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Publicação periódica da Rotal Editora e Orientação Técnica Ltda. CNPJ/MF 04.967.331/0001-56

Redação, Publicidade e Administração: Av. Leopoldino de Oliveira, 303 - Sala 02 38081-000 • Uberaba ‘ MG • |34| 3313.0371www.ozebunobrasil.com.br [email protected]

Fundador: Adib MiguelO Zebu no Brasil é marca registrada sob o nº 815672454, junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)

ozebuDiretores:Gustavo Miguel . |34|9142-5081José Maria de Matos Filho . |34| 9107-9381

Jornalista responsável:Helena Cunha da Matta / MTB MG-07231

Circulação e assinaturas:[email protected]

Departamento jurídico:Cláudio Batista Andrade

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Impressão: Gráfica 3 Pinti - Uberaba/MG

Circulação Gratuita‘Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. As matérias publicadas podem ser reproduzidas desde que citadas a fonte.

Reserva de anúncios:

|34| 3313-0371 /

Críticas e sugestões:[email protected]

Nossa Capa:Nessa edição a AgroZurita convida os pecuaristas para o Leilão Emoções, que acontece nos dias 28, às 20h45, e 29 às 13h45. Não percam.

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editorial ozebuMais uma edição da

revista O Zebu no Brasil começa a circular entre os

principais criadores das raças zebu-ínas. Depois do novo projeto gráfico, a revista de número 189 foi muito bem aceita. Por onde passávamos re-cebíamos elogios tanto do conteúdo editorial, quanto das belas fotogra-fias que ilustravam nossas matérias.

Nós, da equipe da revista O Zebu, só temos a agradecer o carinho de to-

dos e a excelente receptividade que ti-vemos no mercado. Nesta edição 190, esperamos mais uma vez atender as expectativas de vocês, leitores, e repetir o sucesso da revista anterior. Para com-provar a boa aceitação, esta edição vem com anúncios de criadores de peso, de pecuaristas que confiam no trabalho sério de nossa equipe. Aproveitamos a oportunidade para abrir espaço a zoo-tecnistas, veterinários, técnicos e outros profissionais que queiram contribuir com artigos e sugestões de matérias.

de olho no futuro

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1207 :: Expoinel bate recorde de faturamento10 :: Nelore Baiano12 :: ABCZ e ACNB divulgam novas normas14 :: Ranking Nelore18 :: Flash Nelore25 :: Uma geração melhor que a outra28 :: Um “midas” da pecuária32 :: Da extração para a produção34 :: Rima Agropecuária

36 :: Nelore Solidário38 :: Gir Leiteiro mostra força na região Sul 40 :: Feileite32 :: Estância Silvania42 :: Rima Agropecuária46 :: Teste de progênie ABCGIL-EMBRAPA48 :: Flash Gir Leiteiro56 :: Recordes em torneios leiteiros58 :: Clone da raça Guzerá

60 :: Guzerá lança julgamento65 :: ExpoBrahman 201166 :: Uso de protocolos hormonais68 :: Expogenética reúne o melhor do Tabapuã70 :: Gaúchos garantem presença na Expointer72 :: O papel do Sindi no Mundo78 :: Por onde anda o Indubrasil81 :: Geral95 :: Criadores

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Expoinel bate recorde de faturamento

Um volume recorde em negó-cios foi movimentado durante a 40ª Exposição Internacional do Nelore – Expoinel 2011. Ao todo foram realizados 12 Leilões Ofi-ciais que atingiram o faturamento recorde de R$ 44.437.519,87 com a venda dos melhores exemplares da raça. Esse valor foi o maior dos últimos 10 anos da exposição. “Os resultados financeiros da Expoinel confirmam que o Nelore é sinôni-mo de moeda forte e representa um investimento seguro e rentá-vel”, afirma Felipe Picciani, presi-dente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB.

O lote de maior valor foi co-mercializado no Leilão da Mata Ve-lha. 50% da fêmea Parla FIV AJJ, de propriedade da Fazenda Mata Velha e de João Carlos Di Genio foi vendida por R$ 2,52 milhões para o condomínio formado pela Agro-Zurita, Agropecuária Singular e Rima Agropecuária. Parla carrega os títulos de Bicampeã da Expoze-bu e Campeã de categoria na Ex-poinel 2008 e, considerando o valor de 100% de sua posse (mais de R$ 5 milhões), ela é o novo recorde da raça em faturamento. Para Paulo Horto, responsável pelo leilão da Mata Velha, se o mundo vive um momento conturbado com várias economias como a europeia e a

americana apresentando sérias difi-culdades, o Brasil mostra sua força graças ao agronegócio.

Mais uma vez os grandes in-vestimentos dos criatórios foram refletidos nas pistas e na disputa acirrada pelos melhores títulos. Nesta edição, 1.001 animais (635 fêmeas e 366 machos), de 125 ex-positores passaram pelo crivo dos jurados Célio Arantes, Horácio Al-ves Neto e Luiz Renato Tiveron.

o Nelore é sinônimo de moeda forte e representa um investimento seguro “

O Grande Campeão foi o touro Regato FIV AJJ, com 34 meses, de propriedade de Antônio José Jun-queira Vilela. Rufo FIV da Valonia, com 21 meses, da Comapi, conquis-tou o título de Reservado Campeão. A Grande Campeã foi Bélgica 8 FIV da 3R, com 33 meses, da Rima Agropecuária, e a Reservada Gran-de Campeã foi Hemppa 2 TE Porto Seguro, com 21 meses, de proprie-dade de Dorival Antônio Bianchi. Os títulos de Melhor Criador e Me-lhor Expositor foram conquistados pela Jatobá Agric. Pec. e Indústria S.A, de Itaquiraí (MS).

A exposição chegou ao final no dia 25 de setembro, depois de dez dias de intensas atividades, que inclu-íram a 1ª Mostra Científica Expoinel e ações voltadas à comunidade como o Projeto Nelore Solidário, Projeto Saúde Brasil Carne e cursos de culi-nária da Cozinha Nelore Natural.

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Nelore BaianoO gado Nelore Linhagem Baiana

teve sua origem quando da importa-ção de 1962 o empresário Miguel José Vita adquiriu junto a Torres Homem R. da Cunha dois touros, Akazamu e Padhu, trazidos da Índia.

Estes dois reprodutores foram acasalados com um grupo de 50 novi-lhas da cabeceira do rebanho de Otá-vio Machado dando origem assim ao gado Soraya. Seis matrizes de origem (3 da CRUZ B) Dantas Bião e 3 OM também foram acasaladas com estes reprodutores e formando assim o atu-al rebanho Trindade, que é hoje, sem dúvida, o representante da linhagem baiana sem interferência das outras linhagens do Nelore moderno. O Ne-lore Baiano da Trindade se apresenta como opção de refrescamento de san-gue para o rebanho Nelore Nacional.

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Por Delsique Borges

PRINCIPAIs CARACTERÍsTICAs DO NELORE LINHAGEm BAIANA:

1- FUNCIONALIDADE. Animais de porte mediano, porém de ótimo equilíbrio entre altura, compri-mento corporal, arqueamento de costelas e cobertura muscular.2- HABILIDADE mATERNAL. As matri-zes apresentam ótima produção de leite, o que permite criar e desmamar bezerros mais pesados, isto é, melhor desempenho.3- ADAPTABILIDADE. A linhagem baiana, em especial o Nelore Trindade, tem como objetivo principal de seleção a adaptação do animal ao meio ambiente com o objetivo de produção a pasto (boi verde ou de capim).4- ÍNDOLE. Esta também é uma característica importante haja vista sua interferência não só na produtividade como também na qualidade do produto final, a carne.5- OPÇÃO DE REFREsCAmENTO DE sANGUE. Por ser uma das poucas linhagens que possuem rebanho com sangue fechado, tornou-se uma ótima opção para ser utilizada com o objetivo de maximizar a produção junto a outras linhagens do Nelore Nacional. Assim é o Nelore Baiano: funcional, produtivo, adaptado às condições de produção a pasto, criado no semi-árido do sertão baiano e muito manso.

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neloreABCZ e ACNB

divulgam novas normas para atuação de jurados

no Ranking NeloreReunião promovida durante a Expoinel

2011, em Uberaba/MG, com a presença de representantes da Comissão Conjunta ACNB

(Associação dos Criadores de Nelore do Brasil), ABCZ (Associação

Brasileira dos Criadores de Zebu) e CJRZ (Colégio de

Jurados das Raças Zebuínas) regulamentou novas normas para a atuação dos jurados em exposições ofi-

ciais do Ranking Nacional Nelore.Confira as modificações:

1. Cada jurado poderá atuar em no máximo 12 (doze) exposições no ano-

calendário do Ranking Nacional Nelore, sendo no máximo 02 (duas) exposições dentro de um mesmo mês, valendo como referência para este enquadramento, a data do primeiro dia de julgamento das exposições;

2. Os jurados não poderão atuar na mes-ma exposição por 02 (dois) anos consecutivos;

3. Para efeito destas regras será sempre considerado o número de animais partici-pantes da respectiva exposição em sua edi-ção anterior.

4. Cada jurado poderá atuar no máxi-mo em 03 (três) exposições com mais de 500 (quinhentos) animais dentro de um mesmo ano-calendário de exposições do Ranking

Nacional Nelore, não podendo atuar em 02 (duas) exposições consecutivas deste porte se o intervalo entre elas for menor ou igual a 45 (quarenta e cinco) dias.

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As exposições que desrespeitarem as regras estabelecidas por esta Comissão não serão oficializa-das pela ACNB “

5. A Comissão promoverá anual-mente a classificação dos Jurados em 03 (três) classes principais (Jurado J1, Jurado J2, e Jurado J3) de acordo com o número de animais julgados, o número de exposições em que atuou e a avaliação de suas atuações. Esta classificação será feita antes do início de cada ano-calendário de exposições do Ranking Nacional Nelore.

6. A Comissão será a responsável ex-clusiva pela indicação dos trios de Jura-dos que atuarão na Expozebu e na Ex-poinel Nacional, bem como dos Jurados que atuarão nas Exposições do Circuito Nacional Nelore (Expoinéis Regionais), seguindo as regras estabelecidas nos itens 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10 e 11;

7. Na Expozebu e na Expoinel Nacional o trio de Jurados deverá sempre ser composto por 02 (dois) Jurados da classe J1 e por 01 (um) Jurado da classe J2;

8. Nas exposições oficiais do Ranking Nacional Nelore com menos de 800 (oitocentos) animais inscritos, o trio de Jurados deverá sempre ser composto por 01 (um) Jurado de cada uma das classes (01 Jurado J1, 01 Jurado J2 e 01 Jurado J3);

9. Nas exposições oficiais com mais de 800 (oitocentos) animais inscritos, o trio de Jurados poderá ser composto por 01 (um) Jurado de cada uma das classes (01 Jurado J1, 01 Jurado J2 e 01 Jurado J3) ou por 02 (dois) jurados da classe J2 e 01 (um) jurado da classe J1;

10. Nas exposições oficiais com me-nos de 300 (trezentos) animais inscritos, que optem pelo julgamento através de Jurado Único, este poderá ser de qual-quer uma das classes de jurados (Jurado J1, Jurado J2 e Jurado J3), seguindo-se as normas estabelecidas pela Comissão. No caso destas exposições optarem pelo julgamento através de um trio de Ju-

rados, o trio deverá sempre ser com-posto por 01 (um) Jurado de cada uma das classes (01 Jurado J1, 01 Jurado J2 e 01 Jurado J3);

11. Na modalidade de julgamento com Jurado Titular + Jurado Assisten-te, o Jurado Assistente nunca poderá ser de uma classe superior a do Jurado Titular, seguindo as mesmas normas de atuação descritas neste documento.

12. Seguindo as normas estabeleci-das neste documento, os organizadores das exposições oficiais, exceto aquelas previstas no item 06 (seis), poderão indi-car os Jurados de seu interesse e subme-ter os respectivos nomes à aprovação e homologação pela Comissão, sendo que esta terá o poder de vetar um ou mais nomes indicados com base em critérios éticos, técnicos e/ou administrativos do Colégio de Jurados das Raças Zebuínas. Em caso de veto dos nomes indicados, caberá à Comissão indicar os nomes dos Jurados para substituí-los.

13. As exposições que desrespeita-rem as regras estabelecidas por esta

Comissão não serão oficializadas pela ACNB no Ranking Nacional Nelore;

14. As normas de conduta para os Jurados (Regimento Interno do Colé-gio de Jurados das Raças Zebuínas), estabelecidas anteriormente, perma-necerão válidas e deverão ser respei-tadas pela Comissão e pelos Jurados;

15. O critério utilizado para a classificação dos Jurados quanto à quantidade de animais julgados no ano calendário 2011/2012 será:

JURADOS J1: Aqueles Jurados que já julgaram 10.000 animais ze-buínos, ou mais;

JURADOS J2: Aqueles Jurados que já julgaram entre 1.500 e 9.999 animais zebuínos;

JURADOS J3: Aqueles Jurados que ainda não julgaram ou julgaram menos de 1.500 animais zebuínos.

Parágrafo Primeiro: Desde já, fica estabelecido que o critério para a classificação dos Jurados quanto à quantidade de animais julgados para o ano calendário 2012/2013 será:

JURADOS J1: Aqueles Jurados que já julgaram 8.000 animais zebuí-nos, ou mais;

JURADOS J2: Aqueles Jurados que já julgaram entre 2.000 e 7.999 animais zebuínos em, no mínimo, 06 (seis) exposições;

JURADOS J3: Aqueles Jurados que ainda não julgaram, aqueles que julgaram menos de 2.000 animais ze-buínos, ou ainda, aqueles que julga-ram 2.000 ou mais animais em menos de 06 (seis) exposições.

Parágrafo Segundo: Esse critério será reavaliado anualmente antes do início de cada ano-calendário.

16. Essas normas poderão ser mo-dificadas a critério da Comissão du-rante o ano-calendário de exposições do Ranking Nacional Nelore.

FONTE: ABCZ

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rankingPosição Nome PoNtos 1 RimA AGRoFLoRestAL LtDA 18.858 2 JoNAs BARCeLLos CoRReA FiLHo 12.664 3 mARCeLo RiBeiRo meNDoNCA e iRmAos 12.089 4 FAZeNDA Do sABiA LtDA 10.821 5 DoRiVAL ANtoNio BiANCHi 10.669 6 JAtoBA AGRiCULtURA e PeCUARiA s/A 10.484 7 CAssiANo teRRA simAo 8.756 8 eAo emPReeND AGRoPeCUARios e oBRAs-mG 8.466 9 AGRoPeCUARiA ViLA Dos PiNHeiRos LtDA 7.771 10 miGUeL PiNto De sANtANA FiLHo 7.207

MElhoR ExPositoRPosição Nome PoNtos1 mARCeLo RiBeiRo meNDoNCA e iRmAos 15.947 2 RimA AGRoFLoRestAL LtDA 15.314 3 JAtoBA AGRiCULtURA e PeCUARiA s/A 14.741 4 FAZeNDA Do sABiA LtDA 14.488 5 DoRiVAL ANtoNio BiANCHi 13.039 6 JoNAs BARCeLLos CoRReA FiLHo 10.066 7 Jose LUiZ URBANo BoteoN e oUtRo CoND 8.325 8 PAULo AFoNso FRiAs tRiNDADe JUNioR 7.813 9 CARLos ALBeRto mAFRA teRRA 7.560 10 CAssiANo teRRA simAo 7.508

MElhoR CRiADoR

Posição Nome RG PoNtos1 HemPPA 2 te PoRt DABP3704 1.720 2 DeseJo FiV DA eAo eAoN1166 1.642 3 tiPiCA FiV DA sABiA sABB2313 1.630 4 mAXimA 9 Do CoLoRADo oRm4982 1.330 5 JiBeLote FiV Do LG LGJi2270 1.279 6 RimA FiV DADiVA 1 RimA4511 1.246 7 tRoiA 2 ZeUs ZeUs1211 1.145 8 CHiLARA XX FiV YC YoRK1476 1.090 9 HemAtitA 1 DA QUiLomBo QUi6862 1.086 10 RimA FiV eLLARA RimA5273 1.013

MElhoR FÊMEA JoVEMPosição Nome RGD PoNtos1 RUFo FiV DA VALoNiA JAA3217 1.921 2 AstoR FiV DA sABiA sABB3297 1.482 3 iGNio te PoRto seGURo DABP3758 1.437 4 RimA FiV DieGo 4 RimA4341 1.376 5 eLANo FiV FNt FNt1398 1.289 6 LeADeR te Do mURA mURA5242 1.257 7 mAUD te DA HP HsGP3087 1.141 8 HAsUmAti te PoRto DABP3375 1.107 9 GeNtiL FiV DA mAPA mAPA275 1.001 10 GLADiADoR W.F. DiZ DiZ420 994

MElhoR MACho JoVEM

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Posição Nome RGD PoNtos1 BeLGiCA 8 FiV DA 3R RUCA1372 3.207 2 iZABeLLA FiV FoRt VR FoRt5518 1.644 3 esseNCiA sANtARem oemC196 1.552 4 NACUNA Do CoLoRADo oRm4734 1.060 5 CoNDeUsA FiV FNt FNt518 1.039 6 LisBoA esPiNHACo GRR926 894 7 HieRARCA DA eteLJ seRG960 842 8 HoRBitA te DA mAFRA CAmt1658 821 9 mADRAstA 7 CoLoRADo oRm4449 804 10 PoKARiNA 11 DA PGUACU RBeL640 801

MElhoR FÊMEA ADUltAPosição Nome RGD PoNtos1 mAsteR Vi te Do JAL JAX1858 2.020 2 HoRARio i FiV DA mV GCmV4451 2.009 3 FACeiRo FiV DA mAPA mAPA245 1.324 4 BRANCo Do CoLiBRi LmN439 1.289 5 ReGAto FiV AJJ AJJ3725 1.237 6 eDitAL FiV BRiLHANt sANo251 1.229 7 eLeGANte FiV CAss CAss423 1.124 8 mAKsoUD FiV iB mRL3232 1.074 9 DRAKo RC DA FBV RCAP263 1.041 10 KRAUs te KG DA FAs KGN678 1.023

MElhoR MACho ADUlto

Posição Nome RGD PoNtos1 BeLGiCA i Po DA Ni CNi2493 15.095 2 LoNDRA ii te DA sALoBA LGJ440 8.925 3 DiVA te DA PoRto seGURo DABP915 8.893 4 BiG sALsA te DA CAmPestRe JGGC225 5.136 5 FiLLARA YC YoRK287 5.063 6 BRiGit DA 3i eF837 5.001 7 iZABeL te DA JUisA JUis938 4.546 8 GiRLA te Do JAL JAX479 4.483 9 CoXiLHA sR DA sARA sRC1193 4.429 10 FLAGRA te sJ CoCAL CoC668 4.095

MElhoR MAtRiZPosição Nome RGD PoNtos1 BiteLo DA ss G9000 320.310 2 BAsCo DA s.mARtA CsCN7384 127.957 3 JeRU FiV Do BRUmADo BRUmA376 54.023 4 BiG BeN DA sANtA NiCe GRi8683 50.773 5 HeLiACo DA JAVA JAVAJ746 30.296 6 BVLGARi te DA sABiA sABA2010 17.585 7 GANDHi Po DA Ni L212 14.229 8 eNLeVo DA moRUNGABA siQ815 12.931 9 GUiNCHo te De NAViRAi CsCF551 11.885 10 1646 DA mN D7661 11.468

MElhoR REPRoDUtoR

Posição Nome PoNtos 1 eAo emPReeND AGRoPeCUARios e oBRAs-mG 8.466 2 AGRoPeCUARiA ViLA Dos PiNHeiRos LtDA 7.771 3 miGUeL PiNto De sANtANA FiLHo 7.207 4 WiLsoN DomiNGUeZ DiZ 6.935 5 YoRK DA siLVA CoRReA 6.916 6 CARLos ALBeRto mAFRA teRRA 6.770 7 DiVADiR De PieRi 6.724 8 JoAo CARLos Di GeNio 5.858 9 DALtoN DiAs HeRiNGeR 5.193 10 eDsoN DA siLVA toRRes 4.791

MElhoR NoVo ExPositoRPosição Nome PoNtos1 PAULo AFoNso FRiAs tRiNDADe JUNioR 7.813 2 CARLos ALBeRto mAFRA teRRA 7.560 3 JoAo CARLos Di GeNio 6.463 4 FeRNANDo mARCos miNosso 6.424 5 ALVARo Jose Do moNte VAsCoNCeLos 5.630 6 eAo emPReeND AGRoPeCUARios e oBRAs-mG 5.238 7 DALtoN DiAs HeRiNGeR 4.790 8 eDsoN DA siLVA toRRes 4.705 9 iNteGRAL PeCUARiA LtDA 4.426 10 YoRK DA siLVA CoRReA 4.195

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Aurico, Di Genio, Paula Abreu, Jonas Barcelos e mário Borges

Felipe Camargo e ivete, Hermany e Cláudiney Fernando, Gustavo e Viviane

Dr marcio, marcelo e Fernanda mesquita

Gilbertone, murilo, maurilio, Dorival e edmar miguel Pinto, suelen e Rodrigo

Felipe Picciani, Rodrigo Novaes, João Paulo e Bruno Grubisicmilena e York

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marlon, Dante, mafra e João Paulo

iomar e Noemia, Daniele e Ronaldo (Boni) Jaime Pinheiro, Di Genio, Noemia Pinheiro e Jonas Barcelos

Roberto e simone Bavaresco

milena e edson torres

Pedrinho, Pedro Novis, Paulo Horto, emilio e mauricio odebrechtValter egídio, eduardo e Deigiane

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Valentina, Gabriela e Fredtalita e Robinho

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Antonio Jose Junqueira, Jermias, Cristiano Prata Resende e Vander Vilela Antônio, Bertin e Alvaro

marcelo moura, Helio, Aurico e Kadu Gilmar e Jucival

Dindo, Dorival Bianchi, João Aguiar e DiamantinoFernanda Viola e Luciano Guimarães

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mário Cuesta, ivan Fabio Zurita e Ricardo AraujoAurico e João Carlos Di Genio

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Leandro, Pedrinho, Pedro Novis, Duda Biaggi, Bertin e thiago

Vanessa, Tereza e Fermino Carvalho com as filhas Barbara e Vitória marcos Felipe, Reinaldo Caravelas, Fernando e monica oliveira

mário Pereira Jr. e mário Pereira

equipe CRV LagoaBel e Nilsão

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Nanda, marcelo, Dulce e José Fernando Bento

Luizinho e Julia Andrade

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Agropecuária Mafra busca produzir uma geração melhor que a outra

O Zebu - Como foi o inicio da sua atividade na pecuária? Mafra - O empreendimento teve ini-cio no ano de 2000 com a aquisição da fazenda São Joaquim, às margens do Rio Paranaíba, no município de Santa Vitória em Minas Gerais. No ano de 2002 criamos a marca Agropecuária Mafra, iniciando trabalho de melho-ramento genético na raça Nelore. Já

no ano de 2003, pensando num ciclo completo da pecuária de corte adqui-rimos a fazenda São Joaquim III, no município de Cumaru do Norte, na região de Redenção, no sul do estado do Pará. OZ- Atualmente, quantos animais possui em seu plantel? M- Possuímos mais de mil matrizes PO na São Joaquim III no Pará, para

Um dos principais criadores da atualidade, Carlos Alberto Mafra terra, da Agrope-cuária Mafra, tem feito grande trabalho de melhoramento genético na raça Nelore. Nesta entrevista, Mafra comenta sobre o trabalho realizado nas fazendas do Pará e de Minas Gerais, sobre a realização dos leilões e o projeto para o futuro. Com mais de 10 mil animais de corte e 600 cabeças entre matrizes, doadoras, ani-mais de pista, a equipe trabalha focado em buscar sempre uma geração melhor que a outra, aliando funcionalidade e biotipo produtivo.

produção de touros que são utilizados nas 12 mil matrizes de corte. Os be-zerros nascidos são recriados e engor-dados em um regime exclusivamente a pasto e sal mineral, abatidos com 19 arrobas/média com 30 meses de idade. Também possuímos cerca de 600 cabeças entre matrizes, doadoras, animais de pista na fazenda São Joa-quim, em Santa Vitória – MG.

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Vendemos uma novilha por 30.000,00 dolares, o mercado boliviano é um mercado em evolução e muito promissor... “

OZ -Como é o critério de seleção re-alizado pela Agropecuária Mafra? M - O trabalho de melhoramento ge-nético é focado em buscar sempre uma geração melhor que a anterior, aliando funcionalidade com biotipo produtivo. OZ- Quais as características que são analisadas durante a aquisição de animais?M- Priorizamos sempre as caracterís-ticas de funcionalidade como fertilidade, habilidade mater-nal, carcaça robusta e precoce sem esquecer do racial.OZ- Tem animais em pista? Conquistou prêmios este ano? M- Sempre rodamos as prin-cipais exposições do Brasil com um time de pista de 12 a 15 cabeças. Recentemente no Ranking ACNB 2010/2011, terminamos entre os 10 me-lhores criadores do Brasil. OZ- Ao longo do trabalho no Nelore quais os prêmios conquistados?M- Os principais foram Campeão Bezerro Expoi-nel 2009, Reservado Gran-de Campeão Expoinel 2010 e Reservada Campeã Vaca Adulta Expoinel 2011. Além de títulos de Melhor Criador e Expositor em diversas exposições como Uberlândia - MG, Rio verde – GO, Mineiros – GO, entre outras. OZ- Costuma participar de leilões como promotor e/ou convidado? Quantos participa por ano?M- Realizamos neste ano quatro lei-lões como promotor, desde gado de elite, passando pelo virtual e che-gando ao 1º Leilão de Touros Nelore Mafra em Redenção - PA. Como con-vidado participamos em média de 40 leilões em todo Brasil. OZ- Como foi o mega leilão de Tou-

ros realizado no Pará? Superou as expectativas?M- O leilão foi um sucesso total, ven-demos 120 touros com média de R$ 7.700,00. Também vendemos bezer-ros de corte, onde os machos alcan-çaram a surpreendente média de R$ 1.283,00 e as fêmeas média de R$ 844.00. Agora temos que trabalhar para bater estas médias, vamos apertar

mais em qualidade genética, tanto nos touros quanto na bezerrada de corte. OZ- Durante a Expoinel 2011, você vendeu uma das recordistas de pre-ço, a doadora Sérvia 9 TE JGAL. Como você vê esta valorização?M- Simplesmente um reconhecimen-to a uma genética provada, de con-sistência, que produz qualidade com média alta. Esta matriz representa muito bem o trabalho de seleção re-alizado por nós, o mercado valoriza doadoras com potencial de produzir animais de pista.

OZ- Para o leilão de Goiânia quais serão os destaques? M- Vamos vender um casal filhos do Bitelo SS, campeões e premiadíssi-mos em pistas pesadas, e este casal é justamente da recordista Sérvia 9 TE JGAL, provando mais uma vez a qua-lidade genética desta doadora. Tam-bém venderemos doadoras, prenhe-zes consagradas e uma linda bezerra

de muita funcionalidade e de pedigree diferenciado: Ram-bo da MN x Bruxelas.OZ- Sabemos que você ven-deu na exposição de Santa Cruz de La Sierra, na Bolí-via, recentemente. Como você analisa o mercado exterior?M- Me identifiquei muito com os criadores bolivianos, pois possuem uma genética de muita qualidade e funcio-nalidade. Tanto que comprei uma linda doadora Nelore Mocha em parceria com Os-valdo Monasterio. Vende-mos uma novilha por U$$ 30.000,00, filha do Helíaco x Fillara TE Mafra, o mercado boliviano é um mercado em evolução e muito promissor. OZ- Quais os projetos para o ano que vem?

M- Continuar trabalhando focado no nosso plantel, fazendo prenhezes, melhorando nosso rebanho, fazen-do pistas de julgamentos e matando boi gordo no Pará. Vamos aumentar a produção de gado PO no Pará para realizarmos dois leilões de touros por ano em Redenção. Pensamos tam-bém em promover um leilão de elite na Fazenda São Joaquim, em Santa Vitória - MG, às margens do Rio Pa-ranaíba, mas isso é um projeto, um sonho a se concretizar ainda em pla-nejamento.

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Um “midas” da pecuária

Produzir carne de altíssima qualidade, certificada cientifi-camente com genes de maciez através do DNA, foi a razão que levou a Agrozurita a investir na seleção de Nelore Elite a partir de 2005. Introdutor do Simental de linhagem sul-africana no Bra-sil e a maior referência no País

na criação deste gado de origem européia, o pecuarista encontrou no cruzamento destas duas raças (touro Simental em fêmeas Ne-lore) a resposta para a produção de animais precoces e com carne de qualidade superior.

Sempre em busca de qualida-de genética na formação do re-

banho Nelore, Ivan Fábio Zuri-ta buscou parcerias com alguns dos mais importantes selecio-nadores da raça, entre eles a AC Agromercantil, DasAnas, Ma-fra, Palma, RS, Vila dos Pinhei-ros, Beabisa Agricultura, Carpa Serrana, CBMW Talismã, Comapi Agropastoril, Sabiá, Mata Velha,

ivan Fábio Zurita não mediu esforços nem investimentos em qualidade genética em busca do animal ideal para produção de carne Premium. Cinco anos depois de fazer sua estreia no Nelore, a Agrozurita se transformou em sinônimo de qualidade e empreendedorismo na pecuária de corte no País

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Santa Edwiges, Monte Verde, HRO, Mima, APAN, Colorado, Dado, Doma, Fera, Integral, Nova Trindade, Santa Cruz, Ourofino, Perboni, Rima, Santa Bárbara Xinguára, Silvio Afon-so, Terramata, Top da Raça, Verdana Agropecuária, Antonio José Junqueira Vilela, Olavo Egydio Monteiro de Carvalho e Manoel Barros, entre outros.

Nasce a marca CedroZAliando ousadia e oportuni-

dade, a Agrozurita foi além das parcerias e no início de 2009, adquiriu de Bené Mutran Filho a Chácara Cedro, em Uberaba (MG), reverenciado celeiro na apuração da genética Nelore no País. O negócio foi considerado a maior operação de produtor para produtor já realizada no Brasil.

Com a aquisição de “porteira fechada” do rebanho, marca Ce-dro virou CedroZ, e entre a seleta safra de animais que passaram a

servir no plantel de Ivan Fábio Zurita estão o Campeão Nacio-nal Edhank TE BM da FC, que é touro de destaque na Central assim como Hock TE BM da FC, Vala IV BM da FC - que poste-riormente foi recorde mundial de preço em leilão AgroZ -, Jeitosa JS da BJ, Beta VB do Sabiá - eleita a “Matriz Modelo 2010” -, Uva TE Quilombo, Vede RV da Ypiranda, Jellante TE BM da FC, Mejhuara BM da FC e Mi-ragem II Unimar, entre outros.

“Hoje, a Agrozurita conta com algumas das mais impor-tantes doadoras do cenário bra-sileiro, como Betina I LRMS, Parla AJJ, Elegance II Unimar, Vala IV BM da FC, Maréa I TE J. Galera, Nalisha II FIV MPSI, quatro matrizes modelo de Ube-raba (Sama TE da HP, Jeitosa JS da BJ, Beta VB da Sabiá e Casual Top da Raça), além de mais 50 doadoras de alto pa-

drão”, observa Ricardo Araújo, gerente pecuária da AgroZ.

A Elite é o carro-chefe da criação Nelore da Agrozurita. O rebanho contabiliza aproxi-madamente 1000 cabeças que se distribuem em propriedades nas mineiras Uberaba e Delta. O projeto de Zurita, no entanto, é até o final de 2011 concentrar todas as doadoras na Fazenda Santa Cruz, em Araras.

Apesar do foco de Ivan Zu-rita estar na produção da carne “Z” - hoje no mercado com 30 diferenciados cortes -, a Agrozu-rita também vem se destacando nas pistas de exposição. Alguns exemplos da atual temporada: Casual Top da Raça foi eleita “Matriz Modelo Expozebu” e Hematita I Quilombo faturou os títulos de Grande Campeã na Expo de Ituverava e Uberlân-dia, além de Reservada Grande Campeã em Bauru, na Feicorte 2011 e na Expoinel (Nacional).

Outra significativa contri-buição da Agrozurita ao Nelore é na área de comercialização. A exemplo do Simental, além da qualidade genética ofertada, os leilões da Agrozurita inaugura-ram um novo conceito promo-cional no formato dos pregões do Nelore. A inovação atraiu no-vos investidores entre personali-dades de vários setores do País. E esta nova safra de pecuaristas tem ajudado a alavancar o mer-cado do Nelore de Elite, com va-lorização dos animais.

Por Rute Araújo

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Da extração para a produção

Depois de 42 anos trabalhando com mineração, o pecuarista Reinal-do Caravelas descobriu o amor pela pecuária e passou a investir no Nelo-re. Com apenas três anos de criatório, já possui doadoras de famílias consa-gradas e a cada exposição a pontu-ação no Ranking de Novos Exposi-tores da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) aumenta.

Com propriedade em Valença, no Rio de Janeiro, o time de pista da RM Nelore Agropecuária conta com cerca de 30 animais. Além disso, três doadoras de famílias consagradas, Elegance 8, Miragem e Sérvia 9, são consideradas pelo pecuarista o pilar do plantel. “Tenho um apreço muito grande pela família da Essência, já possuo duas doadoras dessa família, mas estou diversificando”, ressalta. Outro destaque do criatório é o Tou-ro Jovem Kacife TE Indy GR, que

permanece invicto em todas as expo-sições em que participou.

Atualmente em 25º lugar no Ranking de Novos Expositores da ACNB, com 3.511 pontos, o pecua-rista já inicia os preparativos para o Ranking 2012, onde participará da exposição em São José do Rio Preto e da Expoinel MS.

Para o pecuarista, o início das ati-vidades foi por acaso. A princípio, a fazenda no estado do Rio de Janeiro foi adquirida para abrigar algumas avestruzes, atividade que Caravelas estava passando a investir. Entretan-to, ele não teve sucesso no segmento e decidiu entrar no Nelore. “Já esta-va cansado da mineração. As pessoas vêem essa atividade como degrada-dora, mas não é bem assim, é muito fiscalizada, temos que recompor o que extraímos. Mas bem diferente dessa área de extração do meio am-biente, a pecuária é feita da produção de animais.”

Mesmo não tendo a intenção de sair do Rio de Janeiro, Caravelas pre-tende comprar uma propriedade em Uberaba para ter um ponto de re-ferência na capital do Zebu. “Quem está investindo no Nelore tem que ter um ponto em Uberaba para estar perto das exposições e das centrais.”

Segundo Fernando Oliveira, ge-rente da RM Nelore Agropecuária,

nelore com a base focada na área de manejo e com a aquisição de boa genética, através das principais doadoras, eles buscam o caminho que pretendem alcançar. “Adquirimos a Elegance e Ópera que, no meu ponto de vista, são as duas linhagens que mais dão consistência genética e transmitem de geração em geração, o que as tornam sólidas no mercado. Temos duas de li-nhagem Elegance e agora a aquisição da Sérvia, filha direta da Espanhola, para entrar na linha da Ópera.”

Para Fernando, o trabalho bom de manejo e boa produção, os frutos dessas doadoras têm as portas aber-tas. “Quem compra esse produto sabe que além de família, tem tam-bém qualidade, que é transferida a cada geração.”

Com a consistência desse plantel, Caravelas tem recebido convites para vender nos principais leilões, como aconteceu durante a Expoinel, reali-zada em setembro. No Leilão Pérolas do Nelore, foi convidado a vender 50% de doadora Bilara.

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Rima Agropecuária, a Melhor Expositora do Ranking ACNB 2010-11

Com o fim do Ranking da Associa-ção dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), a Rima Agropecuária já traça as estratégias para o próximo ano. Em primeiro lugar como Melhor Expositor e em segundo como Me-lhor Criador, a Rima pretende repetir o sucesso em 2012.

Para Gustavo Machado, da Rima Agropecuária, esse realmente foi o melhor ano como expositor. “Já es-tamos há seis anos investindo na elite do Nelore e mesmo antes de terminar o Ranking já ganhamos o título como expositor e em curto espaço de tem-po para nós é uma honra. Além dis-so, asseguramos o segundo lugar no Ranking de Criadores.”

Em relação à parte comercial, também foi o melhor ano da Rima Agropecuária para Gustavo. “Este ano, tivemos um divisor de águas, a realização do Leilão Rima Wekeend, que aconteceu na fazenda onde pu-demos abrir as porteiras para os ami-gos, e se tornou um dos principais eventos do país.”

Além deste, a Rima ainda promo-ve outros 20 leilões ao longo do ano, além de receber convites para par-ticipar de cerca de 40 a 50 remates. “Para nós é uma honra e a confirma-ção de que estamos fazendo um tra-balho consistente.”

Durante todo ano, cerca de três mil prenhezes são produzidas pela Rima, possibilitando à Agropecuária competir em pista e disponibiliozar boa genética. Segundo Machado, durante todo o ano de 2011 fizeram excelentes aquisições e as principais delas foram no leilão de liquidação da Mata Velha. “Em parceria com a AgroZurita, compramos 50% da Parlla FIV AJJ, sendo 25% nossa, além dela, compramos a Manete FIV de Raizes, uma Grande Campeã Na-cional, a Bélgica da Pontal VR, Re-servada Grande Campeã Nacional, entre outras. Temos um plantel gran-de de doadoras, mas estamos sempre renovando”, completa.

Em 2011, a Rima teve um feito extraordinário, que em 77 anos de

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Estamos há seis anos investindo na elite do Nelore e mesmo antes de terminar o Ranking já ganhamos o título como expositor “

ExpoZebu só havia acontecido uma vez. Conquistou o título de Grande Campeã e Grande Campeão, Campe-onato Progênie de Pai e de Mãe.

A estratégia da Agropecuária foi em função do ranking, mas depois que a Expoinel chegou ao fim as es-tratégias para 2012 estão sendo tra-çadas. Entretanto, até o final do ano ainda participarão de pelo menos mais três exposições e alguns leilões. A intenção é continuar o trabalho com foco em pista, mas conseguindo sempre atender os clientes de mais de 20 estados brasileiros, finaliza.

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Nelore solidário distribui mais uma tonelada de carne

No dia 23 de setembro, durante a Expoinel, o Projeto Nelore Soli-dário doou mais uma tonelada de carne bovina para entidades bene-ficentes de Uberaba. A iniciativa é uma das principais ações de res-ponsabilidade social que ocorre du-rante a Expoinel 2011. Realizada pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), o projeto tem o apoio do Museu do Zebu, da Seara e do Grupo Marfrig.

Neste ano, foram favorecidas 13 entidades que oferecem apoio para crianças e adolescentes atra-vés de programas sócio-educativos e reforço escolar; acolhem e auxi-liam idosos e prestam assistência à população na área de saúde.

O Instituto Santo Eduardo, a Organização dos Amigos Solidá-rios à Infância e à Saúde e Asilo Santo Antônio, foram as primei-ras a receberem a doação entregue pessoalmente por representantes

da ACNB e do Grupo Marfrig. A entrega para as entidades Casa da Acolhida Marista, Casa do Ado-lescente de Guadalupe, Educandá-rio Menino Jesus de Praga, Legião da Boa Vontade de Uberaba, Enti-dade Criança Feliz, Escola de Aten-dimento Especializado ADEFU, Asilo São Vicente, Comunidade Nova Jerusalém, Asilo Lar da Es-perança e Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central ocorreu no Parque Fernando Costa.

Desde 2007, com o apoio do Frigorífico Marfrig e do Museu do Zebu, o Projeto Nelore Solidário compartilha com a população de Uberaba o sucesso alcançado com a realização da Expoinel. Tem como objetivo reafirmar o compromisso social dos agentes envolvidos na cadeia produtiva da carne bovina e salientar a importância da carne bovina na alimentação humana, em todas as fases da vida.

Revista o Zebu recebe homenagem na Expoinel

Durante a abertura da 40ª Exposição Internacional do Ne-lore - Expoinel 2011, no dia 17 de setembro, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) fez uma homenagem à imprensa nacional e regional que sempre contribuíram para o sucesso da Expoinel e para a valorização da raça Nelore no país e no exterior. Entre os veícu-los de comunicação, a revista O Zebu no Brasil, representada por Gustavo Miguel, foi homenagea-da com uma placa de prata pelo reconhecimento de “Excelência em Jornalismo”. Na foto, Gusta-vo Miguel recebe a homenagem de Felipe Picciani, presidente da ACNB, e Alice Barreto, vice-pre-sidente da ACNB.

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Gir leiteiro mostra força na região sul

A Expointer é a principal mostra agropecuária da região Sul do país. As raças zebuínas que tem a maior representatividade no rebanho na-cional têm atraído muitos investi-mentos para os projetos de criação instalados nas áreas de clima tem-perado. O Gir Leiteiro fez sua se-gunda participação consecutiva no evento, com crescimento de 31% no número de animais.

O Núcleo Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro (NGCGL), entidade afiliada a ABCGIL, organizou uma programação que contemplou as-pectos de fomento, aprendizagem, mercado, melhoramento genético e intercâmbio social. A ação foi rea-lizada no Parque Assis Brasil, entre o período de 27 de agosto e 04 de setembro.

Estrutura, como na raça, primou pela funcionalidade

O espaço que o Gir Leitei-ro ocupou no grande pavilhão das raças bovinas leiteiras foi ampliado em mais um corredor com uma área segura e confor-tável para abrigar os bezerros e era o de melhor visibilidade, logo na entrada do galpão. O estande do Núcleo foi monta-do ao lado dos animais com iluminação, sala de receptivo para visitantes e decoração. A estrutura funcional e original, potencializada pela beleza natu-ral do gado, chamou a atenção do público em geral, despertou

olhares de admiração e motivou a curiosidade das pessoas. As pes-soas que quiseram conhecer mais sobre a vocação, a seleção zoo-técnica e o potencial produtivo e reprodutivo do Gir Leiteiro foram atendidas individualmente, as-sistiram a um vídeo institucional produzido pela Associação Brasi-leira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) e receberam kits de di-vulgação contendo a edição 2011 do folder promocional do Gir Lei-teiro gaúcho, intitulado “Gir Lei-teiro, a alternativa inteligente para o produtor de leite”.

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Projetos O secretário executivo do

NGCGL, Nathã Carvalho, na ocasião falou do projeto de criação de uma certificação dos derivados produzidos no estado: “O Objetivo é im-pulsionar esta forma de ex-ploração do potencial do Gir Leiteiro, que é a produção de queijos e outros produtos através de um leite rico em sólidos e proteínas”. O deta-lhe que tornou o evento ainda mais agradável foi a degusta-ção de queijo colonial e doce de leite caseiros produzidos no Rio Grande do Sul, tendo como matéria prima o leite de vacas Gir Leiteiro.

“Na Expointer tivemos a oportunidade de mostrar a evolução zootécnica da raça para a produção de leite a cus-to adequado. Tais qualidades somadas a boa adaptação do Gir Leiteiro ao pampa gaúcho estão atraindo os produtores de leite que buscam otimizar os lucros da atividade leiteira” complementou José Adalmir Ribeiro do Amaral, coorde-nador do NGCGL e recém empossado o novo presidente da Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu.

Ações intensificadas

Definições na pista O julgamento em Esteio reu-

niu 93 animais de 11 criatórios sulistas e foi conduzido pela mé-dica veterinária Tatiane Tetzner, jurada oficial da ABCZ.

O grande campeão da raça foi o touro Arco, que venceu no campeonato macho jovem aos 36 meses, fruto do acasalamento de Catuaí COM (Benfeitor na linha

O Núcleo Gaúcho agora tra-balha para definir as estratégias de implantação de um circuito de ex-posições em regiões estratégicas do Rio Grande do Sul com o objetivo de fomentar a raça. “Nossa intenção é tornar o Gir Leiteiro mais próximo dos produtores de leite, fomentando a raça em diferentes localidades do estado” informa Amaral. Para isso,

a entidade organizou o Ranking Gaúcho do Gir Leiteiro, onde ha-verá mostra e julgamento de ani-mais em mais quatro etapas além da Expointer, “Além de Esteio, o Gir Leiteiro deverá estar presente também nas exposições de San-ta Maria, Passo Fundo, Pelotas e Alegrete até o fim de outubro deste ano” concluiu o coordenador.

alta e Cadarso na linha baixa) com Dóris OCM e foi exposto por Álvaro José Bombonatto, se-lecionador no Sítio Santo Antô-nio em Nova Alvorada/RS.

O grande campeonato de fê-meas foi concedido para a campeã na categoria vaca adulta. Senadora TE da CAL filha de Benfeitor Ra-poso da CAL com Juliana da CAL. A matriz de 95 meses foi exposta por Carlos Jacob Wallauer, que de-senvolve sua seleção na cidade de Salvador do Sul/RS onde está lo-calizada a Agropecuária Fortaleza.

Na avaliação de Tatiane Tetzner, o ponto alto da rês foi a qualidade de sistema mamário e força leiteira.

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Feileite cresce e se consolida como referência do setor

A Feileite 2011 – Feira Interna-cional da Cadeia Produtiva do Leite chega à sua 5ª edição como referên-cia no setor. Realizada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, entre os dias 31 de outubro e 04 de novembro, o evento vem cres-cendo em números de animais, de expositores, de leilões e faturamen-to, o que reflete o profissionalismo das pessoas que estão ligadas direta e indiretamente à feira.

Décio Ribeiro dos Santos, dire-tor do Agrocentro, empresa orga-nizadora do evento, afirma que há uma década o Brasil tinha muitos ou até mesmo milhares tiradores de

leite. “Hoje, com novas tecnologias em nutrição, sanidade, reprodução e programas de melhoramento ge-nético, mudamos o perfil da cadeia do leite e dos tiradores de leite que se transformaram em verdadeiros produtores de leite. Essa revolução pode ser acompanhada na história da Feileite”, observa.

“Quem quiser tornar sua pro-priedade realmente produtiva deve vir visitar a feira e conferir de perto os lançamentos, as tecnologias e os melhores animais com fenótipo e genótipo para aptidão leiteira”, con-vida Carla Tuccilio, coordenadora de Agronegócio do Agrocentro.

Feira deve superar edições anteriores

O Agrocentro prevê novo recor-de de público na Feileite 2011 e espe-ra receber cerca de 25 mil visitantes, número superior aos 22 mil registra-dos na edição do ano passado.

Na oportunidade, além de con-fraternização e troca de informa-ções, pecuaristas, profissionais liberais e técnicos, executivos, estudantes, zootecnistas, veteri-nários, agrônomos, consultores, tratadores e outros interessados no setor poderão conhecer e man-ter contato com as mais modernas tecnologias desenvolvidas para a pecuária leiteira. A exemplo da edição de 2010, mais de 100 em-presas já confirmaram participa-ção. Serão apresentadas muitas novidades nas áreas de nutrição animal, genética, produtos vete-rinários, adubos e fertilizantes, sementes, defensivos agrícolas e outros insumos para agropecuária, máquinas, equipamentos e imple-mentos, como balanças, troncos e cochos, além de laticínios e frigorí-ficos, bancos, montadoras, segura-doras e informática. Os órgãos de pesquisa – estaduais e federais – e universidades mostrarão os princi-pais trabalhos que desenvolvem na área de nutrição, sanidade e melho-ramento genético.

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Contagem regressiva para os 50 anos de Estância silvania

1- Como se dará o início das comemo-rações dos 50 anos da Estância Silva-nia? O que você programa para o ano que vem?A Estância Silvania comemora em 2012 os 50 anos de seleção no Gir Leiteiro e pretendemos iniciar as comemorações no Leilão de 49 anos na Feileite e fina-lizar no Leilão do Cinquentenário o ano que vem em Novembro/12, também du-rante a Feileite. Neste espaço de um ano pretendemos realizar vários eventos nos quais nossos amigos, parceiros, clientes e os pecuaristas em geral vão ter um conhe-cimento mais aprofundado a respeito de todo trabalho desenvolvido pela Estância Silvania, ao longo destes 50 anos e quais os caminhos e projetos estamos nos de-dicando atualmente. Destacamos como pontos altos os dias de campo e o novo projeto de pecuária tropical que estamos desenvolvendo, buscando agregar valor ao produto Leite de Gir Leiteiro, através de suas características intrínsecas na nu-trição humana.2- Quantos lotes serão ofertados no leilão?Para o Leilão do dia 01 de novembro de 2011, durante a Feileite, serão 28 lotes onde procuramos apresentar animais que representassem as principais famílias de nosso trabalho, baseado na importância

destas famílias que conseguiram eviden-ciar fortemente sua superioridade através dos resultados que obtivemos nos sumá-rios da raça, tanto da Embrapa/ABCGIL, quanto ABCZ/Unesp em 2011. Haja vis-to que no Teste de Progênie Embrapa/ABCGIL entre os 12 Melhores Touros classificados, cinco (Urânio, Barbante, Vaidoso, Belur e Búzios) são produtos de três matrizes Silvania: Juju, Nata e In-dúsia; no Sumário ABCZ/Unesp dos oito Melhores Touros, quatro (Brasão, Urâ-nio, Barbante e Soberano) são filhos de três matrizes Silvania: Juju, Nata e Jaca. Isso nos indica uma tomada de decisões correta quanto ao rumo de nossa seleção e nos traz muita responsabilidade com o futuro da raça.3- Qual o critério de escolha para a venda dos animais?O critério de escolha do Leilão da Es-tância Silvania sempre prioriza alto va-lor genético e animais com famílias pre-miadas em pista de julgamento, visando indivíduos ou acasalamentos, no caso de prenhezes, que conjuguem alta produção de leite com biotipo positivo. Também procuramos valorizar os nossos parceiros em aquisições de genética Silvania, con-vidando animais descendentes daqueles adquiridos e que preencham este perfil.

Prestes a completar 50 anos de muita dedicação ao Gir leiteiro, toda a equipe da Es-tância silvania já está envolvida nos preparativos para as comemorações que acon-tecerão em 2012. No entanto, Eduardo Falcão já estará promovendo uma prévia do cinquentenário durante a Feileite, com a realização do leilão de comemoração dos 49 anos de Estância silvania. Em entrevista concedida à revista o Zebu no Brasil, Eduar-do Falcão fala sobre o trabalho realizado ao longo dos anos e os frutos que vem co-lhendo devido à dedicação e seriedade que ele e toda a equipe têm com a pecuária.

4- O animal de destaque do leilão é o Iceberg, que terá 50% ofertado. Porque oferecer metade deste animal no leilão?A inserção do Iceberg FIV Silvania no Leilão foi um assunto de muito estudo e questionamento, mas resolvemos dispo-nibilizar este jovem reprodutor que está

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em Teste de Progênie, e no nosso humil-de entender, trata-se de um animal com pedigree extremamente diferenciado no mercado, pois reúne os três melhores tou-ros do Brasil pelo Teste de Progênie Embra-pa/ABCGIL: Barbante (pai) 3º colocado; Urânio (avô) 2º colocado e Sansão (bisavô) 1º colocado, além do Maior Valor Genéti-co da Estância Silvania: Comenda (mãe). Somado ao pedigree único, o Iceberg tem um biotipo muito desejado, moderno, com uma precocidade sexual e produção de sê-men excelentes (sêmen convencional e se-xado) e oriundo de famílias de fantásticos sistemas mamários. É uma oportunidade singular para quem deseja ser proprietário de um touro de Central com futuro brilhan-te no cenário nacional e um investimento seguro em genética de ponta com retorno financeiro e projeção.5-Podemos dizer que a oferta deste ani-mal já é o início das comemorações de 50 anos da Estância Silvania, já que ele hoje tem o pedigree mais forte? Certamente este foi o ponto decisivo para tomarmos esta decisão. É realmente uma deferência ao Cinquentenário que ire-mos disponibilizar cinco cotas de 10% deste reprodutor de Central para aqueles que acreditam no futuro. Também é uma forma de homenagear e referenciar todo trabalho desenvolvido pela ABCGIL e Embrapa através do Teste de Progênie e do trabalho de distribuição deste material feito pelas Centrais de Inseminação Artifi-cial nossas parceiras : ABS Pecplan, Alta Genetics e CRV Lagoa, que possibilitam a utilização deste material genético de pon-ta ao pecuarista realizando um importante trabalho de difusão de tecnologia e melho-ramento genético.6-Além deste animal, que outros lotes serão ofertados?Este ano estamos trazendo descendentes diretas da Nata, da Ametista e da Amên-doa, além de descendentes dos maiores valores genéticos Silvania/2011: Comen-da, Carisma, Filipina, Alemanha, Fábula, Estréia, Galeria, Bolívia, Elite, Butique, que em acasalamentos muito bem estuda-dos certamente agregarão muita qualidade ao criatório dos adquirentes.7- Quais os convidados deste leilão que também estarão colocando animais à ven-da? Serão lotes de animais e prenhezes?

Teremos como convidados deste leilão alguns criadores e amigos que nos pres-tigiaram com animais de excelente qua-lidade. Estarão conosco: Adonias Souza dos Santos, do Gir Veredas, Eduardo Am-bar, da Estância Saint Nicolas, Paulo Trin-dade, da Nova Trindade, Geissy Kelly, do Rancho Bom Jesus, Antônio Lopes, da Albalat, Wander Azevedo, do Gir Vilibor, e o Angelus Figueira, da Terras de Kubera. Com assessoria da Leite Gir e transmissão pelo Terra Viva.8- A Estância Silvania é hoje referência em genética. Explique essa afirmação.Nosso trabalho de seleção no Gir Leitei-ro iniciado em 1962 por meu pai, José Fernandes de Carvalho, sempre teve como diretrizes a busca de animais pro-dutivos, com caracterização racial, sis-tema mamário eficiente, longevos e com temperamento adequado para manejo de produção de leite. Esta perseverança no horizonte almejado e a possibilidade, de um certo tempo para cá, de contar com o desenvolvimento de ferramentas, quer seja na multiplicação genética, quer seja na avaliação genética dos animais, possibilitando utilização de critérios de seleção mais acertivos, unidos ao amor e dedicação pelo Gir Leiteiro, nos pos-sibilitou realmente termos condição de ser fornecedores de genética melhorada para o rebanho Gir Leiteiro e também para o Girolando e cruzamentos diversos buscando produção de leite nos trópicos. Complementando, nos trás muita alegria quando além dos resultados extremamente positivos nos Programas de Melhoramen-to da raça, vemos filhas de nossos touros batendo recordes de produção como é o caso da atual recordista ½ Girolando: Bár-bara (filha do Teatro da Silvania) e da atu-al recordista novilha ¼ Girolando: Opala

( filha do Brilhante da Silvania), além de uma série de Campeãs e recordistas pro-venientes de nossa genética.9- Comente como foi o trabalho para que chegasse a esse plantel sólido e de qualidade. O trabalho foi muito prazeroso, visto que temos verdadeira paixão pelo que faze-mos, embora isto não se traduza em faci-lidades. Ao longo destes 50 anos muitas dificuldades ocorreram, muitas mesmo, acredite, porém não é momento para relembrá-las e sim para ter em mente as conquistas, os amigos, os títulos, os re-cordes, os torneios, as pessoas envolvi-das e co-responsáveis pelo nosso suces-so. Pessoas que certamente uniram-se ao nosso ideal por acreditarem nele e em si mesmos, pois foram verdadeiros guer-reiros em busca de um objetivo comum. Pessoas como o Amélio, meu braço direi-to, que está sempre buscando fazer o me-lhor e com muita paixão pelo gado, como a Camila, minha mulher, que divide co-migo muitas decisões e trabalho, como meus filhos: Fernanda que esta se prepa-rando, estudando Veterinária para impul-sionar nosso negócio, Thaís e Eduardo Junior que sempre me acompanham nos eventos da raça. Espero poder continu-ar trabalhando e sentindo estas mesmas emoções que se renovam sempre quando se faz direito, pois nós somos sonhadores e buscamos o melhoramento genético e a cada dia estamos visionários em novos desafios. E digo com muita certeza que o Gir Leiteiro está apenas começando, pois temos muitas ferramentas e estão apa-recendo muitas outras para lapidar cada vez mais esta raça maravilhosa. Temos o compromisso com o Gir Leiteiro, temos principalmente o compromisso de sem-pre fazermos o melhor que pudermos.

Fernanda, eduardo Jr., thaís, eduardo Falcão e Camila

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Como participar como rebanho colaborador do teste de progênie ABCGil-EMBRAPA

O Gir Leiteiro vem sendo utilizado cada vez mais para o cruzamento de animais com algum grau de sangue eu-ropeu com a finalidade de promover a heterose ou choque de sangue. Este cru-zamento tem o objetivo de aumentar a rusticidade dos animais sem causar pre-juízo para a produção leiteira. Animais com sangue Gir Leiteiro, além de serem bastante produtivos possuem grande re-sistência ao calor, carrapatos, vermes, doenças de cascos e outras enfermidade que acometem os animais europeus que não estão adaptados ao clima tropical.

A maior parte da produção leitei-ra do país segundo dados da Embrapa Gado de Leite é oriunda de rebanhos mestiços com algum grau de sangue Gir Leiteiro. Algumas fazendas preferem trabalhar com vacas mais “agiradas”, tecnicamente conhecidas como as 1/4 Girolando, outras com vacas com maior quantidade de genes europeu como o 5/8 e 3/4. O importante disso tudo é que a genética de Gir Leiteiro está sempre presente, em maior ou menor quantida-de, sempre contribuindo com a produ-ção de leite sustentável.

Existe por parte do Programa Na-cional de Melhoramento do Gir Leiteiro

- PNMGL, executado pela ABCGIL em parceria com a Embrapa Gado de Leite, uma demanda anual por 6.500 matrizes por ano para se testar os respectivos touros de cada Grupo. Considerando que o PNMGL necessita de 200 matri-zes para avaliar apenas um touro, temos então a certeza de que para ampliarmos o quantitativo de touros em Teste de Progênie necessitamos ampliar bastan-te o número de rebanhos colaboradores.

Rebanhos colaboradores são aque-les que contribuem com o Teste de Pro-gênie disponibilizando um determinado número de matrizes para serem inse-minadas com o sêmen distribuído pela ABCGIL e Embrapa. Esse sêmen é for-necido de forma gratuita aos produtores de leite que assumem um compromisso com o programa de reterem no reba-nho as fêmeas até o encerramento de

Gir leiteiro

sua primeira lactação. Para garantir que cada touro expresse seu real potencial, sem vícios de acasalamentos e trata-mentos preferências, o sêmen ora doado vem codificado das centrais de coleta e somente na idade adulta das fêmeas ele é revelado.

Atualmente o PNMGL conta com 615 rebanhos colaboradores cadastra-dos, entre rebanhos Gir Leiteiro puros (30%) e rebanhos mestiços (70%), so-mando produtores que pegaram sêmen no último ano, rebanhos que estão fa-zendo controle leiteiro das filhas dos touros em Teste de Progênie e rebanhos onde somente se faz o acompanhamen-to das bezerras já nascidas até estas en-trarem na vida produtiva.

Existe neste processo uma relação de simbiose entre o PNMGL e os reba-nhos colaboradores, que na sua maioria

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A doação deste sêmen para esta classe de produtores se torna decisivo para o melho-ramento genético de seus rebanhos “

são pequenos produtores de leite que ti-ram desta atividade o sustento para suas famílias. A doação deste sêmen para esta classe de produtores se torna deci-sivo para o melhoramento genético de seus rebanhos, pois na maioria dos ca-sos muitos ainda permanecem fazendo inseminação graças ao auxílio desta do-ação. Sem contar que partindo do pres-suposto que os jovens touros em teste tendem a serem superiores aos pais, de-vido ao ganho genético entre gerações, e estes serão utilizados pelos rebanhos colaboradores com uma antecedência de pelo menos sete anos em relação ao mercado, chegamos à conclusão que o PNMGL impõe aos colaboradores um ritmo bastante acelerado no seu melho-ramento genético. Podemos afirmar en-tão que o PNMGL possui uma função social muito grande dentro do contexto dos pequenos produtores de leite, pois leva a tecnologia a um custo zero e estru-tura os rebanhos para que estes retornem ao programa as informações necessárias para as avaliações do Teste de Progênie.

As normas para ser tornar um reba-nho colaborador são bastante simples, porém imprescindíveis para o bom an-damento dos trabalhos de acompanha-mento e avaliação das progênies. Segue abaixo o passo a passo para o enquadra-mento dos rebanhos no PNMGL:

• Primeiramente é imprescindível que haja na propriedade uma estrutura míni-ma para a utilização da inseminação arti-ficial, como equipamentos para manuseio do sêmen e botijão de armazenamento;

• O sêmen é fornecido gratuitamen-te aos rebanhos colaboradores na pro-porção de 2 (duas) doses de sêmen para cada ventre disponibilizado;

• O sêmen é identificado através de códigos secretos, cada touro possui três códigos;

• O sêmen deve ser utilizado nas matrizes colaboradoras de forma alea-tória durante o período de um ano;

• O rebanho deverá possuir boa es-crituração zootécnica, fornecendo ao pro-grama todas as informações necessárias referente à utilização do sêmen, sobre as progênies e matrizes colaboradoras;

• O produtor deverá fornecer os da-dos das progênies dos touros em teste aos técnicos do programa durante as visitas de acompanhamento, com a fre-qüência de duas a três vezes por ano;

• O Produtor deverá se comprometer por contrato a reter as filhas dos touros em teste até o final da 1ª lactação, não sendo permitida a venda até o encerramento;

• Deverá ser feito o controle leitei-ro (pesagens de leite mensais) das filhas dos touros na sua 1ª lactação e suas res-pectivas companheiras de rebanho. Caso o produtor de gado Mestiço não tenha implantado ainda em sua propriedade a prática de controle leiteiro, será este então subsidiado pela ABCGIL através de con-troladores credenciados pelo PNMGL;

• Os machos provenientes do sêmen doado pelo Teste de Progênie não são uti-lizados para as avaliações, podendo ser mantidos, descartados ou comercializados conforme as necessidades do produtor;

• Todas as despesas e custos com controladores leiteiros, visitas técnicas e distribuição de sêmen serão por conta da ABCGIL;

• Os rebanhos que não cumprirem as normas do programa, automatica-mente deixarão de receber o sêmen dos grupos de touros que vierem a ser inscritos e distribuídos pela ABCGIL e Embrapa Gado de Leite.

A repitibilidade das provas dos touros no Teste de Progênie depende e muito do bom andamento de todas estas etapas, pois refletem o que acontece de real no campo, principalmente naqueles produ-tores que produzem leite comercialmente.

Em 2010 o PNMGL completou 25 anos de execução, sempre alicerçado em credibilidade por parte dos criado-res de Gir Leiteiro e gado Mestiço, no uso de metodologia científica adequa-da a realidade brasileira e comprome-timento dos rebanhos colaboradores. Com a união destes três fatores pode-mos concluir que o Teste de Progênie é hoje o maior responsável pelo sucesso do Gir Leiteiro, pois todas as informa-ções geradas nestes 25 anos formaram as bases para um crescimento com sus-tentabilidade e responsabilidade.

André Rabelo FernandesZootecnista

Coordenador Operacional do PNMGL – ABCGIL/Embrapa

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mario Abdo, João machado, Winston Drummond e Leonidio machado

Winston Drummond, marisa machado, tatiane teztner, meire e Ana Paula machado Leonidio, Ana Paula e Avandelci

marcia e Jorge Picciani

Rafael mazão e Paulinho

Henrique Figueira, Dilson Cordeiro, Aguinaldo e Roland CarvalhoGustavo e soraia

mário Abdo, Gabriel, Juliana e Juliano Villa Verde e Adriano okano

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equipe Leite Gir, Programa Leilões, Léo e Bruno machado comemoram sucesso na venda da recordista

Cesar Brunegna, Haroldo Velascos, Luiz mauro Cardozo elzo Velani, Antônio Caetano e José Roberto

Flavia ignacio e Julio Calil

Davi (Boi), André Andrade e marcus Gustavo scheibe, Wander, Jose de Castro, Alberico e Guto Quintela

Gustavo Garcia Cid, torres Lincoln, Clenon Loyola e Fábio André Luiz Ronaldo, Wander e Junior

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Gir leiteiro

Avanços tecnológicos favorecem os constantes recordes em torneios leiteiros

O ano de 2011 foi marcado por várias que-bras de recorde em Tor-neio Leiteiro com prazo muito curto de um resul-tado para o outro. A cada exposição, uma fêmea tem alcançado números superiores às outras, o que em toda a história dos torneios leiteiros não havia acontecido ainda. Para o presidente da AB-CGIL, Silvio Pinheiro, o fato é resultado do avanço tecnológico em três bases, sendo o melhoramento genético, nutri-ção e manejo.

De acordo com Silvio Pinheiro, o melhoramento genético contribui através do processo de seleção fundamentado no Programa de Melhoramento Genético da Embrapa/ABCGIL. No quesito nu-trição, as empresas fabricantes passa-ram a desenvolver produtos para o Gir Leiteiro. “Antes, toda a cadeia do leite era focada nos taurinos e no holandês, a partir do momento que o Gir Leiteiro passou a ocupar lugar de destaque, os fabricantes passaram então a desenvol-ver produtos para a raça”, comenta. Já no manejo, criadores e participantes de torneios leiteiros passaram a se dedicar fazendo inseminações, de forma que os animais estejam paridos na época certa, com o intuito de participar das provas , buscando desafiar os animais para aque-le potencial, ressalta Pinheiro.

A Fazenda Calciolândia, sempre tem tido um bom desempenho, inclusive ga-nhou todos os torneios leiteiros dos quais participou em 2010. De acordo com o ge-rente Jordane Silva, o trabalho de melho-ramento genético, prova de ganho genéti-co e a utilização de touros provados têm sido os responsáveis pelos constantes re-cordes. “A tendência agora é que as novas gerações surpreendam, batendo recordes cada vez mais jovens. Isso prova que o selecionador está no caminho certo.”

A Calciolândia bateu o recorde no Torneio Leiteiro em Passos, com a Afrodite e Tona. Depois na Expozebu, a Afrodite bateu o próprio recorde e a Quimbanda da Cal superou a Tona, com 49,676 quilos de leite. Em Sete Lagoas, a vaca Urataina Cal, filha de Nobre TE em Quimbanda, quebrou o recorde da mãe, com 49,873 quilos de leite, produ-ção média em três dias de torneio.

Quem também teve fêmeas recor-

distas é o pecuarista José Mário Miranda Abdo, da Fazenda Coqueiro & Bar-reiro. O mais recente foi durante a Megaleite 2011 quando Via FIV JMMA foi a Grande Campeã no Concurso Leiteiro, na ca-tegoria Vaca Jovem. Aos 45 meses produziu 49,400 kg/dia quebrando o recorde mundial de vaca jovem (até quatro anos). Abdo atribui a superação de recordes a quatro fatores, à tecnologia em reprodução, à utilização

de touros provados em teste de progênie, dedicação da equipe e o dedo de Deus.

O pecuarista Leo Machado, da Fa-zenda Mutum, é proprietário da atual re-cordista mundial em torneio leiteiro com 52,793 quilos de leite, na Exposição de Uberlândia, Fécula TE F. Mutum. Para ele, atualmente os animais estão alcan-çando uma velocidade genética que é atribuída aos programas de melhoramen-to genético, às técnicas de reprodução artificial, como a Fecundação In Vitro (FIV), à alimentação e ao manejo. Além disso, outro fator importante é a facilida-de de se ter nas mãos os valores gené-ticos das doadoras e o PTA dos touros, completa Machado. O presidente da AB-CGIL ainda comenta que não tem notícia de outro zebuíno no mundo que teve a mesma produção leiteira de Fécula em um dia. “Sem dúvida nenhuma, ela bateu o recorde mundial”, finaliza Pinheiro.

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Primeiro clone da raça Guzerá no mundo nasce em Minas Gerais

Nasceu em Minas Gerais, com 34 quilos, o primeiro clone de um animal da raça Guzerá no mundo. A bezerra apresenta conformação físi-ca perfeita e ótimo desenvolvimento. Após 52 dias do nascimento, já está com 78 kg. (foto 1). A matriz Ho-menagem AM (foto2), de proprieda-de dos criatórios Guzerá Villefort e Guzerá AM, ainda está viva com 21 anos e foi escolhida para fornecer o material nuclear pela sua importân-cia na raça. A técnica de transferên-cia nuclear foi feita no laboratório do Cenatte Embriões.

“Homenagem AM teve pouca oportunidade de ter filhos e, por isto, está sendo clonada”, informa Virgí-lio Villefort, que tem 50% de suas cotas e 80% do Clone. Ela ficou mui-tos anos sendo criada a pasto, no Rio Grande do Norte, gerando apenas um filho por ano, e, ainda assim, é mãe, avó ou bisavó de 80% dos animais que fizeram 1º ou 2º lugares, este ano e no ano passado, na Expozebu de Uberaba, a maior feira de Gado Zebu do planeta, segundo levantamento feito por Virgílio Villefort.

Acasalada com quatro touros di-

ferentes, foi mãe de quatro grandes reprodutores Campeões: Signo AM, Lagedo AM, Marquês AM e Em-baixador FP, o que demonstra a ca-pacidade de imprimir a sua genética nos descendentes. “Seus filhos e ne-tos também continuam transmitindo suas qualidades”, afirma Francisco Assis Melo, que também é proprie-tário de 50% da Homenagem AM e 20% do clone. “Não existe hoje no Brasil um animal da raça guzerá que tem uma descendência tão rica em animais premiados sucessivamente, por várias gerações”, informa.

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Novos ClonesO criatório Guzerá e Gir Ville-

fort tem ainda outros projetos de clone. Já retirou material nuclear da doadora da raça Guzerá, Dina S (neta de Homenagem AM) e da doadora Gir Leiteiro, Celeuma Villefort. Esta última morreu pre-maturamente e, segundo informa-ções do assessor Técnico em Gir Leiteiro, Luiz Ronaldo de Oliveira Paula, na primeira lactação já es-tava entre as 5 melhores vacas gir leiteiro do Brasil, com 16.364 kg de leite ajustado à idade adulta, medição de apenas 282 dias, que não pôde ser concluída. Estes dois animais também não tive-ram oportunidade de reproduzir, justificou Virgílio Villefort.

Descendência A Homenagem AM é avó

da Madre S, atual recordista Mundial de Peso entre to-das as raças zebuínas com prenhez confirmada (pe-sagem oficial da ABCZ) e de animais premiados como Dina S, que foi Grande Campeã Nacional 2002, Bi-Cam-peã Nacional Progênie Expoze-bu Uberaba 2007/2008 e Melhor Matriz do Ranking 2007/2008; e a Hematita EB da Ipê, Grande Campeã Expozebu Uberaba 2009, ambas do plantel Guzerá Ville-fort. Homenagem AM transmitiu sua herança genética também para a atual Grande Campeã Expozebu Uberaba 2011 (Eloise FIV TIR), para a Campeã do ano passado (Inflação da J. Natal) e várias ou-tras campeãs. “Os seus descen-dentes premiados são tantos que é quase impossível quantificar”, ressalta Assis Melo.

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homenagem Am80% Guzerá Villefort,

20% Guzerá Am

homenagem Am50% Guzerá Villefort,

50% Guzerá Am

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Guzerá lança julgamento voltado para função leiteira na Feileite 2011

A Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil lançará uma grande novidade na Feileite 2011. Trata-se do primeiro julgamento da função leiteira, isto é, especia-lizado em animais com caracterís-ticas e aptidão leiteira, pois dentro do regulamento da raça não existe julgamento diferenciados em rela-ção aptidão de produção para car-ne ou leite. A 5ª Feileite – Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, realização do Agrocentro, acontecerá entre os dias 31 de ou-

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tubro a 4 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, SP.

O presidente da Associação, Paulo Menecucci, explica que não há nenhuma pretensão em criar situações de divisão da raça, mas, sim, abrir espaço para a partici-pação da mesma em eventos es-pecializados para leite. Esclarece, também, que “não existe novo re-gulamento, mas um balizamento de critérios para que os animais participantes possam ser avalia-

dos. O objetivo é a participação da raça em todos os eventos – e corte e leite – em que os animais possam ser apresentados”, acrescenta Me-necucci.

A entrada dos animais será dia 27 de outubro e a saída, dia 4 de novembro. Além do 1º Shopping Fazenda Bargieri da Raça Guze-rá, durante o evento também será realizado Concurso Leiteiro, com ordenhas de 1º a 3 de novembro. Mais informações, tel. (34) 3336-1995, www.guzera.org.br

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ExpoBrahman 2011: sete anos de muito sucesso!

Além de julgamentos e leilões, a sétima edição da ExpoBrahman promete uma série de novidades aos visitantes.

A ExpoBrahman chega em 2011 à sua sétima edição com mui-tas novidades. O bom desempe-nho da raça ao longo dos últimos anos aliada a experiência bem su-cedida de realização do XV Con-gresso Mundial da Raça Brah-man pela primeira vez no Brasil, em outubro de 2010, vai garantir uma exposição ainda mais atra-tiva e movimentada. Pela pri-meira vez, a exposição acontece fora do parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. É na cidade paulista de São José do Rio Preto que a ExpoBrahman comemo-ra o bom momento vivido pela raça. A feira aconte-ce entre os dias 10 e 16 de outubro, mais uma vez or-ganizada pela Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). A Ex-poBrahman é a principal feira da raça Brahman no Brasil. Justamente por isso, a expectativa da ACBB é de que mais de 500 exem-plares da raça participem da feira. O evento também marca o encerramento do

Ranking Nacional da Raça Brah-man 2010/2011, quando serão co-nhecidos os animais, criadores e ex-positores destaques do último ano.

Acostumada a ultrapassar fronteiras e se adaptar às mais diversas condições de clima, ma-nejo e criação, a raça Brahman vem se destacando ano após ano no Brasil. Desde a primeira edição da ExpoBrahman (Exposição In-ternacional da Raça Brahman), realizada há sete anos em Ube-raba/MG, o número de animais Brahman registrados pela ABCZ no país deu um salto: passou de

27.149 (entre 1994 a 2004) para 181.083 exemplares (entre 1994 a 2011). O crescimento real de 85% no número de animais, não foi apenas a superação de um gran-de obstáculo para o progresso da raça no país.

Em termos quantitativos, os números reforçaram o fato de que com competência, os sele-cionadores brasileiros souberam driblar, em pouco tempo, várias barreiras para o sucesso da se-leção no país: dentre elas a des-confiança, o desconhecimento, a necessidade de correção de al-

gumas características e o restrito número de repro-dutores e matrizes.

Com o aumento po-pulacional ascendente, a pressão seletiva também caminhou em ritmo acele-rado e hoje o Brasil pode se orgulhar de ter conquista-do um padrão animal que agrada não apenas aos pe-cuaristas brasileiros, como também, criadores de paí-ses onde a raça já está con-solidada há várias décadas como Estados Unidos, Colômbia e Austrália. In-formações sobre inscrições dos animais pelo telefone: (34) 3336-1228.

Em termos quantitativos, os números reforçaram o fato de que com competência, os selecionadores brasileiros souberam driblar, “ ozebu 65

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Uso de protocolos hormonais para auxiliar a produção de embriões

Numa necessidade constante de crescimento da pecuária na-cional, se torna indispensável à aplicação de biotecnologias que auxiliam na evolução do melho-ramento genético. Atualmente a técnica de aspiração folicular (OPU), bem como, a produção in vitro de embriões (FIV), vem sendo uma excelente alternativa para o aumento da produção de embriões bovinos, tanto no Bra-sil, como no exterior.

O uso de protocolos hormonais ‘e uma pratica utilizada muito em programas de coleta de embriões convencional. Uma das vantagens citadas por muitos anos, desde o surgimento da OPU e FIV, foi que as técnicas não necessitavam das aplicações hormonais nas do-adoras. Já a algum tempo temos notado que a utilização de pro-gramas hormonais prévios, aos de OPU, vem ganhando força, a me-dida que os resultados obtidos se demonstram satisfatórios, quan-do observamos a recuperação de oócitos viáveis. É importante sa-lientar que são necessárias algu-mas modificações nas doses hor-monais, no momento do inicio do protocolo e no dia do procedimen-to de OPU. O objetivo final da estimulação hormonal antes da punção folicular é gerar um maior

número de folículos e não de ovu-lações (BOLS et al., 2005). A es-colha de um dia estratégico, pós inicio de um protocolo hormonal, para a realização da OPU, visa a obtenção de folículos pequenos e uniformes, sem a presença de um “ folículo dominante”, pois este produz um hormônio que prejudi-ca o desenvolvimento dos outros.

Devemos citar ainda que os cus-tos destes protocolos, comparados com os benefícios, são satisfató-rio. Com tudo a técnica pode ser praticada, com sucesso também, sem o uso de hormônios.

Patrick Villa Nova PereiraMedico Veterinário

Grupo Biovitro

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Expogenética reúne o melhor do tabapuã

A Raça marcou presença na maior exposição brasileira especializada em genética animal. Durante a Expogenética 2011, o tabapuã mostrou o avanço que tem alcançado junto com as tecnologias e programas de melhoramento genético. os criadores demonstraram seu comprometimento com o desen-volvimento da pecuária levando animais com a melhor genética da Raça.

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As fazendas Córrego da San-ta Cecília, Buona Sorte, Dor-nellas e Copacabana apresen-taram 24 animais duplamente avaliados, sendo uma vez pelo PMGZ (Programa de Melhora-mento Genético dos Zebuínos) e uma vez pela ANCP (Asso-ciação Nacional de Criadores e Pesquisadores). As fazendas Capeba e Matão também par-ticiparam com 11 animais apro-vados pelo PMGZ.

A evolução genética do Ta-bapuã tem acompanhado de perto os avanços em pesquisa e tecnologia da pecuária. Lau-ro Fraga, gerente da PMGZ-

Corte, confirma o interesse dos pecuaristas por esse tipo de tra-balho. “O programa de melhora-mento é uma ferramenta indis-pensável que auxilia o criador a selecionar o melhor animal. Os criadores de Tabapuã sempre fo-ram interessados em resultados que comprovam a eficiência da Raça”, afirma.

De acordo com Juliana Leite, consultora da ANCP, a partici-pação do Tabapuã no programa tem sido cada vez maior e tem comprovado suas qualidades. “A Expogenética trouxe excelentes animais que tem mostrado um potencial superior as demais ra-

Novo rankingDurante a Expogenética, a Associação

apresentou um novo sistema em que o índice é atualizado após a divulgação dos resulta-dos de cada exposição. Todas as informa-ções do ranking poderão ser conferidas via internet por todos os criadores que poderão conferir a pontuação de animais e criadores e saber de quais exposições eles participaram.

A iniciativa permite pela primeira vez que os criadores acompanhem durante todo o ano a atualização dos resultados do ranking. Para o diretor técnico da ABCT, Ed-son Ribeiro, a novidade pode garantir uma participação maior dos pecuaristas em expo-sições. “O criador ou expositor vai acompa-nhar sua evolução no ranking e o avanço das pontuações. Isso estimula uma participação maior dos animais na pista e faz com que essa competição seja cada vez mais transpa-rente e saudável”, afirmou.

Os resultados do ranking continuarão sendo disponibilizados normalmente no por-tal da ABCT: www.tabapua.org.br

ças, como precocidade de carca-ça, habilidade maternal, docili-dade, entre outros. E, com isso, cada vez mais criadores estão interessados em adquirir o Ta-bapuã, para dar continuidade a esta Raça de sucesso”, comenta.

Um dos grandes destaques do Tabapuã na Expogenética foi a classificação do UAI MB da Flor, da Fazenda Flor de Minas, e do DUTO da NGT, da Buona Sorte, para a quarta fase da Avaliação de Touros Jovens realizada pelo PMGZ. Esta fase consiste na coleta de sêmen e na avaliação dos filhos da linhagem destes touros.

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Gaúchos garantem presença na Expointer

Foram cerca de 40 animais oriun-dos de cinco criatórios gaúchos de Tabapuã que se fizeram presentes em Esteio/RS onde foi realizada entre 27 de agosto e 4 de setembro a 34ª Expointer, a maior exposição agropecuária da América latina. A raça é presença tradicional entre os zebuínos de corte e este ano contou com a atuação do zootecnista Carlos Alberto de Souza Celestino na con-dução do julgamento. Betão como é conhecido, é jurado oficial da As-sociação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e julgou pela primeira vez em Esteio.

“O Tabapuã já conquistou seu

RS conquistou os dois principais tí-tulos. É de Malezan a Grande Cam-peã da raça, a fêmea Nobreza do Sul uma filha de Viúvo de Taba com Enxada do Sul, que inicialmente Foi Campeã Novilha Maior com 23 meses 544 kg. Também do mesmo criatório veio o Grande Campeão, o Campeão Touro Sênior Mascote do Sul de 35 meses e 850 kg. O animal é fruto do acasalamento de Líder MB da Flor com Esperança do Sul. A seleção de Dorival Alberto Muck na Fazenda Coxilha das Figueiras de Nova Santa Rita, RS, conquis-tou o título de Reservada De Gran-de Campeã, com a Reservada De Campeã Novilha Maior Duquesa de 23 meses e 504 kg, uma filha de Lí-der MB da Flor com Jenifer da EP. Já o Reservado Grande Campeão veio do município de Manoel Viana, RS onde está localizada a Cabanha Guajuviras do criador Fábio Edison Monteiro Bittencourt. O prêmio foi atribuído ao Campeão Touro Jovem Tango da Guaju um filho de Ilumi-nado RF 4 irmãs com Poderosa FIV 4 irmãs que se apresentou em pista com 25 meses e 724 kg.

O mercado de reprodutores se mostra aquecido no estado e a de-manda por genética zebuina come-ça a ganhar novo fôlego. A procura pelo Tabapuã também está cres-cendo e este fator sinaliza uma boa temporada de negócios durante a famosa primavera gaúcha. Entre setembro e outubro, os criadores gaúchos estarão participando de di-versas exposições no estado, com o objetivo de divulgar e difundir ain-da mais o Tabapuã. A presença nes-ses eventos contará com o apoio da Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu (ACGZ).

Por Nathã Carvalho, Rio Grande do Sul

tabapuã

espaço na pecuária gaúcha. É uma raça preferida por muitos produto-res por suas qualidades como a doci-lidade, facilidade de manejo devido ao caráter mocho, precocidade e ha-bilidade materna. Acreditamos que a raça irá se expandir ainda mais, já que vem alcançando resultados muito positivos no cruzamento com as matrizes taurinas”, observou José Adalmir Ribeiro do Amaral, o novo presidente da Associação dos Cria-dores Gaúchos de Zebu (ACGZ) em-possado durante a Expointer 2011.

No julgamento, a Fazenda San-ta Izabel do tradicional selecionador Marcelo Malezan de Santa Maria,

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o papel do sindi no MundoAntiguidade – A raça Sindi é

originária da Índia e do Paquis-tão. Sua antiguidade remota há 7.000 anos, por enquanto, segun-do provas arqueológicas recen-tes, mas poderá avançar muito mais, com novas descobertas. Está evidenciado que de fato, é a principal raça do Paquistão, jus-tificando a denominação de “raça oficial do país”.

As ligações do Sindi com os Bos Primigenius passa pelos ga-dos do Oriente Médio (Aden, Afe-gão, etc). Por outro lado, o gado da região ocidental da Índia, tais

como o Guzerá e o Gir, migram – durante os períodos secos – para a periferia do deserto de Thar e de Sindh (região), onde encontram o gado Tharpark e o Sindi. Nasceu, assim, o Sindi Branco (misturado com o Tharpark e outras) e tam-bém milhares de animais com rela-tiva influência do Gir.

Estudiosos acreditam que uma grande contribuição do Sindi foi a formação da raça leiteira Sahiwal, até hoje em franca utilização na Índia e vários outros países. Outra grande contribuição vem sendo a disseminação no Brasil. Finalmen-

te, a maior contribuição será a consolidação da pecuária do futu-ro, por meio de um gado de menor porte e notáveis aptidões, tanto para carne como para leite. Como contribuição secundária vem a massificação da pelagem vermelha sólida na raça Gir, somente disse-minada a partir de 1930, na Índia.

Utilização – Os países com pe-

cuária desenvolvida, como os Es-tados Unidos, Austrália, Brasil e China realizaram experimentos com o Sindi, tentando incremen-tar a produção leiteira local.

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tamanho não é documento em pecuária. o que importa é “produtividade global por área ocupada num certo espaço de tempo “

Por que o Sindi? A tendência natural de pecuaristas iniciantes é selecionar um gado gaúcho, su-pondo que, assim, estarão obtendo maior rentabilidade. Com o pas-sar dos tempos, descobrem que “tamanho não é documento” em pecuária. O que importa é “produ-tividade global por área ocupada num certo espaço de tempo”. Por exemplo: uma criação de ratos produziria maior tonelagem de carne por hectare/ano do que qual-quer raça bovina. Então, o certo seria selecionar algum tipo de rato comestível? (Sim, desde que hou-vesse mercado comprador e os cus-tos compensassem). O gado de ta-manho médio ou até pequeno, por tanto, tem seu espaço, na moderna pecuária, desde que seja lucrativo na área que ocupa.

Rentabilidade – O que importa

é que, na hora de fazer as contas, a pecuária proporcione lucro, ou seja, garanta um resultado positi-vo. É claro que existem regiões no-táveis para pecuária, onde é possível criar um gado gaú-cho, mas cada vez mais as terras do planeta vão sendo ocupadas com agricultura de alto valor agregado e a pecuária vai sendo empur-rada para as terras mais fracas ou marginais. Assim, nestas terras, além de pro-porcionar alto rendimen-to de carne e leite, o gado precisa também apresen-tar outros atributos como: rusticidade e elevada taxa de conversão de alimentos brutos. É nesse momento que o Sindi surge no cená-rio como grande importân-

cia, pois consegue produzir leite e carne em ambientes sabidamente marginalizados. O Sindi é uma raça de região pobre que tem per-mitido resultados surpreendentes em região rica.

Função social – Uma tendência

de modernidade é o permanente êxodo do setor rural em direção à cidade. O processo de urbanização dá enormes vantagens aos mora-dores das cidades e pune, constan-temente, os moradores do setor rural, fazendo com que a riqueza com campo acabe sendo drenada por setor urbano. Por outro lado, como estratégia geopolítica os go-vernos precisam manter as popu-lações no campo. Como fazer isso? Resposta: por meio de um gado que tenha a genética para sobre-vivência em regime rústico, que consiga produzir leite, carne e tra-balho e proporcione as condições para fixar as populações no campo de grande extensões de terra em países como o Brasil, China, Índia,

Paquistão, etc. Esse gado redentor pode ser produzido a partir da ge-nética Sindi, ou com o próprio.

Imensas áreas da África estão esperando pela contribuição da raça Sindi para manter as pessoas no campo, com dignidade, e em de-zenas de outros. O mundo do futu-ro, portanto, não passará firme, se o Sindi for corretamente utilizado como ferramentas promotora de bem-estar e dignidade no campo.

Semiárido – No Brasil o Sin-

di teve tudo para dar errado: foi introduzido, inicialmente, na su-perúmida região amazônica e no plácido sudeste. Na Amazônia, até hoje, continua sendo procu-rado um modelo para a pecuária, tendo alguns notórios institutos mundiais de pesquisa desistido. Houve até um famoso instituto que afirmou a impossibilidade de se ter uma pecuária lucrativa na Amazônia.

No Sudeste, o gado ficou res-trito a um único fazendeiro por

décadas, sem conseguir um lugar ao sol, no cenário bra-sileiro. Chegou até a ser de-finido como inadequado à moderna pecuária, devido ao pequeno porte, no recin-to da maior exposição mun-dial de Zebu.

Quando, porém, o Sindi chegou à região semiárida, tudo mudou. Bastou acon-tecer a primeira seca – que se repetem periodicamente – para os fazendeiros enxer-garem que não era uma ou-tra raça qualquer. Era, de fato, uma ferramenta de so-brevivência. Enquanto to-das as demais raças sucum-

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biam ou declinavam nos índices reprodutivos, o Sindi continuava firme. Repetiram-se outras peque-nas secas e centenas de fazendeiros começaram a utilizar a raça.

De seca em seca, o Sindi vai se tornando a mais importante ferra-menta de convivência com as incer-tezas da região Nordeste. Está mui-to longe de atingir seu potencial, pois chegará, um dia, a milhões de cabeças no Semiárido, tornando-se o maior rebanho do planeta. Em poucos anos, o número de criado-res evoluiu para mais de 200 e o de apreciadores para mais de 1.000, na região tórrida. O Semiárido desco-briu, depois de 5 séculos, um gado que- de fato – dava certo. Isso, no entanto, era apenas a repetição do que já havia acontecido em outras regiões similares no mundo.

Hoje, o maior rebanho de Sin-di está na terra-mãe, Paquistão: o censo de 2006 evidenciou que existiam 2,64 milhões de cabeças da raça Sindi somente na região (Sindh) e mais 0,13 milhão na

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província vizinha do Baluchistão. Ora, a região de Sindh é muito menor que o Semiárido brasileiro. Somando-se as 6 outras províncias do Paquistão, o rebanho total da raça Sindi pode se aproximar de 3,0 milhões de cabeças. A região de Sindh tem 35,0 milhões de habi-tantes, enquanto o Paquistão tem 162,5 milhões.

Expansão – Boa parte dopla-neta precisa do Sindi devido à milenar aptidão leiteira ao lado de uma seleção para o trabalho no campo – o quelevou auma excelente conformação muscu-lar. Assim, o Sindi produz leite e também carne, além do trabalho. E mais: o Sindi apresenta altas quartelas, para andar em terre-nos pedregosos; é frugal; transfor-ma alimentos toscos em energia e massa muscular; é milenarmente manso; é gregário e, pela sua se-letividade, transmite suas carac-terísticas com firmeza na descen-dência. É um gado que tem um formidável horizonte no planeta.

A redução da área explorada leva ao sindi

No começo, o pioneiro investe sobre áreas longínquas e constrói um império pecuário. Seus filhos, netos, e bisnetos, reduzem o império em pequenos feudos, cada um com vida própria. Em apenas 50 anos o impé-rio que pode ter sido famoso no pas-sado some nas brumas dos tempos. É uma redução forçada e automática. O passar das gerações humanas, por-tanto, vai reduzindo o tamanho das propriedades. É uma redução na área utilizada.

Por outro lado, nas áreas mais planas e agricultáveis, surgem no-vas explorações para expulsar o boi: a soja, o milho, o algodão, a cana-de-açúcar, o pinho, o eucalipto, etc. Estas explorações vão adquirindo as pequenas propriedades e são grandes compradoras de insumos e equipa-mentos, gerando impostos formidá-veis para o Governo que, estão, pas-sa a acreditar que elas são o sinal de novos tempos. Nestas imensas áreas, apenas as encostas e trechos não-tra-

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ser mantido em áreas cada vez mais exíguas, precisa apresentar uma ex-celente capacidade de transmitir al-tas taxas de rendimentos no abate. O Sindi tem apresentado, nos Testes de Abate Técnico, índices acima de 55,0% - o que é formidável. O Sindi desponta como uma bússola, pois – mesmo sendo de porte médio – ga-rante uma cria por ano, alimentada em nível de campo e com excelente resultado no abate.

O caminho – O Brasil apresen-ta crescimentos em sua pecuária, de acordo com a descoberta de novas gramíneas. Houve o ciclo do Jaraguá, do Angola, do Gordura, do Colonião e, agora, do capim Braquiária. Foi o braquiária que possibilitou ocupar imensos territórios de Cerrados e Campos, além das terras degradadas dos cafezais. A luta, porém, não ter-minou, pois a lucratividade pecuária, via Braquiária, ainda é baixa. Outros capins vão surgir.

O sistema de exploração, no entanto, continua sen-

do extensivo, no qual

a raça Nelore é a melhor, pois con-segue caminhar muito à procura de alimentos, sob o sol ardente, com sua passadas curtas. No momento em que as áreas exploráveis vão sendo reduzidas, no correr das ge-rações, o gado também precisa se modificado. O gado caminhador é muito rústico, mas é um desper-diçador de pastagens. Há o ditado que diz: “o gado andejo come com cinco bocas, ou seja, a própria boca e mais as quatros patas”. Isso signi-fica que durante três meses de pas-tagens escassas, o gado andador (de passadas curtas) consegue liquidar a pastagem em incrível velocidade, quando comparado com o gado que caminha mais suavemente.

O andamento que economiza pastagens é o seguinte: o pé deve atingir a marca deixada pela mão. Ao “esticar” o passo, o animal irá pousar o pé, ao invés de fincá-lo, como acontece com o gado de passo curto. Geralmente, as raças leiteiras apresentam, o passo mais longo, para permitir um correto equilíbrio do úbere durante os des-locamentos.

A tendência é irreversível no Brasil: áreas pequenas para o

gado, maior quantidade de piquetes – cada um muito reduzido. Isso significa que

o animal não terá grandes extensões para percorrer. Um ani-mal andejo sofrerá neste sistema e terá que ser substituído, por cruza-mentos de adequação. O Sindi pre-dominará devido aos seus dotes de produtividade de carne.

A substituição do gado anelora-do, nos campos, então, parece estar escrito no destino. Isso significa que os campos estarão dividindo espaço com agricultura mecaniza-da e o gado, mantido em pequenas

toráveis podem ser utilizados para a pecuária. Essa prática constitui uma enorme redução na pecuária que vai sendo expulsa para bem longe.

Para piorar, o Governo brasileiro vem proibindo a abertura de novas áreas para pecuária, utilizando ar-gumentos de equilíbrio ambiental. A pressão mundial cresce verticalmen-te tentando reduzir a pecuária, sob argumento de que é concentradora de riquezas, estimulando o investi-mento em propriedades familiares. Mesmo sendo uma falácia, há a ten-dência natural de se apoiar tais mo-vimentos. O resultado é uma redução na atividade.

Os distritos transformam-se em pequenas cidades, cada uma cheia de leis que dificultam a ação da pecu-ária, cada vez mais. É uma redução até de caráter político.

Conclusão – a cada década, sobra menos terra para os bovinos. No Bra-sil, a Amazônia vai se tornan- d o quase inviável para expansão pecuária. Assim, o horizon-te é preocupante, embora, haja um mundo faminto para ser alimentado e que não para de crescer.

Quando se reduz a área de criação é preciso au-mentar as ta-xas de desfrute e de rendimento do animal. O gado, para

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glebas, terá que ser pouco andador. Nesse enfoque, inicialmente, irá pre-dominar o mestiço de Nelore com Sindi, tendo em vista a economia de pastagens e, ao mesmo tempo, a soma de vários atributos econômicos, como: melhor rendimento no abate, excelente taxa de fertilidade, etc. O Sindinel é a ferramenta revolucioná-ria da produção de carne do futuro.

O tamanho não é documento diante dessa característica, pois onde antes cabia 1 UA/há, agora com o Sindi, pode caber muito mais. Além disso, com gado mais próximo do ser humano – devido à mansidão natural do Sindi – facilita o controle de cada ciclo produtivo. A vaca está parindo todos os anos, com leite suficiente para a cria que será terminada em confinamento, para atender o merca-do de carnes.

No final, o Brasil continuará sendo o maior produtor de carne do planeta, mas com menor quantidade de gado e com maior produtividade por cabeça; Essa é a grande contribuição que pode ser executada pelo gado Sindi.

A redução da altura leva ao sindiAo mesmo tempo em que as

áreas de pecuária extensivas vão sendo reduzidas, também vão sur-gindo novas tecnologias de nutrição animal. Novas gramíneas vão sendo descobertas, reduzindo a altura.

Todas as plantas dominadas pelo Homem tiveram redução no tamanho: mangueiras, cajueiros, laranjeiras, mamoeiros, etc. Todas as árvores podem ser reduzidas na altura e, ao mesmo tempo, aumen-tar a produtividade. Mais lucro em melhor área! Se, antes, cabiam 50 árvores num hectare, hoje cabem 300, produzindo mais massa e mais lucros! Podem ser de tamanho me-nor, mas são mais lucrativas.

As gramíneas também tiveram seu tempo de gigantismo, mas agora estão reduzidas e, ao mesmo tempo, aumentando a taxa de proteína e de matéria-seca. Assim, aqueles ani-mais que evitavam penetrar no “oce-ano verde”, agora já se acostumam facilmente com as novas variedades.

As gramíneas abrem campo para o futuro. Elas permitirão cada vez mais a redução do tamanho. Exem-plo: os carneiros não entram em pas-tagens mais altas que eles. Apenas comem a periferia. O instinto diz ao animal que pode haver um predador dentro daquela massa verde. A gra-mínea ideal para carneiros é baixa. O mesmo já vai acontecendo com os bovinos.

Altas pastagens eram para ani-mais pernaltas e andadores; ricas e baixas pastagens são para animais de membros curtos e corpo possan-te. O boi moderno será de tamanho mediano, de alta eficiência na gera-ção de renda com menos despesa.

Ao reduzir a altura, os animais podem nascer pesando entre 25 a

30 Kg, com ossos finos – exatamente como o Sindi milenar que, portanto, já está pronto para modernidade e para o futuro.

Reduzindo a altura e mantendo uma possante caixa torácica, o animal terá membros curtos e fortes, com passadas longas e leves.

Garantia de Crias – O Sindi é raça milenar, com registros que vão além de 7.000 anos. É a raça mais utiliza-da para melhoramento das outras, na Índia e no Paquistão. A adequação garante um desmame lucrativo. A seletividade garante a rapidez de aca-bamento. Antes, de tudo, o pecuarista precisa de bezerros nascendo.

Genética preservada – É mui-to fácil fundar um rebanho Sindi, com sangue genuíno Bos indicus milenar. Foram realizados testes de DNA mitocondrial selecionando matrizes aptas para inaugurar no-vas linhagens.

As qualidades do Sindi, portanto, podem continuar isentas de miscige-nação, garantindo a seletividade nas progênies. Por isso, o Sindi é o gado que entra firme no futuro, mantendo o sangue Bos indicus intacto. É o legí-timo Zebu puro-sangue, para seleção e para a produção no campo – uma jóia genética e importante ferramenta zootécnica.

Além disso, o Paquistão poderá incrementar relacionamento com o Brasil, por manter um fabuloso reba-nho milenar. Não há risco de extinção, portanto, para a raça Sindi e, pelo con-trário, há incríveis oportunidades de mercado para linhagens de alta pureza.

Fonte: Sindi O Gado Vermelho para os Trópicos

Rinaldo dos Santos - Editora AgropecuáriaTropical

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indubrasil retorna a Esteio após 20 anos longe da Expointer

Mais de 20 anos se passaram para que o Indu-brasil voltasse a pisar nas terras do Parque de Ex-posições Assis Brasil, em Esteio, RS, onde foi realizada a 34ª edição da Expointer entre 27 de agosto e 4 de setembro. Dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado gaúcho informam que a última participação da raça na maior exposição agropecuária da Amé-rica Latina ocorreu em 1990.

Para tornar concreto o grande retorno, os es-forços do jovem e entusiasta Elair Bachi foram deter-

minantes. O indubrasilista gaúcho preparou seus animais no Sítio Tio Fiorindo, localizado em Paim Filho, RS, no norte do estado. Antenado quanto ao melhoramento genético do plan-tel, Elair foi até a ExpoZebu, em Uberaba, MG, em maio deste ano para adquirir genética superior para ser utilizada em seu rebanho. Tudo para incrementar a sua seleção genética e poder apresentar em Esteio o que há de melhor na raça Indubrasil.

Por estar tanto tempo longe do evento, a participação dos animais foi aguardada com muita ansiedade pelos organizado-

POR ONDE ANDA O INDUBRASIL

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res e pela mídia local. Ao desem-barcarem no portão 8 do parque, na tarde de 24 de agosto, os animais foram alvo de vários fotógrafos e cinegrafistas que fizeram questão de registrar a volta do Indubrasil.

No pavilhão de gado de corte lá estavam exemplares de uma raça que se destaca não só por seu vi-sual peculiar, graças às suas longas orelhas, mas também por sua doci-lidade, rusticidade e habilidade em produzir carne e leite com preco-cidade e eficiência reprodutiva. O movimento de produtores interes-sados em informações e aquisição de genética foi intenso durante os nove dias de Expointer.

Mas a raça não ficou apenas na argola, pois teve direito até a um

julgamento organizado pela Asso-ciação dos Criadores Gaúchos de Zebu (ACGZ), na manhã do dia 31 de agosto. Na avaliação em pista, conduzida pelo jurado oficial da Associação Brasileira dos Cria-dores de Zebu, Carlos Alberto de Souza Celestino (Betão), somente fêmeas foram julgadas. O título de Grande Campeã coube à Campeã Novilha Maior, Hagnella, de 22 meses, uma filha de Rubi da Santa Luzia. A Reservada Grande Cam-peã foi Independência, uma filha de Ciclone da Baraúna.

“Mais um sonho realizado. O primeiro era de criar esta raça fan-tástica que é o Indubrasil. Agora o objetivo em exibir nossos animais nesta importantíssima vitrine tam-

bém foi alcançado”, contou Elair, que ficou satisfeito com a partici-pação. O novo presidente da As-sociação dos Criadores Gaúchos de Zebu (ACGZ), José Adalmir Ribeiro do Amaral, empossado du-rante a Expointer 2011, comemo-rou o retorno. “Com toda certeza a participação neste evento é mui-to importante para o Indubrasil, já que a Expointer é uma grande vi-trine internacional do agronegócio brasileiro. Vamos trabalhar daqui para frente para fomentar e expan-dir a raça, além de incrementar ain-da mais a sua participação nas pró-ximas edições da feira”, projetou.

Por Nathã Carvalho, no Rio Grande do Sul

As características do indubrasilA ideia da formação de uma raça

nacional de zebus, por mestiçagem, nasceu da imperfeição das raças im-portadas e do desejo de reunir, em uma única, as boas qualidades de cada uma. É possível que os primeiros cruzamen-tos tenham sido feitos por mera curiosi-dade. O Coronel José Caetano Borges desempenhou um importante papel na formação da raça, que ele chamava in-duberaba, assim como noutras regiões se chamou induaraxá , indubahia, indu-porã, etc., mas a Sociedade Rural do Tri-ângulo Mineiro, reunida em 1938, para estabelecer o padrão da raça, resolveu adotar para este tipo de bovino o nome de Indubrasil. Houve alguma celeuma em volta da identificação do Indubrasil como raça. De fato, não se pode consi-derar qualquer mestiço de raça zebuínas como da raça Indubrasil, embora tenha os seus caracteres, mas sim os animais que tendo os seus caracteres, sobretudo os registrados, os transmitam à sua des-cendência. Concorreram na formação da raça, a princípio, o Guzerá e o Nelo-re e mais tarde o Gir. A contribuição do

Nelore no rebanho atual é muito pequena, notan-

do-se no Indubrasil a fusão dos carac-

teres do Gu-zerá e do Gir, havendo ligeira predomi-nância dos atributos desta última raça.

O principal centro de criação é o Triângulo Mineiro, mas encontram-se criações em Goiás, Mato Grosso, Para-ná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.

Descrição:Peso de 500 a 700Kg na vaca e 700

a 1000 no touro.Estatura de 135 a 150cm na vaca e

145 a 155 no touro.Pelagem báia, da mais clara a mais

escura, com tons brancos; também pode ser cinza, queimada ou amarela. Os pelos são curtos, finos, sedosos e brilhantes. Couro macio e untuoso. Mucosa preta.

Cabeça forte, frequentemente gran-de demais, o que é um grave defeito. Perfil quase direito, mais comumente convexo, intermediário entre o do Gu-zerá e do Gir. A fronte é larga. A face deve ser curta e afunilada para o foci-nho, que deve ser largo, com ventas abertas. As orelhas devem ser médias, mas são comuns as orelhas grandes, de forma variável, mas frequentemen-te espalmadas e voltadas para frente, com movimentos laterais, tão relaxadas quanto às do Gir. Os olhos são grandes, mansos, oblíquos. Os chifres são de tamanho médio, grossos na

base e finos para as pontas, com uma forma que vai desde a do Gir, saindo bem para trás, até quase a do Guzerá em lira, porém nunca vertical.

Pescoço curto e grosso no touro, mé-dio na vaca, preferindo-se com pouca barbela. Corpo longo e compacto, volu-moso, em forma de paralelepípedo. Giba pequena e firme, em forma de castanha de caju ou rim. Costas largas, direitas, musculosas, em nível. Garupa compri-da, larga, tão horizontal quanto possí-vel. Cauda comprida, afinando-se para a ponta. Peito desenvolvido, com a maçã proeminente. Paletas pequenas pouco in-clinadas, bem cobertas, bem ligadas ao pescoço e ao costado. Tórax amplo, pro-fundo, com costelas cinturadas, cobertas, sem depressão no cilhadouro. Linha do ventre tão direita quanto possível. Flan-cos cheios, patinho bem baixo e cheio. Coxões bastante musculosos e descidos.

Úbere: regular.Membros fortes, aprumados, cur-

tos, com boa musculatura acima dos mocotós. A ossatura do Indubrasil é um pouco grossa em demasia, o que dá uma

tendência para membros grosseiros. Há animais

extraordinariamen-te altos e pernu-dos que, por isso, perdem valor.

Fonte: Asso-ciação Brasileira dos Criadores de

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geral

Doma gentil agrega valor ao animal

O trabalho de doma nos animais é um processo muito importante já que prepara o animal para o manejo e para as exposições. A doma tradi-cional é realizada entre três e cinco meses e há o risco de alguns não serem domados. Além disso, pode comprometer o ganho de peso do animal e o risco de acidente é alto.

Materiais utilizados

Corda de 10 milímetros e 8 metros de comprimento

Vara de 2 metros com saco amarrado

Escova de roupa

Cabresto feito com corda de 8 milímetros e 3,5 metros de comprimento

Por outro lado, a doma gentil é rea-lizada em cinco dias, contribuindo para o ganho de peso, minimizan-do a margem de risco e agregan-do valor ao animal. Nas próximas páginas, o domador e instrutor da ABCZ, Nilson Dornellas, vai ex-plicar passo a passo como é o pro-cesso da doma gentil.

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PASSO 1

Esta é a etapa de observação do tempera-mento dos animais e o momento do domador mostrar que ele não é o predador dos animais (encurtar a zona de fuga). Nessa etapa o ide-al é trabalhar com no mínimo quatro animais. Deve haver preocupação com o piso para que não machuque os animais e o tamanho do curral, que deve ser menor.

observação dos animais

PASSO 2

Neste momento o ideal é jogar acorda sem acertar o animal para que ele se acostume com o movi-mento do corpo e da corda no seu ambiente. Há uma barreira entre o domador e o animal visando o bem-estar do homem e do animal.

Aproximação

PASSO 3

Quando o animal já estiver acostumado e “tranquilo” com a presença do domador e o movimento da corda, o ideal é atirar a corda no animal mais calmo. Quanto mais devagar, mais rápido se chega.

Jogar a corda no animal

PASSO 4

Depois que os animais estiverem mais calmos deve ser feita a aproximação gradativa, passando a corda nos animais e tendo contato com três animais. Em uma das fotos um animal está cheirando a corda, outro ruminando e outro está disperso. O fato de estar ruminando mostra a tranquilidade do animal. É o exemplo mais claro de um animal tranquilo.

Aproximação gradativa

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geral PASSO 5

Trabalhando com a corda, mas já com a presença da vara. Neste momento, a vara é utili-zada somente como extensão do braço para evitar que o corpo espante o animal e para dar segurança ao domador.

lado a lado

PASSO 6

Na foto, o domador continua com a corda que trabalha em três animais e a vara to-cando no ventre de um animal. É interessan-te começar a acariciar o animal do posterior para o anterior. Observe também a aproxi-mação do corpo do domador ao animal.

Primeiras carícias

PASSO 7

Nesta etapa o animal já está acostumado com o corpo do domador próximo ao seu corpo. Em uma das fotos, observe que o domador trabalha com três animais, sendo que a corda está em um, a vara em outro e a escova em um terceiro animal. Durante a escovação, o animal está com a cauda ergui-da (veja em uma das fotos), o que demonstra que o animal está gostando desse processo de ser acariciado. O animal já está manso.

Com a escova

PASSO 8

O cabresteamento é feito com acorda de 8 metros, lançada no pescoço. Sempre de costa para o animal, nunca olhar no olho do animal e cami-nhar antes dele. Deve seguir forçando de forma gradativa até que o ani-mal dê um passo. Assim que ele der o passo, acorda deve ser afrouxada imediatamente. Observe em uma das fotos o animal caminhando sentido oposto aos outros, a corda frouxa e o animal tranquilo. Quanto menor a força para trabalhar com o animal, mais leve de cabresto ele fica. Veja que o deslocamento do corpo do animal e do domador está na mesma sintonia. É interessante trabalhar em círculo para os dois lados.

Cabresteamento

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PASSO 9

Depois que o animal já está cabresteado, podemos amarrá-lo com uma distância de aproxima-damente 1 metro. É interessante acariciar o animal amarrado.

Amarrados

PASSO 11

Sempre que possível alimentar os animais dentro do seu local de doma.

Alimentaçãono local

PASSO 10

Colocar o cabresto com tranquilidade e com a corda frouxa como se estivesse solto. Logo após retire a corda do pescoço e trabalhe com a mesma ideia só com o cabresto.

Cabresto

PASSO 12

Quando retira o animal da baia ele não vai querer fu-gir, pois não tem mais medo do domador e também por saber cabrestear. Só retire o animal da baia quando ele já sabe cabrestear.

Fora da baia

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PASSO 13

Lavamos os animais depois de domados. Um momento de descontra-ção, relaxamento e troca de confiança.

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Segundo Nilson, as fotos ser-vem de ideia de como o trabalho de domador é importante para o sucesso do plantel. Este processo pode ser feito de forma tranquila,

minimizando o risco de acidentes, precisando apenas de paciência e amor pelos animais, em vez de coragem e força. Este trabalho de doma gentil pode ser feito em

torno de quatro dias. No entanto, somente pela ideia do que as fotos passaram não é possível absorver todas as técnicas. É importante re-alizar o curso.

ABCZ divulga comunicado sobre registro de descendentes do touro Radar dos Poções

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovou novos procedimentos para a concessão do Registro Genealó-gico (RGN e RGD) aos animais re-gistrados pela Associação Brasilei-ra dos Criadores de Zebu (ABCZ) como filhos do reprodutor da raça Gir, Radar dos Poções. A proposta, apresentada pela Comissão da raça Gir, também havia sido aprovada pelo Conselho Deliberativo Técni-co durante reunião realizada no dia 27 de julho de 2011.

As alterações referem-se exclu-sivamente aos casos em que não for possível identificar a paterni-dade do zebuíno anteriormente registrado como descendente do touro Radar dos Poções. No caso da paternidade indefinida, o ani-mal terá a linha paterna (Radar dos Poções) eliminada, mas manterá a linha materna. O produto, seja ele macho ou fêmea, passa a ser consi-derado como Livro Aberto de pri-meira geração (LA1), porém terá garantido o direito de ser utilizado na seleção. Vale ressaltar que o uso de touros LA se restringe apenas a

esse caso, além daquelas exceções previstas no Regulamento do Ser-viço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas.

A confirmação da paternida-de em todos os casos envolvendo filhos do touro Gir só poderá ser feita por meio do exame de DNA, realizado a partir do perfil genético oficial estabelecido pelo MAPA.

Para os demais casos, continu-am valendo os procedimentos co-municados oficialmente em 11 de

março de 2011. Para ler na íntegra, o Comunicado Técnico da ABCZ e os fluxogramas indicando quais os procedimentos que devem ser adotados em cada situação, acesse o site da ABCZ.

Fonte: ABCZ

o produto, seja ele macho ou fêmea, passa a ser consi-derado como livro Aberto de primeira geração (lA1) “

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ExpoGenética termina com alta no faturamento

Os números finais da Expo-Genética 2011 apontam um aque-cimento no mercado de bovinos avaliados. O faturamento dos dez leilões virtuais e presenciais reali-zados durante a exposição chegou a R$11,5 milhões contra R$10,1 milhões, em 2010. Foram comer-cializados touros e fêmeas das ra-ças Tabapuã, Gir leiteiro e Nelore.

Realizada no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), entre os

dias 13 e 21 de agosto, a Expo-Genética também registrou

bom volume de vendas e negócios para as empre-

sas presentes. Para Antônio Dias Mar-

tins, supervisor de vendas da empresa de

troncos Romancini, os negócios foram acima do esperado. “Como o mercado de animais está bom, isso tem refletido positivamente nas vendas de equipamentos. A Ex-poGenética confirmou essa tendên-cia de alta no mercado. Estreamos muito bem na feira”, diz Martins.

Para Sérgio Barros Gomes, ge-rente de Relações Institucionais da empresa de saúde animal Biogéne-sis-Bagó, a feira foi uma oportuni-dade de consolidar a marca junto aos pecuaristas em um momento de alta nas vendas de produtos vol-tados para a reprodução animal, como os hormônios utilizados na Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). “O aumento no pre-ço de bezerros e da arroba do boi têm permitido o crescimento desse mercado, que registra alta anual de

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30%. E a ExpoGenética mostrou vários avanços na área de melhora-mento genético que devem possibi-litar um crescimento ainda maior do mercado pecuário”, destaca Barros.

Além dos 677 animais expos-tos, os visitantes da ExpoGenéti-ca puderam assistir palestras du-rante o 8º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas/1º Simpósio “Pecuária Tropical Sustentável: Inovação, Avanços Técnico-cien-tíficos e Desafios”. Mais de mil pessoas passaram pelo evento. Um dos visitantes foi o ministro de Ci-ência e Tecnologia, Aloizio Merca-dante. Ele conheceu o programa de melhoria genética do rebanho Pró-Genética e comprometeu-se a dar abrangência nacional ao projeto. A ExpoGenética também foi visita-da por comitivas internacionais de Moçambique e de Israel e carava-nas de pequenos e médios produto-res rurais de 19 municípios minei-ros e de universidades de várias regiões do Brasil.

A programação da ExpoGenéti-ca ainda contou com lançamentos técnicos, como o do Sumário de

Touros da ABCZ. Confira abaixo o faturamento de todos os leilões.

Fonte/ABCZ

Matrizes Terra Brava e Matinha - R$ 1.314.480,00 Touros matinha - R$ 2.665.680,00 Genética Uberaba - R$ 754.320,00 Talento Genética Top - R$ 594.240,00 4º Leilão Pioneiros - R$ 448.400,00 Paint CRV Lagoa - R$ 389.800,00 TOP CEN - 478.320,00 Berço do Tabapuã - R$ 437.000,00 Touros Melhoradores Colonial - R$ 1.490.280,00 Naviraí Camparino - R$ 2.944.560,00

Faturamento dos leilões

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Como interpretar o sumário de touros

As avaliações genéticas das Raças Zebuínas de Corte são de-senvolvidas pela ABCZ em con-vênio com a Embrapa. Com base no Controle do Desenvolvimento Ponderal e outras provas zootéc-nicas, as avaliações disponibili-zam aos criadores e pecuaristas em geral, a avaliação genética

Finalidades:• Criar um documento que valide todo o sis-tema de melhoramento genético, garantindo a qualidade na comercialização dos animais;• Diferenciar os produtos que se destaquem nas várias etapas do processo de seleção, disponi-bilizando ao mercado reprodutores com gené-tica superior para as características de interesse econômico e com um biótipo adequado à pro-dução;• Criar um mecanismo de difusão que incentive a adesão dos criadores ao PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos).

O que consta no Sumário:• Avaliação Genética de touros, matrizes e pro-dutos;• DEPs para 12 características;• AC – Acurácia: grau de confiabilidade da DEP;• % percentil (TOP) para cada característica e para o IQG, dividido em % POP – percentil na população e % AT – percentil nos animais ati-vos;• IQG – Índice de Qualificação Genética;• Programa de acasalamento dirigido;• Tendências genéticas do rebanho e da raça.

de animais zebuínos sejam eles touros, matrizes ou produtos (animais jovens). Estas avalia-ções são produzidas anualmente, considerando que periodicamente são incorporados novos animais e novas informações no banco de dados geral do PMGZ.

No ano de 2010 foi superada

a marca de mais de 4 milhões de animais avaliados, sendo que já foram utilizadas mais de 10 milhões de pesagens no proces-so de análise. Toda a população avaliada é composta somente de animais inscritos no SRGRZ – Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas.

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outras informações que constam no sumário: o iQG - como funciona?

O IQG – Índice de Qualificação Genética é o índice sugerido dentro do PMGZ – Programa de Melhoramento Genético. O IQG considera e pondera as DEP’s das seguintes características:

IQG = 10% PM-EM + 15% PD-ED + 20% TMD + 15% PS + 15% GPD + 15% IPP + 5% I2P + 5% PESOnde:PM-ED = Peso à Fase Materna (120 dias);PD-ED = Peso a Desmama;TMD = Total Maternal do Peso a Des-mama;PS = Peso ao Sobre ano;GPD = Ganho de Peso Pós Desmama;IPP = Idade ao Primeiro Parto,I2P = Intervalo entre Primeiro e Se-gundo PartoPES = Perímetro Escrotal ao Sobreano.

São oito características envolvidas, cada uma recebendo diferentes ponde-rações.

Mas é importante relembrar que este é um índice sugerido. Para os cria-dores que participam do PMGZ é pos-sível, nos relatórios eletrônicos com as avaliações genéticas e nos Sumários de Touros, compor o índice mais adequa-do às necessidades seletivas do plantel. Sendo assim, é possível identificar ani-mais com melhor genética em carac-terísticas de crescimento (pesos e de forma diferente e personalizada).

Uma das propriedades dos índices é permitir que animais ligeiramente inferiores em uma característica pos-sam ser resgatados para a população selecionada pelo fato de serem mui-to superiores em outra característica.

o que é DEP?DEP - diferença esperada na progênie. Estimada com base nas informa-

ções do próprio indivíduo e/ou de seus parentes, indica a diferença espera-da na produção média da progênie de um determinado animal em relação à produção média das progênies de todos os animais que participam da mesma avaliação. A DEP é uma medida relativa, sempre. Por exemplo, um touro X possui DEP para peso ao sobreano de +20 kg, isso significa que se espera que, em média, a progênie deste touro X pese 20 kg a mais que a média do peso ao sobreano das progênies dos outros touros avaliados.

Também permite, da mesma forma, que se compare o provável desem-penho da progênie de dois touros em uma mesma avaliação. Por exemplo, ha-vendo dois touros, o touro A com DEP + 35 kg para peso ao sobreano e o touro B com DEP +20 kg também para peso ao sobreano, espera-se que em média a progênie do Touro A pese 15 kg a mais que a progênie do Touro B, se todos os outros fatores forem mantidos inalterados. É relevante lembrar que a DEP é uma expectativa e, portanto, deve sempre vir acompanhada da AC – acurácia.

Por exemplo, suponhamos um animal que tenha uma ligeira inferioridade no peso a desmama. Caso ele tenha uma grande superioridade em outras carac-terísticas, essa inferioridade será com-pensada. Claro que isso depende do nível de inferioridade da característica, do nível de superioridade das outras e da ponderação que foi dada a estas ca-racterísticas. Essa condição é que torna a construção dos índices um proces-so complexo. De qualquer forma, ele sempre funciona melhor do que uma seleção focada em apenas uma carac-terística o que, seguramente, provoca desequilíbrios no processo produtivo.

Para que o criador possa construir um índice ajustado aos seus objetivos de seleção é importante:

• Conhecer o comportamento mé-

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dio das características em seu próprio rebanho, sempre procurando envolver, no caso de gado de corte, pelo menos algumas características de crescimen-to, de habilidade materna, precocidade sexual e carcaça.

• Identificar as necessidades genéti-cas de seu plantel

• Conhecer o comportamento do mercado

• Comparar essas condições com o índice que está sendo proposto e veri-ficar se ele atende à sua demanda e só assim selecionar os animais.

% Percentil (TOP)Indica qual a posição (classe) do

animal para determinada DEP e tam-bém para o IQG. São apresentados dois percentis:

• % POP (população): classifica o animal dentro de toda a população ava-liada de determinada raça;

• % AT (ativos): classifica o ani-mal dentro da categoria (touros, matrizes ou produtos) considerando somente os animais ativos. São con-siderados animais ativos os touros e matrizes que têm filhos nascidos nos últimos cinco anos.

Como exemplo, podemos dizer que se um touro possui percentil igual a 1% POP e 2% AT para DEP PS sig-nifica que, para a DEP de peso ao so-breano, ele está entre os 1% melhores animais dentro de toda a população (raça) avaliada, e quando verificamos somente seu grupo de animais ativos, no caso touros, ele está entre os 2% melhores animais.

Obs.: O percentil oficial é o POP (população), porém no Sumário de Touros disponível em CD ROM está disponível os dois percentis.

AC – ACURÁCIA:Refere-se ao grau de confiança

depositada na precisão da estimativa da DEP. Quanto maior o número de

Características avaliadas e apresentadas na forma de DEPs:

Para a interpretação das carac-terísticas abaixo, vamos utilizar o exemplo da avaliação de um touro, porém as DEPs também são aplica-das as matrizes e aos produtos.

PM-EM: Peso a fase materna - efeito materno: Indica a capacida-de da matriz em proporcionar um melhor ou pior ambiente materno a sua cria (habilidade materna). Ex-pressa em Kg, refere-se à diferen-ça esperada na progênie das filhas de determinado touro em relação à média da performance das progê-nies futuras das filhas de todos os outros animais avaliados. Esta ca-racterística é avaliada na fase dos 120 dias de idade do animal.

PD-ED: Peso a desmama – efei-to direto: expressa em Kg indica o desempenho médio da performan-ce dos filhos de um determinado touro em relação à média das pro-gênies dos outros touros no perío-do da desmama (240 dias de idade dos filhos).

PS-ED: Peso ao sobre ano – efeito direto: expressa em Kg indica o desempenho médio da performance dos filhos de um de-terminado touro em relação à mé-dia das progênies dos outros touros no período do sobreano (420 dias

de idade dos filhos).TMM: Total Materno do Peso a

Fase Materna: expressa em Kg, é a capacidade genética do bezerro em ganhar peso, que veio do avô ma-terno (efeito direto), mais o efeito ambiental (melhor ou pior) que a mãe proporcionou a ele.

As diferenças genéticas que existem entre fêmeas, quanto a proporcionarem melhor ou pior meio para o desenvolvimento de suas crias, são que constituem o efeito materno. A par disto, podem ser encontrados touros cujas filhas tenham efeito materno negativo e desmamem boas crias. Isto pode acontecer, quando o efeito direto (capacidade genética de desenvol-vimento) transmitido do pai aos netos (via filha) compensar o efei-to materno negativo. Desta forma, o Total Materno (TM) é positivo. O inverso também pode ocorrer. O Total Materno é, pois, resultado da soma da ½ DEP direta para ganho + toda a DEP materna da carac-terística TMD: Total materno do peso a desmama: expressa em Kg, semelhante ao TMM, porém esta característica é avaliada com base no peso das progênies aos 240 dias de idade.

informações de determinado animal, seja dele ou de parentes, maior será a acurácia de suas DEPs. O valor da acurácia varia de 1 a 99. É bom lem-brar que é a DEP quem indica o uso ou não de determinado animal como reprodutor e que a acurácia indica a intensidade de uso deste animal. Do

ponto de vista prático, isso significa que animais de boas DEP’s e baixa acurácia podem e devem ser usados, mas em um número relativamente pequeno de acasalamentos.

CC – Coeficiente de Consanguini-dade: indica o grau de consanguinida-de do produto analisado.

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sumário de touros das Raças Zebuínas

Fica a disposição dos criadores no site da ABCZ, o sumário completo de touros de todas as raças zebuínas, ou seja, todos os touros com filhos partici-pantes no PMGZ. O sumário foi divi-dido em dois: um completo, com todos os touros incluindo touros utilizados

em fazendas (arquivos completos), e outro, contendo somente os touros que tenham sêmen em alguma central de inseminação. Nestes dois sumários poderá ser feita a filtragem dos touros pela característica ou percentil que o criador desejar.

AcasalamentoTanto no sumário disponível em

CD ROOM ou on-line no site da ABCZ, o criador tem a disposição esta impor-tante ferramenta de auxílio a seleção dos animais. Os acasalamentos podem ser simulados com as matrizes e novilhas, utilizando-se os touros e animais jovens da propriedade e também os touros de outros criadores (geral). Após a simula-ção do acasalamento, o criador poderá visualizar a expectativa do potencial

genético (DEPs e IQG) do produ-to daquele acasalamento. Também é indicado o grau de consanguinidade do produto, permitindo ao criador con-

trolá-lo no indivíduo como no plantel como um todo. Os acasalamentos si-mulados, depois de analisados, podem ser impressos em um formato mui-to prático, denominado “FICHA DE CURRAL”. Nesta ficha constam os diversos acasalamentos sugeridos por matriz, os quais poderão, agora, ser concluídos envolvendo outras abor-dagens, tais como: disponibilidade e valor do material genético (sêmen) e necessidades de correções fundamen-tadas em avaliações visuais (pigmenta-ção da pele, estrutura, aspectos raciais, etc), dentre outras considerações.

tendências GenéticasAtravés de gráficos, é indicada a

trajetória ao longo do tempo das mé-dias genéticas para cada uma das ca-racterísticas avaliadas pelo PMGZ. Ao analisarmos os gráficos podemos iden-tificar os pontos fortes e fracos do re-banho, o que é de fundamental impor-

tância para escolha correta dos touros a serem utilizados nos futuros acasalamen-tos, os quais podem melhorar as carac-terísticas de valor econômico, podendo, desta forma, complementar ou corrigir as deficiências genéticas do rebanho.

Fonte: ABCZ

TMGND: Total materno do ganho pré desmama: expressa em g/dia, indica a capacidade de ganho em peso do bezerro até a desmama, pela somatória do efeito direto e o efeito ambiental (habilidade maternal da matriz).

GND: Ganho em peso pré desmama – efeito direto: expres-sa em g/dia, é o efeito direto do touro no ganho em peso até a desmama de seus filhos em rela-ção à progênie dos demais touros avaliados.

GPD: Ganho em peso pós desmama – efeito direto: expres-sa em g/dia, é o efeito direto do touro no ganho em peso no pe-ríodo de pós desmama de seus filhos em relação à progênie dos demais touros avaliados.

IPP, I2P e IOP: Indica a ex-pectativa de desempenho repro-dutivo das filhas de determinado touro, comparando-se com a mé-dia das filhas dos demais touros avaliados, onde:

- IPP idade ao primeiro parto;- I2P intervalo entre o primei-

ro e o segundo parto;- IOP intervalo médio entre

os demais partos.Essas características repro-

dutivas são expressas em dias e quanto mais negativas melhor é a DEP, ou seja, menor é o inter-valo entre os partos, ou menor é a idade ao primeiro parto.

PES: Perímetro escrotal ao sobre ano: expressa em centíme-tros. Indica a capacidade do tou-ro em produzir filhos com maior ou menor perímetro escrotal.

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Criadores

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AgropeVa, 40 anos selecionando o melhor do Nelore

A Agropecuária AgropeVa foi fundada em 1971, no município de Jaíba, norte de Minas Gerais, distante 634 km de Belo Hori-zonte. Formada pelas fazendas AgropeVa, Agropema, São Mi-guel/Ouro Verde, Santa Idália e Fortaleza, tem uma área total de 19.250 ha e se dedica à criação e seleção de gado nelore PO e LA e à produção de gado comercial.

Na Fazenda AgropeVa, (8.000 ha) são criados os gados LA e PO em pastejo com lotação al-ternada. Nas fazendas Agrope-ma (5.500 ha), São Miguel/Ouro Verde (2.250 ha) e Santa Idália (1.700 ha) acontecem a recria e engorda de machos comerciais. Já a recém adquirida Fortaleza,

ainda em formação, será destina-da à criação de animais LA e PO, seguindo os moldes da fazenda AgropeVa.

Devido à rusticidade da raça Nelore, os animais possuem uma boa adaptação às condições climá-ticas do sertão mineiro. A seleção da AgropeVa busca animais de alta fertilidade e produtividade, tendo como um dos itens de prioridade de seleção a habilidade materna. “Nosso gado é dócil, tem uma os-satura muito forte, e nossas vacas, apesar de serem nelore, são muito leiteiras”, afirma a gerente execu-tiva da AgropeVa, Daniella Bruzzi.

Ao longo de cerca de 40 anos de atividade, a agropecuária vem contribuindo para o desenvol-

vimento do rebanho Nelore Na-cional. Seus animais já conquis-taram importantes prêmios nas categorias de julgamento de car-caça e ganho de peso.

A fazenda tem como priori-dade criar seu Nelore integrado à natureza. Em harmonia com o meio ambiente, o rebanho se de-senvolve alimentando-se basica-mente de capim.

Em 2009, a AgropeVa foi certificada como ERAS (Esta-belecimento Rural Aprovado no Sisbov), que a habilita a vender carne para frigoríficos que ex-portam para o mercado europeu. Neste mesmo ano, cerca de 8.000 animais da agropecuária foram encaminhados para o abate.

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Condições naturais da regiãoA AgropeVa está localizada

em uma região de clima semi-ári-do, com temperatura média anual de 24,4ºC, oscilando entre 32ºC de máxima e 18,5ºC de mínima. O índice pluviométrico fica em torno de 600 a 800 mm por ano. A vegetação é formada pela tran-sição entre o cerrado e a caatinga.

Todas estas condições rigorosas exigem um trabalho de adaptação, para que o gado possa ter a rusti-cidade suficiente para se desenvol-ver e obter boa produtividade na

região. Em contrapartida, o terreno plano e rico em calcário acaba sen-do um facilitador para a criação.

A AgropeVa está estabelecida na Área de Preservação Ambien-tal do Sabonetal, o que exige cui-dados especiais com a sustenta-bilidade da produção. “Seguimos todas as normas em relação à pre-servação permanente e manuten-ção de reserva legal. Nossas áre-as preservadas são maiores que o exigido pela lei”, afirma o diretor da agropecuária, Fernando Motta.

o rebanhoA AgropeVa possui apro-

ximadamente 12.500 cabeças de gado, divididas entre os re-banhos comercial e registrado. Este último é composto por 2.200 animais PO e 1.300 LA. Segundo Daniella Bruzzi, a pro-cura pelo gado LA da AgropeVa tem sido maior do que a oferta.

tourosOs reprodutores da AgropeVa são

produtos de uma seleção impulsiona-da pela busca de animais produtivos. A meta é ter um Nelore sexualmente precoce, que imprime ao rebanho es-trutura óssea, musculatura robusta e carcaça de qualidade. Estes animais são disponibilizados para a venda nos leilões da AgropeVa, na Feira de Tou-

ros ou diretamente na fazenda.O principal expoente da evolução

genética desenvolvida na AgropeVa foi o touro Pradesh, Campeão Nacio-nal da Expozebu em 1993. “Pradesh é hoje considerado um dos touros me-lhoradores da raça nelore. Ele vendeu muitas doses de sêmen e até hoje ain-da existem algumas doses disponíveis.

Ele morreu cedo, mas poderia ter pro-duzido até mais”, conta Daniella Bru-zzi. Esse touro produziu progênie de destaque em habilidade materna, além de transmitir linha de dorso plana e correta, com ótimo arqueamento e ga-rupa. O sêmen de Pradesh foi levado para a Bolívia e é um dos destaques do rebanho do país sul-americano.

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ReproduçãoA reprodução de todo o rebanho

é feita por inseminação artificial direcionada, ou seja, cada vaca é acasalada com o touro que possa imprimir características comple-mentares às dela.

A IATF - Inseminação Artificial em Tempo Fixo – é uma das ferra-mentas utilizadas durante a estação de monta de 120 dias. Nas matrizes PO, é utilizado, também, a fertiliza-ção in vitro (FIV).

As novilhas entram em estação reprodutiva na idade entre 20 a 24 meses. Atualmente, a fazenda con-ta com 1.517 matrizes da raça Ne-lore, sendo 386 PO, 512 LA1, 174 LA2, 445 comum e aproximada-mente 480 receptoras.

A origem do plantel AgropeVa está na rigorosa pressão de seleção em matrizes de alto desempenho re-produtivo a campo. São fêmeas fér-

teis, que, criadas num ambiente rús-tico, produzem ano após ano, com intervalos curtos de partos e bezerros pesados após o desmame, compro-vando sua habilidade materna.

A agropecuária utiliza tecnologia de ponta para assegurar que seus touros e matrizes transmitam pre-cocidade, fertilidade e rusticidade para rebanhos seletivo e comer-cial. Além disso, participa de pro-gramas de melhoramento como o da Associação Nacional de Cria-dores e Pesquisadores (ANCP), promovido pela Universidade de São Paulo (USP), e o da Associa-ção Brasileira de Criadores de Ze-buínos (ABCZ). “Todo o trabalho tem como objetivo criar animais funcionais, de excelente habilida-de materna, bom temperamento e acabamento muscular”, explica Daniella Bruzzi.

Primeiro clone da Agropeva

Neste ano em que a Agrope-va comemora 40 anos de sele-ção da raça nelore, nasceu seu 1º clone, no Cenatte Embri-ões. A bezerra, que nasceu em 11/07, é filha da Iraúna (Ibisa da Agropema X Big Ben St Nice), umas das principais doadoras da Agropeva que foi Campeã Na-cional e morreu no ano passado.

CriaAs vacas prenhes, próximo ao

parto, são alocadas em pastos de maternidade e recebem uma vis-toria diária. Logo após o parto, é feita a cura do umbigo, tatuagem dos bezerros e o monitoramento da ingestão adequada do colostro.

No período da amamentação, os bezerros também recebem con-

centrado no creep feeding, cocho privativo ao qual apenas o bezerro tem acesso. Já as vacas, são trata-das a pasto com mineralização ade-quada à estação reprodutiva.

Durante os sete primeiros me-ses, o bezerro fica com a mãe e é desmamado, estando aproximada-mente com 200 kg.

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Recria de animais registra-dos destinados à venda

Machos LA2 com 24 meses e 450 kg são destinados aos lei-lões de reprodutores. A meta de ganho de peso desta categoria após o desmame é de 350 g/dia no período de seca, 1.000 g/dia no período das chuvas e 550 g/dia no outono. A partir daí, são preparados para os leilões.

As fêmeas do rebanho LA

também são leiloadas, parte novilhas e parte vacas. Elas pos-suem meta de engorda pós-des-mame de 250g/dia no período de seca, 850 g/dia no período das chuvas e 550 g/dia no outono. A nutrição dos animais LA e PO em preparo para leilões é consti-tuída de silagem de milho plan-ta inteira e feno de Tifon 85.

Recria e engorda comercialOs animais adquiridos para

compor o rebanho comercial, che-gam à fazenda com média de 9 ar-robas, variando de acordo com a época de compra.

Estes animais são mantidos a pasto até maio, quando é fei-to uma primeira apartação para escolha do lote do primeiro ci-clo do confinamento. Esse lote é composto por machos inteiros, pesando em torno de 13 arrobas, e que permanecem confinados por 75 a 80 dias.

Os animais que não entrarem no primeiro lote ficam a pasto até agosto, quando entram no segun-do ciclo de confinamento. Os ani-mais dos dois ciclos são abatidos com peso morto médio de 18,5 a 19 arrobas.

Os animais leves, que não atin-giram peso ideal para entrarem nos ciclos de confinamento, são destinados à engorda a pasto e co-

mercializados no ano seguinte.Para agregar valor à carne pro-

duzida, os gestores da fazenda es-tudam a possibilidade de criar um padrão de qualidade. “Uma das idéias que temos é a de produzir uma carne com selo de qualidade e garantia de origem AgropeVa.”, revela Daniella Bruzzi.

Os animais a do rebanho co-mercial a pasto recebem protei-nado de baixo consumo durante o período seco, mistura mineral e, estrategicamente, suplemento múltiplo energético durante o pe-ríodo das águas.

Os animais confinados rece-bem volumoso, produzido na pró-pria fazenda, à base de silagem de sorgo planta, variando com milho ou girassol, e um concentrado composto por milho grão úmido, também produzido na fazenda, ca-roço de algodão e núcleo mineral comercial.

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artigo

Uma atualização sobre aquestão jurídica do FUNRURAl

Titular de uma história marca-da por diversos questionamentos, discussões e mudanças, a con-tribuição denominada Funrural encontrou sua maior repercussão em 3 de fevereiro de 2010.

Foi quando o Supremo Tribu-nal Federal (STF), por unanimi-dade de seus ministros, proveu recurso interposto pelo Frigorífi-co Mataboi, que tinha por objeto questionar a contribuição a que ele estava obrigado a reter quan-do adquiria bovinos de produto-res rurais pessoas físicas. O julga-mento adquiriu status de Leading Case e provocou uma correria aos Tribunais em todo o País.

Como todo fato de grande re-percussão, o precedente da Su-prema Corte desencadeou várias

reações, dentre elas a adesão de associações representativas do setor e de inúmeros produtores na briga judicial contra a cobrança do Funrural, antes concentrada em sua maioria pelos frigoríficos.

Até porque os produtores des-cobriram que se não entrassem na briga, muitos frigoríficos ficariam com a quantia que lhes é devida. Deve ficar claro que quem arca com o tributo é o produtor e não o adquirente do boi. E por isso, é ele quem tem o direito de receber o que pagou indevidamente.

Também os produtores rurais pessoas jurídicas, valendo-se dos mesmos argumentos, tomaram a iniciativa de questionar a con-tribuição incidente sobre as suas operações de comercialização,

prevista no artigo 25, I e II, da Lei n. 8.870/94.

Desde então, tornou-se notó-ria a oportunidade de se obter a desoneração das futuras comer-cializações e, ainda melhor, de buscar a restituição dos valores contribuídos nos últimos anos, devidamente corrigido.

No entanto, algumas dúvidas inibiram muitos produtores rurais de provocarem o Judiciário para esse propósito e permitiram que a União levantasse argumentos com intuito de restringir os des-dobramentos da decisão do STF.

Dentre essas dúvidas, as prin-cipais são: (i) a falta de destaque da contribuição na nota fiscal emitida pelas empresas adquiren-tes que comprovassem valores a

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serem restituídos, (ii) incerteza dos produtores se são ou não titu-lares desse direito e (iii) o próprio dispositivo do acórdão proferido no julgamento em comento. Ar-riscamo-nos a respondê-las.

O produtor deve comprovar de alguma forma que teve a retenção do Funrural na venda do gado ou de grãos. Não é só a Nota que se presta à essa comprovação, extratos e depósitos bancários, borderôs, contratos, negociações documentadas, entre outros, po-dem provar o ocorrido. Ademais, há presunção de que houve o desconto, pois a legislação assim determina.

Acerca do titular do direito, é o produtor, desde que possuía empregados, e não o frigorífico, conforme acima já mencionado.

E quanto à última questão, o ministro relator Marco Aurélio de Mello (STF) estabeleceu que a contribuição era inconstitucional até que nova legislação viesse à instituí-la com base na Emenda Constitucional n. 20 de 1998. Atentando-se a esse ponto, mui-tos se perguntaram se a incons-titucionalidade do Funrural não mais subsistia, pois seus dispo-sitivos legais passaram por al-teração em 2001, através da Lei 10.256.

Exatamente esse foi o argu-mento adotado pela União para se defender nas diversas ações judiciais que surgiram e para evitar que o Governo perdesse a arrecadação do Funrural e ti-vesse de devolver os valores aos contribuintes.

Por enquanto, em resposta a contenda travada após o prece-dente do STF, alguns tribunais de segunda instância tem dado razão à União, como o TRF em São Paulo, outros não, como TRF da região Sul.

Nesse contexto, há alguns dias, um novo pronunciamento da Corte Suprema pôs uma pá de cal sobre as pretensões da União e trouxe renovação às forças dos produtores rurais para que façam valer seus direitos.

Dessa vez, por recurso de ini-ciativa de produtor rural pessoa física, foi confirmada a incons-titucionalidade da contribuição em sede de repercussão geral, significando que o julgamento servirá de orientação para os demais tribunais.

Na sessão de julgamento, foi aventada pelo Ministro Marco Aurélio a inconstitucionalidade da mencionada Lei 10.256, sob o fundamento de que esta não al-cançara o condão de reinstituir a contribuição, como é necessário para que o vício constitucional seja suprimido.

No nosso entender, é obvio que essa Lei posterior não fez re-nascer o tributo. Está acometida de inconstitucionalidade da mes-ma forma que as disposições já julgadas. É isso que se espera e o que a Justiça deve declarar de forma definitiva em breve.

Apesar do recente acórdão in-dicar o insucesso da tese defendi-da pela União, fica a expectativa sobre o pronunciamento final do STF quando tiver a oportunidade

de julgar recurso que questione especificamente a constituciona-lidade da Lei n°. 10.256.

Por hora, o cenário é muito favo-rável para quem ainda pretende afas-tar a incidência do Funrural e recupe-rar o que recolheu no passado.

Vale também destacar que muitos produtores de grãos, cana, soja, milho e outros, bem como os parceiros de terras para cul-turas, presumindo que a questão se aplica apenas aos produtores fornecedores dos frigoríficos ou aos proprietários de imóvel rural, ainda não buscaram essa econo-mia tributária. E eles também têm o direito de fazê-lo.

Nunca é demais reiterar que as leis que regem o Funrural ain-da estão vigentes e que os pro-nunciamentos do Judiciário têm eficácia apenas para as partes (exceto ação de associações que beneficiam seus associados), o que torna indispensável a pro-positura de medida judicial por quem pretende não desembolsar mais essa contribuição e recupe-rar o que já pagou indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos.

Marcelo Guaritá Bento é advogado em São Paulo, Mestre em Direito do Estado pela PUC/SP, mem-

bro da ABDT – Academia Brasileira de Direito Tributário e sócio do escritório

Peluso, Stupp e Guaritá advogados.

Manuel Eduardo C. M. Borges é advogado em São Paulo,

Especialista em Direito Tributário pela FGV/GVLAW e sócio do escritório

Hackerott, Borges e Cecotto Advogados Associados.

ozebu 101

1ª Exposição agropecuária da alta mogiana

GIR LEITEIRO1ª Exposição Regional do Gir Leiteiro de Ituverava, maior

mostra paulista do Gir Leiteiro homologada pela ABCGIL – Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro, contou com a participação de 120 animais, dos quais 107 em pis-ta e 13 vacas no concurso leiteiro. O evento fez parte da 1ª Exposição Agropecuária da Alta Mogiana, com participação conjunta de Gir Leiteiro e Nelore. Durante o evento, André Rabelo, da ABCGIL coordenador do PNMG , proferiu pa-lestra sobre o Programa de Melhoramento do Gir Leiteiro, na sexta-feira, dia 26 de agosto para os estudantes da Faculdade de Veterinária de Ituverava.

Estavam presentes 15 expositores, entre eles Adonias Souza dos Santos, José Coelho Vitor, Maria Tereza Lemos Costa Calil, Adriano e Kenyti Okano, Eduardo Âmbar, An-tonio Paulo Abate, Célio José de Matos, Elza Marli Salati-no, Flávio Manzato, José Antonio de Oliveira, Paulo Ricardo Maximiano, Reginaldo José da Silva e Silvio Luiz Monteiro.

A Grande Campeã na pista de julgamento foi Queimada dos Poções, do expositor Kenyti Okano. A Reservada Grande Campeã e Melhor Úbere Vaca Adulta foi PH Baby, de Maria Tereza Lemos Costa Calil, que também levou o título de Cam-peã Vaca Adulta do torneio (acima de 48 meses), com Eldorada da EPAMIG, com média de 39,153 kg de leite.

Confira os destaques: Grande Campeã Queimada dos Poções - Expositor: Kenyti OkanoReservada Grande Campeã: PH BABY - Expositor: Maria Tereza Lemos Costa CalilGrande Campeão: Estalão I FIV F JAO - Expositor: José Antonio de OliveiraReservado Grande Campeão: Guri FIV Kenyo - Expositor: Kenyti Okano Melhor Expositor 1º Kenyti Okano – 680 pontos 2º Maria Tereza Lemos Costa Calil – 570 pontos Melhor Criador 1º Kenyti Okano – 663 pontos 2º Jose Coelho Vitor – 603 pontos Torneio Leiteiro - Grande Campeã e Campeã Vaca Adulta: Eldo-rada da Epamig da expositoravMaria Tereza Lemos Costa CalilCampeã Vaca Jovem: Mulatinha da 5R - criador Reginaldo José da SilvaCampeã Fêmea Jovem Linda FIV Rio Vale do criador Silvio Luiz Enande Monteiro

Foi um sucesso este evento liderado pelas criadoras Renata T.Peraro Okano e Sueli Y. Mine Ho,pois conseguiram reunir um grande número de criadores para prestigiar a Exposição.

NELOREItuverava realizou a primeira Exposição Agropecuária da

Alta Mogiana da Raça Nelore e Gir.As expectativas foram superadas. No nelore, conseguiram

reunir criadores de várias localizações e criatórios renoma-dos, dando um total de 160 animais e 21 expositores. Os tra-balhos de julgamento foram realizados pelo juiz Luis Sérgio Junqueira Amaral.

O melhor expositor e criador ficou para Integral Pecuá-ria, de Conceição das Alagoas (MG). A Grande Campeã foi a Hematita I da Quilombo, de propriedade de Agrozurita. A Reservada Grande Campeã foi a Hayanna FIV GVMH, de Gilmar Luis de Jorge Nelore Atlas. O Grande Campeão foi Impacto FIV GVMH, de Gilmar Luis de Jorge Nelore Atlas. O Reservado Grande Campeão foi o Lagam FIV da Integral, da Integral Agropecuária.

Houve um almoço do dia 26, promovido pela Agroce-res Multimix, onde os expositores puderam se confraterni-zar, com som ao vivo. À noite, houve uma palestra direcio-nada para os tratadores, também realizada pela Agroceres e posterior churrasco. A Prefeitura Municipal e Sindicato Rural de Ituverava, além de serem os maiores incentiva-dores e apoiadores, também estiveram presentes e viram a importância deste evento em nosso município.

“Como a nossa preocupação foi a consolidação desta ex-posição e se tornar um marco no calendário do ranking nacio-nal, após os trabalhos de julgamento, foi realizado um ques-tionário para os tratadores sobre o balanço geral da exposição para analisarmos criteriosamente os prós e contras e possíveis melhorias para o ano que vem”, concluiu Sueli Y. Mine Ho.

“Este evento exigiu muito de nós principalmente por não ser fácil concilar tudo ao mesmo tempo na vida particular e profissional.Agradecemos aos expositores que estiveram pre-sentes conosco e acreditaram no sucesso desta exposição e a todos os criadores que nos prestigiaram”, Renata T. P. Okano.

Agradecemos a todos o apoio: