Edição 241- Dez/Jan/Fev 2005

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Ano decisivo para os médicos 2005

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Jornal da ACMJornal da ACM

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Jornal da ACMJornal da ACM 1902

ANO DE DECISÕES

O mundo moderno vive o momentoda insegurança. As empresas, institui-ções e os moradores dos grandes cen-tros sofrem as conseqüências de fur-tos, roubos, assaltos, seqüestros, etc.gerando medo, intranqüilidade e, em al-guns casos, mudanças para outras ci-dades. Florianópolis hoje, infelizmen-te, se encontra nesta situação. A popu-lação e diversas entidades vêm apelan-do para a adoção de medidas de segu-rança para evitar(?) ou minorar osproblemas, podendo variar da coloca-ção de alarme, cerca elétrica, grade nasaberturas, corrente, sensores e cães deguarda até a contratação de empresasprofissionais com vigilância (guardas)ostensiva 24 horas por dia. A impren-sa está informando que empresários deSão Paulo estão se utilizando de chipssubcutâneos para, em caso de seqües-tro, serem localizados pela polícia. Asituação não está para brincadeira.Todo cuidado é pouco.

E, graças à eficiência das direto-rias, a ACM, já há algum tempo, in-clui-se entre aquelas que decidiraminvestir em segurança para salva-guardar o seu patrimônio físico e,mais do que isso, zelar pela integri-dade física e material de seus associ-ados. Quem freqüenta a sede da en-tidade na SC 401 sabe que a movi-mentação de pessoas e de veículos emsuas dependências é grande, princi-palmente à noite e nos fins-de-sema-na. A prática de esportes (obviamen-te, mais do futebol ), seguida do ne-cessário e esperado churrasco, bemcomo de atividades científicas (con-gressos, jornadas, seminários...) e so-ciais (casamentos, festa de 15 anos...),mobiliza grande número de pessoas,obrigando a adoção de medidas de se-gurança. Assim, à entrada da sede,situa-se, de forma destacada, umaampla guarita e uma cancela, coman-dadas por seguranças de firmasterceirizadas, que primam pelo rodí-zio de seus empregados. Desta ma-neira, os guardas são trocados comfreqüência, para evitar, como dizemseus superiores, que “ fiquem donosda situação”. Por isso, quem usa aACM , com qualquer objetivo, podese sentir seguro.

ED I T O R I A L

O primeiro jornal da ACM de 2005constitui-se num espaço relevante paraa divulgação de projeções. Especial-mente neste ano, sobre o qual recaeminúmeros projetos e lutas de extremaimportância para toda a classe médica.Além dos diversos desafios à frente, amanutenção das conquistas da medici-na também vão precisar de nossa aten-ção ao longo dos próximos meses. Issoporque, conforme os últimos anos jádemonstraram, nenhuma vitória estágarantida por si só, mas depende daconstante vigilância e dasólida união de forças.

É essencial a conscientização de que 2005será um ano de decisõesfundamentais para toda aclasse, que terão seus re-flexos na assistência pres-tada à população. A lutapela Classificação Brasi-leira Hierarquizada deProcedimentos Médicos(CBHPM) se materiali-za já nos primeiros me-ses do ano, como fruto detodas as inúmeras açõesdesenvolvidas em 2003 eem 2004. Diversos acor-dos para a implantação daCBHPM já começam a vigorar e aprioridade agora é fazer com que o Sis-tema Unimed assuma de fato a suamissão frente à categoria.

Também já a partir deste mês demarço, com o Congresso Nacionalem pleno funcionamento, o Projeto deLei que regulamenta a profissão demédico deve ser apreciado e votado,definindo o futuro de todos nós. O tex-to que será votado pelo Senado trata-se do Substitutivo do Senador TiãoVianna, que define como atos exclu-sivos dos médicos o diagnóstico e aprescrição do tratamento das doençashumanas, atividades inerentes aosprofissionais da medicina, sem inter-ferir na legislação que rege as demaisprofissões regulamentadas no setor.Superar esse desafio representa ven-cer mais um dos absurdos que trami-tam pelo legislativo brasileiro.

A inadiável contratualização entreplanos de saúde e médicos tambémpassa a ter momentos decisórios já nospróximos dias. Além da AssembléiaGeral dos Médicos Catarinenses ocor-rida em 01 de março, a Agência Na-cional de Saúde Suplementar deverádeterminar o andamento do processo,do qual dependem as garantias de con-dições de trabalho e remuneração dig-na aos médicos brasileiros.

Certamente muitas outras açõesdevem merecer a nossa preocupação

a partir daqui, espe-cialmente a manu-tenção do controleda qualidade das es-colas médicas e abusca de representa-ções políticas daclasse, já vislum-brando 2006, quandoo país e os estadosvoltam às urnas.

Para a Associa-ção Catarinense deMedicina, somam-sea todos esses esfor-ços o da realizaçãodo CongressoCatarinense de Me-

dicina, maior evento científico médi-co de Santa Catarina, que já vem sen-do estruturado, como forma de repe-tir o sucesso alcançado nas suas edi-ções anteriores.

Como se vê, todo o universo quecompõe a atividade médica estará emcena neste ano: defesa profissional,remuneração, política e aprimora-mento científico. Fortes razões paraque todos compareçam efetivamenteàs convocações das entidades médicas,mantenham-se informados e inte-grem-se às lutas.

Nossos direitos só serão manti-dos se TODOS entendermos os de-veres que temos com a classe e coma medicina.

Dr. Viriato João Leal da Cunha

Presidente

“O UNIVERSO QUE

COMPÕE A ATIVIDADE

MÉDICA ESTARÁ EM

CENA NESTE ANO:DEFESA PROFISSIONAL,

REMUNERAÇÃO ,POLÍTICA

E APRIMORAMENTO

CIENTÍFICO”

EX P E D I E N T EInformativo da Associação

Catarinense de Medicina – ACMRodovia SC 401, Km 4

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax (48) 231-0300

DIRETORIAPresidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaVice-Presidente

Dr. Genoir SimoniSecretário Geral

Dr. Luciano Nascimento SaporitiDiretor Financeiro

Dr. Sérgio Felipe Pisani MüllerDiretor Administrativo

Dr. Sérgio Felipe Pisani MüllerDiretora de Publicações Científicas

Dra. Rosemeri Maurici da SilvaDiretor Científico

Dr. Armando José d’AcamporaDiretor de Patrimônio

Dr. Dorival Antônio VitorelloDiretor de Previdência e Assistência

Dr. Waldemar de Souza JúniorDiretor das Regionais

Dr. Marcos Fernando Ferreira SubtilDiretor de Defesa Profissional

Dr. Carlos Alberto PierriDiretora Sócio-Cultural

Dra. Sílvia Maria SchmidtDiretor de Esportes

Dr. Marcelo Fernando do NascimentoDiretor do Departamento de Convênios

Dr. Carlos Alberto PierriDiretora de Comunicação

Dra. Ana Luiza de Lima Curi Hallal

VICE DISTRITAISSul – Dra. Mirna Iris Felippe Zilli

Planalto – Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte – Dr. Marcos Scheidemantel

Vale do Itajaí – Dr. Sérgio Marcos MeiraCentro-Oeste – Dr. Luiz Antônio DeczkaExtremo-Oeste – Dr. Luiz Fernando

Granzotto

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Carlos Gilberto Crippa

Dr. Remaclo Fischer JuniorDr. Jorge Abi Saab NetoDr. Théo Fernando Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Élcio Luiz BonamigoDr. Sérgio Marcos MeiraDr. Osmar Guzatti Filho

Dr. Marcos Fernando Ferreira SubtilDr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final – Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst (Reg. 6048 MT/RS)

Denise Christians (Reg 5698 MT/RS)Fotografia

Renato GamaDiagramação e Impressão

Gráfica RochaTiragem

4.000 exemplaresPublicidade:

Solução Apoio Empresarial Ltda.(48) 348-3739 / 348-2423

[email protected]

Jornal da ACM

CRÔNICA MÉDICA

Dr. Murillo CapellaA SEGURANÇA NA ACM

Há 14 anos, eu participo de um gru-po chamado “Ideal futebol e cerveja”.Como o nome revela, jogar futebol suí-ço e tomar cerveja, todas às terças à noi-te, é o objetivo dos 30 sócios, que se re-vezam no campo e na churrasqueira.

Certa vez, cheguei por volta das21h30 e parei, como todos fazem, de-fronte à guarita Na esperança de serreconhecido, fiquei esperando que osegurança levantasse a cancela. Ele,empertigado, falou comigo.

- Seu nome?

- Seu CRM, doutor ?

- Nº425 - e arrisquei – sou dosmais antigos.

Ele digitou o número e deu a sen-tença:

- Aqui não consta nada.

- Tenta 0425 ou 00425 .

- Não adianta. Não consta nada.

Ele se aproximou e pediu a cartei-ra da ACM. Eu não a tinha. Estavaem casa.

- Assim vai ficar difícil, doutor.

- Meu amigo (já estava querendoficar íntimo da autoridade), eu sou só-cio e ex-presidente da ACM. Peço-lheque me deixe entrar e voltar com pes-soas do clube que vão provar minhaidentidade.

Levantou a cancela e, finalmente,estacionei perto da “nossa” churras-queira. Lá relatei ao Valdir Niques,servidor de 25 anos de casa, o que ocor-rera, pedindo-lhe que me acompanhas-se até a guarita. Rindo muito, dissenão ser necessário. Telefonou para osegurança, identificou-se e passou-lheminha biografia.

A situação estava praticamenteesquecida, quando, com a presen-ça dos “ atletas” em volta da mesa,Valdir pediu-me para fazer o rela-to das ocorrências. Ouvindo aten-tamente, o c i rurg ião pediátr icoPeter Goldberg, que, em face à ida-de, atua só meio tempo como árbi-tro, deu sua interpretação ao fato.Disse que, quando o segurança pe-diu e tomou conhecimento do nú-mero do CRM (425), ele já sabiaque não haveria registro. Pergun-tei-lhe por quê?

- Porque abaixo de 500 todos jámorreram ! (gargalhadas)

- E se fosse o Dr. Walmor Garcia? – voltei a perguntar. O número deleé 3...é...isso mesmo...... três !

- O quê ? Três ? Na hora de ou-vir o número, o segurança vai sair cor-rendo, aos berros:

- Socorro...fantasma...fantasma !!!!

- Murillo Capella. Sou daturma do futebol das terças. Clu-be Ideal.

Nada me disse. Retornouà guarita, pegou uma pranche-ta com uma folha de papel e,com o indicador, correu-a decima até embaixo. Olhou-me ediagnosticou:

- Seu nome não consta dalista !

- Seu guarda, por favor,sou associado da ACM e funda-dor do Ideal.

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Jornal da ACMJornal da ACM 03Jornal da ACM18

Realizamos em 08 de dezembro, a últi-ma reunião de 2004 do Clube do VinhoOrlando Schröeder – ACM. Foi um verda-deiro final de ano com “chave de ouro”, comGuilherme Correa, da Decanter, apresen-tando os vinhos e as suas características,enaltecendo os sabores dos pratos, muitovalorizados pela degustação dos vinhos.

Vinho e prato

Entrada – Ostras Gratinadas ao Pesto deEspinafre e Ostra In Natura.Espumante Sust- Castel Pujol, Cheverny Le Vieux ClosDomaine du Salvard 2002 (França), 1ª Suíte:Alvarinho Muros Antigos Anselmo Mendes2003 (Portugal) Seleção de verdes Nobres comRoudie de Frutos do Mar. 2ª Suíte:Chardonnay Esencia Villard 2000 (Chile)Risoto com frutos do mar. 3ªSuite: SemillonBotrytised De Martino (Chile). Bacalhau amoda do Chef Leno. Sobremesa: Crepe deMaçã ao Colis e Banana Dourada.

Saúde!

Antonio [email protected]

O Conselho Superior das EntidadesMédicas de Santa Catarina (COSEMESC)realizou, no dia 1º de março, uma nova As-sembléia Geral dos Médicos, na sede daACM, para discutir e deliberar a respeito doscontratos de serviços com planos de saúde.Durante a Assembléia, ainda foram aborda-dos outros temas de destacada importânciapara a categoria: o Plano de Cargos, Carreirae Salários da Secretaria de Estado da Saúdee a regulamentação da profissão de médico.

ASSEMBLÉIA GERAL DOS MÉDICOS DEBATESOBRE CONTRATOS COM PLANOS DE SAÚDE

CONTRATOS JÁ NEGOCIADOSE RECOMENDADOS

CONTRATOS COM NEGOCIAÇÃOAVANÇADA

EMPRESAS QUE AINDA NÃOAPRESENTARAM CONTRATO

Os contratos, na íntegra, estão nos sites da ACM, CREMESC e SIMESC.

O MÉDICO DEVE ENTRAR EM CONTATO COM O COSEMESC ASSIM QUE RECEBER QUALQUERNOVO CONTRATO PARA ASSINAR JUNTO ÀS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE.

Principais ações já realizadas pela Comissão em Defesa doProjeto de Lei que Regulamenta a Profissão de Médico, que écomposta por membros da ACM, CREMESC e SIMESC:

a) Distribuição de folder esclarecendo os médicos sobre otema e auxiliando no processo de orientação da sociedade.

b) Distribuição de abaixo-assinado, que será entregue aoPresidente do Senado, demonstrando a vontade legítimada sociedade em aprovar o Projeto de Lei que regula-menta a profissão de médico.

c) Contatos junto à imprensa, através de visitas às reda-ções, publicação de notas, entrevistas e artigos de opi-nião, destacando a importância da regulamentação nãoapenas para os médicos, mas para a qualidade da assis-tência prestada à sociedade.

d) Contatos com os parlamentares catarinenses, sensibili-zando-os a votar a favor do Projeto de Lei.

e) Contatos com os Conselhos e entidades de classe dos de-mais profissionais da área da saúde, debatendo o PL 25/02.

f) Discussão sobre o tema nos principais eventos realiza-dos pela categoria, nas programações que priorizam adefesa profissional e debates científicos.

g) Debates com os estudantes de medicina esclarecendosobre o tema.

CLUBE DO VINHO ORLANDO SCHRÖEDER – ACM

HARMONIZAÇÃO VINHO E PRATO

(*) ENVIOU CORRESPONDÊNCIA AO COSEMESCCOMUNICANDO ADOÇÃO DA CBHPM

PLANO DE CARGOS, CARREIRAS

E SALÁRIOS – SESREGULAMENTAÇÃO DA

PROFISSÃO DE MÉDICOEm elaboração desde 2003, o Plano de Carreiras, Cargos e

Salários da Secretaria de Estado da Saúde só chegou às mãos

dos médicos, para conhecimento e avaliação, no final da tarde

do dia em que ocorreu a Assembléia Geral. De acordo com o

coordenador do COSEMESC e Presidente do SIMESC, Dr.

Cyro Veiga Soncini, em momento algum as entidades médicas

foram chamadas a debater e contribuir com a elaboração do

projeto. “Quando solicitamos à SES que nos permitisse anali-

sar a proposta, não fomos autorizados, ou seja, faltou transpa-

rência. Além disso, em fevereiro, a Secretária Adjunta, Carmem

Zanotto, disse que receberia a classe médica para encaminha-

mento das nossas propostas, mas isso também não aconte-

ceu”. Depois, obtivemos a informação de que o plano seria

encaminhado para nós, mas somente hoje, 01/03, às 17h nós o

recebemos e não tivemos tempo de analisá-lo. Isso nos frustra

porque muitos médicos têm vínculo com o Estado. Certamen-

te nos reuniremos para decidir o que fazer”.

C O N T R A T U A L I Z A Ç Ã O

O COSEMESC já analisou diversos con-tratos propostos pelas operadoras de planosde saúde, junto à Assessoria Jurídica. Algunscritérios foram definidos na defesa dos mé-dicos no processo de contratualização:

• Ter a CBHPM como referencialmetodológico.

• Acordo estabelecido pelo grupo de ope-radoras com o COSEMESC.

• Renegociação dos valores em outubro/2005.

• Foro local.

• Todos os aditivos, anexos e/ou manuaisfazem parte do contrato – É essencialque o médico leia o contrato e concor-de (avalie seus interesses) com ostermos antes de assinar. Contratos quejá foram assinados poderão receber umaditivo (complementação) se estiveremdiferente daqueles recebidos e analisa-dos pelo COSEMESC.

ASSEFAZ GEAP

ELOSAÚDE CAPESESP

POLYMED SESEF

CASSI CORREIOS

CAIXA FASSINCRA

UNIÃO SAÚDE ELETROSUL

PETROBRÁS EMBRATEL

PRÓ-SAÚDE ALESC*

C O N A B TRACTEBEL

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Jornal da ACMJornal da ACM 1704

POEIRA ... LEVANTOU POEIRA ! Ao som do novo hit brasileiro, acriançada “invadiu” a sede da ACM na tarde do dia 08 de fevereiro para o tradicionalBaile de Carnaval Infantil, que foi embalado pela banda “Betinho Musical Show”.Durante as quatro horas da festa, os pequenos foliões mostraram toda a força e energiada nova geração, desfilando muita animação e as mais coloridas fantasias, misturandoconfete e serpentina com spray de espuma. Enquanto os pequenos se divertiam nosalão, pais e avós corujas aproveitavam a tarde no bar da piscina, que contou com osserviços do Styllus Buffet.

AS FOTOS DA FOLIA JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE DA ACM

WWW.ACM.ORG.BR/CARNAVAL2005

MAIS UM ANO DE SUCESSO NOBAILE DE CARNAVAL INFANTIL

CRIANÇAS DE TODAS ASIDADES LEVARAM OCOLORIDO E ADESCONTRAÇÃO PARA OSALÃO DA SEDE DA ACM

SAÚDE SEM ENGANAÇÃO

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA CBHPM

HORA DE DEFENDER A LEI DA CBHPMNO CONGRESSO NACIONAL

CÂMARAS TÉCNICAS INTEGRAM ENTIDADES MÉDICASE OPERADORAS NA LUTA PELA CBHPM

INFORMAÇÕES DA COMISSÃO NACIONAL DE IMPLANTAÇÃOA Comissão Nacional de Implantação da

CBHPM – CNI alerta que não foi realizadonenhum acordo em Câmara Técnica ou naprópria Comissão Nacional para Implanta-ção que autorize as operadoras a retiraremprocedimentos incluídos na CBHPM - 3ªedição. Os pleitos das operadoras estão sen-do motivo de avaliação pela Comissão Naci-onal de Honorários Médicos e só serão acei-tos após discussão com as Sociedades deEspecialidade envolvidas.

As Comissões Estaduais de HonoráriosMédicos devem encaminhar à CNI todos osacordos de implantação da CBHPM já assi-nados, assim como contratos abusivos e cor-respondências coercitivas das operadoras aserem enviadas à ANS em forma de denún-cia. A CNI também sugere às ComissõesEstaduais que acionem a Promotoria deDefesa do Consumidor do Ministério Públi-co Estadual nos casos de descumprimentodos acordos firmados por intermédio desta

Ainda não chegou o dia em que o cidadãobrasileiro poderá se tranqüilizar, na certezade que a sua saúde e a educação de sua famí-lia estão em boas mãos. Bitributado nessasáreas, pois paga impostos, taxas e contribui-ções ao governo, e é obrigado a assumir con-tas de escolas particulares, de planos de saú-de, de previdência privada, para chegar navelhice e ter um pouco mais do que o parcodesembolso do INSS, o pobre do cidadão sóé lembrado mesmo quando pedem seu voto.

O desabafo decorre da relação aflitivae tumultuada vivenciada neste último anopelos usuários de planos e seguros-saúdecontratados antes de 1999. Tudo em de-corrência de uma decisão do Supremo Tri-bunal Federal, que restringiu a aplicaçãoda lei 9.656/98 para a solução de conflitosrelativos a contratos assinados antes da lei.Até essa decisão, entendia-se que, comoos contratos de planos de saúde têm longaduração e prazo indeterminado e tratamde assunto que é dever do Estado garantir,os direitos básicos introduzidos com a lei9.656/98 deveriam se estender para os con-tratos antigos.

Essa decisão originou o Programa de In-centivo à Adaptação de Contratos (PIAC), osreajustes com patamares nas alturas, liminaresna Justiça e até o boicote dos médicos, que sesentiram desrespeitados pelas empresas.

Mais recentemente houve a insolvênciada Interclínicas sem que nada fosse feito paraevitar esse problema. O que fazer frente atudo isso? Em primeiro lugar, defendemos quese retire o véu que recobre o tema saúde.

A saúde é um direito e não pode sermercantilizada? Então que o governo useos impostos que pagamos para oferecer atodos os brasileiros excelente atendimentono Sistema Único de Saúde (SUS). E queos planos de saúde sejam adquiridos pelosque desejarem um atendimento com maisconforto e privacidade.

Mas de que maneira o SUS receberia,do dia para a noite, digamos, a metadedos que têm planos de saúde? E como osatenderia, considerando que são de clas-se média, conhecem seus direitos e tenta-riam exercê-los?

Devemos dizer, ainda, que os planos desaúde são empresas privadas. E que, portanto,ou são lucrativos, ou quebram. Não adiantoucriar uma falsa realidade, em que os serviçosforam amplamente aumentados, com cober-turas dos mais diversos procedimentos (algunsdeles muito caros), com um tabelamento depreços e com coberturas defasadas em maisde uma década, o que impede que o consumi-dor tenha acesso a diversos avanços científicosno diagnóstico e no tratamento de doenças.

Não cabe à Agência Nacional de SaúdeSuplementar tabelar preços desses serviços aomesmo tempo em que amplia a cobertura deprocedimentos, nivelando-os quase pelo teto.As autoridades, nesse caso, só têm três opções:

1. Assumir o atendimento, pelo SUS, detodos os brasileiros nos padrões a queos usuários de planos de saúde estãoacostumados;

2. Ou reduzir os custos dessas operadoras, cortando impostos e eliminando aburocracia;

3. Ou, ainda, deixar o mercado definirquem continua e quem deixa esse seg-mento econômico.

Não haverá soluções mágicas. Seja qualfor a escolha dos governantes e legisladores,terá de ser debatida com a sociedade.

A vantagem será a restauração da verda-de na área de saúde. Caso contrário, continu-aremos enfrentando essas crises.

E, em caso de falências de operadoras,o consumidor, que já paga impostos pelasaúde mais o plano de saúde, poderá pa-gar, com a doença, a conta de uma saúdecom enganação.

Autor: Maria Inês Dolci - [email protected]: Jornal Folha de São PauloTerça-feira, 18 de janeiro de 2005.

ESPAÇO UNIMED SC

Já estão em funcionamento as seis Câ-maras Técnicas formadas, em dezembroúltimo, por representantes da AssociaçãoMédica Brasileira, do Conselho Federal deMedicina, da Unidas e da Unimed paraviabilizar a implantação da ClassificaçãoBrasileira Hierarquizada de ProcedimentosMédicos (CBHPM).Já estão sendo realiza-das reuniões da Câmara de Diretrizes e osprimeiros encontros das Câmaras Técnicasde Órtese e Prótese e da Permanente daCBHPM. Foram definidas quatro frentes de

instituição, bem como para tentar solucionaro impasse com as seguradoras de saúde. Ou-tra sugestão é que sejam assinados Termosde Ajuste de Conduta com as operadoras paragarantir o cumprimento dos acordos.

A CNI reforçou o pedido ao presidenteda ANS, Fausto Pereira dos Santos, de cria-ção de câmara técnica para avaliar a incorpo-ração dos novos procedimentos ao rol daAgência, que representa cobertura obrigató-ria pelas seguradoras e operadoras.

PRORROGADO PRAZO PARAA CONTRATUALIZAÇÃO

O mês de março deverá ser decisivo paraque a CBHPM seja aprovada comoreferencial mínimo de honorários médicosno país, através da votação do Projeto deLei 3466/2004, de autoria do DeputadoInocêncio de Oliveira e que tem como relatoro Deputado Rafael Guerra, Presidente daFrente Parlamentar da Saúde.

De acordo com o texto a ser votado: “OCongresso Nacional decreta que fica instituído o

Rol de Procedimentos e Serviços Médicos, acompa-nhado da respectiva valoração, a ser elaborado,revisado e editado anualmente, até 31 de março decada período, pela Agência Nacional de SaúdeSuplementar – ANS”.

A previsão é de que o PL entre na pauta devotação da Câmara até o começo de abril. Emreunião entre as entidades médicas nacionais fi-cou definido que as Comissões Estaduais devemmobilizar todos os deputados federais, indepen-

dente de seu partido político, sensibilizando-os emfavor do PL. Também foi decidido de que todos oslideres partidários devem ser contatados por mem-bros das três entidades nacionais.

Para integrar a luta pelo Projeto de Lei,basta acessar o site da AMB - Associação Mé-dica Brasileira (www.amb.org.br) e clicar nobanner de entrada, que está reunindo e-mailsa serem enviados aos parlamentares que par-ticiparão da votação.

trabalho: indicações do uso das próteses;avaliação da qualidade dos materiais; crité-rios para arbitrar eventuais divergências; elimites para a relação custo-benefício. Aindaforam discutidas distorções pontuais refe-rentes a portes e custo operacional em cará-ter preliminar. Por fim, a Câmara Técnicade Incorporação de Tecnologias se reuniu edefiniu que no próximo encontro a AMBdeverá apresentar um trabalho sobremetodologias a serem utilizadas para as no-vas tecnologias.

Atendendo a solicitação da CNI (Co-missão Nacional de Implantação daCBHPM) e das entidades médicas naci-onais, a ANS (Agência Nacional de Saú-de Suplementar) decidiu prorrogar pormais 150 dias o prazo para a assinaturados contratos de prestação de serviçosentre médicos e operadoras de planos desaúde. A decisão foi tomada na reuniãodo dia 2 de março da Diretoria Colegiadada ANS e agora o prazo para a finalizaçãodos contratos passa a ser 14 de agosto.

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Jornal da ACMJornal da ACM16 Jornal da ACM 05

VACINA ANTI-HPV – AGORA É A VEZ DOS HOMENS

AGENDA C IENTÍFICA

O Centro de Pesquisas “Projeto HPV” do Hos-pital Universitário da Universidade Federal deSanta Catarina está acompanhando há 2 anos,juntamente com outros centros no Brasil e nomundo, um grupo de mulheres que foram va-cinadas contra a infecção pelo vírus HPV. Mi-lhares de mulheres que receberam algum tipode vacina anti–HPV com um ou mais vírus es-tão sendo acompanhadas no mundo.

A vacina quadrivalente (contém partículassemelhantes aos HPV 6, 11, 16 e 18) parece ser amais promissora, um vez que contempla os tiposde vírus que mais freqüentemente infectam otrato genital masculino e feminino. Os tipos 6 e11 são os responsáveis por 90% dos casos decondiloma acuminado e os 16 e 18 por 75% doscasos de câncer genital. Em 5 estudos desta va-cina, ainda em andamento, mais de 22.000 su-jeitos de 9 a 23 de idade (mulheres e crianças)foram incluídos. No geral a vacina tem sido bemtolerada e os resultados preliminares de eficáciasuperam o esperado. Em função disso e pelofato do homem ser o maior responsável pela trans-missão do vírus para a mulher e nos últimos anoster havido um aumento na prevalência das le-

sões pré-cancerosas e cancerosas da área gênito-anal masculina, está sendo conduzido um novoestudo para avaliar a eficácia desta vacina, ago-ra em homens jovens (16 a 23 anos). Trata-se deum estudo multicêntrico, internacional,randomizado, duplo-cego que irá avaliar a eficá-cia em prevenir estas doenças nos homens.

Os estudos de história natural da infecçãoHPV nos homens apresenta dificuldades pelafalta de um exame de rotina para diagnósticodas patologias associadas a ele, como acontececom as mulheres com o exame de colpocitologiaoncótica (Papanicolaou). Além disso, adetecção da infecção pelo HPV em homenstem sido mais difícil devido ao desafio de seobter amostras adequadas de células da pelegenital masculina que é fortementequeratinizada. Alguns estudos recentes mos-traram que o pênis, bolsa testicular e regiãoperianal produziram as mais altas taxas dedetecção do vírus em homens infectados peloHPV. A incidência de verrugas anogenitais noshomens aumenta dramaticamente após o iní-cio da atividade sexual e atinge seu pico porvolta dos 25 anos. Clinicamente, a infecção por

Já estão abertas as inscrições para as 40vagas do II Curso de Especialização Didáti-ca-Pedagógica para Profissionais da Área daSaúde: Medicina, Odontologia, Bioquímica,Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, ServiçoSocial e Enfermagem, desde que devidamenteinscritos nos respectivos Conselhos Regionais.As atividades serão desenvolvidas com aulaspresenciais, numa carga-horária de 360 ho-ras/aula. A coordenação do curso é do Dr.Maurício José Lopes Pereima, do Departa-mento de Pediatria – DPT /UFSC e do De-partamento Científico – ACM.

Período: De 11/03/2005 a 27/05/2006

Horário das Aulas: Sexta-feira das 18:00 às 22:00 h - Sábado das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 h Obs.: As aulas serão quinzenais e serão ministradas na Associação Catarinense de Medicina – ACM -

Florianópolis/SC.

Investimento: 12 parcelas de R$ 250,00

Informações: Fone: (48) 231-0330 das 13:30 às 20:00h na ACM ou e-mail: [email protected]

Inscrições: As inscrições poderão ser feitas pessoalmente na ACM ou através de cheque nominal a - FAPEU – Projeto

081/2005 – e encaminhado através de SEDEX para: Dilva Fazzioni – Associação Catarinense de Medicina, Rodovia SC 401

Km 04, 3854 – Saco Grande – Florianópolis – SC, CEP88032-005

II CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DIDÁTICA-PEDAGÓGICAPARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE – LATO SENSU

tipos de HPV de alto risco oncogênico é rara-mente observada.

Uma vez que a infecção HPV tem cresci-do de forma assustadora nos últimos anos,mesmo com o uso do preservativo, que nãoprotege completamente contra a contamina-ção e o tratamento muitas vezes ser complexo,caro, doloroso e com altas taxas de falha, a va-cina anti-HPV é uma esperança para este pro-blema que se concretiza a cada dia. Desenvol-vida em laboratórios de engenharia genética,esta vacina é produzida com partículas artifici-ais semelhantes ao vírus (VLPs) e portanto nãohá nenhum risco de contrair a infecção HPV com avacina. O processo é semelhante ao desenvol-vido com a vacina da Hepatite B.

Caso você conheça alguém que tenha in-teresse em participar desta pesquisa (homensde 16 a 23 anos) entrar em contato com oCentro de Pesquisas “Projeto HPV” pelostelefones (48) 233-6798 / 331-9082 / 9997-1922ou pelo e-mail: [email protected] .

Dr. Edison Natal FedrizziPesquisador Responsável Projeto HPV – HU/UFSC

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE MÉDICODEFENDE A SAÚDE DA POPULAÇÃO

Tramita no Congresso Nacional o Proje-to de Lei (PL 25/02) que regulamenta aPROFISSÃO DE MÉDICO. O texto queserá votado pelo Senado trata-se doSubstitutivo do Senador Tião Vianna, quedefine como ato exclusivo dos médicos odiagnóstico e a prescrição do trata-mento das doenças humanas.

Apesar do inalienável direito dos médi-cos terem sua profissão regulamentada, al-gumas vozes vêm levantando-se contra aaprovação do PL, o que vem exigindo umimportante esclarecimento de toda a socie-dade sobre o assunto. Acima de tudo, o Pro-jeto de Lei quer regulamentar a profissão de

O Conselho Superior das Entida-des Médicas de Santa Catarina –COSEMESC solicita o empenho detodos os médicos na divulgação e nabusca de assinaturas junto à popula-ção para o abaixo-assinado que vemsendo distribuído entre a categoria,que tem por objetivo demonstrar esensibilizar os senadores quanto àmobilização da classe médica na apro-vação do Projeto de Lei Substitutivo25/02, que regulamenta a profissão demédico e garante a assistência dignaà saúde dos brasileiros. Cópias do abai-xo-assinado podem ser solicitadas aoCREMESC – Conselho Regional deMedicina. O abaixo-assinado devida-mente preenchido deverá ser entre-gue nas sedes da ACM, CREMESCou SIMESC ou nas suas RegionaisATÉ O DIA 25 DE MARÇO.

PARTICIPE DOABAIXO-ASSINADO“PROJETO DE LEI DO SENADO nº 25 (Substitutivo), de 2002”

Dispõe sobre o exercício da Medicina

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

ARTIGO 1º - O médico desenvolverá suas ações no campo da atenção à saúde humana para: I – a promoção da saúde; II – a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças; III – a reabilitação dos enfermos. • Parágrafo Único: São atos privativos de médico a formulação do diagnóstico e a prescrição terapêutica das doenças.

ARTIGO 2º - Compete ao Conselho Federal de Medicina definir, por meio de resolução, osprocedimentos médicos experimentais, os aceitos e os vedados, para utilização pelos médicos.

ARTIGO 3 º - São privativas de médico as funções de coordenação, chefia, direção técnica, perícia,auditoria, supervisão e ensino vinculados, de forma imediata e direta, a procedimentos médicos. • Parágrafo Único: A direção administrativa de serviços de saúde e as funções de direção, chefia, e supervisão que não exijam formação médica não constituem funções privativas de médico.

ARTIGO 4º - A infração aos dispositivos desta Lei configura crime de exercício ilegal da Medicina,nos termos da Artigo 282 do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940).

ARTIGO 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

CONHEÇA O PROJETO DE LEI

médico, estabelecendo as suas ações e assuas responsabilidades, reconhecidas comofundamentais para o bom e o seguro atendi-mento médico da população.

Nesse sentido, a Associação Catarinense deMedicina (ACM), o Conselho Regional de Me-dicina (CREMESC) e o Sindicato dos Médicos(SIMESC) criaram a Comissão Estadual emDefesa do Projeto de Lei, unindo-se às entida-des nacionais que atuam em prol da categoria.As representações médicas lutam para que asociedade tenha respeitados seus direitos, nacerteza de que nenhum profissional atua sozi-nho na assistência à saúde, mas também de quenão se faz saúde sem médicos.

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Jornal da ACMJornal da ACM 15

DESTAQUE CATARINENSE

No dia 4 de março, a Presi-dência da Sociedade Brasileirade Endocrinologia eMetabologia (SBEM) passouàs mãos da Dra. Marisa Hele-na César Coral. Será a primeiravez na história da entidade queuma catarinense assume a fun-ção, coroando um trabalho dededicação e afinco realizadopela médica, quando esteve àfrente da regional da SBEM noestado. A Diretoria que assu-me foi homologada durante oCongresso Brasileiro da Espe-cialidade, em Florianópolis,ocorrido em novembro de 2004,para o Biênio 2005-2007.

“É com muito orgulho queassumimos este compromisso desafiador. Acreditamos que, com

DRA. MARISA HELENA CÉSAR CORAL É APRIMEIRA CATARINENSE A ASSUMIR APRESIDÊNCIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DEENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA (SBEM)

DRA. MARISA HELENA CÉSAR CORAL

• Consolidar e fortalecer a imagem da SBEM.

• Valorizar e qualificar a especialidade, o que passa pelarevalidação do Título de Especialista.

• Manter e incrementar o Programa International Scholar, emparceria com a Sociedade Americana de Endocrinologia(Endocrine Society). Este programa oferece ao jovemendocrinologista (cursando mestrado ou doutorado) aoportunidade de realizar pesquisas em centros de excelên-cia, financiadas pela entidade americana. Em contrapartidao médico/aluno se compromete a voltar e aplicar no Brasil oque aprendeu no exterior.

• Oferecer cursos de Educação Continuada aosendocrinologistas clínicos e procurar manter a Pós Gradua-ção da Especialidade em bom nível no país.

• Manter e ampliar as parcerias com outras sociedades daespecialidade.

• Aprimorar o Projeto Escola Saudável.

• Criar novas campanhas de prevenção e diagnóstico precocedas doenças endocrinológicas.

Com um número recorde de participantes, o 26o Congres-

so Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia – CBEM, reu-

niu mais de três mil congressistas durante os cinco dias de

evento, realizado na capital catarinense, entre os dias 6 a 10

de novembro/04. O número recorde de participantes resultou

do empenho integrado entre a SBEM Nacional e a Comissão

Organizadora Estadual, que não mediu esforços para apre-

sentar os principais temas de interesse para o especialista,

além das mais recentes pesquisas na área da endocrinologia,

por intermédio de profissionais de renome no cenário nacio-

nal e internacional.

RECORDE DE PÚBLICO NO

26O CONGRESSO BRASILEIRO

DE ENDOCRINOLOGIA

DIRETRIZES CENTRAIS DA GESTÃO 2005/2007

MEMBROS DA NOVA DIRETORIA

Presidente: Marisa Helena Cesar Coral (Florianópolis/SC)

Vice-Presidente: Luiz Alberto Susin (Lages/SC)

Secretária Executiva: Maria Heloísa Busi da Silva Canalli (Florianópolis/SC)

Secretário Adjunto: Dalisbor Marcelo Weber da Silva (Jaraguá do Sul/SC)

Tesoureiro Geral: Luiz Carlos Espíndola (Florianópolis/SC)

Tesoureiro Adjunto: Luiz Antônio Araújo (Joiville/SC)

Novos diri-gentes da

SBEMsão todos de

SantaCatarina

MANIFESTO DAS ASSOCIAÇÕESMÉDICAS C IENTÍFICAS BRASILEIRAS

Cinqüenta e seis AssociaçõesMédicas Científicas lançaram omanifesto “Medicina ameaçada ésaúde arriscada” sobre a importân-cia do PL 25/2002, que regulamen-ta o ato médico.

O manifesto aponta para o fato deque, na discussão acerca do projetode lei, a verdade está sendo manipu-lada com o objetivo de impressionara opinião pública. As Associaçõesressaltam também que, há 20 anos,existem leis que regulamentam asprofissões da área de saúde e defineme limitam adequadamente suas atri-buições, com exceção da Medicina.

Segundo o manifesto a abordagemmulti-profissional é uma necessidadereconhecida, mas isso não significaque todos possam fazer diagnóstico.

O manifesto diz ainda que o PL25/02 em tramitação no Senado é jus-to e necessário, não prejudicando osoutros profissionais de saúde emnada, respeitando suas prerrogativase remetendo-os ao texto de suas pró-prias leis.

Apontamos que não bastassem as do-enças que assolam a população brasileira,agora nos ameaça a manipulação de fatos,textos e contextos, que se origina das enti-dades de paramédicos. Auto-declararam-seautônomos e independentes na abordagemdos pacientes e, alardeando que, sob umponto de vista numérico, os médicos repre-sentariam minoria, manifestações exóticasvêm sendo usadas para impressionar a opi-nião pública e o Legislativo, alegando que oProjeto de Lei sobre Medicina limitaria asdemais profissões da área de saúde. Menti-ra e verdade.

Mentira, porque leis que há 20 anos re-gulamentam as profissões da área de saúde jádefinem e limitam adequadamente suas atri-buições. O que ocorre é que, sob total impuni-dade, as autarquias fiscalizadoras dessas pro-fissões desafiam as leis que deveriam cumprir,pretendendo estender as suas prerrogativaspor sobre várias das especialidades médicas,em especial as que mais apoiaram suas cria-ções. A ponto de questionarmos que órgão iráenquadrar esses conselhos, que ao alegaremdisputa de mercado com os médicos assumemestimular o exercício ilegal da Medicina.

Verdade, porque a Medicina, estruturadaem mais de 50 especialidades, não aceita essejogo pseudo-democrático e se declara à alturado desafio de explicar à população o que sejaMedicina, seu papel social ético eimpostergável e denunciar a inacreditávelagressão que está sofrendo - que atinge a saú-de de todos.

Entendemos que não se deva confun-dir hierarquia administrativa com a necessi-dade de hierarquia técnica no atendimentode toda pessoa que apresente sinais e/ousintomas (paciente), devendo o sistema desaúde viabilizar seu acesso a um médico queo examine, emita um diagnóstico e formali-ze uma proposta de tratamento. O médiconão é o único que pode dirigir um hospital,mas por sua formação, é o único que podeassumir a responsabilidade pela abordagemdo paciente como um todo, e as várias espe-cialidades médicas se entrelaçam pelo co-nhecimento e intervenção sobre seus diver-sos órgãos e sistemas, evoluindo em buscada visão sistêmica.

Informamos que diagnosticar signifi-ca identificar a causa ou doença responsá-vel pelos sinais ou sintomas de um paciente.Somente médicos (e odontólogos em seucampo) fazem diagnóstico (em quaisquer desuas sub-denominações), investigam doen-ças, requisitam exames, definem condutas,indicam terapias e tratamentos, prescrevemmedicamentos, fazem cirurgias, atestamdoenças e saúde, reavaliam em seguimento,internam e dão alta, julgou o Supremo Tri-bunal Federal.

Alertamos que não há nem haveráqualquer conflito ou sobreposição de fun-ções, desde que respeitem a Medicina, suasprerrogativas e as leis de suas próprias pro-fissões, e assumam que somente médicos(e odontólogos) podem de fato atender ini-cialmente um paciente. Nenhumterapeuta pode pretender fazer diagnósti-co nem indicar tratamento, pois é ilegal etecnicamente inapropriado, por conta desua visão restrita do ser humano. E isso emnada lhes denigre, apenas define seu pa-pel específico, não-médico, na assistência,e serve de fundamental apoio e segurançaao paciente.

Exemplificamos que uma sensação debolo na garganta pode necessitar terapia psi-cológica, mas quem deve definir, antes, se

existe refluxo, tireoidite, tumor, artrite,artrose, hérnia de disco cervical e afastaroutras enfermidades, como a hipertensãoarterial, é somente um médico. Num racio-cínio idêntico, pacientes com obesidade,rouquidão, surdez, obstrução nasal, distúr-bios do sono, perda de ereção, dores no pei-to, no ombro ou nas costas, mal estar abdo-minal, inchação nas pernas ou qualquer ou-tro sinal ou sintoma, se forem atendidos deforma responsável, devem, antes de tudo,obter um diagnóstico, e jamais umparamédico poderá pretender assumir qual-quer porta-de-entrada do sistema de saúde.

Declaramos que abordagem multi-profissional é uma reconhecida necessi-dade, mas isso não significa que todos fa-çam diagnóstico. Ou será que mesmo con-siderando as dificuldades da educaçãocontinuada e fiscalização da Medicina(que visa o todo), algum para-médico te-ria essa formação? Vale lembrar que ainter-profissionalidade foi e continua sen-do estimulada e realizada pela própriaMedicina, ou teriam estas profissões obti-do geração espontânea?

Advertimos que a pretensão por trásde todo esse ruído pseudo-igualitário é a deque paramédicos possam assumir funçõesde médicos (avaliando, solicitando examese definindo condutas), o que é ilegal e inte-ressa a alguns, pois é uma forma (irrespon-sável) de baratear a assistência. Para isso,pregam a heresia de que uma assistência“humanizada e moderna” não precise demédicos, medicamentos e hospitais; mas, naverdade, alertamos, estão querendo imporaos pobres uma ultrapassada pseudo-medi-cina mais “acessível”.

Denunciamos que está ocorrendo umgrande golpe e blefe institucional promovi-do por entidades que estão tentando, de for-ma corporativista e ilegal, alcançar funçõesmédicas, e não se constrangem de contrari-ar frontalmente as leis de suas próprias pro-fissões. O PL 25/02 do Senado é justo e ne-cessário, não os prejudica em nada, respeitasuas prerrogativas e os remete ao texto desuas próprias leis.

Contamos que o Brasil não permita quesejam criados atalhos para a Medicina; osque quiserem ser médicos, que façam o res-pectivo curso e assumam as responsabilida-des inerentes à profissão.

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Documento assinado por 56 Entidades

Jornal da ACM

disciplina e profissionalismo, iremos manter a estrutura já tão bemconsolidada pela gestão que nos antecedeu. As ações da SBEMserão direcionadas à execução do seu Planejamento Estratégico,programado com a assessoria da Fundação Getúlio Vargas, quedefiniu como prioridade a valorização do especialista, entre outrasimportantes metas”.

A nova Presidente reconhece que para obter os resultados espe-rados é necessário oferecer produtos de qualidade e excelência, porisso, a Sociedade montou uma estrutura administrativa bem profis-sional em Florianópolis, com sede central na Associação Catarinensede Medicina, e outra no Rio de Janeiro. “Além das atividades admi-nistrativas previstas para 2005 a SBEM deverá manter o alto nívelda sua publicação científica oficial, a Revista Arquivos Brasileiros deEndocrinologia e Metabologia, recentemente indexada no SistemaMEDLINE/Index Medicus”.

A SBEM conta atualmente com um contingente de três milsócios em todo o país. Criada há 50 anos, a entidade tem umaseccional que a representa em cada estado, totalizando 21 regio-nais, além da sede.

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CABANAS DA ACM

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EXCLUSIVIDADE PARA OS MÉDICOS DAS REGIONAISTodos os anos médicos das mais diversas Regionais do estado ocupam as

cabanas da sede da ACM durante a temporada de verão. As vagas são bastantedisputadas e preenchidas por ordem de solicitação, exclusivamente para associa-

dos de fora da Grande Florianópolis. As regras sãosimples e procuram ser justas: em setembro de cadaano abrem as reservas para as estadas no mês de de-zembro; em outubro para janeiro e, em novembro parafevereiro (sempre com três meses de antecedência).Cada associado tem direito a permanecer por umasemana, de sexta a sexta.

A temporada inicia em dezembro e encerra dia 15de março. Fora deste período o médico fica o tempoque precisar ou desejar e tiver vaga.

O médico Luiz Fernando Saboia Pitta Gonçalves, de Jaraguá do Sul, costuma vir a Florianópolis e hospedar-se nascabanas da ACM. Sócio da entidade desde que veio do Rio Grande do Sul, em 1989, Dr. Gonçalves também se utiliza da estruturada sede na capital quando vem a congressos, Olimpíada Médica, outros eventos e ocasiões especiais, além das férias com a esposae o filho. “Adoro a piscina e jogar tênis, as quadras são ótimas. Outro ponto importante é que a ACM fica numa boa base, com fácil acesso às praias.Na hora de dormir tem a vantagem do silêncio, bom para descansar. Gosto muito e voltarei sempre”.

A Dra. Rosely Kloser Fuganti, de Brusque, hospedou-se na ACM pelo segundo ano consecutivo e lista uma série derazões para voltar. “Tenho quatro filhos, o menor tem nove anos e o maior tem 15. Aqui é perto das praias e os meus filhos ainda encontram espaçopara ficar à vontade, nadar e praticar esportes. As cabanas têm tamanho bom e ficamos bem acomodados”. Casada com o médico JoséCarlos Fuganti, a família conquistou o privilégio de permanecer duas semanas nas cabanas – uma para cada CRM. “Somossócios da ACM há muitos anos, mas só agora estamos desfrutando da sede, porque os filhos já estão crescidos e aproveitam mais. Gostamos muitodo período em que permanecemos na sede”.

Da região de Chapecó, o Dr. Demerval Florença da Rocha veio com a esposa e os dois filhos (16 e 12 anos). Na suaavaliação o espaço para a hospedagem está todo muito bonito e bem organizado. “As instalações são confortáveis, o ambiente e as áreasverdes deixam tudo mais agradável. Tenho família na Praia do Campeche e acabo indo para lá quando estou na capital. Desta vez, decidimos fazerreservas para janeiro porque fomos ao Planeta Atlântida e a ACM fica bem mais perto. Foi uma excelente opção. Vamos voltar mais vezes”.

O otorrino e oftalmologista de Lages, Dr. Airton Rogério Ribeiro Ramos hospedou-se com a esposa Carmem. Ambosaprovaram as diversas reformas do local e elogiaram as instalações: “Oferecem o conforto de que precisamos na temporada de praia. Alémdisso, eu adoro nadar e a piscina da sede é ótima, sem esquecer que a comida é muito boa”. O médico costuma ocupar a sede em dezembro,quando fecha o consultório e passa uma semana na praia para visitar os filhos, que trabalham em Florianópolis. O restante domês é para viajar e descansar.

Para o Dr. Antônio Rodolfo Lisboa Reis, de Lages, o atendimento na ACM é nota 10. “Os funcionários sabem receberbem, desde o pessoal que cuida da manutenção do pátio até as telefonistas. São todos muito atenciosos. Além disso, as instalações são boas,agradáveis e limpas. A segurança no local dá tranqüilidade aos hóspedes. Sempre que posso eu ocupo a sede, tanto para lazer e descanso,como para cursos. Estou muito satisfeito”.

A Dra. Ana Maria Eberhardt Menegon, de Joinville, ocupa as cabanas da ACM quando vem à capital participar decursos, conciliando o aprimoramento profissional com o sossego do local. Em 2004, somados os dias de permanência (nãocontínuos), a médica permaneceu 31 dias nas cabanas. Para ela, que tem a família morando em Florianópolis, fica a opção devisitar os parentes sem permanecer na casa deles. “São acomodações simples, mas práticas. A piscina é muito legal e o espaço físico muitobom. No entanto, fora da temporada é mais tranqüilo”.

DEPOIMENTO DE QUEM USOU E APROVOU

MEDIDA PROVISÓRIA PENALIZA OS MÉDICOS

A Associação Catarinense de Medici-na apóia ações de âmbito nacional e esta-dual contra a Medida Provisória 232, queaumenta a base de cálculo do Imposto deRenda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e daContribuição Social sobre o Lucro Líqui-do (CSLL) de 32% para 40% para as em-presas prestadoras de serviços optantespelo regime de lucro presumido. A Asso-

ACM APÓIA AÇÕES CONTRA AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA

As novas regras de tributação, baixa-das pelo Governo Federal sem debatecom a sociedade, no bojo da MP quecorrige a tabela do IR, acarretam umaumento médio de 25% nos impostos. Oaumento atinge cerca de 500.000 empre-sas, entre elas a de profissionais liberais,entre eles os médicos.

“Na área de saúde, a MP penaliza forte-mente consultórios e muitos laboratórios. Osmédicos que trabalham com planos de saúde,por exemplo, estão sem reajuste há cerca de

SISTEMA UNICRED DE SANTA CATARINA CRIA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Segundo o Instituto Brasileiro de Pla-nejamento Tributário (IBPT), além doIRPJ e CSLL, as empresas prestadorasde serviço pagam PIS (0,65% sobre a re-ceita), COFINS (3% sobre a receita), ISS(de até 5% sobre a receita, conforme alegislação do seu município); tributossobre a folha de salários (INSS, FGTS,Contribuição para Terceiros = 44% s/afolha), mais taxas, IPTU, IPVA, IOF,CPMF, etc, podendo atingir mais de 30%do faturamento.

Em Santa Catarina, a ACM apóia a açãode um grupo de entidades civis de todos ossegmentos da sociedade catarinense e que jáprepararam um manifesto de repúdio à Medi-da Provisória. O documento cobra dos parla-mentares um trabalho para a eliminação dosdispositivos que elevam a carga tributária, alémde um compromisso dos representantes fede-rais com uma ampla e coerente reforma fiscal.

A Fundação QUANTA de Previdên-cia Complementar, criada pela UnicredCentral de Santa Catarina, iniciou no dia01 de fevereiro a comercialização do PlanoPRECAVER, primeiro produto da Insti-tuição, lançado especialmente e exclusi-vamente para os cooperados do SistemaUnicred, composto por médicos, dentistas,psicólogos, assistentes sociais,nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeu-tas e demais profissionais da área da saú-

Singulares, além da Cooperativa dos Ma-gistrados Catarinenses (COOMARCA) e 25Postos de Atendimento ao Cooperado(PAC), em oito cidades: Florianópolis,Blumenau, Itajaí, Criciúma, Tubarão,Lages, Chapecó e Joinville, que juntas so-mam cerca de 10.200 cooperados. Além dis-so, a Singular de Caxias do Sul/RS, com1.800 cooperados, também aderiu à Fun-dação QUANTA.

CABANAS OFERECEM ESPAÇOPRIVILEGIADO E CONFORTO AOS

MÉDICOS ASSOCIADOS DASREGIONAIS DA ACM

ciação Médica Brasileira e o Conselho Fe-deral de Medicina já anunciaram medi-das contra os aumentos, através da cria-ção da Frente Brasileira contra a MP. Ostrabalhos iniciaram com a divulgação domovimento junto à imprensa e com a ten-tativa de sensibilizar os parlamentares avotar contra mais este aumento da cargatributária.

dez anos e são obrigados a manter empresaspara receber das intermediadoras de saúde.Se já encontravam dificuldades para manterseus consultórios, agora serão colocados emsituação ainda mais crítica com o aumento dacarga tributária previsto na MP 232”, afirmaDr. Eleuses Vieira de Paiva, presidente da As-sociação Médica Brasileira. “Esse aumento éinadmissível, assim como a forma como foi re-alizado, sem consulta à sociedade, sem debateno Congresso Nacional e no mais absoluto si-lêncio, no apagar das luzes de 2004”.

de. Com as menores taxas do mercado e asmelhor remuneração, o plano atende a umantigo anseio do setor e projeta de maneiraindividualizada a melhor opção, levandoem conta a idade, os objetivos e a capaci-dade do orçamento mensal de cada um,oferecendo sempre a melhor opção para umfuturo mais tranqüilo.

O Sistema Unicred em Santa Catarinaconta com nove Unicreds, chamadas de

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ALÉM DO CONSULTÓRIO MÉDICO

Homem de muitos talentos, o cardiologista Antônio Silveira Sbissatransforma-se num verdadeiro artista nas suas horas de folga, sejaatravés das telas, nos textos, na cozinha ou na arte de apreciar o bomvinho. Na década de 70 ele começou a pintar, talvez por influênciado amigo e também médico, Mário Gentil Costa, a quem ele definecomo “artista de verdade”. Embora o trabalho ocupe grande partede seu tempo, Dr. Sbissa consegue conciliar suas paixões, mas revelaque não se dedica tanto quanto deseja ou merece. “Gostaria depintar mais retratos, considero a fisionomia humana fascinante e afotografia não consegue retratar todo o seu encanto com a mesmaprecisão que a pintura. Mas é também uma parte muito difícil, tantoque só me atrevi a pintar pessoas próximas. Também gosto de regis-trar os contrastes, da luz com o pôr do sol, das sombras das folhagens e vegetações com a luz solar”.

Ultimamente são raras as oportunidades em que o médico se dedica aos pincéis, tintas e telas, mas em geralé nos fins de semana que encontra um tempinho. Autodidata, nunca expôs, mas tem um acervo de aproxima-damente 15 obras completas. Define a arte de pintar como uma forma de manifestar emoções, culturas e de serelacionar com a natureza, além de, é claro, um entretenimento, uma distração. “Como tenho muitos outroscompromissos que absorvem grande parte do meu dia e das noites, com os pacientes, o preparo de aulas, aculinária e o vinho, sobra pouco tempo para pintar”, revela o médico e enófilo, que Preside o Clube do Vinho daACM – Associação Catarinense de Medicina e pertence ao Clube dos Gourmets de Florianópolis.

DR. ANTÔNIO SBISSA EXERCITASUA PAIXÃO PELA PINTURA NOSPOUCOS MOMENTOS DE FOLGA

“Após a adrenalina da rampa, a decolagem e o domínio do apare-lho, surge uma sensação bem pessoal de liberdade”, conta oanestesiologista Lúcio Tadeu Suplici, que há cerca dez anos saltoupela primeira vez de parapente nas montanhas da praia Mole. “Euconheci o esporte através de um colega médico. Na época, tive contatocom um grupo pioneiro na prática deste esporte na Ilha, o ParapenteSul, com quem fiz um curso de aproximadamente 60 horas/aula. Trei-nava nas dunas da Joaquina e, com mais ou menos 1 mês de treino,voei pela primeira vez. Foi uma experiência inesquecível”.

O Dr. Suplici afirma que voar de parapente proporciona momentosde intenso prazer, mas por constituir-se de um esporte radical, exige umasérie de cuidados que sempre devem ser respeitados pelos praticantes,novos ou mais experientes. “É necessário obedecer regras e não querer desafiar a natureza, além de voar com todoequipamento de segurança, como botas, altímetro e pára-quedas auxiliar. Outro fator importante antes de voar deparapente é prestar atenção para identificar as condições do vento, como velocidade e pressão”, explica o médico.

A prática do parapente, que surgiu na Europa, na região dos Alpes - Suíça, França e Alemanha - já estátambém bem difundida no Brasil. É um instrumento que, ao contrário da asa delta, não é articulado. Por isso,para ser utilizado é necessária uma base de decolagem e um planejamento de vôo para garantir a dirigibilidadedo aparelho e a segurança do esporte.

DR. LÚCIO SUPLICI: “É NECESSÁRIOOBEDECER REGRAS E NÃO QUERER

DESAFIAR A NATUREZA, ALÉM DEVOAR COM TODO EQUIPAMENTO DE

SEGURANÇA”

ADRENALINA NO AR

CORAÇÃO DE ARTISTA

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ARQUIVOS CATARINENSES DE MEDICINA

MODERNIDADE E PERIODICIDADE RESGATADA

HISTÓRIA

A Revista Arquivos Catarinenses de Medicina nasceu em 1957, através deum grupo de médicos preocupado com o aprimoramento científico da classeno estado. A primeira edição leva a assinatura de médicos como AntônioMoniz de Aragão (Presidente da ACM à época), Arthur Pereira e Oliveira,Roldão Consoni, Isaac Lobato Filho, Renato Câmara e João Araújo (inte-grantes da Comissão Científica da Associação).

COMITÊ EDITORIAL

Os trabalhos publicados precisam ser recomendados pelo Comitê Editorial,formado por profissionais de todo o estado. Este Comitê tem como caracte-rística maior ser múltiplo e flexível, conforme os assuntos tratados nos traba-lhos apresentados para publicação.

INDEXAÇÃO

Para garantir a indexação é necessário que haja pelo menos uma publicaçãoanual com o índice Latino Americano. A Revista Arquivos Catarinenses deMedicina estava sem publicação anual por falta de patrocínio. A maneiraencontrada pelos dirigentes da entidade para resolver a questão foi transformar o meio de divulgação de impresso para eletrônico. Aalteração não apenas garantiu a manutenção da indexação como também ampliou o acesso.

AVANÇOS

Na versão eletrônica, além do conteúdo científico da Revista manter o mesmo padrão de qualidade do periódico impresso, diversoshiperlincks permitem acessos a assuntos correlatos de edições anteriores e de outras publicações dos autores dos artigos. Além disso,o armazenamento da Revista de forma digital possibilita a criação de arquivos particulares com as mais diversas formas de indexação.

VALORIZAÇÃO

Para a continuidade da Revista é fundamental a sua valorização pelos médicos catarinenses e a colaboração das mais diversas formas,através do envio de artigos e até mesmo no auxílio de captação dos patrocinadores que possibilitem as edições.

valorizar este espa-ço privilegiado,que é preferencial-mente seu. Casocontrário, colegasde outros estados,com menorchance de publi-car seus trabalhosnas revistas de suaregião, acabarãopublicando aqui,porque reconhe-cem que a nossa Revista é organizada, tempadrão científico, alcance nacional, éindexada no índice Latino Americano e doCaribe, onde também constam os resumosem inglês dos trabalhos”.

DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES NÃO MEDE ESFORÇOS PARAMANTER A QUALIDADE DO PERIÓDICO CIENTÍFICO

Ciente da importância da Revista Arqui-vos Catarinenses de Medicina para toda acomunidade médica do estado, a atual Di-retoria da ACM decidiu incrementar e res-gatar a credibilidade do periódico, que nes-ta gestão da entidade conquistou amodernidade e uma maior autonomia com aversão eletrônica. A Revista está na Internet,na página da ACM, desde março de 2004,atualizada e com todos os números produ-zidos nesta diretoria, além de alguns anteri-ores já digitalizados Dessa maneira, ampliouseu público alvo, antes mais restrito às bibli-otecas das Universidades do país e algumasSul Americanas. Com a publicação on-line,as edições “ganharam” o mundo e passa-ram a receber a “visita” de médicos de vári-as cidades brasileiras, bem como de profis-

VOCÊ PRECISA SABER ...

ARQUIVOS CATARINENSES DE MEDICINA

DR.ARMANDO D’ACAMPORA:TRABALHO OBSTINADO EMDEFESA DA REVISTA

DRA. ROSEMERI MAURICI DASILVA: CONVITE PARA APARTICIPAÇÃO DOS MÉDICOSNA REVISTA

A professora e Dra. Rosemeri Maurici da Silva passou a serDiretora de Publicações Científicas da ACM a partir de maio doano passado. Desde que assumiu a função, tem dedicado especialatenção para a Revista Arquivos Catarinenses de Medicina, a“menina dos olhos da entidade”. Para manter a qualidade e aperiodicidade do veículo científico dos médicos catarinenses elasolicita: “gostaria de conclamar a comunidade médica catarinensea colaborar com a nossa Revista, divulgando aos colegas o retornoda periodicidade e da disponibilização on-line, bem como encami-nhando material para publicação”.

Qual a importância da Revista Científica da ACM ?

“O conhecimento não tem valor se não for compartilhado. Aprodução científica da Revista é uma forma de divulgação aos paresdo conhecimento aqui produzido, tendo como diferencial o fato deque as populações de estudo, via de regra, refletem a realidade queencontramos na prática clínica diária. A divulgação também permi-te projetar nossa associação no cenário regional, nacional e, agora,mundial, já que a revista encontra-se sob o formato on-line. O obje-tivo final é a melhoria da qualidade da prática médica em geral”.

Qual a grande conquista da Revista na atual ges-tão da ACM?

“A ênfase na importância da Revista para a comunidade médicacatarinense. A atual Diretoria tem como linha norteadora o fato deque as publicações científicas da ACM são o carro-chefe da entida-de e isso permite condições de desenvolver atividades de maneiraotimizada, tanto ao Diretor de Divulgação Científica como ao Dire-tor de Publicações Científicas. Não só a revista, como todas as ou-tras atividades científicas foram estimuladas, além de algumas mu-danças com respeito à operacionalização do processo de edição.Atualmente, todo o trabalho de revisão de português, inglês, refe-rências e disponibilização da revista na Internet estão a cargo depessoas contratadas pela ACM para este fim específico, o que tornao trabalho mais consistente e rápido. Nesse sentido, é importantedeixar claro que o retorno da revista é o resultado de um esforçoconjunto das diretorias, do departamento de informática, da biblio-tecária da ACM, das jornalistas que fazem a revisão dos textos e detodos os funcionários da ACM, que não mediram esforços para queo objetivo fosse alcançado”.

Quais os maiores desafios em manter a Revista?

“O grande desafio é a manutenção da periodicidade. Nesse sen-tido, as dificuldades podem ser divididas em dois grupos distintos.O primeiro grupo diz respeito ao pequeno número de artigos que sãoencaminhados para publicação, o que já apresenta sinais de melho-ra com o retorno da periodicidade. O segundo refere-se à demora nadevolução dos artigos que são encaminhados aos editores colabora-dores e na correção dos mesmos por parte dos autores. Todo esseprocesso atualmente leva em média de noventa a cento e vinte dias

para ser concluído, enquanto que em re-vista de grande conceito, não passa de trin-ta dias. É importante destacar que somentemantendo a periodicidade poderemos,então, tentar o apoio de patrocinadorespara a revista no intuito de ter também,novamente, uma versão impressa distribu-ída aos sócios da ACM”.

Apesar de alguns atrasos na pe-riodicidade, a Revista não perdeu aindexação, como isso foi possível?

“A revista da ACM é a única da regiãoSul com indexação na base de dados LILACS, tornando nosso com-promisso com a comunidade médica e científica ainda maior. Narealidade, a revista foi concebida para ter uma periodicidade trimes-tral, o que efetivamente não vinha ocorrendo. A indexação não foiperdida porque anualmente eram editadas revistas com númerosacumulados, ou seja, um volume com os quatro números. Isso evitoua perda da indexação, porém, diminuiu a credibilidade da mesma. Oprocesso de indexação também está passando por uma fase de atu-alização, já que o software utilizado para realizar este trabalho foimodificado. Já temos o novo software e a nova senha para acesso eesperamos que no máximo em 60 dias, todos os volumes e númeroestejam disponibilizados na base de dados LILACS. Aliás, após orestabelecimento da periodicidade, esta será a próxima prioridadeda Diretoria de Divulgação e de Publicações Científicas”.

Qual a sua avaliação sobre a produção científica dos mé-dicos catarinenses ? Em algum aspecto ela deixa a desejar,se comparada a outros estados brasileiros?

“Alguns aspectos devem ser considerados quando analisamos estaquestão. Primeiro, existem alguns pólos científicos nacionais, cuja pro-dução científica é respeitável, visto que um grande número de profis-sionais trabalha exclusivamente com pesquisa, o que torna a compa-ração difícil. Por outro lado, temos em nosso Estado, pessoas que sededicam exclusivamente à pesquisa e docência, com publicações denível nacional e internacional. Acredito que a produção científicacatarinense é grande, porém não está igualmente distribuída entre osreferidos profissionais. Portanto, o médico catarinense gosta de escre-ver tanto quanto os profissionais de outros Estados, respeitadas asdiferenças entre os tipos de atividades desenvolvidas”.

Agora a Revista está na Internet. Como o associadopode acessar o periódico?

“O médico deve acessar a home page da ACM, cujo endereçoeletrônico é www.acm.org.br. Nesta página há um link para a Revis-ta Científica que abre automaticamente o último número publicado.Também está disponível o acesso às edições anteriores, no momentoas mais recentes, mas já estamos trabalhando para que, num futuromuito próximo, todas as edições estejam disponibilizadas on-line”.

sionais catarinenses que trabalham ou estu-dam nos Estados Unidos e na Europa.

Um dos responsáveis pela atualizaçãoda Revista é o atual Diretor Científico daACM, Dr. Armando José d’Acampora. “Des-de que tomei posse até o cumprimento des-ta, que considero a mais importante tarefa –editar a Revista on-line – passaram 18 me-ses de trabalho e de muita dedicação. Foium trabalho obstinado, voluntário e com umobjetivo definido. Todo o esforço valeu àpena e nosso exemplo já vem sendo adota-do por outras revistas nacionais”.

Na opinião do Dr. d’Acampora, o perió-dico é o meio utilizado para evidenciar a pro-dução científica da classe médica de SantaCatarina. “Os médicos precisam ocupar e