Edição 714

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STF INVESTIGA ARTHUR LIRA POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO MP CONFIRMA INVESTIGAÇÃO DO CNJ CONTRA DESEMBARGADOR WASHINGTON LUIZ P/10 xtr e R$ 2,00 www.novoextra.com.br MACEIÓ - ALAGOAS ANO XIV - Nº 714- 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 a RIO LARGO E MAJOR ISIDORO DEVEM TER NOVAS ELEIÇÕES P/6 P/9 TJ JULGA TERÇA-FEIRA JUIZ ACUSADO DE CORRUPÇÃO Galdino José Amorim Vasconcelos teria recebido propina para favorecer prefeito de Palestina DEPUTADO FEDERAL TAMBÉM É ACUSADO DE AGREDIR EX-MULHER E OFICIAIS DE JUSTIÇA P/8 BELEZA NATURAL DE PARIPUEIRA É DESTAQUE NA IMPRENSA NACIONAL P/ 18

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05 a 11 de Abril de 2013

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STF INVESTIGA ARTHUR LIRA POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

MP CONFIRMA INVESTIGAÇÃO DO

CNJ CONTRA DESEMBARGADOR WASHINGTON LUIZ

P/10

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2,00 www.novoextra.com.brMACEIÓ - ALAGOAS ANO XIV - Nº 714- 05 A 11 DE ABRIL DE 2013a

RIO LARGO E MAJOR ISIDORO DEVEM TER NOVAS ELEIÇÕES P/6

P/9

TJ JULGA TERÇA-FEIRA JUIZ ACUSADO

DE CORRUPÇÃO Galdino José Amorim Vasconcelos teria recebido

propina para favorecer prefeito de Palestina

DEPUTADO FEDERAL TAMBÉM É ACUSADO DE AGREDIR EX-MULHER E OFICIAIS DE JUSTIÇA

P/8

BELEZA NATURAL DE PARIPUEIRA É DESTAQUE NA

IMPRENSA NACIONAL P/ 18

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FaltosoJoão Lyra é o deputado que mais faltou às sessões da Câmara em 2012. O usineiro só participou de 29 das 91 sessões destinadas a votações de leis e afins. JL até que apresenta justificativas para suas ausências, mas não há explicação plausível para receber o volume de salário que recebe e participar de apenas 32% das sessões.

ReduçãoO Tribunal de Justiça está tentando reduzir o número de cartórios. Atualmente são 242, mas a ideia é ficar com apenas 129. A redu-ção, de acordo com o próprio TJ, é devido à “inviabilidade eco-nômica” das serventias extrajudiciais. Em resumo: sem dar lucro, ninguém quer assumir a responsabilidade.

LucrativosAliás, alguns dos cartórios são muito lucrativos. Coisa capaz de deixar o mais pobre indivíduo muito rico. A receita de alguns deles é milionária, mas não vai um centavo sequer para o Poder Judiciá-rio. O lucro fica com os donos – sempre muito ligado aos chefes do Poder em Alagoas.

ConcursoVale ressaltar que essas mudanças nos cartórios só estão sendo promovidas porque o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mandou fazer concurso. Aliás, um concurso que há muito tempo havia sido prometido pelo Judiciário alagoano. O interessante é que antes não conseguiam tirar ele do papel. Foi só o CNJ entrar no problema que tudo mudou.

Protesto dos MPsOs Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho realizam protesto na sexta-feira (12) contra a PEC 37 — a chamada PEC da Impunidade. O objetivo é atrair a sociedade para a dicussão da PEC, que pretende acabar com os poderes de investigação do Ministério Público. Procuradores e promotores dizem que, se for aprovada, a proposta vai aumentar os crimes de corrupção.

2 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 29 DE MARÇO A 04 DE ABRIL DE 2013

COLUNASURURU Jornalismo é oposição. O resto é armazém de

secos e molhados (Millor Fernandes)

O pagamento dos precatórios em Alagoas travou de vez. Cerca de R$ 160 milhões já foram depositados pelo Esta-do nas contas do Tribunal de Justiça, mas poucas pessoas

foram beneficiadas até agora. O pagamento está emperrando lá mesmo no Judiciário.A justificativa do TJ é que alguns credores não estão sendo localizados. Outros, por sua vez, atualizaram os débitos por conta própria, cobram quantias irreais e não aceitam os valores discri-minados pelo Judiciário. E é aí que a coisa trava.De acordo com o TJ, até que esses casos sejam resolvidos, não se pode pagar os precatórios de outras pessoas. O problema é a ordem cronológica — criada para impedir os outrora comuns “fura-fila”, mas agora um empecilho para o pagamento.O Estado sai prejudicado com isso. Enquanto os precatórios não são pagos, os valores são atualizados, aumentando a dívida.No meio dessa confusão, quem mais sofre é o credor. A demora voltou a deixar os credores desespoerançosos. Sabendo que o dinheiro a que tem direito está chegando, não tem a menor ideia de quando receberá. Voltaram a pensar que é provável a morte chegar primeiro do que o direito. É preciso resolver isso — e logo.

Precatórios travados

DA REDAÇÃO

Divisão do butimQuando assumiu a Presidência, Collor reduziu de 22 para 12 o número de ministérios. Por isso foi deposto. Itamar, que o sucedeu, ampliou de 12 para 24 ministérios. Se deu bem e FHC manteve esse número. Com a chegada do PT ao Poder, a coisa degringolou: logo no 1º mandato, Lula elevou para 34 e deixou o governo com 37 ministérios. Dilma nem terminou o 1º mandato e já temos 39 ministérios. Se for reeleita, pode terminar a aventura petista com 50 ministérios. Como diria Boris Casoy, isto é uma vergonha!

Aqui tambémEm Alagoas isso também já aconteceu. Ronaldo Lessa, ao assumir o governo do Estado, saiu criando secretaria para todos os gostos. O objetivo era o mesmo: dar espaço e poder para toda a compa-nheirada no Estado. Foram quase 40 pastas diferentes.

DemissãoUma demissão em massa está prestes a acontecer na Prefeitura de Maceió. Na verdade, já começou. Pouco a pouco a equipe do novo prefeito demite os comissionados pela administração anterior. São milhares que têm que sair — alguns que trabalhavam há mais de 15 anos na prefeitura — para abrir espaço para os novos indicados.

Mais do mesmoMuitos dos funcionários da Prefeitura de Maceió estão decep-cionado com o novo prefeito. Esperavam novidade na forma de administrar, mas acham que é mais do mesmo no quesito política. O temor é que o prefeito fique cada vez mais parecido com o go-vernador, a grande decepção do funcionalismo público.

Jogo políico

Em Alagoas tem políticos -e não são poucos - que usam e abusam da ignorância do eleitor ao que-sito cidadania. Espelha a obser-vação o troca-troca de partido a cada ano de eleição.

SOS PolíciaNo Santo Eduardo, área residen-cial fronteira da Ponta Verde com Pajuçara e Poço, moradores estão em polvorosa e o motivo é óbvio: a desenfreada presença de bandi-dos que se drogam para assaltar pedestres e motoristas a mão armada. À noite principalmente.

InvestimentoQuem é o político que pauta comentário de vem comprando comprando terrenos Alagoas afora como quem compra bana-na? Da conversa sai suspeita de o investimento cheirar a lavagem de dinheiro. Mas quem prova?

SugismundoSó demorou três meses para o maceioense escutar uma queixa do prefeito Rui Palmeira, motivi-da na decepção pelo comporta-mento cidadã nas ruas: Palavras dele divulgada na Tribuna, edição da quinta-feira : “O maceioense suja a cidade demais”.

Sugismundo Os vereadores ao divulgarem os salários dos servidores da Câmara Municipal de Maceió não deviam tem incluindo os custos deles no mandato? Isso incluindo proven-tos e despesas de custeio.

EleiçãoO Sindicato dos Trabalhadores no Poder Legislativo de Alagoas faz eleição para nova diretoria em meados deste mês. Duas chapas estão aptas a disputar o voto dos servidores. efetivos.

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extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 - 3

[email protected] Siga-me: @jorgearapiraca

País à derivaRio - Você acredita mesmo que a presidente Dilma vai espalhar 9 bilhões

de reais pelo Nordeste para enfrentar a seca que já se alastra em 160 municí-pios ou distribuir dinheiro para sua reeleição? Segundo matéria da revista Veja, a presidente age agora sob a orientação do marqueteiro João Santana, responsável pela sua campanha e pela do ex-presidente Lula. Cada passo dela é calculado cirurgicamente por Santana e sua equipe visando a reeleição de 2014. Essas visitas de Dilmaao Nordeste (a sexta em dois meses) fazem parte de uma estratégia para enfrentar a popularidade de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que ameaça abocanhar votos do PT na região que vêm garantin-do o poder do partido nos últimos dez anos.

Não existe caixa no governo nem projetos prontos para engolir os 9 bilhões de reais que Dilma prometeu, porque o país não cresce, a inflação recrudesce e há o perigo eminente de um desastre na economia, estagnada desde que Dilma assumiu à presidência. A indústria parou e a balança comercial está desequili-brada, negativa. As visitas da Dilma a algumas regiões doravante ficarão mais frequentes, porque hoje o que está em jogo é a reeleição dela e não a estabili-dade do país que patina com problemas na infraestrutura e na falta de projetos novos para acelerar a economia e gerar emprego.

O problema da miséria no Nordeste é secular. Entra e sai governo, ele permanece. Não existe um planejamento nem a curto nem a médio prazo para enfrentar a estiagem na região. A Transposição do Rio São Francisco virou um monte de resto de obra. Os recursos minguaram e as empreiteiras paralisar-am as obras em várias frentes. Quando a Dilma diz que já gastou 7,6 bilhões de reais em medidas emergenciaisno semiárido não acredite. É mentira. Ela teria que liberar em cada ano de seugoverno pelo menos 4 bilhões de reais para construções de barragens e adutoras, o que não aconteceu. São números chutados que a imprensa publica com preguiça de checá-los e a população, iludida, acredita nesses factoides como acreditaram nos da construção de 800 aeroporto no país.

SarauA soprano Stela Brandão e a pianista Moema Craveiro vão fazer as cenas do sarau que ocorriam na década de 1920 na casa da Nise da Silveira, em Maceió, e na próxima sexta-feira farão uma apresentação no Teatro Deodoro, iniciativa da JCV, que produz o filme, e da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas. A orquestra sinfônica da Universidade Federal de Alagoas, regida pelo maestro Milton Souza, também participa do filme numa cena em que a Nise, na hora da morte, fala que dança com Mário, o marido.

CarrõesO pouco dinheiro que chegar (se chegar) aos municípios afetados pela estiagem vai servir certamente para que os prefeitos mudem de status sociais, construindo mansões e com-prando carros de luxo. Infelizmente, é o que se constata depois que a chuva chega e os miserá-veis continuam miseráveis.

OposiçãoOs governadores e vices que compareceram a reunião da Dilma em Fortaleza saíram de lá de dentes arreganhados com a generosida-de financeira prometida pela presidente. Até Teotônio Vilela Filho, do PSDB, elogiou a presidente, deixando gravado para o futuro os fartos elogios a atuação dela como se o petê não fosse usá-los na primeira oportunidade eleitoral. Esquece o tucano que a presidente fala pelos cotovelos e faz promessas nem sem-pre cumpridas por seus ministros.

FarraO governo do PT está fazendo farras monu-mentais com o dinheiro do contribuinte. O Brasil tem hoje 39 ministérios, dezoito a mais do que tinha no governo de Fernando Henri-que Cardoso. Foram criados para alojar parasi-tas e aliados políticos do partido. FHC quando deixou o governo existiam 21 ministérios. O Governo de Fernando Collor havia reduzido esses ministérios para dez e o país funcionou.

Os carrosO governo prorroga mais uma vez o IPI dos carros novos para impedir um colapso na economia e manter a indústria automobilís-tica operando sem sobressaltos. Com isso, incentiva a compra de mais carros, aumenta a inadimplência e provoca um nó no trânsito. Mesmo cortando os impostos, os carros zero aumentaram os preços em mais de 3% em média este ano.

BurriceIncentivar a compra de carros novos é au-mentar a poluição e gastar mais dinheiro em rodovias, viadutos, elevados, estacionamentos e provocar um caos no trânsito já saturado em todas as capitais brasileiras e nas grandes e médias cidades. Mas o governo não para pra pensar, porque o ministro da Fazenda, Guido Mantega, até hoje não apresentou um projeto eficiente para evitar que a economia do país desça ladeira abaixo. As medidas até hoje tomadas são com base em ideias envelhecidas

e ultrapassadas.PR no governoComo em campanha “a gente faz o diabo”,

como já disse a presidente Dilma ao falar da ree-leição de 2014, o PR volta ao governo petista com a escolha de Cesar Borges, ex-governa-dor da Bahia, para comandar o Ministério

dos Transportes, envolvido em escândalo quando também era administrado por Alfredo Nascimento, presidente do partido, demitido por corrupção.

FaxinaA presidente Dilma que decidiu por uma faxina ética ministerial quando assumiu o governo ao descobrir que alguns minis-tros roubavam dinheiro do contribuinte recebendo propinas e realizando licitações fraudadas, agora descobre que a roubalheira é aceitável também no seu governo como uma prática comum.

ConvocaçãoDilma devolveu o Ministério do Trabalho ao ex-ministro Carlos Lupi que alojou lá dentro um tal de Manoel, um serviçal do seu partido, rasgando e jogando na lata do lixo a conduta ética que teve quando demi-tiu o próprio Lupi por corrupção. Assim, com todos os corruptos de volta, a presi-dente Dilma mostra-se coerente quando diz que “a gente faz o diabo numa eleição”. Ela conhece muito bem os métodos petistas de fazer campanha e eleger presidente. O povo, na verdade, é que é idiota.

Olhar de NiseJá está em Maceió a equipe do “Olhar de Nise” que filma sob a minha direção e do cineasta Pedro Zoca a história da psiquia-tra alagoana Nise da Silveira. A direção de fotografia do documentário é de André La-venere e a produção executiva da jornalista Ana Maria Rocha. A atriz Mariana Terra, a mesma que protagonizou uma peça de teatro sobre a Nise da Silveira, interpreta a psiquiatra no filme. Andrey Hermuche e Zé Gotinha são os diretores de arte e cenografia.

ReeleiçãoA Dilma,“vendida” pela propaganda como gerentona, mãe do PAC, admitida pelo ex-presidente Lula porque se apresentou com um laptop a tiracolo no seu gabinete, é a mesma que deixou a Petrobrás quase quebrar quando esteve à frente do Ministério das Minas e Energia e depois na presidência do conselho da empresa. É a mesma que também abandona Brasília para fazer campanha para a reeleição usando a infraestrutura presidencial. É a Dilma que lotou um avião de áulicos e foi para o Vaticano conversar com o Francisco, o Papa que detesta ostentação, apenas porque seu Chefe de Gabinete, Gilberto Carvalho, queria beijar a mão do Pontífice para lembrar do seu passado de carola da igreja católica.

AtropelandoNo Ceará, onde anunciou os 9 bilhões para a seca, a Dilma foi prestigiar os Gomes – Cid, o governador, e o irmão Ciro, ambos do PSB, que malandramen-te disseram apoiar a sua reeleição, jogando para escanteio a provável candida-turado Eduardo Campos, presidente do partido. Lá, na reunião da Sudene, ela se saiu como essa análise infantil da situação nordestina: “As medidas estrutu-rantes, junto com toda a estrutura de proteção social, montada pelo governo do presidente Lula e pelo meu governo, elas explicam por que a cara da miséria nessa região não foi tão acentuada perversamente pela estiagem”. Entendeu? Eu nao.

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O assunto da violência desenfreada que assola o Estado de Alagoas já virou rotina e parece até ser cansativo. Mas a cada dia que passa o

Governo do Estado, mesmo com o programa do Bra-sil Mais Seguro, não atinge os objetivos a que foram propostos.

Os assassinatos não diminuíram, o tráfico de drogas, principalmente na periferia da cidade, vem aumentando consideravelmente e as autoridades não têm muitas explicações para dar.

O índice de violência assusta a toda a população. Famílias inteiras nos finais de semana preferem ficar em casa, com as portas fechadas, a ter que enfrentar assaltos nas ruas, nas praças e até mesmo nos super-mercados e restaurantes. Em Alagoas e especialmente em Maceió, se assalta de todas as formas. Assaltam passageiros que utilizam ônibus, assaltam postos de combustíveis, assaltam alunos e escolas, assaltam bancos, assaltam fazendas fazendo reféns, enfim, tudo quanto é lugar se render alguma coisa para os margi-nais.

A polícia que a cada dia perde mais efetivo por causa de aposentadorias e outros fatores, parece que não tem muito que fazer. A força Nacional, com cerca de 230 homens no Estado não tem dado conta da assepsia que se precisa realizar no Estado. Enfim, a segurança está em frangalhos. E parece que não é preciso estar relembrando que o tratamento com bandidos tem que ser duro. Hoje em dia o policial que tratar com um pouco mais de dureza o marginal, pode perder a farda, ser processado e até mesmo ir parar na cadeia.

Para enfrentar a bandidagem em defesa da socie-dade, é preciso se ter coragem, jogar pesado contra assassinos e traficantes, independentemente de que qualquer instituição venha a chiar, venha a esperne-ar. Afinal de contas a polícia está aí para garantir a ordem e a tranqüilidade da população. Coisa que não vem acontecendo há muito tempo.

O drama da violência

[email protected]

GABRIELMOUSINHO

Rota de colisão

Não convidem para a mesma mesa o presidente do CRB, de-putado Marcos Barbosa e o empresário Mário Marroquim. Pode ocorrer quebra-quebra.

Sinal ruimAs estatísticas mostram que os assassinatos voltaram a subir em Alagoas. O número de pessoas mortas em finais de semana é assustador e o governo ainda quer passar a impressão que tudo está sob controle. Alguém deve estar

ReforçoO 59º Batalhão de Infantaria de Maceió, já recebeu dezenas de viaturas modernas e que deverão ser utilizadas no combate à seca, substituindo os conhecidos e famosos carros-pipas. São ca-minhões de grande porte com estruturas até de armazenamento de água e que são montados rapidamente de acordo com as ne-cessidades.

Reforço 2Mas em que pese o Batalhão ter agora uma frota de alto nível e que deverá entrar brevemente em operação, vai ter que enfrentar a burocracia para a contratação de motoristas.

Chegando a horaO senador Benedito de Lira está dis-posto a disputar a sucessão do gover-nador Téo Vilela e já inicia conversa-ções sobre as eleições. Ele esteve com Téo e agora troca ideias com Renan Calheiros, podendo sair daí uma do-bradinha.

Chapa idealPara pessoas ligadas tanto a Biu de Lira quanto a Renan Calhei-ros, a chapa ideal seria Benedito como governador e o deputado federal Renanzinho como vice. Mas muita água ainda vai correr por baixo da ponte.

Chapa ideal 2Mas outro nome poderia ser indicado para compor a chapa para o governo encabeçada por Benedito de Lira. Seria o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, uma inconteste liderança da região. Isso, se Renan aprovar.

Força no interiorO senador Benedito de Lira, além dos outros redutos que detém no Estado, tem uma força incomum na região do Agreste, onde a família Pereira, do seu grupo político, arranca pelo menos 100 a 150 mil votos de alguns municípios da região.

O leite e a águaA Comissão de Agricultura do Senado está formando uma cor-rente para mudar a atual situação da venda do leite por pequenos produtores. Segundo o presidente da Comissão, senador Bene-dito de Lira, o principal problema enfrentado pelos produtores é o baixo preço pago pelo leite, cerca de 1 real e 30 centavos. Para Lira, o que o produtor recebe não cobre os custos de alimentação do gado. Ele disse que cada litro deveria custar, no mínimo, 1 real e 50 centavos. Um litro de leite, segundo ele, vale menos do que uma garrafa de água mineral ou um cafezinho.

Ponto finalQuem alimentava a esperança de ver Fernando Collor candidato ao governo, vai ter que esperar ainda muito. O ex-presidente tem confirmado para assessores mais próximos que quer continuar no Senado. O governo não lhe passa pela cabeça.

O Edson, de voltaOs jornalistas alagoanos e com certeza toda a população, estão aplaudindo o reaparecimento na mídia do jornalista e narrador de futebol Edson Mauro, que estreia com uma coluna sobre esporte aqui no Extra. Edson, grande figura humana e que trabalhou conosco na Organização Arnon de Mello na equipe de esporte de Márcio Canuto transfe-riu-se para o Rio de Janeiro nos anos 70 para a Rádio Glo-bo, onde permanece até hoje como um dos seus principais narradores. Aqui, no Extra, ele vai falar de Copa das Con-federações e Copa do Mundo. Conhecedor como ninguém do esporte nacional, Mauro será uma atração especial deste Semanário. Bem vindo, Edson, e obrigado Jorge Oliveira, por repatriar para Alagoas um dos mais competentes e decentes profissionais da imprensa brasileira.

Ladeira abaixoAlém da fritura de alguns secretários de Estado e das picui-nhas nos bastidores do Palácio dos Martírios, o Turismo, Trabalho, Cultura e Mulher e Cidadania, ainda não disse-ram para que veio. Vai demorar pouco para o governador fazer substituições no seu quadro de auxiliares.

DistânciaAntes amigos íntimos, o deputado federal Alexandre Tole-do e o governador Téo Vilela estão cada vez mais distantes. Ao contrário do que foi especulado sobre a migração de Toledo para o PSB, do governador Eduardo Campos, a mágoa mesmo do parlamentar é quanto à exoneração de aliados seus da Secretaria de Saúde. Sem ao menos tomar conhecimento previamente. Essas medidas do governo, diga-se de passagem, do Gabinete Civil, azedou de vez as relações entre Alexandre e Téo.

Sem acreditarAliados do senador Fernando Collor pagam pra ver o go-vernador Téo Vilela ir até o fim de seu mandato. Acreditam que é uma jogada política, para sair da linha de tiro.

Mais visibilidadeMuita coisa foi feita pelo governo nos últimos anos, mas a população pouco tomou conhecimento. E os adversários aproveitam a fragilidade na comunicação entre governo e povo para bater nos seus pontos fracos. E vêm atingindo os objetivos.

Perguntar não ofendeAlguém acredita mesmo que vão instalar ponto eletrônico para todos os funcionários da Câmara de Maceió?

ReconhecimentoA Câmara Municipal de Maceió vem dando exemplo de vitalidade nesta atual Mesa Diretora. Os vereadores têm tra-balhado com afinco e as sessões plenárias ganharam novos atrativos. É assim que se faz.

AmeaçaToda a comunidade jornalística repudia com veemência sobre a ameaça de morte que sofreu o companheiro Wilson Júnior. A Secretaria de Defesa Social, com as informações que possui, tem a obrigação de descobrir quem foi o bandido que ousou ameaçar o vereador, para isso não se tornar rotina. Como o momento atual é de se preocupar quando se fala em segurança pública, é bom o Wilson tomar as suas precauções.

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EDITORA NOVO EXTRA LTDA - CNPJ: 04246456/0001-97Av. Aspirante Alberto Melo da Costa - Ed. Wall Steet Empresarial Center, 796, sala 26 - Poço - MACEIÓ - AL - CEP: 57.000-580

DIRETORCarlos Augusto MoreiraEDITORFernando Araújo

CONSELHO EDITORIALLuiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros, Maurício Moreira e José Arnaldo LisboaSERVIÇOS JURÍDICOSVieira & Gonzalez

ARTEFábio Alberto - 9351.9882REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA3317.7245 - 9982.0322

FAX - 3317.7248IMPRESSO - Jornal do CommercioE-mail: [email protected]

EDITORIAL OPINIÃO

A omissão do poder público, principalmente dos órgãos de fiscalização, permite a práti-ca de situações abusivas e, acima de tudo,

ilegais. É o caso do abastecimento d´agua por meio de carros-pipas de prédios residenciais e comerciais, principalmente na região da Ponta Verde.

A Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, diz no seu art. 45, § 2º, que “a instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abasteci-mento de água não poderá ser também alimentada por outras fontes”, proibindo desta forma o uso de carros-pipas.

O Lagoa Mar Hotel, localizado na Av. Dr. José Sampaio Luz, na Ponta Verde, é abastecido diaria-mente, inclusive nos sábados, domingos e feriados, por um carro-pipa da empresa Água São Bento, que provoca um barulho infernal e perturba a vida dos residentes nos prédios próximos.

Segundo um morador do Edifício Acqua, o caminhão que abastece o hotel estaciona defronte ao prédio residencial nas horas mais inconvenien-tes, inclusive até mesmo à noite, não permitindo às famílias permanecerem na área ou na sala de estar dos apartamentos para assistir televisão, ouvir uma música ou até mesmo conversar.

O barulho provocado pelo caminhão com certeza também perturba a vida dos hóspedes do hotel.

Vale destacar que a Av. Sampaio Luz é abastecida

regularmente pela CASAL, e o Edifício Acqua, por exemplo, não utiliza carros-pipas há anos, não se registrando a falta d´agua nesse prédio. A bem da verdade, outros dois ou três edifícios residenciais situados nessa rua utilizam o sistema alternativo de abastecimento.

De acordo com um engenheiro da CASAL, o uso dos carros-pipas é ilegal, na forma na lei fede-ral já citada, e é uma maneira dos estabelecimentos comerciais e até dos prédios residenciais de não pagarem a taxa de saneamento, que vem junto com a conta d´agua.

O mesmo morador que prestou essas informa-ções disse que já denunciou o fato à CASAL e está levando ao conhecimento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, órgão responsável pela fiscali-zação. Foi informado, também, que o Ministério Público Estadual já está adotando providências para coibir esta situação, cuja prática é generaliza-da em Maceió.

No ano passado a Casal prometeu apertar o cerco contra todos os condomínios que utilizam fontes alternativas (carros-pipas e poços), que são usuários da rede coletora de esgoto da compa-nhia. A estatal lembra que essa prática fere a Lei Nacional de Saneamento (11.445, de 2007). Mas pelo visto, a situação nada mudou e tudo continua como antes.

A praga dos carros-pipas

Estagnação dos avançosLUIZ GONZAGA BERTELLI*

O resultado do Índice de Desenvolvimento Huma-no (IDH) 2012 foi um banho de água fria para quem esperava melhora expressiva na classifi-

cação brasileira. Segundo o ranking apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimen-to (Pnud), o país está na 85ª posição, com um índice de 0,730. Com esse resultado, permanece estagnado, ocupando a mesma posição do ano anterior, apesar de uma pequena melhora no índice, ficando atrás de países como Argentina (45°), Cuba (59º), Irã (76º), Venezuela (77°) e Azerbaijão (82°). As nações mais desenvolvidas, de acordo com o relatório, são Noruega, Austrália, Esta-dos Unidos, Holanda e Alemanha. O cálculo feito pelo Pnud tenta medir o nível de desenvolvimento humanos dos países, considerando três quesitos – saúde, educa-ção e renda. Nesses itens, o Brasil tem derrapado há al-gum tempo.

O governo federal, por meio dos ministros da Educa-ção, Aluízio Mercadante, e do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, contestaram os números. Eles dizem que o órgão mundial não leva em consideração dados novos como a entrada de 4,8 milhões de crianças, entre 5 e 6 anos, no sistema da educação. Nem foi levado em conta a ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos, o que poderia fazer o Brasil subir várias po-sições.

O fato é que houve avanços nos últimos anos, nos três setores avaliados. Desde os anos 90, o Brasil apre-sentou um aumento de 24% do índice, ficando entre os 15 países que mais cresceram na pesquisa. Isso ocorreu pelo salto nas áreas sociais. Os pesquisadores elogiaram a redução das desigualdades entre os cidadãos, graças à criação de um programa de combate à pobreza e ao au-mento do salário mínimo. Na educação também houve avanços, com a obrigatoriedade do ensino fundamental e o desenvolvimento da educação infantil, o que elevou o número de alunos à escola.

Agora é mais do que hora de crescer no tocante à qualidade do ensino, ainda muito defasada em relação às nações mais desenvolvidas, e dispensar um olhar mais atento ao ensino médio, que precisa ganhar caracterís-ticas mais profissionalizantes e técnicas, que aproxime os jovens do mercado de trabalho. Preparar a juventude nada mais é do que semear o terreno para o desenvolvi-mento e para um futuro mais próspero.

* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do

Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Acade-mia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

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IMBRÓGLIO ELEITOREIRO

JOÃO MOUSINHO [email protected]

A série de denúncias e ações criminais e de improbida-de administrativa que tra-

mitam na Justiça contra o prefeito afastado de Rio Largo, Toninho Lins, podem ser julgadas a qual-quer momento pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Com a possível condenação e perda dos direitos políticos do titular, a vice prefei-ta, Maria Elisa Alves, assumiria o cargo. Mas Elisa, que já foi ex-mandatária de Rio Largo vem sendo investigada pelo Ministé-rio Público Eleitoral na denúncia em que uma servidora da justiça praticou irregularidade na emis-são de documento que permitiu a candidatura da vice-prefeita. Maria Elisa ainda foi condenada por improbidade administrativa, em 2008. O juiz Airton de Luna Tenório decidiu pela suspensão dos seus direitos políticos por oito anos devido uma série de des-mandos praticados na época que foi prefeita de Rio Largo de 2000 a 2006. “Com a possível vacância do cargo, caso o prefeito e sua vice sejam condenados, novas eleições devem ocorrer no período de até dois anos”, disse o especialista em direito eleitoral, Adriano Soares.

O advogado explicou que como o segundo colocado está inelegível e o terceiro teve apenas 19% dos votos, “hipoteticamen-te o que deve haver é uma nova eleição. É bom deixar claro que o afastamento tanto do prefeito, quanto da vice-prefeita não abre

precedente para um novo pleito, pois quem assume é o presidente da Câmara”, destacou Soares.

Mas o Movimento Contra a Corrupção em Rio Largo - repre-sentado por Dadá Santana e Alex Fernandes - já alertou que o atual presidente da Câmara de Rio Lar-go, Thales Diniz, está envolvido na mesma ação da venda irregular do terreno da prefeitura que afas-tou Toninho Lins. “O primeiro secretário da Câmara, Jeferson Alexandre, também está envolvi-do no esquema”, disse Fernandes.

Dadá afirmou que o caso dos vereadores foi levado ao Minis-tério Público Estadual. “Estamos esperançosos que os vereadores ímprobos também sejam afasta-dos”, disparou o membro do Mo-vimento. Em sua análise, o ad-vogado Adriano Soares analisou a situação política de Rio Largo como “atípica” e destacou que o município “vive um verdadeiro colapso institucional”.

IMPUNIDADE PARLAMENTAR A reportagem do jornal Extra

também obteve informações so-bre os bastidores do futuro polí-tico do prefeito afastado Toninho Lins. Segundo um militante do PSB - partido do prefeito - To-ninho Lins busca um espaço na sigla para ser candidato a deputa-do estadual. Caso eleito, Toninho se livraria temporariamente das ações de improbidade e criminais que vem enfrentando, devido à imunidade parlamentar.

A estratégia do prefeito seria

Ações de improbidade administrativa e pendências eleitorais podem acarretar novos pleitos; advogado eleitoral diz que “Rio Largo vive um colapso institucional”

Rio Largo e Major Isidoro devem ter novas eleições

Advogado Adriano Soares diz que nova eleição pode ocorrer num prazo de até dois anos do último pleito

responder suas ações com man-dato legislativo, o que retardaria futuras condenações. Segundo o mesmo integrante do PSB, as principais lideranças do partido não enxergam com bons olhos a candidatura de Toninho, já que a base governista trabalha o nome do secretário Alberto Sextafeira, para voltar à Assembleia.

Outro que também comun-ga do mesmo pensamento seria o deputado federal, Givaldo Ca-rimbão, que também faz parte do governo tucano, e que tem acesso livre à Secretaria da Paz. É públi-ca e notória a ligação do prefeito afastado de Rio Largo com o de-putado estadual João Beltrão, que tem desafetos tucanos declarados,

como é o caso do governista e ex-prefeito de Penedo, Alexandre Toledo.

“O cerco judicial e político coloca Toninho Lins em condi-ções cada vez mais adversas”, ex-plica um ex-correligionário do prefeito afastado de Rio Largo.

O processo de Toninho é ex-tenso e pode demorar anos.

Outro município que pode ter nova eleição é Major Isidoro, no sertão

alagoano. Lá, a questão também envolve o vice-prefeito Adoval-do Alves, o Doca, que enfrenta um processo de inelegibilidade por pendência eleitoral no plei-to de 2008.

Na ação movida pela coli-gação do candidato derrotado, Ítalo Malta, Doca Alves é acu-

sado de não prestar contas da campanha de 2008 no prazo legal, o que o tornou inelegível. Por isso o MP impugnou a sua candidatura em 2012. Mas seu advogado, Fábio Gomes, diz que a justiça eleitoral aceitou a prestação de contas – mesmo fora do prazo –, afastando a ine-legibilidade do vice-prefeito de Major Isidoro.

A questão foi parar no Tri-

bunal Superior Eleitoral onde a ministra Luciana Lóssio, em decisão monocrática, manteve a inelegibilidade de Doca Alves. Sua defesa entrou com agravo regimental e o processo será de-cidido – pelo pleno do TSE. Se a inelegibilidade do vice for man-tida pelo tribunal, haverá nova eleição dentro de 60 dias. Até lá, assume o presidente da Câmara dos vereadores.

Major Isidoro também poderá ter novo pleito

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extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 7

Ex-todo-poderoso assiste ao fim de sua carreira política, só levada adiante pela imunidade parlamentar

João Beltrão: cada vez mais cercado pela Justiça

João Beltrão foi denunciado como mandante de vários crimes

ODILON RIOSRepórter

Os 16 anos do assassinato do bancário Dimas Ho-landa mostram não ape-

nas a impunidade do caso, mas também que é cada vez pior a si-tuação do deputado estadual João Beltrão (PRTB)- acusado na auto-ria intelectual do crime.

Beltrão está cercado de ações judiciais por assassinato e cor-rupção por todos os lados. O todo-poderoso da Assembleia Legislativa assiste ao fim de sua carreira política. Ele só precisa perder a eleição para perder o foro por prerrogativa de função- a imunidade parlamentar.

Esta semana, Beltrão deu uma “aula” na Assembleia Legislativa, ao falar que a “espingarda vadeia” na região de Coruripe. Acusado em assassinatos, o deputado co-brou segurança contra a violência alagoana.

Em janeiro deste ano, Beltrão foi intimado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, Lázaro Guimarães, a se explicar sobre as fraudes, des-cobertas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Coruripe, quando era prefeito.

No TCU, o deputado é co-nhecido por obras inacabadas, apresentar informações falsas e sumiço de dinheiro. A prestação de contas dele, de 1996 quando era secretário estadual do Traba-lho foi contestada pelo tribunal por apresentar informações falsas sobre os gastos na pasta.

No início deste mês, Beltrão teve negado um recurso no Tri-bunal de Justiça, tentando barrar uma ação do Ministério Público

Estadual.E, ano passado, Beltrão- que

era considerado o deputado mais inatigível da Assembleia- viu sua fama cair ao ser condenado por usar a filha como laranja em uma operação ilegal: a compra de um carro com dinheiro da Casa de Tavares Bastos.

Na época do assassinato do bancário Dimas Holanda, em 3 de abril de 1997, João Beltrão ainda carregava a fama de durão e violento. Segundo as investi-gações do Ministério Público Estadual- baseando-se no de-poimento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante- o deputado mandou matar o ban-cário no conjunto Santo Eduar-do, em Maceió, a sangue frio. Se-gundo Cavalcante, foram usados três carros na ação- um deles de João Beltrão. E pistoleiros foram contratados para executar Dimas Holanda.

Segundo o ex-líder da Gan-gue Fardada, Dimas morreu por-que “só vivia dando em cima de Clécia”, suposta amante de João Beltrão. E o deputado “tomou a atitude de matar o rapaz”.

Em abril de 2010, Beltrão foi denunciado pelo então chefe do Ministério Público Estadual, Eduardo Tavares Mendes, pelo crime.

O parlamentar é acusado, ainda, de tramar a morte do cabo da Polícia Militar, José Gonçal-ves, em 1997.

Cabo Gonçalves fazia parte da “turma do João Beltrão”, em Coruripe, como era chamado.

Após sofrer um atentado, Gonçalves passou a trabalhar para o hoje deputado federal Francisco Tenório, segundo de-

poimento do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante. A proposta não agradou Cavalcan-te- era chamado de “desafeto” do ex-tenente-coronel.

Manoel Cavalcante passou a contactar com o presidente da Assembleia- na época- o deputa-do Antônio Albuquerque “com o escopo de solucionar aquele im-passe, pois segundo João Beltrão o Cabo Gonçalves estaria vindo para Alagoas para assassiná-lo”.

Na fazenda de Antonio Albu-

querque, no município de Limo-eiro de Anadia, foi articulada a morte de cabo Gonçalves, como descreve Manoel Cavalcante:

“Por sua vez, Antônio Albu-querque, detentor de grande in-fluência em nosso Estado, resol-veu articular uma reunião em sua residência, localizada na cidade de Limoeiro de Anadia, onde fi-cou acertado a execução do Cabo Gonçalves, que seria atraído para a armadilha armada por Francis-co Tenório e entregue para seu

inimigo João Beltrão”. “No dia do fato, como era de

costume, o Cabo Gonçalves se di-rigiu até a residência de Francisco Tenório, onde recebeu um ‘vale’ para abastecer seu veículo no Auto Posto Veloz, localizado na ‘Via Expressa’, tendo este, inconti-nente, comunicado a João Beltrão o fato e o local para onde estava se dirigindo a vítima, com o intui-to de que João Beltrão executasse seu plano, sendo assim feito”.

Sob ordens de Beltrão, a víti-ma foi executada de forma covar-de em um posto de gasolina, na Via Expressa, em Maceió.

Beltrão ainda responde pelo assassinato de Pedro Daniel de Oliveira, o Pedrinho Arapiraca, morto com 15 tiros em frente a um posto telefônico, na cidade de Taguatinga, em Tocantins, no dia 9 de julho de 2001.

O processo- que estava na 1ª Vara de Taguatinga/TO – está no TJ alagoano. .

É que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, como se trata de um crime doloso contra a vida, a competência para o julga-mento é do Tribunal do Júri. Ou seja: da Constituição Estadual- neste caso, a de Alagoas.

Pedrinho Arapiraca era dono de terras vizinhas às de João Bel-trão, em Taguatinga. Os assassi-nos, empregados de João Beltrão, foram identificados e presos pou-co depois de cometerem o crime. Beltrão devia R$ 54 mil pela com-pra de 337 cabeças de gado a Pe-drinho Arapiraca.

João Beltrão também é acusa-do de mandar executar outro fa-zendeiro em 30 de maio de 2000 no município de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, e a vítima foi o agricultor Paulo José Gon-zaga dos Santos, executado a tiros que lhe atingiram diversas partes do corpo, inclusive a cabeça. Ele sofreu perda de massa encefálica, fratura dos ossos cranianos e he-morragia.

IMPUNIDADE PARLAMENTAR

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IMPUNIDADE X CORRUPÇÃO

ODILON RIOSRepórter

Líder do PP na Câmara, o deputado federal Arthur Lira responde a mais uma

investigação- após ser acusado de agressão, desacato e indicia-do nas investigações da Opera-ção Taturana.

Arthur, agora, é investigado por corrupção passiva e lava-gem de dinheiro.

Segundo as investigações, que estão no gabinete do minis-tro Marco Aurélio Mello, do Su-premo Tribunal Federal (STF), o servidor da Câmara dos De-putados, Jaymerson José Gomes de Amorim, tentou embarcar, no aeroporto de Congonhas (São Paulo), com destino a Bra-sília, levando uma quantia em dinheiro considerada suspeita. As passagens foram pagas pelo deputado federal. O caso foi em fevereiro do ano passado.

A quantia em dinheiro apre-endida pela Polícia Federal con-tra o deputado federal não é ci-tada. Mas, o caso movimentou o procurador-Geral da Repúbli-

ca, Roberto Gurgel. Ele pediu a quebra do sigilo telefônico dos dois telefones do servidor da Câmara.

O caso deveria ser apreciado pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Em julho do ano pas-sado, foi remetido ao STF para que fosse desmembrado. Arthur Lira tem foro por prerrogativa de função- o foro privilegiado.

Arthur Lira será ouvido via STF, enquanto Jaymerson pela 2ª Vara Criminal Federal pau-lista.

Chama a atenção que Jay-merson é uma pessoa conheci-da em Alagoas. Foi secretário de Administração em Marechal Deodoro no governo Cristiano Matheus.

Depois, em maio de 2010, foi nomeado para o cargo de as-sistente parlamentar do Senado Federal. Era lotado na liderança do PMDB. Foi exonerado em fe-vereiro de 2011.

Temperamento explosivoDe temperamento consi-

derado explosivo, Arthur só se tornou líder do PP na Câmara pela influência do pai, o sena-

Protegido pela imunidade parlamentar, deputado é acusado de agredir ex-mulher e oficiais de Justiça, além de condenado na Taturana

STF abre investigação contra Arthur Lira por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Arthur Lira é acusado de corrupção e violência contra mulheres

dor Benedito de Lira (PP). E só se elegeu à Câmara porque o pai levou a campanha dele nas ruas.

Antes de se aposentar, o pró-prio desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Manso, ao sa-ber do estilo Arthur Lira, desig-nou, em 9 de abril de 2008, que cinco policiais acompanhassem um oficial de Justiça do tribunal porque o deputado se mostrava uma ameaça ao integrante do Ju-diciário. O oficial tentava entre-gar outra ação contra Arthur: a de agressão contra a ex-mulher, Jullyne Cristine Santos Lins.

Em 3 de janeiro de 2008, Manso decidiu que Arthur fica-ria proibido de manter contato pessoal, telefônico e até mesmo por escrito contra a ex-mulher, seus familiares e s testemunhas do processo de agressão.

Em setembro de 2009, ele de-sacatou outro oficial- no mesmo processo da ex-mulher. “Recebo já esta merda”, disse ao oficial.

E, para completar, Arthur Lira foi condenado em setembro do ano passado no esquema da Taturana. Segundo decisão da Justiça, ele integrava a Mesa Di-

retora da Assembleia e assinou os cheques, dados em garantia, para quitação dos empréstimos. Usou recursos públicos para pagar estes empréstimos e ver-ba de gabinete para aumentar o rendimento e maquiar a imora-lidade pública.

Arthur conseguiu desviar,

dos cofres públicos- via Assem-bleia- R$ 9,5 milhões (exatos R$ 9.542.939,71).

Por deter o foro por prerro-gativa de função, Arthur Lira só pode ser julgado pelo STF. A menos que perca a eleição no próximo ano, quando seria con-siderado um cidadão comum.

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ODILON RIOSRepórter

O Tribunal de Justiça de-cide, na próxima ter-ça-feira (9), o destino

do juiz Galdino José Amorim Vasconcelos, da comarca de Pão de Açúcar. Ele está afastado das funções desde o ano passado, quando o corregedor do Tribu-nal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Ivan Vasconce-los Brito Júnior, concluiu que Galdino favoreceu juridicamen-te o prefeito de Palestina, Júnior Alcântara.

Segundo o corregedor elei-toral, o juiz e o prefeito toma-vam uísque na beira da piscina e o magistrado recebeu R$ 50 mil de uma coligação para libe-rar um veículo apreendido em flagrante de corrupção eleitoral. Ainda de acordo com a senten-ça, que teve investigações leva-

das adiante pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), há infor-mações que o magistrado teria recebido mais R$ 150 mil para extinguir uma ação de impug-nação de mandato eletivo, que pode cassar o mandato de um político.

“Todos na cidade falam de forma escancarada que, mesmo diante de vários desmandos ad-ministrativos e inúmeras ações em face do Município, nada de

TJ julga na terçajuiz acusado de corrupçãoGaldino foi afastado do cargo pelo corregedor do TRE; ele teria recebido dinheiro para favorecer prefeito

Juiz Galdino Amorim é acusado de receber propina de ex-prefeito

mau poderá acontecer ao atual Prefeito Municipal, Júnior Al-cântara, uma vez que o Dr. Gal-dino engaveta todas as ações”, detectou o Gecoc.

“O Prefeito Júnior Alcântara cerca o Dr. Galdino de todas as regalias possíveis, tais como o financiamento de festas de con-fraternização do Fórum, a cessão de uma assessora de nome Anne Beatriz (ex-namorada do Prefei-to Júnior Alcântara), a concessão de uma quota de abastecimento no mesmo posto de combustí-vel em que a frota do município é abastecida (Posto El Shaday). Comenta-se que o Dr. Galdino tinha exigido uma caminhonete do Prefeito de Palestina, e que tal fato teria sido relatado por um primo do Prefeito Júnior Alcân-tara em um bar no município de Pão de Açúcar”, avaliou o grupo, ligado ao Ministério Público Es-tadual.

NA MIRA

Comenta-se que o Dr. Galdino tinha exigido uma caminhonete do Prefeito de Palestina, e que tal fato teria sido relatado por um primo do Prefeito Júnior Alcântara

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CORRUPÇÃO

ODILON RIOSRepórter

O desembargador e ex-pre-sidente do Tribunal de Justiça, Washington Luiz

Damasceno Freitas, contratou os melhores (e mais caros) advoga-dos para elaborarem a defesa nas investigações entregues à corre-gedoria do Conselho Nacional de Justiça. no escândalo da merenda escolar em Alagoas.

Nabor Bulhões e Fábio Ferrá-rio vão tentar provar que o inte-grante do TJ não recebeu propina de R$ 400 mil, no esquema da me-renda, para beneficiar a empresa SP Alimentação, que fornece me-renda escolar.

Na versão do ex-presidente do tribunal, em junho do ano passa-do, ele recebeu um ofício da en-tão corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, mas colocando o desembargador na condição de informante.

“Houve, sim, a suspensão do contrato com a empresa. Um ato unilateral, que o então desem-bargador Fernando Tourinho, no julgamento de um agravo, consi-derou ilegal, concedendo uma li-minar beneficiando a SP Alimen-tação”, disse Washington ao blog do jornalista Ricardo Mota.

“Quando o caso foi redistri-buído para mim, em novo pedido apresentado pela empresa, eu de-cidi pelo cumprimento da liminar que já havia sido concedida pelo desembargador Fernando Touri-nho. A prefeitura não vinha cum-prindo a decisão”, explicou.

A versão do desembargador é diferente do que foi apurado pe-los promotores de São Paulo, que entregaram aos de Alagoas docu-mentação incriminando um chefe de gabinete do desembargador. Ele recebeu R$ 400 mil, em propi-na, e repassou a verba ao desem-bargador.

O processo corre em segredo no CNJ, mas as investigações só vazaram na semana passada por-que a filha do desembargador, que era prefeita da cidade sertaneja de Piranhas, Melina Freitas (PMDB), é acusada pelo Ministério Público Estadual de liderar uma quadrilha que desviou R$ 15 milhões dos cofres da cidade. Ela obteve um salvo-conduto do TJ e não pode ser presa.

COMO FOI?

No ano passado, os promoto-res de São Paulo que investigam o pagamento de propinas e doações ilegais para campanhas eleitorais através de empresas especializadas na merenda escolar entregaram ao Ministério Público de Alagoas as quebras de sigilo telefônico e fiscal de um chefe de gabinete do desembargador Washington Luiz. Segundo os documentos, o chefe de gabinete recebeu R$ 400 mil da SP Alimentação, depositados em sua conta bancária. Para os inte-grantes do MP, o dinheiro foi en-tregue ao desembargador.

Isso porque a empresa conse-guiu, graças a uma decisão de Wa-shington Luiz, voltar a atuar em Maceió, apesar da recomendação

Desembargador nega esquema da merenda e contrata melhores (e mais caros) advogados para defesa

Washington Luiz diz que não é investigado; MP confirma

do MP local para que os contratos fossem rompidos e de um parecer da Procuradoria Geral do Municí-pio suspendendo a atuação da SP Alimentação na capital alagoana. Os R$ 400 mil foram depositados após a decisão judicial.

Para o MP, a SP Alimentação mantinha um esquema de alto nível de repetição de comida nas escolas municipais de Maceió. Isso poderia indicar que os alunos estavam se alimentando melhor. Não era verdade. Cada prato sujo - uma medida para cada meren-da consumida - valia por dois, na matemática da SP. Se os alunos repetissem, o valor dobrava: valia quatro.

Só que a creche Herbert Via-na, em Maceió, não tinha sequer fogão. Servia lanche aos alunos. Na hora de cobrar, a SP transfor-mava o lanche em refeição.

E foi assim, de lanches rápidos ou pratos de merenda dobrados que a SP montou o esquema na

capital, encerrado em 2007- sob recomendação do MP local. Os promotores de São Paulo pediram ajuda aos de Alagoas porque des-cobriram a mesma forma de atua-ção do esquema há dois anos.

O desembargador foi denun-ciado, pelo MP de Alagoas, por receber propina. O processo está na Corregedoria do CNJ.

Há duas semanas, a filha do desembargador e ex-prefeita da cidade de Piranhas, no sertão ala-goano, Melina Freitas (PMDB), conseguiu um salvo-conduto do TJ de Alagoas e não pode ser presa. Investigações do Grupo Es-pecial de Combate às Organiza-ções Criminosas (Gecoc), do MP, apontam que ela desviou R$ 15 milhões na construção de escolas, postos de saúde ou estradas que só existem no papel.

O “esquema Piranhas”- como é chamado no MP- envolve oito prefeituras.

“Todas tinham o mesmo

modus operandi: ou clonavam informações de empresas para obras que nunca existiram ou contratavam empresas fantasmas”, disse um integrante do MP, sob anonimato, por causa das inves-tigações. “De todas as prefeituras investigadas, a de Piranhas regis-trou o maior desvio, de longe. A quadrilha atuava com a certeza da impunidade”.

Esse não é o primeiro proce-dimento contra Washington Luiz. Ele já foi denunciado em 2006 ao CNJ por ter autorizado o recebi-mento, em benefício próprio, de R$ 666.587,53 de diferenças sa-lariais. Em 2009, o Conselho de-terminou que ele devolvesse R$ 354 mil. Há outra representação contra ele no CNJ, também em segredo.

Relatório do CNJ mostra que Washington Luiz tinha o maior gabinete entre todos os desem-bargadores: 50 metros quadrados e 34 servidores. Pelos dados do

Desembargador Washington Luiz, do TJ, é investigado no CNJ por improbidade administrativa

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INSEGURANÇA

VICTOR [email protected]

O caos na segurança pública de Alagoas não deverá ser resolvido nem tão cedo.

Um relatório da Polícia Militar re-vela que o estado tem uma carên-cia de mais de 4,5 mil policiais nas ruas. Em apenas dois anos, mais de 600 militares deixaram as fileiras da corporação e não houve entra-da de novos agentes. E pior: no ano passado, o governo do Estado criou uma lei reduzindo definitiva-mente o efetivo da polícia.

O número de policiais está exposto no Mapa Demonstrativo das Praças, um levantamento fei-to periodicamente pela Diretoria de Pessoal da Polícia Militar de Alagoas. Em junho de 2011, qua-se dois anos atrás, o estado tinha 7.132 praças – como são chama-dos os soldados, cabos, sargentos e subtenentes. A quantidade já era considerada insuficiente para fazer o policiamento do estado.

O levantamento feito neste ano, então, revela uma situação ainda pior. O documento da PM mostra que atualmente existem apenas 6.515 praças fazendo todo o policiamento do estado. São 600 policiais a menos em apenas 22 meses. A falta de policiais nas ruas já estaria até mesmo impedindo que policiais possam requerer seu afastamento da ativa. É o que afir-ma o procurador Luciano Chagas, do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL).

“A informação que recebemos

é de que o Comando da Polícia já não está nem mesmo aceitando os pedidos de reforma. Quando um policial atinge o tempo de serviço e tenta se afastar da ativa, tem o pe-dido negado”, afirma o procurador. A estratégia estaria sendo adotada porque o próprio Comando da PM sabe que a falta de policiais impossi-bilita uma boa prestação do serviço de segurança pública no estado.

O procurador do Ministério Pú-blico avalia que a carência no efeti-vo não deve ser resolvida nem tão cedo. Isso porque o único concurso realizado pelo governo estadual nos últimos seis anos não ajuda a re-solver o problema: ao final do cer-tamente, serão contratados apenas 1.040 policiais. Se continuar nesse ritmo, nunca haverá policiais sufi-cientes para, efetivamente, fazer a segurança pública do estado.

“Em Pernambuco foram no-meados 3 mil policiais num dia só. Aqui em Alagoas, nos últimos seis anos, foram aprovados 800 militares e só 400 foram nomeados. É um ab-surdo. O atual número de policiais não dá nem para fazer a segurança de Maceió, imagine a segurança de todo o estado”, alerta Chagas, com a experiência adquirida por também ser ex-delegado de polícia.

O próprio Mapa Demonstrati-vo de Praças diz quantos policiais deveria haver no estado. De acor-do com o documento elaborado pela PM, Alagoas precisa de 11.167 policiais militares, mas só possui 6.515. A carência é de mais de 40% do efetivo. Só na função de soldado, a mais baixa patente, existem vagas

Em 2 anos, Alagoas perdeu mais de 600 policiais militaresDados da própria Polícia Militar revelam que estado possui uma carência de mais de 4,5 mil agentes de segurança

para 4.415 pessoas. E esse número já foi pior.

Em 2011, quando o estado ti-nha mais militares nas ruas do que atualmente, o Comando da PM já alertava que Alagoas precisava de 15.202 policiais trabalhando na segurança pública. Mas, ao invés de resolver o problema, o gover-no do estado tomou uma medida inusitada: criou uma lei para redu-zir oficialmente o efetivo militar. Através da lei 7.372/2012, o go-verno estadual reduziu em 25% o número ideal de policiais em Ala-goas. A medida ajudou a disfarçar o rombo existente no efetivoda corporação, mas em nada contri-buiu para melhorar a segurança

Procurador Luciano Chagas critica número de policiais em Alagoas; abaixo, quadro da própria PM revela carência no contingente

pública local.INCOMPATÍVEL O número de policiais em Ala-

goas está fora até mesmo da média estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). A princi-pal organização política interna-cional afirma que deve haver um policial para cada grupo de 250

habitantes. Alagoas, que tem uma população de mais de 3 milhões de habitantes, deveria ter um efetivo com mais de 12,5 mil policiais. Mas não é o que acontece no esta-do, com uma média de um policial para cada grupo de 475 cidadãos. E nem há previsão para que essa situação mude.

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ENTULHOS QUE CUSTAM CARO

AGÊNCIA CNJ DE NOTÍCIAS E CONGRESSO EM FOCO

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai criar um grupo de trabalho

para propor ao Poder Legislativo a extinção dos tribunais militares dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, e tam-bém do Superior Tribunal Militar (STM). A proposta foi apresenta-da pelo conselheiro Bruno Dantas e complementada pelo conselhei-ro Wellington Saraiva.

A medida foi aprovada por unanimidade durante a 166ª Ses-são Ordinária do CNJ, realizada nesta terça-feira (02/04), quando julgou um processo administrati-vo contra dois juízes do Tribunal Militar de Minas Gerais

O tribunal mineiro é com-posto por sete desembargadores e seis juízes, consome R$ 30 mi-lhões por ano de recursos públi-cos, para julgar pouco mais de 300 processos. De acordo com Bruno Dantas, “a situação escan-dalosa” se repete no tribunal mili-tar de São Paulo, que consome R$ 40 milhões, e do Rio Grande do Sul, que gasta em torno de R$ 30 milhões, para julgar poucos pro-cessos.

Já o Superior Tribunal Militar (STM) consome R$ 322 milhões de recursos públicos com 15 mi-nistros, 962 servidores e julga em torno de 600 processos por ano.

Bruno Dantas ressaltou que o gasto do STM corresponde a um terço do orçamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) respon-sável pelo julgamento de grande quantidade de processos.

O diagnóstico da Justiça Mili-tar, incluindo a federal, deve estar pronto em 90 dias. Para o conse-lheiro Jorge Hélio, esse segmento da justiça exige uma providência.

As propostas que surgirem dos estudos do CNJ serão enca-minhadas às assembleias dos esta-dos e ao Congresso Nacional para adoção das medidas legislativas que forem necessárias. Durante o debate, os conselheiros também criticaram o Código Penal Mi-litar e as regras de prescrição de crimes.

EXTINÇÃO DOS TRIBUANIS DE CONTASUma proposta de extinção dos

tribunais de contas publicada no portal da Controladoria-Geral da União (CGU) acirrou os ânimos dos funcionários dos órgãos de controle externo. Procuradores, auditores, conselheiros-substitu-tos e ministros-substitutos dos tribunais de contas de todo o Brasil produziram terça-feira 2, uma nota de repúdio à medida sugerida, logo após serem infor-mados sobre a sua existência. A recomendação foi incluída no “caderno de propostas” do “Go-verno Aberto”, grupo coordenado

Tribunais militares têm gastos escandalosos; tribunais de contas podem ser substituídos pela CGU

CNJ quer extinguir a justiça militar e CGU propõe o fim dos tribunais de contas

Conselheiro Bruno Dantas sobre os gastos: a situação é escandalosa pela CGU e com participação da Secretaria-Geral da Presidência da República. Para os procuradores e auditores, trata-se de um “absurdo total”.

Procurada pela reportagem, a CGU disse que recebeu a ideia da “alguns membros de organizações da sociedade civil” e que, mesmo assim, discorda da tese e vai rejei-tá-la. “A CGU considera o TCU como um grande parceiro estra-tégico e, ao longo de sua atuação, tem realizado diversas ações con-juntas”, afirmou em nota ao site.

A nota de repúdio, obtida com exclusividade pelo Congresso em Foco, é assinada pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), pela Associa-ção Nacional dos Auditores Mi-nistros e Conselheiros Substitutos (Audicon) e pela Associação Na-cional dos Auditores de Controle Externo (ANTC) dos tribunais do país inteiro. Nela, as entidades cri-ticam a proposta de “extinção dos TC’s e encaminhamento imediato de relatórios de auditoria que con-tenham indícios de crimes e im-probidade administrativa ao MP [Ministério Público]”, que está no caderno publicado na página da CGU na internet.

O documento diz que essa será uma proposta de mudança legislativa a ser enviada à CGU e à Frente Parlamentar de Combate à Corrupção.

PODERES EM CONFLITOEm entrevista ao Congresso

em Foco, o vice-presidente da Ampcon e procurador no TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, dis-se acreditar que o objetivo da proposta é fazer a Controlado-ria Geral da União “substituir” o tribunal. “Essa proposta da CGU junto com a Secretaria-Geral da Presidência, para nós, é um ab-surdo total”, afirma ele. “Imagino que a CGU possa substituir os tri-bunais de contas”, atacou. “Isso é absolutamente fantasioso, porque a CGU tem um limite, é um órgão de controle interno, que pertence ao Poder Executivo, sem autono-mia”. Os tribunais de contas são vinculados ao Legislativo.

Segundo Júlio, o governo fe-deral tem “desconforto”, de ma-neira recorrente, quando o TCU paralisa obras ou faz auditorias como aquela que, em novembro passado, comprovou prejuízos bilionários na compra de remé-dios pelo Ministério da Saúde. “Os tribunais são os órgãos com a melhor capacidade de resposta contra desmandos da administra-ção pública”, argumenta o procu-rador.

Na nota, as três entidades lembram que os tribunais de con-tas forneceram o nome de quase 7 mil políticos que deveriam ser

barrados pela Lei da Ficha Limpa nas últimas eleições. Eram aque-les cujas contas foram julgadas ir-regulares pelo mau uso do dinhei-ro público, como por exemplo o ex-prefeito de Osasco (SP) Celso Giglio (PSDB).

Pela proposta do caderno do Governo Aberto, as auditorias se-riam encaminhadas diretamente para o Ministério Público. Júlio Marcelo diz que o Ministério Pú-blico Federal não tem a mesma estrutura dos tribunais de contas para enfrentar os problemas rapi-damente. Afirma que o MPF e o Judiciário estão “assoberbados” de ações de diversos outros assuntos, como crime, eleições e direitos humanos. Além disso, argumen-ta o procurador, os acórdãos do TCU devem ser cumpridos ime-diatamente pelos órgãos públicos, ao contrário das recomendações e ações do Ministério Público Fede-ral.

Na contramão dessa limpeza geral, o Congresso aprovou a cria-ção de quatro novos Tribunais Regionais Federais (TRFs), com sedes em Belo Horizonte, Curiti-ba, Salvador e Manaus. Já existe um inchaço de servidores nos cin-co TRFs existentes. São ao todo 34,5 mil funcionários dos quais 11,4 mil não são efetivos, mas ce-didos, requisitados, auxiliares ou sem vínculo. Uma vergonha!

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ORDEM NA CASA

NIVALDO SOUZA iG Brasília

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PM-DB-AL), vai apresentar

para os presidentes das comis-sões de trabalho da Casa, na próxima semana, uma lista com oito propostas de projetos inte-grando a ação legislativa Brasil Mais Fácil – criada por ele como uma agenda econômica para o Congresso. Na prática, confor-me documento obtido pelo iG , trata-se de uma pequena refor-ma político-econômica que Re-nan quer priorizar na agenda do Senado em 2013. O documento seria apresentado nesta terça-feira (2), mas Renan adiou o ato para acompanhar a presidente Dilma Rousseff em reunião da Sudene, em Fortaleza.

O documento faz duras crí-ticas à administração do prin-cipal programa do governo pe-tista, do qual Renan é aliado. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é apontado como um projeto em que “falta gestão, coordenação e planeja-mento”. Os erros são, segundo o documento, o motivo de a exe-cução do PAC, diz o texto, ter fi-cado em apenas 40% do previs-to. “As funções de planejamento e orçamento, a cargo do Estado brasileiro, perdem, cada vez mais, a credibilidade perante os agentes privados. Assim, não é a ausência de recursos o fator de-terminante para que projetos de investimentos ‘saiam do papel’”, diz o documento.

Outra crítica é em relação ao poder do Executivo de vetar partes do Orçamento federal – entre elas as emendas parla-

mentares, alvo de contingencia-mento no início de 2012. “O Or-çamento público não é uma peça crível. Como a sua execução fica ao sabor dos gestores adminis-trativos e um simples decreto de contingenciamento opera a modificação da lei orçamentá-ria aprovada no Congresso, não há previsibilidade satisfatória quanto à execução das políticas públicas, o que efetivamente afasta o investidor privado.”

REFORMA MICROECONÔMICARenan vai além da crítica,

como membro da base do go-verno, propondo ao Senado avançar na apreciação da Pro-posta de Emenda à Constitui-ção 70, de 2011, que cria limites mais rigosos para o uso de me-didas provisórias de natureza econômico-financeira pelo Po-der Executivo. O mecanismo é apontado como causador de “instabilidade jurídica”.

O foco de Renan é aprovar projetos vistos como “intracons-titucionais”. Isto é, com menos resistência no plenário pela opo-sição. Os temas selecionados se-rão discutidos em comissões do Senado a pedido do presidente, que quer o respaldo do debate entre sindicatos e entidades pa-tronais para garantir a legitimi-dade da sua reforma econômica.

O presidente do Congresso irá propor como prioritária na agenda do Senado neste ano o de-bate sobre uma reforma microe-conômica. O documento sugere o acompanhamento e conclusão de cinco projetos sobre consig-nação da folha de pagamento, 20 sobre crédito mobiliário, três sobre cadastro positivo de deve-dores, três sobre acumulação de

Em documento obtido pelo iG, presidente do Congresso diz que “falta gestão, coordenação e planejamento” ao programa e lançará agenda com sete propostas para acelerar projetos

Com crítica ao PAC, Renan elabora reforma econômica para o Senado

Renan defende uma reforma econômica e mais dinamismo no PAC

tributos, 10 versam sobre deso-neração de investimentos e dois sobre microfinanças.

REFORMULAÇÃO ORÇAMENTÁRIARenan irá pedir ao presi-

dente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Lindbergh Farias (PT-RJ), que coloque em pauta o mais rápido possível o Projeto de Lei do Senado 229, elaborado pelo ex-senador Tas-so Jereissati (PSDB-CE). O PLS 229 reestrutura o modelo atual de elaboração da lei orçamentá-ria. Em linhas gerais, o projeto enquadra a elaboração do Orça-mento da União na Lei de Res-ponsabilidade Fiscal.

Entre as mudanças do PLS 229 está a redução dos restos a pagar – contas que o governo joga de um ano para o outro, como forma de puxar os inves-timentos para o segundo semes-tre, executando o pagamento no início do ano seguinte.

O projeto foi agrupado a outras investidas fiscais e finan-ceiras, a maioria elaborada pela oposição, e ganhou parecer fa-vorável do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) em um subs-titutivo à espera de aprovação da CAE.

Renan inclui a leitura do substitutivo de Dornelles na or-dem do dia do Senado em 10 de abril. Isso vai permitir à CAE convocar debates públicos sobre a reestruturação do Orçamento com participação dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Mi-riam Belchior (Planejamento).

REFORMA TRIBUTÁRIAA eliminação do “cipoal tri-

butário” brasileiro é uma das metas de Renan. Ele irá pedir a Lindbergh para aproveitar o

trabalho de desburocratização do sistema tributário elaborado pelo senador Dornelles na Sub-comissão de Reforma Tributá-ria da CAE, entre 2007 e 2009, como projeto de lei da comissão.

A proposta do presidente do Senado é desonerar exporta-ções, unificar o Imposto de Va-lor Agregado (IVA), entre outras medidas – como a unificação de impostos sobre propriedade. Para isso, a CAE precisa resga-tar as sugestões da Subcomissão e transformar em projeto de lei.

Renan irá propor a criação de um grupo de trabalho inte-grado por Movimento Brasil Eficiente, Sebrae, CNI, CNA, Conselho Federal de Contabi-lidade, entre outras entidades empresariais, para elaborar um anteprojeto de lei para simpli-ficar obrigações contábeis, tra-balhistas e tributária. O grupo será presidido por um senador e deverá apresentar o anteprojeto em 45 dias após sua instalação.

CÓDIGOS

EMPRESARIAISComo mensagem ao empre-

sariado, por sua vez, Renan irá pedir ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para acelerar as discussões Projeto de Lei 1.572, elaborado pelo deputado Vicente Cândido (PT-SP), em 2011. O projeto es-tabelece as regras de um Novo Código Comercial e deve agili-zar procedimentos administra-tivos das empresas, eliminando obrigatoriedades como a guarda de documentos em papel, o que gera custo à empresas.

O tema será alvo de pro-nunciamento do presidente do Senado no plenário, no qual ele deve anunciar que um grupo de senadores deve acompanhar os trabalhos da Câmara para aper-feiçoar o projeto de Cândido. Renan deve usar a parceria com a Câmara para discursar em prol da melhoria das condições para o empreendedorismo empresarial no Brasil.

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FIM MELANCÓLICO

Após várias negociações para que O JORNAL pague aos seus jornalistas as verbas res-

cisórias e de indenização, resultantes do fechamento da empresa e da de-missão dos profissionais, o Sindjor-nal ingressou com ações na Justiça para exigir que a empresa cumpra imediatamente as obrigações.

As ações trabalhistas incluem o empresário e deputado federal João Lyra como litisconsorte (réu), e fo-ram ajuizadas em virtude do mes-mo não ter cumprido um acordo de parcelamento dos débitos. Através de Sílvia Sacuno (superintendente de

O JORNAL e executiva do GRUPO JL), o deputado se comprometeu a pagar aviso prévio, férias e outras verbas rescisórias em três parcelas, além de recolher o FGTS atrasado e a multa de 40% em suaves presta-ções.

“Mesmo tendo a compreensão dos trabalhadores e facilidades para saldar o compromisso, o deputado, o Grupo JL e sua representante não cumpriram a palavra”, lamenta Val-dice Gomes, presidente do Sindicato dos Jornalistas. Segundo ela, apenas alguns funcionários receberam as primeiras parcelas do acordo, en-

João Lyra se comprometeu em pagar dívida, mas não honrou

Jornalistas acionam a Justiça para evitar calote de O JORNAL

quanto outros não veem dinheiro desde novembro de 2012. “Dezenas de colegas foram jogados à própria sorte”, acrescentou.

CALOTE NO SINDICATOAlém de não pagar as verbas res-

cisórias e de indenização, a empresa do deputado também não pagou sa-lários atrasados, e deixou de repassar ao Sindjornal contribuições descon-tadas dos jornalistas. Essas dívidas também estão sendo cobradas na Justiça e, no caso das contribuições, a retenção configura apropriação in-débita.

CALOTE NA RECEITA FEDERALOutro crime cometido pela em-

presa do parlamentar é o não re-passe, para a Receita Federal, das

João Lyra ainda não pagou salários e indenizações dos demitidos

contribuições previdenciárias e do Imposto de Renda descontados dos trabalhadores. No ano passado, o Sin-dicato dos Jornalistas teve de entrar com representação no Ministério Pú-blico Federal denunciando a situação, haja vista que os profissionais caíram na malha fina e não conseguiam rece-ber a restituição do IR.

LARANJAApesar de pertencer ao deputa-

do João Lyra e funcionar nas insta-lações do Grupo JL, a Empresa Edi-tora o Jornal está no nome de outra pessoa, considerada de extrema confiança do parlamentar-empre-sário. Durante os cerca de dez anos em que ficou nas mãos de João Lyra, foi comandada diversas vezes por executivos do Grupo JL.

O próprio deputado, que tam-bém é dono da Rádio O Jornal e do portal de notícias Mais.al, deu vá-rias declarações orgulhando-se de ser proprietário dos três veículos. Ele chegou a anunciar que, em bre-ve, estaria adquirindo uma emissora de televisão. O conjunto de empre-sas era denominado “O Jornal Siste-ma de Comunicação”. (Fonte: Sind-jornal)

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GESTÃO PÚBLICA

DA REDAÇÃO COM ASSESSORIA

Prefeito de Maceió renego-cia contratos, assina ordem de serviços para creches e

nova avenida, vai a Brasília em busca de recursos e fiscaliza em pessoa serviços da prefeitura.

Prédios caindo aos pedaços, postos de saúde em ruínas, esco-las sucateadas. Não pagamento da previdência dos servidores – que inclusive gerou representa-ção no Ministério Público com “cobrança” de uma dívida de R$ 23 milhões no IPREV – e um dé-bito somente com prestadores de serviços e fornecedores de quase R$ 150 milhões, que levou postos de saúde ao desabastecimento de remédios e à falta de merenda em escolas, já que a prefeitura devia prestação de contas de recursos federais ao MEC.

O ex-prefeito Cícero Almei-da, indiciado pela Operação Ta-turana e acusado de integrar as Máfias do Lixo e da Merenda, deixou um cenário de terra arra-sada para o sucessor, Rui Palmei-ra, que ainda encontrou como dificuldade adicional, a falta de

Orçamento aprovado pela gestão anterior.

Almeida também deixou uma “bomba” para Rui Palmei-ra desarmar junto à Câmara de Vereadores, que é o não reenvio da LOA à Casa de Mário Guima-rães. O resultado é que o novo prefeito governa há três meses sem um tostão do Orçamento de 2013, o que o impede de realizar obras, fazer compras e realizar contratações.

Mergulhado em problemas nestes 100 dias de gestão, Rui de-terminou que a equipe colocas-se “ordem na casa”. O resultado alcançado foi a renegociação de contratos, a busca por recursos e parcerias em Brasília, a busca pela reorganização dos servido-res e a multiplicação de ações na rua com o prefeito em pessoa acompanhando mutirões de lim-peza, iluminação e tapa-buracos.

O projeto Bairro Vivo, que concentra a prestação de servi-ços da prefeitura em um bairro da periferia da capital sempre aos sábados, é outra ação lidera-da pelo prefeito. Só em tapa bu-racos, mais de 140 ruas já foram beneficiadas.

100 DIAS DE GOVERNORui Palmeira tenta por ordem na casa e desarmar bomba deixada por Almeida

Prefeito de Maceió, Rui Palmei-ra, acompanha ações nas ruas da capital. Só em tapa buracos, mais de 140 localidades já foram beneficiadas

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TURISMO EM ALTA

REDAÇÃO/SETUR

As potencialidades turísticas de Alagoas estão sendo, cada vez mais, divulgadas na mídia

nacional. Paripueira, no Litoral Norte, a 36 quilômetros de Maceió, figura no site da Uol, desde março com ampla reportagem, assinada por Danielle Noronha, que destaca os atrativos do município, localizado na região da Costa dos Corais.

As praias de Paripueira, Costa Brava e Sonho Verde, com suas águas mansas, transparentes e de um verde inconfundível, os passeios às piscinas naturais, a 2 quilômetros da costa, a gastronomia, artesanato e o folclore são destaques da reportagem que aborda ainda o Parque Municipal de Preservação ao Peixe-boi.

Segundo a secretária de Estado do Turismo de Alagoas, Danielle Novis, o turismo alagoano vive, hoje, um bom momento, e isso tem chamado a atenção dos jornalistas especializados, que dedicam amplos espaços, seja na mídia impressa como nas redes sociais.

A secretária lembra que, nesse fim de semana, jornalistas da Abrajet de vários estados brasileiros estive-ram em Maceió participando de uma reunião do Conselho Nacional da entidade, ocasião em que conhe-ceram os principais atrativos de Maceió, praia do Francês e Barra de São Miguel.

Leia a reportagem UOL:

Em tupi, paripueira significa “águas mansas”, o que já indica o que encontraremos nas praias do muni-cípio de mesmo nome: águas muito calmas, transparentes e verdes. Si-tuado a 27 km ao norte de Maceió, capital de Alagoas, Paripueira traz um dos maiores litorais do Estado e é uma excelente opção para quem deseja relaxar.

Três belas praias integram a re-gião: Costa Brava, Sonho Verde e Paripueira, sendo as duas últimas as mais procuradas por turistas. Situ-ado na Costa dos Corais, o destino possui uma das maiores concentra-ções de recifes de corais do Atlântico Sul, o que é possível notar principal-mente na praia de Paripueira, onde há uma grande concentração desse ecossistema na areia por toda a sua extensão.

Esta é a praia mais urbana, onde estão localizados algumas pousa-das e restaurantes, além do centro comercial da região. Possui águas cristalinas onde é possível, na maré baixa, andar mar adentro com águas pelos joelhos por um longo percur-so. A pesca é uma das principais ati-vidades econômicas dos moradores locais, sendo uma boa opção para quem gosta da prática. Diversos bar-cos são vistos navegando, ancorados no mar ou até mesmo estacionados na areia, no centro da praia.

Um dos principais atrativos de Paripueira são as mais de 20 piscinas

Beleza de Paripueira é destaque na imprensa nacionalReportagem destaca os atrativos do município como águas mansas, corais e sossego

Piscinas naturais, águas cristalinas e quiosques são alguns atrativos para quem visita Paripueira

naturais encontradas em seu litoral, a cerca de 2 km da costa. Considera-das as mais preservadas de Alagoas, a região encanta por sua beleza, onde é possível encontrar uma grande di-versidade de peixes, corais e outras espécies marinhas.

O passeio até o local só é possí-vel na maré baixa. Pode ser realizado com os guias que oferecem o passeio na praia ou no Restaurante Mar & Cia, que também dá a opção de mer-gulho com cilindro, além da presen-ça de um biólogo e de um fotógrafo, que comercializa um DVD com suas fotos subaquáticas. O percurso dura cerca de duas horas.

Outra opção de passeio é para as falésias da praia Carro Quebra-do, em Barra de Santo Antônio, de lancha, por cerca de três horas. Este também pode ser adquirido com os guias ou no restaurante. Os passeios são realizados durante a manhã.

Localizado na ponta direita da praia, rodeado por coqueiros e uma areia mais grossa, o restaurante Mar & Cia é uma das opções gastronômi-

cas do local. Oferece pratos típicos, como lagostas e camarão, além de lojas e apresentações folclóricas, que acontecem na alta temporada.

A região central da praia é mais urbana. Possui locais para a prática de esportes e diversos quiosques com pratos para duas pessoas. Para quem busca mais sossego, a ponta esquerda é mais deserta e está rodeada por cen-tenas de coqueiros.

Todo o município de Paripueira faz parte da área de preservação do peixe-boi, espécie em extinção. A sede do Parque Municipal Marinho de Preservação do Peixe-boi está lo-calizado nas proximidades da praia de Paripueira. O peixe-boi pode pe-sar mais de 800 quilos e é o único ani-mal mamífero herbívoro do mundo. É extremamente dócil e tranqüilo e pode viver mais de 50 anos. Existem duas espécies: a amazônica a mari-nha, e a caça e a comercialização de ambas são proibidas.

Como o litoral de Alagoas ainda é bastante preservado, a região possui as condições básicas para a manuten-

ção dos grupos. Com uma estrutura mínima e com pouco apoio logístico no início, os técnicos do projeto co-meçaram a desenvolver os primeiros trabalhos de monitoramento da espé-cie e identificaram logo a necessidade da criação de uma área especial de conservação, que protegesse os peixes-bois e seu habitat.

Cerca de 5 km ao norte de Pa-ripueira está a praia Sonho Verde, a mais bonita do lugar. Seu nome expli-ca a cor das suas águas do mar. Com visual estonteante, ela é cercada por coqueiros, possui uma areia clara e fofa e uma infra-estrutura suficiente para os turistas. Pequenos quiosques oferecem guarda-sol e mesas. A única atração oferecida é o aluguel de caia-que e uma boa pedida é caminhar pela areia da praia no entardecer.

Além das opções nas praias du-rante o dia, em todo o município não há opções noturnas, a não ser as ofe-recidas por algumas pousadas, como bares e piscinas. Na cidade, há pouca infraestrutura para o turismo, com poucas pousadas e hotéis.

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O fim de um negócio bilionário?

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou esta semana um novo desafio contra um dos símbolos do corporativismo dos cartórios privados brasileiros. O ministro Francisco Falcão, corregedor

nacional do CNJ, deu um prazo de três meses para que os tribunais de Justiça de 13 estados, além do Distrito Federal, preparem concursos para o preenchimento das vagas ainda ocupadas em caráter provisório. Desde a Constituição de 1988, que estabeleceu a exigência do concurso, manobras jurídicas mantêm algumas das cadeiras mais cobiçadas da rede de cartó-rios privados ocupadas por tabeliães que herdaram esses ofícios, geral-mente de parentes, de forma irregular. Em 2010, na primeira investida contra os chamados cartórios biônicos, o CNJ declarou vaga a titularidade de 5.561 dos então 14.964 cartórios extrajudiciais brasileiros (Notas, Re-gistro Civil, Registro de Imóveis e Protesto de Títulos). A medida ensejou uma chuva de pedidos de liminar, que acabou erguendo uma barreira aos concursos públicos. Hoje, de acordo com os números do CNJ, ainda exis-tem 2.209 ofícios privados geridos em caráter provisório (por substitutos ou interventores), dos quais 260 estão com pendência judicial. A quantida-de representa 16,5% dos 13.355 cartórios brasileiros. Fortaleza corporativa Em reportagem ontem, O jornal O GLOBO mostrou que os cartórios privados formam uma espécie de fortaleza corporativa, avessa à transpa-rência. Não informam o faturamento anual e nem abrem os livros de atos, alegando o direito à privacidade. Só os ofícios extrajudiciais de São Paulo e Rio, somados, ganharam R$ 5 bilhões no ano passado, de acordo com cál-culos não oficiais. A exigência do CNJ, sob pena de abertura de processos disciplinares contra os desembargadores responsáveis, foi endereçada aos tribunais de Justiça de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Na decisão, o ministro Falcão classificou a situação de insustentável e or-denou que os tribunais de Justiça enviem, em 15 dias, cópia da publicação da última lista de vacância na titularidade dos cartórios, outra informação misteriosa.Aqui em Alagoas o Tribunal de Justiça se compromete a realizar concurso público para preenchimento das vagas em mais de 100 cartórios sanando a brutal irregularidade apontada pelo CNJ. O vice-presidente do Poder Judiciário, Desembargador Tutmés Airan, disse claramente esta semana que o concurso será realizado dentro do prazo estabelecido , adiantando inclusive que alguns cartórios deverão ser extintos, ficando alguns municí-pios sem cartórios por total inviabilidade de manutenção.Será que dá para acreditar que os “milionários dos cartórios” serão atingidos e substituídos? Como funcionarão a partir do concurso essas “máquinas de fazer dinheiro”? As taxas abusivas exorbitantes e desonestas deixarão de existir? Se nada disto acontecer é melhor deixar como está.Aqui em Alagoas o Tribunal de Justiça se compromete a realizar concurso público para preenchimento das vagas em mais de 100 cartórios sanando a brutal irregularidade apontada pelo CNJ. O vice-presidente do Poder Judi-ciário, Desembargador Tutmés Airan, disse claramente esta semana que o concurso será realizado dentro do prazo estabelecido, adiantando inclusive que cartórios deverão ser extintos, ficando alguns municípios sem esses cartórios por total inviabilidade de manutenção.Será que dá para acreditar que os “milionários dos cartórios” serão atingidos e substituídos? Como funcionarão a partir do concurso essas “máquinas de fazer dinheiro”? As taxas abusivas exorbitantes e desonestas deixarão de existir? Se nada disto acontecer é melhor deixar como está.

Para refletir: “A vida pública deve ser e tem que ser vigiada pela imprensa. Não consigo ver a vida do Estado e de seus agentes e perso-nagens sem a vigilância da imprensa. Na minha concepção, a transparência e abertura total e absoluta devem ser a regra”.

(Ministro Joaquim Barbosa)

[email protected]

O declínio de João LyraCom patrimônio declarado de R$ 240 milhões, o deputa-do João Lyra começou a legislatura como o parlamentar mais rico do Congresso, segundo declaração apresentada à Justiça Eleitoral. Mas o usineiro alagoano vai terminar o seu mandato como um homem de negócios à beira da falência e o deputado mais ausente da Casa. João Lyra compareceu a apenas 29 (32%) das 91 sessões destinadas a votação em 2012. Os dados são de levantamento da Revista Congresso em Foco. O deputado alagoano justificou todas as suas 62 faltas por motivos de saúde e obrigações partidárias. Segundo a assessoria de Lyra, um problema no ouvido o impediu várias vezes de voar para Brasília. Mas, de acordo com os registros da Câmara, ele faltou 36 vezes por questões de saúde e outras 26 para atender a compro-missos políticos.

Antecipar é desonestoPara mim chega a ser marginal antecipar as eleições do próximo ano e uma maldade com Alagoas, mas infeliz-mente os políticos carreiristas como não têm nada em que pensar a não ser seus interesses próprios já começaram a campanha irresponsavelmente, alguns até chegando a se anunciar candidatos e promover encontros políticos em busca de composições espúrias e sob tom de suspeição.Respeito e admiro a postura do vice-governador José Tho-maz Nono. Competente, preparado, equilibrado e vê com olhos de responsabilidade o interesse público. Não “alar-deia” ser candidato, mas é sim um natural disputante do cargo. E com certeza Alagoas teria um grande governador. O conheço há mais de 40 anos e posso dar este testemu-nho. Quanto a ser candidato ou não só 2014 falará.

Eles não querem imprensa livreSe contrapondo às palavras de um democrata e um constitucionalista a exemplo do ministro Joaquim Barbosa no início desta coluna, os petistas odeiam a vigilância da imprensa e a transparência nos atos podres do governo.O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu a regulação da mídia e disse que um projeto sobre o tema pode ser apresentado até o final do governo da presidente Dilma Rousseff. Admitiu também usar elementos da pro-posta que estava sendo formulada no governo do ex-presi-dente Luiz Inácio Lula Silva pelo ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins: - Segundo o ministro, Dilma não se contrapõe à regulação da mídia. – ai onde mora o cinismo da presidente - Acredito que, se tivermos um projeto, ela vai avaliar - disse.O ministro faz o jogo sujo dos mensaleiros, dos frauda-dores, daqueles que praticam improbidade e não desejam que seus nomes sejam estampados nos jornais, televisões, rádios e até mídias sociais.O que os petralhas querem mesmo e censurar os meios de comunicaçãoO estilo Rui Palmeira

O prefeito Rui Palmeira tem dado a nítida demonstração que vai cumprir suas pro-messas de campanha e não decepcionará seus milhares de eleitores. O caos absoluto deixado pelo seu antecessor vai ficando para o passado e sua equipe, já em plena sintonia, está cuidando dos grandes e dos pequenos problemas que afligem Maceió.Seu estilo é arrojado e está fazendo escola entre seus principais auxiliares. Não gosta de ficar trancado em gabinete. Como disse antes da eleição, vai às ruas e praças para acompa-nhar in loco o que está sendo feito, freqüenta escolas, postos de saúde e creches para con-versar com os usuários e os profissionais dos setores. Quer saber como estão as coisas e se suas determinações estão sendo cumpridas. Vai ao povo para abraçar e apertar mãos da mesma maneira que fazia em campanha. Este é o estilo Rui Palmeira de administrar. E está sendo aprovado.

No pé do ouvidoO governador Teotônio Vilela e o senador Renan Calheiros ultimamente se encontram com freqüência e isto tem deixado seus adversários de orelhas em pé e os aliados muito curiosos. Quanto à pauta discutida se um é calado o outro é um túmulo indevas-sável. Nem mesmo ao mais chegados aos dois sabem o teor das confabulações. Ai tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas tenho cá minhas convicções que “desse mato sai coelho”. É só aguardar o tempo chegar, pois antes ninguém saberá absolutamente nada.

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Realizava-se mais uma reunião mensal do nosso grupo, composto de doze deputados que compunham a bancada governista durante o governo Divaldo Suruagy.

Colocou-se em discussão uma questão que estava sendo insistentemente explorada pela mídia, o fato de cada gabinete de deputado dispor de trinta assessores.

O deputado Demuriez Leão, da cidade de Arapiraca-AL, manifestou a sua posição defendendo a redução de trinta para dez assessores. Argumentou que aquilo tratava-se de um exagero e a sociedade civil organizada não suportava mais tamanho deboche.

O deputado Oscar Fontes franziu a testa e indagou ao deputado Jota Du-arte:

- O que você acha disso?Jota respondeu:- É muito inteligente esse rapaz, quando ele morrer vamos enterrá-lo num

caixão branco.- Por que branco? Questionou Oscar.O Deputado Washington Luiz, ao lado, opinou:- Lá em Piranhas, só os anjinhos e as donzelas são enterrados em caixão

branco.Jota acrescentou:- E tem mais, ouçam o que vou lhes dizer: esse moço não vai ganhar mais

nenhuma eleição! O vaticínio do mestre Jota concretizou-se. Demuriez não ganhou mais nen-

huma das eleições que voltou a disputar. Passando dali em diante a dedicar-se principalmente a realização da encenação da paixão de Cristo no morro santo da Massaranduba em Arapiraca. Política, nunca mais!

NO PAÍS DAS ALAGOASTEMÓTEO CORREIA DEPUTADO ESTADUAL - AL

A vaticínio de Jota Duarte

ARTIGOS

A luta pela verdade e pela justiçaJOSÉ GERALDO DA ROCHA PALMEIRA

Os inúteis sempre se julgam importantes, e escondem sua incompetência atrás da autoridade da qual se encontra investido.

Algumas pessoas dizem que o papel do juiz se resume em fazer a justiça. Em primeiro lugar, cada um acha que fazer jus-tiça é julgar a seu favor uma demanda. Fazer essa tal de “justi-ça” não é obra fácil e, como disse Tomás de Aquino “por não conhecermos, cabe a Deus nos ensinar o que é a justiça”. Além disso, para aplicar a norma e chegar o próximo possível do con-ceito de justo é necessário todo um processo de conhecimento e pesquisa que não acontece de um dia para o outro.

Foi pequena a contribuição de Tomás de Aquino à teoria da justiça, pois acompanhou quase integralmente a doutrina aristotélica, não superada até hoje. A sua definição de justiça é um decalque à de Ulpiano, com breve correção: “hábito pelo qual, com perpétua e constante vontade, se dá a cada um o que é seu”.

No entanto, ele levantou uma importante questão para nós: “Será lícito àquele submetido à lei agir à margem das palavras da lei?” (Questão XCVI, artigo VI, da Summa Theologica).

Quando se considera o magistrado agente capaz de inter-pretar a intenção da lei e de quem a fez, toca-se em um dos maiores problemas do sistema judiciário de hoje: o lado huma-no do juiz. Embora seja comparado a Deus (já que só os dois podem julgar), ele sofre as mesmas pressões, paixões e dúvidas que nós, então perguntamos. Como separar os interesses pes-soais como os profissionais, já que às vezes eles se apresentam completamente ligados por pressões externas e do próprio Tri-bunal?

Parte da doutrina enquadra a imparcialidade do juiz na categoria dos pressupostos processuais de validade, inclusive negando valor aos atos praticados por autoridade judiciária re-conhecidamente parcial, isto é, suspeita ou impedida.

Mas esse entendimento não é imune a críticas, sendo fun-damental uma tomada de posição a respeito do tema, pois são sérias as consequências que derivam da atuação parcial da au-toridade judiciária.

Se o juiz desobedecer às causas de impedimento ou sus-peição, ou se de qualquer outra forma ele agir injustamente, deve a parte desfavorecida recorrer da decisão. O trabalho do magistrado não é agradar a ambas as partes, mas fazer vencer a verdade, dar razão àquele que a tem.

A parte precisa acabar com o medo de recorrer e represen-tar contra o juiz parcial e buscar através do recurso, reclamação e representação, a restauração do seu direito violado e a puni-ção daquele que não serve para julgar.

A minha luta está em clamar contra uma praga pública de alguns, de cuja existência todos sabem, todos lastimam, todos se aterram. Mas na qual poucos ousam por a boca; porque, murmurando-a, se arrisca o temerário aos despiques de um poder irresponsável, que moralmente, põe e dispõe da vida e da morte, dando ou tirando a honra, erigindo ou demolindo nomeadas, convertendo a santidade em corrupção e a corrup-ção em santidade.

Sempre tenho dito que só quem deve teme. E quem se es-conde atrás da censura e impede a publicação da verdade através da imprensa, é porque teme e não quer pagar o que deve.

Nenhuma instituição salva a sua reputação com abafos, capuzes e mantilhas da corrupção encapotada. As forças da corrupção que se alimentam da podridão vivem nesse clima, nesse ambiente, nessa atmosfera viciada pelos erros e pelos crimes da cobiça desencadeada, devem ser exterminadas pelo protesto e força do povo.

Toda a sorte de iniciativas delirantes, ruinosas, escandalosas é tomada para enganar a realidade, para disfarçá-la através de uma série de providências que representam uma intensa agita-ção a substituir o trabalho genuíno. Uma delirante movimenta-ção a fazer às vezes de uma atividade legítima.

O direito de produzir e de consumir é inseparável do direi-to de falar e de votar. Em várias situações, mal temos o direito

de falar porque nos cortam a alguns a imprensa falada e escrita, que às vezes distorce a verdade para atender ao pedido dos po-derosos, e proporcionam a outros até para a injúria, até para a infâmia, até para a dilaceração da vida daqueles que ousam fazer oposição, transformando-os em culpados e bandidos perante a sociedade.

Num país que se diz democrático, se o diálogo, se o debate democrático não se processa como saber formar uma opinião própria nascida das opiniões alheias?

Esse engodo, essa hipocrisia, essa farsa e esse farisaísmo dis-farçados de legalidade, dominam ainda hoje muitas pessoas que se embriagam através de um simples, mas poderoso cargo, atrás do qual se esconde muitas vezes o pior dos homens.

A omissão e a submissão, não podem existir num país de-mocrático.

No Brasil, somente os poderosos é que têm medo.A verdade que o povo quer e precisa saber não pode lhe ser

negada. Em cada esquina, em cada rua, em cada repartição, junto a

cada escritório, pegado a cada universidade ou escola, a voz da revolta do povo se faz ouvir, cansada como agora, fatigada des-sa batalha em que, empenhada na ressurreição da liberdade por uma recuperação moral e material da justiça e dos demais pode-res, se busca a confiança, a verdade e a paz social, que somente a força da justiça verdadeira traz.

Mas o povo não desanima apesar de todos os motivos para descrer. Eles acreditam na justiça, ainda que tenha de ir buscá-la na última porta chamada de hospital da corrupção humana como bem disse Calamandrei.

Como dizia o saudoso TOBIAS GRANJA “ nem as embos-cadas, nem as bombas ou ameaças me amedrontam, porque uma idéia não morre no meio do fogo, e sim se vivifica, se eleva, se engrandece e se espalha como o ideal cristão nos tempos me-moráveis das catacumbas”.

Eis o que tenho a dizer; eis a minha mensagem de espe-rança, eis a minha palavra fatigada repito, mas que ainda não se cansou porque cansar não pode quem, por toda a parte encontra tantas vozes respondendo a sua, tantos ecos dos seus passos no caminho, tantas certezas e tantas esperanças pelas quais cada um a frágil voz de seus filhos e pela sua palavra se levanta.

Até agora temos ouvido apenas as razões do lobo, de uma alcateia faminta cujos argumentos La Fontaine tornou clássico: Fala-se em liberdade para matá-la; em democracia para destruí-la; em legalidade para negá-la em sua própria essência. As pa-lavras adquirem sentido oposto ao seu significado e os homens afetam sentimentos nobres para justificar na perplexidade das ideias a política dos mais baixos instintos.

Esclareça-se que, não sou o que entregou o inocente a turba enfurecida e libertou o ladrão para celebrar o poder de Cesar; Só este torna capaz de premiar ladrões e crucificar os que tivessem a ousadia de expulsá-los dos templos de sua traficância.

Na apuração de fatos é possível voltar à estaca inicial. No es-cândalo não é. Sobrarão consequências para as reputações atin-gidas, que tornam justa a reação irritada de qualquer cidadão, até de um magistrado portador da maior serenidade e bom senso.

O leitor pode estar convicto de que a presunção de inocên-cia garante mais o direito de todos do que a denúncia generali-zada de irregularidades supostas ou reais. Está na hora de voltar à prudência de verificação serena e atenta de cada alternativa da criminalidade possível e, ainda mais intensamente, de garantir que a presunção de inocência seja preservada.

Apurada qualquer denúncia com o sagrado direito ao con-traditório e não provada, deve a justiça proferir a sua decisão restabelecendo a dignidade do acusado indevidamente.

A parte através de seu advogado, não pode e nem deve coo-nestar com submissão jurídica em nenhum julgamento, seja de juízes ou tribunais.

Lembrando Carlos Lacerda: “Não se pode julgar pelas apa-rências. É por isso que geralmente não se pode julgar”.

Daí, a afirmativa de Cândido Lobo:“Fazer justiça exige de quem a desempenha a segurança do

caráter e a fortaleza da virtude”.

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extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 - 21

ARTIGOS

JORGE MORAISjornalista

Quando o senador Renan Ca-lheiros e mais alguns parla-mentares justificaram a apro-

vação da PEC da Doméstica como o fim da escravidão no Brasil, esquece-ram de dizer que estava se iniciando uma nova fase no País: o da crise so-cial, com o desemprego. Eles sabem, mas vou transcrever o que diz o di-cionário sobre ESCRAVIDÃO: “A es-cravidão (denominada também escra-vismo, esclavagismo e escravatura) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam con-forme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino. O dono ou comerciante po-dia comprar, vender, dar ou trocar por

Inda a PEC...uma dívida, sem que o escravo pudesse exercer qualquer direito e objeção pes-soal ou legal”.

Pelo que me consta, esse não é o caso. Antes da aprovação da PEC, as empregadas domésticas já recebiam benefícios como a carteira profissional assinada; registro no INSS; férias; 13º salário; aviso prévio; alimentação sem desconto no pagamento, mesmo que tivesse esse direito; vale-transporte; e folga semanal ou quinzenal, de acor-do com o acerto entre empregado e empregador, principalmente quando a pessoa vem do interior. Bem diferente do fim do “trabalho escravo” justifica-do pelos senadores e deputados fede-rais. Ou estou enganado?

Quando a PEC foi aprovada, lá em casa, a babá da minha filha, Ana Sofia, 1 ano e 7 meses, foi logo dizendo: “Pelo amor de Deus, eu assino qualquer do-cumento, mas não quero ser demitida. Abro mão de tudo que estão dizendo aí, porque quero é trabalhar. Eu sei muito bem o que é ficar parada, sem fazer nada, sem emprego”. Quem vai dançar é a cozinheira e arrumadeira. Começou, então, o desemprego.

Mas, será que um documento as-sinado vale alguma coisa? Será que na hora de uma demissão, a pessoa vai fi-

car satisfeita e não vai procurar a justi-ça para cobrar os direirtos dados agora por senadores e deputados federais? Essa é a grande questão da classe mé-dia. Esse é o dilema de quem precisa de uma pessoa para trabalhar, não de uma “escrava” como disseram os fazedores de média da PEC.

Segundo pesquisa do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , o desemprego no país em fevereiro foi o menor para o referido mês, desde 2002. De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego no país ficou em 5,6% (quase estável em relação a janei-ro, quando ficou em 5,4%). Em feverei-ro do ano passado o desemprego regis-trado no País foi de 5,7%, praticamente uma diferença que não deve ser levada em consideração. A população desocu-pada no Brasil, em fevereiro de 2013, somou 1,4 milhão de pessoas no total das seis regiões pesquisadas.

Em relação ao mês de março, ante a expectativa da aprovação da PEC da Doméstica e com o aumento do salário mínimo em janeiro, o desemprego no País subiu dos 5,6% de fevereiro para 6,2% em março. No mês passado, mais gente procurou emprego e a ocupação de apenas 0,2% foi insuficiente para absorver esses novos trabalhadores.

Segundo os economistas, a taxa de de-semprego pode continuar a subir, prin-cipalmente, agora, com essa aprovação das vantagens para as domésticas, com a classe média não suportando mais esses encargos, podendo ser a PEC a grande responsável por esse novo qua-dro desfavorável no País.

Como sugestão de pauta, gosta-ria de solicitar aos colegas editores e repórteres de jornais que, ao final do mês de abril, e depois mês a mês, fa-çam matérias sobre o tema para cons-tatar quanto cresceu o atendimento no comércio de refeições em marmitas, como entrega em domicílio. Saber qual foi o percentual de crescimento do tra-balho das faxineiras ou diaristas no atendimento de 1 ou 2 dias por semana em residências. Tudo isso vai configu-rar a realidade ou não dos fatos aqui le-vantados como problemas e não como soluções.

Em relação ao artigo da sema-na passada, recebi algumas ligações e e-mails de autoridades e pessoas co-muns aprovando o relato e concor-dando que o final poderá não ser bom em relação a PEC da Doméstica. No entanto, preliminarmente, o assunto está encerrado e vamos dar tempo ao tempo.

JOÃO BAPTISTA HERKENHOFF E-mail: [email protected]

Dentre as milhares de decisões que proferi na carreira de juiz, há uma que me traz uma lembrança especial.

A protagonista do caso chamava-se Edna.Hoje, aos 76 anos, sou capaz de me lem-

brar do rosto de Edna e do ambiente do fó-rum, naquela tarde de nove de agosto de 1978. Uma mulher grávida e anônima entrou no fórum sob escolta policial. Essa mesma mulher saiu do fórum, não mais anônima po-rém Edna, não mais sob escolta porém livre.

Após ouvir, palavra por palavra, a deci-são que a colocou em liberdade, Edna disse que se seu filho fosse homem ele iria se cha-mar João Batista. Mas nasceu uma menina, a quem ela deu o nome de Elke, em homena-gem a Elke Maravilha.

Edna declarou no dia da sua liberdade:

Setença que mudou a rota de uma vidapoderia passar fome, porém prostituta nunca mais seria.

Edna era humilde e pobre. Sua maior ri-queza era aquela criança que pulsava no seu ventre. Ela não me oferecia assim alguma coisa externa a ela, mas algo que era a ex-pressão maior do seu ser. Se a promessa não se concretizou isto não tem relevância, pois sua intenção foi declarada. Se eu encontras-se Edna teria de agradecer o que ela fez por mim. Edna me ensinou que mais do que os códigos valem as pessoas.

Segue-se a decisão extraída do Proces-so número 3.775, da Primeira Vara Criminal de Vila Velha (ES):

A acusada é multiplicadamente margi-nalizada: por ser mulher, numa sociedade machista; por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta; por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno

que certa vez passou por este mundo; por não ter saúde; por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si, mulher dian-te da qual este juiz deveria se ajoelhar, numa homenagem à Maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar rece-bendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.

É uma dupla liberdade a que concedo neste decisório: liberdade para Edna e liber-dade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe di-rijo, para que venha a este mundo tão injusto com forças para lutar, sofrer e sobreviver.

Quando tanta gente foge da maternidade; quando milhares de brasileiras, mesmo jo-vens e sem discernimento, são esterilizadas; quando se deve afirmar ao mundo que os se-res têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da Terra e não reduzir os co-

mensais; quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si.

Este Juiz renegaria todo o seu credo, ras-garia todos os seus princípios, trairia a me-mória de sua Mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão.

Saia livre, saia abençoada por Deus, saia com seu filho, traga seu filho à luz, que cada choro de uma criança que nasce é a esperan-ça de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, algum dia cristão.

Expeça-se incontinenti o alvará de sol-tura.

João Baptista Herkenhoff é Juiz de Direito aposentado, palestrante pelo Brasil afora e escritor.

Acaba de publicar Encontro do Direito com a Poesia – crônicas e escritos leves (GZ Editora, Rio).

Homepage: www.jbherkenhoff.com.br

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22 - extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013

EDSONMAURO

Edson Mauro, o bom de bola

Não lembro a data, mas foi na metade do ano de 1971, quando

aconteceu o que nem eu mesmo imaginava. Trabalhava na Rá-dio Gazeta, após passagem pela Difusora, transmitindo jogos ao lado de uma equipe esportiva inesquecível, formada por Mar-cio Canuto, Reinaldo Cavalcan-ti, Arivaldo Maia, Jorge Lins, Jurandir Costa, Wassil Barbosa, Antonio Avelar, Waldemir Rodrigues e outros brilhantes companheiros que davam ao nosso time o reconhecimento de um verdadeiro timaço. Tra-balhava, também, na Gazeta de Alagoas como redator esporti-vo. Tinha 21 anos de idade e a esperança e o sonho de que um dia pudesse ter a oportunidade

de trabalhar na rádio que me acompanhava desde os tempos de garoto, a Rádio Globo. Era ela o padrão de todas as rádios brasileiras, com um grupo de profissionais que ditavam moda na linguagem, realizavam grandes coberturas, criavam novidades e deixavam o mer-cado literalmente babando de tanta competência, liderados por Waldir Amaral, reconhe-cido como o maior nome das transmissões esportivas no Brasil. Pois, em um belo dia de sábado, estando de folga na cobertura do final de semana da Rádio Gazeta, fui informa-do por Marcio Canuto que iria transmitir o jogo CSA e São Domingos, à noite, no Rei Pelé, para a Rádio Globo. Naquele

momento, estava sendo lançada a Loteria Esportiva, que tinha 13 jogos, alguns no sábado e outros no domingo, e que rece-biam a cobertura completa das principais rádios brasileiras, já que o interesse era grande dos potenciais milionários atrás das zebras e que não perdiam o lance. Foi um lance, também, que mudou a minha vida e realizou o meu sonho. Naque-le sábado, o locutor da Rádio Globo que deveria estar em Maceió para transmitir o jogo ao vivo no Trapichão, perdeu uma conexão em um aeroporto e não teria tempo de chegar antes de a bola começar a rolar. Escalado de emergência, fui para o estádio com um frio na barriga pelo peso da respon-

sabilidade. O que me salvou foi simples fato que fez toda a diferença: eu, como milhares de alagoanos, ouvia diaria-mente a Rádio Globo, que era sintonizada, à noite, como uma emissora local. Por saber o tom que era usado pelos locutores “da casa”, por conhecer os ter-mos e slogans utilizados e mais alguns detalhes das transmis-sões, entrei no clima e, ao final, após me acalmar e ver na social do Rei Pelé que muita gente estava com seus rádios ligados e “vendo o jogo ouvindo a Rádio Globo”, ouvi de Dalton Fer-reira, coordenador da equipe de Waldir Amaral, que o chefe tinha gostado do meu trabalho, recebi a pergunta fatal: - Você não quer vir trabalhar com

a gente?” Não acreditei e até zombei, levando como se fosse uma brincadeira de carioca, sempre querendo tirar onda. Na segunda feira, novo telefonema, este convincente, e quatro dias depois estava eu no Rio de Ja-neiro, acertando a minha nova vida, ao lado dos meus ídolos Waldir Amaral, João Saldanha, Mario Vianna, Luis Mendes, Celso Garcia, José Carlos Araujo, Antonio Porto, Sergio Moraes, Airton Rebelo, Denis Menezes, Washington Rodri-gues e outros. Assim, estou no Rio de Janeiro há 42 anos, retomando agora este contato semanal através da oportuni-dade de escrever esta coluna semanal no EXTRA, para falar de futebol. Estou muito feliz.

[email protected]

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“ É importante ser convocado”

Ronaldinho Gaucho na seleção

“Me sinto muito bem”Diego Ciz, reforço do ASA

“Vamos contar com a torcida”

Galato goleiro do CRB ,

extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 - 23

Só otimismoO CSA, mesmo carregado de problemas, com seis jogadores no departamento médico até o fechamento desta edição (5ª feira) se firma no otimismo de pegar o CRB escalando o seu time titular. O zagueiro Adalberon, inclusive. deverá estar relacio-nado pois cumpriu suspensão e, quem sabe, não entra de primeira.

Na PajuçaraNo CRB agitação não é só pelo clássico com o CSA, mas manter no paralelo o planejamento montado para a Série C do Brasileiro, competição já em contagem regressiva, e mais a Copa do Brasil. O time que entrará no Rei Pelé, sábado, não terá segredo. A base o regatiano já conhece.

Bons árbitros O quadro de árbitros da Federação Alagoa-na de Futebol tem profissionais compe-tentes para apitar o clássico CSA x CRB deste sábado. Exemplo, Francisco Carlos Nascimento (Chicão), juiz da Fifa e que apitou até clássicos na Série A do Campeo-nato Brasileiro, ano passado. Trazer de fora é só desperdício de dinheiro.

Nordestão Dados recentes da CBF confirmam que o Campinense, campeão da Copa do Nor-deste, somou em 12 jogos sete vitórias, três empates e duas derrotas. Para chegar ao título venceu equipes tradicionais do Brasil como o Santa Cruz, Sport, Fortaleza e mais o ASA, com quem jogou a final. O time paraibano também teve o melhor ataque do Nordestão com 17 gols marcados.

FRASES

PORDENTRODOESPORTEJOÃO DE DEUS [email protected]

Novo clássicoCRB x CSA se reencontram neste sábado, às 16 horas no Rei Pelé. É clássico para tudo ou nada, senão ainda para decidir o cam-peonato, mas para manter chance de ir em frente na busca desse objetivo. No primeiro turno deu empate (1x1), o que motiva um tira-teima nesse novo confronto. Isso até por que os dois, pós esse confronto dificil-mente voltam a se enfrentar este ano.

Recuperação

1 - O ASA, no paralelo aos preparativos para a estréia na Copa do Brasil, dia

11 próximo contra o Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, começa a recuperar po-sições perdidas no campeonato alagoano. Na vitória sobre o CEO, quarta-feira, deu pinote na clássificação do penultimo para terceiro lugar.

2 – Ainda sobre a estréia na Copa do Brasil, o time arapiraquense entra em

campo na vantagem de fazer o primeiro jogo em Natal. A partida da volta, confor-me o calendário da CBF, acontece no dia 25 também deste mês, mas no Estádio Coaraci da Mata Fonseca, em Arapiraca.

3 - Do Portal 7Segundo, consta que a di-retoria do ASA se preocupa com o baixo

astral do clube. No campeonato alagoano, que começou entre os favoritos – e voltou a estar – a campanha começa a dar a volta por cima. O time saiu da zona de risco de em 2014 ficar de fora da Copa do Brasil e do Nordestão. Tem mais: o time ainda tem mais um jogo pendente, ainda do primeiro turno, adiado por causa do Nordestão.

Bom trabalhoRoberval Davino, ex-CRB e hoje treinando o Luverdense, clube do Mato Grosso, está na final do campeonato estadual. A classificação ocorreu após empate com o Misto em 0x0. A informação divulgada em Alagoas pelo Portal Cada Minuto, revela satisfação da diretoria com o trabalho do alagoano, de boas lermbranças na Pajuçara.

Copa do MundoA Fifa terá problema na Justiça para jogos no Maracanã, seja pela Copa das Confederações e pelo Mundial de 2014. Explicando: 235 donos de cadeiras cativas no estádio querem buscar na Justiça o direito de entrar no estádio sem pagar ingresso, situação fora de cogitação pela Fifa. O grupo alicerça o direito em lei datada de 1949 e em vigor até hoje.

Destaque Patrick Vieira. meio-campo do Palmeiras, foi destaque no site da Fifa, edição da terça-feira.. Entrevistado pelo portal da entidade falou sobre o seu bom momento no futebol de São Paulo e recordou tempos difíceis passados na infância, morando na periferia do Rio de Janeiro.

ClassificaçãoEm números atuais, o soma-tório de pontos ganhos, a clas-sificação no hexagonal, até a rodada deste sábado esá assim: 1º CSA com 12 pontos; 2º CRB, 11 pontos; 3º ASA 9 pontos; 4º Corinthians, 8 pontos; Uma situação que impede previsões sobre favorito ao título. pois tem ainda muita bola parai ro-lar no gramado. E haja emoção.

Divulgação O esporte amador em Alagoas tem em disponibilidade esta Coluna para divulgar ativida-des. Mas o email da editoria inserido na página não recebe informações. Uma pena que isso ocorra, levando em conta ser o Estado celeiro de atletas para o esporte nacional, muitos habitués das convocações para seleções brasileira. nas mais diversas modalidades.

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Custo de vida

É o mesmo que inflação, ou seja, o aumento de preços. E isso já é vísivel nos últimos três meses.

Todo mundo sente seus efeitos quando vai a um supermercado, mercadinho, feira livre. Esse fenômemo econômico vem sendo controlado pelo governo desde a implantação do Plao Real em 1994, há quase 20 anos. Mas existe, por menor que seja, mas nunca é zero. Exa-tamente porque não existe tabelamento de preços. Eles oscilam de acordo com a função climática (chuva ou estiagem) e ainda o mundo globalizado, quando um país importador, entra em crise, o exportador, sente os efeitos. Uma numerosa unanimidade une go-verno e oposição, patrões e empregados, conservadores, liberais e socialistas no anseio que combater esse mal econô-mico. E no entanto, quando o governo adota medidas de combate a inflação - restringindo o crédito, aumentando im-postos, controlando preos, arrochando salários - imensa grita de todos ospreju-dicados se levanta, como se os remédios contra a inflação fossem - e, em gerão, são - piores que a própria doença.

Os preçosOs consumidores se queixam dos co-merciantes, estes acusam os industriais, que por sua vez culpam os banqueiros que cobram juros extorsivos. E mais: os trabalhadores acusam os patrões de ele-var os preços, que respondem dizendo que a isto são forçados pelos aumentos de salários. A posição acusa o governo de gastar sempre mais e aumentar os impostos.

REPÓRTERECONÔMICOJAIR PIMENTEL - [email protected]

TeoriaNao tem sentido, procurar uma teoria econômica da inflação. Ela é assunto grave demais para ser deixado só para economis-tas. É preciso que os cadadãos inteligentes intervenham em sua discussão com plena consciência do que está em jogo. O consu-midor deve sim, continuar economizando ao máximo, pesqui-sando preços, evitando juros e vivendo de acordo com o que ganha, deixando ainda uma parte da renda para a poupança.

Os efeitosO governo, finalmente se conscientizou que os efeitos da crise econômica que vem atingindo a Europa nos útimos quatro anos, prejudicou a economia brasileira. Antes, seu antecessor dizia que tudo era uma “malorinha” por aqui, que o Brasil era imune a qualquer crise, pois tem um grande mercado con-sumidor. Só que o “tiro saiu pela culatra”. O PIB vem caindo a cada ano e a balança comercial sofrendo com a crise, exportan-do menos.

JurosA taxa de juros praticada pelo Banco Central e extensiva a todos os bancos públicos e privados, não vai mais cair. A que afeta diretamente o consumidor, depende dessa, portanto, vai continuar elevadíssima, principalmente no cartão de crédito parcelado e no cheque especial. Evite esses dois mecanismos de crédito. Só compre à vista ou no cartão de débito.

Seu bolsoA inflação do seu bolso, é infinitamente superior a oficial, divulgada todo mês pelo governo. Os preços dos produtos que você consome aqui em Alagoas são superiores aos praticados nos centros produtos (Sul e Sudeste). Assim, desconfie do ofi-cial e sobreviva com o real, procurando economizar ao máximo em sua casa.

Sem pressaAo se dirigir às compras, vá sem pressa, com tempo live para pesquisar preços, pechinchar e só comprar o que quer, quando tiver certeza de que fez uma boa economia. Por isso, o ideal é um mercadinho ou a feira-livre, onde o dono do negócio aceite a pechincha e a redução do preço. No caso do comércio lojista, converse com o próprio vendedor ou mesmo o gerente. Com-pre à vista, com um bom desconto.

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Indicadores ambientais

1 A petroquímica Braskem conseguiu melhorar seus indicadores ambientais em 2012. No ano passado, a empresa reduziu em 11% a

geração de efluentes, em 6% o consumo de água e em 2% o consumo de energia em relação a 2011. Os números são menos que o índice médio da indústria química brasileira.

2 Em relação a 2002, ano em que a empresa dói fundada, a redução na emissão de resíduos sólidos e efluentes é ainda maior: 61% e 39%,

respectivamente. Além disso, o consumo de água é baixo. Enquanto a média da indústria química mundial que é de 25,9 m3 de água por tonelada de produto produzido, na Braskem é de apenas 4,59 m³.

extra - MACEIÓ, ALAGOAS - 05 A 11 DE ABRIL DE 2013 - 25

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MEIOAMBIENTE

Injetando água na barragemA barragem de Satuba está recebendo água do Rio Mundaú desde quarta-feira (03). A medida foi tomada pelo governo do Estado para reestabelecer o nível de água normal da barragem, principal fonte de abastecimento da região. É uma pequena transposição que levou 90 dias para ser construída.A seca que tem atingido o nordeste também atingiu a barragem de Satuba. Sem chuvas, o açude ficou quase seco e teve sua distribuição interrompida. Atualmen-te, o abastecimento do município é feito em forma de rodízio: em alguns dias da semana um bairro recebe água, enquanto o outro fica sem o insumo.Um cano de 2 km transporta a água do Rio Mundaú para a barragem. O trabalho é todo feito pela Com-panhia de Saneamento de Alagoas (Casal). De acordo com os técnicos do órgão, cerca de 80 mil litros de água são enviados à barragem.

UrgenteNovas metas para redução do aquecimento global precisam ser criadas ur-gentemente. É o que defende o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em um evento em Mônaco, o secretário das Nações Unidas disse que é preciso criar um novo acordo global sobre o clima até 2015, para que ele seja coloca-do em prática, no máximo, cinco anos depois.

Sem parar“O estado de Alagoas é um dos mais adiantados na questão dos resíduos sólidos em toda a federação, mas não podemos criar zonas de conforto. Nós estamos em uma corrida contra o tempo”, declarou Napoleão Casado, secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. O prazo dado pelo Ministério do Meio Ambiente para o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos termina no próximo ano.

BesourosUm grupo de cientis-tas alemães identificou 101 novas espécies de besouros na Oceania. Os insetos foram separados de acordo com DNA e re-gistrados em fotografia de alta resolução – método novo e cinco vezes mais rápido que as técnicas tra-dicionais. O estudo com a descoberta foi publicado nas revistas ZooKeys e Frontiers in Zoology.

ReconstruindoPouco mais de 7,6 mil casas foram entregues até agora pelo programa Reconstrução, destinado às vítimas das enchentes dos rios Mundaú e Paraíba. É muito pouco para o total de 17.747 casas que precisam ser erguidas e tiveram a construção iniciada em 2013. O povo, que sofreu com o desastre ambiental, sofre com a lentidão governamental.

DengueCresceu bastante o número de casos de suspeita de dengue no Brasil. Dados do Ministério da Saúde revelam que houve um aumento de 279% no número de casos entre janeiro e o final de março deste ano

Novas tartarugasMais uma ninhada de tartarugas marinhas nasceu em Maceió. Dezenas de ovos eclodiram no domingo (31) no litoral alagoano. O nascimento dos animais foi acompanhado e registrado por biólogos e voluntá-rios do Instituto Biota de Conservação. A instituição possui o registro de vários outros ninhos.

TurismoA Secretaria de Estado do Turismo (Setur) está in-vestindo forte no turismo ambiental na região do Rio São Francisco. Somente neste mês, quatro revistas de circulação nacional a riqueza ambiental de Piranhas, Delmiro Gouveia e Piaçabuçu. O objetivo é atrair os turistas que gostam do chamado “segmento de aventu-

MorteO cenário é horrível em diversos municípios alagoa-nos. Nas estradas do interior, principalmente agreste e sertão, já é possível ver várias carcaças de boi e ju-mentos na beira da pista. Os animais morrem de sede e são descartados em qualquer lugar por seus antigos proprietários. Virou um risco até mesmo para a já combalida saúde dos sertanejos.

Consórcio

A criação de consórcios para gestão dos resíduos sólidos foi discutida na Associação dos Municípios Alagoanos na segunda-feira (1º). O secretário e técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) apresentaram aos prefeitos ideias para os planos municipais de gestão dos resíduos sólidos. A criação de consórcios inter-municipais é a iniciativa que tem se mostrado mais eficaz.

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CUNHA PINTO

S.O.S.ALAGOAS

Sem surpresaNa formação das coligações é difícil haver surpresas para 2014. Os par-tidos, de esquerda em especial, não têm mais bandeira de luta. “Idea-lismo já era,” observam saudosistas dos tempos de “povo unido jamais será vencido.” Acham difícil iden-tificar hoje na política quem é de “direita ou da esquerda.”

MobilizaçãoEm Alagoas - Maceió em especial – não é observado ainda atos de mobilização de massas pelos par-tidos na caça de futuros eleitores. No momento não se observa nem trabalho para fechar quadro de can-didatos para cargos proporcionais. Praticamente decididos somente os que vão encarar a eleição para cadeiras no executivo. Observação é de experientes cabos eleitorais.

Nova rodovia“Maceió deve ser planejada para o futuro.” O comentário foi de estudantes que se preparam para o vestibular de Engenharia. Segundo observação deles o questionamen-to tem a ver com a necessidade de rodovias serem projetadas com sentido duplo de direção. Acrescen-tam: “pista única, em dois sentidos, é passado.”

Dever dos governosDa escritora Lia Luft, colunista da Veja, na edição do dia 27 último: “Todos têm direito de receber a educação que os coloque no mundo sabendo ler, escrever, pensar, cal-cular, tendo idéia do que são, onde se encontram, e podendo aspirar a crescer mais. Isso é dever de todos

Quem puxa voto

O PMDB, PSDB e PT vão puxar votos nas eleições de 2014. Entram na campanha eleitoral como cabeças de chaves das coligações. Os demais, a reboque, estarão na caça ao voto com objetivo de sobreviverem politicamente. Contentam-se com uma, duas cadeiras nos legislativos, além de

partilhar das administrações com cargos comissionados e talvez um ou outro no primeiro escalão.

Algo a ser feito

1 – Teotonio Vilela (PSDB) tem tempo de sobra até o fim do ano para, se quiser, concluir as obras de duplicação da rodovia Al-101 Sul, trecho que liga Maceió ao

litoral Sul e alcança a BR-101 em São Miguel dos Campos. Ou o que vai argumentar no palanque de 2014 deixando uma obra importante inacabada e com 80% do ser-viço pronto?

2 – Do comentário, conduzido por moradores de São Miguel dos Campos, obser-vação tem como sustentação o “compromisso dele, na inauguração do trecho

primeiro trecho, de não deixar o serviço pela metade. Acrescentam: “o terreno é favorável e existe até uma das pistas pronta.” Para as eleições majoritárias em Alagoas (2014) as cartas ainda estão sendo embaralhadas. Isso mesmo que no jogo só não haja dúvida nas candidaturas de Benedito de Lira ao Palácio dos Martírios e Teotonio Vilela ao Senado. A pendência do momento é a indecisão de Collor. Mas seja qual for o rumo a ser tomado ele vai ter dificuldade nas urnas.

PrivatizandoEstão privatizando os espaços das ruas de Maceió, colocando cavaletes de ferro chumbados no solo, da mesma forma que os traficantes colocam nas favelas do Rio de Janeiro. O flagrante é em frente ao prédio do Arquivo Público, ao lado da Assem-bléia Legislativa. É um dentre vários absurdos que a prefeitura precisa extirpar da cidade. (Nelson Costa).

É isso aíMotoristas já pensam duas vezes antes de estacionar veículos em áreas sinalizadas com placas proibitivas, aquelas com um E cruzado por duas faixas vermelhas, afixadas para favorecer o fluxo de veículos na cidade. Ação é dentro da lei por isso, que seja cumprida sem essa de “indústria de multa.”

Mãos a obraA Prefeitura de Maceió recupera trechos das ruas com asfal-to desgastado. Obras executadas s na Santos Ferraz (Poço) e Domingos Lordslen (Ponta da Terra), ruas bem movimenta-das, chamaram atenção. Mais moradores da Ponta da Terra defendem também um semáforo no cruzamento da Domingos Lordslen com a Jangadeiros Alagoanos.

Coisa do governoO Ministério do Trabalho tem no quadro de auditor mais de 1.200 vagas em aberto. Isso, se já é algo difícil de acreditar imagina aceitar abertura de inscrição para concurso público ao cargo oferecendo somente 100 vagas. Em tempo: dentre as funções dos auditores cabe investigar as empresas Brasil afora.

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RODA VIVASUBSIDIÁRIA da GM na Argenti-na confirmou lançamento do SUV compacto Tracker, vindo do México, no terceiro trimestre do ano. Jaime Ardila, presidente da empresa no Brasil e América do Sul, em entre-vista à TV a cabo Band News, de fim de noite, admitiu de forma indireta que também chegará aqui até o fim do ano. E que um subcompacto está nos planos.

AUDI TT chega os 15 anos e oferece cada vez mais potência. RS tem

motor de cinco cilindros, 2,5 L, e ronco quase como um seis-cilindros em linha. Para guiar sem sustos, lidar com 340 cv e torque assombro de 45,9 kgf∙m, tração é nas quatro rodas. Estilo do cupê compacto permanece fiel ao original, sem sinais de cansa-ço, um tanto raro, hoje.

MAIS atraente que o Cielo, compac-to Chery Celer foi finalmente coloca-do à venda. Marca chinesa demons-tra que quando a fábrica de Jacareí (SP) entregar as primeiras unidades,

em um ano, terá produto competiti-vo e segurança de conteúdo nacional. Em versões hatch (R$ 35.990) e sedã (R$ 36.990), tem motor flex 1,5 L e pacote completo de equipamentos.

TELA multimídia de comando por toque veio para ficar. Renault já a oferece para toda a linha Sandero/Logan, ao preço em torno de R$ 600. Duster Techroad desbravou o interesse pelo equipamento (no caso, de série), bem fácil de operar. Esse utilitário compacto, bom de guiar,

mostra limitações ergonômicas: perna esbarra na caixa de comando dos vidros elétricos.

LINHA 2014 do Fox, lançada agora, tem poucas mudanças. Freios ABS são os de nona geração: cada vez menos pulsação no pedal em frena-gem de emergência. Discos de freio do CrossFox têm maior diâmetro em razão do acréscimo de massa da versão, em relação ao resto da linha, pelo suporte externo do estepe e suspensão reforçada.

Dessa vez, um segredo bem guardado. Congelamento das alíquotas do IPI até 31

de dezembro – cancela os dois au-mentos previstos para abril e julho – foi anunciado durante feriado da Páscoa. No momento, o governo está preocupado não apenas em sustentar o crescimento no mer-cado de veículos, mas de tabela controlar reflexos na inflação. Há especulações de que tal patamar de IPI poderia se manter indefi-nidamente, sinalizando pequena mudança de rumo. Afinal, aqui estão os automóveis mais taxados do mundo, em longa cadeia de impostos sobre impostos. Um dia, isso teria de mudar.

Essa reviravolta já mexeu nas previsões do setor para 2013. Cle-dorvino Belini, presidente da An-favea, acredita em vendas de 4% a 5% superiores em relação ao ano passado (antes, de 3,5% a 4,5%). Ele fez a afirmação durante o IV

Fórum da Indústria Automobi-lística, em São Paulo, promovido essa semana em São Paulo pela Automotive Business. Inovar-Au-to, ambicioso regime anunciado em setembro de 2012, ainda pro-voca muitas dúvidas sobre o nível de avanço em tecnologia nos pró-ximos cinco anos e dominou os debates.

Como comentou Stephan Ke-ese, da consultoria Roland Berger, já foi dito no exterior que o mer-cado brasileiro deve deflagrar uma nova “corrida do ouro”. Porém, ele desconfia mais de uma corrida contra o tempo do que propria-mente de resultados financeiros, inclusive com risco de excesso de capacidade instalada. Prejuízo estimado pela Ford na América do Sul (Brasil representa 60% das vendas), no primeiro trimestre, pode chegar a US$ 300 milhões. GM também perdeu dinheiro na região, ano passado.

No entanto, um mercado entre cinco e seis milhões de unidades, até o final da década, se tornará ainda mais disputado. Há sete no-vos fabricantes de veículos leves se instalando no País até 2015, para totalizar 25, e não vai parar aí. Fá-bricas de motores passarão de 13 para 18, incluindo a Fiat, em sua nova unidade industrial em Per-nambuco, e a Chery, que anunciou durante o Fórum. Hyundai Brasil, em breve, também anunciará a produção de motores.

Para o economista José Men-donça de Barros o consumidor deve esperar uma paulatina queda real de preços dos carros novos (ou aumentos inferiores à taxa de inflação para ser mais claro), acompanhado de desvalorização maior dos modelos usados. Esse descolamento é irreversível em situações de crescimento firme do mercado e continuará nos próxi-mos anos.

Existe preocupação do setor de autopeças quanto à regulamen-tação do conteúdo local, adiada por mais dois meses pelo governo federal. Exigirá rastreabilidade do país de origem das peças e incer-tezas de como será feito o controle na Argentina, um vespeiro conhe-cido. Foi discutida a possibilidade de criar o programa Inovar-Peças, simultâneo ao Inovar-Auto, que adicionaria novos níveis de com-plexidade, apesar do potencial de desemperrar as coisas.

Falta competitividade na in-dústria brasileira e o setor auto-mobilístico não é exceção. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, colocou no rol dos problemas a moeda valorizada. Para ele, sem resolver a questão será muito di-fícil avançar. Exemplificou com o ramo de autopeças que passou de superavitário a deficitário no co-mércio exterior, em meia dúzia de anos.

ALTARODAFERNANDO CALMON [email protected] pitstop

Corrida do ouro

Citroën revela novo C4 PicassoDesign robusto da nova geração do modelo foi inspirado no conceito Technospace, apresentado em Genebra

A Citroën revelou nesta se-mana as primeiras ima-gens oficiais do novo C4

Picasso. Com visual inspirado no conceito Technospace, exibido pela marca francesa no Salão de Genebra , o modelo destaca-se por contar com o mesmo peso do pequeno C3 Picasso. Com a nova plataforma, a economia de peso foi possível graças, principalmente, ao uso de alumínio na carroceria. O veículo tem 4,43 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,61 m de altura. A capacida-de do porta-malas pode chegar aos 630 litros, com os assentos traseiros rebatidos. Embora seja 40 mm mais curto que seu antecessor, o novo C4 Picasso tem 55 mm a mais na distância entre-eixos. Internamente, o novo Citroën conta com materiais de alta qualidade, além de trazer aca-bamento em dois tons para o painel, portas e bancos. De série, traz monitor de 7” sensível ao toque, que oferece aos ocupantes controle total de funções como áudio, navegação, ar condiciona-do, telefone, entre outros. O C4 Picasso traz opções de mo-torização a diesel com emissões de CO2 abaixo dos 100 g/km. Em termos de blocos a gasolina, o C4 Picasso pode vir equipado com os propulsores VTi 120 e um mais potente THP 155.

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CRÔNICA

JOSÉ ARNALDO LISBOA MARTINS

Eu fui Batizado, Crismado e fiz a minha Pri-

meira Comunhão, na Igreja Católica Apostólica Romana. Quando criança, eu era frequentador de Catecismos, estudei

em colégios católicos, e já tive Religião como disciplina obrigatória. Tenho um irmão padre, já falecido, um dos maiores Monsenhores da nossa Igreja e com passagem por Roma e pelo Vati-cano. Aos 11 anos de idade, inventei de ir para o Seminário, contra a vontade do meu pai que, me achava, ainda, sem uma vocação sólida. Era verdade! Fugi do Seminário, logo após ter recebido a batina. Assisto às missas dominicais, rezo o terço, faço as minhas orações diárias e sempre estou pedindo perdão

A minha igreja não é essaà Deus, pelas presepadas que a gente faz por aí, sempre acompanhado pelo teimoso satanás.

Fico “p...da vida” com esse pessoal que anda falando da Igreja, como Ins-tituição, sem se lembrar que ela é com-posta de pessoas humanas, portanto, pecadoras como nós. Muitos jornalis-tas se aproveitaram da renúncia e mu-dança do Papa para falarem em escân-dalos e irregularidades dentro da Igreja e não se lembraram que nossa Igreja é muito grande e que logo-logo dos boa-tos se acabariam, como aconteceu. Afi-nal de contas, dentre mais de duzentos Cardeais, temos homens competentes, estudiosos e preparados, diferentes de vigaristas que se aproveitam da igno-rância do povo, para ganhar dinheiro e inventar curas de dor de cabeça, de diarreia e de outras mentiras. Algumas coisas que me fazem ficar decepciona-do com a minha Igreja, são as imita-ções que nossos Padres estão fazendo,

com curas coletivas, ao ar livre. Nossa Igreja não deveria se transformar em vendedoras de CDs e de DVDs, para aumentarem seus lucros, e deixarem seus autores ricos, como está acon-tecendo. A minha Igreja não deveria estar fazendo show em estádios e seus Padres dando autógrafos ou fazendo filas para beijarem seus Padres, dentro dos camarins, como se fossem artistas do rock ou de lambadas. Nossa Igreja deveria ser diferente, das que se reú-nem para show em praça pública, com balões coloridos e palcos com fumaçi-nhas, luzes e “perfumes” de maconha. Amigos que já estiveram nesses shows, me disseram que a droga já está sendo usada, naturalmente, por alguns jo-vens, em nome da evangelização.

Nossa Igreja, não precisa estar imitando Apóstolos, Pastores, Re-verendos, Pastoras ou Missionários, para atrair multidões. Nossa Igreja não precisa de multidões, para rece-

berem grandes saldos bancários. Por tudo disto, a minha Igreja não precisa evangelizar, com pagodes, gritinhos e fumaçinhas. Nossa Igreja não precisa de zoada, de extravagâncias e outras apelações mundanas. As orações po-deriam ser feitas no silêncio das Igre-jas, nas simples Capelas ou mesmo nas suntuosas Catedrais, porém, nunca, diante de multidões com gritinhos his-téricos. Deus gosta de alegria e, nunca, de bagunça, em nome da evangeliza-ção ou em nome do Senhor Jesus.

Eu sou de uma Igreja, imponente, porém, sem Padres “artistas” ou com fotos de diáconos que mais parecem os roqueiros de trejeitos satânicos. O Papa Francisco, certamente, não é defensor de palcos com toneladas de equipamentos eletrônicos, animados pelo rock ou por baladas movidas, pela maconha ou pela cocaína. Evangelizar, não é ter palcos enfeitados com sata-nás !

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... A cidade de Arapiraca foi agraciada com mais um programa do Governo Federal. Nos próximos dias 6 e 7 de abril, a comunidade do Conjunto Habitacional Brisa do Lago irá receber o projeto “Cinema no Ar, TelaBrasil”.

... O evento tem a iniciativa do Ministério da Cultura em parceria com a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Arapiraca, através das secretarias municipais de Cul-tura e Turismo, Assistência Social, Saúde e Comunicação.

... De acordo com a secretária de Cultura e Turismo, Tânia Santos, o projeto tem como meta realizar a inclusão social e a descentralização da cultura fílmica, disponibilizando para comunidades que não tem acesso ao cinema, o prazer de assistir filmes de grande sucesso de bilheteria no Brasil e no mundo.

... “O ministério da Cultura está disponibilizando uma mega estrutura de cinema para o Brisa do Lago. Esse pro-jeto veio em um bom momento, pois, estamos tornando real o sonho de muitas crianças e adultos de Arapiraca”, apontou Tânia Santos.

... Está confirmada para esta sexta-feira, dia 5, audiência no Fórum de São Sebastião onde será ouvido o ex-pre-sidente da Câmara Municipal daquela cidade, Atla de Lima Santos, que foi acusado de suposta prática de abuso de poder econômico.

... Ele responde a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que foi protocolada no dia 17 de dezembro de 2012 pela coligação “Pra seguir no caminho do Bem”, en-cabeçada pelo prefeito eleito, Charles Pacheco, e pelo vice Jarbas dos Santos Nunes. Se for condenado, Atla poderá ficar inelegível politicamente. ... Segundo informações de advogados ligados ao pre-feito eleito Charles Pacheco, na ação constam denúncias que o candidato e o vice fizeram a distribuição irregular de camisetas, guarda-chuvas vermelhos distribuídos irregularmente para eleitores no dia da eleição, além da exposição de garrafões de água mineral vermelhos que serviram como suporte para bandeiras da coligação.

... A ação, perante a Lei Eleitoral, foi ilegal, uma vez que caracteriza oferecer vantagem ao eleitor, induzindo e influenciando no voto.

Provas em vídeo anexas à peça judicial reforçam o fato dos eleitores não terem vestido as camisetas de forma espontânea, uma vez que seria grande coincidência todos saírem às ruas usando a cor vermelha. ... O Prefeito Cristiano Matheus se reuniu na terça-feira, 2, com a cúpula da Fundação Nacional de Saúde – Funasa em Alagoas, para pedir pressa na aprovação do projeto de saneamento de Marechal Deodoro. A verba de 10 milhões já foi aprovada. Agora só depende da burocracia.

... Na esperança que esse crime insano do servidor da Prefeitura de Arapiraca Marcolino Junior será esclare-cido, ficamos por aqui. Um fim de semana com paz e saúde para todos. Até a próxima semana se Deus nos permitir.

Ousadia e morte

O assassinato do servidor Marcolino Junior, no início da tarde de segunda-feira, dia 1º, causou perplexi-dade até mesma em setores da segurança pública de

Alagoas, diante da ousadia dos matadores que escolheram o estacionamento do Centro Administrativo de Arapiraca como palco da execução.

MistérioA delegada Fernanda Porto, que preside o inquérito, está diante de um abacaxi ruim de ser descascado. Até porque não existe nada que desabone a conduta moral de Marcoli-no, um jovem brincalhão, que dividia o seu tempo entre a família, amigos e o trabalho. Além da Prefeitura de Arapiraca, Marcolino era assessor da vereadora Aurélia Fernandes, a mais votada nas últimas eleições e que já foi secretária de Saúde da gestão do então prefeito Luciano Barbosa.

Foi gravadoJosé Marcolino Júnior foi baleado no estacionamento do Centro Administrativo do município por um homem que usava um capacete. Logo após disparar três tiros contra o servidor, dois deles atingiram a cabeça, ele fugiu em um Fiat Uno, com placas frias. A ação do pistoleiro foi gravada por duas câmaras de segu-rança que serão entregues a Polícia Civil. O conteúdo das imagens ainda é sigiloso e deve ajudar nas investigações.

Dor e pesarAinda sobre esse bárbaro crime, reproduzimos matéria do radialista Paulo Marcelo: Os vereadores da Câmara Municipal de Arapiraca, consternados e irmanados, mani-festaram sentimentos de dor e pesar à família do servidor público Marcolino Júnior que foi brutalmente assassinado no estacionamento do Centro Administrativo da Cidade, no início da tarde da última segunda-feira, 1º, aos 41 anos.

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ABCDOINTERIOR

PELO INTERIOREra assessor

Foi por este motivo, inclusive, que não houve sessão ordinária na noite da última terça-feira, 2, a pedido da vereadora Aurélia Fernandes já que Marcolino era também seu assessor parlamentar. A solicitação foi imedia-tamente acatada pela Mesa Diretora do Poder Legislativo de Arapiraca.

Ficou emocionadaNa mensagem da vereadora Aurélia, ainda bastante abalada emocional-mente, ficou o sentimento da perda de uma pessoa muito próxima pela amizade, dedicação como servidor e pela presença marcante do grande amigo encorajador e bem humorado.

Bom humor “Ele me chamava de Mãe e sempre pedia para eu botar um sorriso no rosto. Era difícil ver o nosso Marcolino triste ou com algum problema. Era ele quem nos levantava a cabeça e nos dava força para ultrapassar qualquer adversidade, sempre com muito bom humor”, destacou Aurélia em meio às lágrimas.

DescontraçãoA vereadora Graça Lisboa, num aparte emocionado, destacou a trajetória do servidor em vários momentos de trabalho e de descontração. “Mar-colino já chegava com uma frase que nos alegrava e, se houvesse algum problema, logo se dispunha a resolvê-lo”, lembrou a professora Graça a qual ele também chamava de Mãe.

CobrançaGraça Lisboa disse ainda que chegou à hora, mais uma vez, das autorida-des buscarem a união para que esse crime não fique impune ou que seja esquecido com mais um crime amanhã. “Espero que o Governador do Estado saia da inércia e busque fazer aquilo que prometeu durante a campanha, que é colocar mais policiais nas ruas e que a nossa justiça não deixe esse crime sem solução”, frisou Graça Lisboa.

“Jovem guerreiro”Associada às manifestações de solidariedade dos servidores arapiraquen-ses pela morte prematura de Marcolino, a presidente da Casa, Gilvânia Barros, classificou como, “jovem guerreiro, determinado... Não ficou observando a vida passar (...). Sempre foi dedicado em todos os setores que assumiu e participou ativamente da vida em família.

Emoção no PlenárioNum instante de muita emoção em todos os presentes no plenário da Câmara Municipal, Gilvânia concluiu dizendo: “Com certeza Marcolino deixou marcas positivas na vida de muitas pessoas e de nossa querida Arapiraca. Que Deus lhe conceda o descanso eterno. Aos familiares, ami-gos, filhos do coração, o conforto e a força necessária para superarem essa perda - sempre lembrando o seu exemplo de pessoa brincalhona, honesta, eficiente e correta, cujas qualidades nortearam o seu passado de luta e o trabalho nesta terra”, completou Gilvânia.

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FESTA DO INTERIOR

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O samba de Alcione A sambista Alcione se apresenta em Maceió no próximo dia 27 de abril, na casa de show Musique, no Stela Maris. O show comemora os 40 anos de carreira da cantora, conhecida por seus sambas românticos. O espetáculo é fruto do projeto registrado em dois CDs/DVDs que foram lançados, oficial-mente, durante a turnê. A cantora comemora da maneira que mais gosta: cantando para os fãs numa turnê nacional, que teve início no dia 15 de ou-tubro e não tem data para terminar. O espetáculo é baseado nos repertórios dos DVDs “Duas Faces - Jam Session” e “Duas Faces - Ao Vivo, na Manguei-ra” e incluirá, além dos seus principais sucessos e as inéditas do novo projeto, canções que a artista interpretava em shows, mas que jamais havia gravado. Standards nacionais e internacionais que adora cantarolar também ganharam registro fonográfico em sua voz e entram para setlist.Ingressos: R$ 100,00 (mezanino) / R$ 40,00 (pista) / R$ 960,00 (mesa para seis pessoas)Pontos de venda: Casa das Tintas (Farol e Ponta Verde)Vendas de mesas: Colcci (Maceió Shopping)Vendas online: www.gaproducocoes.comMais informações: (82) 3032-5210 ou 9601-2828

Happy Hour com Orquestra Conexão LatinaNesta sexta-feira (5 de abril), a partir das 19h30, acontece , no Sesc-Poço, mais uma edição do Happy Hour, e a Orquestra Conexão Latina pro-mete fazer a alegria daqueles que amam dançar ao som de sucessos inesquecíveis da música uni-versal, com a descontração e o estilo contagiante do grupo. Formada em 2003, por iniciativa do Maestro Almir Medeiros, a Orquestra Conexão Latina surgiu com o intuito de tocar o repertório de música latina como salsa, merengue, cumbia, mambos entre outros ritmos. Embora priorize este estilo musical, a orquestra também toca outros ritmos dançantes do repertório de baile incluindo a música dos anos 50, 60 e 70, além da música brasileira como samba, o maxixe, a lambada, o carimbó, o frevo, o forró e outros.Ingressos: R$ 6,00 para comerciários, R$ 12,00 para conveniados e R$15,00 para usuários.Mais informações: 0800 284 2440

Beatriz Seagal e Herson Capri em MaceióO espetáculo ‘Conversando Com a Mamãe’, que tem no elenco a Beatriz Segal e o ator Herson Capri, estará em cartaz nos dias 11, 12 e 13 de maio no palco do Teatro Deodoro. Em ‘Conversando com Mamãe’ Beatriz Segall interpreta uma senhora de 82 anos. Herson Capri, por sua vez, é Jaime, o filho cinquen-tão que pouco convive com a mãe e só tem notícias dela por telefone. Um encontro deles para resolver uma crise rende momentos divertidos e emociona ao trazer temas como afeto, companheirismo e afastamento.

SP2 no Bicho do MarOs amantes do pop rock podem cutir nes-ta sexta 5 de abril), a partir das 21h30, no restaurante Bicho do Mar, na Serraria, a banda SP2. Formada pelos músicos Will (violão e voz), Passarinho (batera), Filho (contra baixo) e Gugue (guitarra e vocal), o grupo mostra um repertório eclético, passando por Djavan, João Bosco, Skank, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, além de sucessos internacionais. Uma boa pedida para o fim de semana com boa música, acompanhado por uns birinights

Maria Gadú na MusiqueApós o estrondoso sucesso do primeiro álbum, Maria Gadú está na estrada com a turnê do seu segundo e mais recente trabalho ‘Mais uma página’. O segundo disco de estúdio, lançado em dezembro de 2011, traz a cantora em uma versão mais madura e menos pop. O álbum, produzido por Rodrigo Vidal, foi bem recebido pela crítica em todo o Brasil. O show será apresentado nesta sexta, dia 5 de abril , na casa de shows Musique, no Stella Maris, a partir das 22 horas. Informa-ções:9306-9306

Biquini Cavadão no MaikaiA banda Biquini Cavadão estará em Maceió na nesta sexta-feira, 05 de abril para uma única apresentação. O grupo de rock faz show no Maikai Show Bar e apresentará os grandes su-cessos da banda. A abertura do evento ficará por conta do cantor Wado. Os ingressos estão sendo vendidos ao preço de R$50,00 (Meia entrada) e RS100,00 (Inteira) e podem ser comprados nos cartões Mastercard, Visa e Hipercard. Data: 05 de abril de 2013 Preço: R$ 50,00 (Meia); R$100 (Inteira) Pontos de Venda: Maikai e Academia Ação Livre, no Stella Maris Mais informações: 3305.4400

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FIM DESEMANA

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Milton Nascimento em MaceióO cantor carioca/mineiro, Milton Nascimento faz show em Maceió, sábado, dia 6 de abril, no Teatro Gustavo Leite, às 21 horas. Representan-te nato do Clube da Esquina, Milton Nacimen-to viaja o Brasil com o show “Uma Travessia”, onde mostra todo seu talento no excelente repertório criado durante vários anos de carrei-ra. Ingressos venda: Sue Chamusca - Maceió Shopping, Térreo. Valores: Platéia A: R$ 250 e 125, Platéia B: R$ 200 e 100, Platéia C: R$ 150 e 75 e Mezanino: R$ 120 e 60.

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