Edição 131

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Vice-presidente do Sindipães é preso Estado tem quatro obras federais “ficha-suja” Aristóteles diz o que fará se for eleito Findes agora investe em turismo ANO XI - Nº 131 NOVEMBRO DE 2010 www.jornalempresarios.com.br A prisão ocorreu durante operação do Minis- tério Público contra sonegadores, que levou policiais à sede da entidade. PÁGINA 13 Aristóteles Passos Costa Neto é um dos três can- didatos à presidência da Findes. PÁGINA 15 O presidente da Federa- ção, Lucas Izoton, coman- da projeto na região de Pedra Azul. PÁGINA 14 PÁGINA 4 Estado recebe verba reduzida do Governo Federal O Espírito Santo tem de retorno R$ 0,45 de cada R$ 1 arrecadado pelo Governo Federal. A transferência de recursos para os estados alcança, em média, somen- te 34% do que é levado para a União. INVESTIMENTOSPÁG. 10 Tristão aposta na qualidade do café O empresário Sérgio Tristão, presidente da Realcafé, cria programas de incentivo visan- do melhorar a qualidade do produto no Espírito Santo. EMPRESAPÁG. 19 Nesta edição o suplemento traz matérias sobre o cantor e compositor Heráclito, que faz sucesso em bares da ci- dade, e também informa- ções sobre moda, literatura e a estreia da coluna “O cli- que do Cacá Lima”. Primeira via A HORA E A VEZ DA MICRO A HORA E A VEZ DA MICRO O superintendente do Sebrae/ES, José Eugênio Vieira, amplia o volume de informações para os empreendedores PÁG. 6 O superintendente do Sebrae/ES, José Eugênio Vieira, amplia o volume de informações para os empreendedores PÁG. 6 PÁG. 8 Empresa já pode agendar opção para o Simples Nacional

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Edição mensal de novembro do Jornal Empresários.

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Vice-presidente doSindipães é preso

Estado tem quatro obras federais “ficha-suja”

Aristótelesdiz o que faráse for eleito

Findes agorainveste emturismo

ANO XI - Nº 131 NOVEMBRO DE 2010www.jornalempresarios.com.br

A prisão ocorreu durante operação do Minis-tério Público contra sonegadores, que levoupoliciais à sede da entidade. ❫❫❫❫ PÁGINA 13

Aristóteles Passos CostaNeto é um dos três can-didatos à presidência daFindes. ❫❫❫❫ PÁGINA 15

O presidente da Federa-ção, Lucas Izoton, coman-da projeto na região dePedra Azul. ❫❫❫❫ PÁGINA 14

PÁGINA 4

Estado recebe verba reduzida doGoverno FederalO Espírito Santo tem de retorno R$ 0,45 de cada R$ 1arrecadado pelo Governo Federal. A transferência derecursos para os estados alcança, em média, somen-te 34% do que é levado para a União.

INVESTIMENTOS❫❫❫❫ PÁG. 10

Tristão apostana qualidadedo café

O empresário Sérgio Tristão,presidente da Realcafé, criaprogramas de incentivo visan-do melhorar a qualidade doproduto no Espírito Santo.

EMPRESA❫❫❫❫ PÁG. 19

Nesta edição o suplementotraz matérias sobre o cantore compositor Heráclito, quefaz sucesso em bares da ci-dade, e também informa-ções sobre moda, literaturae a estreia da coluna “O cli-que do Cacá Lima”.

Primeira via

A HORA E A VEZ DA MICROA HORA E A VEZ DA MICROO superintendente do Sebrae/ES, José Eugênio Vieira, amplia o volume de informações para os empreendedores ❫❫❫❫ PÁG. 6O superintendente do Sebrae/ES, José Eugênio Vieira, amplia o volume de informações para os empreendedores ❫❫❫❫ PÁG. 6

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Empresa já podeagendar opção parao Simples Nacional

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2 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

CARLOS AMORIM

EDITORIAL

Mais uma vez o País foi sa-cudido pela divulgação deindícios de irregularida-

des em 32 obras federais de gran-de porte em andamento nos es-tados ou em vias de serem inicia-das. O trabalho de fiscalização doTribunal de Contas da União(TCU) demonstra que empreitei-ras sempre ávidas por lucros ca-da vez maiores se ramifica portodo o território nacional, for-mando uma teia tecida com o la-borioso trabalho de gestores pú-blicos inescrupulosos.

Ao entregar ao Congresso Na-cional a relação das suspeitas, opresidente do Tribunal de Con-tas dá a partida para o que pode-ria ser o início de uma era detransformações no uso da má-quina e do dinheiro públicos. OCongresso Nacional tem o deverperante a sociedade brasileira deadotar medidas drásticas com ur-gência, independente de vínculosestabelecidos sem o manto daética e da moralidade.

Entre os estados prejudicadoscom esse apetite voraz de em-preiteiras e de agentes públicoscorruptos, o Espírito Santo des-ponta como um dos primeiros noranking das irregularidades. Emconseqüência, crescem os garga-

los do crescimento econômico,o atraso nas políticas sociais e aredução da qualidade de vida detoda a população. Os exemplossão gritantes.

A começar pela dragagem docanal de navegação que dá aces-so ao porto de Vitória, obra hámais de 10 anos reivindicada eque se configura como uma dasmais importantes na cadeia deprestação de serviços da área detransportes. Com os repetidosatrasos, o porto de Vitória pas-sa por um processo de encolhi-mento, permanecendo à distân-cia de navios de maior enverga-dura, em conseqüência da redu-zida profundidade do seu canalde acesso.

O exemplo do aeroporto de Vi-tória não encontra explicaçãológica. Parte integrante da infra-estrutura de serviços de trans-portes, vocação natural do Es-pírito Santo, as obras estão pa-ralisadas há mais de cinco anos,enquanto a movimentação depassageiros explode, gerandoproblemas de toda espécie. Deoutro lado, a movimentação decargas aéreas fica estagnada,provocando prejuízo à econo-mia estadual.

Com relação às rodovias fede-

rais que passam pelo EspíritoSanto a situação se arrasta,igualmente, há décadas, semque sejam adotadas medidas ca-pazes de solucionar as pendên-cias. Elas vão desde a falta desinalização, ao estado deplorá-vel das pistas, o que contribuipara o elevado número de aci-dentes com mortes. E o que di-zer da necessidade imperiosada duplicação de trechos exces-sivamente movimentados? É la-mentável o descaso.

As principais constatações doTCU recaem em cima de superfa-turamento, ausência de projetobásico e de licença ambiental erestrição à competividade nosprocessos licitatórios. Essa me-todologia de fiscalização préviae bloqueio de recursos, desen-volvida pelo TCU, tem como prin-cipal objetivo evitar prejuízo pa-ra o erário, tendo em vista a difi-culdade do ressarcimento dos va-lores, quando a irregularidade éconstatada posteriormente. Es-pera-se que o Congresso Nacio-nal adote medidas urgentes parareparar a situação e que, a partirde agora, passe às providêcias pu-nitivas mais rígidas a fim de quea moralidade possa ter lugar notrato da coisa pública.

A onda “ficha-suja”

Diretor e jornalista responsável Mar ce lo Luiz Ros so ni Fa [email protected]

Editor Roberto [email protected]

DiagramaçãoMárcio Carreiro [email protected]

Repórter fotográficoBruno de [email protected]

Contato comercialDiego Amaral [email protected]

Co la bo ra do res: An to nio Del fim Net to, Jane Mary de Abreu, Dante Donatelli

Primeira via: Tavares Dias

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As opi niões em ar ti gos as si na dos não re fle tem ne ces sa ria men te o po si cio na men to do jor nal.

Os problemas da acelera-ção dos investimentos nainfraestrutura de trans-

portes (rodovias, ferrovias,portos e aquavias) e de energia(hidrelétrica, eólica, solar)ocuparão um espaço prioritá-rio na agenda do próximo go-verno da República e das no-vas administrações estaduaisa partir de janeiro.

Certamente este foi um dospoucos temas sérios a aflorardurante a campanha eleitoral.Praticamente não há discor-dância sobre a necessidade dese desobstruir os gargalos queoneram a circulação da pro-dução em todo o território na-cional e respondem por umaboa parcela do chamado “cus-to Brasil”.

Não houve divergênciastambém sobre o fato que àiniciativa privada caberá a ta-refa de realizar as obras, dis-pensando-se a idéia de cria-ção de organismos estataispara conduzi-las diretamen-te. O que não elimina o pa-pel do Estado que permane-cerá como o indutor dos in-vestimentos e coordenadordos programas de estímuloao crescimento.

Esta já foi uma questão ideo-lógica, hoje superada pelopragmatismo dos diversos go-vernos que aprenderam com aHistória. Em certas circuns-tâncias, como foi o caso doBrasil nos anos 1930/80, a fal-ta de musculatura do setor pri-vado exigiu uma ação diretade empresas estatais nos se-tores críticos da economia(energia, transporte, portosetc.) inclusive com a criaçãode “poupança forçada” (de-pois devolvida), como os de-bêntures da Eletrobrás, porexemplo.

Por maiores e bem funda-das que tenham sido algumasdas críticas às apressadas pri-vatizações – de fato estimula-das pelas crises do balanço emconta corrente como conse-quência de uma política cam-bial desastrosa – é inegável oaumento da eficiência das em-

presas privatizadas e de suasubseqüente contribuição pa-ra a aceleração do desenvol-vimento social e econômicodo Brasil.

A criação e expansão de em-presas estatais é um questãode poder. Cada uma delas pre-cisa procurar mais espaço –tão naturalmente como qual-quer manifestação da vida -não importa aonde esta surja.Todas têm a necessidade (ín-sita no seu DNA), de crescer emultiplicar-se.

Isso não tem nada a vercom a competência dos ad-ministradores públicos. Mui-tas de nossas velhas estatais(a Telebras, por exemplo) ga-nharam prêmios internacio-nais. Posteriormente elas for-neceram mão de obra quali-ficada, competente e hones-ta para as empresas que asadquiriram. O problema comas empresas estatais é o mes-mo com o setor privado: oucrescem ou entram em estag-nação. A diferença é que asestatais não morrem e nãovão à falência.

A União tem hoje mais de100 empresas estatais. É horade estudar a necessidade decada uma delas e dar eficiên-cia às que em função do seupróprio objetivo têm de con-tinuar públicas e dispor dasdemais, privatizando-as. Valea pena relembrar aqui o casodo setor aeroportuário que ho-je atazana os usuários e tor-nou-se uma das maiores do-res-de-cabeça da administra-ção pública: a Infraero foi cria-da em 1972 para funcionarcom 600 funcionários. Atual-mente acolhe cerca de 28.000servidores. O que teríamos ho-je em matéria de eficiência econforto no transporte aéreose, em lugar de criar a estatal,tivéssemos iniciado a privati-zação dos aeroportos nos anos70 do século passado?

Estado e infra

Antonio Delfim [email protected]

POLÍTICA ECONÔMICA

Antonio Delfim Nettoé professor emérito da FEA-USP,ex-ministro da Fazenda,Agricultura e Planejamento.

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4 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

Obras “ficha-suja” no EstadoCORRUPÇÃO❫❫❫❫ QUATRO PROJETOS RECEBERAM RECOMENDAÇÃO NEGATIVA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

As obras com indícios de irregularidades estão localizadas no porto de Vitória, no aeroporto e nas rodovias federais

Quatro das 32 obras fede-rais consideradas “ficha-suja” pelo Tribunal deContas da União (TCU

estão localizadas no EspíritoSanto. Relatório do órgão de fis-calização divulgado no dia 9deste mês aponta indícios de ir-regularidades e recomenda aoCongresso Nacional a paralisa-ção de todos os trabalhos e asuspensão de recursos públicos.Dessas, 18 integram o Progra-ma de Aceleração do Cresci-mento (PAC).

No Espírito Santo foram atin-gidas pela ação do TCU obras vi-tais para o crescimento econô-mico do Estado. São elas a am-pliação do berço do cais de atra-cação do Porto de Vitória, que foidivulgada com exclusividade naedição de setembro do JornalEmpresários; dragagem do ca-nal de navegação do porto de Vi-tória, reforma e ampliação doaeroporto de Vitória e a restau-ração das rodovias federais quepassam pelo Estado. A decisãodo TCU complica ainda mais asituação já precária de importan-tes suportes da infraestrutura dosetor de prestação de serviços,essenciais para o desenvolvimen-to do Estado.

Na ocasião, a Assessoria daCompanhia Docas do EspíritoSanto (Codesa) informou que asituação estava sob controle eprotestou contra a informaçãoveiculada neste jornal. A asses-soria mostrou-se irritadiça anteo fato de que, antes da publica-ção, a empresa se recusara a pres-tar esclarecimentos mais deta-lhados para serem colocados namatéria, e “convocou”, via telefo-ne, a reportagem para uma en-trevista com o presidente da Co-desa, José Angelo Baptista. Ape-sar de ter aceitado a tal “convoca-ção”, este jornal não foi mais pro-curado para a entrevista.

A situação do aeroporto de Vi-tória se complica a cada dia. Des-de 2005, as obras de ampliaçãoe reforma se arrastam em meioa denúncias de sobrepreço e irre-gularidades de ordem técnica,que foram alvos de denúncias doTribunal de Contas da União e,também, do Ministério Públicoestadual, resultando na paralisa-ção total das obras. A dragagemdo porto de Vitória é esperada hámais de 10 anos, sendo conside-rada vital para a manutenção ecrescimento do movimento decargas. Hoje, somente naviosconsiderados de pequeno portoconseguem navegar pelo canaldevido à sua reduzida profundi-dade. O cais de atracação, da

mesma forma, nãocomporta embarca-ções de porte maior.VALOR FISCALIZA-

DO - A dotação orça-mentária fiscalizada pe-lo TCU foi de R$35,6 bilhões. Amaior parte dasfiscalizaçõesocorreu emobras de trans-porte (42%),e d i fi c a ç õ e s(21,2%), infraestru-tura urbana (20,3),energia (9,1%) eobras hídricas(7,4%).

Caso todas as recomenda-ções do TCU sejam acatadas, aeconomia para os cofres pú-blicos, segundo o tribunal,seria de R$ 2,6 bilhões.

Das 32 obras cuja suspen-são foi recomendada peloTCU, metade delas já apresenta-va indícios de irregularidades em2009. Apesar disso, segundo o tri-bunal, as recomendações não fo-ram acatadas, e as obras conti-nuaram. O TCU não tem poderpara determinar a paralisação dasobras - apenas faz recomenda-ções ao Congresso e ao governo.

A ampliação do berço de atracação no cais do porto de Vitória é uma das obras onde foram constatadas irregularidades

O MAPA DAS IRREGULARIDADES

BRUNO DE MENEZES

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6 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

A hora da microempresaCOMUNICAÇÃO❫❫❫❫ O SEBRAE AMPLIA O VOLUME DE INFORMAÇÕES

Uma agência de notícias levará informações essenciais aos micro e pequenos empreendedores em todo o Estado

As micro e pequenas em-presas localizadas no Es-pírito Santo ganharamneste mês um suporte pa-

ra suas atividades. O volume deinformações sobre programas eprojetos relacionados com essesetor foi ampliado com a entra-da em operação da Agência Se-brae de Notícias, lançada pela di-retoria regional do órgão no Espí-rito Santo. A agência facilitará oacesso a informações sobre asmicro e pequenas empresas,aproximando-as de programasde capacitação e crescimento em-presarial.

As micro e pequenas empresassão um dos principais pilares desustentação da economia brasi-leira, quer pela sua enorme ca-pacidade geradora de empregos,quer pelo infindável número deestabelecimentos desconcentra-dos geograficamente. Esse seg-mento empresarial representa25% do Produto Interno Bruto(PIB), gera 14 milhões de empre-gos, ou seja, 60% do emprego for-mal no país, e constitui 99% dos

6 milhões de estabelecimentosformais existentes, respondendoainda por 99,8% das empresasque são criadas a cada ano, se-gundo dados do Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas (Sebrae).

O encontro de lançamento daASN ocorreu no dia 11 deste mêse contou com a participação dediretores e gerentes do Sebrae,aconteceu em Vitória e marcouo início da participação capixa-ba na rede nacional da AgênciaSebrae de Notícias. “Este é umavanço extraordinário. Agora, osjornalistas, que já contam coma nossa assessoria de imprensa,também poderão sempre bus-car as notícias de interesse dosmicroempresários capixabas”,comemorou o diretor-superin-tendente do Sebrae/ES, José Eu-gênio Vieira.

O presidente do Conselho Ad-ministrativo do Sebrae/ES, JoséLino Sepulcri, destacou que, co-mo a agência fortalece a parce-ria entre os veículos e a institui-ção, também ganha o Sebrae “Os

veículos de comunicação sãomuito importantes porque têmcredibilidade e fazem chegar àpopulação as notícias de utilida-de pública do Sebrae”, afirmou.

A Unidade de Marketing e Co-municação (UMC) do Sebrae/ESé a responsável pela ASN, queserá atualizada diariamente, di-vulgando notícias especializa-das em micro e pequenas em-presas, além de informações re-levantes referentes a instituiçõesparceiras.

Uma das ferramentas é um por-tal online, com viés institucional,mas essencialmente jornalístico.Um dos caminhos para informara sociedade é a oferta de repor-tagens prontas à imprensa e aosmeios de comunicação de enti-dades parceiras. Fotos e textospoderão ser reproduzidos pelamídia em geral, desde que infor-

mem a origem do conteúdo. Por meio da ASN, o Sebrae no

Espírito Santo dá mais um passorumo ao alcance das metas mo-

bilizadoras. A ferramenta tam-bém potencializa os esforços pa-ra levar os produtos e serviços atéas áreas mais remotas do Estado.

A gerente de Marketing e Co-municação, Vania Moratto, enfa-tiza que a ASN-ES otimiza o tra-balho de todas as áreas do Se-brae. Ressalta, ainda, que comoa agência faz parte de uma redede comunicação nacional, comramificações em todas as unida-des Sebrae no país, ela segue umasérie de padrões, inclusive visuale de qualidade.

Vânia Moratto, gerente de Comunica-ção e Marketing

José Eugênio Vieira é o diretor-superintendente do Sebrae/ES

José Lino Sepulcri, presidente do Conselho Administrativo

SERVIÇO

Agência Sebrae de Notícias■ TELEFONE: (27) 3089-4100■ E-MAIL: [email protected]■ SITE: www.es.agenciasebrae.com.br

FOTOS WEVERSON ROCIO

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7NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

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8 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

Empresa já pode optarpelo Simples NacionalC

omeçou neste mês o agen-damento para a adesão aoSimples Nacional e as em-presas aptas para a tribu-

tação por esse sistema devem seapressar, porque a entrada efeti-va se dará em janeiro de 2011. Oagendamento pode ser feito pe-la internet (www.receita.fazenda.gov.br), clicando no portal doSimples Nacional, depois em“contribuinte” e em seguida em“agendamento da opção SimplesNacional”.

O Simples Nacional é um re-gime simplificado de pagamen-to de tributos, quem beneficiaempresas com um faturamen-to anual de até 2,4 milhões. Pa-ra aderir, além da limitação defaturamento, é preciso que aatividade da empresa faça par-te do grupo de beneficiados e

que seus sócios não possuamimpedimentos.

O advogado tributarista e con-tador Aloízio Munhão Filho des-taca que não é aconselhável op-tar pelo Simples Nacional semconhecer detalhes do sistema.“Em regra geral, o Simples nacio-nal é benéfico, principalmentepara as empresas prestadoras deserviço”, afirma o especialista.

Para ele, é necessário que oempresário brasileiro encaresua atividade não como umacoisa banal, trivial. O empresá-rio tem que ter informações quepossibilitem a elaboração deformação de preços do seu pro-duto ou serviço, incluindo a car-ga tributária.

“O Simples Nacional, além daquestão tributária, possibilitauma série de vantagens, que ge-

ralmente o empresário desco-nhece”, explica Aloízio MunhãoFilho. Ele informa que o siste-ma apresenta vantagens para oempresário, entre outras, na par-ticipação de licitações públicasem condições vantajosas, obrigaaos órgãos fiscalizadores à reali-zação de ações normativas e nãopunitivas, dá acesso ao JuizadoEspecial e a libera de algumasobrigações trabalhistas.

Para inscrever-se é aconselhável que o empresário busque mais informações sobre o sistema O consultor Aloísio Munhão Filhoenumera as vantagens do sistema

TRIBUTOS❫❫❫❫ O PRAZO SE ENCERRA NO MÊS DE DEZEMBRO

RECEITA BRUTA EM 12 MESES(EM R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/

PASEP ISS

Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL – SERVIÇOS

SERVIÇO

Munhão Advogados Associados■ LOCALIZAÇÃO:Rua Paschoal Delmaes-tro, 285, ed. Waves Center, sala 7, Jar-dim Camburi, Vitória-ES ■ TELEFONE: (27) 3237-2436■ SITE:www.munhaoadvogados.com.br

BRUNO DE MENEZES

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9NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

Petrobras apóia projetos sociaisDESENVOLVIMENTO❫❫❫❫ EM 2011, 16 MUNICÍPIOS SERÃO CONTEMPLADOS NO ESPÍRITO SANTO

Podem candidatar-se aos recursos entidades sem fins lucrativos localizadas nas áreas de influência da empresa

Com uma previsão de in-vestimentos da ordem deR$ 2,8 milhões, a Petro-bras no Espírito Santo

lançou este mês a edição de 2010do projeto Ciranda Capixaba,que irá contemplar os 16 muni-cípios de sua área de influência.Serão apoiadas iniciativas de or-ganizações não governamentaisque contribuam para a transfor-mação econômica e social dascomunidades de Anchieta, Ara-cruz, Cariacica, Conceição daBarra, Fundão, Guarapari, Itape-mirim, Jaguaré, Linhares, Mara-taízes, Piúma, Presidente Ken-nedy, São Mateus, Serra, Vila Ve-lha e Vitória.

O gerente geral da Petrobrasno Espírito Santo, Luiz RobérioSilva Ramos, informou que o ob-jetivo é que pelo menos um pro-jeto de até R$ 150 mil seja con-templado em cada um dessesmunicípios. Os recursos pode-rão ser utilizados por um perío-do de dois anos, beneficiandoprojetos que tenham como foco

a geração de renda e oportuni-dade de trabalho, educação pa-ra a qualificação profissional egarantia de direitos da criança edo adolescente.

Cada entidade poderá inscre-ver até três projetos, mas apenasum receberá apoio. As inscriçõessão gratuitas e se encerram nodia 31 de dezembro. Uma centralde atendimento está funcionan-

do (0800-039-5005), onde podemser solicitadas todas as informa-ções e a cartilha com o roteiropara elaboração de projetos so-ciais e o formulário de apresenta-ção do projeto. Os escritórios daempresas localizados em Vitória,Linhares e São Mateus tambémestão fornecendo esse material.As inscrições estão abertas desdeo dia 25 deste mês, gratuitamen-

te. Para inscrever-se a entidadedeverá entrar em contato com aCentral de Atendimento e solici-tar a cartilha com o roteiro de ela-boração de projetos sociais e oformulário de apresentação doprojeto. O material poderá tam-bém ser retirado em um dos es-critórios da Petrobras em Vitó-ria, Linhares ou São Mateus ouainda solicitar pelo e-mail ciran-

[email protected] projeto deve ser enviado via

Correios para Caixa Postal5109,CVEP 29075-905. Os projetosserão escolhidos por um grupo deprofissionais da Petrobras e de ou-tras instituições e o resultado serádivulgado a partir de abril de 2001evento que posteriormente serádefinido pela Petrobras.

Luiz Robério Silva Ramos, gerente geral da Petrobras no Espírito Santo, apresenta o projeto aos jornalistas

SERVIÇO

■ PETROBRAS CIRANDA CAPIXABAPrograma que realiza a seleção e gestãodos projetos de investimento social daUnidade de Operações e Exploração e Pro-dução da Petrobras no Espírito Santo. Des-de 2002, já apoiou mais de 60 projetosno Estado.O projeto Ciranda Capixaba atua na ge-ração de renda e oportunidades de tra-balho: educação para qualificação pro-fissional e garantia dos direitos da crian-ça e do adolescente.■ CENTRAL DE ATENDIMENTO0800-039-5005

BRUNO DE MENEZES

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10 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

ES dá mais do que recebeINVESTIMENTOS❫❫❫❫ A MÁQUINA ARRECADADORA DO GOVERNO FEDERAL LEVA VANTAGEM

Com a finalidade de reduzir desigualdades econômicas, o Governo Federal prejudica alguns estados da Federação

Balanço Arrecadação x Transferências Intergovernamentais por UF em 2009, incluindo royalties e participações especiais (R$ 1,00)ESTADOS Posição Receita Administrada

(RFB)Transferências Constitucionais

para Est.Munic.Balanço UF (Arrecadado-

Transferido)Transferido em cadareal arrecadado

Brasil 497.386.311.862,90 178.362.405.104,92 319.023.906.757,98 0,359Roraima 1 200.919.261,72 1.731.163.797,82 (1.530.244.536,10) 8,616Amapá 2 225.847.873,82 1.933.431.979,00 (1.707.584.105,18) 8,561Acre 3 244.750.128,94 2.044.510.384,76 (1.799.760.255,82) 8,353Tocantins 4 482.297.969,89 3.091.630.530,80 (2.609.332.560,91) 6,410Piauí 5 843.698.017,31 4.060.746.857,41 (3.217.048.840,10) 4,813Alagoas 6 937.683.021,32 3.990.733.546,45 (3.053.050.525,13) 4,256Maranhão 7 1.886.861.994,84 7.389.515.122,85 (5.502.653.128,01) 3,916Paraíba 8 1.353.784.216,43 4.574.978.066,45 (3.221.193.850,02) 3,379Rondônia 9 686.396.463,36 2.268.552.029,05 (1.582.155.565,69) 3,305Sergipe 10 1.025.382.562,89 3.261.501.181,12 (2.236.118.618,23) 3,181Rio Grande do Norte 11 1.423.354.052,68 4.119.288.803,32 (2.695.934.750,64) 2,894Pará 12 2.544.116.965,09 7.146.760.796,12 (4.602.643.831,03) 2,809Ceará 13 4.845.815.126,84 8.193.299.373,03 (3.347.484.246,19) 1,691Mato Grosso 14 2.080.530.300,55 3.369.157.267,94 (1.288.626.967,39) 1,619Mato Grosso do Sul 15 1.540.859.248,86 2.453.508.446,59 (912.649.197,73) 1,592Bahia 16 9.830.083.697,06 12.930.163.693,78 (3.100.079.996,72) 1,315Pernambuco 17 7.228.568.170,86 7.927.185.884,34 (698.617.713,48) 1,097Goiás 18 5.397.629.534,72 4.979.113.933,52 418.515.601,20 0,922Minas Gerais 19 26.555.017.384,87 15.056.398.403,45 11.498.618.981,42 0,567Amazonas 20 6.283.046.181,11 3.399.350.043,52 2.883.696.137,59 0,541Espírito Santo 21 8.054.204.123,90 3.639.749.892,05 4.414.454.231,85 0,452Rio Grande do Sul 22 21.978.881.644,52 8.904.090.511,37 13.074.791.133,15 0,405Paraná 23 21.686.569.501,93 8.530.780.145,09 13.155.789.356,84 0,393Santa Catarina 24 13.479.633.690,29 4.964.969.096,46 8.514.664.593,83 0,368Distrito Federal 25 50.454.719.368,50 7.502.090.586,61 42.952.628.781,89 0,149Rio de Janeiro 26 101.964.282.067,55 14.583.722.721,06 87.380.559.346,49 0,143São Paulo 27 204.151.379.293,05 26.316.012.010,96 177.835.367.282,09 0,129

SAIBA QUANTO O GOVERNO FEDERAL ARRECADA E TRANSFERE PARA OS ESTADOS

Fontes: RFB - Receita Administrada; Transferências - STN; Royalties e participações especiais, ANP. Última coluna informa quanto, de cada real arrecadado pela União na UF, ficacom os governos estaduais e municipais por transferências obrigatórias

OEspírito Santo tem apenasR$ 0,45 de retorno para ca-da R$ 1 arrecadado pelogoverno federal, segundo

dados oficiais referentes a 2009,incluindo recursos provenientesdos royalties do petróleo. Com es-se número o Estado salta da nonapara a sétima posição no rankingoficial, atingindo a marca de R$8.050 bilhões anuais.

Esses dados são do Sistema In-tegrado de Administração Finan-ceira da Secretaria do Tesouro Na-cional (Siafi/STN), que permite avisualização clara dos repassespara cada Estado e município decada um dos fundos constitucio-nais. Importante fonte de recur-sos para os estados, as transferên-cias do governo federal são resul-tado da determinação constitu-cional de haver contrapartida deuma parcela dos recursos arreca-dados com impostos federais.

Segundo especialistas, não sepressupõe que a distribuição dosrecursos seja proporcional aos re-cursos arrecadados com impos-tos federais nos estados de ori-gem. Pelo contrário, a idéia portrás das transferências é justamen-

te ser um mecanismo capaz dereduzir as desigualdades regio-nais. No entanto, existem insatis-fações por toda parte, conside-rando que o governo federal de-volve aos estados em forma detransferências, na média, apenas34% dos recursos que arrecada.

A questão das transferências co-mo forma de avaliar a responsabi-lidade do governo federal para como financiamento das administra-ções regionais e com o desenvol-vimento equilibrado obedece aocritério que prevê a redução de de-sigualdades entre os estados. Masa distribuição destes recursos nãoparece respeitar um segundo cri-tério: o da importância dos esta-dos que contribuem relativamen-te muito mais para a arrecadação.

A situação do Espírito Santo,mesmo com o retorno reduzidodos recursos arrecadados pelo go-verno federal, não é das piores.Com os royalties do petróleo, oEstado subiu no ranking, mas ain-da sofre em decorrência de pro-cedimentos adotados, entre eles achamada Lei Kandir, que alteroua arrecadação tributária do co-mércio internacional.

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11NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

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12 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

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Aprisão temporária deum vice-presidentedo Sindicato da In-dústria de Panifica-

ção e Confeitaria do Estadodo Espírito Santo (Sindipães)foi confirmada pelo Minis-tério Público do EspíritoSanto (MPES) como parte daoperação que investiga o gol-pe aplicado por empresáriosdo ramo de padarias e su-permercado contra os cofrespúblicos, cujo prejuízo jáatinge a R$ 180 milhões. Aprisão ocorreu durante aOperação By Pass realizadaem outubro, mas o nome doempresário deverá perma-necer em sigilo até que a de-núncia seja formalizada.

A investida do MinistérioPúblico é dirigida a empre-sas e técnicos ligados ao de-senvolvimento de programade computador que possibi-lita a fraude, através da adul-teração das máquinas queemitem cupons fiscais. O

golpe foi descoberto emmeados deste ano, quandoempresas do ramo de pani-ficação, o Sindipães e a em-presa que desenvolveu osoftware fraudulento foramidentificados como os prin-cipais participantes.

De acordo com a assesso-ria do Ministério Público, fo-ram presas cinco pessoas noEspírito Santo e uma em Mi-nas Gerais. Quatro são daempresa de software e umempresário, que é vice-pre-sidente do Sindipães foi pre-so e liberado depois de pres-tar depoimento. O MPES in-formou que o caso, apesar de11 denúncias já formalizadasna Justiça, é alvo de investi-gação por meio de análisedos documentos e computa-dores que foram apreendi-dos e interrogatório dos em-presários envolvidos.

Uma das empresas envol-vidas, a MM Informática,suspeita de participar do

golpe, funcionava na sededo sindicato, no bairro No-vo México, em Vila Velha.

A sede do Sin dicato da In -dústria de Panificação e Con-feita ria do Espírito Santo, emVila Velha, foi vasculha da namanhã do dia 20 de outubropor agentes do MPES, da Se-cretaria de Estado da Fazen-da (Se faz), e policiais milita-res apreenderam documen -tos e computadores.

A ação fazia parte da Ope-ração By Pass III - que com-bate a sonegação de impos-tos e a fraude em cupons fis-cais em empre sas do Espíri-to Santo e sete mandados debusca e apreensão foramcumpri dos em Vitória, VilaVe lha e Cariacica.

Além do sindicato, fo ramalvo da operação em presasdo ramo de panifi cação, e aempresa que, de acordo comas inves tigações, desenvol-veu o software fraudulento,lo calizada em Vitória.

13NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

Preso um diretor do SindipãesGOLPE NO FISCO❫❫❫❫ O MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA A PARTICIPAÇÃO DA ENTIDADE PATRONAL

Policiais Militares cumpriram cinco mandados de prisão no Espírito Santo e um no Estado de Minas Gerais

Após investigação, a venda do pãozinho gerou aumento da arrecadação

11DENÚNCIASESTÃO NA JUSTIÇA

168MILHÕESDE PREJUÍZO

7MANDADOSDE BUSCA EAPREENSÃO

6PRISÕES

CONFIRA

As ações do Ministério Público do Espírito Santo (MPES)revelaram fraudes cometidas contra os cofres do Fisco, comprejuízos que podem ultrapassar R$ 2 bilhões, envolvem,além do Sindipães, o Sindicato da Indústria de Rochas Orna-mentais (Sindirochas) e empresas do ramo de café. Essesgolpes são motivo de preocupação para segmentos empre-sariais, com repercussão negativa em toda a área econômi-ca do Estado do Espírito Santo.

As fraudes contra o Fisco

ARQUIVO/JE

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14 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

AS PROPOSTAS DE DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

Construção de um Plano Di-retor, melhoria dos aces-sos, criação de um Centrode Convenções, melhorias

nos aeroportos de Vitória e Ca-choeiro, capacitação de empresá-rios / funcionários e construçãodo Aeroporto do Caxixe. Essas sãoalgumas das diretrizes propostaspela Federação das Indústrias doEspírito Santo (Findes), em estu-do que foi lançado no dia 29 desetembro, durante encontro reali-zado na Pousada dos Pinhos, emPedra Azul, que reuniu os princi-pais nomes do trade turístico daregião com o objetivo de transfor-mar as montanhas do EspíritoSanto num destino turístico compadrão nacional e internacional.

O evento reuniu produtores doagroturismo, autoridades muni-cipais e estaduais, além de em-presários do setor hoteleiro. “Odesenvolvimento do turismo nanossa região só vai acontecer defato se for realizado de forma in-tegrada, entre todos os municí-pios e a iniciativa privada”, desta-cou o vice-prefeito de DomingosMartins, Flávio Trarbach.

A Findes passou a intensificarsuas ações na área de turismo, in-clusive com o lançamento do Ins-tituto Rota Imperial, após consta-tar que apenas 15 municípios doEstado têm vocação industrial. As-sim, eles devem investir em ativi-dades como agroindústria, turis-mo e serviços, cujos investimen-tos são também geradores de ren-da e emprego.

“Dados do BNDES mostram quea cada R$ 100 investidos no setorturístico, R$ 69 retornam para a in-dústria através de setores comoconstrução civil, mobiliário, ali-mentos e bebidas, vestuário e me-talmecânica. Investir em cidadescom esta vocação é uma forma defazer com que a indústria chegueonde não há condições de existi-rem grandes concentrações indus-triais”, disse o presidente da Fin-des, Lucas Izoton Vieira.

Outro destaque do Encontro foia apresentação do Estudo de Po-tencial de Mercado do Destino –Pedra Azul / Domingos Martins,realizado pelo consultor paulistaCaio Calfat, especialista em diag-nósticos, desenvolvimento e mo-delos de negócios sobre destinosturísticos. Ele concluiu que a re-gião possui vocação para atrairum público mais sofisticado, liga-do a esportes de aventura, gastro-nomia e enologia.

Calfat levantou as principais ca-racterísticas da área, acesso, loca-lização, meios de transporte, equi-pamentos de comércio e presta-ções de serviços e amenidades.Analisou ainda os hotéis e outrosestabelecimentos de hospedagem

que a região oferece, com suas ca-racterísticas de instalações, servi-ços, produtos agregados e os valo-res de diárias praticados.

“Pedra Azul está na rota capixa-ba que tem mais potencial de cres-cimento (a do Mar e das Monta-nhas) e fatores como a beleza na-tural da região, a curta distânciaem relação a Vitória, Belo Horizon-te e ao Rio de Janeiro, facilitam acomercialização do destino a ní-vel nacional. Além disso, a regiãoainda tem origem italiana e alemã,permitindo a exploração culturale gastronômica destas culturas”,concluiu o consultor Caio Calfat.PONTOS FRACOS - A consulto-

ria de Caio Calfat também apon-tou os pontos fracos que precisam

ser trabalhados pelo setor públicoe trade turístico de Pedra Azul e re-gião para que as Montanhas Capi-xabas possam se consolidar a ní-vel nacional como destino turístico.

Entre os fatores apontados es-tão: falta de um Plano Diretor, ar-ticulando municípios, governo es-tadual e empresários; falta de pos-tos de informação turística comestrutura adequada; acesso pre-cário; alguns restaurantes nãoabrem durante a semana; falta desinalização em geral e turística;baixa divulgação na mídia para oresto do país; falta de hotel ânco-ra para dar destaque ao destino.

“Estas deficiências são respon-sáveis pela baixa ocupação doshotéis hoje instalados na região e

pela curta permanência de seushóspedes, que chegam a encur-tar sua estadia ao constatarem afalta de opções de lazer organiza-do”, analisou Calfat.

Outro entrave apontado porCaio Calfat, que coloca Pedra Azulem desvantagem se comparada aoutros destinos de montanhas doBrasil como Campos do Jordão(SP) e Gramado (RS), é a falta deum aeroporto local e a precarie-dade do terminal aeroportuáriode Vitória. “A cidade ainda tempoucas unidades hoteleiras. Sãoapenas 469, ante 2623 em Grama-do e 1432 em Campos do Jordão.Entretanto, isso também pode in-dicar um potencial de crescimen-to”, concluiu.

Em seu documento, a Findes pro-pôs três desafios aos participantesdo Encontro. O primeiro deles é pro-mover melhorias em Pedra Azul emunicípios vizinhos, transforman-do a região em um destino turísticoconsolidado de Montanhas do Bra-sil para público seletivo, com abran-gência nacional e internacional,sendo referência em enologia, gas-tronomia e esportes de aventura.

O segundo desafio é consolidarVenda Nova do Imigrante e mu-nicípios vizinhos como CapitalNacional do Agroturismo. E o ter-ceiro é implementar a Rota Impe-rial nos 14 municípios capixabas:Cariacica, Castelo, Domingos Mar-tins, Conceição do Castelo, Ibati-ba, Iúna, Irupi, Ibitirama, MunizFreire, Santa Leopoldina, SantaMaria de Jetibá, Venda Nova doImigrante, Viana e Vitória.

A partir desses desafios, a Fede-ração sugeriu algumas diretrizesque são consideradas estratégicaspara alcançar estes objetivos:

■ Criar um pacto político para im-plementação de esforços conjun-tos em todos os seus níveis (fede-ral, estadual e municipal), lideradopelo Governo Estadual, incluindoa classe empresarial e demais seg-mentos organizados da sociedade,para atingir o objetivo proposto.■ Contratar consultoria especia-lizada para elaborar um amploPlano Estratégico, Tático, de Mar-keting e Operacional visando trans-formar Pedra Azul e entorno pró-ximo em um grande destino tu-rístico nacional de montanhas.■ Divulgar a região das monta-nhas, principalmente Pedra Azul,em nível regional, nacional e in-ternacional.■ Facilitar, humanizar, embelezare informar os acessos a Pedra Azule demais municípios.■ Prover caracterização (italianae alemã) da região, exemplo Vilada Pedra Azul, com elementos em-blemáticos como pintura direcio-nada das residências, arquitetura

italiana, luzes noturnas, fontes,pergolados, esculturas, etc..■ Transformar Pedra Azul e mu-nicípios vizinhos em destino tu-rístico de referência nacional e in-ternacional associado a enologia,gastronomia, degustações, restau-rantes e bares temáticos, e espor-tes de aventura.■ Oferecer mecanismos que per-mitam dotar Pedra Azul com ho-telaria adequada, em nível quali-tativo e quantitativo.■ Dotar Pedra Azul com um centrode cConvenções que permita à re-gião sediar grandes eventos corpo-rativos nacionais e internacionais.■ Dotar a região de pontos de atra-ção turística, através das iniciativasprivada e pública, que aumentemo período médio de permanênciade turistas e valor do ticket médio.■ Capacitar empresários e profis-sionais para atendimento adequa-do em destinos turísticos conso-lidados, com foco em mercado.■ Reavaliar e promover melhorias

no agroturismo da região de Ven-da Nova do Imigrante e municí-pios vizinhos.■ Estruturar a Rota Imperial nos14 municípios, uma parceria doInstituto Rota Imperial, InstitutoEstrada Real, Fiemg, Findes, Se-brae e governos estaduais de Mi-nas e Espírito Santo.■ Dotar os micro e pequenos em-presários locais com financiamen-to municipal, estadual e federal,a exemplo de outros destinos tu-rísticos bem sucedidos.■ Dotar a região de estrutura de co-municações e conectividade efi-cientes bem como de outros con-fortos tecnológicos observados nasgrandes concentrações urbanas.■ Prover a região de atrativos es-portivos como golfe, tênis, cami-nhada, equitação, cavalgada, es-calada e outros que são usuais emturismo seletivo de montanhas.■ Definir um ou mais estilos demúsica adequados para a regiãoe turismo seletivo.

Findes põe o foco no turismoDESENVOLVIMENTO❫❫❫❫ A ENTIDADE PATRONAL SE VOLTA PARA PROJETOS FORA DE SUA ÁREA DE ATUAÇÃO

Estudo constatou que apenas 15 municípios do Estado apresentam vocação para empreendimentos industriais

O consultor paulista, Caio Calfat, falou sobre o potencial econômico da regiãoLucas Izoton, presidente da Findes, comanda o novo esquema na área de turismo

Izoton diversifica as atividades daFederação das Indústrias

Consultor paulista ajuda a tocar o projeto

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15NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

Nem oposição nem continuidade

Processo eleitoral

Quem é

Projetos para a Findes

SUCESSÃO❫❫❫❫ ARISTÓTELES PASSOS COSTA NETO DISPUTA A PRESIDÊNCIA DA FINDES

O superintendente do Inocoop-ES pretende alterar alguns procedimentos de gestão e governança na entidade patronal

Aristóteles é terceiro vice-presidente da Findes e ex-presidente do Sinduscon-ES

Os empresários Ademar Bragatto e Marcos Guerra serãoentrevistados nas próximas edições deste jornal

“Não podemos falarnem em continuida-de nem em desman-che”. A frase é do su-

perintendente do Inocoop-ES, Aris-tóteles Passos Costa Neto, candi-dato à Presidência da Federação dasIndústrias do Estado do EspíritoSanto (Findes). Com esse posicio-namento, ele reafirma a convicçãode que não se pode falar em oposi-ção à atual diretoria, da qual faz par-te, mas deixa claro que pretende re-ver o modelo de gestão, que incluia governança do sistema.

Terceiro vice-presidente da Fin-des e ex-presidente do Sindicato daIndústria de Construção Civil (Sin-duscon), o engenheiro AristótelesPassos Costa Neto foi o primeiro alevar sua candidatura ao público.Desde o final deste ano, ele vemcosturando apoios entre os presi-dentes dos sindicatos que com-põem o sistema Findes. “O proces-so sucessório já era conhecido hátempos, mas somente no dia 14 deoutubro é que o presidente LucasIzoton reuniu os representantes detodos os sindicatos patronais paraapresentar os candidatos formal-mente”, informa ele.

A surpresa ocorreu com a desis-tência do empresário Américo Ma-deira, que, por ser do setor da cons-trução civil, o mesmo de Aristóte-les, desistiu de concorrer, transfe-rindo seu apoio para o colega deseu segmento empresarial. Aristó-teles comemora essa primeira vitó-ria. Os outros postulantes ao cargosão Ademar Bragatto, do setor debebidas, e Marcos Guerra, do ramode confecções.

“Nenhum de nós representa opo-sição, mas se eleito, vou rever algunsprocedimentos de gestão, a fim deadequá-los da melhor forma, visan-do a definição de planos de interio-rização da entidade”, explica Aristó-teles. Para ele, é necessário ampliar osprogramas de capacitação profissio-nal, para fortalecimento dos sindi-catos patronais do Estado.

“A Findes teve sua imagem res-gatada com muita competência pe-la atual administração. O futuro pre-sidente, junto com sua diretoria,deverá ser capaz e competente pa-ra manter essa imagem, fortaleceros relacionamentos institucionaisestabelecidos. E mais, deverá asse-gurar o estreitamento ainda maiorde todas essas relações e, em algunscasos, empenhar-se na administra-ção de arestas e solução de conflitosexistentes”.

O futuro presidente, com suaequipe, deverá reavaliar os proces-sos internos do Sistema Fin-des/Cindes, pois, apesar da boaavaliação da administração atual,alguns avanços ainda são neces-sários e melhorias podem ser im-plementadas.

“A Findes tem que ser parceira doEstado e não cúmplice. Somos par-ceiros em favor do desenvolvimen-to, dentro dos limites da ética e dospatamares técnicos”, afirma.

O processo eleitoral da Federação das Indústriasse desenvolve de forma democrática, com ampla par-ticipação de todos os representantes sindicais quecompõem o colégio eleitoral, formado por 31 sindi-catos. Por enquanto a campanha se desenvolve nosbastidores, pois somente em janeiro é que o registrodas candidaturas poderá ser formalizado.

A eleição ocorre em fevereiro com a escolha dopresidente, que após ser proclamado, terá um mêspara montar sua diretoria. Tradicionalmente, o pre-sidente eleito indica para cargos na diretoria aque-les que foram seus oponentes, vidando manter aunidade da entidade. Depois disso, vem a posse,em julho, quando é comemorado aniversário defundação da Findes.

Aristóteles PassosCosta Neto, 54 anos,nasceu em Vitória, égraduado em engenha-ria elétrica/eletrotécnicapela PUC, Rio de Janei-ro, pós graduado em ad-ministração de empre-sas, casado com a cirur-giã dentista Neuza Hele-na Queiroz Passos Cos-ta, três filhos. Atua des-de 1982 no Instituto deOrientação às Coopera-tivas Habitacionais noEspírito Santo Ltda(Inocoop-ES),que ad-ministra a estruturação

de negócios imobiliá-rios voltados para clas-se de média/baixa ren-da. A empresa atua atra-vés de projetos de coo-perativas habitacionais,incorporação imobiliá-ria e prestação de servi-ços à empreendedoresimobiliários. Começouna empresa como assis-tente da Diretoria Ad-ministrativa e Financei-ra em 1982, passando adiretor administrativo efinanceiro, diretor supe-rintendente a atualmen-te diretor presidente.

■ Definição de uma políti-ca clara e objetiva de forta-lecimento do associativis-mo e do desenvolvimentosindical com ações que per-mitam o crescimento e ofortalecimento econômico-financeiro dos Sindicatos;■ Definição de políticas decapacitação, estímulo e for-talecimento da pequena emédia indústria;■ Definição da política deinvestimentos com vistasà interiorização do desen-volvimento;■ Melhoria da comunica-ção interna e externa;■ Capacitação dos dirigen-tes voluntários, através deum programa estruturadode cursos. seminários, mis-

sões empresariais, visitastécnicas, etc., tanto no Bra-sil quanto no exterior;■ Definição do plano deinvestimentos em melho-rias de unidades e cons-trução de novas unidadesintegradas;■ Equacionamento docusteio das unidades exis-tentes e as futuras com oobjetivo de manter o equi-líbrio econômico-finan-ceiro das Entidades;■ Melhoria no formato degestão com definição domodelo de governança maisadequado ao sistema; ■ Permanente do quadrode colaboradores visando,inclusive a valorização fren-te ao mercado.

OS CONCORRENTES

■ Ademar BragattoAos 59 anos, é diretor superin-tendente da Refrigerantes Coroae primeiro diretor Administrativoda Findes, entre outras funçõesque exerce nesta entidade e emempresas privadas. Graduadoem Engenharia Mecânica pelaUfes, fez MBA em Gestão Em-presarial pela FGV/M.Murad. Ca-sado com Mariza Santos Bragat-to, tem três filhos.

■ Marcos GuerraNasceu em Colatina há 52 anos,casado com Giane Pancieri Guer-ra, dois filhos, é diretor presiden-te do grupo Guemar, do ramo deconfecções. Integra o Conselhode Representantes da Findes e ésuplente no Senado Federal, ten-do ocupado uma cadeira em duasocasiões. Marcou sua atuaçãopela defesa das micro, pequenase medias empresas brasileira.

FOTOS BRUNO DE MENEZES

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16 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES

OPINIÃO PÚBLICA Giulio Cesare [email protected]

Due diligence: diminuindo o risco dos investimentosNo universo empresarial do mun-

do globalizado, onde as investi-das sobre empresas são cada vez

mais freqüentes num mercado extre-mamente competitivo, vem preconi-zando a utilização de um mecanismocada vez mais frequente na mesa dosinvestidores, que se transfigura numafrase: “Due diligence", que significauma sucessão de atribuições, obriga-ções legais, relatórios e investigaçõesque tem o papel de nortear os inves-tidores no processo de aquisiçao deempresas ausentes de credenciais queinvocam credibilidade.

Tal procedimento tem como premis-sa, mapear previamente ativos e pas-sivos de natureza comercial (contra-tos), legal, tributária e previdenciária,e tem sido muito comum e emprega-do em casos de fusões e aquisições,reestruturações societárias, operaçõesfinanceiras complexas, processos deprivatização de empresas, entre outros.Objetiva reduzir e evitar riscos jurídicosem operações de compra de empresas(fusões e aquisições) ou investimen-tos, mediante levantamento de dadosquanto aos ambientes interno e exter-no, que subsidiem a condução de umnegócio, sua venda, compra ou obten-ção de fonte de crédito ou de capital.É um forte remédio jurídico nas açõespreventivas, e em auditorias quandohá pretensão de avaliar a situação atualde uma empresa especialmente no quese refere a provisionamento e conti-genciamento jurídico.

Preventivamente, a Due Diligence, éuma insubstituível ferramenta paragestão de Compliance, que se carac-teriza no ambiente institucional e cor-

porativo como um conjunto de disci-plinas para fazer cumprir as normaslegais e regulamentares, as políticas eas diretrizes estabelecidas para o negó-cio e para as atividades da instituiçaoou empresa, reduzindo os riscos jurí-dicos, bem como evitar, detectar e tra-tar qualquer desvio ou inconformida-de que possa ocorrer.

O nível geral de cautela no ambien-te de investimentos no momento, de-terminará ou não uma investigação dedue diligence que por por sua vez, po-de ser mais ou meno rigoroso. Não sequer dizer que a “Due Diligence” blin-dará os empreeendedores contra even-tuais falhas de disgnóstco, pois que,qualquer empresa independentemen-te de conceituação ou situação patri-monial, está sujeita à turbulências fa-ce à imprevisíbilidade do mercado, àefeitos da concorrência, ou contratem-pos técnicos.

Na prática, funciona da seguinte for-ma: Nos processos de fusões e aquisi-ções primeiramente deve ser observa-do a boa ordem dos registros contá-beis. A auditoria jurídica avaliará osaspectos legais das possíveis contin-gências existentes, especialmente da-quelas que possam ter efeitos “pós-operação”, preservando interesses dovendedor decorrentes de eventual de-fesa contra reclamações do compra-dor. Quanto aos seus efeitos, podemoscitar os vícios redibitórios previstos noart. 441 do Código Civil, pois o relató-rio de Due Diligence pode comprovarque o comprador tinha conhecimen-to da contingência à época da concre-tização do negócio e consequentemen-te lhe seria vedado alegar tal vício, vi-

sando o desfazimento do negócio oua redução proporcional.

A contraposição dos interesses podeeventualmente gerar conflitos e des-gastes no relacionamento, quando en-tão se recomenda antecipar-se ao iníciodos trabalhos com o firmamento decompromissos de confidencialidade.

Os principais itens a serem examina-dos serão os Aspectos Societários, Ve-rificação dos Atos Constitutivos, Aná-lise dos Livros Contábeis, Verificaçãoda Regularidade dos Registros e dosAtos Societários, e nas Cias. Abertas,a situação junto à CVM, Bolsa de Valo-res, Ofertas Pública de Ações e cum-primento dos Direitos dos AcionistasMinoritários

Passemos a discorrer sobre os as-pectos tributários, trabalhistas e pre-videnciários, onde hão que ser analisa-dos todos os processos administrati-vos e judiciais em que a instituição ouempresa esteja envolvida, bem comoverificar as suas rotinas fiscais e pre-videnciárias e situação junto à s Fa-zendas públicas Federal, Estadual eMunicipal, além, é claro, de identifi-car contingências e eventuais conse-quências que possam advir das alte-rações surgidas em virtude da opera-ção proposta, e por fim avaliar todosos processos trabalhistas, quantifican-do o potencial passivo.

Merecem atenção também as Rela-ções Contratuais, onde os contratos demaior relevância e aqueles firmadospela sociedade que tenham sua exe-cução em curso devem se detidamen-te examinados, observando-se não sóos processos judiciais que envolvemquestões atinentes às cláusulas con-

tratuais, mas principalmente as de ina-dimplemento no caso de alienação decontrole ou de outras operações.

No que concerne a Titulação dos BensAtivos, recomenda-se que se faça umaavaliação da regularidade documentaldos principais bens componentes doativo, com identificação dos ônus e gra-vames, tipificados como hipoteca, pe-nhora, servidões e alienações que re-caiam sobre os imóveis, incluindo-se aí,a identificação de contingências, ônus egravames que recaiam sobre os princi-pais bens móveis, após minuciosa aná-lise dos documentos de propriedade.

No campo Ambiental a Due Diligen-ce, opera-se ao verificar o passivo am-biental, quantificando-o, bem comoas práticas adotadas pela empresa, nãosomente em relação às licenças am-bientais, mas como também com re-lação aos processos judiciais e adminis-trativos de caráter ambiental.

Da mesma forma devem ser apre-ciadas as questões consumeristas,identificando contingências e efeitosde eventual prática irregular nas rela-ções de consumo, tendo-se em contaa real situação da relação entre a so-ciedade auditada e seus consumido-res e os competentes órgãos de defesado consumidor municipal e estadual,elaborando de forma efetiva um rela-tório analítico dos processos adminis-trativos e judiciais contra a empresa.

Por fim, caberá ao Relatório de DueDiligence descrever a situação das con-tingências e seus respectivos valores, deconteúdo e forma compreensíveis, cla-ros e objetivos, incluindo-se as ressal-vas aplicáveis quanto à origem, ao mo-do de obtenção e à abrangência da s

informações examinadas, que por cer-to influirão diretamente no grau decredibilidade do relatório. Deve aindaindicar os tipos de garantias a seremexigidas no contrato sob apreço, con-tendo declaração expressa do vende-dor obrigando-se a indenizar quais-quer danos decorrentes de falsidadeou inexatidão do fato declarado ou não,com previsão de reembolso e reduçãoproporcional do preço.

À época da realização da auditoriajurídica, se existirem contingências quenão sejam passíveis de quantificação,estas podem ser objetos de garantiasespecíficas, ao tempo que aquelasquantificáveis podem e devem ser de-duzidas do preço inicialmente fixado.

Conclui-se portanto, que objetiva-mente a Due Diligence é consideradauma Auditoria Legal que presta-se so-bretudo a examinar os riscos de umaoperação, sendo estes: Risco Mensu-rável (sucessão), Risco Emergente (des-consideração da pessoa jurídica): tri-butário, trabalhista, previdenciário, so-cietário, contratual, fundiário, ambien-tal, intangíveis, e o Risco Legal: tipose mitigações. A Due Diligence não es-tabelece uma norma padrão em seusprocedimentos, mas é mister reconhe-cer que as peculiaridades, as caracte-rísticas das partes envolvidas, o pro-pósito da operação ou do negócio, easpectos ligados particularmente a ca-da caso influirão decisivamente noprocesso de Due Diligence.

Giulio Cesare Imbroisi é advogado esócio do escritório Cardoso GuimarãesAdvogados Associados

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As empresas Tristão, consoli-dadas como um dos maio-res e mais tradicionais gru-pos nacionais do setor de ca-

fé, comemoram 75 anos, neste ano,incentivando a melhoria da quali-dade da produção no Espírito San-to. Através da Realcafé, que está en-tre as maiores torrefadoras do Bra-sil, o grupo promove este ano 10ªedição do Prêmio Cafuso/UCC pa-ra os Cafés das Montanhas do Es-pírito Santo, coordenado pela Coo-perativa dos Cafeicultores das Mon-tanhas do Espírito Santo (Pronova).

O trabalho é resultado de umaparceria com a torrefadora japone-sa Ueshima Coffee Company(UCC), o Instituto Capixaba de Pes-quisa, Assistência Técnica e Exten-são Rural (Incaper), a Secretaria deEstado da Agricultura, Abasteci-mento, Aquicultura e Pesca (Seag),o Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Sebrae)e o Banco de Desenvolvimento doEspírito Santo (Bandes).

Voltado para os produtores davariedade Arábica dos municípioslocalizados na região das monta-nhas do Estado, o prêmio visa a in-centivar a busca pela excelência na

produção, como meio mais eficazde conquistar novos mercados eatender a crescente demanda porcafés diferenciados. Para SérgioTristão, presidente da Realcafé, osconcursos estimulam uma mudan-ça de conceito na produção de ca-fé no Estado e levam os produtoreslocais a investirem em qualidade.

"Ao buscar a excelência e implan-tar melhorias nos procedimentos,o produtor agrega mais valor ao seucafé. Em alguns casos, o preço dasaca de propriedades participantesdos concursos chega a ser o dobroem relação às que não observam oscritérios de excelência para plantioe secagem dos grãos", destaca.

Segundo o empresário, os cafésde qualidade têm espaço nas pra-teleiras do mercado mundial. "Que-rem cada vez mais o bom café pro-duzido aqui. Esperamos ampliar aoferta desse tipo de café e ocuparcada vez mais espaço nesse merca-do", ressalta.

Tristão estima que a comercia-lização dos cafés finos ou de me-lhor qualidade represente em tor-no de 20% das exportações totais.Apesar de a fatia ainda ser peque-na, salientou que ela é bastante

considerável, tendo em vista quehá 10 anos o Brasil praticamentenão vendia esse tipo de produtono exterior. "A expectativa é que ademanda mundial cresça aindamais nos próximos anos em virtu-de das condições favoráveis que oPaís apresenta para ampliar a cul-tura de produtos de qualidade.Além disso, as tradicionais regiõesfornecedoras, como a AméricaCentral e a Colômbia, estão estag-nadas, contribuindo ainda mais aabertura do mercado para os nos-sos cafés", finaliza. O PRÊMIO - Com participantes

de 18 municípios do Estado, o 10ªPrêmio Cafuso/UCC das Monta-nhas do Espírito Santo será realiza-do em duas etapas: municipal e es-tadual. A primeira selecionará osmelhores lotes de cada município,através de análises sensoriais rea-lizadas em, no mínimo, duas roda-das. Para os municípios que tive-rem entre 10 e 30 amostras inscritas,o valor do prêmio é de R$ 3 mil pa-ra o primeiro, R$ 2 mil para o se-gundo e R$ 1 mil para o terceiro co-locado. Aos locais com mais de 31amostras competindo, a premiaçãoé de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil

para os primeiros, segundos e ter-ceiros lugares, respectivamente.Além disso, os quartos e quintos co-locados de cada município recebe-rão prêmio no valor de R$ 500.

No município onde não houvero número mínimo de nove amos-tras inscritas, somente o melhor lo-te selecionado disputará o grandeprêmio. Além da premiação em di-

nheiro, os cafeicultores terão ágiosobre o preço de seu produto e re-cebem certificado de qualidade.

Os campeões de cada região, re-velados na cerimônia de entrega nodia 27 de novembro, disputam a eta-pa estadual, que distribui R$ 20 milao primeiro colocado, R$15 mil aosegundo e R$ 10 mil ao terceiro.

Nas propriedades classificadaspara a etapa final é realizada umaavaliação técnica das questões só-cio-ambientais, que equivalem a20% da pontuação. Entre os crité-rios observados estão: rastreabili-dade, utilização de fertilizantes edefensivos, gestão do solo e dos re-síduos, procedimentos de colheitae pós-colheita, conservação domeio ambiente e saúde e seguran-ça do trabalhador. O resultado daanálise sensorial desenvolvido poruma comissão julgadora correspon-de aos outros 80% da avaliação.

O júri é composto por, no míni-mo, seis profissionais devidamentereconhecidos no mercado de cafésfinos e especiais. As empresas Real-café e UCC terão o direito de indicar,cada uma, um avaliador, cabendoos demais serem indicados pela co-missão organizadora.

Sérgio Tristão, presidente da Realca-fé, quer maior abertura de mercado

Incentivo à qualidade do caféEMPRESA❫❫❫❫ O OBJETIVO É MOTIVAR PRODUTORES DO ESPÍRITO SANTO

O grupo Tristão patrocina a 10ª edição do Prêmio Cafuso/UCC para o Café das Montanhas do Espírito Santo BRUNO DE MENEZES

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Primeira viaJornal Empresários - novembro de 2010

Cacá LimaO fotógrafo de eventos sociais e empre-sariais estreia a coluna “O clique do Ca-cá Lima” destacando personalidades devários setores da sociedade

COLUNA❫❫❫❫ PÁG. 7

NOITE❫❫❫❫ O MÚSICO HERÁCLITO FAZ A FESTA TODA QUINTA-FEIRA EM UM BAR NA PRAIA DO CANTO

Todas as quintas-feiras, umpúblico muito especial temcompromisso marcado,em Vitória, a partir das 20

horas, com o virtuosismo, a sen-sibilidade e a experiência do vio-lonista, guitarrista, cantor e com-positor capixaba Heráclito.

De voz e violão, formato tãoquerido aos brasileiros, marca-damente desde o surgimento dabossa-nova, ocorrido em finaisdos anos 50, esse músico autodi-data leva um público de gostorefinado ao Wunder Kaffee, naesquina da avenida Rio Brancocom a rua Chapot Presvot, naPraia do Canto.

Muitos desse frequentadoressequer imaginam que aquelejovem senhor de improváveis60 anos já está na música hánada menos que 40. Pois, caroleitor, acredite: esse instrumen-tista nascido no Parque Mos-coso recebeu seu primeiro ca-chê aos 14 anos de idade, to-cando, num trio (Heráclito, Ga-ribu e Paulinho Macaco), Bea-tles e Jovem Guarda.

Heráclito tocou em várias ban-das, a partir de 1965. Os Infer-nais, que tocavam o repertórioda Jovem Guarda, era formadapor Heráclito, Klinginho, Pauli-nho Macaco, Luiz Fernando, Na-ninho e Garibu. Depois veio abanda Chara 4 (Heráclito, Gari-bu, Paulinho Macaco e Délio).Com a Gemini V, foram quatroanos de bailes. Depois, já na dé-cada de 70, teve início sua car-reira solo. ECLÉTICO - Nesses 40 anos,

Heráclito conheceu o trabalhodos grandes ícones da músicabrasileira que iniciaram sua car-reira antes da metade do sécu-lo XX. Depois vieram a bossa-nova; os grandes nomes mun-diais do jazz e do blues; os Bea-tles e os Rolling Stones; a JovemGuarda; o rock progressivo e li-

sérgico; a ascensão da chama-da MPB; fenômenos como osNovos Baianos e Os Mutantes;a música dos artistas engajadosno combate à ditadura militar;o rock brasileiro dos anos 80; osertanejo; o breganejo; o hiphop; o forró de pé de serra; osertanejo universitário; a che-gada ao mercado, e todos osdesdobramentos, da chamadamúsica eletrônica.

Mesmo com tanta coisa paraser ouvida, o cantor não se des-cuida da música feita no esta-

do. Heráclito acredita que te-nha algo em torno de 90% daprodução fonográfica capixa-ba. No momento, está ouvindoMarcela Lobo e Kátia Rocha. Etem um projeto de montar umshow, com a cantora capixabaEliane Gonzaga, fazendo umareleitura da obra de um grandecompositor brasileiro. CD - Toda essa estrada tinha

de levá-lo ao disco. O CD queleva seu nome foi produzidocom recursos da Lei RubemBraga. Tem arranjos do próprioHeráclito, em parceria comWalton Jacaré. O repertório temcomposições de compositorescapixabas como TinaTironi(duas delas em parceria comHeráclito); Mário Ruy; RodrigoTristão; Oscar Gama; Edmun-do Guedes; Francisco Velasco;Carlos Papel e Cezar Itaborahy.

As harmonias das músicas pa-recem (só parecem) proposita-damente elaboradas para queHeráclito ali pudesse derramarsua sensibilidade e seu talento.O que, diga-se de passagem, ele

faz sem qualquer constrangi-mento. Com ele, no CD, estão,entre outros, instrumentistas daexpressão de um Raimundo Ma-chado (cavaquinho); um Mar-cos Modenese (teclados); umBruno Mangueira (violão).

Além disso, o sax (Sérgio Rou-ver); o trombone (Vanderlei Ro-cha); o clarinete (Marco Aurélio);o pandeiro (Jaci Temóteo); o sur-do (Gilson); a cuíca (Etienes), emais teclados (Sérgio Rogério Be-zerra [Roger]) juntam-se aos vo-cais de Cristiane Rocha & Gilmar-ques para garantir suingue, con-trapontos, contracantos e frasea-dos de finos gosto e estilo.

Toda essa estruturação or-namenta e enriquece a pistapor onde passeia a voz do can-tor Heráclito, num repertórioque contempla gêneros varia-dos e um cantar sempre afina-díssimo que convida às vezesao balanço, outras ao recolhi-mento e à reflexão. O violão,uma atração à parte, revela aemoção do instrumentista se-guro e experimentado.

A tranquilidade, que parece um forte tra-ço de Heráclito, se deixa abalar, quase im-perceptivelmente, quando ele fala da ale-gria de ter uma filha, a cantora Tamy, quehoje vive entre o Rio e Vitória, buscandoconsolidar sua carreira. Aí já não é o mú-sico experimentado, é o pai emocionado.

Satisfeito (“Olha o que o meu Neném trou-xe pra mim"), o artista mostra o CD da tri-lha sonora da novela “Viver a vida” da Re-de Globo, que traz a música “Vem ver’ deautoria de Tamy. A cantora capixaba apare-ce, ali, na companhia de nomes como Cae-tano Veloso, Lenine, Dianna Krall, entre ou-tros compositores.

Cantora já consagrada no Espírito Santo ecom um animador espaço já obtido no cená-rio nacional, Tamy tem, além do DNA de umvirtuose, a orientação segura do pai, um pro-fissional que, para usar um jargão do futebol,“conhece os atalhos do campo”.

“A vida foi tão boa para mim que me deuessa filha tão musical. Tamy canta bem, tocabem e sabe compor. E, fundamentalmente, éuma pessoa séria, digna, que trabalha muito,com os pés no chão, e se dedica à sua carrei-ra de modo muito profissional”.

Cantor e compositor, Heráclito tem um CD de sucesso e se alegra com o lançamento de sua filha como cantora

Um banquinho e um violão

O artista atrai um público fiel toda vez que se apresenta

De pai pra filha

SERVIÇO

Wunder Kaffee❯ENDEREÇO: Esquina da avenida RioBranco com a rua Chapot Presvot,Praia do Canto, Vitória-ES, todas asquintas-feiras.

CD❯HERÁCLITO: O CD tem arranjos deHeráclito e foi produzido com re-cursos da Lei Rubem Braga

BRUNO DE MENEZES

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2 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES Primeira via

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Primeira via 3NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

❯FONTES DE CÉLULAS-TRONCO: Sãoencontradas em todo o corpo humano.No entanto, as fontes mais utilizadas, emvirtude da grande disponibilidade, são asda medula óssea e do sangue do cordãoumbilical. Entretanto, as embrionáriastêm maior capacidade de diferenciação.

❯DOENÇAS PODEM SER TRATADASCOM A CÉLULA-TRONCO DO SANGUEDO CORDÃO: Leucemias, linfomas, mie-

loma, deficiências imunológicas, ane-mias, doenças do metabolismo, osteo-porose, entre outras que possam sertratadas através de transplante de me-dula. Estudos indicam, para o futuro, apossibilidade de cura de diabetes tipo 1,esclerose múltipla, lesões raquimedula-res, cerebrais, ósseas e articulares,doenças cardíacas (como insuficiên-cias, infarte e de Chagas), etc.

❯COMO É REALIZADA A COLETA: Du-rante a gestação uma enfermeira acom-panha a mãe até o momento do parto,que pode ser realizado em qualquermaternidade, e conduz a coleta do san-gue e seu encaminhamento ao bancopara processamento e armazenamen-to. Uma vez congelado o sangue ficaem tanque de nitrogênio líquido a tem-peraturas baixíssimas (-196ºC).

A vida preservada abaixo de zero

Processamento do material que será colocado em um recipiente de nitrogênio para conservação

BIOLOGIAMEDICINA❫❫❫❫ CONGELAMENTO DE CÉLULAS-TRONCO ENTRA NA PAUTA DE CASAIS NO PRÉ-NATAL

No Espírito Santo mil crianças já têm garantido o material congelado com a utilização de moderna tecnologia

Obebê ainda não chegou,mas os preparativos já sãomuitos: escolher a cor doquarto, ir a consultas, fazer

exames, preparar o enxoval, par-ticipar de cursos e... planejar o fu-turo. Essas são algumas ativida-des que fazem parte do dia a diade casais que estão à espera deseu pequeno (ou pequenos).

Quando engravidou dos gêmeosJoão Lucas e Maria Clara, hojecom oito meses, Graciella Pandol-fi Azeredo, 34 anos, incluiu umaoutra discussão nos preparativosde espera dos bebês: a criopreser-vação de células-tronco do cor-dão umbilical.

O tema poderia, há alguns anos,ser tratado apenas no plano daficção, mas passou a ser realida-de, entrando definitivamente nosdebates dos casais ‘grávidos’. “To-mamos a decisão de armazenaras células-tronco por conta doavanço da ciência e suas perspec-tivas para o futuro”, diz Graciella.

E muitos capixabas acreditamna eficácia futura das pesquisas.Tanto que no Espírito Santo estãoarmazenadas mais de mil amos-tras, de acordo com dados doCriobanco Medicina e Biotecno-logia, instituição de terapia celu-lar que mantém o único banco doserviço com sede no Estado.

ESTUDOS - Quando se fala emcélulas-tronco, a principal dúvidaque vêm à cabeça das pessoas é:“quando efetivamente os tratamen-tos estarão disponíveis?” Hoje, nomundo e no Brasil encontram-seem curso centenas pesquisas, nasmais distintas frentes. É fato que,em termos de tratamento, poucacoisa se concretizou, mas os avan-ços das terapias experimentais játrazem resultados animadores, co-mo no combate ao diabetes, à leu-cemia, à reabilitação motora e atémesmo na área estética.

Segundo o diretor técnico doCriobanco, o médico hematolo-gista Edgard de Barros Nascimen-to, são aproximadamente 20 milcasos no mundo de utilização decélulas-tronco de sangue de cor-dão umbilical em transplantes demedula óssea alogênicos, isto é,aqueles que usam material de umdoador compatível, para o trata-mento dessas doenças.SEGURANÇA - É dentro de um

tanque de aço, com isolamento tér-mico perfeito e não dependente deenergia elétrica para funcionar, queé armazenado todo material comcélulas-tronco embrionárias, cole-tadas durante o parto. Uma vezcongelado o sangue fica em tan-que de nitrogênio líquido, a tem-peraturas baixíssimas (-196ºC). Ascélulas não têm contato com o ni-trogênio, somente com o vapor,anulando o risco de contaminaçãodas amostras, que são monitora-das 24 horas por dia. A identificaçãoé feita com códigos de barra e a en-trada na sala onde ficam os tan-ques criogênicos é restrita e feitapor meio de leitura biométrica.

Com mais de 25 anos de histó-ria ligada à prestação de servi-ços de alta tecnologia, o Crio-banco Medicina e Biotecnolo-gia vem destacando-se no cená-rio local por agregar experiên-cia, técnica e empreendedoris-mo em terapia celular. Genui-namente capixaba, conceitua-se como uma das empresas pio-neiras no Brasil em processosque envolvam coleta, análise,processamento e armazenagemcelular, bem como aplicação ce-lular para fins terapêuticos. Alémde criopreservação de células-tronco de sangue de cordão um-bilical, presta os serviços de me-dicina transfusional (banco desangue), transplante de medu-la óssea, e, mais recentemente,

diagnóstico onco-hematológi-co. Esse último, pioneiro no país,visa à detecção precisa e rápidade leucemias, linfomas e outrasdoenças oncológicas do sangue,

por meio de técnicas de citome-tria de fluxo, citogenética e bio-logia molecular, diminuindoconsideravelmente o tempo dediagnóstico.

Por Ane Ramaldes

SERVIÇO

Criobanco Medicina e Biotecnologia❯SITE: www.criobanco.com.br ❯TELEFONE: 0800-88-20-000

SAIBA MAIS

Bolsa de células-tronco sendo preparada para congelamento

Graciella Pandolfi e Gean Bortot Azeredo e seus filhos

Pioneirismo é marca do projeto

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Ohistoriado Fernando Achia-mé lançou neste mês o li-vro Esquadro e Compassoem Vitória: Álbum da Loja

Maçônica União e Progresso, co-mo parte das comemorações dos138 anos da entidade, que desdea sua fundação, em 1872, abrigapersonalidades importantes parao desenvolvimento do EspíritoSanto. A solenidade de lançamen-to foi realizada em sessão públi-ca, na sede da Loja, na rua MunizFreire, na Cidade Alta.

Diz o autor: “Em todos os mo-mentos de sua movimentada e fe-liz existência a Loja reflete a vidacapixaba em geral, e a vitorienseem particular. O quadro de irmãosda entidade sempre é um micro-cosmo fiel do que acontece na so-ciedade envolvente. Os exemplospoderiam ser inúmeros, mas fi-quemos com uns poucos somen-te. Quando ainda existia o traba-lho escravo, tivemos aqui irmãosde diversas profissões unidos emtorno do ideário maçônico e dacausa da abolição”.

O livro retrata o período em queaumenta a presença de imigrantesalemães e italianos e de seus des-cendentes no Estado, quando a Lo-ja passa a possuí-los também en-tre seus membros, mesmo conti-nuando a ter participação de fa-zendeiros ligados à cafeicultura.Em período mais recente, no quala sociedade capixaba detém maioroferta de cursos de nível superior,também entre os irmãos vai exis-tir grande número de profissionaisliberais – advogados,médicos, en-genheiros, dentistas, economistas,administradores”.

O autor ressalta: “Como quasetodos os brasileiros, as primeirasreferências que tivemos sobre aMaçonaria foram nos bancos es-colares, quando estudávamos osepisódios que culminaram coma independência política do país.

Os livros didáticos de históriatambém se referiam à Maçona-ria quando abordavam os acon-tecimentos envolvendo a ques-tão religiosa, tratada como uma“contenda” entre o governo im-perial e alguns bispos que eram

contrários aos maçons. Posterior-mente, conhecemos algumaspessoas que pertenciam à ordemmaçônica e, a nosso sentir, eramexemplos de bons cidadãos, co-mo os professores Renato Pache-co, Alberto Stange Júnior, Cris-tiano Woelffel Fraga e LeandroNader, por sinal, todos eles mem-bros da União e Progresso”.

Sobre a história da loja, existetrabalho pioneiro realizado pormaçons, e que a ele se dedicoucom afinco e por longos anos – éo livro A Maçonaria no EspíritoSanto: Loja União e Progresso deChristiano Woelffel Fraga, publi-cado em 1995. Apesar de diversoserros tipográficos e de revisão, talobra é fruto de minuciosa pesqui-sa na documentação da oficina.

Fernando Achiamé afirma: “Épossível mesmo que não se tenhamais acesso a determinados do-cumentos originais consultadospelo pesquisador, pois ocorreramreformas no prédio e mudançasdo acervo arquivístico da Loja,que certamente extraviaram di-versos itens. Por tudo isso, suaobra se constitui em fonte princi-pal e referência constante do ál-bum lançado hoje”.

A sessão de lançamento foi pre-sidida pelo venerável da Loja, Flá-vio Julião. Durante a solenidadefoi homenageado o músico e ad-vogado Afonso Braga de AbreuMarques.

HISTÓRIA❫❫❫❫ O ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DE LOJA MAÇÔNICA É TEMA DE LIVRO

LITERATURA

“Esquadro e Compasso”A loja “União e Progresso” completa 138 anos de fundação, tendo entre seus membros personalidades de renome

O historiador Fernando Achiamé realizou uma profunda pesquisa sobre a história da loja “União e Progresso”, a mais antiga do Espírito Santo

A festa de lançamento do livro do escritor Fernando Achiamé foi muito prestigiada

4 Primeira via

SERVIÇO

Livro❯TÍTULO: Esquadro e Compasso em Vitó-ria - Álbum da Loja Maçônica União eProgresso.

❯AUTOR: Fernando Achiamé

FOTOS BRUNO DE MENEZES

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Desde quando escritoreslatino-americanos de lín-gua espanhola, os cha-mados hispanoamerica-

nos, são aceitos no cenário lite-rário internacional e respeita-dos o suficiente? A pergunta éoportuna, nestes tempos de glo-balização, notadamente quan-do o mundo comemora a vitó-ria do escritor peruano MárioVargas Llosa, 74 anos, premia-do com o Nobel de Literatura noúltimo dia 7 de outubro.

O prêmio foi criado em 1901 evencido pela primeira vez pelofrancês Silly Prudhomme (1839-1907). Ao todo, escritores de lín-gua espanhola venceram 12 edi-ções do Prêmio. Já foram agracia-dos cinco espanhóis, dois chile-nos, um colombiano, um mexi-cano, um guatemalteco e um pe-ruano. Fica mais fácil perceber aimportância desse prêmio quan-do se observa que a literatura lu-sófona, aquela produzida por es-critores falantes de língua portu-

guesa, tem apenas um, recebidopelo português José Saramago(1922-2010), em 1998.

Assim como tantos escritoresimportantes, no Brasil e no mun-do, Mario Vargas Llosa é tambémjornalista, além de ensaísta e pro-fessor. Entre suas obras mais co-nhecidas figuram “Pantaleão e asvisitadoras”, “A casa verde” e “Aguerra do fim do mundo”, roman-ce baseado na guerra brasileirade Canudos. Coberta pelo enge-nheiro e jornalista Euclides da Cu-nha, o que resultou no livro “Ossertões”, uma das mais significati-vas obras da literatura brasileira.

O trabalho de Cunha é conhe-cido e admirado por Llosa, hojecolunista do jornal “O Estado deSão Paulo”, que o utilizou comofonte de pesquisa para “A guerrado fim do mundo”. Entrevistadoapós a premiação, Llosa enfati-zou que três escritores brasileirosdeveriam ter sido premiados como Nobel: Euclides da Cunha, Gui-marães Rosa e Jorge Amado.

2010 marca o ano em que o es-critor peruano Mario Vargas Llo-sa conquistou o Prêmio Nobel deLiteratura. Ele se une aos chile-nos Gabriela Mistral (1945) e Pa-blo Neruda (1971), ao colombia-

no Gabriel García Márquez (1982),ao mexicano Octavio Paz (1990)e ao guatemalteco Miguel ÁngelAsturias (1967) na relação de au-tores latino-americanos laurea-dos com o prêmio.

VIDA LEVE Jane Mary de [email protected]

Certa vez, o escritor russoMaxim Gorky estava fazen-do uma palestra para uma

multidão de camponeses sobreos avanços da ciência e da tec-nologia. Todos estavam fascina-dos com o grande orador. “Nãoé maravilhoso – disse Gorky –que o homem tenha se desen-volvido a tal ponto que hoje sejacapaz de voar como um pássaroe nadar como um peixe?”

Foi então que um homem deaparência muito simples levan-tou a mão, pedindo a palavra: “Se-nhor – disse ele – é verdade tudoisso que estamos ouvindo. É real-mente espetacular ver o homemfazendo o que se espera dos pei-xes e dos pássaros, mas a minhapergunta é a seguinte: quando éque o homem será capaz de fazero que dele se espera e andar poresta terra em paz e com felicida-de?” Gorky ficou sem palavras.

Este é o grande dilema domundo atual. A internet colocouo mundo dentro da nossa casa,a ciência já faz até gente (!!!) emesmo assim a espécie huma-

na ainda não conseguiu alcan-çar a felicidade que deseja, con-tinua buscando sem parar.

É uma busca constante, umabusca desesperada. Uma buscapor algo que ninguém sabe o queé. Há um ímpeto profundo deprocurar, mas ninguém sabe oque está procurando... E o que épior: independente daquilo quea pessoa encontra, ela nunca sesente satisfeita, quer sempreaquilo que não tem.

Osho, o mestre indiano quetraduz de forma muito objetivaas inquietações humanas, diziaque existe um hiato no ser hu-mano, um buraco negro. Você jo-ga as coisas nele, e elas desapa-recem. É uma busca muito febril.A pessoa procura essa realizaçãono dinheiro, no poder, no pres-tígio, e às vezes em Deus, nabem-aventurança, no amor, nameditação, na oração - mas abusca continua. Parece que abusca é uma doença incurável.

O mestre pergunta: “Você já seperguntou o que está buscando?Se você não sabe o que está bus-

cando, como vai poder encontrar?Ouça bem uma coisa: a busca sóexiste quando você está adorme-cido: a busca só existe quando vo-cê está distraído com as coisas domundo material e completamen-te distante de si mesmo. O entor-pecimento cria a busca...”

É preciso entender que os nos-sos sentidos só nos convidam pa-ra a superfície da vida – os olhosestão sempre buscando o exterior,as pernas e os pés se lançam parafrente, os ouvidos buscam os ruí-dos externos. Tudo nos convidapara fora, mas o buscador estádentro – esse é o problema. A me-nos que a pessoa descubra quemela é, a busca prosseguirá cada vezmais sofrida e inútil.

Osho conclui: “Se você aindaestá buscando alguma coisa, vo-cê ainda é um homem do mun-do. Se toda a sua busca cessou evocê, de repente, se torna cien-te de que só existe uma coisa adescobrir - Quem é esse busca-dor dentro de mim? Quem soueu? - então, ocorre uma transfor-mação. Então você começa a se

mover para dentro de si... Entãoa vida começa a acontecer.”

Deus nunca criou um homempobre nem um homem infeliz.Todos nós somos parte Dele, queé pura perfeição. O que está acon-tecendo é que a grande maioriaestá olhando na direção errada...Por isso continuam perdidos emsuas buscas infinitas. Nada vai sa-tisfazê-los, porque nada pode serobtido no mundo exterior que secompare com o tesouro que car-regamos no coração. Só o silên-cio pode restabelecer a nossa co-nexão com o Divino. Só o silên-cio cessará a busca exterior e faráde nós um ser desperto, ilumina-do e mais feliz. De quisermos defato um mundo melhor, temosque começar a construí-lo den-tro de nossos corações, em nos-sas próprias casas. Nenhuma po-lítica pública será capaz de contera violência que nasce seguramen-te no seio da família. É no lar quese aprende a amar.

A propósito, você já disse hojepara o seu filho o quanto ele éimportante na sua vida? Você já

agradeceu aos seus pais por te-rem lhe dado a vida? Quando foia última vez que você disse ououviu de alguém um EU TEAMO? E o perdão, você o tempraticado com regularidade? Oseu bom dia vem acompanhadode um sorriso? E a gentileza, queespaço ocupa em sua vida? A vi-da já me ensinou que são essespequeninos cuidados que for-mam o alicerce da paz mundial.

Outro dia eu encontrei umquestionamento interessante nainternet: Todo mundo pensandoem deixar um planeta melhor pa-ra os nossos filhos... Quando é quevão pensar em fazer filhos melho-res para o nosso planeta? É por aí,a mudança que se pretende domundo precisa acontecer primei-ro dentro de cada um de nós.

Filhos melhores para o planeta

Jane Mary de Abreué jornalista, consultora deMarketing Político e Empresarial epalestrante motivacional, com focono Endomarketing, Descompressãode ambientes e Espiritualidade noTrabalho.

LIVROS

JORNALISMORICASENTREVISTASA conhecidajornalista reúneneste livroalgumas de suasmelhoresentrevistas,feitas ao longode mais de trinta anos de carreirana televisão. Personalidadescomo Carlos Drummond deAndrade, Maria Bethânia, TomJobim e Zélia Gattai fazem partedo livro. O charme e ainformalidade que fizeram doSem Censura um dos grandessucessos da televisão brasileira.

ADULTÉRIOROMANCEFAMOSONas bancas,integrando a sérieClássicos AbrilColeções, Madame Bovary, deGustave Flaubert, um dos maisbelos romances produzidos pelaliteratura francesa. O livro narra ahistória de Ema Bovary, esposa domédico Charles Bovary, umhomem fracassado e medíocreque desperta na mulher todos ossentimentos contrários àquilo quehavia idealizado na mocidade.Sua vida vira de cabeça pra baixocom o aparecimento de Rodolfo,fidalgo decaído que vive deaparências e com quem Ema viveum intenso caso de amor.

Vargas Llosa, o NobelHISTÓRIA❫❫ O ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DE LOJA MAÇÔNICA É TEMA DE LIVRO

O conhecido escritor latino-americano recebeu o prêmio neste ano pelo conjunto de sua obra

Vargas Llosa tem profunda admiração por escritores brasileiros

5VITÓRIA/ES NOVEMBRO DE 2010Primeira via

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6 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES Primeira via

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Menos impostos para as pes-soas jurídicas das áreas de fisio-terapia, laboratoriais, cirurgia gás-trica em geral, diagnósticos deimagem, radiologia, ortopedia,urologia, traumatologia, cirurgiade oftalmologia, cirurgia plástica,dentre outras que se enquadramno conceito de serviços hospita-lares. Quem assegura o benefícioé o advogado Murilo Bonacossade Carvalho, com base na lei9.249/95, que alterou a legislaçãodo Imposto de Renda (IR) daspessoas jurídicas, bem como a da contribuição social sobre olucro líquido (CSLL). Segundo ele, a lei deixa claro que as pes-soas jurídicas prestadoras de serviços hospitalares constituídasna forma de sociedade empresária e tributadas com base no lu-cro presumido, uma espécie de incentivo fiscal capaz de pro-mover grande redução da carga tributária. A quem interessar,os telefones de Murilo são (27) 3317 0027 e 9800-6449 e seu e-mailé [email protected].

Mordida menor

O grupo Camargo Corrêa, que sempre aparece no noticiário nacionalenvolvido em fraudes em licitações de obras públicas no país, ocupa o pri-meiro lugar no ranking das doações para políticos: este ano, as contri-buições do grupo a candidatos, comitês e diretórios nacionais totalizamR$ 79,1 milhões. No Espírito Santo, a empreiteira entrou com R$ 800 milpara a campanha do tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas. A Arcelor Mittal dis-tribuiu entre vários candidatos cotas de doações no valor de R$ 70 mil.

Também foi grande a elevação das doações da construtora OAS em2010. Na comparação com 2006, o valor de contribuições da empreitei-ra quase triplicou - saltou do total de R$ 11,9 milhão para R$ 34,3 milhões.O site do TSE informa ainda que a construtora Odebrecht também ele-vou o valor de suas doações. O montante de contribuições foi de R$ 7,8milhão, em 2006, para R$10,8 nas eleições deste ano.

Considerando que esse é o valor declarado, sem contar o caixa dois,pode-se constatar que é grande a generosidade.

Generosidade

Por ocasião do discurso da presidente eleita, Dilma Rousseff, nanoite do dia 31 de outubro, em Brasília, o senador Magno Malta dis-putou com petistas um lugar de destaque. Usando seu tradicionalmodelito, camisa preta com inscrição de sua campanha contra a pe-dofilia, e no pescoço um grosso cordão dourado, o senador MagnoMalta, fazendo cara de inteligente compenetrado, pousou atrás doombro direito da presidente eleita Dilma Rousseff tal qual um papa-gaio de pirata e de lá só saiu ao término do discurso quando tudo vol-tou ao normal.

LiquidaçãoOs jornais "chapas

brancas", aqueles que vi-vem quase que exclusiva-mente de verbas publici-tárias do Governo do Es-tado, penaram por causada Lei eleitoral, que im-pede a veiculação deanúncios nos três mesesque antecedem a eleição.Alguns da imprensa na-nica simplesmente deixa-ram de circular, mas hou-ve um jornalão que fez li-quidação: ofereceu espa-ço de 1/4 de página porR$ 500,00.

PartidãoA bolinha de papel que levou o can-

didato a presidente da república JoséSerra e ficar internado em um hospitalpar exames sofisticados (sic) foi suces-so no Youtube.

Acesse http://www.youtube.com/watch?v=sF39pz56-Sk para assistirao vídeo do Partido Alto da Bolinha dePapel, sucesso na voz de Tantinho daMangueira e Serginho Procópio.

Prêmio IEL-ESO programa de trainee do Gru-

po Prix, do empresário Fernan-do Manhães, conquistou o Prê-mio IEL-ES de Boas Práticas deEstágios 2010, na categoria Mi-cro e Pequena Empresa.

O primeiro lugar ficou com aestudante de Publicidade eProgaganda da Ufes MarianaCypriano, estagiária do progra-ma Caça-Talentos Prix, que re-cebeu um cheque de R$ 500,00,uma placa de homeagem e umcurso. Agora, ela se prepara pa-ra representar o Espírito Santonas etapas nacionais da pre-miação.

O prêmio visa valorizar es-tudantes e homenagear em-presas e instituições de ensi-no que contribuam para o cres-cimento dos processos de in-gresso do estudante no merca-do de trabalho.

Malibu é a estrela O diretor do grupo Líder

no Espírito Santo, José BrazNeto, exibe com orgulho onovo lançamento da GM, osedã Malibu, em exposiçãoem revendas que o grupomantém no Estado. O carro,fabricado nos Estados Uni-dos, esbanja comodidade dealto nível, com banco decouro muito confortável, es-paço interno amplo e umvolante bem posicionado,além de um motor altamen-te potente.

O ar que a população da Grande Vitória respira está mais peri-goso do que se pode pensar, em decorrência da poluição, que seencontra com níveis muito acima dos limites fixados pela Orga-nização Mundial da Saúde (OMS). Esse órgão divulgou em outu-bro um relatório com padrões de aplicação mundial para a po-luição do ar, justificando a iniciativa pela ligação, cada vez maiscomprovada, entre ar poluído e danos à saúde pública.

Uma das últimas análises, de agosto deste ano, considerou os ín-dices altamente prejudiciais à saúde. Foram analisados elemen-tos poluentes que diariamente são despejados no ar, principal-mente pelos fornos das siderúrgicas, comparando-se as concen-trações dos parâmetros bioindicadores na vegetação entre os bair-ros Enseada do Suá, Laranjeiras e Ibes, que possuem considerá-veis índices de poluição, e a reserva ecológica de Duas Bocas,considerada como região livre da carga de poluentes.

Ainda o parqueO início das obras de construção do parque florestal na área da se-

de da Petrobras, no Barro Vermelho, completa um ano de atraso. Em2009, a Prefeitura de Vitória assegurou que a construção seria inicia-da em novembro daquele ano, mas até agora nada de concreto foifeito. No dia 4 deste mês, a comissão de moradores que fiscaliza oandamento das obras esteve na Petrobras para conhecer pré-projetodo parque, mas o resultado não foi totalmente satisfatório. A comis-são entende que deve haver uma recuperação ecológica da área agre-dida e, por isso, defende um projeto no qual as construções de alve-narias sejam bastante reduzidas.

LucidezO cantor, compositor e es-

critor Chico Buarque de Ho-landa, na manifestação queos artistas fizeram a favor daentão candidatura da presi-dente eleita Dilma Rousseff,no Rio de Janeiro, mostrousua admiração pelo presiden-te Lula: “O Lula não afinou avoz com os Estados Unidos enão engrossou com a Bolíviae o Paraguai”. É isso aí, Chico.

A Vieira & Rosenberg Consul-tores Associados, do economis-ta Clóvis Vieira, completou 20anos no dia 26 de outubro. A da-ta foi comemorada com umevento especial, realizado noBristol Century Plaza, na aveni-da Dante Michelini. Foram ex-positores os também economis-tas Dirceu Rosenberg, sócio daempresa, e Thaís Marzola Zara,economista-chefe, ambos de SãoPaulo, José Luiz Niemeyer, cien-tista político, e Ana Paula Ves-covi, presidente do Instituto Jo-nes dos Santos Neves.

“Louro”

Aniversário

Carnes especiaisEnquanto o frigorífico Pa-

loma amplia instalações desua loja, localizada nas esqui-nas das ruas Aleixo Neto comElesbão Linhares, na Praia doCanto, o empresário EudesCecatto fecha a boutique decarnes de Cecatto, no Day byDay. Por enquanto o empre-sário investe na colocação dacarne de búfalo no mercadoda capital.

A carne é exótica, igual-mente o preço.

AposentadosO Superior Tribunal de Justiça (STJ)

decidiu que é indevida a cobrança deImposto de Renda sobre valores rece-bidos a título de complementação deaposentadoria e sobre o resgate efe-tuado quando da saída de entidade deprevidência privada.

Assim, tanto os aposentados quantoaqueles que se retiraram de planos deprevidência privada antes da aposenta-doria devem buscar a Justiça para reavero que foi descontado indevidamente atítulo de Imposto de Renda, tudo acres-cido de juros e correção monetária.

Ameaça que vem do ar

Pela primeira vez, Vitória vai receber do Ministério do Turismo o prêmio de melhor prá-tica em serviços e equipamentos turísticos. O evento será no dia 7 de dezembro, emBrasília, e é resultado da capacitação dada a profissionais do setor que participaram docurso "Excelência na Receptividade ao Turista", promovido pela Prefeitura de Vitória.

Turismo premiado

Faltou empenho do PT e dos parti-dos da base aliada no segundo turnoda eleição de Dilma Rousseff. O candi-dato Serra venceu no Espírito Santo.

Muralha

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Primeira via 7NOVEMBRO DE 2010VITÓRIA/ES

O CLIQUE DO CACÁ [email protected]

1 PALESTRA - O somme-lier campeão do mundo

Andreas Larsson, em noitede degustações para osconsumidores exigentes.

2 DENGO - Marcelo Dó-rea Lima com sua mãe

Hélia Dórea Lima.

3 AL MARE - Luísa RosaMeirelles

4 PARA POUCOS - JoséLuiz Kfuri sendo servido

pelo conde italiano Fran-cesco Cinzano, produtor devinhos de altíssima quali-dade.

5 GATAS - A aniversari-ante Victória Dórea

Lima (centro), com suasamigas Monique Vascon-celos e Katharina Benja-mim.

6 NA MODA - Carol Du-tra, Fabiana Cola e Li-

lian Brandão na entrega deprêmios da revista Hype.

7 IMOBILIÁRIOS - Jua-rez Soares, Diocélio

Grasseli e Luiz Carlos deMenezes, em recentelançamento na Praia doCanto.

8 BELAS - Ana LuizaBrandão e Fernanda

Godoi Pedrosa.

9 DIVA - Regina Dóreaem um click descontraí-

do em Domingos Martins.

10 SOCIAIS - DonatellaCoser e Gisela For-

nazier Neffa prestigiandoos três anos do Japa San.

11 JAPA - Denise e LuísGuilherme Gazinelli.

12 TURISMO - RenataRasseli comanda a

equipe de jornalistas espe-cializados em vinho no Pa-lácio Anchieta.

13 SIM - Letícia e Feli-pe Haddad após tro-

ca de alianças.

Texto e fotos: Cacá Lima

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8 NOVEMBRO DE 2010 VITÓRIA/ES Primeira via

Há mais de oito anos, a La-dies Room vem fazendo acabeça e os guarda-roupasdas fashionistas capixabas.

Revendedora de marcas comoCantão, Redley, Aquawear eChow, a multimarcas já passoupor diversas mudanças em suahistória. Para a proprietária Pris-cilla Faria, 32, a renovação é pri-mordial para quem quer perma-necer no mercado.

Seu primeiro endereço foi umapequena loja em um centro co-mercial de Jardim da Penha. Aidéia de abrir uma loja foi conse-qüência do curso de moda quePriscilla fazia na época na Uni-versidade de Vila Velha - UVV, quecoincidiu com um bom momen-to financeiro. Segundo ela, “a pro-posta inicial era abrir uma mul-timarcas, ganhar espaço no mer-cado e aos poucos ir criando etestando a aceitação de peças atéter minha própria marca”. Com otempo, o lado “empresária” faloumais alto e ela descobriu que po-deria imprimir o seu estilo mes-mo no mercado de multimarcas.

Em 2003, surgiu a oportunida-de de transferir a loja para a Praiado Canto, na disputada Rua Cha-pot Presvot. Embora o espaço ain-da fosse pequeno, representavapara a Ladies Room um grandepasso. Para Priscilla, “a mudançafoi tão positiva que logo investi-mos em uma loja maior, que alémde proporcionar mais espaço parao estoque e o setor administrativo,nos permitia brincar com a arqui-tetura, adequando o espaço às nos-sas crescentes necessidades”.

E as reformas são mesmo cons-tantes na Ladies Room. A últimaaconteceu em outubro: foram ins-talados novos provadores e a ex-tensão do mezanino, cujo objeti-vo é abrigar promoções especiais,e encontros entre clientes e for-madores de opinião, entre outroseventos. “A aproximação dos con-sumidores é um dos ingredientesdo sucesso da empreitada. Issonos faz estar mais por dentro domercado, do que a mulher capi-

xaba está precisando e saber quaissão os desejos dessas mulheres”,comenta Priscilla.

Pensando no consumidor atual,a loja pegou carona na onda mul-timídia e criou espaços em redessociais para divulgar a marca einformar sobre as novidades. “Emtempos de microblogs e comuni-dades digitais, as coisas têm acon-tecido com uma velocidade in-crível no segmento de moda. Porisso, nada mais natural que apro-veitar essas plataformas comomeio de divulgação também”,pontua a empresária. A LadiesRoom, além de estar presente noOrkut, no Facebook e no Twitter,criou um blog para informar asclientes e leitoras sobre todas asnovidades da loja. “É uma trocade informações, na verdade. En-

quanto lemos o diário virtual deuma cliente, podemos identificarquais são seus hábitos de consu-mo e transformá-los em produ-to. Ao mesmo tempo em que po-demos publicar em nosso blogsobre uma nova tendência ou pe-ça que chegou à loja e tornar es-sa peça um objeto de desejo denossas leitoras.”TENDÊNCIAS - Para Priscilla

Faria, uma das maiores dificul-dades de investir em uma multi-marcas é conseguir compor umbom mix de produtos que aten-da ao mercado local e, ao mesmotempo, se diferencie dele. “Nossomaior desafio foi encontrar mar-cas que tivessem qualidade, pre-ços competitivos e ainda fossemobjetos de desejo. Hoje, temos ex-celentes parceiros, marcas fortes

e já queridas das capixabas. Masa busca por novidades é constan-te – e tem que ser para qualquerum que busque o sucesso.”

Atualmente, a Ladies Roomconta com quatro marcas, todascariocas – Redley e Cantão, dasquais a loja é a maior revende-dora na capital, Acquawear eChow. Para a empresária, a mo-da carioca reflete melhor o esti-lo de vestir da capixaba, com ascores vibrantes, tecidos leves emodelagens fluidas. “Acreditoque as meninas de Vitória têmtudo a ver com as meninas doRio. Essa tranqüilidade, leveza,um jeito quase praiano. A capi-xaba é cosmopolita, mas não per-de o apreço por nossas belezasnaturais, de forma que a modavem para compor esse cenário,principalmente nas coleções deprimavera-verão”, diz.

A loja dispõe de peças quecompõem desde um look para odia-a-dia até produções mais ela-boradas, para uma reunião emfamília, ou até um evento maisformal. Além disso, bolsas, san-dálias, sapatos e acessórios fa-zem parte do mix da LadiesRoom durante todo o ano. “Anossa consumidora tem cada vezmenos tempo para dedicar-se asi. E é por isso que precisamosreunir tudo o que ela precisa emum só lugar. Se uma cliente pre-cisa sair da loja com um lookpronto, hoje ela tem essa possi-bilidade”, completa.

MODA

Ladies Room brilha nomercado de multimarcas

O estilo despojado e o atendimento descontraído são marcas da loja

A troca de informação garante uma renovação permanente

COMÉRCIO❫❫❫❫ NA PRESTIGIADA RUA CHAPOT PRESVOT, A LOJA É SUCESSO

ENTREVISTA

A forma de interagir com os clientes é estratégia da loja para manter-se na liderança

SERVIÇO

Ladies Room❯ENDEREÇO: Rua Chapot Presvot, 333,loja 2, Praia do Canto, Vitória-ES

❯TELEFONE: (27) 3324.4932❯SITE: ladiesroomblog.wordpress.com

Quais foram os primeiros pas-sos para a abertura da loja?

Fizemos uma pesquisa aprofun-dada de marcas que não eram ven-didas em Vitória para nos destacar-mos pela inovação. Investimos tam-bém em uma assessoria contábil deconfiança, o que foi primordial pa-ra o projeto sair do papel.

Na sua opinião, o que um esta-belecimento comercial precisafazer para ser bem sucedido nosdias de hoje?

Não subestimar a concorrência,consolidar parcerias com fornece-dores, estar sempre atento às nuan-ces do mercado. Temos tambémque valorizar as plataformas mul-timídia. O que é tendência hoje,amanhã já ganhou as ruas, e empouco tempo satura o cliente maisávido por informação e novidades.É preciso acompanhar e participardesses canais sem menosprezar suaforça nos hábitos de consumo.

A Ladies Room está há 8 anosno mercado. O que mudou duran-te esse tempo?

Tudo! O foco da moda mudou deSão Paulo para o Rio de Janeiro eisso fez muita diferença no merca-do capixaba. As roupas mais ade-quadas ao nosso dia-a-dia e ao gos-to das consumidoras de Vitória, avariedade de opções e preços maisacessíveis aumentaram a compe-titividade. A Ladies Room acom-panhou essas mudanças e amadu-receu.

Você já deve ter visto lojas abri-rem e fecharem com pouco tem-po de mercado. Qual você acre-dita ser o maior erro nesses in-vestimentos?

Acreditar que teriam retorno rá-pido do investimento e que existeglamour além das passarelas e ca-pas de revista de moda. A rotina deuma loja é tão difícil quanto o dequalquer empresa.

A loja acaba de ser reformada.Você já pensa em um próximopasso para expandir os negócios?

Claro, estamos cheias de idéiaspara aproveitar o novo espaço domezanino e buscando novas par-cerias. Mas o que vem por aí aindaé segredo.

Por Bianca DallaBRUNO DE MENEZES

BRUNO DE MENEZES

MANOELLA MARIANO

Priscilla Faria