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Depois de ver suas famílias e o seu país devastados por um terremoto, haitianos pagaram em dólar para emigrar ao Brasil. No Acre, onde a solidariedade cruzou com a sorte, superaram uma enchente e foram selecionados por uma empresa de origem caxiense, com sede em Feliz. Agora oferecem trabalho em troca de uma chance de resgatar o que sobrou do Haiti

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EM MÍDIASMÓVEIS, NÓS SOMOS O GIGANTE POR AQUI. Seu celular pode ser uma grande fonte de notícias locais. Baixe grátis o aplicativo O CAxIENSE para Android.

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A polêmica Paulo Porto no campo grená

Trabalho, a riqueza que resta para quem perdeu quase tudo

Como dificultar a vida do ladrão

Estatísticas divertidas de um naufrágio bem-sucedido

A ressaca de quem perdeu a carteira de motorista

Quando Ary Toledo perde a graça

Um mestre do judôprocura sucessores

Ovo de Páscoa vira ingrediente

Encontro com a morte

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3029Fotos: 10: Divulgação/O Caxiense. 12 e 17: Maurício Concatto/O Caxiense.

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Uma polêmica verde nas mãos de Pepe

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Produzir O CAXIENSE – imagine que envolve desde o embrião de uma ideia de pauta até a impressão ou publicação digital – é um exercício constante de equilíbrio. Busca que começa desde a nossa estreia. Nascemos com versão impressa uma vez por semana, atentos ao que se discute so-bre o futuro da mídia impressa no mundo e atendendo à necessidade de aprofunda-mento da informação, e versão diária na internet, respeitando a particularidade do meio que exige que a notícia seja publica-da de forma imediata. Cada plataforma, impressa ou eletrônica (site, smartphones, tablets, redes sociais), recebe um trata-mento diferente em O CAXIENSE. Por exemplo, o conteúdo da revista que você tem em mãos não está online. Aqui você lê um conteúdo exclusivo e editado ao longo de uma semana ou mais. No site www.ocaxiense.com.br, neste momento, é possível encontrar informações novas sobre a cidade. Aliás, somos sempre locais, outra tendência mundial do jornalismo, seja impresso ou digital.

Fiz essa introdução para que se visualize a edição 124 como uma amostra desta busca pelo equilíbrio. Enquanto o site é atualizado com informações em primei-ra mão, de forma ágil e multimídia, este exemplar segue a receita mais tradicional do jornalismo: contar boas histórias de pessoas comuns. O repórter Gabriel Izido-ro narra o caminho nada fácil percorrido

por um grupo de haitianos para traba-lhar na empresa Hidrojet, originalmente caxiense, mas com fábrica em Feliz. Suas ferramentas foram caneta, bloco de papel e sensibilidade jornalística. O resultado do trabalho de apuração e do ainda mais árduo trabalho de escrever você lê nas 5 páginas da reportagem acompanhada por fotografias de Maurício Concatto. A própria produção da nossa capa foi uma busca pelo equilíbrio. Como somos revis-ta, procuramos resumir de forma criativa o assunto principal da edição em uma só foto. Em raras ocasiões, inclusive na época do formato jornal, utilizamos retratos. A edição 124 é um destes momentos em que abandonamos a foto produzida, que já es-tava pronta, para privilegiarmos os rostos das pessoas sobre as quais tratamos, outra receita do jornalismo tradicional.

Equilibramos também nossas forças a partir de agora. Os jornalistas Jaisson Valim e Marcelo Aramis são os editores-chefes do site e revista, respectivamente. E que nossa força consiga interferir na so-ciedade de forma positiva, função do bom jornalismo. Se você leu a reportagem e se comoveu, ajude. O grupo de haitianos pre-cisa de roupas de inverno e sapatos para aquecer o corpo e livros para alimentar a alma. Para doar, entre em contato comigo pelo e-mail [email protected].

Paula Sperb, diretora de Redação

DIGA!Função social do jornalismo | PlataFormas imPressa e digital | Boa e velha rePortagem

DIRECAO

Diretor Executivo - Publisher

Felipe BoffDiretora de Redacao

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editor-chefe | site

Jaisson Valim

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

SubeditoraCarol De Barba

Fabiana SeferinGabriel IzidoroRafael MachadoRobin Siteneski

Dimas Dal RossoGesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

FOTO DE CAPAMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) [email protected]

Edição 87 | Fotos: Reprodução/O Caxiense

Edição 50 | Edição 17 |

AS POSIÇÕES dE

SARTORI

Julho | 2011|S30 |d31 |S1º |t2 |Q3 |Q4 |S5

Ano ii

R$ 2,50

87

Apesar do dólar, exportação

caxiense cresce 51,5%

Roberto HunOff

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nse A voz

caxiense de Stallone,

Chuck Norris e Steven Seagal

Clubesentregam as

joias para não fechar as portas

faccioni, 70 anos de articulação

e política

A favor do aumento do número de vereadores

“A representatividade política fica ampliada”

“Todo mundo conhece a Lurdinha.

não foi uma coisa desonesta”

“não caberia uma atitude bairrista nesse

processo”

“Tem que ter renovação, mudança.

Oito anos são o suficiente”

RenatoHEnRICHS

Generalizações no debate sobre

a ampliação de vereadores

Em defesa da presidente da fAS, que contratou serviços

da empresa do filho

A favor de que a extensão da ufRGS seja regional,

e não só em Caxias

Por que não concorreria de novo em 2012, mesmo se pudesse

Caxias do Sul, novembro de 2010 | Ano I, Edição 50 | R$ 2,50|S13 |D14 |S15 |T16 |Q17 |Q18 |S19

CAPINA QUÍMICAUsado na surdina há 3 meses, o glifosato será testado como substituto das roçadeiras

Campanhas: quem pagou a conta das eleições | Renato Henrichs: mudanças à vista na prefeitura | Roberto Hunoff: balanços confirmam cenário azul na indústria | Golfe: o esporte quer ganhar terreno

Pressão da sociedade motiva o Ministério Público a retomar uma cobrança que não deveria ser necessária: que todos os médicos da rede municipal – obrigados pela Justiça a encerrar a greve – cumpram seu horário

CANSAMOS DE ESPERAR

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QUADRO NEGRO

O colégio que luta contra uma conta terrível:

57% de reprovação no ensino médio

Renato Henrichs fala da expectativa pelo balanço da Festa da Uva | Roberto Hunoff conta que as mulheres de Caxias trabalham mais | Um refúgio culinário perto de Galópolis | Como anda a discussão do transporte coletivo

Caxias do Sul, março de 2010 | Ano I, Edição 17 | R$ 2,50 Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.|S27 |D28 |S29 |T30 |Q31|Q1° |S2

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Expulsos da região na metade do século XIX para dar lugar aos imigrantes, os índios Kaingang também foram apagados da memória

A HISTÓRIAQUE NÃO SE CONTA

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Este é um índice que, quan-to mais cair, mais os caxienses agradecerão: o número de assaltos na cidade. De janeiro a março de 2012, Caxias do Sul registrou 487 ocorrências, uma redução de 24% em rela-ção ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, não se pode relaxar nas medidas de prevenção.

Dentre as estatísticas, o que mais chama a atenção são os ataques a pedestres, principalmente à noite. Nos 3 primeiros meses deste ano, foram 240 – 147 a menos que o mesmo trimestre em 2011. O número representa um caso para cada dois policiais milita-res atuando nas ruas de Caxias (o efetivo, hoje, é de 480 PMs). Por isso, com a ajuda do major Jorge Émerson Ribas, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar de Caxias do Sul, O CAXIENSE preparou um guia dos principais erros que tornam os caxienses alvos fáceis dos ladrões.

Segundo Ribas, os ladrões agem quando o momento lhes é propício. “A vítima é escolhida muito mais pela circunstância que facilita a ação do delinquente do que propriamente pelo sexo ou pela idade”, explica. O major cita como exemplo as mulhe-res e um de seus acessórios preferidos, as bolsas, que des-pertam a cobiça dos ladrões. Os homens são maioria entre as vítimas de roubos a veículo à noite, já que também são o maior número de motoristas dirigindo sozinhos nesses horários.

Ao lado, veja o que fazer para tentar fi car de fora dessas estatísticas.

CASA VAzIAO pai faz a manutenção do carro, a mãe

confere as roupas da família nas malas e as crianças escolhem meticulosamente os brinquedos que vão levar no porta-malas. A família, no entanto, está tão entusiasma-da com a viagem de fi nal de semana que, ao partir, esquece de pequenos detalhes que fazem a diferença para que a casa não aparente estar abandonada. Segundo Ribas, além de ser importante que as residências tenham alarmes e cercas eletrônicas, tam-bém é aconselhável pedir para um parente ou vizinho de confi ança abrir as janelas durante o dia, recolher o jornal e checar a caixa de correspondência.

O SOM DA SEGURANÇAMochila nas costas, tênis da moda e fone

de ouvido – do celular ou iPod – em volume tão alto que dá até para esquecer do mundo.

Parabéns, hipster moderninho, você é um alvo que está na moda entre os bandidos. Absorto na música, se tentarem te assaltar, ou você será pego de surpresa ou nem notará que alguém

mexeu na sua mochila. A sugestão é que o pedestre redobre a atenção enquan-to estiver ouvindo música e faça isso, de preferência, num volume em que pos-

sa ouvir o que acontece ao seu redor.

TECNOLOGIA DO DINHEIROEm dia de pagamento, a maioria dos

assalariados que corre para os caixas eletrô-nicos sacar o dinheiro disponível na conta

bancária também pode facilmente virar alvo de ladrões. Conforme Ribas, a chamada saidinha de banco não é algo frequente em Caxias, mas ele recomenda às pessoas que deixem de transitar pelas ruas com grandes quantias de papel dinheiro e prefi ram pagar

as contas e fazer compras com o cartão de crédito ou cheque. Hoje, a maior parte do comércio – desde o mercadinho da esquina até a loja de roupas do shopping – conta com as maquininhas de cartão no caixa.

ExPOSIÇÃO EM ExCESSOVocê trabalhou anos para comprar o carro

do ano, zero quilômetro, em uma concessio-nária. Usou todas as economias para equipar o veículo com os acessórios mais badalados do mercado automobilístico. Tem compu-tador de bordo, GPS e até DVD. Ah, é claro, você também não desgruda do notebook e do celular – estrategicamente posicionados no banco do carona. No entanto, bastam alguns minutos do veículo estacionado em um local pouco movimentado para um la-drão quebrar o vidro e roubar os aparelhos. “Pode ser que o ladrão nem queria assaltar, mas ao ver a facilidade em levar os objetos, acaba decidindo pelo crime”, explica Ribas.

BASTIDORESPiadas do temPo do arY | um talento À Procura de outros | ovos de PÁscoa na Panela

Dicas para evitar a ocasião que faz o ladrão

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-12%

Voltaremoslogo!

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Aos 74 anos e com mais de 50 anos de carreira, Ary Toledo faz humor ameno e segue divertindo crianças e adultos. Eclé tico, segundo ele mesmo, o humo-rista que sabe fazer piada com todos os temas, “desde os mais safadinhos aos que fazem o ouvinte rir e refletir”, diz, passa por Caxias na quarta (18) e na quinta (19), com a turnê do espe-táculo Ary Toledo a Todo Vapor, em cartaz no Teatro São Carlos. Paulista de Martinópolis, Ary foi preso durante a Ditadura Militar pela piada “Quem não tem cão, caça com gato e quem não tem gato, caça com ato”, uma crítica ao Ato Institucional n° 5 – que dava poderes quase absolutos ao regime militar. Em entrevista à revista O CAXIENSE, Ary revela por que acredita que até o humor tem limite.

O que te faz rir na televisão nos dias de hoje?

Eu gosto muito da variedade de programas de humor veiculados na televisão no Brasil. Todos eles são bons e qualquer tipo de humor é bem-vindo, até mesmo aqueles que cutucam as pes-soas. Os humoristas estão indo embora, perdemos o grande Chico Anysio dias atrás e é preciso que venha gente nova, afinal, se não aparecerem novos humo-ristas, de que os nossos netos vão rir?

O que te deixa sem graça?É a falta de limite no humor. Cada

humorista sabe até onde pode chegar e onde tem que parar.

Sua esposa (a atriz e produtora mu-sical Marly Marley) tem mais espaço na mídia do que o senhor. Não se sente enciumado?

Imagine... Esse ciúme artístico com a gente não existe. Pode existir com outros casais da mídia, mas com a gente não.

Por quanto tempo o senhor passou preso no regime militar?

Fui preso 4 vezes, e devo ter ficado no máximo uns 3 dias preso.

O que o senhor fez para ser liberta-do tão rápido?

Os militares gostavam muito dos humoristas que estavam presos. Eles pe-diam esclarecimentos sobre os fatos que aconteciam naquela época. E, às vezes, rolava uma piadinha.

O humor no teatro é melhor que o humor na televisão?

Sem dúvida. O humor no teatro é mais liberal, tem uma outra conotação e acaba tendo um público diferente, um público que escolheu ver o teu show.

Suas piadas sujas já foram mais acei-tas pelo público, inclusive na televisão. Estamos mais moralistas ou o pala-vrão perdeu a graça?

O público mudou, mas as piadas não. Elas continuam as mesmas e são dife-rentes quanto ao seu público. Não existe piada com palavrão na televisão, até porque os produtores chegam e dizem “ó, cuidado com a língua”.

O humorista Rafinha Bastos perdeu o emprego, após uma piada no pro-grama Custe o Que Custar, da Band. O senhor perde a piada para não perder o emprego?

Prefiro perder a piada. Na televisão existe o falar demais e acabar falando bobagem. Hoje, não sou exclusivo de nenhuma emissora, faço pequenas aparições nos canais e não quero ser escravizado. Prefiro fazer meus shows pelo país.

Com um repertório de 65 mil piadas, por que o senhor repete as mesmas?

Não é uma questão de repetir, o públi-co que prefere essas piadas. Nos shows, normalmente as mais pedidas são as de políticos, as de sacanagem e as de sogra. É o perfil do brasileiro, que gosta de piadas engraçadas e que falam verdades.

Ary Toledo, um piadista sincero

Ary Toledo | Div./O Caxiense

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CAMPUS

A doutoranda em Relações In-ternacionais, Mariana Corbellini vai palestrar na aula inaugural do curso de Relações Internacionais com o tema As operações da paz na ONU: o caso Haiti. A aula ocorre na quarta-feira (18), às 19:30, no auditório da instituição. Os alunos podem se inscrever através do Por-tal Acadêmico e o público em geral mediante inscrições pelo telefone 3022-8600 ou pelo e-mail [email protected].

Como aula inaugural, na próxi-ma segunda (16), às 19:30, o curso de Design da Faculdade América Latina terá o palestrante e fundador da DziDesign, Paulo Dziobczenski, com o tema Gestão do Design. O evento é gratuito e aberto à comu-nidade Inscrições pelo fone 3022-8600 ou pelo e-mail [email protected]. Os estu-dantes da instituição devem se ins-crever pelo Portal Acadêmico.

Relações Internacionais

Design na América Latina

FACULDADE AMÉRICA LATINA: MARE-CHAL FLORIANO, 889. 3022-8600

BOAGENTE

Ippon, Wazari, Yoko e Koka. As palavras es-tranhas fazem parte da rotina de Miguel Au-gusto Kuse, de 28 anos, que escolheu o pouco popular judô como projeto de vida. Inspirado pelo pai, professor, mestre e ídolo, Miguel ini-ciou no esporte aos 3 anos. Chegou ao pódio pela primeira vez aos 8 anos, no Campeona-to Estadual. Depois conquistou o penta no Campeonato Brasileiro de Judô, em diversas categorias. No seu acervo, Miguel, que já é pós-graduado em Educação Física, guarda cerca de 15 medalhas conquistadas em competições nacionais. Em 2005, largou a prática para trei-nar cerca de 150 atletas, a partir de 5 anos, no Recreio da Juventude. A dedicação resultou em uma convocação para compôr a comissão técnica das categorias de base no Rio Grande do Sul, junto com Giovani Cruz. Os dois vão atuar na Serra Gaúcha, junto com outros 6 técnicos pelo Estado, para fortalecer o esporte entre adolescentes. “Hoje, o judô está melhor que nos outros anos. Temos o campeão mun-dial João Derly e a judoca Mayra Aguiar como grandes referências, que são gaúchos e treinam em Porto Alegre”, conta Miguel. Segundo ele, o trabalho como técnico ajuda a identificar no-vos talentos, a nova meta de Miguel.

Um formador de campeões

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Outros destinos para os ovos de Páscoa

Cheesecake de ChocolateTriture 100g de bolacha Maria e acrescente uma colher de manteiga. Pressione a massa

em uma forma de fundo removível. Leve para a geladeira até que ela esteja firme. Faça uma calda com uma xícara de açúcar e 80ml de água. Bata 6 gemas e junte à calda. Bata até esfriar. Derreta 150g de chocolate em banho-maria e reserve. Junte 400g de bolacha salgada com as gemas, o chocolate derretido e 300g de chantilly e, por último, 12g de gelatina sem sabor. Coloque na forma e leve à geladeira.

Trufa de Maracujá Aqueça, sem ferver, 280g de creme de leite, 20g de glicose de milho e 100 gramas de

manteiga. Acrescente 100ml de suco de maracujá concentrado, com 500g de chocolate branco picado. Misture. Deixe na geladeira por 12 horas. Faça bolinhas com a massa e banhe-as em 300g de chocolate meio amargo derretido.

Mousse de Chocolate Meio AmargoAqueça 150g de creme de leite. Acrescente chocolate

picado e mexa até derreter. Faça uma calda com uma xícara de açúcar e 30ml de água. Adicione duas claras batidas em neve. Bata 4 gemas com duas co-lheres de sopa de açúcar, 30ml de rum e duas colheres de água fria. Cozinhe

em banho-maria e mexa sempre. Após esfriar, misture ao primeiro creme, des-peje em um recipiente e leve à geladeira.

Pêssego Recheado ao ChocolateCorte 10 pêssegos pela me-tade. Retire o caroço, alargue

levemente a cavidade com um boleador e pique a polpa retirada. Coloque os pêssegos em uma assadeira untada com manteiga. Triture 200g de bolacha de amêndoas e separe. Derreta 150g de chocolate amargo 70% cacau. Pique 200g de manteiga em pedacinhos e adicione a metade do chocolate derre-tido, 150g de açúcar, as bolachas, 25ml de rum e a polpa do pêssego. Misture tudo. Recheie as metades do pêssego com o composto obtido e feche cada pedaço com uma bolacha inteira. Sobre a bolacha, coloque um pedacinho de manteiga. Asse os pêssegos a 150°C até que estejam macios e levemente murchos.

Semifreddo de ChocolateDerreta ½ xícara de chocolate meio amargo. Reserve. Em outra tigela, junte 3 ovos, duas

gemas e ½ xícara de açúcar. Coloque a tigela em banho-maria e mexa por cerca de 5 minutos. Retire do fogo e bata na batedeira por mais 5 minutos. Junte 250g de chocolate meio amargo picado e derretido. Bata 400g creme de leite. Misture tudo e leve ao congelador por 5 horas.

Não há paixão pelo chocolate ou gula que supere uma cesta de Páscoa transbor-dante. A revista O CAXIENSE mostra em 5 receitas como aproveitar a genero-sidade do Coelho sem enjoar do chocolate. Quem preparou as receitas foram os chefs Mauro Cingolani e Ruth Caron, da Escola de Gastronomia da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

TOP5

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O diretor executivo da Pro-lar Imóveis, Fernando Gon-çalves dos Reis (foto), assume

na próxima semana a Diretoria de Relaciona-mentos da Associação B r a s i l e i r a do Mercado Imobiliário. Terá o papel de trabalhar com entida-des de clas-se, governos

e imobiliárias para defender os interesses do segmento – e dos clientes.

A posse ocorre em Florianó-polis.

O Banrisul seguiu o exemplo dos bancos estatais nacionais e decidiu reduzir as taxas de juro. No cheque especial, caíram de 3,22% para 0,84% por mês, con-

forme anúncio esta semana. É um percentual mais condi-

zente com a realidade de um país que registrou em março uma in-flação na casa dos 0,20%.

O polo metalúrgico gaúcho tem a chance de ganhar um refor-ço. Fabricante de caminhões leves e pick-ups, a chinesa Yunlihong anunciou o interesse em erguer uma unidade no Estado.

Mesmo que não consiga tra-

zer a indústria para seu territó-rio, Caxias ainda tem a ganhar com uma eventual confirmação – como no caso da fabricante de elevadores da Hyundai, que pre-feriu São Leopoldo, mas angariou fornecedores caxienses.

A solidariedade combina com o sucesso. O Homens na Cozi-nha, que reúne 160 cozinhei-ros, espera 1,6 mil participan-tes neste sábado (14), lotando o Pavilhão 2 da Festa da Uva.

Os recursos com a venda dos in-gressos serão revertidos para en-tidades assistenciais de Caxias do Sul, por meio da Fundação Ca-xias. Só no ano passado, 18 ins-tituições receberam R$ 134 mil.

Polêmica no campo

Tarso imita Tarso

Definição progressista

Recompensa pela abnegação

Prestígio nacional

Sigam-me os bons!

Sucesso solidário

Oportunidade para Caxias

O governador Tarso Genro vai re-petir iniciativa que tomou como mi-nistro da Educação em 2004 e lançar na próxima semana a versão gaúcha do Prouni, que oferece bolsas para estudantes pobres em universidades particulares.

Apesar de a preocupação do gover-nador se centrar na formação de mão de obra qualificada para a indústria, o que significaria atenção especial à Serra, as perspectivas são modestas. Até 2014, em todo o Estado, o Prouni estadual terá 250 vagas.

O PP se encaminha para tomar uma decisão neste sábado sobre as alianças à eleição para prefeito.

Apesar de ter flertado com o PT quando o pré-candidato era Pepe Vargas, será difícil entender qual-quer medida que não seja apoiar o candidato governista Alceu Bar-bosa Velho. Ainda mais depois de o prefeito José Ivo Sartori manter, mesmo com a reforma na prefeitu-ra, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico nas mãos do partido, com o ex-deputado Valmir Susin (foto).

Mal assumiu o cargo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, já precisou entrar em contato com um tema explosivo da área.

Dias atrás, o ministro se sentou com a presidente Dilma Rousseff para discutir ajustes no Código Flo-restal. O tema divide pequenos agri-cultores e ambientalistas, dois grupos que costumam se identificar com o PT.

Em nome da unidade par-tidária, o vereador Marcos Daneluz desistiu esta semana de disputar a pré-candidatura do PT com a deputada Marisa Formolo.

Mas a abnegação poderá ser recompensada com uma

eventual vitória petista. A conquista da prefeitura exi-giria que a candidata deixasse a Assembleia, aproximan-do Daneluz da cadeira de deputado.

O vereador é suplente na bancada petista.

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O OURO NEGRO DO HAITI

A Hidrojet, empresa caxiense que surgiu como fabricante de equipamentos para garimpo, foi encontrar riqueza embaixo d’água nos

confins da Amazônia. E trouxe para Feliz

por Gabriel Izidoro

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brasileiras dependentes das trocas com os vizinhos depauperados e inibe os in-vestimentos em si mesmas – particular-mente em infraestrutura de alimentação e alojamento. Do lado peruano, fica um oceano amazônico que já engoliu algu-mas centenas de aventureiros, curiosos, mercenários e desesperados que sub-mergiram mata adentro embriagados pela ambição de encontrar a lendária cidade-irmã de Machu Picchu. Os incas acreditavam que a selva manteria seu úl-timo refúgio sagrado a salvo dos avanços do homem branco. De fato, se o homem branco tivesse uma visão do alto, talvez, de um satélite, saberia que Brasiléia fica a cerca de 800 quilômetros de Cusco – a antiga capital do império Inca. Mas o homem branco não sabia disso.

E sabiam menos ainda os homens ne-gros que venceram o suplício daquele mar verde para desembarcar num in-ferno de água. Emigrados do Haiti por atravessadores que cobram de US$ 3 mil (o pacote econômico) a US$ 5 mil (uma suposta versão luxo) para trazê-los da República Dominicana, via Panamá e Equador, até cruzar o Peru de ônibus, eles também não sabiam o tamanho do equívoco que estavam cometendo ao ir para Brasiléia.

A cidade de 21.398 habitantes, segun-do o censo 2010 do IBGE, fica a 220 qui-lômetros da capital acreana, Rio Branco, e a 66 quilômetros da mesma Xapuri que deu Chico Mendes ao mundo. Xa-puri também é o nome de um dos rios que cortam Brasiléia. O outro é o Acre. Quando chove muito, eles sobem. E so-bem. E sobem. E não param mais de su-bir, como no final de fevereiro de 2012, quando 95% da cidade ficou inundada.

Brasiléia, ainda de acordo com o IBGE, tem um PIB per capita de R$ 9.634,34 anuais. E um Índice de Desenvolvimen-to Humano (IDH) de 0,669, conforme o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Algo para-lelo a Ilhas Fiji e Turcomenistão, os 87º e 86º lugares de uma lista de 169 países. O analfabetismo atinge 18,1% da popu-lação de 15 anos ou mais e o índice de pobreza de 32,09% – ambos dados do IBGE/2010 – é um dos mais baixos do Acre. Ainda assim, para quem vem do Haiti, parece um resort.

Motivo pelo qual a estudante de medi-cina Kenia Bellange, de 20 anos, aliviada por finalmente chegar ao Brasil depois de jornada tão angustiante, estava mais interessada em providenciar um trato para os cabelos e aliviar a fiscalização pesada do irmão Lyonel Cadet, estu-dante de engenharia civil, 4 anos mais velho. Kenia, cuja única família restante é Lyonel e outro irmão que ficou retido no Peru, sabia exatamente o que havia deixado para trás.

O Haiti tem um IDH de 0,404. Para saber como funciona este parâmetro, é muito simples. Quanto mais próximo de 1, mais próximo da Noruega. Quan-to mais próximo do zero absoluto, mais próximo do Zimbábue. O Brasil tem 0,699, é o 73º da lista. O Haiti, com seu PIB per capita de aproximadamente R$ 1.296 anuais e analfabetismo em 47,1% da população de 15 anos ou mais, ocupa a 145ª posição do ranking. Kenia, por-tanto e racionalmente, não tinha razão alguma para se preocupar mais com a chuva em Brasiléia do que com o cabelo castigado pela viagem e o irmão super-protetor.

O que Kenia, Lyonel e milhares de hai-tianos que se refugiaram na cidade des-de novembro não sabiam é que Brasiléia está na lista do Ministério da Saúde entre os municípios com maior percentual de domicílios com criadouros de mosquito transmissor da dengue em todo Acre. Eles também não sabiam é que os mé-dicos dos postos de saúde de Brasiléia, além de escassos, não têm CRM porque se formaram na Bolívia ou em Cuba. O que eles descobririam em poucos dias é que Brasiléia havia se tornado uma con-junção de calor, umidade e gente com sistema imunológico debilitado pela má alimentação empilhada até em banhei-ros públicos. Em um hotel com lugar para 100 pessoas, havia cerca de 800, dormindo pelos corredores e sanitários. E havia ainda algo que viera na triste e pesada bagagem que muitos trouxeram do único país das Américas que teve a independência proclamada por uma re-belião de escravos. Muitos, ignorando o fato ou não, chegaram soropositivos ou portadores de hepatite.

Talvez o casal de irmãos e outros 8 imigrantes que logo a seguir teriam as vidas cruzadas estivessem pensando nisso – talvez, não – quando, sem obri-gação alguma, começaram a ajudar os moradores de Brasiléia a desobstruir uma rua consumida pela enchente. Por aquela rua estava passando a coorde-nadora de Recursos Humanos Lourdes Bellerini, que tinha menos de 24 horas para recrutar 10 novos funcionários no meio do caos.

Na semana anterior, a coordenadora financeira Michele Ruschel assistira pela TV a uma reportagem sobre a corren-

Brasiléia fica no Acre, mais ou menos na esquina de Peru e Bolívia. Do lado da se-gunda, faz fronteira seca com Cobija. Forma uma área de livre comércio nunca re-gulamentada, sujeita a tudo aquilo que qualquer um que já tenha pisado em Livra-mento, Chuí, Jaguarão e Aceguá conhece bem. O câmbio anabolizado torna as cidades

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“Não havia mais valas onde colocar

os cadáveres. Havia tantos

corpos espalhados pelas ruas que estava ficando difícil respirar.

Estávamos nos su-focando de

mortos”, conta o professor Barozy

Laguerre, que deixou a mulher e

o filho no Haiti

te migratória de haitianos no extremo oeste do Acre. Ficou fascinada pelo as-sunto, pelo que entendia ser a chance de ajudar seres humanos em desespero. Pesquisou mais na internet. Descobriu a burocracia exigida pelo Ministério do Trabalho – que ela não sabia, mas logo iria mudar. Com o argumento pronto, Michele abordou o chefe, Roberto Ris-si – diretor geral da Hidrojet, empresa de origem caxiense com sede instalada em Feliz (está em processo de fusão com a Microinox). “Pode ser uma boa alter-nativa para reduzirmos a rotatividade.” Rissi empolgou-se com a ideia. “Se esse pessoal estiver a fim de trabalhar, vamos trazê-los!” Só havia um empecilho. Mi-chele descobrira que a contratação dos haitianos no Acre era coordenada pela Pastoral do Imigrante, mas não tinha nenhum contato da religiosa encarrega-da da tarefa. “Só sei que se chama Rosita Milesi”, comentou com o diretor. Rissi sacou o celular do bolso, procurou na lista de contatos e virou a tela para Mi-chele: “Essa aqui? É minha tia.” Michele ofereceu-se para encarar a viagem. Já era familiarizada com a região do Xingu, não haveria maiores problemas. Con-tudo, Rissi ponderou que ela precisaria ficar para providenciar o assentamento dos novos moradores de Feliz. Missão que, se ela soubesse o quão difícil seria, teria preferido caminhar até o Acre. Ra-pidamente foi acionada a coordenadora de RH. Lourdes Bellerini – não exata-mente uma adepta das aventuras por sendas do agreste ou igarapés. Ela iria viajar a Brasiléia.

No dia 12 de janeiro de 2010, um ter-remoto destruiu o que restava do Haiti – cuja economia, na avaliação dos pró-prios migrantes, já fora dilapidada por uma sucessão de péssimos administra-dores e divisões políticas entre Legisla-tivo e Executivo. O sismo matou cerca de 250 mil pessoas e deixou 1 milhão de desabrigados. É um número fácil de se estimar em Caxias do Sul. Pegue todos os seus familiares, multiplique por dois e ponha-os no olho da rua cuspindo po-eira de escombros e dando graças por estar vivo. Quanto à sobrevivência, ali-ás, seria uma posição a se rever, poucos meses depois. A epidemia de cólera que eclodiu na segunda quinzena de outubro do mesmo ano infectou mais de 520 mil pessoas e matou outras 7 mil. Até ago-ra. Ao terremoto e à cólera se seguiram fome e sede. A maior parte das fontes de água ficou contaminada. E a comida acabou. Também porque não havia bra-ços suficientes para cultivar coisa algu-ma. Também porque faltou terra.

O professor de literatura Barozy La-guerre é metódico, cuidadoso e previ-dente como raros são os seres humanos dos seus 28 anos, completados no últi-mo 10 de março. Embora ele compre-enda quase perfeitamente o português, conversar com Barozy requer paciência. Como todos os bons professores, ele não consegue resistir ao impulso de escolher minuciosamente cada palavra do que vai dizer. Ainda mais em idioma estran-geiro. Foi com calma, lentidão e todas as palavras bem escolhidas que Barozy quase sussurrou por que faltava terra no

O grupo de haitianos, alojados na sua nova e espaçosa casa, e a coordenadora financeira da Hidrojet, Michele Ruschel |Maurício Concatto/O Caxiense

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Haiti quando decidiu sair de lá, dei-xando para trás uma linda mulher de 24 anos chamada Novembre Bidelie e o filho Jered-Lubensartre, de um ano: “Não havia mais valas onde co-locar os cadáveres”. Barozy criterio-samente escolheu dizer “valas” e não “covas”. E disse mais. “Havia tantos corpos espalhados pelas ruas que es-tava ficando difícil respirar. Estáva-mos nos sufocando de mortos.”

O professor, então, percebeu que as estatísticas estavam contra sua permanência ao lado de Novembre e Jered. “Primeiro falei com Deus, porque o respeito. Não havia alter-nativa. Não havia mais nada. Minha família me olhava e eu não tinha nada. Fiz isso para salvá-los. Para conseguir mandar algum dinheiro.” Barozy juntou a pequena fortuna do atravessador, fotos da mulher e do fi-lho, uma Bíblia, e veio para Brasiléia.

Enquanto Lourdes Bellerini deslocava-se para Brasiléia, Michele Ruschel tentava alugar uma mora-dia para 10 haitianos desconheci-dos. Imobiliárias de Feliz, Alto Feliz e Bom Princípio foram contatadas. Subitamente, a especulação imobili-ária atingiu níveis estratosféricos na região.

“Desculpe, não temos nada dis-ponível no momento”, ouviu a co-ordenadora financeira da Hidrojet, repetitivamente. Michele perdeu a paciência. Começou a perturbar os políticos da cidade. Primeiro, al-guns vereadores. Depois, o prefeito. Finalmente, conseguiu uma espaço-sa casa de dois pisos em alvenaria, às margens da ERS-452, ao lado de uma igreja, quase na saída para Alto Feliz. Neste momento, os haitianos já haviam sido despachados do Acre de ônibus. Lourdes e Michele, com a ajuda de outros funcionários da empresa, haviam descoberto uma improvável linha Rio Branco-Porto Alegre. Os motoristas foram per-suadidos a colaborar com a guarda dos imigrantes nos 4 dias de viagem pelo país. “Conhecemos Rondônia, Cuiabá, Campo Grande, Cascavel... Cascavelllllll...”, relaciona Mac Ar-thur Jean Baptiste, 25 anos, o “filho adotivo” do professor Barozy, deli-ciando-se com o som do nome da

cidade paranaense no seu sotaque afrancesado.

A dois dias do desembarque, en-tretanto, Michele foi informada de que a casa não seria desocupada dentro do prazo. Os haitianos ter-minariam 4 dias de ônibus sem ter onde dormir ou tomar uma ducha. Foi então que o Xingu voltou à baila. “Um rapaz da empresa lembrou do seminário de Bom Princípio. Quan-do cheguei lá para explicar a situa-ção, descobrimos que os religiosos são da mesma ordem de um tio meu, que é padre no Xingu. Aí, eles nos abriram as portas na hora.” No dia 5 de março, quando os haitianos de-sembarcaram da van que fora buscá-los na Capital, o seminário recebia um encontro de jovens catequistas da região. Gente com IDH bem pró-ximo ao da Noruega.

“Eles começaram a chorar e abra-çar os haitianos. Para mim foi a rea-lização de um sonho. Não tem o que pague ver e sentir a alegria dessas pessoas. Nunca vou apagar da minha cabeça a imagem deles descendo da van depois de 4 dias na estrada e nos agradecendo. Este mês ficará mar-cado na minha vida”, conta Michele, desde então “madrinha” instituída pelos novos funcionários da fundi-ção da Hidrojet, em Feliz.

Era dia 1º de março quando a co-ordenadora de Recursos Humanos Lourdes Bellerini, circulando com os pés embarrados por Brasiléia, descobriu que a burocracia do Mi-nistério do Trabalho para contrata-ção dos haitianos estava mudando – para uma versão mais rigorosa. Consequência de aliciamentos para trabalho escravo em fazendas das re-giões Norte e Centro-Oeste do país. A partir de agora, os migrantes só poderiam deixar a cidade com regis-tro firmado na Carteira de Trabalho. E, naquele momento, a Delegacia Regional do Trabalho estava debai-xo d’água. Para complicar um pouco mais a situação, Lourdes deveria em-barcar de volta para o interior gaú-cho no dia seguinte.

Se não havia sequer como passar por uma rua obstruída pela enchen-te, como é que alguém, mesmo ela, tarimbada na seleção de funcioná-

Marc Dumesle |Maurício Concatto/O Caxiense

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rios, iria se atrever a imaginar um pro-cesso de recrutamento de 10 pessoas dentro da mínima formalidade? Pois, justamente porque a rua estava obstru-ída, entrou na linha de visão de Lour-des um grupo de haitianos que ajudava os moradores da cidade a liberar a via, enquanto outros apenas assistiam. E, dirigindo-se ao agente da Pastoral da Imigração que a acompanhava, concluiu aquela que talvez tenha sido a dinâmica de grupo mais rápida e mais importante de sua vida. “Damião”, disse ela ao rapaz, “por favor, eu gostaria de conversar com aquela turma que está trabalhando”. E assim, tratou de providenciar um jeito de trazer Manes Roger, Barozy Laguer-re, Lyonel Cadet, Kenia Bellange, Mac Arthur Jean Baptiste, Marc Dumesle, Jackson Delice, Patrick Petitmeillard, Rodney Izidoro e James Pierre para Fe-liz. Uma cidade de 12.359 habitantes, PIB per capita de R$ 15.264,55 anuais, índice de pobreza de 15,95% e analfabe-tismo acima dos 15 anos em 1% da po-pulação. O IDH é de 0,839. Na faixa de Eslovênia e República Checa, entre 29º e 28º lugares no ranking do PNUD.

O grupo comprou passagens de ôni-bus com a ajuda da empresa e só foi re-gistrado ao chegar na sede da Hidrojet. Estão contratados sob dissídio sindical, ganhando o mesmo que qualquer outro funcionário do setor com o mesmo tem-po de empresa, e inclusive com plano de saúde.

O primeiro pagamento do grupo foi convertido em celulares e créditos para matar a saudade dos que ficaram no Haiti. Que é o destino de outra (e maior) parcela do dinheiro. Jackson, Patrick e James estavam cumprindo o turno no horário da entrevista à revista O CAXIENSE. Rodney, um despachado músico, já havia arrumado uma viagem para visitar alguém em Joinville. Manes e Marc falam pouquíssimo. São alguns dos mais velhos do grupo e deixaram família no Haiti. Fizeram questão de tomar a caneta e escrever o nome das crianças numa folha: Roger Schalanes, de 9 anos, e Asmide, de 7, no caso de Manes, que, num esforço de português, balbuciou “meu menino, minha meni-na” e acrescentou a mulher, Anise. Marc rabiscou o nome dos filhos: Benjamim, de dois anos, e Ruberson, de 5. Manes e Marc pouco sorriem.

Barozy, o professor de literatura, gostaria de ter um dicionário bilíngue francês-português. E mais livros do que sua Bíblia e seu Novo Testamento. So-nha em voltar a dar aulas, agora de fran-cês, para os brasileiros. “Quero crescer, quero fazer o que sei, para trazer minha família para cá. Isso é o que me mantém vivo.”

Mac Arthur, o “filho adotivo” de Ba-rozy, que se rebatizou de Marcos – para facilitar a vida dos colegas de empresa ao chamá-lo –, horrorizou-se ao saber que um Fusca em boas condições di-

ficilmente sai por menos de R$ 5 mil, mas segue interessado. Claro que adora futebol.

Kenia, a única mulher da casa, ga-nhou uma suíte particular. Gostaria que o irmão largasse um pouco do seu pé e também de experimentar alguns dos cosméticos que vê as amigas brasileiras usarem em profusão.

Lyonel, o estudante de engenharia ci-vil de 24 anos, também sente falta dos li-vros e está ansioso por achar uma forma de concluir o curso. Ao falar, esbanja o que só pode ser uma fluência inata para línguas, fazendo-se entender em portu-guês e espanhol com facilidade. E abre um sorriso de orelha a orelha para falar da lida na fundição. “O Brasil é o país mais hospitaleiro do mundo. Todo dia alguém nos traz alguma coisa. Fomos bem recebidos pelos colegas de empre-sa. É a primeira vez que vejo algo assim. Eu já havia errado muito na escolha dos lugares para viver. Aqui, finalmente, me sinto em casa.”

Todos, definitivamente, precisarão de roupas e calçados adequados para su-portar o inverno.

Quando é saudado com buzinadas e braços para fora das janelas dos carros, ao circular pelas ruas ou na frente da casa, o grupo retribui com simpatia des-concertante. A simples certeza de não ser tolo por alimentar-se de esperança durante tanto tempo pode fazer alguém viver feliz.

Kenia Bellange |Maurício Concatto/O Caxiense

Barozy Laguerre |Maurício Concatto/O Caxiense

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UM DIA DE RESSACA E ATÉ 900 DIAS DE DOR DE CABEÇADesde o início do ano, 256 motoristas foram detidos nas blitze da Operação Força-Tarefa. Por exceder o limite de 0,33 mg de álcool por litro de ar expelido, eles aguardam de 6 a 18 meses pela sentença que julga a suspensão da carteira. Ainda estão sujeitos a um castigo de um ano sem dirigir

por Fabiana Seferin

Maurício Concatto/O Caxiense

Depois de uma semana de trabalho ao volante, José, de 43 anos, saiu para descontrair. Às 18:00 de um sábado ele pegou o carro para ir a um bar no Centro de Caxias. Encontro de amigos. Já eram 22:30 quando ele decidiu vol-tar para casa, depois de ter bebido duas garrafas de cerveja. Mas, como diria Drummond, havia uma pedra no meio do caminho. E o destino de José, cujas retinas nem estavam tão fatigadas quan-to as do poeta, não teve poesia alguma. Na rua Coronel Camisão, José colidiu com outro veículo. Perdeu aquela e muitas outras noites de sono.

O acidente não provocou lesões, ape-nas danos materiais aos veículos. Mas a Brigada Militar foi chamada e José foi submetido ao teste do bafômetro: 0,22 mg de álcool por litro de ar expelido, apontou a implacável maquininha de desequilibrar até quem acha que bebeu pouco. Eram 0,8 miligramas acima do permitido pela Lei Seca em vigor na

época. Agora, em parâmetros exatos como o temível aparelho, não se tole-ra nem 0,1 mg (os injustiçados podem pedir para fazer bochechos com água e refazer o teste 20 minutos depois, tem-po suficiente para eliminar o álcool do bombom de licor e do antisséptico bu-cal). O motorista não foi preso. O teor alcoólico detectado não configura cri-me – seria preciso 0,34, mais uma gar-rafa. Ainda assim, a imprudência custou caro. Ele pagou uma multa de R$ 957 e enfrentou um processo de um ano que resultou na suspensão do seu direito de dirigir. E agora, José? Ficou a pé...

José, cujo nome nesta reportagem serve para fazer rima e proteger a iden-tidade do motorista, também adiou o sonho de se profissionalizar ao volante. Na época, cancelou as aulas práticas que estava fazendo para trocar de categoria C para D a sua Carteira Nacional de Ha-bilitação. E perdeu também a paciência.

“Tive que enfrentar duas audiências, nas quais tentei recorrer da multa que me deu 7 pontos na carteira. Não obti-ve sucesso em nenhuma delas”, conta o motorista que, em julho, cumpre o pra-zo de suspensão da CNH.

Pelo menos outros 770 motoristas estão na mesma situação que José. Res-pondem processo administrativo por te-rem sido flagrados dirigindo sob efeito do álcool durante as blitze da Operação Força-Tarefa, organizadas pela Secreta-ria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMTTM), iniciadas em novembro. Às segundas-feiras, a SMT-TM fica lotada de motoristas atrás das habilitações, apreendidas nos finais de semana. As CNH são recolhidas como medida preventiva, para que o moto-rista não continue dirigindo alcooli-zado. Depois de passadas 24 horas da autuação, ele pode retirá-la no órgão que a apreendeu. “Assim que flagramos motoristas embriagados com menos de

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Operação Força-Tarefa |Maurício Concatto/O Caxiense

0,34 mg de ar expelido, recolhemos sua carteira e inserimos seus nomes no sis-tema do Detran, responsável por abrir um processo administrativo. Quando se constata que o teor de álcool no sangue está acima deste índice, encaminhamos o motorista à delegacia, pois se configu-ra crime de trânsito,” explica o diretor de Trânsito da SMTTM, Jorge Catusso.

A Lei Seca prevê a suspensão da CNH por 12 meses. Mas, enquanto a senten-ça não é definida – pode demorar de 6 meses a um ano e meio –, o infrator pode continuar dirigindo e recorrer em 3 etapas. José fez isso. O Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (De-tran-RS) não aceitou a defesa inicial. A Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari/Detran-RS) também negou o recurso. Na última instância, o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) indeferiu o pedido.

No dia 15 de julho de 2011, José teve que entregar sua CNH ao Detran. De nada adiantaram os R$ 3 mil gastos com honorários de advogado. E José ainda perdeu mais: o emprego como motoris-ta e o trabalho extra com viagens de van que lhe rendia R$ 2.500 por mês. Hoje, atua como pedreiro autônomo, usa o transporte coletivo e depende da carona do patrão para ir trabalhar e de amigos para sair à noite. “Se não trabalho, não recebo. Não posso ficar doente ou me ausentar”, ressalta o motorista suspenso, lembrando das vantagens de trabalhar com carteira assinada.

O metalúrgico desempregado Paulo

(nome também fictício, mas sem rimas), de 27 anos, também achou que “não da-ria nada” quando resolveu pegar o carro do pai após ter bebido cerveja durante uma churrascada com os amigos. Era uma noite de sábado, em abril de 2009. “Assim que acabou o churrasco, pensei em ir para casa. Porém, fui influenciado pelos meus amigos a entrar em uma bo-ate no Centro. Se imaginasse que aquele programa me traria tantos problemas, não teria saído de casa naquela noite.” Antes de chegar à festa, por volta das 23:00, Paulo colidiu com um veículo ao avançar o sinal vermelho na esqui-na da Rua Moreira César com a Ernes-to Alves. O jovem disse que não estava tão desnorteado. “Tinha noção de que estava tonto, por isso, dirigia devagar. Não achei que estivesse tão embriaga-do, caso contrário não teria feito o teste do etilômetro”, explica. O resultado do bafômetro apontou 0,88 mg de álcool por litro de ar expelido dos pulmões de Paulo, um crime.

A noitada acabou com uma detenção de mais de 3 horas na delegacia. Nin-guém se feriu no acidente. Paulo sentiu a dor no bolso. Pagou R$ 400 para ser liberado da delegacia e mais R$ 957 de multa. O valor da fiança é estipulado pelo delegado de plantão. Em Caxias, a média é de R$ 800, segundo Jorge Catus-so. Caso o infrator não pague a fiança, é encaminhado à Penitenciária Industrial

de Caxias do Sul, onde permanece até o fim do processo criminal. De acordo com a titular da Delegacia de Trânsito, Larissa Lecey, o infrator é indiciado por crime de trânsito e responderá nas es-feras administrativa e criminal: “A pena varia desde a suspensão do direito de dirigir até detenção em presídio, de 6 meses a 3 anos”, explica.

O demorado processo de Paulo che-gou a um desfecho somente há cerca de dois meses, quando ele teve a CNH blo-queada – deve entregá-la ao Detran na semana que vem. Sem permissão para dirigir pelos próximos 12 meses, Paulo teve que deixar o emprego como re-presentante comercial. Pretende voltar à antiga profissão de programador de CNC em uma metalúrgica. Nesse meio tempo, fará um curso de reciclagem – 5 aulas teóricas – em um Centro de For-mação de Condutores, ao custo de R$ 186, para se habilitar a reaver a carteira em 2013.

Mas o que mais chateia o jovem que colocou vidas em risco e causou um prejuízo de R$ 4 mil ao carro do pai é ficar com a ficha suja. “Como fui con-denado por dirigir embriagado, terei de conviver pelo resto da vida com maus antecedentes em meu nome”, queixa-se. Desde o início do ano, só a Polícia Ro-doviária Federal autuou 189 motoristas, dos quais 94 foram detidos. A Operação Força-Tarefa autuou 771 condutores. Desses, 256 foram para a delegacia. Têm a ficha suja, como a de Paulo.

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1913.ABR.2012 196.abr.2012

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por Dimas Dal Rosso

Depois de 14 indicações e 11 estatuetas do Oscar, a segunda maior bilheteria de todos os tem-pos, conforme o The Internet Movie Database (Avatar é o número 1. Parabéns, James Cameron), e 15 anos de incansáveis reprises na TV, sobrou pouca gente que assistiu Titanic uma só vez – não temos notícias de quem nunca assistiu. A volta do clássico em 3D, outro provável naufrágio tecnológico, motivou O CAXIENSE a rever a produção sem se concentrar na história, mas, ainda assim, muito atento ao filme. Anotamos algumas curiosidades e irrelevâncias que devem agradar tanto quem está disposto a assistir no cinema a mesma história pela milésima vez quanto quem prefere esperar a próxima Sessão da Tarde.

JACk? JACk? JAAAACk?Nas quase 3 horas de filme, Rose

chamou por Jack exatas 78 vezes. Por redundância e desespero, não por amor. O mocinho, apaixonado a ponto de congelar por ela (Ahhh, conta-mos o final...), esbanja heroísmo mas é fiel à cota masculina de palavras/dia: chama Rose apenas 44 vezes.

OBJETOS COAdJuVANTES

Se o Oscar ti-vesse uma catego-ria para premiar objetos, duas peças de Titanic entrariam na briga: o colar de pedra azul, conhe-cido como o Coração do Oceano, e o desenho de Rose nua feito por Jack (na verdade, assinado pelo próprio diretor James Cameron, não necessariamente resulta-do de um teste de sofá). A joia apare-ceu em 13 cenas e o retrato ficou com

6 participações. Compare: Kathy Bates (amiga de Jack), que faz Molly Brow,

foi vista em 12 cenas.

TITANIC FAShION WEEk

Nos 6 dias de via-gem, Rose esnobou as outras passageiras e desfilou 12 figurinos. Na velhice, vestiu 4 roupas diferentes. Jack usou 4 figurinos, nada mal para quem em-

barcou por acaso e na terceira classe.

MúSICA PARA MORRERO quarteto de cordas tocou 12 músi-

cas: entre as clássicas, Nearer My God To Thee, a mais pedida dos velórios depois de Segura na mão de Deus.

MAR dE LáGRIMASO naufrágio não foi culpa de Rose,

mas ela tentou: chorou 5 vezes, 4 por Jack e 1 antes da tentativa de suicídio.

SAúdE A BORdONa época do Titanic, por volta dos

anos 20, era comum fumar em qual-quer lugar. Contudo, quem viajou no filme parece ter ouvido sugestões da medicina contemporânea. Com 2.200 passageiros, apenas 9 cigarros

foram fumados – menos de meia carteira.

FICA GELO, JACk!Fugir para o lugar er-

rado não é exclusividade dos filmes de terror. En-quanto o Titanic afunda, o casal principal passeia

pelo caos como se não hou-vesse amanhã – bem apropriado

para quem está prestes a submergir no mar abaixo de zero. Enquanto todos buscavam a saída, Jack e Rose foram da proa até os porões 2 vezes. Rose desceu e subiu mais uma vez sozinha.

O REI dO PIEGAS

Quando Jack sobe na ponta do navio e grita “eu sou o rei do mundo!”, o filme já dá pistas de que a joia mais

valiosa será o colar de pérolas, não a pedra azul. No momento do desespero, o casal solta um “cala a boca” sincro-nizado, o mesmo que os espectadores gostariam de fazer quando ouvem Rose dizer “estou voando” na cena mais lembrada e esvoaçante do filme. Na interrompida noite do sexo, antes de deslizar as mãos sobre o vidro emba-çado, Rose sussurra “leve-me para as estrelas”, hilário demais para o clima quente no interior do calhambeque.

JACk, SEu INSENSíVELÉ meio chato dizer que se ama al-

guém que se conhece há menos de uma semana, né? O filme exagera na paixão, mas, pelo menos, economiza na decla-ração clássica de amor. Foi Rose que disse o único “eu te amo”. Jack, bem menos romântico que Sam, de Ghost – ele dizia “idem” – respondeu com um descompromissado “eu também”.

IGuATEMI 17:30-21:10CINÉPOLIS 16:30-20:30

10 3:15

Titanic com spoilers: grande coisa...

PLATEIABeiseBol e novela das 8 nas telonas | Kuduro e língua Presa | Piada velha e o novo humor | desordem interior

Art

e: M

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lo A

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Cax

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2113.ABR.2012

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

O HOMEM QUE MUDOU O JOGOIndicado a 6 Oscars (Melhor Filme, Ator para Brad Pitt, Ator Coadjuvante para Jonah Hill,

Roteiro, Edição e Mixagem de Som), este é outro filme cuja chegada aos cinemas caxienses me-rece comemoração. Em atuações impressionantes, Pitt e Hill vivem um dirigente e um assistente do Oakland A, um time da liga profissional americana de beisebol – sem títulos, sem estrelas e quase sem respeito –, com o desafio de montar a partir de um orçamento reduzidíssimo uma equipe no mínimo decente para a próxima temporada. Billy Bane, o gerente e ex-jogador, tem uma ligação sentimental com o esporte e entende como ninguém das entranhas do monstro. Peter Brand, o assistente, venera o diamante e cria um sistema computadorizado que analisa estatísticas para escolher os melhores jogadores. Emoção e razão, tradição a modernidade que, como entrega o título da obra, vão mudar a história do jogo.

★ ★ ★ ★ ★IGuATEMI 14:00-19:15 10 2:13

FÚRIA DE TITÃS 2Perseu bem que tentou criar o filho Helius na paz, levando

uma vidinha simples e tranquila de pescador, mas o marasmo durou só 10 anos. Agora, o herói que já derrotou o Kraken terá que voltar ao submundo mitológico para salvar Zeus e a humanidade dos malvados Ares e Hades. A dupla de vilões tenta libertar os Titãs da prisão no inferno de Tártaro. Dan Mazeau, o roteirista do longa, já está trabalhando em novos projetos. Um dos mais bacanas é uma versão live-action de Jonny Quest (para a qual já se cogitou Zac Efron como prota-gonista). 3ª semana.

CINÉPOLIS 3d 17:30-22:10 3d 15:10-19:50IGuATEMI 13:50-15:50-17:50-19:50-21:503d 13:20-15:30

12 1:39

Brad PITT. Jonah hILL. Philip SEyMOuR hOFFMAN. De Bennett MILLER

ESPELHO, ESPELHO MEUÉ, a modernidade chegou até para os

contos de fadas: nesta adaptação de uma das histórias mais tradicionais dos Irmãos Grimm, pela primeira vez, mocinha e vilã se envolvem em um relacionamento amo-roso com o príncipe. Lily Collins, entre-tanto, é bem mais esperta que a Branca de Neve original e trata rapidinho de demar-car seu território convocando os 7 anões para uma invasão no castelo da Madrasta (Julia Roberts). 2ª semana.

CINÉPOLIS 13:50-16:50-19:20-21:40IGuATEMI 14:10-16:20-18:45-21:00

1:28

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O LORAx - EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDAO longa de animação, adaptado da obra homônima do conhecido

escritor estaunidense Dr. Seuss Theodor Suss Geisel, é uma espécie de fábula infantil sobre conscientização ecológica. O jovem Ted, que mora na artificial cidade de Thneed-Ville – onde tudo é de plástico – está a procura de uma árvore de verdade para presentear e impres-sionar a garota de seus sonhos, a vizinha Audrey. A surpreendente aventura o leva até o Lorax, uma entidade que protege a natureza. 3ª semana.

IGuATEMI 14:30-16:30CINÉPOLIS 3d 14:20 1:27

GUERRA É GUERRAA atriz Reese Witherspoon (provocante no filme, mas que nos

sites de fofoca já exibe o barrigão de sua terceira gravidez), vive uma workaholic desesperada por um namorado que inscreve seu perfil em um site de encontros. A mocinha acaba conquistando o coração de dois agentes da CIA – que não por acaso também são melhores amigos – e provoca uma guerra entre eles. 5ª semana.

IGuATEMI 17:40-19:40-21:40 12 1:41

JOGOS VORAzESEm uma América pós-apocalíptica, divida em 12 distritos, todos

os anos cada região deve oferecer dois tributos – ou seja, jovens – para disputar um reality show cujo grande prêmio é sobreviver. Na 74ª edição do evento, o Distrito 12, que nunca ganhou a disputa, tem uma chance com Katniss Everdeen e Peeta Mellark. Baseado na obra de Suzanne Collins, muito popular entre os adolescentes norte-americanos (os ingressos para a estreia do filme bateram o recorde de Eclipse, da Saga Crepúsculo), o longa surpreendeu a própria Lionsgate, que em seu lançamento ainda não havia planeja-do se daria ou não sequência à franquia. 4ª semana.

CINÉPOLIS 15:00-18:00-21:00IGuATEMI 18:30-21:20 12 2:24

xINGUDirigido por Cao Hamburguer (O ano em que meus pais

saíram de férias), o longa nacional conta a história da criação do Parque Nacional do Xingu. Os irmãos Villas-Boas, idea-lizadores do projeto, entraram para a História ao desbravar o oeste brasileiro e proteger os índios do desmatamento e da invasão das fazendas de gado. A superprodução tupiniquim custou 14 milhões e é a principal aposta do cinema nacional no primeiro semestre deste ano. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★CINÉPOLIS 14:00-16:10-18:30-21:20IGuATEMI 13:30-15:40 12 1:42

A NOVELA DAS 8Brasil, 1978, ditadura militar. Amanda e Dora são duas fu-

gitivas na estrada entre São Paulo e Rio de Janeiro, com o po-licial Brandão em seus encalços. João Paulo é um diplomata que se sente estrangeiro no seu próprio país. Vicente e seu irmão Pedro são revolucionários contra o regime político. O adolescente Caio, criado pelos avós, conta com a ajuda da amiga Mônica para ser aceito como gay. O que todos têm em comum? São jovens fascinados por disco music e pela novela dancin’ days. Estréia. CINÉPOLIS 14:40-17:50-20:50IGuATEMI 16:40-22:00 14 2:20

A FONTE DAS MULHERESIndicada à Palma de Ouro no Festival de Cannes, essa ousada co-

média narra como uma jovem convoca as mulheres de seu vilarejo – onde as tradições islâmicas são seguidas à risca – para uma greve de sexo. O objetivo do grupo é conquistar o respeito dos homens. O roteiro é baseado na história real de uma cidade no interior da Turquia. Últimas sessões.

ORdOVáS SEX. (13) 19:30 SáB.(14) e dOM.(15) 20:00 10 2:15

João MIGuEL. Felipe CAMARGO. Caio BLAT. De Cao hAMBuRGER

Claudia OhANA. Mateus SOLANO. Vanessa GIáCOMO. De Odilon ROChA.

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2313.ABR.2012

O músico MV Bill traz seu show para a festa Luv Mansion. O rapper, ativista social e até ator, ficou famoso no cenário nacional quando lançou o documen-tário Falcão, meninos do tráfico, que contava a história de crianças de favela flageladas pela pobreza. Para o repertório da noite, estão previstos todos os seus sucessos, como Estilo Vagabundo, Só Deus Pode Me Julgar e Marginal Menestrel. A balada ainda contará com a presença dos DJs Gui Oliveira e Naomi.

SEX. 23:00. de R$ 25 a R$ 35 e de R$ 30 a R$ 50. havana

A banda que todo mundo já conhece, mas ninguém cansa de ver – e a mulhe-rada adora tietar – está de repertório novo. A HardRockers promete um set list cheio de novidade que não vão deixar o público parado. A mudança é influencia-da pela temporada que o guitarrista Rodrigo Campagnolo passou na Inglaterra, no ano passado. A festa ainda terá sorteio de brindes.

SáB. 23:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

+ SHOWS

Rapper estilo vagabundo

A velha banda em novo ritmo

MUSICA

SExTA-FEIRA (13)

Evânio e Anderson 21:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolFrederico Back e Hernan Gonzalez 22:00. R$ 10. Bier Hausziriguidum para bailar 23:00. R$ 12 e R$ 15. LevelBanda Misstake 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão ClassicAle Ravanello Blues Combo 22:30. R$ 12 e R$ 18. MississippiFarina Brothers 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingJulian e Juliano 23:00. R$ 20 e R$ 30. ArenaBarbarah e banda 22:00. R$10 e R$20. Boteco 13Rafa Gubert e Tita Sachet 23:30. R$ 10. Aristos

SÁBADO (14)

Grupo Pátria e Querência 21:00. R$ 10. PaiolIzzie e Louise 22:00. R$ 10. Bier HausPop Corn 23:00. R$ 12 e R$ 15. LevelAle Ravanello Blues Combo 22:30. R$ 12 e R$ 18. MississippiBanda Splash 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingBeijo Vulgar e acústico Tony e Ulisses23:00. R$ 12. Aristos

DOMINGO (15)

Tira Onda 19:00. R$ 10 e R$ 20. Place des SensPuracazuah 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

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Para mais uma edição do Bailinho do Paulinho, o promoter Paulinho Silva es-colheu o tema-título Noites Cariocas. A festa será quase um carnaval fora de época, com participação de passistas e ritmistas da escola de samba Protegidos da Princesa, que faturou o segundo lugar no carnaval de rua de Caxias do Sul em 2012. Depois da roda de samba, que faz o som eletrônico são os DJs da casa.

SáB. (14). 23:00. R$ 10 R$ 20. Boteco 13

Bailinho do Samba

Os assassinos da pista de dançaOs DJs da dupla Killer on the Dancefloor se apresentarão em Caxias, mas não

precisa chamar a polícia – eles não cometerão crime nenhum. O nome do duo é só uma brincadeira com o ritmo energético tocado por eles. De verdade: é tão bom que leva todo mundo ao seu limite na pista. Formado pelos paulistanos Phillip A. e Fatu, o Killer promete ferver com as músicas do último CD, Criminal, que conta com a colaboração de Copacabana Club, Marco Hanna e outros artistas.

SáB. 23:00. R$ 25 e R$ 40. havana

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TERÇA-FEIRA (17)

Robledo Rock e Domênico Ranzolim 22:00. R$ 10. Bier HausRaquel e Gustavo 21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

QUARTA-FEIRA (18)

Déia e Fernando 22:00. R$ 10. Bier HausFúlvio Motta Trio 22:30. R$ 5 e R4 10. Boteco 13

QUINTA-FEIRA (19)

HardRockers 22:00. R$ 10. Bier HausTon e os Karas 23:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

+ SHOWS

A Orquestra Municipal de Sopros de Caxias do Sul reapresenta o concerto em homenagem aos franceses, originalmente montado no ano da França no Brasil. A reedição de Vive La France tem direção artística e regência do maestro Gilberto Salvagni e participação da solista Edith de Camargo, da Suíça, no mezzo-soprano. O concerto contemplará as obras de grandes compositores franceses, com desta-que para músicas que ficaram conhecidas na voz de Edith Piaf.

dOM. (15). 20:00. R$ 5. Teatro Municipal

O kuduro ganhou o mundo na voz de Don Omar e Lucenzo e ganhou tantas versões que perdeu a origem. Para se ter uma ideia, na raiz do ritmo angolano não se mexia os quadris... Klaus Neher embarcou no sucesso e no jeitinho brasileiro de melhorar as coisas: lançou uma versão meio sertanejo universitário para o hit Dançar Kuduro. Ele se apresenta em Caxias com o grupo de pagode pelotense Euseiki Tudanssa, formado por advogados, administradores e fisioterapeutas (!?).

SáB. (14). 23:00. R$ 20 e R$ 40. Place des Sens

J.J. Jackson está de volta. O bluesman, nascido no Arkansas, já cantou diversas vezes em Caxias, sempre com a casa lotada. J.J., que tem um carinho especial pelo Brasil, dedicou um de seus CDs para o país. No repertório do também composi-tor, estarão sucessos de mais de 50 anos de carreira.

QuA. 22:00. R$ .Mississippi

Norte-americano com alma brasileira

AdogoE Caxias ganha mais um

ex-BBB para figurar em suas festas. O ator e maquiador Dicesar, famoso pela língua (nem tão) presa e por en-carnar a drag queen Dimmy Kieer participou da edição 2010 do programa. Dimmy, celebridade nacional das boates GLS, anima a festa Fantasy Metamorfose.

SáB (14) 23:00. R$ 20 e R$ 40.

Nox Versus

Concerto para a França

Kuduro em Caxias

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Adogo

PALCO Vítima e vilã

Riso antecipado

Comédia para pensar

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Waldemar descobriu que a sogra está doente e foi levada para o hospital. Nesse momento de felicidade, ele e a esposa re-lembram momentos engraçados da velha. Assumidamente besteirol, Minha Sogra é um Pitbull apresenta uma coleção de situa-ções para que o público se identifique com a história – e quem não lembra de uma comé-dia envolvendo a mãe do cônjuge? No palco, Cláudio Ramos, que também é diretor do es-petáculo, interpreta simultaneamente o gen-ro e a sogra ao lado da atriz Lyvia Rodrigues.

SEX. (13). e SáB. (14). 20:30. R$ 30 e R$ 15. Teatro Municipal 10 1:20

A comemoração dos 51 anos de carreira de Ary Toledo é o motivo do espetáculo. Em Ary Toledo a todo vapor, o comediante usa o mesmo humor de sempre e conta piadas do tempo em que elas eram chamadas de anedotas. Segundo ele, porque o público pede (leu a entrevista na página 6?). Então, façamos um teste: bico calado no teatro.

QuA. (18). e QuI. (19). 21:00. R$ 60 e R$ 30. Teatro São Carlos 14 1:30

O nome da peça é praticamente uma sinopse: Os Pintores – Tudo que você sempre quis saber sobre política e nunca teve a coragem de perguntar. Um grupo de perso-nagens, que vive na fictícia cidade de Dante Alighieri, participa da bienal da pintura e é julgado de maneiras inusitadas por pessoas famosas. A peça, criada pelo grupo A Gan-gorra, tem um olhar crítico para a corrupção política e a legitimidade da arte.

dOM. (15). 15:30 e 17:00. Entrada Franca. Praça dante Alighieri 1:00

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ARTE

Beatriz Balen Susin, um orgulho para a arte caxiense e indica-da ao Prêmio Açorianos 2012 de Destaque em Pintura, volta a Caxias. Desde sempre observa pessoas. A partir de 2009, focou o olhar nas filas em pontos de ônibus. Enxergou imagens duplas dos corpos. A primeira é organizada, submissa à ordem de che-gada, condenada à inquietude da espera – disponível aos olhares mais atentos. A outra, mais sutil e visível apenas pelos olhos da arte, é a emoção da fila, o interior de cada personagem: um caos. É esta a imagem que ganha as cores e o traço inconfundível de Bea. Uma força que distorce a figura humana para pintar mais verdades do que a anatomia perfeita seria capaz.

urbanos Beatriz Balen Susin. A partir de TER. (17).

SEG-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Ordem aparente, gente transparente

CAMARIM

O V Encontro em Comemora-ção ao Dia Internacional da Dan-ça em Caxias do Sul, de 26 de abril a 2 de maio, terá 4 espetáculos e 14 workshops. Os ingressos para os espetáculos Perception of the Other, da Cia. Siedler Stormental de Florianópolis, dizeres (foto), da Cia. Municipal de Dança e uma mostra de diversas escolas/grupos caxienses têm entrada gratuita. O espetáculo Todos os Tempos, da Escola Oito Tempos, custa R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Os ingressos antecipados estão disponíveis na Unidade de Dança, no Ordovás, e na Casa da Cultura.

Octavio Mendes despencou no meu conceito de bom humorista depois de interpretar a apresenta-dora Mônica Goldstein e Valmir, o ex-gay, no programa A Praça é Nossa. Não porque o banco de Carlos Alberto de Nóbrega quei-ma o filme de qualquer humoris-ta, mas porque, para mim, a Irmã Selma do Terça Insana, santa que era, não deveria cometer esse pecado na carreira. De qualquer forma, o espetáculo Irmã Selma e seu Terço Insano – O hábito de fazer rir, em Caxias no próximo dia 25, interrompe uma sequência de humor B e recupera a minha fé na programação do Teatro São Carlos. Ingressos a R$ 60, porque a religiosa não vive de caridade.

Sete dias de dança

Eu rezo. E acontece

Marcelo araMis

Arte da História Felipe Vitória. SEG-SEX. 09:00-19:00. Farmácia do Ipam.

Fronteiras do Corpo Rodrigo Bello Marroni. SEG-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás.

Infinito Esther Bianco. SEG-SEX. 08:00-22:30. Campus 8 - UCS.

Recorte Étnico Coletiva. SEG-SEX. 08:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal.

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2713.ABR.2012

CINEMAs:CINÉPOLIs: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. sEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). sEX.sÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. sEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. sEX. sAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). sALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚsICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARIsTOs. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUs. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLO-RES, 789. 3536-3499. | MIssIssIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERsUs: DARCy zAPAROLI, 111. VI-LAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PLACE DEs sENs: 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIzzO. 3220-5758 | TEATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | VAGÃO CLAssIC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

TEATROs:TEATRO MUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | TEATRO sÃO CARLOs: RUA FEIJó JúNIOR, 778, 2º ANDAR. SÃO PELEGRINO. 3221-6387 |

GALERIAs:CAMPUs 8: ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, (54) 3221.3697 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | IGUATEMI: RODOVIA RSC 453, 2780 - kM 3,5. 3289-9292. | MUsEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | ORDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316 | sAN PE-LEGRINO sHOPPING MALL: AV. RIO BRANCO,425. SÃO PELEGRINO. 3022-6700 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite Desenho Acervo Vídeo

ENdERECOS A

carol De BarBa

O designer mato-grossense ra-dicado em Caxias Max Calháo inscreveu uma estampa no con-curso permanente do Camisete-ria – o maior do gênero no Brasil. Max criou o desenho após assistir ao filme Xingu, e desenvolveu uma mensagem internacional que pudesse expressar a indigna-ção que sentiu pela forma como a Amazônia é tratada. Se eleito, o trabalho de Max vira camise-ta de verdade, mas o objetivo do designer – que já foi proposto ao pessoal da Camiseteria – é trans-formar a arte em toda uma linha de produtos voltados à ecologia. Para votar na estampa de Max é só acessar o camiseteria.com até o próximo sábado (21).

O maior evento de noivas e festas da Serra Gaúcha, o Vitrine Requinte Noivas & Festas, já tem data marcada. Será de 24 a 27 de maio, das 14:00 às 22:00, de quin-ta a sexta, e das 14:00 às 20:00, no sábado e no domingo, no hotel InterCity. Entre as atrações, estão programados desfiles de moda noiva, damas de honra e pajens, acessórios, moda masculina e até lingerie. O ingresso continua sen-do um quilo de alimento não pe-recível por pessoa.

Paraíso dos casamentos

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T-shirt pela Amazônia

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FUTEBOL:Jogos EscolaresSÁB. (13). DOM. (15). 08:30. Enxutão

FUTEBOL DE MESA:VII Estadual Individual de Futebol de MesaSEX. (13). SÁB. (14). DOM. (15). 19:00. Royal Hotel

BOLÃO:Jogos Abertos de Caxias do Sul TER. (17). 19:30. Canchas das Igrejas São Pelegrino, São Francisco, Forqueta e Imaculada Conceição

ENXUTÃO: LUIz COVOLAN, 1.560, MARE-CHAL FLORIANO | EsTÁDIO MUNICIPAL: JúLIO DE CASTILHOS, S/M°. BAIRRO CIN-QUENTENÁRIO | PERsONAL ROYAL HO-TEL: RUA GARIBALDI, 153. PIO X. 3289-2000

ARQUIBANCADAcamPeonato municiPal de FuteBol na 4ª rodada | inscrições Para aBerto de vôlei | ciclistas de Final de semana

E começa a 4ª rodada do Campeonato Muni-cipal de Futebol. Vinte e seis equipes disputam o título, pelas séries Ouro e Prata. A entrada é franca.

SáB. (14). dOM. (15). 13:15. Estádio Municipal

A Liga Caxiense de Vôlei recebe ins-crições para o Campeonato Aberto de Vôlei até a quinta-feira (19). O valor para participar do torneio, que começa no dia 4 de maio, é de R$ 300 por equipe. Por enquanto, 12 equipes já confirmaram presença. Inscrições pelo número 9975-7019.

SEX. (13) a QuI. (19).

O Projeto Pedalando no Par-que, que visa estimular o uso das bicicletas e proporcionar lazer no ambiente urbano, é opção deste fi-nal de semana. O evento é aberto ao público e haverá empréstimos de bicicletas, triciclos e patinetes.

dOM. (15). 10:00. Parque dos Macaquinhos

Futebol de bairro

Aberto de Vôlei Pedalada

+ ESPORTE

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13.ABR.2012

EDITAL DE CONVOCAÇÃOO Presidente do Touche Hold’em Club, usando das atribuições que lhe são conferi-das pelo Estatuto Social CONVOCA os associados em pleno gozo de seus direitos estatutários para Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 30 DE ABRIL DE 2012 (segunda-feira), em sua Sede Administrativa, sito à Av. Independência, 2211, em primeira chamada às 8h, com a presença de, no mínimo, dois terços (2/3), em segunda chamada às 8h30min com a presença de, no mínimo, um terço (1/3) e em terceira chamada às 9h com a presença de qualquer número de associados, com a seguinte ordem do dia:

1. Horário de funcionamento do clube; 2. Anuidade; 3. Lei Antifumo4. Eleição da Nova Diretoria – Gestão 2012-2016

Caxias do Sul, 05 de março de 2012.Ivo Luis Piazzetta

PresidenteNOMINATA CHAPA ÚNICA TOUCHE HOLD’EM CLUB

PARA ELEIÇÃO DIRETORIA EXECUTIVAGEsTÃO 2012 - 2016

PRESIDENTE – IVO LUIS PIAzzETTAVICE-PRESIDENTE – CELSO LUIz SÍRTOLI

DIRETOR TESOUREIRO – RODRIGO FERNANDO PADILHASECRETÁRIA – MARIELIDA CHEMELLO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Intimação. 1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: TRINTA(30) dias . Natureza: ALTERAÇÃO DE REGIME DE BENS Processo: 010/1120000158-3 Autor: JOÃO VALDEREz ANDREOLA e MARISA BORGES ANDREOLA. Objeto: Intimação a quem interessar possa, visando resguardar interesses de terceiros, que as partes ingressaram com pedido de modificação do regime de bens de casamento, alterando de regime de COMUNHÃO UNI-VERSAL DE BENS para COMUNHÃO PARCIAL DE BENS.

Caxias do Sul, 13 de março de 2012.SERVIDOR: Maria Cristina Chiele Bernardi Oficial Ajudante Desig-

nada. JUIz: Maria Olivier - Juiza de Direito.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAÇÃOExecução 6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte (20) dias. Natureza: Processo de Execução Pro-cesso: 010/1.11.0015426-4 (CNJ:.0044265-18.2011.8.21.0010). Exequente: Banco Santander S/A. Executado: Rodrigo zampieri Bossle. Objeto: Citação de Rodrigo zampieri Bossle, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que pague (m), no prazo de três (3) dias, o débito principal e demais cominações legais, ficando ciente(s) de que havendo o pagamento integral no prazo legal, a verba honorária arbitrada será reduzida pela metade. Na mesma oportunidade, intime o executado, para, querendo, oferecer Em-bargos no prazo legal de Quinze (15) dias, contados da juntada do presente edital. No prazo de embargos, reconhecendo o executado o crédito do exequente e comprovando o depósito de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor exequendo, inclusive custas pro-cessuais e honorários advocatícios, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até Seis (6) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. Valor do débito de R$ 27.198,38 em jun/2011. Caxias do Sul, 20 de dezembro de 2011. Escrivã: zélia Thomasini.

Juiz: Silvia Muradás Fiori.

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2913.ABR.2012

GaBrieliziDoro

ARENA

O “mais comum” na versão grená

Humor

Perguntinha(s)

Fez? Agora abraça.Bem... Os dirigentes do

Caxias podem fazer o esfor-ço que quiserem no sentido contrário a partir de agora, mas – de jeito nenhum – vai parecer normal a (segunda) saída de Paulo Porto do clu-be. A anterior, em 2007, com certeza passa a desfrutar do status de insípida, na compa-ração.

É curiosa a maneira como o diretor de futebol Marcus Vinícius Caberlon procurou explanar a ruptura. “O des-gaste chegou a tal ponto que, ou saía o treinador, ou saía o diretor”, comentou Caberlon. E prosseguiu: “acho que fize-mos o mais comum nessas situações, que é sair o treina-dor”.

De fato, seria pouco orto-doxo que Paulo Porto, sem fazer nada, apenas com o desgaste e o poder da mente derrubasse quem o contra-tou – e este ainda sendo Mar-cus Vinícius Caberlon.

Agora... De jeito nenhum neste plano astral vai ser co-mum ou normal a demissão de um treinador campeão, que excedeu os objetivos propostos (ganhar o clássico, conquistar vaga na Copa do Brasil e conseguir o título do Interior) e classificou o time antecipadamente à decisão do título gaúcho.

Porque se este é o comum do Caxias, imagine no dia em que o pessoal resolver co-meter uma ousadia...

Ressalva: cheguei um pouco mais tarde na festa de aniversário grená, então, realmente, não ouvi pela via direta a suposta alegação. Mas circulava pelo Salão dos Capuchinhos o comentário de que o presidente Osvaldo Voges teria dito que procu-

rara o técnico Celso Roth. E que – surpresa – este teria feito proposta fora da órbita financeira do clube.

Olha, na fase atual, a me-lhor contribuição que Roth pode dar ao Caxias - ou ao Juventude, ou até a ambos – é como patrocinador, hein.

Será que Lê, o artilheiro do Veranópolis que o Fan-tástico esqueceu – e com isso privou o país de ou-vir AC/DC ou Judas Priest num domingo à noite – vai disputar a Série D pela equipe pentacolor?

Ou por alguma outra?

Pessoal do Caxias não fi-cou lá muito satisfeito com a repercussão externa – na-cional, inclusive e princi-palmente – do modo como se conduziu a demissão de Porto. Houve quem exter-nasse perplexidade ante às análises de falta de convic-ção no nome do técnico.

Se bem que, neste as-pecto, é bem verdade que convicção havia de sobra. Desde que foi contratado, em novembro de 2011, Porto jamais teve o contra-to estendido para a Série C. Nem ganhando a Taça Pi-ratini ele abalou esta ideia. Eis aí uma convicção sóli-da como concreto.

Dito isso... Gente...Querer que não haja

grande repercussão, ou, forçando mais ainda, que-rer que ela seja positiva, é algo como encher as guampas de trago numa festa, agarrar o vocalista do Restart na frente de todo mundo e esperar não ouvir nenhuma gracinha no dia seguinte.

Embora a atitude do di-retor de futebol Marcus Vinícius Caberlon, a esta altura do campeonato (li-teralmente), seja a única possível para encarar as consequências do ato: fez? Agora abraça. E deixe que digam, que falem...

O clube não deve satis-fação externa de suas de-cisões. Fato. Só não espere sempre aplausos, pela mes-ma lógica.

O Juventude só decidiu sua vida contra a Portu-guesa, na Copa do Bra-sil, após o fechamento desta edição. Antes que comentar pela metade, melhor deixar para a próxima semana.

O constrangimento generalizado, caso, numa hecatombe sem precedentes, alguém da Dupla Gre-Nal não ganhar a Taça Farroupilha.

A autonomia. Tambores batem cada vez mais alto dizendo que lá em Madagascar Olodum o técnico e ex-ídolo de um importante clube foi praticamente ejetado do cargo pelas contínuas e pouco felizes interferências de alguns cartolas.

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Futebol de bairro

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