res protestantes da Inglaterra profanaram o jazigo do grande mártir e queimaram suas san-tas relíquias, pois a figura deste mártir os questionava profun-damente. Contudo, hoje sua memória se encontra reabilita-da entre os protestantes.

Fonte: CONTI, Dom Sevillo. O Santo do Dia. Vozes.1990

T

Santo Tomás Becket29 de dezembro

Flávia Regina RodriguesFrancisco F. de Freitas e FamíliaFátima E.S. MoraesFrancisco Araújo LimaFrancisca Paulino SilveiraFábio Souza Ramos e FamíliaFamília André BarrosFernando Gomes MartinsFamília MoryamaFausto Ferreira de FreitasFamílias: Coviello, Caputo e OliveiraGetúlio SanchesGilmar Antônio B. LáriosIvete Gonçales de Lima ElinHamilton Balvino de Macedo e FamíliaHermes R. Pereira SencionHélio Martins de AguiarIrene Pocius ToroloIsmael F. de Matos e FamíliaJanice Monteiro VieiraJoão GuimarãesJosé Carlos PinheiroJosé Waldomiro FuscoJoão Ramiro FuscoJoão Mario e Maria HelenaJoão Ricardo Silva de OliveiraJosé Alves PereiraJosé Luiz Bravo e Família José Augusto Ferreira da Mota e FamíliaJoão Carlos CremaJosé Roberto PlimaJoaquim José de S. NetoLanHouse Santa FéLuiz Geraldo SylosLodovico FavaLurdes Aparecida e Pedrina MontovaniLuiz Carlos MontorsiLuzia Villela de AndradeLuiza Aparecida PerobelleMaria Conceição Brandão e Antônio PereiraMaria da Paz Silva GonçalvesMaria de Fátima Campos VieiraMaria de Fátima PereiraMaria de Nazaret Vaze VilelaMaria do Amaral Camargo e FamíliaMaria do Carmo BonilhaMiguel Caludino FerreiraMargarida de Faria RodriguesMaria Aparecida BonessoMarcelo Barbosa de Oliveira e FamíliaMário Estanislau CorreaMaria Barbosa Ciqueira e FamíliaMárcia Regina Sierra de SeneMaria Augusta Cristovam e FamíliaMaria do Céu da Silva BentoMauro Antônio Vilela e FamíliaMariliza e Walter Alberto BrickMaria Rocilda de Lima MaiaMaria Tereza V. RochaManoel Joaquim GranadeiroMarcos Ferreira de SenaMaria de Lourdes da Conceição

774JÁ SOMOSObrigado a você que

faz parte desta história

Ademar e Maria VitóriaAdevaldo José de CastroAna da Costa Oliveira Coimbra e FamíliaAna Luiza, Eduarda e Família SouzaAnônimoAntônio Teixeira NetoAvelino e Beatriz Rosa Álvaro Leopoldo FurtadoAntônia Alexandre de SousaAna Ruiz de OliveiraAnair Meirelles SoaresAna Teresa Stoppa Cruz e FamíliaÂngela, Marcos, Higor, Hingrid, Thiago e AgioutonAna MariaAna Rosa de CarvalhoAntônio Alves de FreitasAntônio Cristóvão de AlmeidaAlcino Rodrigues de SouzaArmazem do SaborAna Dalva Pereira CorreiaAlexandre Sabatine RodaAdemar AshicarAndréa e fi lhos: Raphael, Gabriel e LeonardoAnderson Félix Ferreira e famíliaApostolado da OraçãoAvilmar SouzaAlaíde Lucinda de AlmeidaAlexandre Xavier de OliveiraBenedito Abreu de SouzaCatequese de 1ª EucaristiaCláudia Rejane Cassiano LeãoCícero AlvesCreche São Vicente PallottiClarindo de Souza RussoCláudio BreviatoContribuição AnônimaCarlos Antônio Alves GodoiCleiciane Alexandre BezerraCarlos e Cristina MarcondesDrusila Fernanda Gomes MilaniDjanane Ângelo AlvesDomingos MalzoniDomingos Sávio Alves de FariaDélcio PesseEdson da Silva Cruz e FamíliaEdspress Industria Gráfi ca LtdaElias e Fernanda GedeonErnanes Rosa PereiraEurides Almeida Matos NetoEdilberto e Erineide MouroEdison VicentainerEngesonda Fundações e Construções LTDAElza C. Genaro e FamíliaEstevam PanazzoEdinauva J. Sousa e FamíliaFamília Fernandes dos Santos e DelgadoFrancisco Carlos AbranchesFraternidade São JoséFamília SenaFamília Cestari NoronhaFátima e fi lhos: Fernanda, Tadeu e TiagoFamília Marquezine e Apostolado da OraçãoFátima Monteiro Ariola

Já quitaram seu carnêColaboradores

Campanha em prol do terreno do Santuário

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Santo do Mês

Page 14: Edicao de Dezembro

14 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

Mensagem Especial

A

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

mentira começa como que não que-rendo nada. E num crescendo, vai fazendo de quem a diz, alguém pre-

so para sempre em suas armadilhas, alguém que não pode nunca, nunca baixar a guarda. O descuido é seu inimigo mortal. Ela começa pequena e se aceita, vai passando por muitas fases, até que dela não se tenha mais o con-trole. De controlada passa à controladora. Do-mina pensamentos, posturas e atos. Direciona olhares, gestos, tons de voz e assim dá-se a conhecer. E só o outro a percebe. Quem a diz pensa a todos enganar e com o tempo passa a enganar-se, tendo certeza de dizer a verdade mais pura, mesmo não sendo verdade o que pensa saber. E assim segue o seu caminho, sem poder voltar atrás de tantas palavras “mal ditas”, que dele fizeram um enganador de si mesmo. Boicota-se, sem ir a lugar nenhum.

O mentiroso menospreza aquele a quem dirige sua palavra, tenta subestimar a in-teligência do outro, mas escorrega sempre em seus gestuais tão claros, para quem tem sensibilidade para entendê-los. E são tantos que a têm.

Uma mentira leva a outras dez e para mantê-las, precisa-se, para cada uma, de mais dez... E assim a bola de neve por elas formada, aumenta de tal forma, que se torna impossível voltar atrás para saber como tudo começou e o porquê.

E aí... A vida passa a ser de eterna vigilân-cia, de insegurança ao menor sinal. E a tran-quilidade... A tranquilidade passa ao longe, a perder de vista.

O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: “Vós sois do diabo, vosso pai, [...] nele não há verdade: quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8,44).

A mentira

N

Missão é o caminho para a Santidade

a Sagrada Escritura o termo missão refere-se a fazer história da Salvação, Jesus apresenta-se a nós como enviado do Pai. Portanto sendo

Enviado do Pai, Ele é o missionário por excelência! Pas-sando ao longo do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. “E disse-lhes Jesus: Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens. Deixando logo as redes, seguiram-no. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. E eles deixa-ram o barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.” (cf. Mc 1,1620).

Momento peculiar este em que Jesus faz com que sua missão prolongue-se em você, em nós e nos Após-tolos. Jesus quer confirmar sua presença depois da morte apresentando-se aos discípulos e diz: “A paz es-teja convosco! Como o pai me enviou, eu também vos envio”. (Jo 20,21).

Esta afirmação de Jesus encontramos em (Mt 10,16) quando ele disse:

“Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos”. Assim como ele chamou os discípulos e lhes preparou também hoje nos encoraja para que possamos ser fir-mes em nossa missão de batizados.

Preparar os discípulos para o apostolado, para as perseguições, os sofrimentos e também a morte; o que fizeram com ele, Jesus, fará também com os seus ami-gos discípulos.

Retratamos aqui alguns desafios que ainda encon-trados na Igreja, podemos citar alguns mártires, Pe. Ezequiel Ramin, Dom Oscar Romero, Irmã Doroty, enfim, se fossemos citar todos os homens e mulheres que deram suas vidas ao projeto do reino não caberia nestas poucas paginas.

A busca a santidade ela acontece todos os dias é um processo que é feito todos os dias, é um responder ao sacramento do batismo, é um crescimento dinâmico.

Jesus não fala da santidade claramente nas instru-ções aos discípulos; mas implicitamente demonstrando

através de seu testemunho de vida, de suas atitudes frente às imposições que eram impostas.

Ele perdoou a pecadora, foi à casa de Zaqueu, deixou que seus pés fossem lavados com balsamo. Assim podemos recordar que João Paulo II, na exor-tação Apostólica Cristi fideles laici, sobre o apostolado aos leigos (Cl, 17), deixa bem explicito: “A santidade é imprescindível para a realização da missão, por isso to-dos nós somos chamados à santidade e a missão. Um dos enfoques maiores é a espiritualidade missionária da Igreja em que nos aponta uma seta á santidade.”

O missionário deverá viver aquela frase em que João anunciou: “que eu diminua e o Cristo cresça”. (João 3, 30). Portanto deveremos propor caminhos de conversão para termos credibilidade para anunciar a Cristo.

Os apóstolos propagaram o ressuscitado compro-metendo até mesmo suas vidas. Ainda em pleno século XXI corremos o risco de sermos excluídos, mas o im-portante é ser fiel ao chamado.

O esporte tem algo a nos ensinar sobre a vida espi-ritual e as missões. São Paulo já nos dizia que o esforço dos atletas para conseguir seu objetivo deveria ser imi-tado pelos cristãos na busca da santidade e superação aos desafios. “os atletas correm para ganhar uma co-roa perecível; nós, para ganhar uma coroa imperecível” (1Cor 9,24-25)

Ao preparar seus discípulos para a missão que os espera, Jesus quer convencê-los de que ele é deveras o Messias que esperavam. Por isso o cristão é “testemu-nha” de Cristo, e aquele que o torna vivo no mundo de hoje, aquele que julga as coisas do mundo e os aconteci-mentos da vida como Cristo os julga, sendo que o teste-munho de uma glória passa pelo sofrimento e provações.

É a lei do Evangelho: se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, pro-duzirá muitos frutos” (Jo 12,24).

Frei João Andrade Dias, [email protected]

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Especial

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

Aliturgia é feita de sinais sensíveis, palpáveis, sinais que se podem apre-ender pelos cinco sentidos. Cada

sinal, cada gesto feito na celebração e percebido por toda a assembleia deve marcá-la profundamente. Cada sinal deve conduzir a pessoa que parti-cipa da celebração a uma plena adesão ao Mistério Pascal de Jesus Cristo. A liturgia não pode ser algo meramen-te racional, não pode ser “cerebração” (coisa que se faz somente com o cérebro), mas é o conjunto de si-nais que se podem tocar. E é por meio destes sinais sen-síveis que o povo de Deus é conduzi-do à plena santifi-cação, mediante a participação ativa, consciente e plena na liturgia (valeria à pena conferir o docu-mento Sacrosanctum Concilium número 7).

Na celebração do Natal de nosso Senhor Jesus Cristo estes si-nais devem estar claros e perceptíveis por todos, e este deve ser um traba-lho de todos os membros das equipes de liturgia. Somente por meio destes sinais podere-mos conduzir o povo de Deus à ple-na inserção nos mistérios de Cristo.

Alguns sinais devem ser valorizados na celebração do Natal do Senhor. Nova-mente a dualidade trevas-luz está presente na celebração (como na noite da Vigília Pas-cal). O nascimento de Jesus irrompe na noite das trevas. Faz surgir, inclusive, uma estre-la, a guiar os pastores para o presépio. Essa simbologia da luz deve estar presente nesta noite. O Cristo irrompe como luz nas trevas (Natal é a festa das luzes).Essa luz verdadei-ra é Cristo, que nasce para irradiar sua luz a todos os povos (na Epifania do Senhor, a estrela guia os Magos do Oriente). Seria inte-ressante fazer notar essa dualidade treva-luz.

A maioria de nossas comunidades tem o sa-dio costume de fazer o presépio, e é bom que seja assim. Porém, a última imagem a ser colo-cada no presépio é a do Menino Jesus. O comér-

cio, que não tem um compromisso com a fé, já colocou a ima-gem de Jesus no presépio e nas vitrines de suas lojas, mas não está certo. Jesus jamais compactuaria com o clima de comércio de consumo das festas natalinas. Natal não é comércio e o comércio não tem compromisso de fé. Por isso a imagem do Menino Jesus já está nas vitrines. Mas nós, que somos gente de Igreja, devemos conduzir nosso povo a vi-venciar a verdadeira fé. Por isso, a imagem do Menino Jesus deve ser solenemente colocada na noite do dia 24, durante o canto do Glória. Este momento deve ser muito valorizado por

A espiritualidade que deve brotar a partir da Celebração do Natal do Senhor

Conduzidos pelos sinais do Natal

toda a assembleia. Trata-se do canto dos anjos na noite do nascimento do Menino Deus.

As leituras desta noite devem ser solenemente proclamadas. A pro-

clamação da Palavra deve levar a assembleia a um contato

maior com o Cristo que nas-ce. As profecias antigas

se concretizam. O Ver-bo se fez carne, se faz

carne! Ele habita no meio de nós e parti-lha da nossa huma-nidade. Por isso a liturgia da Palavra deve ser muito bem preparada, para que o anún-cio da Palavra toque os cora-ções daquela assembleia reu-nida em nome do Senhor. Cor-remos o risco de preparar um monte de coi-sas para a noite

de Natal: presé-pio, encenações

do nascimento de Jesus, mas não da-

mos o mesmo cuida-do e a mesma empol-

gação na preparação das leituras da Palavra

de Deus. Encenações to-cam o coração das pesso-

as, mas só a Palavra de Deus pode mexer com os corações hu-

manos, levando-os à plena inserção no Cristo. O anúncio da Palavra nesta

noite santa tem um objetivo muito claro: di-zer ao coração das pessoas que o Cristo nas-ceu em Belém! Ele é o Deus conosco. Nossa vida tem um novo sentido.

Amigos e amigas, que a celebração do Natal do Senhor nos dê motivos a mais para continu-ar caminhando e levando nossa vida segundo a vontade de Deus. Ele está no meio de nós e esta é a nossa certeza.

Feliz Natal a todos e a todas!

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16 Jornal Santa Edwiges www.santuariosantaedwiges.com.br Dezembro de 2010

A Alleman Empilhadeira deseja a todos os seus clientes, fornecedores,

funcionários e amigosum Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!