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Edição 70 Ano V l 10 de outubro de 2017

Informativo de Dança exclusivo do IBT e Espaço VIRALAPAMensagemdo Editor LEIA NESTA EDIÇÃO

Este Informativo é distribuído gratuitamente por meio eletrônico. Para recebê-lo, atualize seu-email na secretaria do Espaço VIRALAPA. Esta e todas as edições passadas podem ser acessadas

no www.tangoporsisolo.com.br ou www.viralapa.com.br

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Caros AmigosTangueros

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PERCY RODRIGUES

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BLAS RIVERA

MMMESQUEU

SANDRA SANTOS

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PRÁTICAAlguns alunos de Paulo Araujo dão suas opiniões sobre as Práticas realizadas todas as terceiras terça-feiras no Espaço VIRALAPA, res-saltando aspectos importantes do exercício de tango

Nosso filósofo do tango faz pro-vocante questionamento sobre frase do mestre Paulo Araujo, co-locando em discussão a validade de um passo de tango, se have-ria futuro ou não em determinado movimento exercitado na aula

O grande maestro homena-geia o imortal Anibal Troilo, compondo tango, para divul-gação em primeira mão pelo VIRALAPA News

Nossa intrépida repórter, de volta às páginas do Informativo, após merecidas férias na Europa, narra sua emociante experiência ao bai-lar tangos em Paris

Chegamos a nossa edição 70, sempre com muita alegria e dedi-cação por parte dos nos-sos colaboradores.

Contudo, sentimos falta de comentários de nos-sos leitores, sejam posi-tivos ou negativos, para que possamos avaliar o nosso trabalho .

A interação com o nosso-público certamente será de grande valia para que possamos continuar apri-morando nosso Informa-tivo no foco do leitor.

Portanto, não hesite em enviar seus comentários para o nosso editor, os quais serão divulgados na edição seguinte.

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PRÁTICANecessária Momento Social Investigação Integração Agregadora Aperfeiçoamento

DEPOIS DO SUCESSO das Segundas-Alternativas, interrompidas por questões financeiras, já que a receita auferida não cobria os custos, Paulo Araujo lança um novo produto exclusivo para seus alunos. Trata-se de prática de tango, que acontece todas as terceiras terças-feiras do mes, logo após as classes regulares realizadas no Espaço VIRALAPA a partir das 18 horas. Ninguém melhor do que os próprios alunos para falar sobre o novo produto.

Texto e fotos de PERCY RODRIGUES

ANNIE PIAF

-“Necessária para os alunos que es-tão a pouco tempo no aprendizado. Serve de progresso para aprender a dançar. Quem não faz não avança.”

CAMILA SANTOS-“Felicidade de integração do grupo. Prazer de encontrar pes-soas sem interesses comerciais. Estimula a frequência das aulas das terças-feiras.”

DIEGO FERNANDES

-“Necessária, fundamental para o aprendizado do aluno e sua integração no grupo”.

ENERI MOURA

-”Maravilhosa forma de treinar, ti-rar dúvidas, aperfeiçoar a postura e fazer contato social com colegas, alunos de outras turmas.”

MARCELO SOUZA

-“Agrega quando coloca em prá-tica e trabalha os movimentos de maior dificuldade para os alu-nos.”

ROSA DE JESUS

-“Interação, tira dúvidas, aprimora os passos.”

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Instituto Brasileiro do Tango

Presidente: Paulo Araujo

Espaço VIRALAPADiretor Geral: Paulo AraujoSede própria: Avenida Gomes

Freire, 663, sobreloja, Lapa,Rio de Janeiro

CEP20230-014-Tel.21-3970 2457contato@viralapa.com.br

VIRALAPA NewsConselho EditorialAna Maria de Sá

Marcondes MesqueuPaulo Araujo

Percy RodriguesSandra Santos

Editor GeralPercy Rodrigues

Tel. 21-99634 9736percyrodrigues@openlink.com.br

ROSANGELA GARRIDO

-”Além de praticar, é um momento social de aproximação do grupo.”

WAGNER LUZ

-“A Prática propõe uma investigação musical e corporal entre os alunos, com a liberdade que o momento mu-sical oferece.”

COMO SE CONSTATA nas declara-ções dos alunos frequentadores das Práticas, trata-se de importante mo-mento na trajetória de aprendizado daqueles que se dedicam ao tango como dança preferencial. Não é uma jaboticaba, que só existe no Brasil. As Práticas são comuns nas escolas de tango da Buenos Aires, realizadas de forma sistemática logo após as clas-ses da dança. Foi trazida por Paulo Araujo para complementar seus cur-sos de tango no Espaço VIRALAPA, inspirado em sua longa vivência e experiência nos salões da capital por-

tenha e do seu contato estreito com os mestres argentinos. Aliás, Paulo Araujo faz questão de vivenciar to-dos os momentos das Práticas, dan-do assistência a todos, observando o comportamento dos praticantes, inter-rompendo os casais quando percebe que poderá agregar algo a mais no de-sempenho dos seus alunos. não raro, disponibilizando-se para dançar com as alunas, visando a dar-lhes maior se-gurança no aprendizado e prepará-las para frequentar as milongas, bailes de tango realizados todas as sextas-feiras no Espaço VIRALAPA.

Contudo, uma peculiaridade registra-da na Prática do Espaço VIRALAPA, jamais vista na similar argentina, é a informalidade dos participantes, tra-zendo seus farnéis,. que são generosa-mente distribuidos entre todos.

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Sandra Santos

Marcondes Mesqueu

jornalistammmesqueu@gmail.com

E PAULO ARAUJO FALOU:ESSE PASSO NÃO TEM FUTURO

Quando ouvi Paulo falar isso, fiquei pensativo: O que ele queria dizer? Era só uma provocação? Um malabarismo da retórica?! Na hora tudo não passou de uma palavra de mestre que joga a idéia no colo dos discípulos e cada um que busque o seu caminho. Coisinha enrolada e enroscada! Passo sem futuro... Mas afinal o que ele queria dizer? Se passo é caminhada o existir do passo já implica um a fren-te. Pensei que esse fosse o futuro do passo. Na hora Pau-lo manteve o seu riso comedido assegurando á afirmativa: Esse passo não tem futuro. Entendi ou sei lá se entendi. Desisti de desvendar o enigma. Continuei vivendo as mi-nhas dificuldades de passos que para o meu professor “não

tinham futuro”. Pra que fui à aula naquele sábado? Podia ter ficado em casa ou feito outra coisa da vida. Sofri calado...

Pra mim está claro que o povo quando dança, vejo o pas-sado, a tradição e sua cultura, mas não identifico uma preocupação temporal com o amanhã. O futuro reside no momento do acontecimento. A irreverência, alegria, tris-teza, sensualidade,...do passo estão no agora que segue ao encontro de outro momento “agora”. O que sei é que nos-sas danças são frenéticas e, para muitos, acontecem mis-turadas com o álcool, logo estão mais preocupadas com a vivência dos minúsculos fragmentos do “agora”.

Concluindo: Paulo está certo, ESSE PASSO NÃO TEM FUTURO e tem mais: Nunca encontrei com o futuro no baile, mas já apertei a mão de corpos Presentes e, até hoje, lamento as Ausências.

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blas riverablasrivera@blasrivera.com

ANIBAL

Ese que toca.........,chorreando corcheas,ese que toca..........,revienta calderones

no ves que toca y..............,respiran los bemoles

de tanto que toca................,resusita malones.

Ese que escucha..........,y fatiga milongas,

calla y escucha........,y afina los salones,

no ves que escucha.........., gambeteando glissandos,

y desconfia..........,de los saxofones.

Ese mismo que sueña......,si hasta podría ser Dios,

si es que le aprieta el traje.....,de tanta inspiración,Pero le falta…….

le faltan dos dedos, los lleva atados… a su bandoneon.

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Sandra Santossandrucha@gmail.com

TANGO EM PARIS

Caros leitores, como sempre esta coluna é preparada com muita dedicação. Todos sabem que o tango é uma expres-são plural e que há tangos dos primeiros tempos e tangos modernos. Dançar tango ganhou importância como ex-pressão típica artística dos argentinos depois das transfor-mações sofridas na Europa. Também lemos na sua histó-ria que se popularizou de tal modo, que hoje ganha ruas e praças de muitas capitais. Tornou-se comum o encontro de dançarinos para brindarem o tango e em Paris não é diferente. Seja com seu ritmo lento ou com passos mais cadenciados, e, com as mais variadas temáticas nas suas composi-ções, o tango vem conquistando cada vez mais pessoas em todos os continentes. Pude ver isso nas escadarias do Teatro da Opera em Paris. Perto da hora prevista de começar a prática, mais e mais gente ia chegando. Fiquei surpresa porque não tinha só franceses, dancei com uruguaios, canadenses e japoneses que “turistiavam” por lá também. Com dançarinos e espectadores o lugar ficou muito cheio. Bonito de apreciar... Pude ver o quanto os abraços, os passos e os compassos permitiam aos pares se entre-garem um ao outro a cada tango que o DJ colocava pra dançar. Além de falar do bailado em si, que é deslumbrante, ver iniciantes e iniciados dançando sem preconceitos foi gra-tificante. Observei o cuidado que as pessoas tem com os calçados. Falar dos pés e calça-dos para dançarinos é assunto importante porque eles acompanham todo o desempenho da dança. A estrutura dos pés é complexa. O pé humano atua no suporte de todo o corpo, distribui as cargas, participa da locomoção e da estabilidade e equilíbrio. Em casos de deformidades na sua estrutura compromete o andar e o dançar consequentemente. Po-rém, se o calçado for adequado, o que é recomendado, a dança não perde e sobretudo, o dançarino sentira mais prazer. Na escadaria pude notar o quanto os corpos e os pés dia-logavam numa linguagem comum. Eu estava rodeada de gente que nunca vi antes, mas fui contagiada pela alegria dos tangueiros, me senti prestigiada com cada cavalheiro que dancei. Posso garantir que foi uma experiência incrível. Incrível foi ver os corpos e os pés dialogando entre si num discurso caloroso a cada tanda. Tudo era simples, elegante e luxuoso ao mesmo tempo, afinal os amantes do tango se encontravam para desfrutar de um belíssimo entardecer em Paris.