Edição 01 -...

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S ão cinco edições marcadas por avanços qualitativos – amplitude temáti- ca e parcerias internacionais – e quantitativos, com o crescente interesse da comunidade médica. Neste V Congresso Internacional, são 3.500 inscri- tos, quase 50% a mais do que na edição 2016, entre médicos e profissionais de outras áreas, o que comprova a vocação do evento para aliar rigor cien- tífico e multidisciplinaridade, mantendo o foco no paciente. O pioneirismo também se expressa com a proposta de debater assuntos que impactam na cadeia como um todo: custos em alta que exigem racionalidade nas deci- sões. São 57 coordenares e 17 módulos. Entre as novidades desta edição es- tão a inclusão do módulo de radiologia e medicina nuclear e a abordagem da cirurgia robótica, que agora está integrada aos módulos das diferentes especialidades oncológicas. Além disso, temos também uma sessão espe- cial de cuidado integral. Bom evento! Rigor científico e vocação multidisciplinar Entrevista Daniel Herchenhorn fala dos desafios de organizar mais um evento internacional 2 Destaques O estado da arte em câncer de próstata avançado 3 Técnicas minimamente invasivas em gastro 4 Tratamento multidisciplinar ganha mais espaço 5 Siga os palestrantes Redes sociais e informação 5 Entrevista Rodrigo de Abreu e Lima fala sobre a busca conjunta por soluções de custo 6 Trabalhos Científicos Evento abre espaço para trabalhos científicos 7 Entrevistado Daniel Herchenhorn Coordenador Científico do Grupo Oncologia D’Or O Congresso da Oncologia D’Or chega à sua quinta edi- ção com o desafio crescente, des- tacado por Daniel Herchenhorn, de acompanhar de perto as no- vidades na área. “Não me refiro apenas a medicamentos, mas a exames, técnicas de radiografias e outros avanços que veem surgindo em oncologia”, comentou o coor- denador científico. A necessidade de difundir esta gama de conheci- mento, não apenas entre oncolo- gistas, é destaque na entrevista do médico que já sinaliza novidades à frente na direção da multidiscipli- naridade. (continua pág. 02) Edição 01 RIO DE JANEIRO 24 DE NOVEMBRO/2017 WWW .ONCOLOGIADOR.COM.BR

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São cinco edições marcadas por avanços qualitativos – amplitude temáti-ca e parcerias internacionais – e quantitativos, com o crescente interesse

da comunidade médica. Neste V Congresso Internacional, são 3.500 inscri-tos, quase 50% a mais do que na edição 2016, entre médicos e profissionais de outras áreas, o que comprova a vocação do evento para aliar rigor cien-tífico e multidisciplinaridade, mantendo o foco no paciente. O pioneirismo também se expressa com a proposta de debater assuntos que impactam na cadeia como um todo: custos em alta que exigem racionalidade nas deci-sões. São 57 coordenares e 17 módulos. Entre as novidades desta edição es-tão a inclusão do módulo de radiologia e medicina nuclear e a abordagem da cirurgia robótica, que agora está integrada aos módulos das diferentes especialidades oncológicas. Além disso, temos também uma sessão espe-cial de cuidado integral. Bom evento!

Rigor científico evocação multidisciplinar

EntrevistaDaniel Herchenhorn fala dos desa� os de organizar mais um evento internacional 2

DestaquesO estado da arte em câncerde próstata avançado 3

Técnicas minimamenteinvasivas em gastro 4

Tratamento multidisciplinar ganha mais espaço 5

Siga os palestrantesRedes sociais e informação 5

Entrevista Rodrigo de Abreu e Limafala sobre a busca conjuntapor soluções de custo 6

Trabalhos Cientí� cosEvento abre espaço paratrabalhos cientí� cos 7

Entrevistado

DanielHerchenhorn

CoordenadorCientífico do Grupo

Oncologia D’Or

O Congresso da Oncologia D’Or chega à sua quinta edi-

ção com o desafio crescente, des-tacado por Daniel Herchenhorn, de acompanhar de perto as no-vidades na área. “Não me refiro apenas a medicamentos, mas a exames, técnicas de radiografias e outros avanços que veem surgindo em oncologia”, comentou o coor-denador científico. A necessidade de difundir esta gama de conheci-mento, não apenas entre oncolo-gistas, é destaque na entrevista do médico que já sinaliza novidades à frente na direção da multidiscipli-naridade. (continua pág. 02)

Edição01

RIO DE JANEIRO 24 DE NOVEMBRO/2017 WWW.ONCOLOGIADOR.COM.BR

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Amplitude temática marca edição

Um dos módulos, o de mídia, tenta aproximar os canais de comunicação com os especialistas, para divisão de conhecimento e combate à divulgação de mitos e dados sem comprovação.

Entrevistado

JD – Quais foram os principais desa� os para organizar mais um congresso internacional?Daniel – Com o crescimento maior do grupo de on-cologia e o investimento da Rede no fortalecimento da área, nosso congresso � ca maior e melhor a cada ano. A oncologia vem atravessando uma fase de mui-tas mudanças, com a chegada de novas tecnologias e não me re� ro apenas a medicamentos, mas também combinações e indicações, novos exames, técnicas de radioterapia e de cirurgia minimamente invasivas. Com tudo isso, incluímos neste ano temas que visam não só a discussão destes assuntos, mas também tra-zem uma nova gama de especialidades ao congresso.JD – O que você destacaria?Daniel – Podemos citar desde o tema da palestra de abertura do doutor Gilberto Lopes que abordará questões relativas ao acesso do tratamento oncológico numa perspectiva mundial, mas também a presença de módulos focando em radiologia, genética, cardio--oncologia, geriatria e terapia paliativa. O nosso even-to vem se tornando cada vez mais completo do ponto de vista cientí� co. Tentamos trazer o maior número de colegas nacionais, sejam eles do grupo ou expoen-tes de várias partes do Brasil, além é claro de convi-dados internacionais de centros de referência. Tenho certeza que, mais uma vez, teremos um evento com alto nível cientí� co, marcando não só o calendário do Rio de Janeiro, mas também em termos nacionais.JD – O Congresso mantém espaço para Gestão e tam-bém destinado à Mídia. Qual a relevância dos temas em um evento de oncologia?Daniel –Temos um compromisso não só de formar melhor os médicos especialistas que tratam de cân-cer, mas também pro� ssionais de outras especialida-des que se interessam e atendem a pacientes onco-lógicos. Além desse papel, sentimos que a oncologia ainda sofre com a falta de informação adequada, com mitos e dados sem comprovação. Desta forma, o módulo de mídia tenta aproximar os canais de co-municação com os especialistas, para dividirmos co-nhecimento que possa realmente ser de grande aju-da à população, não só pela conscientização sobre a doença, mas trazendo esperança e informação sobre tudo que vem ocorrendo de novo na área.

Entrevista2 Rio, 24 de novembro/2017

SALA 4

ONCOLOGIA D’OR

ÁREA DECONVIVÊNCIA

MEG

A GR

ADE

9

11 10

4

JANS

SEN

BMR

COFFEE BREAK

COFFEE BREAK

CREDENCIAMENTOHIST

ÓRIA

ONCO

LOGI

A D’

OR

e-PÔSTERESPAINÉISLEAN

SALA 5

SALA 3

SALA 4

SALA 1

SALA 2

CAEXIMPRENSAMÍDIA DESKSALA VIPAPOIO

SALA 6

SALA 7

PLANTA DO CONGRESSO

12

5 171615

13

181920

6

7 14

8

01. ROCHE 02. BMS03. BARD04. DI LIVROS05. ABBVIE

06. DR. REDDY’S07. BMR08. JANSSEN09. ONCOLOGIA D’OR10. REDE D’OR

11. D’OR CONSULTORIA12. IDOR13. ASTRAZENECA14. BAYER15. PIERRE FABRE

16. ZODIAC17. HERMES PARDINI 18. ASTELLAS 19. PFIZER20. NOVARTIS

JD – Quais são os principais destaques internacionais?Daniel – São tantos os convidados internacionais e nacionais de peso que é difícil mencionar alguém em especial. Mas acho que o doutor Gilberto Lopes pode ser um exemplo, não só por ser brasileiro, mas por ser hoje diretor internacional de um dos 10 maiores centros americanos, o Sylvester Cancer Center e edi-tor chefe do Journal of Global Oncology, a revista da ASCO que busca trazer dados cientí� cos de diversas áreas do mundo, com foco em países em desenvol-vimento. Ha grande preocupação hoje com os eleva-dos custos da medicina em geral, e na oncologia isso é muito importante. É nosso papel também trazer esse assunto para debate e acho que será um foco in-teressante de discussão desde a abertura do evento.JD – O Congresso completa cinco anos de vida. Foi di-fícil chegar até aqui?Daniel – Somos um time grande de médicos, e de pro-� ssionais de saúde, não só no tamanho, mas também em qualidade. Eventos como esse só são possíveis com

pro� ssionais de peso e motivados. Isso não é difícil, basta ter vontade e um objetivo claro de� nido. A dire-ção e a equipe de marketing são peças centrais nesse e em outros eventos, isso não aconteceria sem eles. Acho que cada evento traz consigo um ou mais de-sa� o, pois estamos sempre mudando, crescendo e in-corporando novas ideias. Sem dúvida que todo evento gera grande trabalho físico e emocional, mas isso não é nada comparado ao prazer que temos em vê-lo re-alizado, um grande orgulho para todos sem dúvida.JD – Vocês já pensam na sexta edição? Qual o caminho a ser trilhado daqui em diante?Daniel – Sempre pensamos adiante, há diversas pos-sibilidades que estão em pauta, queremos inovar e trazer algo que contribua para os médicos coorde-nadores e para todos os que participam do evento, pensamos em mudar formatos e incorporar cada vez mais pro� ssionais que realmente cuidam do pacien-te, assim o foco será cada vez maior na multidiscipli-naridade, isso é o que posso contar agora!

DanielHerchenhorn

CoordenadorCientífico do Grupo

Oncologia D’Or

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Reunindo especialistas em oncologia torácica de todo o Brasil e convidados internacionais,

como Ben Solomon (Austrália) e Gilberto Lopes (EUA), o módulo vai abordar temas essenciais com repercussão direta na prática clínica diária. “A multidisciplinaridade será outra caracterís-tica deste módulo fazendo com que a presença de cirurgiões torácicos, radio-oncologistas, on-cologistas clínicos, entre outros especialistas re-sultem em ricas discussões práticas”, comenta Lucianno Santos, oncologista do Acreditar, e um dos coordenadores do módulo. Ele chama a aten-ção para o espectro das palestras, que abrangerá desde temas como prevenção, passando por tipos especiais de câncer de pulmão (EGFR, ALK, ROS e MET), cirurgia torácica, casos clínicos, culmi-nando, no � nal, com o estado da arte da imunoterapia. Outro coordenador, Carlos Gil Ferreira, responsável pelo programa NEOTÓRAX, da Oncologia D’Or, faz coro: “Vamos discutir avanços no tratamento sistêmico, principal-mente em drogas-alvo e imunoterapia. Teremos convidados internacionais que vão trazer um pouco da experiência internacional e vamos tentar contex-tualizar com a realidade no Brasil”.

Geniturinário

Rodrigo Frota

Visão completa

Tórax

Carlos Gil Ferreira

Abordagem prática marca debate

O módulo de geniturinário, que tem entre os coordenadores Daniel Herchenhorn

(Oncologia D’Or) e Rodrigo Frota (Rede D’Or São Luiz), vai abordar grandes temas como o estado da arte da terapia de câncer de próstata avançado, a prostatectomia radical e o manejo do câncer de bexiga. Este ano, a abordagem robóti-ca estará integrada ao debate e não em módulo separado. “Abordaremos de maneira interativa e interdisciplinar a cirurgia robótica em oncologia, com o olhar também de radioterapia e imagem”, diz Rodrigo Frota.

O módulo traz ainda um debate sobre controvérsias, que vai discutir o pa-pel da cirurgia no câncer de próstata metastático, o tratamento adjuvante do câncer de rim e o estadiamento do câncer de próstata. O internacional David Quinn (California Cancer Consortium, EUA) vai introduzir o tema sobre o teste genético em câncer de próstata, ponderando quem deve ser testado e o que fazer com o resultado. O módulo conta também com a participação dos cirurgiões Monish Aron e André Berger, da University of Southern Ca-lifornia (EUA) que irão compartilhar sua experiência com cirurgia robótica.

Ginecologia

Javier Magrina

Abordagens menos invasivaspara cânceres ginecológicos

Gestão deSaúde

Rodrigo de Abreu e Lima

Uso racional da tecnologia

Destaques 3Rio, 24 de novembro/2017

O módulo de ginecologia conta com a parti-cipação do cirurgião Javier Magrina (Mayo

Clinic, EUA) que irá compartilhar sua experiên-cia no tratamento minimamente invasivo do câncer ginecológico, não só útero, mas também de ovário. O especialista defende que essa abor-dagem deve ser a de preferência em vez da tradi-cional laparotomia. “Nos EUA o tratamento mi-nimamente invasivo é o padrão para o câncer de endométrio. Para câncer de colon de útero há um estudo randomizado internacional em condução e evidências que favorecem essa abordagem. A

laparotomia se tornou o padrão para avaliar pacientes com câncer de cólon de útero avançado para determinar a cirurgia primária ou a químio neoad-juvante. Mas em cerca de 20% dos pacientes o tratamento primário é mini-mamente invasivo, seja na cirurgia inicial ou a citorredução de intervalo.”Javier Magrina aponta que a abordagem minimamente invasiva oferece menor perda de sangue e menor tempo de internação com menores taxas de complicações. Ele também vai debater outros temas, como a salpingec-tomia e a ressecção robótica de diafragma para o câncer de ovário.

Criado desde a segunda edição do Congresso, o módulo Gestão visa gerar uma discussão

saudável entre os diversos agentes do mercado de Saúde, como gestores de administradoras de saú-de, de planos de saúde, dos � nanciadores (RH), de prestadores de saúde (hospitalar e clínica) e de

fornecedores. Espaço também para representan-tes das agências de regulação Anvisa e ANS. “Os principais objetivos são fazer um diagnóstico do setor de saúde, apontar os principais desa� ose oportunidades e propor ações para aumentara sustentabilidade do sistema”, comenta Rodrigo

Lima, diretor executivo do Grupo Oncologia D’Or e um dos coordenadores do módulo, lembrando que o paciente precisa � car no centro do cuidado. “Colocar a tecnologia como ferramenta de me-lhorar assistência, aumentar a segurança e/ou qualidade e reduzir o custo, assim como estimular a desfragmentação do mercado são medidas impor-tantes.” Dentro deste conceito, o módulo deve promover discussões sobre o uso adequado da tecnologia. “Na medicina, muitas vezes, menos é mais. Por isso, o uso racional da tecnologia além de diminuir o custo � nal do trata-mento, garante uma medicina mais segura e de qualidade para os pacientes.”

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O módulo gastrointestinal se inicia com a sessão de tumores neuroendócrinos, em

que será feita uma ampla revisão, do diagnósti-co anatomopatológico e radiológico, ao cuida-do com o paciente. “No tratamento serão abor-dadas situações como a doença locorregionale metastática, abordagem sistêmica e local”, ex-plica o oncologista do Hospital São Luiz (SP),Marcelo Fanelli que divide a coordenação do mó-dulo com outros médicos, como Ricardo Cotta-Pereira, presidente do Capítulo RJ do Colé-gio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, e Maria de Lourdes de Oliveira, oncologista e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Tumores Gastrointestinais da Oncologia D´Or. Na sessão destinada a câncer de esôfago e estômago, aponta Fanelli, muitos aspectos cirúrgicos serão discuti-dos. “Questões como a quimioterapia hipertér-mica em câncer gástrico e a cirurgia em câncer de estômago avançado, pontos ainda em discus-são na literatura serão debatidos”, pontua.

Ricardo Cotta-Pereira chama a atenção para o uso da cirurgia robótica. “A cirurgia utilizando robôs pode bene� ciar pacientes na diminuição da dor e do desconforto no pós-operatório, na diminuição do sangramento e no menor tempo de permanência hospitalar”, diz lembrando avan-ços como a visão 3D e o movimento ‘endowrist’, que mimetiza o movimento dos punhos aplica-dos à extremidade dos instrumentos e elimina o tremor � siológico das mãos. “De uma maneira geral, o robô vem demonstrando vantagens nas cirurgias digestivas altas (esofagectmias, pan-createctomias, gastrectomias) e na cirurgia de ressecção de tumores localizados no reto baixo. Obviamente estamos falando de resultados pre-liminares, analisados retrospectivamente e com um número de cirurgias aquém do necessário para comprovar tal e� cácia e as vantagens que temos constatadas na prática diária.”

Já a coordenadora Maria de Lourdes de Oliveira chama a atenção para a necessidade de buscar no-vos modelos de tratamento. “Nossas sessões esta-rão direcionadas a discutir as quebras de paradig-mas no câncer de colon, com os novos resultados de estudos que apontam para a importância da lateralidade não só como fator prognóstico, mas

também como de� nidor na escolha da terapia”, comenta a oncologista. “Os tumores neuroendó-crinos vêm aumentando em incidência no mun-do. É uma doença multifacetada que exige cada vez mais do conhecimento de experts, que estarão presentes no evento, discutindo desde os métodos diagnósticos até a incorporação de novas terapias como o Lutécio (como e quando utilizar).” Maria de Lourdes de Oliveira

Ricardo Cotta-Pereira

4 Rio, 24 de novembro/2017Destaques

Marcelo Fanelli

Novidades do diagnóstico ao tratamento

Avanços na cirurgia e técnicas minimamente invasivas chamam a atenção

Simpósio SatélitePrograme-se para hoje!

SEXTA-FEIRA – 13H ÀS 14HEmpresa Tema Palestrante

SALA 1

Roche O Algoritmo da Imunoterapia em Câncer de PulmãoWilliam NassibWilliam Junior

SALA 2

Amgen Tratamento de 1ª Linha de Câncer Colorretal Metastático com panitumumabe: aplicando laterali-dade e status de BRAF na prática

Fernando Rivera eMaria de Lourdes de Oliveira

SALA 3

AstraZeneca

Novas Perspectivas no Tratamento de Câncer de Pulmão EGFR T790M– Importância do Diagnóstico Molecular em Câncer de Pulmão EGFRm com Progressão Pós-TKI– Osimertinibe no Tratamento do Câncer de Pulmão– Discussão de Caso Clínico; Perguntas e Respostas

Carolina Kawamura

SALA 4

MSDImuno-oncologia estabelecendo novos padrões de cuidado no tratamento do câncer– Imuno-oncologia: O renascimento no tratamento do CPCNP – Quebra de paradigmas no tratamento do carcinoma urotelial

Carlos Gil Ferreira eDaniel Herchenhorn

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5Rio, 24 de novembro/2017 Destaques

O paciente como um todo

O cuidado com o paciente com câncer vai muito além do atendimento com o oncologista e ci-

rurgião. Pensando em toda a gama de abordagens envolvidas nesse atendimento, o V Congresso Inter-nacional Oncologia D’Or desse ano traz um módulo dedicado ao cuidado integral. Coordenado por Hen-ry Najman (Coordenador do centro de oncologia no Hospital Quinta D’Or), Lisiana Szeneszi (Cuida-dos Paliativos na Oncologia D’Or e Hospital Quinta

D’Or), Antonio Abílio Santa Rosa (geneticista na Oncologia D’Or), Claudia Burlá (Geriatra), Flávio Cure (Cardiolo-gista na Rede D’Or) e Daniel Herchenhorn (Oncologia D’Or) o módulo vai debater questões como dor e cuidados paliativos, oncologia geriátrica, cardio-oncologia e aconselhamento genético.” Esta sessão possibilitará a participação e a integração das diferentes áreas relacionadas à saúde, que serão envolvidas em uma discussão de alto nível cientí� co e com uma abordagem multidisciplinar prática, já utilizada pelos pro� ssionais en-volvidos que compartilharão as suas experiências”, comenta Lisiana Sze-neszi. Entre os destaques, está a cardiologista italiana Daniele Cardinalle (IEO - Istituto Europeo di Oncologia) que vai compartilhar sua experi-ência com o monitoramento cardíaco de pacientes oncológicos. O tra-balho de Cardinalle é focado tanto no cuidado ao paciente oncológico com problemas cardíacos prévios quanto na cardioproteção dos pacientes sob regimes cardiotóxicos. “Nos últimos anos a sobrevida de pacientes oncológicos aumentou signi� cativamente. Para alcançar esses resultados, porém, um preço alto tem sido pago em termos de efeitos colaterais ao coração dos pacientes” comenta a médica. “O padrão atual de monitora-mento da função cardíaca detecta a cardiotoxicidade somente quando um comprometimento já ocorreu, não permitindo estratégias preventivas. Desenvolvemos uma abordagem diferente para identi� car estágios pre-coces combinado com um tratamento para prevenir suas consequências”.

Com mais de 20 anos de experiência em pesquisas e ensaios clínicos na área, a médica e sua equipe criaram procedimentos especí� cos queincluem o estabelecimento de biomarcadores cardíacos (Troponina I eNT-ProBNP) e terapia preventiva com inibidores ACE para pacientes de alto risco cardíaco. Ao longo de 10 anos, 4 mil pacientes se bene� ciaram com o protocolo. “Os pacientes estão sendo tratados com sucesso sem pio-ra da condição cardíaca e ocorrência de eventos adversos. Trata-se de um campo muito novo na medicina, que cresce rapidamente e necessita de mais evidências, estudos e, principalmente, da colaboração entre cardiologistas e oncologistas”. Em genética serão debatidas a identi� cação de predisposi-ções hereditárias ao câncer, a base genômica dos tratamentos personaliza-dos, além de outras condutas diagnósticas como a medicina de precisão. Em geriatria, sertão abordados os conceitos mais modernos relacionados à avaliação médica dos idosos com câncer, o tratamento da depressão e o impacto da demência na sua autonomia. O módulo contará também com o internacional Daniel Przybysz (Washington University in St. Louis) que irá abordar o papel da radioterapia no manejo da dor e paliação.

Daniela CardinalleDr. Gilberto LopesUniversity of Miami and theMiller School of Medicinehttps://twitter.com/GlopesMd

@GlopesMd

Evandro de AzambujaJules Bordet Institute in Brusselshttps://twitter.com/E_de_Azambuja

@E_de_Azambuja

Andre BergerUniversity of Southern California https://twitter.com/DrAndreBerger

@DrAndreBerger

Franco RovielloUniversità degli Studi di Sienahttps://twitter.com/RovielloFranco

@RovielloFranco

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JD – A pressão dos custos com saúde é crescente no país e na oncologia ainda maior, com o advento de novos tratamentos de alto impacto � nanceiro. Como resolver essa questão? O que será debatido sobre esse tema no congresso?Rodrigo – Há três anos que nós colocamos na mes-ma mesa vários agentes do setor de saúde para conversar sobre esse assunto dentro do congresso. Teremos este ano a participação da Tereza Veloso, da Sulamerica, representando os planos de saúde. Trazemos sempre também uma gestora da saúde, neste ano D’Or Consultoria, que ajuda o RH das em-presas a melhorar a gestão de saúde de seus colabo-radores. Colocamos alguém de agência reguladora, neste ano o Leandro Carvalho, que é da Rede D’Or São Luiz e já foi presidente da ANS. E teremos eu representando o prestador de oncologia. Este ano chamamos ainda um representante de um fornece-dor, o Humberto Isidoro, diretor-gerente da Varian Medical no Brasil.O objetivo é justamente discutir a sustentabilidade do setor. No caso da oncologia, o desenvolvimento de novas drogas traz um benefício enorme para os pacientes, mas sempre associado a um custo muito grande. O que viemos tentando é fazer com que esse setor seja sustentável, que a droga ou nova tecnolo-gia que traz real benefício seja usada, mas com a in-dicação correta, no tempo correto e não de maneira inadvertida.Focamos também a relevância da detecção precoce e prevenção. Que consigamos fazer algumas me-didas de prevenção de doenças oncológicas preve-

níveis, com vacinação de HPV e detecção precoce de câncer de mama, como estimular essas ações e evitar que o custo � nal seja muito alto. A grande discussão hoje é tentar eliminar o desperdício ao máximo, evitando procedimentos desnecessários, que não trazem real benefício para o paciente, para que o custo � nal seja o melhor possível. A responsa-bilidade é compartilhada com todos esses agentes.JD – A prevenção deve ser encarada como um investi-mento a longo prazo, correto?Rodrigo – Sempre de longo prazo. E é importan-te fazer sempre em parceria com outros agentes do mercado. Desde a informação, fazendo campanhas em conjunto com panos de saúde e RH das empre-sas, até o estímulo à detecção precoce nas doenças em que ela faz realmente resultado, como no câncer de mama, em que o diagnóstico precoce aumenta a sobrevida e a qualidade devida. Mas acho que é uma responsabilidade da cadeia com um todo. Aí a união é muito mais forte do que uma medida isolada de uma empresa ou instituição.JD – O Congresso tem trazido a multidisciplinaridade e o cuidado integral cada vez na programação. Como esse olhar pode ajudar na garantia da qualidade e na redução dos custos?Rodrigo – No caso da oncologia é importante sempre discutir o último ano de vida do paciente, onde os gastos são sempre maiores. E aí a presença dos cuida-dos paliativos é fundamental, pois além de aliviar o sofrimento do paciente, reduz esse custo.O câncer é cada vez mais uma doença crônica e te-mos que colocar o paciente cada vez mais no centro

do cuidado, pensar nele como um todo. Vamos pen-sar cada vez mais no conceito de multidisciplinari-dade e trazer outros pro� ssionais que agregam a esse conceito. O objetivo maior é trazer o maior benefício para o paciente.Na medicina moderna, é papel de cada pro� ssional, o sentimento de equipe, a função do enfermeiro, far-macêutico, paliativista, nutricionista, cardiologista, cirurgião, oncologista. Todos atuando juntos. Cami-nhamos para uma medicina personalizada e temos que fazer isso com muita racionalidade.JD – Qual a contribuição do Grupo Oncologia D’Or neste processo?Rodrigo – Quando falamos em tecnologia em saú-de temos que pensar em como fazer o investimen-to, que tem que atrelar qualidade e segurança, trazer sobrevida ou pelo menos diminuir o custo � nal de tratamento. Tirando essas três indicações, essa inser-ção de tecnologia tem que ser extremante discutida.Outro ponto importante que o Grupo Oncologia D’Or tem investido bastante é tentar acabar com assime-tria de informação. As instituições precisam começar a pensar em compartilhar dados assistenciais e de custo para permitir ações em conjunto para bene� -ciar o paciente e agir no custo � nal, garantindo a sus-tentabilidade do setor. No grupo já temos uma base de dados única, um RT que é o Tasy, e teremos agora um hospital oncológico em São Paulo com uma nova modalidade Tasy mais amigável. A integração entre esses bancos de dados vai permitir que a gente possa compartilhar essas informações com alguns agentes de mercado importantes.

6 Rio, 24 de novembro/2017Entrevista

Publisher:Simone [email protected]

Editora e jornalista responsável: Jiane Carvalho (MTb 23.428)[email protected]

Reportagem: Sofia [email protected]

Direção de arte/Prepress:Ione [email protected]

Comunicação e Marketing Oncologia D’Or

Isabella Igreja L. M. Bastos,

Luisa Adão, Maria Eduarda Carvalho,

Marcele Oliveira, Renata Canuta Tenório

Fotos:Photocamera

Impressão: Color Set Indústria Gráfica

Tiragem: 3.000www.oncologiador.com.brTelefone: (21) 2126 0150

O Jornal Diário é uma realização da

Entrevistado

Fechando a conta da qualidade

A gestão em saúde é um dos pontos importantes abordados no congresso desse ano. Quando incorporar novas tecnologias e tratamentos ou não? Que estratégias usar para conter custos e

garantir a qualidade do atendimento? São algumas das perguntas que vão permear o debate sobre o tema. O diretor executivo do Grupo Oncologia D’Or, Rodrigo Abreu e Lima, é um dos atores envol-vidos na questão e conta em entrevista um pouco sobre esse debate.

Rodrigo Abreu e Lima

Diretor executivo do Grupo Oncologia D’Or

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7Rio, 24 de novembro/2017

Esta edição do V Congresso oncologia D’Or recebeu um número recorde de trabalhos científicos inscritos.

Foram 198 pôsteres submetidos nos mais diversos assun-tos dentro do tema de oncologia. Após a análise de uma comissão formada pelos médicos Andreia Melo, Rafael Jacob e João Glasberg, 64 trabalhos foram escolhidos para apresentação no evento.Os pôsteres podem ser conferidos no salão de exposição durante todo o congresso. Serão anunciados os três melho-res trabalhos, que terão um resumo publicado na Revista Onco& edição 38.O congresso também conta com a exposição de 12 traba-lhos Lean em saúde, selecionados por Carlos Frederico D. Pinto, Edivaldo Bazilio e Stela Maris. Os temas variam entre fluxos de aplicação de medicamentos, marcação de consultas e solicitação de planos de saúde, entre outros. A gestão Lean, vinda da experiência de linha de montagem da Toyota, é uma abordagem que tem por objetivo melho-rar a qualidade e a eficiência e, ao mesmo tempo, controlar custos. Na saúde vem sendo aplicada com bons resultados em o todo mundo.

SÁBADO – 8H ÀS 9HEmpresa Tema Palestrante

SALA 2

MerckMelhor sequência de tratamento para pacientes com Câncer Colorretal Metastático RAS WT do lado esquerdo / The best treatment sequence for Left-Sided RASwt mCRC patients

Dan Aderka

SALA 4

Amgen Atualização no tratamento da LLA Thaís Ferraz e Eduardo Rego

SALA 5

ThermoFisher

Pesquisa Clínica de Biopsia Líquida Com o Painel Oncomine™ Cell-Free Total Nucleic Acid Research Assay / Oncomine™ Cell-Free total Nucleic Acid Research Assay for Liquid Biopsy Clinical Research

Prateek Kumar

SALA 6

VarianEsquemas e tendências de hipofracionamentona RadioterapiaFerramentas avançadas do acelerador linear TrueBeam

William TrincaBeatriz Bernardi

Meet the ProfessorPrograme-se para amanhã!

Trabalhos cientí� cos

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